ÍNDICE

Agremiação Página

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA 03

G.R.E.S. PORTELA 51

G.R.E.S. UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR 107

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO 177

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE 233

G.R.E.S. BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS 303

1

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA

PRESIDENTE FERNANDO HORTA

3

“Um Coração Urbano: Miguel, o Arcanjo das Artes, saúda o povo e pede passagem”

Carnavalescos ANNIK SALMON, HÉLCIO PAIM E MARCUS PAULO

5

Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Um Coração Urbano: Miguel, o Arcanjo das Artes, saúda o povo e pede passagem” Carnavalescos Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Autor(es) do Enredo Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Autor(es) da Sinopse do Enredo Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo e Igor Ricardo Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Vivendo em Voz FALABELLA, Lua de Papel 2011 Todas Alta Miguel

02 Pequenas Alegrias FALABELLA, Objetiva 1993 Todas Miguel

03 A Partilha FALABELLA, Objetiva 2001 Todas Miguel

04 Querido Mundo: e FALABELLA, Lacerda Editora 2003 Todas outras peças Miguel e BARBOSA, Maria Carmem

05 O Pequeno SAINT- Via Leitura 2015 Todas Príncipe EXUPÉRY, Antoine

06 Máquina de Fazer RITTER, André Iporanga 2000 Todas Doido

07 História Mundial BERTHOLD, Perspectiva 2011 Todas do Teatro Margot Tradução: COELHO, Sérgio; GARCIA, Clóvis; GUINSBURG, J.; ZURAWSKI, Maria Paula

7 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

08 Teatro Brasileiro: GUINSBURG, J. e Perspectiva 2012 Todas Ideias de uma PATRIOTA, História Rosangela

09 Biografia da RICCO, Flávio e Matrix 2017 Todas Televisão VANUCCI, José Brasileira Armando

10 História da RIBEIRO, Ana Contexto 2010 Todas Televisão no Brasil Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; e ROXO, Marco

11 Carnaval: Para VALENÇA, Relume Dumará 1996 Todas Tudo Acabar na Raquel Quarta-Feira

12 As Escolas de CABRAL, Sérgio Lazuli 2011 Todas Samba do

13 História do Eneida Record 1987 Todas Carnaval Carioca

Outras informações julgadas necessárias

Sites consultados:

SITE OFICIAL MIGUEL FALABELLA. Disponível em:

MEMÓRIA GLOBO – MIGUEL FALABELLA. Disponível em:

O HUMOR ÁCIDO E O CORAÇÃO ENORME DE MIGUEL FALABELLA. Disponível em:

JÔ SOARES FAZ UMA ENTREVISTA ESPECIAL COM MIGUEL FALABELLA. Disponível em:

8 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

MIGUEL FALABELLA COMPLETA 60 ANOS; RELEMBRE SUA TRAJETÓRIA NA TV. Disponível em:

A BREVE HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO E SUAS REVIRAVOLTAS DRAMÁTICAS. Disponível em:

O TEATRO MODERNO NO BRASIL. Disponível em:

BREVE HISTÓRIA DO TEATRO MUSICAL NO BRASIL. Disponível em:

QUEM FOI MARIA CLARA MACHADO. Disponível em:

SITE OFICIAL TABLADO. Disponível em:

Outras informações julgadas necessárias A Comissão de Carnaval é formada por Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo

Annik Salmon é formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) no curso de Belas Artes (Indumentária e Cenografia) e pós-graduada em Educação Artística com formação para docentes pela Universidade Cândido Mendes (Ucam). Ao formar-se, em 2003, começou a estagiar na Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra, num acordo entre a Liga das Escolas de Samba (Liesa) e a Faculdade de Belas Artes. Em 2004 já era assistente e figurinista do Carnavalesco Alexandre Lousada, com quem trabalhou até 2007 para agremiações diferentes: Porto da Pedra, Vila Isabel e Beija-Flor. Nos anos seguintes trabalhou na Vila Isabel, como Assistente do Alex de Sousa e Paulo Barros, até que em 2009 foi para Unidos da Tijuca, com o Paulo Barros, onde foi sua assistente até o carnaval de 2014. Após, passou a integrar a Comissão de Carnaval da Unidos da Tijuca.

9 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Hélcio Paim atua no carnaval desde 1981 e já teve seu trabalho reconhecido em diferentes setores das escolas de samba, como construção de alegorias, direção de carnaval e direção de barracão. Paim já trabalhou em algumas Agremiações como: Difícil é o Nome, Caprichosos de Pilares, Rocinha, Vila Isabel, Salgueiro, Grande Rio e é o responsável pela parte estrutural das alegorias da Unidos da Tijuca desde 2000. Agora Paim integra a equipe de profissionais que compõem a Comissão de Carnaval da Unidos da Tijuca. Em novembro do ano passado, o artista recebeu a Medalha Tiradentes, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), entregue pelo seu relevante trabalho carnavalesco e, consequentemente, cultural e social, prestado à causa pública fluminense.

Marcus Paulo é formado em Programação Visual, Moda, Produção Cenográfica, Design Gráfico e Gestão de Negócios. Iniciou sua carreira no carnaval em 1991 contratado pelo carnavalesco Alexandre Louzada, na escola de samba Caprichosos de Pilares. A partir daí foram onze carnavais como seu assistente em outras agremiações como Grande Rio, Estácio, Mangueira e Portela. Marcus ainda foi um dos responsáveis pela elaboração e criação de figurinos para as cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Suas obras foram elogiadas pelo Comitê Olímpico Internacional, que as levaram para exposição permanente no Museu Olímpico, situado na Suíça. Sua entrada na Unidos da Tijuca, onde integra a Comissão de Carnaval da agremiação, foi em 2004, contratado pelo Presidente Fernando Horta.

Enredista/ Pesquisa e Texto: Igor Ricardo Formado em Jornalismo pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), em 2013, Igor está na cobertura carnavalesca há cinco anos. Neste período, o jovem jornalista se notabilizou à frente da Editoria de Carnaval do Jornal Extra e do Jornal , os jornais de maior renome da mídia carioca e do país. Neste período, foi convidado para a produção de reportagens internacionais durante os desfiles carnavalescos da província de San Luís, na Argentina. Além disso, foi jurado no Carnaval de Santos, julgando as agremiações do Grupo Especial e Acesso da cidade. Por dois anos consecutivos ainda fez parte do corpo de jurados para a escolha da Corte Real do Carnaval do Rio. Este ano, Igor foi convidado pela Comissão de Carnaval da agremiação para escrever o enredo em homenagem a Miguel Falabella.

10 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

Apresentação A Unidos da Tijuca pede licença aos deuses das artes para homenagear um dos seus: MIGUEL FALABELLA. Ator, autor, diretor, apresentador, um artista multimídia e um trabalhador incansável, de fé inabalável em sua religiosidade. Com mais de 30 anos de carreira, Miguel se consagrou no campo celeste do humor por suas criações repletas de referências aos dilemas da sociedade brasileira. Por cinco anos ainda assinou uma coluna semanal no jornal O Globo, intitulada "Um Coração Urbano", em que exercitava seu lado observador e impressionista sobre cenas cotidianas na cidade grande. As crônicas, durante sua existência, foram as mais lidas do periódico. Além de todos os ofícios que desempenhou ao longo da carreira, Falabella também se envolveu profundamente com o Carnaval carioca. Foi destaque, carnavalesco, dirigente. É desta forma que os foliões tijucanos se preparam para cantar e engrandecer toda essa trajetória na Marquês de Sapucaí em 2018. O conceito deste enredo, portanto, amarra-se com a carnavalização da história pessoal e profissional do homenageado em uma visão lúdica, e um tanto quanto realista. Inspirem-se sem moderação!

Parte das citações contidas neste enredo são trechos das mais de duzentas publicações que o autor escreveu para O Globo e que, mais tarde, foram compiladas em dois livros.

Sinopse

"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)" O Pequeno Príncipe

Memórias. É a partir das lembranças de um garoto que nossa história começa. Era fevereiro, sentado à beira da Baía de Guanabara, numa pequena Ilha, uma criança abre o livro "O Pequeno Príncipe" e, como passe de mágica, se vê dentro do universo criado por Antoine de Saint-Exupéry.

"COSTUMAVA IMAGINAR QUE EU ERA UM PEQUENO PRÍNCIPE PERDIDO NAQUELA ILHA, COMANDANDO MEUS SÚDITOS, QUE ERAM A FAUNA MARINHA QUE ME RODEAVA. ASSIM COMO A NARIZINHO (DE MONTEIRO LOBATO), EU TINHA O MEU REINO DAS ÁGUAS CLARAS".

Identidade. Ainda dentro do seu próprio imaginário, o já adolescente "pequeno príncipe" se vislumbra com a magia do teatro ao conhecer as peças infantis de Maria Clara Machado. Foi a própria fundadora do Tablado, tradicional escola de Artes Cênicas, quem iniciou a formação artística e profissional do futuro arcanjo das artes.

11 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

"TIVE O PRIVILÉGIO DE SER ALUNO DE MARIA CLARA MACHADO. O TABLADO FOI UMA ESCOLA MARAVILHOSA, POIS NOS ENSINAVA A DISCIPLINA NECESSÁRIA PARA O TEATRO, AO MESMO TEMPO EM QUE EXERCITAVA NOSSA IMAGINAÇÃO. AFINAL, ESTUDÁVAMOS NO MESMO ESPAÇO ONDE NASCERAM "PLUFT", "A BRUXINHA QUE ERA BOA", "O CAVALINHO AZUL", E TANTOS OUTROS CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA".

Graduado. O mundo encantado até então aqui apresentado direciona o jovem ao universo das palavras. Sob influência de sua mãe, professora de literatura francesa, e das inúmeras histórias contadas pelo avô, ele começa a dominar a escrita: como autor, escritor, dramaturgo. É a partir da velocidade de suas emoções que imaginações/pensamentos/percepções começam a se materializar seja no teatro, nos livros ou como colunista.

"A MINHA ESCOLHA PELA FACULDADE DE LETRAS ME PARECEU NATURAL. ACHEI QUE, SE EU QUERIA VIVER DO PALCO, EU DEVERIA ANTES DE MAIS NADA DOMINAR AS PALAVRAS". hUmoR. Mesmo já crescido, nosso grande talento não abandona sua criatividade e goza da vida adulta com muita originalidade na televisão. Correndo dentro de um set de televisão, ele Sai de baixo da saia de uma noiva de Copacabana arrancando com muita . A confusão está instalada. É um Toma lá, dá cá, mas ninguém consegue segurá-lo, até que com um Pé na Cova, músicas começam a ecoar...

“SEMPRE QUIS FAZER HUMOR POPULAR. FALAR COM A MINHA GENTE, USANDO O PORTUGUÊS DO COTIDIANO, CRIANDO PERSONAGENS COM QUEM AS PESSOAS PUDESSEM SE CONECTAR".

Espetáculo. A magnitude da TV acaba remetendo aos grandes cenários vivos dos musicais. O já grande artista também escreve, atua, dirige e (im) exporta sucessos nacionais e estrangeiros que divertem a plateia com suas encenações musicadas. São diversos títulos próprios ou adaptados: O Beijo da Mulher Aranha, A Gaiola das Loucas, Hairspray, O Homem de La Mancha, entre outros. Mas, ele quer mais, não quer parar!

“Tijuca, faz esse meu sonho acontecer!”

Loucura. O devaneio está só começando. A barca (e ela não vai virar!) sai da Ilha Mágica e parte rumo ao maior teatro a céu aberto do mundo. Lotada de personagens carnavalescos clássicos, ela desbrava o mar colorido da Marquês de Sapucaí, onde todos vão desembarcar e encenar (em proporções apoteóticas) um musical criado para o maior Arcanjo das artes.

"QUANDO EU ERA MENINO, MEU PAI ME LEVAVA PARA O CENTRO, ME COLOCAVA SENTADO EM SEU CANGOTE, E EU FICAVA ASSISTINDO AO DESFILE DAS GRANDES SOCIEDADES, ENCANTADO COM TUDO AQUILO. ACHO QUE FOI AÍ QUE A NOÇÃO DE ESPETÁCULO BROTOU DENTRO DE MIM".

Abram-alas que Miguel Falabella vai passar! 12 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

O que o apresentador do “Video Show” por mais de 15 anos e Caco Antibes possuem em comum? Sucesso na televisão, todos ganharam vida pelas mãos de Miguel Falabella. Ator, diretor, apresentador, dramaturgo, carnavalesco e uma das figuras mais respeitadas do meio artístico brasileiro.

Miguel Falabella de Souza Aguiar nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 1956. Filho de uma professora universitária de literatura francesa e de um arquiteto, mudou-se logo cedo de São Cristóvão, na Zona Norte, para a Ilha do Governador. Aos 17 anos, foi estudar no Tablado, a tradicional escola de atores de Maria Clara Machado, ao mesmo tempo em que cursava Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A estreia na televisão foi em setembro de 1982.

Entretanto, foi em 1996 que Falabella deu ao público seu personagem mais conhecido e querido: Caco Antibes, do humorístico “Sai de Baixo”. Dono de bordões que fizeram sucesso, como “Eu tenho horror a pobre” e “Cala a boca, Magda!”, Caco era um homem folgado, mau-caráter e falido. Mas, mesmo assim, tornou-se um sucesso absoluto, conquistando o público com sua antipatia e desprezo pelas classes de renda mais baixas.

Na televisão, Miguel não é apenas diretor e ator, mas também autor. Escreveu, ainda em 1996, a novela “Salsa e Merengue” e, em 2008, a novela “Negócio da China”. Além disso, escreveu (e atuou) em outros programas humorísticos: foi autor de “Toma lá, dá cá”, entre 2007 e 2009, e “Pé na Cova”, que ficou no ar de 2013 a 2015. Paralelamente à carreira na TV, Falabella nunca deixou de se dedicar ao teatro. Conquistou o Prêmio Molière de melhor autor com a peça “A partilha”, em 1990, e se destacou com as dezenas de musicais, adaptados ou próprios.

O talento como autor também pode ser visto em duas outras áreas: o jornal e o carnaval. Miguel Falabella assinou no Jornal O GLOBO a coluna de crônicas semanal “Um Coração Urbano”, em que mostrava suas impressões sobre o cotidiano. Foi ainda carnavalesco da escola de samba Império da Tijuca, de 1993 a 1996. Em 1995, com o enredo “No sassarico da Colombo”, levou a escola a conquistar o vice-campeonato no Grupo A, o grupo de acesso das escolas de samba. Já em 1996, no Grupo Especial, com a agremiação tijucana, desenvolveu o elogiado enredo “O Reino Unido Independente do Nordeste”. O homenageado já revelou por diversas vezes, em entrevistas, que sua paixão pelo carnaval vem desde criança. Ele afirmou que toda sua inspiração em construir espetáculos vem da festa mais popular do planeta.

Portanto, falar da trajetória de Miguel Falabella significa abordar uma parte importante e representativa da cultura brasileira. Afinal, são 40 anos de teatro e mais de 30 dedicados a televisão. Miguel, que é essencialmente da comédia, continua em plena atividade. Atualmente, faz o encerramento do “Vídeo Show”, e produz peças teatrais. Por toda essa 13 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018 importância, a Unidos da Tijuca presta neste carnaval uma homenagem ao “Arcanjo do riso, poeta do humor”.

Os setores:

Abertura – “Do Reino dos Mares, a inspiração” A Unidos da Tijuca mergulha nas águas da imaginação do pequeno Miguel Falabella para dar partida ao seu desfile. Influenciado, sobretudo, pelos livros “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, e “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, de Monteiro Lobato, o homenageado se imagina príncipe do seu próprio reino marinho, que é, na verdade, o bairro onde foi criado, a Ilha do Governador.

1° setor - O Tablado de Maria Clara Machado Falabella aprendeu a dominar a arte do teatro com Maria Clara Machado, sendo seu aluno no Tablado (famosa escola de formação de atores na Zona Sul do Rio). Suas primeiras atuações foram em peças escritas por Maria Clara. Todas as fantasias deste setor trazem as montagens atuadas por Miguel, e escritas por Maria Clara Machado.

2° setor - Um Coração Urbano no Mundo das Palavras Não foi só por influência de Maria Clara Machado que Miguel Falabella quis construir suas próprias histórias e personagens. O artista tinha em sua mãe e seu avô grande inspiração para se tornar autor. Depois de cursar a Faculdade de Letras, ele vai enveredar pelo mundo das palavras, criando peças de teatro de sucesso e assinando coluna no maior jornal do país.

3° setor – Fenômenos de Audiência Ator, roteirista, autor, apresentador. Na televisão, Miguel Falabella foi de um tudo. Com mais de 30 anos de carreira no meio, foram inúmeros sucessos protagonizados pelo homenageado. Neste setor, a Tijuca traz alguns desses fenômenos de audiência.

4° setor - “Musicais de tantas sensações” Assim como na TV, Falabella coleciona dezenas de recordes de bilheterias com seus musicais. Seja adaptado da Broadway ou criado por ele mesmo, foram milhões de espectadores em salas de teatro espalhadas pelo Brasil inteiro. As montagens mais importantes de sua carreira aparecem neste setor.

5° setor - “Um toma lá, dá cá, de gente bamba” Toda a história de Miguel Falabella passa pelo que ele chama de “noção de espetáculo”. Tal significado, também segundo ele, foi adquirido vendo o desenvolvimento do Carnaval carioca. Por tal motivo, o último setor do desfile traz um grande baile carnavalesco, com diversos grupos formadores da folia.

14 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente O TEATRO É A MINHA RELIGIÃO

ABERTURA – “DO REINO DOS MARES, A INSPIRAÇÃO”

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Alex Marcelino e Jack Pessanha MARGULHO NAS ÁGUAS CLARAS

Ala 01 – Coreografada ÁGUAS-VIVAS

Alegoria 01 – Abre-Alas O PEQUENO PRÍNCIPE EM SEU REINO DAS ÁGUAS CLARAS

1º SETOR – O TABLADO DE MARIA CLARA MACHADO

Ala 02 – Comunidade ABRAM AS CORTINAS!

Ala 03 – Comunidade “O DRAGÃO VERDE”

Ala 04 – Coreografada “A MENINA E O VENTO”

Ala 05 – Comunidade “O RAPTO DAS CEBOLINHAS”

Destaque de Chão Maylla Jéssica A DAMA DO FAROESTE

Ala 06 – Comunidade “TRIBOBÓ CITY”

Alegoria 02 ESPELHO DE “CLARA” SABEDORIA

15 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

2º SETOR – UM CORAÇÃO URBANO NO MUNDO DAS PALAVRAS

Ala 07 – Comunidade LITERATURA FRANCESA

Ala 08 – Comunidade O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Destaque de Chão Ana Paula Evangelista DEUSA DA SABEDORIA

Ala 09 – Coreografada DOMANDO AS PALAVRAS

Ala 10 – Coreografada A PARTILHA

Destaque de Chão Patrícia Chelida A INSPIRAÇÃO DO ESCRITOR

Ala 11 – Coreografada NAS PÁGINAS DOS LIVROS

Ala 12 – Comunidade UM CORAÇÃO URBANO

Alegoria 03 O FASCÍNIO DA ESCRITA

3º SETOR – FENÔMENOS DE AUDIÊNCIA

Ala 13 – Baianas AS NOIVAS DE COPACABANA

Ala 14 – Comunidade TV PIRATA

Destaque de Chão Valéria Mari RITMO CALIENTE

16 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

Ala 15 – Passistas SALSA E MERENGUE

Rainha da Bateria Madrinha da Bateria Juliana Alves Marisa Orth A AVAREZA MAGDA

Ala 16 – Bateria CACO ANTIBES

Carro de Som Intérprete: Tinga

Ala 17 – Comunidade NEGÓCIO DA CHINA

Ala 18 – Comunidade BRASIL A BORDO

Alegoria 04 A MÁQUINA DE FAZER DOIDO

4º SETOR – “MUSICAIS DE TANTAS SENSAÇÕES”

Ala 19 – Comunidade HAIRSPRAY

Ala 20 – Coreografada A GAIOLA DAS LOUCAS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Matheus André e Lohane Lemos ALÔ, DOLLY!

