CAMILA DELFINO.Pdf
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Load more
Recommended publications
-
Quilombo a Critical Review of a Brazilian Film Tristán Del Canto
Quilombo A Critical Review of a Brazilian Film Tristán del Canto Summary and Background This paper investigates race and folklore in the Brazilian motion picture Quilombo, a movie about a seventeenth-century maroon slave community in Northeastern Brazil called Quilombo dos Palmares. In this paper, I look at criticism about the movie and how the myth of “racial democracy” is still alive in Quilombo despite the film’s theme of Black resistance to White oppression during slavery. I argue that while Quilombo appears to celebrate Black pride and history, it does not contribute to the alleviation of racial discrimination, poverty and oppression faced by Afro- Brazilians. Quilombo was written and directed by Carlos Diegues, produced by Augusto Arraes and stars Zeze Motta, Antonio Pompeo, Toni Tornado, Antonio Pitanga, Vera Fischer, Mauricio Do Valle and Grande Otelo; it was released in 1984 in color and lasts 119 minutes. Brazilian Slavery and Quilombo dos Palmares Historically, Brazil imported more slaves (3.6 million) than any other country in the Americas and was the last colony to abolish slavery in 1888 (Telles 2004:25). Many quilombos (runaway slave communities), large-scale revolts and resistance heroes developed in response to the harsh nature of Brazil slavery. Quilombo dos Palmares however was the most impressive maroon community in Brazil. It held between 11,000 and 30,000 people and resisted Portuguese, Dutch and Native Brazilian attacks until finally succumbing to the cannons of the Portuguese in 1694-1695 (Reis and Gomes 2006). Even though Quilombo dos Palmares lasted nearly one hundred years, Brazilian 2 colonial authorities preserved little documentation about the community; most recorded information was written by soldiers of fortune that were paid to find and attempt to bring down the settlement. -
Introduction
Introduction Lisa Shaw and Tim Bergfelder The proliferating histories of screen stardom Stars and film industries centred on stars have been an important strand in the study and criticism of cinema. As early as the 1920s, theorists including Rudolf Arnheim, Béla Balázs, Siegfried Kracauer and Walter Benjamin discussed the significance of personae, images and iconic stars such as Charles Chaplin and Greta Garbo, and their integral function within the interconnecting aesthetic, social and affective systems that the new mass medium of cinema represented.1 Following the consolidation of Hollywood as an industry and as a popular art form in the 1930s and 1940s, the seemingly universal appeal of stars caught the atten- tion of, among others, anthropologists such as Hortense Powdermaker,2 sociolo- gists such as Edgar Morin3 and semioticians such as Roland Barthes.4 Within the nascent academic discipline of film studies in the 1970s, Richard Dyer’s ground- breaking book Stars (first published in 1979) mapped a field and methodology – or rather a set of methodologies – for the analysis of stars as a simultaneously aesthetic and social phenomenon of modern culture.5 Dyer’s text inaugurated a rich seam of scholarship that has gone from strength to strength in the last few decades and that shows no sign of abating today if the sheer number of publications is anything to go by.6 Nevertheless, while many of Dyer’s original observations and definitions still hold true today, there have been a number of developments in the field and in the actual cultural presence and social function of stars in the decades since the late 1970s that have taken star studies in new directions, with new priorities, new contexts and new parameters. -
