Faculdade De Arquitetura, Artes E Comunicação (Faac) Programa De Pós-Graduação Em Comunicação

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Faculdade De Arquitetura, Artes E Comunicação (Faac) Programa De Pós-Graduação Em Comunicação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO (FAAC) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO LUÍS GERALDO ROCHA A CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA DE ELY AZEREDO E O CINEMA BRASILEIRO NA TRIBUNA DA IMPRENSA (1956-1964) E NO JORNAL DO BRASIL (1965-1973) Bauru 2017 LUÍS GERALDO ROCHA A CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA DE ELY AZEREDO E O CINEMA BRASILEIRO NA TRIBUNA DA IMPRENSA (1956-1964) E NO JORNAL DO BRASIL (1965-1973) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para obtenção do título de Mestre em Comunicação, sob a orientação do Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior. Bauru 2017 Rocha, Luís Geraldo. A crítica cinematográfica de Ely Azeredo e o cinema brasileiro na Tribuna da Imprensa (1956-1964) e no Jornal do Brasil (1965-1973) / Luís Geraldo Rocha, 2017 257 f. Orientador: Arlindo Rebechi Junior Dissertação (Mestrado)– Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru, 2017 1. Ely Azeredo. 2. Crítica cinematográfica. 3. Cinema Novo. 4. Cinema Marginal. 5. Comédia erótica I. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. II. Título. Dedico este trabalho aos meus pais, José Carlos e Carla, por todo o amor, carinho e esforço com que se dedicaram à minha formação. Do fundo do meu coração, muito obrigado! AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, alicerce de toda a minha vida, que com Seu amor infinito, me conferiu à graça de poder realizar este Mestrado. Sem Ele nada faria sentido. Ao Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria, cujas intercessões, confortaram-me e auxiliaram-me nos momentos de dúvidas, tristezas e angústias no qual me confrontei no decorrer desta pesquisa. Aos meus pais, por sempre me apoiarem em todas as minhas decisões, pelas conversas, pelos conselhos, sempre me incentivarem a buscar o aperfeiçoamento pessoal através dos estudos e me ajudarem financeiramente durante todo o período da realização deste Mestrado. Às minhas irmãs Júlia, Lorena e Giovana. Tesouros da minha vida. À Profª. Dra. Léa Silvia Braga de Castro Sá, que foi uma das maiores incentivadoras para meu ingresso no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unesp, enquanto ainda eu realizava a graduação em Jornalismo, na Universidade do Sagrado Coração. Ao Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior, pela orientação, paciência, dedicação e atenção. Aos Professores Doutores Macelo Magalhães Bulhões e Eli Vagner Francisco Rodrigues, por tecerem notáveis observações no exame de qualificação. À professora Maria Cristina Rodrigues da Silva, pelo excelente trabalho de revisão gramatical. A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, da Unesp. “Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, nada nos é estrangeiro, pois tudo o é. A penosa construção de nós mesmos se desenvolve na dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro. O filme brasileiro participa do mecanismo e o altera através de nossa incompetência criativa em copiar”. Paulo Emílio Salles Gomes ROCHA, Luís Geraldo. A crítica cinematográfica de Ely Azeredo e o cinema brasileiro na Tribuna da Imprensa (1956-1964) e no Jornal do Brasil (1965-1973). 2017. 257 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Unesp, Bauru, 2017. RESUMO Esta dissertação analisa o trabalho do crítico de cinema Ely Azeredo, a partir de um corpus de vinte e sete artigos sobre o cinema brasileiro publicados entre 1956 a 1973, nos periódicos cariocas Tribuna da Imprensa e Jornal do Brasil. Este recorte temporal foi delimitado levando em consideração as profundas transformações e manifestações fílmicas inovadoras que a cinematografia do país apresentou nesse período. Nessa fase, surge o Cinema Novo, influenciado pela Neorrealismo Italiano e pela Nouvelle Vague Francesa, cujo objetivo era realizar uma leitura a partir do seus filmes dos problemas sócio-políticos do Brasil. Paralelamente, o Cinema Marginal surge como contraponto ao Cinema Novo, alegando que o cinema nacional só poderia criar obras legitimamente brasileiras, a partir do momento em que aceitasse sua posição de subdesenvolvido, trabalhando todos os elementos do “dejeto industrial” que era despejado na cultura brasileira. Por fim, tem-se o advento das comédias eróticas, que seriam rotuladas, no futuro, como “pornochanchadas”, pois o gênero possuía caráter popular ao combinar a comédia de costumes e o erotismo. Durante esse período, o Brasil passou por um golpe militar, que depôs o então Presidente João Goulart, e, consequentemente, instaurou uma ditadura no país, que perdurou por 21 anos (1964-1985), fazendo com que a produção cinematográfica brasileira fosse afetada, direta ou indiretamente por esse cenário político. Com o propósito de investigar a construção de sentido em uma produção midiática específica, representada pelas críticas de Ely Azeredo, a metodologia adotada para a análise do corpus foi a Análise do Discurso de linha francesa. PALAVRAS-CHAVE: Ely Azeredo. Crítica cinematográfica. Cinema Novo. Cinema Marginal. Comédia erótica. ROCHA, Luís Geraldo. The cinematografic criticism of Ely Azeredo and the Brazilian cinema in the Tribuna da Imprensa (1956-1964) and Jornal do Brasil (1965-1973). 