Ala 21 – Coreografada IMPÉRIO

Ala 22 – Comunidade XANADU

17 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

Destaque de Chão Juju Salimeni SEDUÇÃO FEMININA

Ala 23 – Comunidade CABARET

Alegoria 05 ‘LA MANCHA’ NAS TEIAS DA MULHER-ARANHA

Ala 24 – Comunidade GRANDES SOCIEDADES

Ala 25 – Coreografada CORSOS

Destaque de Chão Larissa Neto A ENDIABRADA

Ala 26 – Coreografada CORDÕES

Ala 27 – Comunidade BLOCOS

Destaque de Chão Gabriela Dias MUSA DO MEU SAMBA

Ala 28 – Comunidade ESCOLAS DE SAMBA

Alegoria 06 EMBARQUE NA FANTASIA

Ala 29 – Compositores POETAS DA TIJUCA

18 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 O PEQUENO PRÍNCIPE EM A imaginação fértil de uma criança a leva a diversos SEU REINO DAS ÁGUAS caminhos, como criar seu mundo fictício. Miguel CLARAS Falabella narra que, aos 7 anos, ganhou um exemplar de "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint- Exupéry, e, encantado com a história, se vislumbrou como o personagem do livro. O universo do conto se mistura ao próprio contexto social do artista, que foi criado na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. O carro abre-alas traz então a imagem marcante do texto do autor francês mergulhando no ambiente marinho do bairro carioca, que vira o Reino das Águas * Esse é o desenho artístico do Claras. É uma livre inspiração em "Reinações de croqui original e serve apenas Narizinho", do "Sítio do Pica-pau Amarelo", de como referência, pois foram Monteiro Lobato, que também inspirou o artista na realizadas modificações de infância. A alegoria convida cada folião a mergulhar estética e de cor na execução da nessa história encantada e inspiradora. Alegoria. Composições: Elementos do Mar

02 ESPELHO DE “CLARA” O domínio do teatro refletido atualmente por Falabella SABEDORIA é resultado dos seus anos de aprendizado no Tablado, tradicional escola de formação de atores de Maria Clara Machado. Por lá, Falabella conviveu de perto com a autora de diversos clássicos infantis, como “A bruxinha que era boa”, “Pluft, o fantasminha”, entre outros. É este cenário que a alegoria recria, dando vida aos personagens de Maria Clara.

Composições: Personagens criados por Maria Clara Machado

* Esse é o desenho artístico do croqui original e serve apenas como referência, pois foram realizadas modificações de estética e de cor na execução da Alegoria.

19 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 O FASCÍNIO DA ESCRITA O tempo é por diversas vezes o companheiro da jornada de muitos autores. De dia, de noite, de madrugada, não há hora certa para o fervilhar das emoções de um escritor. A alegoria traz à tona a velocidade, representada pelo girar dos aros, com que o tempo passa, ao mesmo tempo em que surgem os primeiros traços de diversos “roteiros, personagens” de Miguel Falabella.

Composições: Corujas da Sabedoria Composições: A escrita * Esse é o desenho artístico do croqui original e serve apenas como referência, pois foram realizadas modificações de estética e de cor na execução da Alegoria.

04 A MÁQUINA DE FAZER A alegoria evidencia de forma divertida os bastidores DOIDO de uma gravação de televisão e cinema. No centro do carro, um cenário recria o ambiente de três grandes sucessos de Falabella: "Sai de baixo", "Toma lá, dá cá" e o "Video show". Neste último programa, o artista ficou como apresentador por 15 anos. As laterais lembram ainda outro recente fenômeno de audiência escrito e atuado por Miguel, o seriado "Pé na Cova". Câmeras e plateia dão a impressão de que todos estão gravando ao vivo em plena Avenida. É uma verdadeira loucura um set de televisão. * Esse é o desenho artístico do croqui original e serve apenas Composições: Diretor de TV, plateia, cinegrafistas, como referência, pois foram personagens dos humorísticos realizadas modificações de estética e de cor na execução da Alegoria.

20 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 ‘LA MANCHA’ NAS TEIAS A alegoria marca as adaptações de “O Beijo da Mulher DA MULHER-ARANHA Aranha” e “O Homem de La Mancha”, dois grandes clássicos da Broadway, que tiveram a participação direta de Falabella em sua elaboração, seja na atuação ou direção. No primeiro, ele atuou ao lado de Cláudia Raia, que viveu a personagem-título do musical. Já na montagem sobre a história de Dom Quixote, Miguel Falabella evidenciou sua versatilidade como diretor. No projeto cênico da peça, ele se inspirou no artista plástico Bispo do Rosário, que usava o lixo para fazer arte. Assim como o personagem de Miguel de Cervantes, Bispo era considerado louco. * Esse é o desenho artístico do croqui original e serve apenas Composições: Aranhas como referência, pois foram Composições: Homens de 'La Mancha' realizadas modificações de estética e de cor na execução da *Na frente da alegoria, um grupo coreografado Alegoria. interagirá com a escultura da aranha.

06 EMBARQUE NA FANTASIA Depois de viajar ao longo dos anos e da trajetória de Miguel Falabella é chegada a hora de sair de sua Ilha Mágica e curtir o maior de todos os musicais: o carnaval na Sapucaí. Até hoje um dos principais meios de transporte do bairro carioca da Ilha do Governador, a barca ganha uma versão estilizada para transportar Miguel em meio ao mar carnavalesco até a Apoteose. O carro carrega ainda outro grupo da folia, os ranchos, para “partilhar sua alegria” na Passarela do Samba. Falabella aparece como destaque central vestido de anjo para relembrar sua própria história no carnaval. * Esse é o desenho artístico do Em 2001, no abre-alas da Unidos da Tijuca, ele croqui original e serve apenas desfilou como “anjo pornográfico”, porém, desta vez, como referência, pois foram o artista se transforma no Arcanjo Miguel, o Protetor realizadas modificações de das Artes. estética e de cor na execução da Alegoria. Composições: Velha Guarda da Tijuca como Ranchos Composições: Convidados para o Baile Carnavalesco

21 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Abre-Alas João Helder – Fantasia: Poseidon Cirurgião Plástico Hermínia Paiva - Fantasia: Águas Claras Estilista

Alegoria 02 – Espelho de “Clara” Sabedoria Zezito Ávila – Fantasia: As faces do Teatro Estilista Marcelo Rubens – Fantasia: Rainha do Tablado Estilista Mariah Dantas – Fantasia: Luzes da Ribalta Estudante

Alegoria 03 – O fascínio da Escrita Nabil Habib – Fantasia: Senhor das Palavras Agente de Turismo Amanda Marquês – Fantasia: A Dama das Letras Empresária

Alegoria 04 – A máquina de fazer doido Luanda Ritz – Fantasia: Luzes, câmera e ação Maquiadora Suzy Brasil – Fantasia: Darlene (homenagem a atriz Marília Professor/Ator Pêra) Produtor de Eventos Corintho Rodrigues – Fantasia: Diretor Maluco

Alegoria 05 – 'La Mancha nas teias da Mulher-Aranha Lisa Suan – Fantasia: Tecendo a teia Estilista Claudia Raia – Fantasia: Mulher-Aranha Atriz

Alegoria 06 – Embarque na Fantasia Meime dos Brilhos – Fantasia: Rainha do Baile Maquiadora Miguel Falabella – Fantasia: O Arcanjo Ator/Diretor/Autor/Apresentador

Local do Barracão Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Barracão nº. 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba Diretor Responsável pelo Barracão Fábio Bocão Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Hélcio Paim Edgard Barcellos Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Flávio Policarpo Cássio Murilo Diniz Mendes Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Paulo Picachu Antônio

22 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Outros Profissionais e Respectivas Funções

Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo - Criadores do Projeto Plástico das Alegorias

Igor Ricardo - Enredista / Pesquisa e Texto

Pedro Veloso - Gerência de Barracão

Laerte - Responsável pelo Ateliê de Alegorias

João Paulo e Anderson Oliveira - Responsável pelo Ateliê de Fantasias

Flávio Policarpo - Responsável pelas Esculturas

Nino - Fibra

Orlando e Fábio - Espuma

Tom – KnowHow Production - Iluminação e Efeitos Especiais

Carlos Leça, Fábio Costa, Tony Tara e Rafaela - Coreógrafos de Alegorias Fadico

Maurício Simões - Setor de Compras

Ivone Gomes - Secretária Geral

Paulo Legg - Almoxarifado

Fernando Leal - Administrador da Quadra de Ensaios

Amanda, Ana Cláudia, Ana Maria, Aparecida, - Departamento Feminino Elóildes, Fátima, Ivone, Lia, Regina, Rosemere e Sueli

Mauro Samagaio - Fotógrafo

Edgar - Carpintaria

Simone - Costura

Bianca Reis - Marketing e Imprensa

Cristiano Santos e Paula Valente - Eventos

23 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

01 Águas-vivas Tais seres marinhos se exibem na frente Coreografada Direção de do abre-alas, trazendo toda a atmosfera (2017) Carnaval aquática e imaginária da Ilha Mágica onde o pequeno Miguel Falabella criou seu reino. Ele foi criado na Ilha do Governador, nos anos 60, e, como toda criança daquela época, frequentava as praias da região. Sem a poluição dos dias atuais, o artista relata ter se deparado com diversas espécies de animais que, em sua imaginação, viravam integrantes desse seu mundo

encantado.

02 “Abram as O encanto vai começar. Ao chegar pela Comunidade Harmonia Cortinas!” primeira vez em um teatro, nenhuma (2017) ação passa despercebida. Por isso, a indumentária marca o simples gesto de abertura das cortinas para o início do espetáculo. Na roupa, há a reprodução das cortinas do teatro juntamente com suas máscaras-símbolos.

24 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

03 "O Dragão A estreia profissional do menino Comunidade Harmonia Verde" Miguel nos palcos se dá na peça "O (2017) dragão verde", em 1975, dirigida por sua mestra Maria Clara Machado. Foi a própria fundadora do Tablado, tradicional escola de Artes Cênicas, quem iniciou sua formação artística e profissional. Os componentes da ala representam o personagem principal da montagem, o dragão verde.

04 "A Menina e o Ainda no começo de sua carreira Coreografada Direção de Vento" como ator, Miguel sobe ao palco para (2017) Carnaval encenar o clássico infantil de Maria Clara Machado. A peça "A Menina e o Vento" foi montada na época em que Falabella estava no Tablado, em 1978. A fantasia recria os dois personagens do título.

25 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

05 "O Rapto das Miguel também participou, como Comunidade Harmonia Cebolinhas" ator, da história infantil de Maria (2017) Clara Machado sobre o misterioso sumiço de milagrosas cebolinhas. De forma lúdica, a ala representa o rapto dessas cebolinhas.

* A Dama do Maylla Jéssica veste uma roupa Destaque de Maylla Jéssica Faroeste sensual e carnavalesca para Chão destacar as damas do Velho Oeste. (2017) É neste cenário que Maria Clara Machado desenvolve sua história “Tribobó City”.

26 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

06 "Tribobó City" O faroeste musical de Maria Clara Comunidade Harmonia Machado desperta em nosso (2017) homenageado o desejo de se aventurar na direção e autoria de seus próprios espetáculos. Como forma de homenagear sua grande formadora, Miguel vai até reproduzir a peça em 2001, já com seu toque pessoal. O componente veste uma roupa inspirada nos autênticos filmes de bangue- bangue, que é o enredo da narrativa.

07 Literatura O teatro faz com que Miguel Comunidade Harmonia Francesa Falabella tenha o desejo de se (2017) tornar dono de suas próprias histórias. Mas quem também o influenciou nesse sentido foi sua mãe, Maria Arminda Falabella de Souza-Aguiar, que era professora de literatura francesa. A ala traduz essa inspiração e faz uma homenagem para dona Maria.

27 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

08 O contador de O avô de Miguel, seu Vicente Comunidade Harmonia histórias Falabella, foi outra pessoa (2017) preponderante na formação do artista como autor. Exímio contador de histórias, Vicente deu voz a diversas narrativas para Falabella, contribuindo ainda mais em seu desejo de fazer a Faculdade de Letras.

* Deusa da Ana Paula Evangelista representa Destaque de Ana Paula Sabedoria Minerva, a Deusa da Sabedoria, que é Chão Evangelista o símbolo da Universidade Federal do (2017) Rio de Janeiro (UFRJ). Foi na instituição que Miguel Falabella cursou a Faculdade de Letras.

28 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

09 Domando as A performance da ala lembra a Coreografada Direção de palavras passagem do livro “Vivendo em voz (2017) Carnaval alta” em que Falabella compara sua vida acadêmica como sendo “O mundo dos leões”, título de um capítulo da referida publicação. O artista conta os percalços vividos nesta época, principalmente por ser um dos mais novos da turma e sofrer com brincadeiras praticadas pelos mais velhos. Os componentes representam de forma simbólica, como se fossem domadores de circo, as “batalhas” enfrentadas por Miguel para aprender as palavras e lidar com seus colegas- leões.

10 A Partilha Um dos primeiros sucessos de Coreografada Direção de Miguel Falabella como escritor foi (2017) Carnaval com a peça de teatro "A Partilha", encenada pela primeira vez em 1990. O texto deu ao artista o Prêmio Molière (o mais importante do país) como melhor autor. Tal importância é representada nesta ala que traz alguns elementos cenográficos e veste figurino inspirado na trama, em que quatro irmãs se reencontram durante o enterro da mãe e passam a rediscutir suas vidas.

29 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* A INSPIRAÇÃO Como todo autor precisa de Destaque de Patrícia DO ESCRITOR inspiração, Patrícia Chelida Chão Chelida encarna essa fase de motivação (2017) para os primeiros traços de uma história.

11 Nas páginas dos Como autor, Falabella vai se Coreografada Direção de livros destacar ainda com seus livros. “A (2017) Carnaval Partilha”, por exemplo, ganhou as livrarias do país com seu roteiro de sucesso. O artista escreveu outras obras como “Querido mundo e outras peças”, ao lado da parceira Maria Carmem Barbosa, “Le partage”, além de “Pequenas Alegrias” e “Vivendo em Voz Alta”, sendo estes dois últimos um compilado de crônicas.

30 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

12 Um Coração O talento do homenageado usando Comunidade Harmonia Urbano as palavras também pode ser visto (2017) nas páginas do jornal O Globo, um dos mais importantes do país. Miguel Falabella assinou a coluna de crônicas semanal “Um coração urbano”. A coluna foi, durante toda sua existência, a mais lida do jornal e, nela, o autor, entre impressões cotidianas da vida na cidade grande, deixava entrever sua formação e sua história.

13 As Noivas de Um dos grandes sucessos de Baianas Ivone Gomes Copacabana Miguel Falabella na televisão foi (1931) interpretando o assassino em série Donato Menezes na minissérie “As Noivas de Copacabana”, de Dias Gomes. Morador de Copacabana, bairro da Zona Sul carioca, o personagem era obcecado por mulheres vestidas de noiva. Ele seduzia suas vítimas e as estrangulava, sempre quando elas estavam vestidas com os trajes do casamento. A tradicional ala de baianas da Tijuca revive então as noivas que eram alvo do criminoso e trazem em seu resplendor a coroa de flores, caracterizando sua morte. Apesar da temática, na Sapucaí, as baianas de Tia Ivone exibirão alegria e graciosidade.

31 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

14 TV Pirata Além de atuar, Miguel começou a Comunidade Harmonia contribuir como roteirista na (2017) televisão. Falabella escreveu esquetes de humor para o programa "TV Pirata", mostrando assim seu talento para a comédia. A ala relembra o humorístico e traz o componente dentro de uma televisão vestido como pirata.

* Ritmo Caliente Valeria Mari se exibe na frente da Destaque de Valeria Mari ala dos passistas com a força dos chão/2017 ritmos latinos: Salsa e Merengue. Os dois foram título de uma novela de Falabella, exibida pela TV Globo.

15 Salsa e Merengue Os passistas da Tijuca se vestem Passistas Direção de com figurinos típicos de (1931) Carnaval dançarinos dos ritmos latinos que deram nome ao folhetim escrito por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. "Salsa e Merengue" foi exibida em 1996 no horário das 19h pela TV Globo.

32 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* A Avareza Juliana Alves, que vai para o seu Rainha de Juliana Alves sexto ano à frente dos ritmistas do Bateria Borel, representa um dos sete (2013) pecados capitais: a avareza. Tal característica destaca uma pessoa com apego excessivo ao dinheiro, assim como o personagem Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella no humorístico “Sai de Baixo”.

* Magda Quem não se lembra do “Cala a Madrinha de Marisa Orth boca, Magda!” A atriz Marisa Orth Bateria revive no desfile sua personagem (2017) Magda que fez muito sucesso ao lado de Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella no humorístico “Sai de Baixo”. Ela virá na frente da bateria em uma participação especial.

16 Caco Antibes Os ritmistas se transformam no Bateria Mestre personagem de maior sucesso do (1931) Casagrande homenageado. No seriado "Sai de baixo", Miguel Falabella viveu Caco Antibes, um ex-rico que não perdeu a pose, dono de inúmeros bordões, como "Cala a boca, Magda!" e "Eu tenho horror a pobre!". O ápice da carreira televisiva de Miguel vem representado na bateria, que é tida como o grande momento dos desfiles das escolas de samba.

33 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

17 Negócio da China Ainda como autor, Falabella escreveu Comunidade Harmonia a novela "Negócio da China", que foi (2017) exibida no horário das 18h pela TV Globo. A história começa no país asiático com o roubo de €1 bilhão de um cassino, porém todos os dados da transação da fortuna vêm parar no Brasil através de um pen drive em forma de colar. É de forma divertida que essa briga pelo artefato bilionário é destacada nesta ala.

18 Brasil a bordo O mais recente trabalho de Miguel Comunidade Harmonia Falabella na televisão é o seriado (2017) "Brasil a bordo". Além de atuar na série humorística, é dele a redação final do programa. "Brasil" traz em seu contexto a história de uma família dona da fracassada Piorá Linhas Aéreas. Como a trama se passa dentro de um avião, pilotos e aeromoças surgem na Sapucaí a bordo de suas aeronaves pintadas com a bandeira brasileira.

19 Hairspray A tradução e direção de um dos Comunidade Harmonia maiores sucessos da Broadway para o (2017) palco brasileiro é de Miguel Falabella. Com "Hairspray", o artista vai consolidar sua vocação para o teatro musical e lotar as salas do país. A história mostra uma garota com enorme penteado que, mesmo sendo gordinha, consegue uma vaga fixa de dançarina em um programa de televisão. Os componentes da ala vestem fantasia inspirada nos figurinos da peça.

34 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

20 A Gaiola das Outro musical trazido da Broadway Coreografada Direção de Loucas e adaptado por Falabella conta a (2017) Carnaval história de Georges, proprietário do cabaré A Gaiola das Loucas. Vestindo figurino inspirado nas dançarinas de cabaré, a ala fará uma divertida performance durante o desfile.

21 Império Autor e diretor do espetáculo Coreografada Direção de "Império", Falabella mostrou no (2017) Carnaval musical um pouco da vida e loucuras da família real brasileira. O musical se passa em meio ao baile em comemoração ao aniversário da Leopoldina, futura Imperatriz do Brasil. Os casais da ala trazem em suas costas a coroa símbolo da realeza.

22 Xanadu O musical americano, adaptado de Comunidade Harmonia um filme, ganha uma versão (2017) brasileira e carioca nas mãos do homenageado. A fantasia da ala é de uma das protagonistas do espetáculo: Kira, deusa grega da dança, que vem à Terra ajudar o artista Sonny Malone a realizar seu grande sonho de abrir uma inovadora casa noturna.

35 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Sedução Feminina Juju Salimeni é a própria sedução Destaque de Juju Salimeni feminina, usada pelas dançarinas Chão de Cabaret para atrair os homens. A (2017) destaque de chão vem na frente da ala que faz referência ao musical “Cabaret”, que foi adaptado por Falabella.

23 Cabaret A adaptação de Miguel Falabella Comunidade Harmonia para o espetáculo de Joe Masteroff, (2017) John Kander e Fred Ebb teve a atriz Claudia Raia como protagonista. O musical é ambientado em uma casa noturna de Berlim da década de 30 e aborda o relacionamento da prostituta Sally Bowles com um escritor. A roupa da ala é inspirada em uma das dezenas de figurinos da montagem, e traz como costeiro diversas pernas para simbolizar as famosas danças características de um cabaré.

36 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

24 Grandes Miguel Falabella conta por diversas Comunidade Harmonia Sociedades vezes em sua trajetória que foi com as (2017) festas carnavalescas que ele começou a ter noção do que era um espetáculo. Por isso, uma das mais antigas manifestações da folia abre o setor, que é um grande baile carnavalesco oferecido ao Arcanjo das artes. Sendo assim, a fantasia desta ala traz as Grandes Sociedades, caracterizada pelo cortejo de componentes vestidos com roupas suntuosas.

25 Corsos O cortejo carnavalesco ao Arcanjo Coreografada Direção de Miguel segue com os foliões dos (2017) Carnaval corsos. Eles geralmente, utilizavam carros de luxo, abertos e ornamentados, pelas ruas do Rio. Ao passar por outros veículos, seus ocupantes costumavam jogar confetes e serpentinas uns nos outros. Os componentes trajam-se de acordo com a tradição do corso.

* A Endiabrada Larissa Neto veste uma fantasia Destaque de Larissa Neto diabólica para relembrar os áureos Chão tempos dos cordões. Neste grupo (2017) carnavalesco, foi o figurino de diabo que se tornou o mais popular.

37 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

26 Cordões Apesar da pouca falta de expressão Coreografada Direção de na atualidade, os cordões fizeram (2017) Carnaval muito sucesso pelas ruas do Rio. Uma de suas principais características era ter pessoas vestidas de diabinho. Foi a fantasia mais popular. Além disso, Falabella contou que, quando viu pela primeira vez uma pessoa vestida como diabo no carnaval, ficou gago de tanto medo. A cura só veio três anos depois. Por isso, os componentes se vestem com o tradicional figurino.