Amácio Mazzaropi's Filmography
Amácio Mazzaropi’s Filmography Sai da Frente—Get Out of the Way São Paulo, 1952 Cast: Amácio Mazzaropi; Ludy Veloso Leila Parisi, Solange Rivera, Luiz Calderaro, Vicente Leporace, Luiz Linhares, Francisco Arisa, Xandó Batista, Bruno Barabani, Danilo de Oliveira, Renato Consorte, Príncipes da Melodia, Chico Sá, José Renato, o cão Duque (Coronel), Liana Duval, Joe Kantor, Milton Ribeiro, Jordano Martinelli, Izabel Santos, Maria Augusta Costa Leite, Carlo Guglielmi, Labiby Madi, Jaime Pernambuco, Gallileu Garcia, José Renato Pécora, Toni Rabatoni, Ayres Campos, Dalmo de Melo Bordezan, José Scatena, Vittorio Gobbis, Carmen Muller, Rosa Parisi, Annie Berrier, Ovídio ad Martins Melo—acrobats 80 minutes/black and white. Written by Abílio Pereira de Almeida and Tom Payne. Directed by Abílio Pereira de Almeida. Produced by Pio Piccinini/Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Opening: 06/25/1952, Cine Marabá and 12 movie theaters. Awards: Prêmio Saci (1952) best supporting actress: Ludy Veloso. Nadando em dinheiro—Swimming in Money São Paulo, 1952 Cast: Amácio Mazzaropi; Ludy Veloso, A. C. Carvalho, Nieta Junqueira, Liana Duval, Carmen Muller, Simone de Moura, Vicente Leporace, Xandó Batista, Francisco Arisa, Jaime Pernambuco, Elísio de Albuquerque, Ayres Campos, Napoleão Sucupira, Domingos Pinho, Nélson Camargo, Bruno Barabani, Jordano Martinelli, o cão Duque (Coronel), Wanda Hamel, Joaquim Mosca, Albino Cordeiro, Labiby Madi, Maria Augusta Costa Leite, Pia Gavassi, Izabel Santos, Carlos Thiré, Annie Berrier, Oscar Rodrigues 152 ● Amácio Mazzaropi’s Filmography de Campos, Edson Borges, Vera Sampaio, Luciano Centofant, Maury F. Viveiros, Antônio Augusto Costa Leite, Francisco Tamura. 90 minutes/ black and white. Written by Abílio Pereira de Almeida. Directed by Abílio Pereira de Almeida. -
O IMAGINÁRIO DA BRANQUITUDE À LUZ DA TRAJETÓRIA DE GRANDE OTELO: RAÇA, PERSONA E ESTEREÓTIPO EM SUA PERFOMANCE ARTÍSTICA Afro-Ásia, Núm
Afro-Ásia ISSN: 0002-0591 [email protected] Universidade Federal da Bahia Brasil Kojima Hirano, Luis Felipe O IMAGINÁRIO DA BRANQUITUDE À LUZ DA TRAJETÓRIA DE GRANDE OTELO: RAÇA, PERSONA E ESTEREÓTIPO EM SUA PERFOMANCE ARTÍSTICA Afro-Ásia, núm. 48, 2013, pp. 77-125 Universidade Federal da Bahia Bahía, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=77028754003 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto O IMAGINÁRIO DA BRANQUITUDE À LUZ DA TRAJETÓRIA DE GRANDE OTELO: RAÇA, PERSONA E ESTEREÓTIPO EM SUA PERFOMANCE ARTÍSTICA* Luis Felipe Kojima Hirano** If there are forty million African Americans, then there are forty million ways to be black. Henry Louis Gates Jr.1 m seus quase 70 anos de carreira, Grande Otelo atuou nos mais diferentes projetos do cinema brasileiro. De Moleque Tião E (1943) a Carnaval Atlântida (1953); de Amei um bicheiro (1953) a Rio Zona Norte (1957); de Macunaíma (1969) a Nem tudo é verdade (1983). Otelo conseguiu ultrapassar as barreiras dos gêneros e movi- mentos cinematográficos, indo da comédia ao drama, das chanchadas ao realismo carioca, do Cinema Novo ao Cinema Marginal. * Este artigo é produto de várias versões que foram apresentadas em diversos congressos em que tive a oportunidade de dialogar com professores e pesquisadores a quem agradeço: Fabi- ano de Souza Gontijo, Laura Moutinho, Peter Fry, Heloísa Pontes, Caroline Cotta de Mello Freitas, Heloísa Buarque de Almeida, Ronaldo Almeida, Lilia Schwarcz, minha orientadora, e aos demais colegas dos núcleos Etnohistória e Numas. -
Um Estudo Sobre O Polo Cinematográfico De Paulínia/SP1