2017. 257 f. (Master Degree in Communication) – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista, Unesp, Bauru, 2016. ABSTRACT This dissertation analyzes the work of the film critic Ely Azeredo, based on a corpus of twenty -seven articles on Brazilian cinema published between 1956 and 1973, in the Rio’s Tribuna da Imprensa and Jornal do Brasil periodicals. This temporal cut was delimited taking into account the profound transformations and innovative filmic manifestations that the cinematography of the country presented in that period. In this phase, Cinema Novo appears, influenced by Italian Neorealism and by the French Nouvelle Vague, whose objective was to make a reading from his films of the socio-political problems of Brazil. At the same time, Marginal Cinema emerges as a counterpoint to Cinema Novo, claiming that national cinema could only create legitimately Brazilian works, from the moment it accepted its underdeveloped position, working all elements of the "industrial plot" that was dumped in the culture Brazilian. Finally, one has the advent of erotic comedies, which would be labeled, in the future, as "pornochanchadas", since the genre had a popular character when combining comedy of customs and eroticism. During this period, Brazil underwent a military coup, which deposed the then President João Goulart, and, consequently, established a dictatorship in the country, which lasted for 21 years (1964-1985), causing Brazilian cinematographic production to be affected, directly or indirectly through this political scenario. In order to investigate the construction of meaning in a specific media production, represented by the critics of Ely Azeredo, the methodology adopted for the analysis of the corpus was the French Line Discourse Analysis. KEY-WORDS: Ely Azeredo. Film critic. Cinema Novo. Cinema Marginal. Erotic comedy. SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................... 11 CAPÍTULO I: A CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA E A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO ........... 16 1.1 A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA: PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA .............. 19 1.2 A KATHARSIS NO PROCESSO DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA .................................................... 20 1.3 HORIZONTE DE EXPECTATIVAS E DISTÂNCIA ESTÉTICA NA CONSTRUÇÃO DE UMA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA ........................................................................................................................... 23 CAPÍTULO II: A TRAJETÓRIA CRÍTICA DE ELY AZEREDO ............................................... 26 CAPÍTULO III: O CINEMA NOVO: 1956-1970 ............................................................................ 30 3.1 RIO, 40 GRAUS E RIO, ZONA NORTE: PANFLETAGEM E MARXISMO .............................................. 31 3.2 PORTO DAS CAIXAS: PESSIMISMO E NÃO DOMÍNIO DO CINEMA .................................................... 37 3.3 VIDAS SECAS: A ESPERANÇA E O PRIMOR NA ADAPTAÇÃO DE GRACILIANO RAMOS ................... 39 3.4 DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL: O ESPETÁCULO SERTANEJO DE GLAUBER ROCHA ............... 42 3.5 O CINEMA PAULISTA DE WALTER HUGO KHOURI: O COMBATE A HEGEMONIA CINEMANOVISTA ........................................................................................................................................................... 51 3.6 O INSTITUTO NACIONAL DE CINEMA: EMBATE IDEOLÓGICO ENTRE ELY AZEREDO E O CINEMA NOVO ................................................................................................................................................. 60 3.7 O DESAFIO E TERRA EM TRANSE: O NARCISISMO CINEMANOVISTA PÓS 1964 .............................. 66 3.8 TODAS AS MULHERES DO MUNDO E GAROTA DE IPANEMA: SUCESSO E FRACASSO DO CINEMA NOVO ................................................................................................................................................. 78 3.9 MACUNAÍMA: A SUPERAÇÃO DO IMPASSE ESTÉTICO E IDEOLÓGICO............................................. 86 3.10 O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO E BRASIL ANO 2000:
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