27 Blocos O maior bloco de rua de carnaval Comunidade Harmonia do Rio também faz parte das (2017) brincadeiras carnavalescas de Miguel Falabella e é outro convidado do baile dedicado ao nosso homenageado. A ala faz assim uma referência ao Cordão da Bola Preta.

38 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Comissão de Carnaval: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Musa do Meu Gabriela Dias usa uma tradicional Destaque de Gabriela Dias Samba roupa de musa de carnaval. As Chão cores verde e branco relembram o (2017) Império da Tijuca, agremiação na qual Miguel foi carnavalesco.

28 Escolas de Samba A paixão de Falabella pelo carnaval Comunidade Harmonia fez com que o mesmo não só (2017) desfilasse pelos diferentes grupos da folia como se tornasse um profissional do meio. Foi diretor, destaque e até carnavalesco. Para representar as escolas de samba, os componentes da ala trazem as cores do Império da Tijuca, a agremiação onde Miguel assinou as criações dos desfiles de 1993 a 1996.

29 Poetas da Tijuca A ala de compositores da Unidos Compositores Harmonia da Tijuca encerra o desfile da (1931) escola, trazendo um figurino com simbolismos particulares. Além de carregarem a partitura musical do samba-enredo da agremiação, os poetas trazem nas costas as cortinas do teatro se fechando. É a hora de receber os aplausos do público e findar mais um ato do maior espetáculo da Terra.

39 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – RJ Diretor Responsável pelo Atelier Laerte Couto Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Simone João Paulo, Anderson Oliveira, Edgley, Roberto, Wilson, Eduardo, Wal Machado e Kirk Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe João Paulo, Anderson Oliveira, Edgley, Alberto Roberto, Wilson, Eduardo, Wal Machado e Kirk Outros Profissionais e Respectivas Funções

Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo - Criadores do Projeto Plástico das Fantasias Igor Ricardo - Enredista / Pesquisa e Texto Almir - Ferragens Orlando e Tom - Espumas Cássio Murilo Diniz Mendes - Pintura de Arte Paulo Legg - Almoxarifado

Outras informações julgadas necessárias

40 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Totonho, Mart’nália, Dudu, Marcelinho Moreira, Fadico. Enredo Presidente da Ala dos Compositores Direção de Carnaval Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 52 Haroldo Pereira Rafael dos Santos (cinquenta e dois) 69 anos 21 anos Outras informações julgadas necessárias

O grande espetáculo vai começar Prepare o seu coração Na Ilha Encantada, a lembrança Do Reino dos Mares, a inspiração Um príncipe, um sonhador Gênio das artes, seu grande amor Espelho de “Clara” sabedoria A escrita o fascinou Fez do tablado a sua vida Arcanjo do riso, poeta do humor

Quando a luz acender, o céu clarear O morro descer pra vê-lo brilhar BIS Quantas emoções a proporcionar Oh mestre da arte de contracenar

É lindo ver seu brilhantismo em grandes criações Roteiros, personagens, musicais de tantas sensações No carnaval, um “toma lá, dá cá” de gente bamba Que tira o “pé da cova” quando samba Partilha essa alegria na Sapucaí “Sai de baixo” chegou a hora é a vez do povo do Borel Em forma de samba a nossa homenagem a você, Miguel Tijuca, escola de vida, és minha paixão As lágrimas de outrora já não rolam mais Se rolarem, é emoção!

O povo do samba chamou E fez de você um poema de amor BIS Na minha bandeira azul e amarela Mais uma estrela Miguel Falabella

41 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

O samba para embalar os componentes tijucanos foi construído em terceira pessoa para destacar a homenagem que a Unidos da Tijuca presta a Miguel Falabella. A escola, com toda sua licença poética e carnavalesca permitida, recria a trajetória do artista, traduzida nos seguintes versos:

“O grande espetáculo vai começar Prepare o seu coração Na Ilha Encantada, a lembrança Do Reino dos Mares, a inspiração Um príncipe, um sonhador”

As frases do samba anunciam o começo do desfile da Unidos da Tijuca e ilustram toda a abertura da apresentação tijucana, marcada pela lembrança da infância de Miguel Falabella. O artista foi criado na Ilha do Governador, bairro carioca transformado em um lugar encantado por inspiração da literatura absorvida por ele nesta época. Tendo “O Pequeno Príncipe” e o “Sítio do Pica-pau Amarelo” como maior influência, Miguel vai sonhar ser príncipe do seu próprio reino marinho.

“Gênio das artes, seu grande amor Espelho de “Clara” sabedoria A escrita o fascinou Fez do tablado a sua vida Arcanjo do riso, poeta do humor”

Seguindo os setores do desfile, os compositores trazem a paixão do homenageado pelas artes, principalmente, o teatro, para este trecho do samba-enredo. Falabella foi aluno de Maria Clara Machado, sendo sua carreira um reflexo do que aprendeu com a mestra. Tanto que Miguel vai partir para construir suas próprias histórias, seus próprios personagens, assim como a autora. O fascínio pela escrita o consagra então nos tablados brasileiros com obras diversas, sobretudo, humorísticas.

“Quando a luz acender, o céu clarear O morro descer pra vê-lo brilhar Quantas emoções a proporcionar Oh mestre da arte de contracenar”

O refrão do meio convoca a comunidade tijucana, cria do Morro do Borel, a sentir de perto a emoção de reviver personagens imortais criados ou interpretados por Miguel Falabella. É a hora dos componentes fazerem toda a obra do nosso homenageado brilhar e emocionar na Avenida.

“É lindo ver seu brilhantismo em grandes criações Roteiros, personagens, musicais de tantas sensações”

42 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Os versos enaltecem as obras trabalhadas por Miguel, ilustrando assim suas criações, seja na televisão ou no teatro, através dos musicais. Sendo que esses dois meios estão representados em dois setores do desfile da Tijuca.

“No carnaval, um “toma lá, dá cá” de gente bamba Que tira o “pé da cova” quando samba Partilha essa alegria na Sapucaí “Sai de baixo” chegou a hora é a vez do povo do Borel Em forma de samba a nossa homenagem a você, Miguel Tijuca, escola de vida, és minha paixão As lágrimas de outrora já não rolam mais Se rolarem, é emoção!”

A passagem do samba mostra a paixão de Falabella pelo carnaval. O último setor tijucano é um grande baile carnavalesco com diversos atores da folia. Os compositores inserem neste trecho nomes de programas famosos do homenageado, dando a eles novo contexto dentro da proposta de carnavalizar a vida de Miguel. A letra ainda frisa que a homenagem é oferecida pela Unidos da Tijuca, relembrando de forma sutil o triste acidente ocorrido com a escola no último carnaval. As lágrimas agora são de emoção!

“O povo do samba chamou E fez de você um poema de amor Na minha bandeira azul e amarela Mais uma estrela Miguel Falabella”

O refrão principal introduz o tema principal do carnaval deste ano da Tijuca: Miguel Falabella. Esta parte da música evidencia também a busca por mais uma estrela, mais um título, desta vez contando a vida de outra estrela brasileira.

Outras informações julgadas necessárias

Ala dos Compositores formada por: Alemão, Aranha, Arhtur Guilherme, Augusto, Caio Alvez, Carlos Peres, Cláudio Mattos, Daniel Katar, Danilo Alves, Dudu, Dudu Nobre, Elias Andrade, Elson Campos, Fadico, Fernando Moreira, Gustavinho Oliveira, J. Heredia, Jayme César, Juarez Amizade, Kunta, Leandro Gaúcho, Luis Augusto, Luis Intimidade, Maia, Manfredini, Marcos Paulo Cruz, Michel Soares, Nakamura, Orlando Ambrósio, Rafael dos Santos, Ricardo Góes, Robertinho Foliões, Rodrigo Carvalho, Sérgio Rodrigues, Serginho Gama, Sérgio Alan, Thompson, Totonho e Zezinho Professor.

43 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Mestre Casagrande Outros Diretores de Bateria Jorginho, Julinho, Cosme, Rodrigo, Jéferson, Polinho, Curinga, Obina e Thompson Total de Componentes da Bateria 272 (duzentos e setenta) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá 13 13 11 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 100 0 43 0 29 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 0 0 28 01 33 Outras informações julgadas necessárias

Xiquerê – 01 componente

BATERIA Nome da Fantasia: Caco Antibes O que representa: Os ritmistas se transformam no personagem de maior sucesso do homenageado. No seriado "Sai de Baixo", Miguel Falabella viveu Caco Antibes, um ex-rico que não perdeu a pose, dono de inúmeros bordões, como "Cala a boca, Magda!" e "Eu tenho horror a pobre!". O ápice da carreira televisiva de Miguel vem representado na bateria, que é tida como o grande momento dos desfiles das escolas de samba.

Rainha da Bateria: Juliana Alves Nome da Fantasia: A Avareza O que representa: A atriz, que vai para o seu sexto ano na frente dos ritmistas do Borel, representa um dos capitais: a avareza. Tal característica destaca uma pessoa com apego excessivo ao dinheiro, assim como o personagem Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella no humorístico “Sai de baixo”.

Madrinha da Bateria: Marisa Orth Nome da Fantasia: Magda O que representa: Quem não se lembra do “Cala a boca, Magda”?! A atriz Marisa Orth revive no desfile sua personagem Magda que fez muito sucesso ao lado de Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella no humorístico “Sai de Baixo”. Ela virá na frente da bateria em uma participação especial.

Mestre Casagrande: Luiz Calixto Monteiro iniciou sua carreira no carnaval como ritmista, em 1979. Na década de 1980, foi promovido a diretor de bateria da Unidos da Tijuca, tocando ao lado do lendário Mestre Marçal. Após anos atuando como diretor, Mestre Casagrande assumiu, em 2008, a regência da bateria “Pura Cadência” da Unidos da Tijuca. A frente da bateria tijucana ganhou diversos prêmios. Tendo, em 2015, conquistado o Estandarte de Ouro de Melhor Bateria. Casagrande é considerado um dos melhores mestres da atualidade por seu desempenho primoroso na Tijuca. Desde 2012, contando com o descarte da menor nota, os ritmistas da Tijuca não perderam décimos. No último carnaval, a bateria conseguiu todas as notas máximas dos jurados.

44 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Fernando Costa Outros Diretores de Harmonia Adalto Carvalho, Allan Guimarães, Almir Coimbra Rodrigues, Antônio Augusto, Arthur Napoleão, César Rocha Lima, Eduardo da Costa de Oliveira, Eduardo Neves, Eduardo Resende, Emilson Alburquerque de Oliveira, Fábio de Lima e Silva, Fábio de Moura da Rocha, Fernando Ribeiro, Jackson Laranjeiras Carvalho, José Adriano, José Carlos de Oliveira, Juarez da Silva Carvalho, Jucelino Santana, Leandro Assis, Leonardo Canedo, Luis Antonio Pinto Duarte, Luiz Cláudio da Silva Braga, Luiz Fernando Nonato Turibi, Marcelo Bombeiro, Márcio Tavares, Magno de Aguiar Granadeiro, Mary Oliveira da Costa, Osmar Maria da Silveira, Paulo César Dionísio, Paulo Delphim, Paulo Roberto Viveiro, Reinaldo José Gervásio, Renato Cardoso, Ricardo Batalha, Sidnei Marcio Cosentino, Tiago de Freitas Gomes, Thiago Henrique Dias, Valmir Cerilo dos Anjos, Weverton Augusto dos Santos e Victor Manaia. Total de Componentes da Direção de Harmonia 40 (quarenta) componentes. Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete oficial: Tinga Intérprete de apoio: Sereno, Tiago Chafin, Serginho Gama, Vitor Cunha, Breno e Pitty Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Violão de Sete Cordas – Victor Alves Cavaquinho – Ivinho do Cavaco e Rodrigo Nascimento Outras informações julgadas necessárias

Diretor Musical: Fadico Intérprete oficial: Tinga

Anderson dos Santos, o Tinga, é oriundo da Escola Mirim Herdeiros da Vila. De 2002 a 2004, fez parte do carro de som da Unidos da Tijuca. Morador da comunidade do Morro dos Macacos atuou como primeiro intérprete do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel durante 10 anos (2004-2013). Em 2014, Tinga tornou-se a voz oficial da Unidos da Tijuca. E pelo quinto ano consecutivo Tinga conduzirá de forma esplendorosa o samba-enredo sobre Miguel Falabella na Marquês de Sapucaí.

45 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Fernando Costa Outros Diretores de Evolução - Total de Componentes da Direção de Evolução 40 (quarenta) componentes Principais Passistas Femininos Fabíola Ferreira e Priscila Capri Principais Passistas Masculinos David Costa e Willian Andrade Outras informações julgadas necessárias

Nome da Fantasia da Ala de Passistas: Salsa e Merengue O que representa: Os passistas da Tijuca se vestem com figurinos típicos de dançarinos dos ritmos latinos que deram nome ao folhetim escrito por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. "Salsa e Merengue" foi exibida em 1996 no horário das 19h pela TV Globo.

Responsável pela Ala de Passistas: Cristiano Amorim

Principais Passistas Femininos: Ana Carolina, Ana Filipa, Ana Patricia, Cyntia Ribeiro, Fabíola Gomes, Fernanda Costa, Flaviana Gomes, Jackeline Sapucaí, Janaina Guimarães, Janaina Lima, Janice Ferreira, Juliana Araújo, Luana Souza, Luciene Oliveira, Priscila Capri, Renata Cruz, Rosane Dias e Vanessa Bonfim.

Principais Passistas Masculinos: David Costa, Edson Oroski, Helder Silva, Júlio Cesar, Valmir Silva, Leandro Mateus, Marcos Vinicius, Phillippe Ferraz, Willian Andrade e Rodrigo Silva.

46 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval João Paredes Diretor Geral de Carnaval Fernando Costa Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Ivone Gomes Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Marina Bulcão de Araújo Gabriella de Jesus Moreira (oitenta) 83 anos 29 anos Responsável pela Velha-Guarda Maria Lucia Alves Pereira Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 47 Tia Hilda Rosimeri (quarenta e sete) 88 anos 48 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Alessandra Maestrini, Aracy Balabanian, Arlete Sales, Carina Martins, Cláudia Jimenez, Cláudia Raia, Cissa Guimarães, Érico Brás, Magno Bandarz, Marcello Picchi, Marisa Horth, Maurício Xavier, Paula Frascari, Rubens de Araújo, Stella Miranda e Zezeh Barbosa Outras informações julgadas necessárias

Diretor de Carnaval: Fernando Costa

Descendente de portugueses, nascido no bairro de Vista Alegre, Zona Norte do Rio, onde mora atualmente, Fernando Costa está no samba desde os tempos de criança. Fascinado por instrumentos musicais, sobretudo os de percussão, em 1988, começou a frequentar, na companhia de amigos, os ensaios da Unidos da Tijuca. Em pouco tempo, passou a pertencer ativamente à família tijucana, quando, por três anos seguidos, desfilou na bateria, tocando caixa. Dali em diante, estreitou relações com outros segmentos da escola, até que, em 2000, foi convidado pelo presidente Fernando Horta a fazer parte da harmonia da agremiação. Fernando Costa levou a sério a função que assumiria no Carnaval Carioca, sendo convidado, em 2006, a comandar a harmonia do Salgueiro, fato que o fez encarnar o trabalho no samba como profissão. De volta a Unidos da Tijuca, comandou o Departamento de Harmonia no Carnaval campeão de 2010, no vice-campeonato de 2011 e no campeonato de 2012 e no Carnaval de 2014 consagrou-se campeão como Diretor de Carnaval. A determinação e a dedicação são as principais marcas do seu trabalho em busca de mais um título para escola de samba da comunidade do Borel.

47 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Renato Vieira Coreógrafo(a) e Diretor(a) Renato Vieira Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 0 15 (quinze) (quinze) Outras informações julgadas necessárias

O que representam: O Teatro é a minha religião Essencialmente um homem dos palcos, Miguel Falabella teve sua formação profissional extremamente ligada ao teatro. O improviso, o riso solto, as lágrimas emocionadas da plateia. O artista homenageado é um dos mais célebres do país quando se trata deste tema. Por isso, a Tijuca abre seu desfile com uma louvação ao teatro. A arte, que é encarada como uma religião pelos seus grandes atores, será vista pelo seu aspecto sagrado. O surgimento do teatro na Grécia foi justamente durante celebrações ao Deus Dionísio, a divindade das artes. É nesse contexto que a trupe itinerante tijucana, sob o comando de Renato Vieira, se apresenta inicialmente na Sapucaí. Os bailarinos dançam em culto a Dionísio e demonstram todo vigor e paixão pelo Senhor do Teatro. Mas, em contrapartida, com o passar dos anos, tais celebrantes passam a enriquecer suas encenações incorporando outros personagens. O uso de máscaras traz à tona sentimentos ao texto em ação e provoca admiração no público espectador. O encantamento pelas produções se torna ainda mais pulsante quando figurinos realistas dão características ao teatro moderno. No Brasil, as peças de personalidades típicas do Nordeste ganham destaque neste cenário. A forte religiosidade desse povo destaca, como exemplo, a extrema fé dos atores, seja em sua própria arte e/ou em uma entidade protetora. Ao maior de todos os Arcanjos, Miguel, o Protetor das Artes, eles fazem suas preces, louvando-o em cada palco/altar de apresentação mundo afora.

Renato Vieira: O renomado coreógrafo se distingue pela multiplicidade de sua atuação. É coreógrafo, professor, diretor de movimento e diretor artístico da Companhia de Dança que leva o seu nome. Recebeu inúmeras premiações pelo conjunto da obra e passou uma temporada na Cité Internationale des Arts, em Paris. Foi coreógrafo da abertura dos jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro em 2007. Já criou obras para a companhia de balé da cidade de Niterói, para o Teatro Guaira, para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outros, e está entre os pioneiros na direção de movimento para o teatro, cinema e televisão. Ele traz no currículo coreografias em musicais de sucesso como “Beatles – num céu com diamantes”, “Sassaricando”, “Cole Porter – Ele nunca disse que me amava”, “Company”, “South American Way”, “Cristal Bacharah”, “ com Sondheim”, de diretores como Miguel Falabella, Claudio Botelho, Charles Möeller, Cacá Mourthé, Bernardo Jablonsky. Sua formação múltipla o leva a desenvolver uma síntese entre os diversos vocabulários, e a construir em seus espetáculos um ambiente entre o erudito e o popular que culminam em uma cena contemporânea. No carnaval estreou como coreógrafo de comissão de frente pela Grande Rio em 2003, aonde permaneceu por 9 anos. Também teve passagens pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Este carnaval marca sua estreia na Unidos da Tijuca.

Os figurinos da comissão de frente foram desenvolvidos pela estilista Bruna Bee. Assistentes: Fabíola Fontinelle e Pablo Ramalho.

48 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Alex Marcelino 35 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Jack Pessanha 30 anos 2º Mestre-Sala Idade Matheus André 25 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Lohane Lemos 26 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Nome da Fantasia: Mergulho nas Águas Claras Criação de Figurino: Comissão de Carnaval Pesquisa e Texto: Igor Ricardo Confecção: Edmilson

O que representa: O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca traz o pavão, animal símbolo da agremiação, em cores claras para realçar a pureza e inocência do pequeno príncipe Miguel Falabella. O tom da roupa lembra ainda que, será a partir de diversas páginas em branco, que o artista construirá sua própria história. E o começo desse roteiro é justamente na imaginação de uma criança que se imagina príncipe de um reino marinho encantado. Para reverenciar tal trajetória, o pavão tijucano mergulha nessas águas de inspiração.

Alex Marcelino: Com passagem pela famosa escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira de Manoel Dionísio, onde permaneceu por dois anos, Alex começou a carreira dançando pela Nova Iguaçu. Desfilou também na Unidos do Cabral, antes de chegar ao Império Serrano, escola que defendeu por seis anos seguidos. Na Verde e branco de Madureira, ele conquistou por três anos consecutivos a nota máxima do júri. Em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala da Portela, desfilando ao lado de Danielle Nascimento, com quem já havia formado par na Escola da Serrinha. Nesse ano, ele ainda ganhou o Estandarte de Ouro como Revelação. No último carnaval, ajudou a Azul e branco a levar o seu 22.º campeonato, conquistando a nota máxima no quesito.

49 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Jack Pessanha: Jackellyne começou no samba cedo, em 1999, como 3º Porta-Bandeira do Império da Tijuca. No ano seguinte, ela foi para os Aprendizes do Salgueiro para formar o 1º casal da escola mirim dos Acadêmicos do Salgueiro. Jack, como é carinhosamente chamada, ficou na Vermelho e branca até 2006, quando foi convidada para desfilar na Caprichosos. Em 2011, Jack, com seu irmão Vinícius, retorna ao bairro da Tijuca, desta vez para defender o pavilhão da Unidos da Tijuca como 2º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Foi na escola tijucana que a dupla comemorou o título de campeão do carnaval em duas oportunidades: 2012 e 2014. Entre 2014 e 2016, Jack ainda formou com o irmão o 1º casal do Paraíso do Tuiuti, tendo ajudado a agremiação a subir ao Grupo Especial conquistando a nota máxima de todos os jurados. Nos dois últimos carnavais, Jack voltou a defender as cores do Salgueiro como 2ª Porta-Bandeira. Este ano, ela retorna para a agremiação do Borel como 1ª Porta-Bandeira.