542 Um estudo sobre o Polo Cinematográfico de Paulínia/SP1 Por Cleber Fernando Gomes* Resumo: Este artigo é parte de uma dissertação de mestrado realizada na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, e apresenta uma pesquisa sobre o Polo Cinematográfico de Paulínia, localizado no interior do Estado de São Paulo/Brasil. O objetivo foi fazer uma análise das atividades do Polo entre 2005 e 2017. Para tanto, contextualizamos alguns polos de cinema no Brasil e no mundo como forma de compreender como se estruturam. Os processos de industrialização do cinema brasileiro também foram analisados com o intuito de refletir sobre uma possível industrialização do Polo Cinematográfico de Paulínia. O Polo Cinematográfico de Paulínia possui uma infraestrutura complexa que já contribuiu para a produção de bens culturais para o Brasil onde foram realizados 44 filmes nacionais, alguns com repercussão internacional e outros com excelentes resultados nas bilheterias brasileiras. Palavras-chave: cinema brasileiro, Polo de Cinema, política, Paulínia. Una investigación sobre el Polo Cinematográfico de Paulínia, Brasil Resumen: Este artículo es parte de una disertación de maestría realizada en la Universidad Federal de São Paulo – UNIFESP. El objetivo de la investigación fue hacer un análisis de las actividades del Polo Cinematográfico de Paulínia en el período que abarca desde 2005 hasta el 2017. Para ello, se abordan también algunos polos de cine tanto en Brasil como en el mundo, para comprender cómo se estructuran. Los procesos de industrialización del cine brasileño también fueron analizados con el propósito de reflexionar sobre una posible industrialización del Polo Cinematográfico de Paulínia. El Polo Cinematográfico de Paulínia posee una infraestructura compleja que ya contribuyó a la producción de bienes culturales en Brasil: se realizaron 44 películas nacionales, algunas con repercusión internacional y otras con excelentes resultados en las taquillas brasileñas. -
Faculdade De Arquitetura, Artes E Comunicação (Faac) Programa De Pós-Graduação Em Comunicação
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO (FAAC) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO LUÍS GERALDO ROCHA A CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA DE ELY AZEREDO E O CINEMA BRASILEIRO NA TRIBUNA DA IMPRENSA (1956-1964) E NO JORNAL DO BRASIL (1965-1973) Bauru 2017 LUÍS GERALDO ROCHA A CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA DE ELY AZEREDO E O CINEMA BRASILEIRO NA TRIBUNA DA IMPRENSA (1956-1964) E NO JORNAL DO BRASIL (1965-1973) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para obtenção do título de Mestre em Comunicação, sob a orientação do Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior. Bauru 2017 Rocha, Luís Geraldo. A crítica cinematográfica de Ely Azeredo e o cinema brasileiro na Tribuna da Imprensa (1956-1964) e no Jornal do Brasil (1965-1973) / Luís Geraldo Rocha, 2017 257 f. Orientador: Arlindo Rebechi Junior Dissertação (Mestrado)– Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru, 2017 1. Ely Azeredo. 2. Crítica cinematográfica. 3. Cinema Novo. 4. Cinema Marginal. 5. Comédia erótica I. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. II. Título. Dedico este trabalho aos meus pais, José Carlos e Carla, por todo o amor, carinho e esforço com que se dedicaram à minha formação. Do fundo do meu coração, muito obrigado! AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, alicerce de toda a minha vida, que com Seu amor infinito, me conferiu à graça de poder realizar este Mestrado. Sem Ele nada faria sentido. Ao Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria, cujas intercessões, confortaram-me e auxiliaram-me nos momentos de dúvidas, tristezas e angústias no qual me confrontei no decorrer desta pesquisa. -
Universidade Federal Fluminense Faculdade De Turismo E Hotelaria Curso De Turismo