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Nome da Fantasia: Alô, Dolly! Criação de Figurino: Comissão de Carnaval Pesquisa e Texto: Igor Ricardo Confecção: Edmilson O que representa: Ao lado de Marília Pêra, Miguel Falabella fez um estrondoso sucesso com o musical sobre a viúva casamenteira Dolly Levi e o rico mal humorado Horácio Vandergelder, interpretados, respectivamente, pelos dois. Na Avenida, é a segunda porta-bandeira quem representa Dolly, já o mestre-sala se veste como Horácio. A montagem chamava atenção, sobretudo, pelos seus elegantes figurinos, inspiração para a roupa do casal tijucano.

50

G.R.E.S. PORTELA

PRESIDENTE LUIS CARLOS MAGALHÃES

51

“De repente de lá pra cá e dirrepente de cá pra lá...”

Carnavalesca ROSA MAGALHÃES 53

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “De repente de lá pra cá e dirrepente de cá pra lá... Carnavalesco Rosa Magalhães Autor(es) do Enredo Rosa Magalhães Autor(es) da Sinopse do Enredo Rosa Magalhães Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Rosa Magalhães Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Vicus Judaeorum: BREDA, Daniel UFRN 2007 Todas Os judeus e o Oliveira. (Dissertação de espaço do Recife Mestrado) neerlandês

02 Caminhos CARNEIRO, Autografia 2015 Todas cruzados: a Paulo vitoriosa saga dos judeus no Recife do século XVII

03 Cidade Maurícia: a GESTEIRA, PUC- RJ 1996 Todas colonização Heloisa Meirelles. (Dissertação de neerlandesa no Mestrado) Brasil

04 Diáspora Atlântica HELLER, a Nação judaica no Reginaldo Jonas UFF 2008 82 a 170 Caribe, Séculos Beltrão. (Tese de XVII e XVIII. Doutorado)

05 Judeus e Marranos LEVY, Daniela USP 2008 Todas o Brasil holandês: Tonello. (Dissertação de pioneiros na Mestrado) colonização de Nova York (Século XVII)

55 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

06 “Pelo lucro e pela NASCIMENTO, UFPE 2004 96 a 122 companhia”: Rômulo Xavier (Dissertação de aspectos da dos. Mestrado) administração no Brasil holandês

07 A visão da QUINTAS, UFPE 2002 Todas alteridade em Georgia de (Dissertação de Albert Eckhout: Andrade Mestrado) fragmentos visuais do Brasil holandês

08 Relação entre SILVA, Marco USP 1997 Todas católicos, Antônio Nunes. protestantes e judeus durante o período holandês (1630-1654)

Outras informações julgadas necessárias

• http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6962/zacharias-wagener • http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10299/albert-eckhout • http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9982/frans-post • https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/eckhout-e-post-pintores-holandeses-veem-brasil- exotico.htm • https://poesiaspreferidas.wordpress.com/2013/07/22/o-novo-colosso-emma-lazarus/ • https://oglobo.globo.com/mundo/estatua-da-liberdade-vira-foco-de-discussao-sobre-imigracao- na-casa-branca-21663225 • http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-08/trump-anuncia-projeto-para- reduzir-metade-imigracao-legal-aos-eua • http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/11/entra-em-vigor-lei-de-migracao-que-da- mais-direitos-estrangeiros.html • https://oglobo.globo.com/rio/refugiado-sirio-atacado-em-copacabana-saia-do-meu-pais- 21665327 • https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2017/08/12/sou-nazista-sim-o-protesto-da- extrema-direita-dos-eua-contra-negros-imigrantes-gays-e-judeus.htm • http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,cemiterio-de-ny-guarda-historia-de-judeus-do- brasil,900304

56 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

Da antiguidade aos dias atuais, a história da humanidade é marcada por povos obrigados a emigrarem de seus lugares de origem, promovendo inúmeras diásporas. Um misto de guerras, tragédias, perseguições ou, muitas vezes, nada mais que o cruel exercício da intolerância, fizeram com que diversos grupos étnicos se espalhassem pelo planeta, desenhando um pequeno esboço daquilo que, nos dias atuais, conduzidos pelo avanço dos meios de transporte e das redes de comunicação, definimos como “mundo globalizado”. O encontro entre diferentes culturas despontou como consequência natural do intenso fluxo migratório que cortou o planeta de ponta a ponta, no contato, muitas vezes inesperado, entre povos distantes não apenas geograficamente, mas também em seus hábitos e costumes.

Inegavelmente, abandonar sua terra nativa para se aventurar rumo ao desconhecido requer coragem. Atravessar desertos, cruzar florestas, enfrentar as tormentas no agitado balanço do mar, todo acervo de obstáculos precisou ser desafiado com determinação e fé. Elevando o olhar para o infinito, com os dedos entrelaçados, os imigrantes verbalizavam pedidos em diferentes idiomas. Certamente, os Deuses para os quais rezavam não eram os mesmos, mas todos comungavam da mesma oração de esperança, unindo-se na prece por encontrar um local de chegada acolhedor, um destino final que os recebessem de coração aberto.

A força da coragem emana no peito de qualquer imigrante, independentemente da época histórica. Sem dúvida, poucos elementos na natureza traduzem tão bem este sentimento quanto o olhar de uma águia mirando a linha do horizonte, lançando-se determinada na direção do sol ou da chuva. Sempre imponente, ela alça seu voo majestoso, bailando elegante por entre as nuvens, planando livre sobre a imensidão azul. No bater das asas da águia da Portela, símbolo máximo do carnaval carioca, desenha-se a nossa metáfora para representar o sonho de liberdade acalentado por todos os exilados. Neste desfile, a Portela conclama a todos que sentem o peso da discriminação a se irmanarem na avenida, de mãos dadas com os sambistas acolhedores da mais vitoriosa das escolas de samba, lembrando a saga dos vinte e três judeus que deixaram Pernambuco e ajudaram a construir a cidade de Nova York.

Na visão da Portela, esta história é narrada pelos elementos da cultura nordestina, como o cordel e o repente. Inspirado na tradição popular, um cantador da atualidade versa os fatos passados em sua terra, uma história gravada na memória coletiva dos pernambucanos. É ele quem, convidando os portelenses para que juntos contem a mesma história, diz em sua prosa que, no século XVII, um grupo de judeus cruzou o oceano buscando encontrar a paz numa região sob o domínio da Companhia das índias Ocidentais. Eles fugiam da inquisição imposta pelos países da Península Ibérica, perseguidos pelas lanças da intolerância religiosa. De fato, desde que aportaram em Pernambuco para explorarem a riqueza do açúcar, os holandeses calvinistas mostraram-se mais tolerantes que os portugueses e espanhóis católicos. A Recife que estes judeus encontraram é uma cidade próspera, sobretudo entre os anos de 1637 e 1644, período cuja administração esteve sob a responsabilidade do príncipe Mauricio de Nassau. 57 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Dedilhando sua viola, o contador nos diz que Maurício de Nassau, além de administrador qualificado, era também um reconhecido humanista. Amante das artes e da ciência, os olhos do príncipe se encantam com a paisagem da região, fazendo-o convidar artistas capazes de eternizá-la com os traços de seus pinceis. Pelas pinturas e gravuras de mestres como Frans Post e Albert Eckout, as exóticas fauna e flora nordestina tornam-se conhecidas pelos Europeus. Numa descrição deixada por Post, o Tatu, animal por ele retratado, era “um tipo de porco com armadura. Bom de comer, tem gosto de galinha”.

Os olhos de Maurício de Nassau sobre os trópicos também se encantam com a transformação do solo, com a capacidade dos nordestinos de fazer a terra seca, aparentemente estéril, virar terra fértil, despontando na forma de esplendorosos canaviais. Mostrando habilidade política, Nassau empenha a palavra e consegue o apoio dos produtores de açúcar, mantendo o plantio da cana como a principal atividade econômica da região, o que faz prosperar as terras sob o domínio da Companhia das Índias Ocidentais.

Continuando seu repente, o cantador nos conta que, após desembarcarem em Pernambuco, os judeus se integraram à sociedade local, apesar das evidentes diferenças religiosas. Não é exagero dizer que a Recife dominada pelos holandeses é uma cidade multicultural, um local em que se reuniam povos diferentes, mexendo um caldeirão que, com o passar dos anos, serviu de base para a formação das tradições regionais que hoje conhecemos. Nesta cidade, os homens e mulheres da comunidade judaica enriqueceram com o cultivo da cana, prosperando nesta terra que inspirava sonhos e trazia esperança.

Anos mais tarde, os versos do cantador nos dizem que, como resultado de diversas batalhas que fizeram sangrar o Nordeste, os portugueses conseguiram reconquistar a região. A intolerância inquisidora, a mesma que um dia fez os judeus deixarem a Europa, impôs-se sobre Pernambuco, obrigando-os a se retirarem. Cumprindo sua triste sina, eles novamente tiveram que desbravar as incertezas se lançando ao mar. Ao deixar o Nordeste, a comunidade judaica se divide em três. Uma parte atravessou o oceano e retornou ao velho mundo, aportando na Holanda. Uma segunda parte desembarcou no Caribe, região em cujas ilhas a Companhia das Índias Ocidentais, aproveitando a experiência acumulada na América do Sul, também desenvolveu o cultivo do açúcar, trazendo prosperidade.

Usando gírias regionais, o cantador surpreende seus ouvintes ao revelar que uma terceira parte avançou ainda mais em direção ao Norte. Eles estavam determinados a encontrar um novo porto seguro, mas, no meio de caminho, foram abordados por um dos muitos navios piratas que aterrorizavam os mares caribenhos. Ambiciosos como de costume, para liberar o grupo eles cobraram um pagamento em ouro e prata, mas nem tudo ocorre conforme o planejado. Os judeus capturados foram resgatados pelos franceses, que, confiando no bom nome da Companhia das Índias Ocidentais, permitem que o grupo continue acreditando num reembolso futuro. E assim, enfrentando sol e chuva, deslizando no vai e vem das marés, os judeus perseverantes seguem adiante, finalmente alcançando o destino pretendido.

58 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Com um sorriso nos lábios, o cantador diz que, no ano de 1654, um total de vinte e três judeus desembarca em Nova Amsterdã, um entreposto da Companhia das Índias Ocidentais na América do Norte, mais precisamente na atual ilha de Manhattan. É um novo amanhã que se descortina para homens, mulheres e crianças, renovando a esperança em dias melhores. Trata-se de uma terra acolhedora, embora gelada nos meses de inverno, com altos moinhos dominando a paisagem, copiando a arquitetura da pátria mãe holandesa. O pequeno povoado mantinha relações com os índios moicanos, nativos da região, sobretudo em função do comércio de pele de castor. Usada para produzir chapéus na Europa, os negócios com este produto eram altamente rentáveis, de forma que os holandeses perceberam que se tratava de uma oportunidade para gerar receita. Assim, Nova Amsterdã pode prosperar, e, com o passar dos anos, integrados à sociedade, membros importantes da comunidade judaica também enriqueceram. Em 1674, com a assinatura do tratado de Westminster, os Ingleses assumiram definitivamente o controle do povoado, rebatizando-o de Nova York.

Com os acordes finais de sua viola, o cantador nos conta que a Estátua da Liberdade foi um presente da França para os Estados Unidos. Projetada pelo arquiteto Frédéric Auguste Bartholdi, que se inspirou no Colosso de Rodes, o monumento é um ícone em homenagem à liberdade, dando boas-vindas aos imigrantes que chegam à nação mais poderosa do planeta. Em 1912, uma placa de bronze foi colocada em seu pedestal, exibindo o soneto “Novo Colosso”, escrito em 1883 pela poetisa judia Emma Lazarus. Descendente direta de um dos vinte e três judeus egressos do Recife, suas palavras ratificam o legado de união e igualdade eternizado na formação dos Estados Unidos, simbolizado por sua imponente estátua.

Neste carnaval de 2018, os cantadores portelenses encontram o cantador nordestino, transformando o samba na voz que alerta para o crescimento da intolerância, bradando nossa mensagem contra a xenofobia. Que na luz do farol que ilumina o futuro, avistemos finalmente a irmandade entre os povos e o respeito aos imigrantes, dentro e fora dos Estados Unidos. Que no destino dos botes apinhados de refugiados, esteja um porto firme e seguro, acolhendo-os nos braços da certeza. Que lá no céu, brilhando ao lado das estrelas, o sonho dos judeus que ilustraram esta história, hoje transformada em arte popular pela união entre o samba, o cordel e o repente, siga transmitindo esperança para todos os seres humanos que, em pleno século XXI, ainda são vítimas da intolerância e da perseguição.

Sinopse:

Minha gente, se prepare Que essa história vale a pena, Tome assento, se acomode, E vejam quem entra em cena E quem sai, e onde se passa, Onde termina, ou começa, De onde vem ou se destina.

59 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

E por mais que cause espanto os fatos que ora apresento quem achar que isto é mentira que vá ao Google e confira, verifique e leia atento, pois se ficou no passado não foi menos registrado.

E assim já lhes adianto que tem a ver com exílio, mudança de domicílio, com fuga e, logo e portanto, com saudade do lar distante, vida incerta de imigrante mas esperança no horizonte.

Pra Pernambuco formosa rica de açúcar e gente doce, holandeses cobiçosos chegaram como se fosse sua própria casa ocupar, abrindo porta e porteira pra quem quisesse trabalhar.

De Portugal, perseguidos, judeus lá foram aportar fugindo da Inquisição, que lhes proibia praticar, no país sua religião. Deixaram tudo pra trás pra poder viver em paz.

Anos e anos depois, Portugal reconquistou a linda terra nordestina, e sem dó logo expulsou os judeus de triste sina, que se dividiram em três e de lá partiram de vez.

Uns seguiram pra Holanda, sonhando com o amanhã; outros foram pro Caribe,

60 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018 mais perto, tentar a sorte; outros pra Nova Amsterdã, lá na América do Norte – e quase encontraram a morte.

Esses últimos, coitados, pelo meio do caminho foram cruelmente atacados ‘cê nem imagina por quem: um navio de piratas do Caribe cobrando prata e ouro pra tudo acabar bem.

Muitos anos se passaram. Os ingleses conquistaram aquela terra, e o povoado de judeus e brasileiros ganhou nome venerando famoso no mundo inteiro: Noviórque, é isso mesmo Que você ‘tava pensando.

E quando, muito mais tarde a França deu de presente a Estátua da Liberdade, em seu pedestal foi gravado um poema da descendente de um daqueles imigrantes vindos do Brasil no passado.

No poema, tão bonito, é como se a Estátua falasse com os exilados aflitos, sofridos, refugiados, e a sua chama os guiasse com generosa bondade para o belo portão dourado da Paz e da Liberdade.

61 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

Uma mensagem atemporal

Em 1635, um grupo de judeus desembarcou em Recife. Eles atravessaram o oceano fugindo da inquisição promovida pelos reinos da península Ibérica, sendo guiados pela esperança de encontrarem a paz e a liberdade religiosa no nordeste brasileiro, então dominado pelos calvinistas holandeses. Integrados à vida local, essa comunidade prosperou ao longo de quase vinte anos, pelo menos até a reconquista da região pelas forças portuguesas. Então, novamente eles tiveram que se aventurar rumo ao desconhecido. Enfrentando uma série de obstáculos, parte do grupo expulso navegou em direção ao Norte, até conseguir aportar no entreposto de Nova Amsterdã, também sob o controle dos holandeses da Companhia das índias Ocidentais. Lá, eles ajudaram a fundar um pequeno núcleo urbano, um povoado que, mais tarde, já sob o julgo inglês, ganharia notoriedade e se tornaria a metrópole de Nova York.

A ilha de Manhattan até hoje preserva vestígios históricos dos vinte e três judeus que conseguiram aportar em Nova Amsterdã. Embora desgastado pela ação do tempo e pelas incontáveis transformações urbanas, parte do cemitério que recebeu os corpos deste grupo ainda resiste, permitindo que reconheçamos sobrenomes com grafia em português. Na Sinagoga construída diante do Central Park, ainda são utilizados alguns termos em língua portuguesa, revelando que as raízes fincadas pelas famílias egressas de Recife são realmente profundas. De fato, ao longo dos séculos, muitos descendentes daqueles judeus pioneiros ocuparam lugar de destaque na sociedade estadunidense, de forma que, em 1954, no ano em que se comemorava o quarto centenário da chegada, as autoridades ergueram um marco no local de desembarque, exibindo os seguintes dizeres:

“Erguido pelo Estado de Nova York em homenagem à memória dos vinte e três homens, mulheres e crianças que aqui desembarcaram em setembro de 1654 e fundaram a primeira comunidade judaica da América do Norte” (Tradução Livre).

Ignorada pela educação formal, podemos dizer que esta história é desconhecida da maior parte do povo brasileiro. Desprezada, a saga dos judeus que deixaram o Brasil e ajudaram a construir Nova York está alijada dos livros didáticos, permanecendo ignorada pelos nossos alunos, talvez pelo desconhecimento por parte dos próprios profissionais de educação. Neste carnaval de 2018, a Portela usa a força da arte popular para que, em nosso país ou no exterior, este fato possa alcançar as massas e finalmente se tornar conhecido. Traduzida visualmente em alegorias e fantasias, poeticamente descrita nos versos e compassos de nosso samba, o desfile da Portela rompe as barreiras sociais e difunde para toda população uma mensagem de tolerância, promovendo uma importante reflexão.

62 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Neste sentido, a forma que a Portela escolheu para atingir este objetivo é narrar a história tendo como referência os elementos da cultura popular nordestina, terra em que os judeus chegaram, constituíram famílias, integraram-se à sociedade, prosperaram e, anos mais tarde, acabaram sendo expulsos. Como parte da memória coletiva do Nordeste, especialmente de Pernambuco, a sinopse escrita em forma de cordel apresenta este triste episódio de forma lúdica, tornando-a mais leve e facilmente compreendida. Assim é a cultura popular, que, mesmo ignorada pela rigidez da educação formal, espalha sua mensagem por toda sociedade usando a boa e velha tradição oral. É esta mesma oralidade que serve de base para os repentistas, outro símbolo cultural nordestino, que versa tanto o cotidiano do presente quanto os fatos passados, fazendo suas mensagens circularem por entre os ouvintes. Desta forma, no desenvolvimento do nosso enredo, um cantador dos dias atuais, evocando a memória coletiva de sua terra, é o narrador que perpetua este fato histórico para as novas gerações, usando termos, gírias e expressões tipicamente nordestinas, tal qual se destaca em nosso samba.

Uma vez alcançada a reflexão, considerando o contexto do mundo contemporâneo, a saga destes vinte e três judeus nos mostra a necessidade de combater a intolerância religiosa. A perseguição à comunidade judaica tem raízes históricas, e, apesar do repúdio ao genocídio praticado pelo holocausto, o antissemitismo ainda persiste de forma latente, pronto para se manifestar no encalço dos movimentos políticos. Em pleno ano de 2017, a suástica nazista foi ostentada publicamente em protestos nos Estados Unidos, a menos de cem quilômetros da Casa Branca. Todavia, a intolerância não atinge apenas o povo judeu. Os constantes conflitos no Oriente Médio não escolhem vítimas, espraiando seus efeitos sobre todos os cantos do planeta. No senso comum, o fantasma do terrorismo se confunde com a religião islâmica, rotulando os mulçumanos e tornando-os alvos privilegiados para o preconceito e a discriminação.

Mesmo aqui no Brasil, costumeiramente identificado como uma nação aberta à pluralidade, os casos de intolerância religiosa também crescem de forma alarmante, sobretudo, mas não apenas, em relação aos adeptos das religiões de matrizes africanas. A destruição de terreiros de umbanda e candomblé se multiplica nas manchetes de jornais, mobilizando intensos debates nas redes sociais. Assim, diante deste cenário, a mensagem da Portela neste carnaval de 2018 nos faz repensar nossas próprias atitudes para com o próximo, fomentando o exercício da alteridade. Refletir sobre a perseguição aos judeus no século XVII, em suma, é estabelecer uma ponte atemporal, apontando o risco iminente de que o futuro possa repetir as tragédias do passado.

Outra mensagem que a Portela passará neste carnaval é a de respeito ao imigrante. O desfile acontece no momento em que o governo Donald Trump busca recrudescer as leis migratórias nos Estados Unidos, propondo uma legislação mais rígida. Tal medida, que se coaduna à construção de muros para dificultar a entrada de latino-americanos no país, mote da campanha eleitoral do atual presidente estadunidense, apresenta uma contradição em relação ao poema “Novo Colosso”, de Emma Lazarus, poetisa judia que, na condição de descendente daqueles vinte e três judeus que um dia desembarcaram em Nova Amsterdã, deixou gravado no pedestal da estátua da liberdade:

63 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Novo colosso (Emma Lazarus)

“Não como a fama do gigante de Bronze, da Grécia, com suas pernas conquista, espaçadas, todas as terras, aqui em nossos portais lavrados pelo pôr-do-sol marinho, uma mulher poderosa, com uma tocha, cuja flama é o relâmpago aprisionado, e seu nome, mãe de todos os Exílios. De seu punho farol brilha a acolhida abrangente, seus olhos meigos, comandam. O porto, estendido nas alturas emoldurado pelas cidades gêmeas "Guarde terras ancestrais, com sua pompa histórica!", grita ela com lábios silenciosos, "Dêem-me os cansados, os pobres, suas massas apinhadas, que anseiam por respirar em liberdade. A recusa desventurada de seu porto abundante envia a mim esses desabrigados assolados pela tempestade. Ergo meu tocheiro ao lado do Portão Dourado.” (Tradução Livre).