1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA CURSO DE TURISMO CHEYENNE CRUZ DO KIKITO AO RED CARPET: A INFLUÊNCIA DO FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO PARA O TURISMO DA CIDADE NITERÓI 2016 2 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA CURSO DE TURISMO CHEYENNE CRUZ DO KIKITO AO RED CARPET: A INFLUÊNCIA DO FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO PARA O TURISMO DA CIDADE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Turismo da Universidade Federal Fluminense como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Turismo. Orientador: Prof. Dr Sc. Ari da Silva Fonseca Filho. NITERÓI 2016 3 4 DO KIKITO AO RED CARPET: A INFLUÊNCIA DO FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO PARA O TURISMO DA CIDADE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Turismo da Universidade Federal Fluminense como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Turismo. Orientador: Prof. Dr. Sc. Ari da Silva Fonseca Filho. Por CHEYENNE LUCIA SILVA DA CRUZ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Prof. D. Sc. Ari da Silva Fonseca Filho – Orientador ___________________________________________________________________ Prof. D. Sc. Telma Lasmar Gonçalves – Departamento Turismo UFF ___________________________________________________________________ Prof. D. Sc. Verônica Feder Mayer Niterói, dezembro de 2016. 5 À minha mãe, Norma e ao meu irmão, Lucas. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à minha mãe, por todo o incentivo que meu deu durante a minha jornada escolar, acadêmica, profissional. Por sempre estar ao meu lado em qualquer situação, por ter acreditado em mim e investido na minha educação. Ao meu irmão, Lucas Erick, meus avós, Emildo Silva e Irene de Lima e a toda minha família, pelo apoio, por acreditarem em meu potencial e pelo afeto e carinho que sempre tiveram comigo. -
Oscarito, Grande Otelo E a Negação Do Amor
ENTRE A CHANCHADA E A VERA CRUZ Oscarito, Grande Otelo e a negação do amor Hilda Machado a tradição cômica do Rio de Janeiro os filmes populares produzidos nas décadas de 1940 e 1950, as chanchadas, ocupam lugar de destaque. Uma Ncontinuidade do humor chamado da Praça Tiradentes, as velhas comé- dias em preto e branco se apoiavam na comicidade do teatro de revista que ocupava aquela praça do centro da cidade. Uma versão família de suas caricaturas políticas, sua sátira de costumes, música e mulheres bonitas, as chanchadas são hoje vistas como profundamente ingênuas. Mas os filmes − como qualquer comédia − podem surpreender pela ambigüidade nas representações de seus temas. Muitas dessas comédias populares eram paródias de filmes de Hollywood (Vieira, 1982: 256-269), mas a chanchada de Watson Macedo, Carnaval no fogo (1949), parodiou um outro texto canônico. Em uma das seqüências os atores Os- carito e Grande Otelo encenavam a cena do balcão de Romeu e Julieta, de William Shakespeare. A paródia de Carnaval no fogo aponta a pervasiva popularidade da peça elizabetana e a presença desse, que é um dos textos míticos da cultura ocidental, na cultura popular brasileira do pós-guerra. A tragédia inventava o humano da Praça Tiradentes, para além de previsíveis limites. A paródia de Romeu e Julieta de Carnaval no fogo foi cuidadosamente cons- truída no roteiro. Como Oscarito, o ator cômico que interpretou Romeu, lembrava (1970:15), as performances dele e de Grande Otelo foram fiéis ao texto. Carnaval no fogo parodiou a grande cena da tragédia: Ato II, Cena II e outro momento privilegiado: a cena patética do adeus dos amantes após sua única noite de amor (Ato III, Cena V). -
O Gestus Social Em Rio Zona Norte: Notas Para Um Diálogo Entre Ator E Diretor Na Análise Cinematográfica
O gestus social em Rio Zona Norte: notas para um diálogo entre ator e diretor na análise cinematográfica Luis Felipe Kojima Hirano1 Esse artigo procura interpretar o diálogo entre diretor e ator no Rio Zona Norte, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e protagonizado por Grande Otelo. Ao propor essa interlocução, ofilme artigo tem três objetivos: primeiro, o de apresentar um mé- buscando observar de que modo Grande Otelo agrega sentidos aotodo personagem, de análise ultrapassandoda performance os limitesdo ator da nos montagem filmes de e enquaficção,- dramento. Em segundo lugar, ao observar a interpretação de um ator negro, pretende-se examinar de que modo Grande Otelo e Nelson Pereira dos Santos se contrapõem aos estereótipos exis- condiçõestentes no cinema sociais deque então. possibilitaram Por fim, após a Nelson uma análisePereira detida dos San do- filme, busco trazer elementos para compreender algumas das um novo espaço de atuação para Grande Otelo. Palavras-chave:tos transformar o campo cinematográfico, propiciando, assim, Grande Otelo, performance do ator e estereótipo. Rio Zona Norte, Nelson Pereira dos Santos, 1 Bacharel em Ciências Sociais e Doutor em Antropologia Social pela Universidade de - junto da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás e do Programa deSão Pós-Graduação Paulo. Em 2011, em foi Antropologia fellow da Universidade Social da mesma de Harvard. instituição. Atualmente, Além disso, é professor coordena ad - bana da USP. a Coleção Antropologia Hoje da Editora Terceiro Nome e do Núcleo de Antropologia Ur 226 O GESTUS SOCIAL EM RIO ZONA NORTE The social gestus in Rio Zona Norte: an outline for the analysis of the dialogue between actor and director in films Abstract: this paper analyzes the dialogue between director dos Santos and starring Grande Otelo. -
Ministério Do Turismo E Academia Brasileira De Cinema Apresentam
Ministério do Turismo e Academia Brasileira de Cinema apresentam Graças à pandemia, este foi um ano de descobertas: a principal delas, a de que ninguém vive sem arte, sem cultura e sem o audiovisual, em qualquer de seus formatos ou manifestações. Imaginem quem resistiria a mais de 6 meses de quarentena sem poder assistir a um filme, uma série, um documentário, uma novela, de produção brasileira ou estrangeira em qualquer plataforma? Entretanto, a paralisia imposta ao setor brasileiro da produção audiovisual independente parece ignorar a sua importância e os empregos e renda que ele gera. Por isso, hoje celebramos nossos filmes de ficção, nossos documentários, nossas séries, nossos curtas metragem – usina de novos talentos – e todos os profissionais responsáveis por sua criação e existência. Agradeço a todos os patrocinadores, a TV Cultura, ao Paulo Mendonça, VP da Academia e à Raquel Couto e seu exército, pela sua contribuição decisiva em colocar o show de pé. A Academia Brasileira orgulha-se de, finalmente, ter sido reconhecida pela Academia Americana – a Ampas – em 2020, como a única entidade responsável pela indicação do filme brasileiro concorrente ao Oscar. Uma luta de vários anos, e uma vitória que nos dá um pouco de alento para continuar resistindo. Obrigado Rodrigo Teixeira, produtor que vocês todos conhecem e que teve papel decisivo na articulação. Nossa Academia está democratizando o acesso, promovendo a diversidade e facilitando a entrada de novos cineastas, através de profundas modificações no seu estatuto. Deem uma olhada no nosso site. Finalizando, em um momento em que a produção brasileira independente está envolvida numa crise politica da qual não é a responsável mas que a mantém paralisada e põe a sua existência em real perigo, o papel estatutário da Academia Brasileira de Cinema torna-se mais importante, ao promover o debate sereno, ajudando a preservar o passado , a pensar o futuro e a resistir ao desmonte do presente. -