Na mensagem da Portela, os pobres e desvalidos se aglomeram aos pés da estátua da liberdade. Apinhados em seus botes, trazem consigo, assim como aquele grupo de judeus, a esperança pulsando em suas escassas bagagens. Sem dúvida, esta questão está longe de estar restrita aos Estados Unidos. As hordas de refugiados que cruzam a Europa faz fervilhar o caldeirão das disputas políticas, municiando debates em vários países, culminando, por exemplo, nas propostas de isolamento que enfraquecem a União Europeia, como o famoso BREXIT. Mesmo no Brasil, o recente projeto de alteração nas leis migratórias, sancionada em maio de 2017, que promove a igualdade de Direitos aos imigrantes que chegam ao país, motivou protestos nas ruas de várias cidades, especialmente em São Paulo. Aqui no Rio de Janeiro, ganhou notoriedade o caso de um refugiado sírio, um modesto vendedor de esfihas, vítima de discriminação no bairro de Copacabana.

Vivemos no mundo atual a sensação de que experimentamos sentimentos ambíguos. De um lado, um forte desenraizamento, isto é, o abandono das origens e dos valores locais, acompanhando o intenso ritmo das trocas culturais promovidas pela globalização. De outro lado, temos o crescimento da intolerância contra o “diferente”, ou seja, a emergência de pensamentos e atitudes etnocêntricas que fomentam o isolamento. O corolário disso é que, na medida em que há o aumento dos fluxos migratórios, ocorre na mesma proporção uma explosão dos casos de xenofobia.

Desta forma, lembrar a saga dos judeus que, no século XVII, fugindo de Recife, chegaram à América do Norte e ajudaram a fundar a cidade de Nova York, não é apenas exaltar um fato histórico. Seguramente, é também erguer a bandeira contra a intolerância e espalhar, para todas as nações alcançadas pelas imagens desta grande festa, uma mensagem de repúdio à xenofobia. É isso que a Portela, com inspiração na cultura popular nordestina, apresenta na Avenida Marquês de Sapucaí.

64 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

O desfile

No primeiro setor, intitulado “O sonho da liberdade”, a Portela apresenta alguns dos sentimentos que unem qualquer imigrante, independentemente da origem e do credo. Ao longo da história da humanidade, diversos povos tiveram que abandonar as certezas e se aventurar rumo ao desconhecido, guiados pela esperança e motivados pela fé em dias melhores. Neste processo, vários povos se espalharam pelo planeta, fazendo germinar a mistura cultural e construindo, apesar das adversidades e conflitos, o preâmbulo de um mundo globalizado. É isso que vamos apresentar em nossa comissão de frente, denominada “Diáspora”. Na sequência, completando esta mesma ideia, nosso primeiro casal de Mestre- Sala e Porta-bandeira representa o “Encontro de culturas”. Especificamente, a fantasia ressalta o encontro entre as culturas judaica e nordestina, mas visando a uma mensagem mais ampla.

Aventurar-se no desconhecido requer coragem, como é mostrado no “grupo voo da coragem”, logo após o primeiro casal. Isso é algo que todo imigrante compartilha ao se entregarem à insegurança, mas que também faz parte do dia a dia dos sambistas. A águia da Portela, símbolo mais vitorioso do carnaval carioca, ao lado de elementos regionais nordestinos, povo imigrante por vocação, são os elementos usados para representar este sentimento. No bater das asas da Águia, bailando na vastidão do céu, intuímos também a sensação de liberdade. Em nosso carro abre-alas, chamado “Nas asas da Liberdade”, uma revoada alude à esperança de todos os imigrantes, conduzidos pela nossa águia principal, majestosa e imponente, que alça seu voo na Marques de Sapucaí.

Nossa primeira ala traz a figura do cantador. É ele quem, inspirado na cultura popular nordestina, em nosso enredo narra a saga dos judeus que deixaram Pernambuco e ajudaram a construir a metrópole de Nova York. Um olhar do presente sobre o passado, que une o samba e o repente, reverberando a mensagem da Portela. E este cantador começa exaltando as virtudes de Maurício de Nassau e seu olhar humanista sobre o Recife. Denominado “O deslumbramento das terras nordestinas pelos olhos de Maurício de Nassau.”, o setor ressalta que o príncipe holandês, amante das artes e da ciência, incentivou a vinda nomes como Frans Post e Albert Eckout, artistas que, em suas pinturas, retrataram a fauna e a flora da região. Não apenas a Holanda, mas toda a Europa, da mesma forma que Nassau, se surpreendeu com a “Paisagem nordestina”, representada em nossa ala de número 02, com seus brilhantes raios de sol iluminando a vegetação do semiárido. Da mesma forma, através das alas 03, 04 e 05, isto é, “Avuantes (baianas)”, “Bode” e “Caranguejo-Uça”, a exótica fauna da região é apresentada em toda sua diversidade.

A História nos mostra que, ainda no século XVI, o cultivo do açúcar promoveu o desenvolvimento da capitania de Pernambuco. Mudando a paisagem nordestina, a terra seca aos poucos se transforma em terra fértil, fazendo surgir esplendorosas plantações que ajudaram a estabelecer um novo ciclo econômico na colônia brasileira. Provando ser um administrador habilidoso, Maurício de Nassau consegue estabelecer aliança com os produtores de açúcar, transformando o produto na fonte para a prosperidade de sua

65 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018 administração. Isso está representado nas alas de número 06 e 07, respectivamente “Terra seca e terra fértil” e “O canavial”. Como uma síntese do setor, nosso segundo carro, “O príncipe holandês nas terras tropicais”, é uma alegoria do Tatu, animal nativo da região de Pernambuco, que os traços de Frans Post tornaram conhecido na Europa. No alto, envolvido pela cana, apresentamos Maurício de Nassau como destaque principal, o homem que, com seu olhar visionário, entendeu a necessidade de conciliar os interesses dos plantadores de cana e o domínio da Companhia das Índias Ocidentais, obtendo considerável sucesso.

O terceiro setor da Portela intitula-se “A prosperidade dos judeus na Terra da esperança”. A Recife que recebe os judeus é uma cidade que, além de próspera economicamente, mostrava- se bem mais tolerante que as regiões controladas pelos países católicos da península ibérica. As alas 08 e 09, respectivamente, “Holandeses de Recife” e “Damas Holandesas”, fazem referência às transformações promovidas a partir do domínio da Companhia das Índias Ocidentais, com os trajes do europeu holandês misturado à paisagem nordestina. Em seguida, a ala 10 representa a chegada dos judeus, que desembarcaram em Pernambuco carregando, em suas pequenas bagagens, a esperança de encontrarem a paz e a liberdade para professarem sua fé. Além dos sonhos, os judeus trouxeram consigo a disposição para o trabalho e a histórica capacidade de se adaptar a uma nova realidade, aprendendo a conviver com as diferenças. As alas 11 e 12, respectivamente, e “A riqueza da cana” e “A cana virou ouro”, nos mostram que estes judeus, incluindo as mulheres, que sempre tiveram lugar de destaque na comunidade, prosperaram com o cultivo do açúcar. Como uma síntese do setor, a terceira alegoria é chamada de “Formosa Recife”. A “cidade dos sonhos”, multicultural, reúne holandeses, portugueses e judeus, transformando suas ruas em um verdadeiro caldeirão em ebulição, o que vai, séculos mais tarde, influenciar a riqueza da cultura regional pernambucana.

Em 1654, Portugal retoma o controle sobre o Nordeste. A ala 13, “As batalhas da reconquista”, que abre o quarto setor, intitulado “Triste sina”, faz referência a todos os confrontos que neste período fizeram o nordeste brasileiro sangrar. Também fazem referência às batalhas a ala de passista, ala 14, “Guerreiros da águia”, uma alusão ao espírito de luta que une os sambistas portelenses ao ideal de liberdade, e a bateria, ala 15, que representa a força de resistência dos soldados holandeses. A volta do domínio lusitano sobre Recife fez com que a população judaica, expulsa, mais uma vez tivesse que se aventurar nas incertezas. A ala 16, “Retirada dos judeus”, retrata exatamente este momento, com o grupo carregando pelas ruas os carrinhos com suas bagagens, deixando sorrateiramente os lares em que viviam há quase vinte anos.

Cumprindo a sina deste povo, novamente eles se lançaram ao mar rumo ao desconhecido, navegando determinados em direção ao Norte. Todavia, no meio do caminho eles são abordados por piratas, representados pela ala 17, que exigem o pagamento de ouro ou prata para libertá-los. Após serem resgatados pelos franceses, eles seguem viagem graças ao crédito proporcionado pelo bom nome da Companhia das Índias Ocidentais, que promete um pagamento futuro. Este último episódio também é o tema de nossa quarta alegoria, “O navio pirata”, que, compondo o cenário, tem a sua frente o grupo coreografado “Brilho do mar”.

66 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Após enfrentarem toda sorte de dificuldades, um total de vinte e três judeus desembarca em Nova Amsterdã, um entreposto holandês na América do Norte, mais especificamente na atual ilha de Manhattan. O quinto setor, intitulado “Um novo amanhã em Nova Amsterdã”, é aberto pela ala de número 18, que representa os índios moicanos que habitavam a região. A ala 19 também faz referência a este grupo indígena, destacando suas atividades como caçadores de pele. Na verdade, não apenas como prática dos povos nativos, o comércio de pele, produto que despertava grande interesse na Europa, prosperou como principal fonte de renda do povoado. A ala 20, “Holandeses caçadores de pele”, representa os holandeses que se dedicaram a este negócio, fazendo a localidade, cuja paisagem tinha os moinhos como destaque, que em nosso desfile é lembrado pelo grupo “Moinhos de Nova Amsterdã”, se desenvolvesse e gerasse riqueza. As alas 21 e 22, respectivamente, “O comércio de pele” e “Judeus de Nova Amsterdã”, mostra que os judeus também se aproveitaram desta atividade econômica para enricar, com as mulheres ainda mantendo lugar de destaque, progredindo junto com sua comunidade. Anos mais tarde, representados em nosso enredo pela ala 23, “Damas Inglesas”, a Inglaterra assume o controle da região, rebatizando-a como Nova York. Este setor é fechado pela nossa quinta alegoria, “Nova Amsterdã”, que traz a fauna, a vegetação, a arquitetura e a relação do povoado com as populações nativas, não se esquecendo de seu gélido clima de inverno.

Por fim, no último setor, intitulado “O sonho da irmandade entre os povos”, a Portela traz a Nova York moderna, a grande metrópole do planeta, capital de todos os povos. Uma cidade cosmopolita que se abre para o mundo, local onde todas as culturas se misturam. Na primeira ala do setor, nossa tradicional galeria da Velha Guarda saúda a luta de todos os imigrantes. Eles são os “Guardiões da liberdade”, fazendo ecoar nossa mensagem pela irmandade entre os diferentes povos. A ala 25, “Somos todos imigrantes”, apresenta sete figurinos distintos, fazendo referência â diversidade de povos que vivem em Nova York. Trata-se de uma alegoria em homenagem à imigração, numa alusão à obra do artista judeu Marc Chagall, em que se destaca o uso expressivo da cor azul. Já a ala 26, “Em busca da Liberdade”, também com sete figurinos distintos, representa a esperança dos refugiados de todo planeta, tal qual Emma Lazarus eternizou no soneto “O novo colosso”. Apinhados em seus botes, aos pés da estátua da liberdade, eles simbolizam a luta que os desvalidos do mundo travam contra a xenofobia, diante de um infeliz cenário de crescimento da intolerância, dentro e fora dos Estados Unidos.

Em nossa sexta e última alegoria, “Nova York, pedestal da liberdade”, além da estátua da liberdade e dos botes repletos de refugiados, apresentamos uma síntese desta metrópole, com as luzes da Time Square e a efervescência da Broadway contrastando com a tranquilidade do Rio Hudson, tendo como fundo a famosa parede de edifícios que compõem o Skyline da cidade. Para terminar, nossos compositores e as pastoras do Departamento Feminino, os “Cantadores portelenses”, fecham nosso desfile unindo o samba, o cordel e o repente, fazendo reverberar a mensagem da Portela a favor da tolerância.

67 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – O SONHO DA LIBERDADE

Comissão de Frente (com elemento cenográfico) DIÁSPORA

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira MISCIGENAÇÃO

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marlon Lamar e Lucinha Nobre ENCONTRO DE CULTURAS

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira MISCIGENAÇÃO

Grupo – Comunidade 01 VOO DA CORAGEM

Alegoria 01 – Abre-Alas NAS ASAS DA LIBERDADE

2º SETOR – O DESLUMBRAMENTO DA TERRA NORDESTINA PELOS OLHOS DE MAURÍCIO DE NASSAU

Ala 01 – Águia na Folia CANTADOR

Ala 02 – Comunidade 02 PAISAGEM NORDESTINA

Ala 03 – Baianas AVUANTES

Ala 04 – Sambart BODE 68 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Ala 05 – Raízes da Portela CARANGUEJO-UÇA

Ala 06 – Coreografada TERRA SECA E TERRA FÉRTIL

Ala 07 – Comunidade 03 O CANAVIAL

Alegoria 02 UM PRÍNCIPE HOLANDÊS NAS TERRAS TROPICAIS

3º SETOR – A PROSPERIDADE DOS JUDEUS NA TERRA DA ESPERANÇA

Ala 08 – Paz e Amor HOLANDÊS DE RECIFE

Ala 09 – Damas da Dodô DAMAS HOLANDESAS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Yuri Souza e Camylla Nascimento RECIFE, CIDADE DOS SONHOS

Ala 10 – Comunidade 04 A CHEGADA DOS JUDEUS

Ala 11 – Comunidade 05 A RIQUEZA DA CANA

Ala 12 – Comunidade 06 A CANA VIROU OURO

Alegoria 03 FORMOSA RECIFE

69 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

4º SETOR – TRISTE SINA

Ala 13 – Malandros Portelenses AS BATALHAS DA RECONQUISTA

Ala 14 – Passistas GUERREIROS DA ÁGUIA

Rainha de Bateria Bianca Monteiro A BRAVURA QUE CONDUZ OS SOLDADOS

Ala 15 – Bateria SOLDADOS HOLANDESES

Ala 16 – Comunidade 07 A RETIRADA DOS JUDEUS

Ala 17 – Comunidade 08 PIRATAS

Grupo Coreografado BRILHO DO MAR

Alegoria 04 O NAVIO PIRATA

5º SETOR – UM NOVO AMANHÃ EM NOVA AMSTERDÃ

Ala 18 – Comunidade 09 ÍNDIOS MOICANOS

Ala 19 – Comunidade 10 ÍNDIOS CAÇADORES DE PELE

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Emmanuel Lima e Rosilaine Queiroz OS DONOS DA TERRA

70 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

Ala 20 – Mocotó HOLANDÊS NEGOCIADOR DE PELE

Grupo do Barracão MOINHOS DE NOVA AMSTERDÃ

Ala 21 – Comunidade 11 O COMÉRCIO DE PELE

Ala 22 – Explode Coração JUDEUS EM NOVA AMSTERDÃ

Ala 23 – Feijão da Vicentina DAMAS INGLESAS

Alegoria 05 NOVA AMSTERDÃ

6º SETOR – O SONHO DA IRMANDADE ENTRE OS POVOS

Ala 24 – Velha-Guarda GUARDIÕES DA LIBERDADE

Ala 25 – Comunidade 12 SOMOS TODOS IMIGRANTES

Ala 26 – Comunidade 13 EM BUSCA DA LIBERDADE

Alegoria 06 NOVA YORK, PEDESTAL DA LIBERDADE

Ala 27 – Departamento Feminino e Compositores CANTADORES PORTELENSES

71 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 NAS ASAS DA LIBERDADE O bater das asas da águia é a metáfora que usamos para representar o sentimento de liberdade. Além do tradicional símbolo da Portela, impondo-se no alto da alegoria, o carro-abre alas traz, com suas composições, uma revoada de quase cem águias. A arquitetura manuelina remete ao período em que os Judeus foram expulsos de Portugal, embarcando em direção ao Recife.

Carlos Reis (Central baixo) * Essa imagem é do croqui Fantasia: Poeta da Liberdade original e serve apenas como referência, pois foram Waldir Cunha (Central alto) realizadas modificações de Fantasia: Um Sonho de Liberdade estética e de cor na execução da Alegoria. Monarco e Surica Fantasia: Raízes da Liberdade

Sheron Menezes (Semidestaque) Fantasia: A Esperança

Alice (Semidestaque) Fantasia: O Amanhã

72 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 UM PRÍNCIPE HOLANDÊS O carro é uma alegoria do Tatu, animal nativo da NAS TERRAS TROPICAIS região de Pernambuco. Retratado nas gravuras de Frans Post, é um bom exemplo de como a fauna da região, exótica diante do olhar europeu, encantou Maurício de Nassau. O destaque central, sobre a cabeça do animal, representa exatamente o príncipe holandês. A alegoria faz o movimento de abrir e fechar a carapaça, alternando a forma do animal com a revelação, juntamente com as composições, de uma

esplendorosa plantação de cana. * Essa imagem é do croqui original e serve apenas como Carlos Ribeiro (Central alto) referência, pois foram Fantasia: Maurício de Nassau realizadas modificações de estética e de cor na execução da Pipa Bresley (Semidestaque frente) Alegoria. Fantasia: A Arte de Eckhout

Elizabeth Matos (Semidestaque frente) Fantasia: A Arte de Frans Post

Carlos Morato (Semidestaque traseiro) Fantasia: Cana Caiana

Carlos Martins (Semidestaque traseiro) Fantasia: A Riqueza que Vem da Terra

73 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 FORMOSA RECIFE A alegoria apresenta a arquitetura da Recife administrada pelos holandeses, com destaque para as casas em estilo colonial. Os bois e cavalos ornamentados, integrados à paisagem, aludem aos elementos da cultura regional. Os oito figurinos das composições apresentam o caráter multicultural daquela cidade, onde a população local se misturava com os holandeses e a comunidade judaica.

Marsília Lopes (Central baixo) * Essa imagem é do croqui Fantasia: Arte e Cultura em Pernambuco original e serve apenas como referência, pois foram Rosane Figueiredo (Central alto) realizadas modificações de Fantasia: A Riqueza na Terra da Esperança estética e de cor na execução da Alegoria. Neide Chaves (Lateral) Fantasia: Dama da Corte de Nassau

Lindalva Luna (Lateral) Fantasia: A Nobreza Holandesa no Brasil

74 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 O NAVIO PIRATA A alegoria faz referência aos piratas que abordaram os judeus no caminho entre Recife e Nova Amsterdã. A história nos conta que, após serem libertados pelos franceses, o ouro e a prata cobrada pelo resgate não foi pago, pois, confiando no bom nome da Companhia das Índias Ocidentais, foi permitido que eles seguissem viagem. As composições no alto representam os piratas. Em baixo, o grupo coreografado simula com seus corpos os movimentos das ondas do mar.

Wagner Mendes (Central) Fantasia: Capitão Corsário * Essa imagem é do croqui original e serve apenas como Allan Taillard (Lateral) referência, pois foram Fantasia: Pirataria nas Águas Caribenhas realizadas modificações de estética e de cor na execução da Ricardo Guedes (Lateral) Alegoria. Fantasia: Saqueador de Riquezas

75 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 NOVA AMSTERDÃ A alegoria representa o povoado de Nova Amsterdã, com suas casas e o moinho que remete à paisagem da pátria mãe holandesa. Com seu gélido clima de inverno, destacam-se os cervos, uma manada de bisões e uma floresta de árvores coníferas. As tendas indígenas, assim como as composições de índias e índios moicanos, que ocupam as laterais, simbolizam as relações comerciais entre Nova Amsterdã e os nativos da região. As outras composições, no centro

do carro, fazem alusão à presença da comunidade * Essa imagem é do croqui judaica, em especial das mulheres. original e serve apenas como referência, pois foram Nil de Yemonjá (Central) realizadas modificações de Fantasia: O Grande Chefe Moicano estética e de cor na execução da Alegoria. Shaiane Cezário (Semidestaque frente) Fantasia: Princesa Moicana

Adriana Santos (Semidestaque frente) Fantasia: Filha da Terra

76 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 NOVA YORK, PEDESTAL Aos pés da estátua da liberdade, apresentamos os botes DA LIBERDADE apinhados de refugiados. Os altos prédios espelhados, assim como a agitação da Time Square e da Broadway, contrastam com a paisagem quase bucólica das margens do rio Hudson. Nas laterais, estão os integrantes da nossa tradicional velha guarda. Sentados nos bancos, são eles que contemplam a natureza e a correria da grande metrópole. No alto, as vedetes da Broadway pulsam no ritmo eletrizante da cidade.