Sem Título-1
9 • Tempo “A tendência é para ridicularizar [...]” Reflexões sobre cinema, humor e público no Brasil Sonia Cristina Lino* Em 1936, em entrevista para a revista Cinearte (1926-1942), o ator Jayme Costa dava sua fórmula de sucesso para o cinema brasileiro: “a tendência é para ridicularizar [...] nosso público, o carioca principalmente, vê, antes de mais nada, a parte humorística”.1 E concluía que, em função dessa “tendên- cia”, o cinema brasileiro deveria explorar o humor e as comédias leves “[...] nada de grandes emoções[...]”.2 Nessa época, as produções sonoras já faziam parte do cotidiano, tanto das pessoas ligadas à produção cinematográfica quanto do público em geral. Por outro lado, o Brasil já tinha seu primeiro estúdio cinematográfico, a Cinédia, que, apesar de um pouco desfocado, fora criado à imagem e à semelhança dos estúdios hollywoodianos. Desde a Cinédia, projetada como um grande estúdio e fundada por Adhemar Gonzaga, em 1930, no Rio de Janeiro, que a palavra de ordem era: * Professora de História Contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora. 1 Cinearte, 15/jul./1936. 2 Idem. Tempo, Rio de Janeiro, no 10, pp. 63-79. 1 Dossiê “produzir bons filmes, com a vantagem de terem o espírito e o pensamento bra- sileiros”.3 Para Jayme Costa, portanto, o “espírito e o pensamento brasileiros”, preocupação de Gonzaga, tinham uma característica fundamental: o humor e a capacidade dos brasileiros de rirem de si mesmos e dos fatos cotidianos. Jayme Costa não foi o único a eleger o bom humor, a ironia e uma certa dose de irreverência como características nacionais, capazes de sensibilizar e cons- tituir um público para o cinema brasileiro. -
O Imaginário Da Branquitude À Luz Da Trajetória De Grande Otelo: Raça, Persona E Estereótipo Em Sua Perfomance Artística*
O IMAGINÁRIO DA BRANQUITUDE À LUZ DA TRAJETÓRIA DE GRANDE OTELO: RAÇA, PERSONA E ESTEREÓTIPO EM SUA PERFOMANCE ARTÍSTICA* Luis Felipe Kojima Hirano** If there are forty million African Americans, then there are forty million ways to be black. Henry Louis Gates Jr.1 m seus quase 70 anos de carreira, Grande Otelo atuou nos mais diferentes projetos do cinema brasileiro. De Moleque Tião E (1943) a Carnaval Atlântida (1953); de Amei um bicheiro (1953) a Rio Zona Norte (1957); de Macunaíma (1969) a Nem tudo é verdade (1983). Otelo conseguiu ultrapassar as barreiras dos gêneros e movi- mentos cinematográficos, indo da comédia ao drama, das chanchadas ao realismo carioca, do Cinema Novo ao Cinema Marginal. * Este artigo é produto de várias versões que foram apresentadas em diversos congressos em que tive a oportunidade de dialogar com professores e pesquisadores a quem agradeço: Fabi- ano de Souza Gontijo, Laura Moutinho, Peter Fry, Heloísa Pontes, Caroline Cotta de Mello Freitas, Heloísa Buarque de Almeida, Ronaldo Almeida, Lilia Schwarcz, minha orientadora, e aos demais colegas dos núcleos Etnohistória e Numas. Também agradeço a Tatiana Lotierzo pela interlocução intensa e frutífera em diversos momentos da pesquisa e ao parecerista ad hoc pelos comentários e sugestões. ** Esse artigo se insere em minha pesquisa de Doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP, intitulada Cinema em negro e branco: brasilidade e imaginário racial na cinematografia brasileira, financiada pela Fapesp. O artigo também se vale de uma série de informações pesquisadas durante o meu estágio de doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, financiando pela Capes, sob a orientação de Nicolau Sevcenko e Clémence Jouët-Pastré, a quem agradeço pelo apoio e interlocução profícua.