* Essa imagem é do croqui Rogéria Meneguel original e serve apenas como Fantasia: Chama da Liberdade referência, pois foram realizadas modificações de Beta Carneiro e Flávia Bianco (Semidestaques) estética e de cor na execução da Fantasia: Noites da Broadway Alegoria.

77 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 01 Carlos Reis (Central baixo) - Fantasia: Poeta da Liberdade Hair Stily

Waldir Cunha (Central alto) - Fantasia: Um Sonho de Analista de sistemas Liberdade

Monarco e Surica - Fantasia: Raízes da Liberdade Músicos

Sheron Menezes (semidestaque) - Fantasia: A Esperança Atriz

Alice (Semidestaque) - Fantasia: O Amanhã Veterinária

Alegoria 02 Carlos Ribeiro (Central alto) - Fantasia: Maurício de Nassau Advogado

Pipa Bresley (Semidestaque frente) Cantora Fantasia: A Arte de Eckhout

Elizabeth Matos (Semidestaque frente) Empresaria Fantasia: A Arte de Frans Post

Carlos Morato (Semidestaque traseiro) - Fantasia: Cana Professor Caiana

Carlos Martins (Semidestaque traseiro) Cabeleireiro Fantasia: A Riqueza que Vem da Terra

Alegoria 03 Marsília Lopes (Central baixo) Aposentada Fantasia: Arte e Cultura em Pernambuco

Roseane Figueiredo (Cental alto) Empresária Fantasia: A Riqueza na Terra da Esperança

Neide Chaves (Lateral) - Fantasia: Dama da Corte de Nassau Autônoma

Lindalva Luna (Lateral) Professora Fantasia: A Nobreza Holandesa no Brasil

Alegoria 04 Wagner Mendes (Central) - Fantasia: Capitão Corsário Empresário

Allan Taillard (Lateral) Empresário Fantasia: Pirataria nas Águas Caribenhas

Ricardo Guedes (Lateral) - Fantasia: Saqueador de Riquezas Empresário

78 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 05 Nil de Yemonjá (Central) - Fantasia: O Grande Chefe Pai de Santo Moicano

Shaiane Cezário (Semidestaque frente) Modelo Fantasia: Princesa Moicana

Adriana Santos (Semidestaque frente) Empresária Fantasia: Filha da Terra

Alegoria 06 Rogéria Meneguel - Fantasia: Chama da Liberdade Ator

Beta Carneiro e Flávia Bianco (Semidestaques) Empresárias Fantasia: Noites da Broadway

Local do Barracão Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 06 Diretor Responsável pelo Barracão Higor Machado Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Romário Fábio Cristiano Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Andrea, Juscelino e Glinston Gilmar Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Mário Sérgio Cal Outros Profissionais e Respectivas Funções

Luis - Borracheiro Mauro - Geradores Nino - Fibra e Empastelação Sandro - Vidraceiro Thiago - Decoração Alex - Espuma Carlos Henrique - Placas Serginho - Equipe de Motoristas

João Batista e Dani Cavanellas - Coreógrafos do Carro 01 Jorge Mendes - Coreógrafo do Carro 03 Neuma - Coreógrafa do Carro 04

79 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Miscigenação Protegendo o primeiro-casal de Mestre- Guardiões do Camile Sales sala e Porta-bandeira, que tem como 1º Casal de tema de sua fantasia os “Encontros Mestre-Sala e Culturais”, os guardiões simbolizam a Porta-Bandeira força da miscigenação cultural para a (2018) formação do nordeste brasileiro.

* Voo da Coragem Inspirados na Águia da Portela, símbolo Grupo Departamento que não teme desafios, e usando Comunidade de Harmonia elementos do valente povo nordestino, 01 imigrante por vocação, este grupo (2002) representa o sentimento de coragem que pulsa na alma de cada imigrante. Como resultado de perseguições, muitas vezes constituindo grandes diásporas, ao longo da história povos inteiros se lançaram rumo ao desconhecido, enfrentando de frente os desafios que encontraram.

01 Cantador Um bom repentista sempre está Águia na Folia Renato acompanhado de sua viola, disposto a (1997) Vasconcelos versar sobre os mais diversos temas, usando suas gírias e expressões regionais. É um cantador nordestino dos dias atuais que, olhando para o passado, inspirado na memória coletiva do povo pernambucano, narra e apresenta a saga dos judeus que protagonizam esta história.

80 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Paisagem Por iniciativa de Maurício de Comunidade Departamento Nordestina Nassau, a paisagem nordestina é 02 de Harmonia retratada por renomados artistas e (2002) conhecida na Europa. Nesta ala, o sol inclemente lança seus raios sobre a vegetação do semiárido.

03 Avuantes Os olhos de Maurício de Nassau se Baianas Jane Carla encantam com a fauna nordestina. (1932) Nesta ala, as baianas da Portela trazem os pássaros da região. O Carcará, que se sobressai entre os galhos secos, e os pequenos Avuantes que se espalham pela saia, promovendo uma verdadeira revoada com o rodopiar na avenida.

04 Bode Ainda representando o olhar de Sambart Jerônimo Maurício de Nassau sobre a fauna (1988) Patrocínio nordestina, a fantasia promove uma fusão entre o bode, que remete à ideia de resistência, e os tradicionais Maracatus, um dos símbolos culturais da região.

81 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Caranguejo-Uça Diante do olhar de Maurício de Raízes da Luciano Luck Nassau e dos artistas holandeses, Portela também sobressaem os animais dos (1995) mangues e regiões costeiras de Pernambuco, aqui representados a partir de uma fusão com os elementos culturais nordestinos.

06 Terra Seca e O príncipe holandês também se Coreografada João Batista Terra Fértil encanta com a transformação do (2018) e Dani solo, que, a partir da intervenção do Cavanellas homem nordestino, transforma a terra seca em terra fértil, fazendo surgir uma esplendorosa plantação de cana-de-açúcar.

07 O Canavial No nordeste brasileiro, os Comunidade Departamento holandeses dominam o cultivo da 03 de Harmonia cana-de-açúcar, que, mais tarde, (2002) levarão para outras colônias. Mostrando habilidade política, Maurício de Nassau mantém um bom relacionamento com os produtores, tornando esta atividade a principal fonte de riqueza da América holandesa.

82 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

08 Holandês de A Recife dominada pelos holandeses Paz e Amor Rosane Recife calvinistas é uma cidade mais (2014) Tavares tolerante que as colônias ibéricas. O traje simboliza os figurinos da época da ocupação.

09 Damas Numa referência as damas que Damas da Departamento Holandesas circulavam pelas ruas de Recife, a Dodô de Harmonia fantasia promove uma fusão entre os (1966) trajes europeus e a paisagem nordestina.

10 A Chegada dos Trazendo a esperança em seus Comunidade Departamento Judeus cestos de bagagem, esta ala 04 de Harmonia representa a chegada dos judeus ao (2002_ nordeste brasileiro.

83 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

11 A Riqueza da Com uma forte tradição matriarcal Comunidade Departamento Cana em sua cultura, a mulher judia tem 05 de Harmonia lugar de destaque na comunidade (2002) que prospera em seu novo lar.

12 A Cana Virou Integrados à sociedade Comunidade Departamento Ouro pernambucana, os membros da 06 de Harmonia comunidade judaica também (2002) prosperaram graças ao cultivo da cana-de-açúcar.

84 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

13 As Batalhas da A partir de 1644, com o início da Malandros Valci Pelé Reconquista insurreição pernambucana, uma Portelenses série de batalhas faz sangrar o nordeste brasileiro. Esta ala coreografada representa as disputas entre soldados holandeses e portugueses, que culminaram com a reconquista da região pelos ibéricos.

85 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

14 Guerreiros da Com três figurinos diferentes, os Passistas Nilce Fran e Águia passistas da Portela representam o (1932) Valci Pelé espírito de luta que une os sambistas portelenses aos ideais de liberdade.

86 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

15 Soldados Holandeses Simboliza a força da resistência Bateria Nilo Sérgio holandesa, que procurou defender (1932) seus domínios no nordeste brasileiro.

16 A Retirada dos Com a reconquista da região Comunidade Departamento Judeus pelos portugueses, os judeus, mais 07 de Harmonia uma vez expulsos, tiveram que (2002) deixar Pernambuco e se aventurarem novamente rumo ao desconhecido. Esta ala representa a retirada deste grupo, que carrega sua bagagem em carrinhos pelas ruas de Recife.

87 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

17 Piratas Enquanto rumavam em direção ao Comunidade Departamento Norte, os judeus são abordados por 08 de Harmonia piratas ávidos por riqueza. Depois (2002) de resgatados pelos franceses, eles são liberados sem pagarem o ouro e a prata cobrada, graças a uma promessa de que a Companhia das Índias Ocidentais arcaria com os custos pelo resgate do grupo.

* Brilho do Mar Grupo coreografado que compõe o Grupo João Batista e cenário da quarta alegoria, “O Navio Coreografado Dani pirata”, representando o brilho (2018) Cavanellas prateado que o luar projeta sobre o mar.

18 Índios Moicanos Representa os índios Moicanos, Comunidade Departamento nativos que ocupavam a região onde 09 de Harmonia se ergueu Nova Amsterdã. (2002)

88 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

19 Índios Caçadores Representa a atividade de caça Comunidade Departamento de Pele desenvolvida pelos Índios moicanos, 10 de Harmonia que comercializavam peles com os (2002) habitantes de Nova Amsterdã.

20 Holandês Alcançando altos valores na Europa, Mocotó Sérgio Santana Caçador de Pele o negócio de pele também foi (1972) praticado pelos holandeses, gerando receita para Nova Amsterdã.

* Moinhos de Representam os moinhos, elementos Grupo Luciana Costa Nova Amsterdã que se destacam na paisagem de Barracão Nova Amsterdã, assim como nos (2018) Países Baixos.

89 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

21 O Comércio de Nos domínios holandeses na Comunidade Departamento Pele América do Norte, a mulher judia 11 de Harmonia continuou tendo lugar de destaque, (2002) prosperando graças ao comércio de pele.

22 Judeus em Nova Representa a prosperidade da Explode Egídio Amsterdã comunidade judaica, que, Coração comercializando pele, plantaria a (1972) semente do que viria a ser a metrópole mais famosa do planeta.

90 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

23 Damas Inglesas Após o tratado de Westminster, os Feijão da Tia Surica ingleses assumiram o controle da Vicentina região, rebatizando-a como Nova (2005) York.

24 Guardiões da Por meio de sua tradicional Velha Velha-Guarda Roberto Liberdade Guarda, a Portela saúda os (1932) Camargo imigrantes de todos os países do mundo, transmitindo sua mensagem pela tolerância.

91 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Somos Todos Com sete figurinos distintos, nesta Comunidade Departamento Imigrantes ala representamos uma alegoria em 12 de Harmonia homenagem à imigração, tendo (2002) como referência a visão de Marc Chagall, um artista que, como grande parte dos judeus, foi obrigado a se mudar de país várias vezes. Com o uso expressivo das cores, sobretudo das várias tonalidades de azul, cor da Portela,

ele retratou a saga do povo judeu de forma singular. Chagall foi um dos maiores artistas do século XX, vivendo durante muitos anos em Nova York. Os sete figurinos representam os imigrantes mexicanos, gregos, espanhóis, japoneses, chineses, indianos e holandeses.

92 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

26 Em Busca da Também com sete figurinos, esta ala Comunidade13 Departamento Liberdade representa a atual situação dos (2002) de Harmonia refugiados, que continuam buscando a paz e a liberdade, enfrentando as adversidades e lutando contra a xenofobia.

93 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

27 Cantadores No final desta história, contada Departamento Aldaleia, Jane Portelenses pelos versos do cantador nordestino, Feminino e Garrido, as pastoras do nosso Departamento Compositores Walter Alverca Feminino e os Compositores, os (1932) e Arlindão cantadores portelenses, no ritmo do samba divulgam nossa mensagem contra a xenofobia e a intolerância religiosa.

94 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 06 – 4º andar Diretor Responsável pelo Atelier Nívea Martini e Alessandra Cadore Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Sueli Lucaino Costa Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Luciano Costa, Beto, Vera, Proença, Paulinha, Washington Rogério e Sueli Outros Profissionais e Respectivas Funções

Vitor - Vime Almir e Junior - Arame Carlos Henrique - Placa Janice - Bordado Divina - Peruca Renato e Gilberto - Sublimação Guilherme Camilo - Maquiagem Gilmar - Pintura Alex - Espuma Devilson - Corte

Outras informações julgadas necessárias

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois foram realizadas modificações na execução das fantasias, de acordo com materiais disponíveis no mercado.

95 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Samir Trindade, Élson Ramires, Neyzinho do Cavaco, Paulo Enredo Lopita 77, Beto Rocha, J. Salles e Girão Presidente da Ala dos Compositores Jane Garrido, Walter Alverca e Arlindão Matias Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Noca da Portela Tiago na Fé (cem) 85 anos 24 anos Outras informações julgadas necessárias

Vamos simbora povo vencedor Contar a mesma história Sou nordestino, estrangeiro, versador Eh, eh, eh, viola... Vem do arrecife, oio azul, cabra de peste No doce do meu agreste, querendo se lambuzar Oi o mar, maré de saudade, oi o mar Pedindo paz a Javé, perseguido na fé O imigrante veio trabaiá Oh, saudade que vai na maré Passa o tempo e não passa a dor E um dia Pernambuco o português reconquistou

Luar no sertão, ilumina... Pra quem deixou esse chão, triste sina Ô, cumpadi, em seu peito leva um dó Cada um em seu destino e a tristeza dá um nó BIS

Vixi Maria, lá no meio do caminho Tem pirata no navio O pagamento não foi ouro nem foi prata Essa gente aperriada foi seguindo Ô gira ciranda, vai a chuva vem o sol, deixa cirandar

Chega criança homi, muié BIS No abraço dessa terra só não fica quem não quer

É legado, é união, é presente, igualdade É “Noviórque”, pedestal da liberdade A minha águia em poesia de cordel 22 vezes minha estrela lá no céu BIS

Lá vem Portela, é melhor se segurar Coração aberto, quem quiser pode chegar BIS Vem irmanar a vida inteira Na campeã das campeãs em Madureira

96 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Seguindo a proposta do enredo, o samba dá voz a um fictício repentista nordestino dos dias atuais. É ele que, usando gírias e expressões regionais, busca na memória coletiva de seu povo a inspiração para narrar, com base na oralidade, a saga dos 23 Judeus que deixaram Recife e ajudaram a fundar a cidade de Nova York.

Vamos simbora povo vencedor Contar a mesma história Sou nordestino, estrangeiro, versador Eh, eh, eh, viola…

Com este verso, o cantador nordestino, fruto da miscigenação entre os povos que habitaram a região, conclama o portelense, chamado de “povo vencedor” numa alusão à conquista do vigésimo segundo campeonato de nossa escola, a juntos contarem a mesma história. Uma história de coragem e busca pela liberdade, um sonho que atravessa gerações e chega aos nossos dias, componde a mensagem que a Portela faz ser ouvida neste carnaval.

Vem do arrecife, oio azul, cabra da peste No doce do meu agreste, querendo se lambuzar

Os invasores holandeses, que um dia chegaram do mar navegando sobre os arrecifes, estendem seus domínios para muito além do litoral, alcançando o agreste e o sertão. Eles se encantaram com a natureza do nordeste, mas desde o início ambicionavam a riqueza do açúcar, mantendo-o como principal fonte de riqueza da região.

Oi o mar, maré de saudade, oi o mar Pedindo paz a Javé, perseguido na fé O imigrante veio trabaiá Oh, saudade que vai na maré Passa o tempo e não passa a dor E um dia Pernambuco o português reconquistou

Um dia também chegou do mar um grupo de judeus. Fugindo da perseguição religiosa na península ibérica, estes imigrantes vieram com a intenção de trabalhar na América holandesa. Apesar da saudade, com o tempo eles aqui prosperaram. Porém, décadas depois, Portugal derrota os holandeses e retoma a posse da terra.

Luar do sertão, ilumina… Pra quem deixou esse chão, triste sina Ô, cumpadi, em seu peito leva um dó Cada um em seu destino e a tristeza dá um nó (BIS)

E os judeus tiveram que se retirar. Iluminados pelo efêmero luar, na visão poética de nosso cantador, novamente eles são obrigados a deixar o conforto de seus lares, cumprindo a triste sina de um povo.

97 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Vixi Maria, lá no meio do caminho Tem pirata no navio O pagamento não foi ouro nem foi prata Essa gente aperriada foi seguindo Ô, gira ciranda, vai a chuva, vem o sol, deixa cirandar

Em fuga, rumando para o Norte, estes judeus enfrentaram obstáculos como os cruéis piratas do Caribe. Capturados, eles não pagaram o ouro e a prata cobrada. Foram resgatados pelos franceses, que, confiando no bom nome da Companhia das Índias Ocidentais, deixou o grupo seguir viagem com a promessa de um reembolso futuro. Assim, superando as adversidades, fazendo chuva ou sol, esta gente determinada seguiu adiante.

Chega criança, homi, muié No abraço dessa terra só não fica quem não quer (BIS)

E eles chegaram ao povoado de Nova Amsterdã, entreposto comercial holandês na América do Norte. Uma terra acolhedora, que recebeu a todos de braços abertos.

É legado, é união, é presente, igualdade É “Noviórque”, pedestal da liberdade

Anos mais tarde, após o domínio inglês, Nova Amsterdã passa a se chamar Nova York. Como presente francês, os Estados Unidos receberam a Estátua da Liberdade. Gravado em seu pedestal, está o legado dos judeus que se aventuraram nesta história, eternizado no soneto de Emma Lazarus, que ratifica o papel dos Estados Unidos como uma nação aberta para o mundo.

A minha águia em poesia de cordel 22 vezes minha estrela lá no céu (BIS)

Lá vem Portela é melhor se segurar Coração aberto quem quiser pode chegar (BIS) Vem irmanar a vida inteira Na campeã das campeãs em Madureira

Simbolizando o sonho da liberdade, nossa Águia merece lugar de destaque nesta história. A Portela, como, de uma forma geral, todas as escolas de samba, recebe de coração aberto o “outro”, sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Usando toda riqueza da cultura popular, unindo samba, cordel e repente, os cantadores portelenses se unem ao cantador nordestino, reverberando a mensagem pela irmandade entre os povos.

98 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Nilo Sérgio Outros Diretores de Bateria Nilson Simões (responsável repiques e caixas), Jorge André (responsável marcações), Sampaio Júnior (responsável caixas), Clailton Cacau (responsável chocalhos), Raul Cyrillo (responsável tamborins), Demétrius (responsável caixas), Arsênio Netuno (responsável cuícas), Vinícius Rato (responsável caixas), Vítor César (responsável terceiras), Douglas Jorge (responsável caixas), Sidcley Fernandes (responsável agogôs) Total de Componentes da Bateria 300 (trezentos) componentes NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 12 16 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 110 0 30 0 40 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 01 24 25 0 30 Outras informações julgadas necessárias

Bateria Fantasia: Soldados holandeses

Rainha de bateria: Bianca Monteiro Fantasia: A bravura que conduz os soldados

Nilo Sérgio - Herdeiro de Mestre Marçal, Nilo Sérgio é três vezes vencedor do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Bateria, em 2010, 2012 e 2013, além de ter ganhado o prêmio de Revelação em sua estreia. Desde o carnaval de 2006 é Mestre de bateria da Portela, sagrando-se campeão em 2017.

99 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Chopp, Leonardo Brandão, Nilce Fran, Márcio Emerson, Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura Outros Diretores de Harmonia Alexandre Souza, Aniceto, Ailton Balbino, Alexandre Elias, Almir Bueno, Almir, André Soares, Anderson Marques, Andreia Neves, Antônio Azevedo, Brian Ramos, Camila Lúcia, Carlos Carvalho, Cesar Lima, Claudio da Silva, Cleber Coutinho, Cristiane, Daniele Mendes, Danielle Assad, Edilásio, Edvaldo, Edison Jacob, Fausto Paes, Felipe Neto, Gilberto Jr., Glauco, Guilherme, Haynna, Igor Casini, Iza, Jeferson Santos, José Carlos Paes, José Luis da Costa, Josenardo, José Sant’anna, José Osier, Leandro Germano, Leandro Torres, Leonardo Fartura, Luiz Carlos da Silva, Luiz Eduardo Barroco, Luiz Otávio, Luiz Roberto, Marcelo Rodrigues, Marcelo Gonçalves, Marcelo Pereira, Marcelo do Nascimento, Marcos Mendes, Margarete, Moacyr, Nelson Cardoso, Nivaldo, Norimar, Paulo Almeida, Rafael Pontes, Renato da Silva, Rhuanderso, Rogério Freitas, Ricardo Machado, Sérgio Jr. Tearruce, Ubiraci, Vagner Santuzzi, Valdemir Nascimento, Vilma, Vitor Leite e Waldir Cabral. Total de Componentes da Direção de Harmonia 77 (setenta e sete) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Gilsinho (intérprete oficial), Edinho, Emerson, Zé Paulo, Niu e Clebinho Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Violão – Helinho Cavaco – Júlio, Gabriel e Felipe Sorriso Outras informações julgadas necessárias

Gilsinho: Filho de Jorge do Violão, músico da Velha-Guarda da Portela, Gilsinho começou sua carreira em São Paulo, passando por escolas como Vai-Vai, Barroca da Zona Sul e Vila Maria. No Carnaval carioca, estreou na Portela, em 2006, permanecendo como primeiro intérprete de nossa agremiação até 2013. Nesse período, além de conseguir forte identificação com a Escola, foi agraciado, em 2012, com o prêmio Estandarte de Ouro. Após breve passagem pela Unidos de Vila Isabel, retornou para a Portela no Carnaval de 2016, contribuindo para a conquista do título portelense de 2017.

100 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Chopp, Leonardo Brandão, Nilce Fran, Márcio Emerson, Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura. Outros Diretores de Evolução - Total de Componentes da Direção de Evolução 77 (setenta e sete) componentes Principais Passistas Femininos Viviane Silveira, Thamires Matos, Fernanda Coelho, Ana Paula e Amanda Oliveira Principais Passistas Masculinos Anderson Costa, Felipe Nascimento, Flávio Portella, Renan Brito, Reynnan Souza Outras informações julgadas necessárias

Coordenadores da Ala de Passistas:

Valcir Pelé: Herdeiro da tradição de grandes passistas portelenses, em 2012, sagrou-se vencedor do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Masculino.

Nilce Fran: Passista consagrada na Portela, com passagem pela Estação Primeira de Mangueira, em 2012 foi vencedora do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Feminino.

Nome da Fantasia dos Passistas: Guerreiros da Águia

O que representa: Com três figurinos diferentes, os passistas da Portela representam o espírito de luta que une os sambistas portelenses aos ideais de liberdade.

101 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval - Diretor Geral de Carnaval Fábio Pavão, Claudinho Portela, Junior Schaal e Marco Aurélio Fernandes Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças

Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Jane Carla Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Dulcinea Oliveira Lívia Pereira Cardoso (cem) 80 anos (32 anos) Responsável pela Velha-Guarda Roberto Camargo Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Sebastião José de Lima Dayse Lúcia Ferreira Jeremias (cem) 90 anos 62 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Monarco, Surica, Sheron Menezes e Ronaldinho Gaúcho Outras informações julgadas necessárias

Diretor Financeiro: Felipe Guimarães Assistentes da Direção de Carnaval: Marcos Vinícios e Nívea Martini Assistentes da Carnavalesca: Alessandra Cadore e Mauro Leite Secretárias Barracão: Rosana Rosa e Eliane Paiva Secretária Quadra: Jaqueline Gomes

102 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Sérgio Lobato Coreógrafo(a) e Diretor(a) Sérgio Lobato Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 01 14 (quinze) (uma) (quatorze) Outras informações julgadas necessárias

Diáspora Somos todos resultados da mistura entre povos que se espalharam pelo planeta. Somos herdeiros das incontáveis diásporas, o legado miscigenado entre raças e etnias. Somos do passado e do presente, pois o grito emanado por nossa mensagem é atemporal. Os fluxos migratórios costuram latitudes e longitudes, bordando os oceanos com os rastros dos barcos que partem e que chegam. Ontem e hoje, quando a foice da intolerância se levanta, homens e mulheres se lançam ao mar, aventurando-se no desconhecido. O imigrante é um perseverante, cura as feridas do orgulho e encara o desafio com altivez. É o vento de sua coragem que enfuna as velas, fazendo a embarcação deslizar no bailado sinuoso das marés. Dias e meses se passam, o sol e a lua se revezam no horizonte, a calmaria se transforma em tempestade. O ronco dos trovões reverbera sobre as águas cinza, as ondas estouram ferozes sobre o casco do barco, chacoalhando os tripulantes. Atingido por uma lufada de pânico, o imigrante equilibra-se com dificuldade. Numa expressão de fé ele cerra os olhos, estende seus braços em direção ao céu. Seus lábios sofridos murmuram um pedido, um clamor para Deus. Mas para qual Deus? Não importa, são muitos os credos daqueles que se entregam às incertezas, muitos são os idiomas proferidos, mas, no tortuoso percurso entre o terreno e o divino, todos se unem ao mesmo sagrado. Todo imigrante é igual em sua prece. Independentemente de sua religião, todos entoam a oração da paz. E assim, navegando rumo a um novo amanhã, no balanço por vezes agitado do mar, o imigrante apega-se a sua bagagem. Não exatamente pelos bens materiais, que são escassos, mas pela esperança que todos trazem consigo. No vai e vem da maré, são muitas as adversidades que precisam ser vencidas. Ao longo da jornada, eles superam não apenas as forças indomáveis da natureza, mas também enfrentam com determinação a crueldade dos homens. E no leve palpitar do desespero, quando as dúvidas revoltas parecem impor-se, os egressos das áreas de conflito, no breve instante em que olham para trás, percebem a liberdade abrir suas asas. Então vai, Águia altaneira, pássaro imponente. Abrace os filhos das diásporas, conduza os povos errantes que vagam em busca de um lar. Livre como tu és, majestade dos céus, guie os refugiados e imigrantes para a solidez da Terra firme, até um porto seguro onde possam recomeçar. Leve- os à costa ensolarada, para o destino vislumbrado, protegendo-os até que seus pés toquem as areias do futuro.

Sérgio Lobato é ex-bailarino clássico. Em seu vasto currículo, além da passagem por diversas escolas e companhias profissionais pelo país, destaca-se o exercício das funções de coordenador e professor do tradicional balé Dalal Achcar, professor e coordenador artístico da escola do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, diretor artístico do corpo de baile do teatro municipal e professor, coordenador e diretor artístico do renomado balé Bolshoi, na cidade de Joinville. Atualmente é professor ensaiador da petit dance. No carnaval, passou por Tradição, Unidos da Tijuca, União da Ilha, Viradouro, Mocidade, Rocinha e São Clemente, conquistando prêmios como o Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, Plumas e Paetês e Samba-net. Estreia como coreógrafo da Portela neste carnaval de 2018.

103 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Marlon Lamar 23 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Lucinha Nobre 42 anos 2º Mestre-Sala Idade Yuri Souza 23 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Camylla Nascimento 29 anos 3º Mestre-Sala Idade Emanuel Lima 25 anos 3ª Porta-Bandeira Idade Rosilaine Queiroz 33 anos Outras informações julgadas necessárias

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Nome da fantasia: Encontro de culturas

Criação do figurino: Rosa Magalhães

Confecção: Fernando Magalhães

O que representa: A fantasia representa os “Encontros culturais”. Especificamente, ela ressalta a mistura entre as culturas judaicas e nordestinas, a partir da fusão de seus elementos, mas visando a uma mensagem mais ampla. Os encontros culturais são atemporais, e, no contato entre os povos que se espalharam pelo planeta com as populações nativas, desenhou-se a miscigenação, biológica e cultural, que fez surgir o mundo tal qual nós conhecemos hoje.

104 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Nome da fantasia: Recife, cidade dos sonhos. Criação do figurino: Rosa Magalhães Confecção: Atelier da Escola O que representa: A Recife do século XVI, administrada por Maurício de Nassau, é uma cidade que recebe importantes intervenções urbanas. Multicultural, em suas ruas coexistiam o holandês, o português e o judeu, compondo um quadro de maior tolerância e diversidade que qualquer colônia lusitana. É esta cidade, iluminada pelo sol dos trópicos, que acalenta o sonho de paz dos Judeus após fugirem da Europa.

3º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Nome da fantasia: Os Donos da Terra. Criação do figurino: Rosa Magalhães Confecção: Atelier da Escola O que representa: Representa os Índios moicanos, povo nativo que habitava a região às margens do rio Hudson, onde se ergueu Nova Amsterdã. A tribo mantinha intensa relação comercial com o povoado, sobretudo em virtude do alto valor alcançado pelo comércio de pele.

105 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Marlon Lamar: Mestre-sala em ascensão no carnaval paulistano, Marlon Lamar estreou no posto de primeiro aos 17 anos, dançando pelo G.R.E.S. Príncipe Negro. No ano seguinte, esteve no G.R.E.S. Mocidade Unida da Mooca, e, entre os anos de 2015 e 2016, defendeu o pavilhão do G.R.E.S. Império da Casa Verde, sagrando-se campeão. O talento demonstrado em suas apresentações no Anhembi fez com que Marlon fosse convidado para desfilar no Rio de Janeiro, numa trajetória incomum para os sambistas paulistanos. Em 2017, estreou na Avenida Marquês de Sapucaí pela Unidos do Porto da Pedra. Em 2018, fazendo dupla com a experiente Lucinha Nobre, Marlon inicia sua trajetória como primeiro mestre-sala da Portela.

Lucinha Nobre: Já no início de sua carreira, em 1992, chamou a atenção do público e da crítica. Desde então, construiu uma sólida trajetória no mundo do samba, conquistando, entre outros prêmios, cinco Estandartes de Ouro e três Tamborins de Ouro. Em sua primeira passagem pela Portela, entre os anos de 2010 e 2012, manteve 100% de aproveitamento. Agora, para o carnaval de 2018, Lucinha realiza o desejo de retornar a Portela, e, com sua arte, ajudará a escola na luta pelo bicampeonato. Apresentador: Rhuanderson Ensaiadora: Camile Sales

Yuri Souza: Começou a carreira no mundo do samba como passista do Império Serrano, função que exerceu entre os anos de 2007 e 2009. Como primeiro mestre-sala, passou por escolas como Boêmios de Inhaúma, Vila Santa Tereza e Em Cima da Hora. Entre 2014 e 2017, ocupou o posto de terceiro Mestre-sala do G.R.E.S. Beija-Flor, e, neste carnaval de 2018, estreia como segundo mestre-sala da Portela.

Camylla Nascimento: Deu seus primeiros rodopios como Porta-Bandeira na escolinha que a avó, Vilma Nascimento, comandava na quadra da Tradição. Foi também na escola de Campinho que estreou na Avenida, sendo a 2ª Porta-Bandeira de sua tia, Danielle Nascimento. Com a arte e o talento da família correndo em sua veia, Camylla faz, em 2018, seu quinto desfile como Porta-Bandeira da Portela. Apresentador: Leandro Torres

Emanuel Lima: Aprendeu a arte da dança no projeto social “primeiros passos”, e, aos oito anos de idade, já desfilava como passista da nossa escola. Na função de Mestre-sala, estreou pela Rosa de Ouro, escola do bairro de Oswaldo Cruz, passando depois por Arame de Ricardo, Lins Imperial e Acadêmicos da Rocinha. Neste carnaval, Emanuel estreia como terceiro Mestre-sala da Portela.

Rosilaine Queiroz: Iniciou a carreira no Império da Tijuca, em 2003. Entre 2004 e 2009, defendeu a Inocentes de Belford Roxo, conquistando, em 2006 e 2008, o prêmio Samba-net de Melhor Porta- Bandeira do Grupo B do carnaval carioca. Em 2010 e 2012, defendeu a Acadêmicos do Sossego, de Niterói, e, em 2013, a Unidos de Vila Santa Teresa. Em 2013, também estreou como 2ª Porta- Bandeira da Portela, permanecendo até 2016. Após uma breve pausa, Rosilaine retoma sua carreira, agora como terceira porta-bandeira da nossa escola. Apresentador: Cleber Coutinho

106

G.R.E.S. UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR

PRESIDENTE SIDNEY FILARDI

107

“Brasil bom de boca”

Carnavalesco SEVERO LUZARDO FILHO

109

Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Brasil bom de boca” Carnavalesco Severo Luzardo Filho Autor(es) do Enredo Severo Luzardo Filho Autor(es) da Sinopse do Enredo Severo Luzardo Filho Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Severo Luzardo Filho e Wilsinho Alves Pesquisadores: Prof. Dr. Clark Mangabeira e Raul Lody Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Brasil Bom de LODY, Raul. São Paulo: Senac 2008 Todas Boca: temas de antropologia da alimentação

02 Antologia da CÂMARA São Paulo: 2014 Todas Alimentação no CASCUDO, Luiz Global Editora Brasil da

03 História da CÂMARA 4ª ed. São Paulo: 2004 Todas alimentação no CASCUDO, Luís global Brasil da

04 Antropologia e CANESQUI, AM., Rio de Janeiro: 2005 Todas nutrição: um GARCIA, RWD Editora diálogo possível FIOCRUZ

05 Delícias do HUE, Sheila Rio de Janeiro: 2008 Todas Descobrimento: a Moura Zahar gastronomia brasileira no século XVI

111 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

06 AFONSO, Sílvia Caracterização Dissertação 2008 Todas Marlene Esteves Físico-Química e apresentada à Actividade Escola Superior Antioxidante de Agrária de Novas Variedades Bragança para de Feijão obtenção do (Phaseolus vulgaris Grau de Mestre L.) em Qualidade e Segurança Alimentar. Bragança

07 Produção de Coordenação ABCS 2014 Todas suínos: teoria e editorial prática Associação Brasileira de Criadores de Suínos. Coordenação Técnica da Integrall Soluções em Produção Animal

08 Pequeno dicionário ALGRANTI, Rio de Janeiro: 2000 Todas da gula Marcia Record

09 Malófagos de AMARAL, Jorge Revista brasileira 2007 p. 159-162 galinhas-d´Angola Aguiar de Ciências (Numida Veterinárias, v. meleagris, L. 1758) 14, n. 3 em criações extensivas no estado do Rio de Janeiro

112 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

10 Gabriela Cravo e Amado, Jorge Compania das 2012 Todas Canela Letras

11 Algodão : o BELTRÃO, Embrapa 2004 Todas produtor pergunta, Napoleão Esberard Informação a Embrapa de Macedo; Tecnológica responde ARAÚJO, Alderi Emídio de (ed. Técnicos)

12 Alimentos BRASIL. Ministério da 2002 Todas regionais Ministério da Saúde, Secretaria brasileiros Saúde. Secretaria de Políticas de de Políticas de Saúde, Saúde. Coordenação- Coordenação-Geral Geral da Política da Política de de Alimentação e Alimentação e Nutrição. – 1. ed. Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde

13 Plantas medicinais BRASILEIRO, Governador 2008 Todas utilizadas pela Beatriz Gonçalves, Valadares, MG, população atendida PIZZIOLO, Brasil. Revista no “Programa de Virginia Ramos, Brasileira de Saúde da Família” MATOS, Danilo Ciências Santos, Farmacêuticas, GERMANO, Ana vol. 44, n. 4, Maria, JAMAL, out./dez., Claudia Masrouah

113 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

14 Acarajé: tradição e BORGES, Dissertação 2008 Todas modernidade. Florismar apresentada no Menezes curso de Pós- Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia para fins de obtenção do Título de Mestre

15 História e CAVIGNAC, J. Imburana – revista 2010 Todas etnografia nativas A.; OLIVEIRA, L. do Núcleo Câmara da alimentação do A Cascudo de Brasil: notas Estudos Norte-Rio- biográficas a Grandenses/UFRN. respeito de um n.2 antropólogo provinciano

16 Anuário brasileiro CARVALHO, Editora Gazeta 2016 64 p da uva 2016. Cleonice [et al.] Santa Cruz

17 Inventário e COSTA, Márcio ev. Bras. Saúde abr./jun., p.127-138 caracterização da Silva et all Prod. Anim., 2016 morfológica de Salvador, v.17, n.2, caprinos Gurgueia no Estado do Piauí

18 Trigo no Brasil: CUNHA, Gilberto Passo Fundo: 2001 Todas história e Rocca Embrapa Trigo tecnologia de produção

114 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

19 Sabores africanos ERNANDES, In: Cadernos 2013 Todas no Brasil: a Marly Angela PDE, Paraná presença da Marins culinária africana na dieta alimentar dos brasileiros

20 Yes, nós temos FERRAZ, Marcia 2011 p. 31-51. caju! Origens de H. M algumas plantas alimentícias brasileiras. História da Ciência e Ensino – construindo interfaces

21 Desenvolvimento FERNANDES, Trabalho 2010 Todas histórico da Bruno Campos apresentado ao citricultura. curso de graduação em Ciências Econômicas da Universidade Estadual Paulista. UNESP, Araraquara,

22 MERCADO DE FILHO, Waldemar Informações 2004 Todas MANGA NO Pires de Camargo; Econômicas, SP, BRASIL: contexto ALVES, Humberto v.34, n.5 mundial, Sebastião; variedades e MAZZEI, Antonio estacionalidade Roger

115 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

23 Desenvolvimento FILHO, José Tese de 2010 Todas da cana-de-açúcar Rubens Almeida Doutorado. (Saccharum spp.) Leme Universidade de sob diferentes São Paulo formas de colheita e de manejo do palhiço

24 Pera: o produtor FIORAVANCO, Embrapa 2015 Todas pergunta, a João Caetano; Embrapa responde ANTONIOLLI, Lucimara Rogéria (editores técnicos)

25 Casa-grande & FREYRE, Gilberto Global 2004 Todas Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal

26 Cosmologia, GARNELO, Luiza História, 2007 p.191-212 ambiente e saúde: Ciências, Saúde mitos e ritos – Manguinhos alimentares Baniwa

27 UERJ. Presença GLASMAN, Jane Cadernos do 2011 Todas Judaíca na Bichmacher de CNLF, Vol. XV, Toponímia Nº 5, t. 1. Rio de Brasileira: Brasil, Janeiro: CiFEFiL Origem e Mistério Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia

116 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

28 1808: como uma rainha GOMES, Planeta 2007 Todas louca, um príncipe Laurentino medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil

29 Desidratação da Polpa KALLUF, Vanessa Dissertação 2006 Todas da Abóbora (Cucurbita Haddad apresentada como moschata) e seus requisito parcial à Teores em Beta obtenção do grau Caroteno. de Mestre no Programa de Pós - Graduação em Tecnologia em Alimentos, Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná. Paraná, Curitiba

30 Caracterização e JÚNIOR, José Dissertação 2015 Todas Diversidade Genética Eduardo apresentada ao em Acessos de Vasconcelos de Programa de Pós- Mangueira da Carvaho Graduação em Variedade Rosa do Agronomia da Banco Ativo de Universidade Germoplasma da Federal do Piauí, Embrapa Meio-Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de Concentração: Produção Vegetal. TERESINA, PIAUÍ

117 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

31 Avanços na LICHTEMBERG, Rev. Bras. Frutic., 2011 Todas bananicultura Luiz Alberto; Jaboticabal - SP, brasileira LICHTEMBERG, Volume Especial Paulo dos Santos Faria

32 Cozinheiro de LOUREIRO, Portugal: Esfera dos 2008 Todas Dom João VI Helio Livros

33 MASCARIN, Ritual de VI Congresso 2013 Todas Tereza de Fátima. preparação do Internacional de UEM acarajé para Iansã: História. Disponível dimensão sagrada em http://www.cih. e profana uem.br/anais/2013 /trabalhos/219_tr Abalho.pdf

34 Olhares MACIEL, Maria In: CANESQUI, 2005 Todas antropológicos Eunice AM., and GARCIA, sobre a RWD., alimentação. orgs. Antropologia e Identidade nutrição: um diálogo cultural e possível. Editora alimentação FIOCRUZ

35 Uma cozinha à MACIEL, Maria Estudos Históricos. pp. 25- Todas brasileira. Eunice Rio de Janeiro 39 Estudos Históricos

36 Comida e MENDES Departamento de 2009 Todas Religiosidade: RIBEIRO, Pedro História. dos cultos afro- Henrique Universidade Federal brasileiros para a do Rio Grande do história da Norte. Disponível alimentação em: wwwcchlaufrnbr brasileira Humanidades2009 /Anais/GT23/23.1.pdf

118 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

37 História do MARTINS, Ana Editora Contexto 2002 Todas Café Luiza

38 A influência da MARTINS Projeto de Inrtervenção 2013 Todas culinária ERNANDES, Pedagógica na Escola. africana no Marly Secretaria de Estado da Brasil Educação Superintendência da Educação Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professo PDE. Cadernos PDE. Volume II. Versão On- line

39 MELÕES Cartilha Técnica CEAGESP – 2016 24p 13. São Paulo Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo

40 Anuário MENDES, Letícia Editora Gazeta Santa 2016 64p brasileiro do [et al.] Cruz cacau 2016

41 Contribuição MADEIRA NR; Horticultura Brasileira 2008 Todas portuguesa à REIFSCHNEIDER produção e ao FJB; GIORDANO consumo de LB hortaliças no Brasil: uma revisão histórica

119 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

42 CULTURA DO MOURA, Maria da Fórum 2011 Todas MELÃO: UMA Conceição Freitas Ambiental da ABORDAGEM et all. Alta Paulista. ACERCA DA ANAP. V. 7, n. 7 CADEIA PRODUTIVA NO AGROPÓLO MOSSORÓ – ASSÚ/RN

43 Banana: teoria e MOREIRA, R. S 2.ed. São Paulo: 1999 Todas prática de cultivo Fundação Cargill

44 A Cultura do MULLER, EMBRAPA 1980 Todas Dendê Antonio Agostinho CPATU

45 Contribuição ao NAZARE, Belém. 1982 Todas estudo do guaraná Raimunda Fátima EMBRAPA· Ribeiro de et all.. CPATU

46 A cultura do arroz NETO, Aroldo Brasília: Conab 2015 Todas Antonio de Oliveira

47 Produção e NUNES, Sidemar DESER: boletim 2007 Todas consumo de óleos Presotto eletrônico. vegetais no Brasil Departamento de Estudos Socio- Econômicos Rurais. Conjuntura Agrícola. N. 159

120 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

48 Qualidade PAIVA, Jacinto Dissertação 2015 Todas fisiológica de Rômulo Guedes de apresentada ao sementes e Programa de desempenho Pós-Graduação agronômico de em Fitotecnia da melancia 'Crimson Universidade sweet' em função Federal Rural do da procedência das Semi-Árido, sementes como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia. Mossoró

49 O Maravilhoso PARAFITA, Lisboa: Plátano 1999 Todas Popular: Lendas. Alexandre Editora Contos. Mitos.

50 A Mitologia dos PARAFITA, Porto: Gailivro 2006 Todas Mouros Alexandre

51 Índios Tupi- PEREIRA, Moacyr EDUFAL 2000 Todas Guarani na Pré- Soares História

52 O sistema médico PÉREZ-GIL, O sistema 2001 Todas Yawanáwa e seus Laura médico especialistas: cura, Yawanáwa e poder e iniciação seus xamânica. especialistas: cura, poder e iniciação xamânica.

121 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

53 COMIDA E RIBEIRO, Pedro Departamento de 2009 Todas RELIGIOSIDADE: Henrique Mendes História – UFRN. DOS CULTOS XVII Semana de AFRO- Humanidades BRASILEIROS UFRN. PARA A Disponível nos HISTÓRIA DA anais da Semana: ALIMENTAÇÃO http://www.cchla. BRASILEIRA ufrn.br/humanida des2009/Anais/ GT23/23.1.pdf

54 Desenvolvimento RODRIGUES, Dissertação de 2005 Todas do pessegueiro em Alessandro Mestrado. função da Universidade de intensidade de poda São Paulo (USP) verde

55 Florescimento e SILVA, Maria Dissertação de 2006 Todas frutificação da Gerolina mestrado. mangueira Conceição Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

56 INHAME SIQUEIRA, Escola Superior 2009 Todas (DIOSCOREA Vinicius Bohrer de Agricultura SPP): UMA Monteiro “Luiz de CULTURA AINDA Queiroz”/ NEGLIGENCIADA Universidade de São Paulo

122 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

57 EFEITOS DE VIANA, Daniela Dissertação 2014 Todas CULTIVARES DE de Lima apresentada à ALGODOEIRO Faculdade de QUE Ciências Agrárias EXPRESSAM AS e Veterinárias – PROTEÍNAS UNESP, Câmpus CRY1AC E de Jaboticabal, CRY1F NOS como parte das PARÂMETROS exigências para a BIOLÓGICOS DE obtenção do título Chrysodeixis de Mestre em includens Agronomia (WALKER, 1857) (Entomologia (LEPIDOPTERA: Agrícola), São NOCTUIDAE) Paulo

58 A cultura do ZABOT, Lucio UNIVERSIDADE 2007 Todas Algodão FEDERAL DE (Gossypium SANTA MARIA hirsutum L.) Centro de Ciências Rurais Curso de Agronomia Departamento de Fitotecnia Santa Maria, Novembro de 2007, disponível em: http://w3.ufsm.br/ nppce/disciplinas/ algodao.pdf

59 Evolução da ZEN, Sergio de et CNA Brasil, 2014 Todas caprino e all. SENAR, Ano I, ovinocultura. Edição I, Ativos ovinos e Setembro de caprinos 2014, disponível em: canalprodutor .com.br

123 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

“ Toda fundamentação deste enredo foi baseada em documentos que comprovam a autenticidade dos fatos tratados. Tivemos o cuidado de citar as fontes bibliográficas em cada momento de defesa de fantasias ou alegorias. Além das pesquisas em livros, sites, teses de mestrados/doutorados e outras plataformas, foi fundamental a participação de chefes renomados que acompanharam todo o processo. ”

Sites: Fundação Joaquim Nabuco - http://basilio.fundaj.gov.br Mudas Nativas - http://www.mudasnativas.biz/arvores-frutiferas-de-manga-mangueira/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul - http://www.ufrgs.br/afeira/materias- primas/frutas/banana/origem-da-banana Portal EMBRAPA: www.embrapa.br Site Cecafe: www.cecafe.com.br Site www.agrolink.com.br Site Portal Brasil www.brasil.gov.br Site Brazilianrice www.brazilianrice.com.br Site www.ecoverdemt.com.br Site www.mundoeducacao.bol.uol.com.br Site www.frutificar.com Site www.hridiomas.com.br Site www.umbandaeecologia.com.br Site www.nplantas.com.br Site www.brasilescola.com.br Site www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/criaturas-magicas-duendes-em-portugal Site www.umbandadanatureza.com.br Site https://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-brasil/noticia/producao- de-cana-no-brasil-aumenta-em-2017.ghtml

Sobre o Carnavalesco: Severo Luzardo Filho, (Uruguaiana, 29 de junho de 1962) é um carnavalesco e figurinista brasileiro. Nascido no seio da Escola de Samba Os Rouxinóis de Uruguaiana - RS, filho de Severo Muruzzi Luzardo, que foi presidente da escola, falecido em 2011 e de Magda Luzardo que foi carnavalesca durante anos na mesma agremiação, falecida em 2013. Atualmente, Severo é carnavalesco da escola de samba União da Ilha do Governador, do grupo especial da cidade do Rio de Janeiro. Além do carnaval, Severo é figurinista de novelas do exterior, como: Laços de Sangue e de filmes, como o "O Tempo e o Vento". Reside em Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro.

Começou sua carreira profissional em Uruguaiana, RS, onde atuou durante muito tempo como carnavalesco da escola de samba Os Rouxinóis, desde os anos 70.

Com 14 anos mudou-se Porto Alegre e cursou as faculdades de Arquitetura e Urbanismo na Ritter dos Reis, Publicidade e Propaganda na PUC/RS, e Artes Plásticas no Atelier Livre da Prefeitura.

124 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Na capital gaúcha, assinou figurinos de peças de teatro e pequenos filmes. Nesse período, aceitou o convite da escola de samba Academia de Samba Praiana e renovou sua estética com campeonato e colocações marcantes na vida da entidade.

Severo sempre foi um apoiador do teatro gaúcho incentivando com materiais e aportes financeiros para a construção de diversos espetáculos, calçado na sua visão de Diretor de Marketing da empresa Makro Central de Aviamentos de Porto Alegre. Nesse período viajou pelos grandes centros de moda internacionais, fazendo constantemente o circuito Paris/Milão, e palestrando pelo Brasil todo sobre mercado e tendências futuras.

Inaugurou sua empresa de consultoria, a Luzardo Moda e Marketing, onde assinou diversas coleções para empresas de confecções de todo o Brasil. Assumiu ainda a direção regional da marca GUESS no Brasil, promovendo a expansão de mercado e eventos institucionais no Sul do país.

Sempre mantendo uma forte relação com o Rio de Janeiro desde pequeno, pois sua família também tinha residência em Copacabana, onde vive até hoje, optou em seguir a carreira de figurinista nesta cidade em 2002.

Tornou-se carnavalesco no ano de 2004 do Boi da Ilha do Governador, com o enredo "Uni, Duni, Tê, brincando construí um mundo novo pra você". Na sequência trabalhou com as escolas de samba Vizinha Faladeira, Villa Rica, e Acadêmicos do Dendê.

Entrou para a Televisão Globo em 2002, criando figurinos para novelas e minisséries e paralelamente cursou uma Pós-graduação em Figurino e Carnaval na Universidade Veiga de Almeida.

Como assistente de figurino, fez seu primeiro filme longa metragem em 2004, "Mais Uma Vez Amor", dirigido por Rosane Savartman.

Também como assistente de figurino, trabalhou nas minisséries "Queridos Amigos" (escrita por Maria Adelaide Amaral e dirigida por Denise Saraceni) e "Acampamento de Férias 2" (escrita por Renato Aragão e direção de Jayme Monjardim), nas novelas "Ciranda de Pedra" (escrita por Alcides Nogueira e direção de Denise Saraceni), "" (escrita por Bosco Brasil sob a supervisão de texto de Aguinaldo Silva e direção ficou a cargo de José Luiz Villamarim), "" (escrita por Duca Rachid, Thelma Guedes e Thereza Falcão com a direção e direção de núcleo de Ricardo Waddington), e nos especiais "Dó, ré, mi, fábrica" (escrito por Péricles Barros com direção de Flávia Lacerda), "O Natal do Menino Imperador" (escrito por Péricles de Barros, com direção geral de Denise Saraceni) e "Nosso Querido Trapalhão" (direção de núcleo de Jayme Monjardim e direção geral de Teresa Lampreia).

125 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Participou da equipe brasileira da novela "Laços de Sangue", uma portuguesa, a primeira resultante da parceria SIC e Rede Globo. Esta novela ganhou o Emmy Internacional de melhor telenovela de 2011.

Em 2008, foi contratado para ser carnavalesco do Arranco do Engenho de Dentro, onde apresentou o enredo "Andanças e Folias" e continuou na escola do Engenho de Dentro por alguns anos. Tanto foi sua relação de carinho com a comunidade, que num feito inédito, passou a integrar a galeria de velha guarda da agremiação permanecendo até hoje.

Em 2011, inovou como carnavalesco da Império da Tijuca, surpreendendo o público e comunidade com o belo desfile apresentado pela escola do Morro da Formiga. Em 2012 confirmou a boa atuação do ano anterior o que o fez ser reconhecido como um dos carnavalescos emergentes do Carnaval Carioca.

Criou e produziu em 2008, parte dos figurinos dos insertes musicais para o filme indiano "Enthiran", ou "Robot" (em Inglês), e foi junto com a equipe gravar nas belas locações de Machu Pichu, no Peru. Dirigido por S. Shankar e produzido por Kalanithi Maran, o filme estreou mundialmente em outubro de 2010, e se converteu na película mais cara da Índia até essa data, batendo recordes de espectadores.

Em 2013, como figurinista assistente, integrou a equipe do filme "Vendo ou Alugo", longa- metragem de comédia brasileiro dirigido por Betse de Paula, e produzido por Mariza Leão.

No carnaval 2013, foi contratado para fazer o carnaval da Acadêmicos do Cubango, criando um espetáculo de luxo e beleza com o enredo "Teimosias da Imaginação". Neste ano também como carnavalesco do Arranco do Engenho de Dentro.

Em 2014, fez o carnaval da Paraíso do Tuiuti, com a reedição do histórico "Kizomba, a festa da raça", da Vila Isabel, do ano de 1988. Foi uma de seus trabalhos mais marcantes, honrando com brilhantismo o grande enredo repaginado em parceria com Martinho da Vila.

Como gaúcho de origem, teve a responsabilidade de criar um dos maiores figurinos do cinema nacional, com uma precisão impecável na reprodução de detalhes da indumentária gaúcha no filme "O Tempo e o Vento” filme brasileiro dirigido por Jayme Monjardim. O longa metragem estreou em 20 de setembro de 2013, obtendo uma renda de 7,7 milhões de reais em bilheteria. Esta adaptação da trilogia homônima de Érico Verissimo recebeu o troféu Lente de Cristal de Melhor Filme - 5º Cinefest Brasil/Montevidéu. Depois foi adaptado para linguagem da televisão com uma hora a mais de gravações e foi exibido pela Rede Globo como uma microssérie em 2014.

126 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Na TV Globo, assinou como figurinista titular também a novela das 18 horas "”, escrita por Walther Negrão, com colaboração de Suzana Pires, do núcleo de Jayme Monjardim.

Já em 2015, foi contratado pela Produtora Casablanca de SP, para assinar os figurinos de época da novela "Escrava Mãe", escrita por Gustavo Reiz e dirigida por Ivan Zettel.

Devido ao sucesso estrondoso de crítica e público, a produtora paulista o contratou automaticamente para realizar as novelas "A Terra Prometida" (escrita por Renato Modesto e direção geral de Alexandre Avancini), "O Rico e Lázaro" (de Paula Richard e direção geral de Edgard Miranda) e ainda a novela "Belaventura" dirigida por Ivan Zettel.

A partir daí sua carreira passa a ter destaque marcante no Rio de Janeiro.

No ano seguinte Severo surpreende resgatando toda a dignidade e estima do Império Serrano com o enredo "Poema aos peregrinos da Fé". Com a comunidade em êxtase, faz no ano seguinte um dos mais lindos desfiles da escola, contando sua própria história no enredo - "Silas canta Serrinha".

Em 2016 Severo Luzardo retornou a sua cidade natal e escola de origem, a Rouxinóis, para um enredo sobre os carnavais antigos, e sagrou-se mais uma vez campeão.

Também em 2016, assina o figurino do filme "Pequeno Segredo”, filme brasileiro e neozelandês do gênero drama, dirigido por David Schürmann, e que foi escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro.

Assina ainda o figurino de "TIÃO" um curta-metragem de ficção que discute a cidade e a violência a partir de um personagem símbolo de sua formação, São Sebastião. Criado por Jeferson Pedro e co-roteirizado e dirigido por Clementino Junior, dentro de um processo de criação e execução colaborativo, falta pouco para chegar às telas.

Como carnavalesco, atinge em 2017 o topo da elite do carnaval carioca assinando a querida escola de samba União da Ilha do Governador, com o enredo "Nzara Ndembu, glória ao senhor tempo", sobre a cultura Bantu. Numa renovação total da estética da escola, mais uma vez arrebanha a comunidade com muito orgulho e estima, fazendo um dos mais lindos desfiles da escola insulana.

127 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

BRASIL BOM DE BOCA de Severo Luzardo Filho

INTRODUÇÃO

A Ilha (delícia) te convida pra salivar e comer com os olhos: é o samba com molho!

Desfilamos um Brasil temperado, que entornou o caldo da miscigenação.

São iguarias da brasilidade.

Todos à mesa na Avenida, a refeição será servida: Carnaval quitute pra empanturrar, ponto de prova da suculenta mistura.

Metam a colher na culinária que só tem aqui, e tem pra todo gosto- são cores, sonhos, aromas, irmandades, texturas, ingredientes e temperos, para estimular qualquer papila foliã.

Ingredientes: Nós e vocês bem misturados Modo de Fazer: Mexa, remexa... e aqueça em fogo alto insulano

1 - Da uma provadinha...

Cabral das especiarias, disse um “e aí?” culinário para os índios, oferecendo bolo folhado, mel e presunto cozido. (O peixe morre pela boca...) E registrou Caminha: “aqui, em se plantando, tudo dá...”

128 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Depois... E não é que deu? Com o passar dos tempos, a portuguesada, de longe, trouxe o gado leiteiro, e fez cultivar cana e café: pronto! Iria emplacar no costume da Terra Brasilis, o velho e bom (e honesto) “preto e branco, bem doce”!

As caravelas, pareciam carros alegóricos, verdadeiras arcas de Noé: vacas, cabras, ovelhas, carneiros e porcos. Galinhas, galos, pombos, perus e gansos (muitas penas para o futuro carnaval).

Foi a chegada dos desconhecidos e gostosos figos, romãs, laranjas, uvas, limões, maçãs, peras, marmelos e pêssegos. Algumas das quais depois estariam no turbante da Carmem Miranda.

Trouxeram arroz que mais tarde casaria com o feijão, pepino, mostarda, nabos, gengibre, coentro, açafrão, salsinha, rabanete; couves que se apegariam à linguiça do tropeiro, alface, hortelã, alho, berinjela, manjericão, chicória, cenoura, acelga, espinafre, salsa e cebolinha, paus pra toda obra.

E não esqueceram do açúcar e sal a gosto, para potencializar o pecado abaixo da linha do Equador.

2 - Sabores da Terra

Os de cocar e tanga serviram riquíssima culinária, fruto de seu conhecimento milenar dos sabores da terra: e o mundo se apaixonaria pelo pirão, e acharia deliciosa de farinha de mandioca, a volúvel (e solúvel) que também atendia pelo nome de aipim ou macaxeira. Bolinhos de farinha enrolados e torrados - o beiju, e a tapioca; diversidade com raízes, milho, batatas, amendoim. Cajus e ananás (os abacaxis rebeldes) que abundavam nas matas.

129 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Os tropicais, quentes, pesavam a mão na pimenta, saboreada com o nome de Inquitaia. Folhas e ervas cozidas e cortadas, batidas no pilão: era a papa grossa do Cuxá.

Os peixes cozinhavam envoltos em folhas gigantes. Mais uma que mudou de nome: a banana era a pacova da terra. Outra que tinha outro nome era a Paçoca, que respondia pelo nome de Pasoka: farinha misturada com torrado de peixe seco ou carne. Salve o Tucunaré, muito apreciado pelos peles vermelhas de urucum...

Apertando o tipiti, os índios faziam descer um suco amarelado e inebriante: o tucupi. Mestiças tradições o puseram com goma e camarão virando tacacá; já nele afogando o penoso preparavam o pato no tucupi. Em ambos reinava o jambu, a erva que causava tremores nos lábios e calafrios no povo da taba, que comiam com as mãos, de joelhos agradecendo a Tupã. Sempre lambuzados da memória ancestral dos donos da terra.

Todas estas exóticas novidades das tradições da floresta foram parar em caboclos mercados, encontro de vários mundos.

3 - Procure uma nega baiana que saiba mexer...

Os negros bantos, graças aos portugueses, sacavam muito de Índia, e apresentaram o uso do leite de coco em quase tudo, como lá: no arroz, peixe, ou na canja de galinha! Foi um sarapatel! A manga fez um sucesso danado !

Só que eles também sacavam tudo de Magrebe, e dá -lhe de fazer cuscuz.

E como eles sacavam tudo deles mesmos, trataram de ensinar por aqui o uso do inhame, o quiabo, a melancia, a abobora, o melão, o azeite de dendê e a galinha d’angola. Mulheres negras Yabás, nas senzalas e na casa grande, fundiram receitas de Portugal com África. E foi aí que a porca torceu o rabo:

130 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018 surgiu a Feijoada, vedete nacional, o feijão ma-ra-vi-lha de tão democrático que era e é, acabou virando símbolo da identidade nacional, porque em volta dele nasceu o samba, e todo mundo é bem chegado, basta saber chegar....

A escrava coloca o tabuleiro na cabeça, e vai as ruas vender vatapá, quibebe, mungunzá, angu e o acarajé, patrimônio nacional. Sem esquecer a mulher de cravo e canela, Gabriela!

Que rufem os tambores pelo bonde dos negros cozinheiros, sabor da vida, que souberam misturar em doses preciosas o seu mundo magnífico com o mundo dos outros. Foi a partir desta mão africana que consolidamos nossas matrizes simbólicas, quando a comida passou a ter conotações sociais, políticas, religiosas e culturais para quem a provava.

4 - Super safra bronzeada mostra o seu valor…

De todos os presentes que a terra brasileira deu ao nosso povo, o maior foi a fertilidade. O arroz, também de carreteiro, espelha o celeiro do mundo numa riqueza de ingredientes de dar gosto.

Aqui se produz todo tipo de alimento de origem agropecuária. Animal e vegetal numa mesma empreitada, nesta festa com frango a passarinho, bem puxado no alho e óleo.

Obedecendo as leis da terra, o brasileiro aprendeu a ordená-la! Super safras de múltiplas contribuições, com toneladas de farelo e óleo do grão da vida, proteína de soja. Campos de trigo e algodão. Tudo se cria, nada se perde, a lavoura se transforma. Investimentos em diversidade que trazem abundância, no grande desafio de semear o solo, plantar e colher.

131 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Transbordar a mesa com iguarias de Tia Anastácia e Dona Benta.

Torra e moagem da amêndoa seca de Cacau, um show ímpar do chocolate: nas festas regionais, ritual e nobreza na tradição do sagrado.

Se Caetano devora Leonardo DiCaprio nossa Escola devora Raul Lody, com açúcar e com afeto, salpicado de Câmara Cascudo. Especialista no velho, no novo, na memória alimentar. Festa, comemoração, prazer, alegria, mapeamento de nosso patrimônio imaterial. Os vestígios das trocas culturais.

5 - Saindo do armário da cozinha

Se não vai me degustar, me larga, me deixa, me erra, hoje eu vou assumir – sou brasileiro sabor Brasil, e não conseguiria morar longe daqui.

Admita o pecado de quitutes inigualáveis no boteco da esquina com muita caipirinha.

Você sobreviveria sem uma coxinha de balcão de vidro do pé-sujo?

Coma sem culpa um pão de queijo, e controle-se no milésimo… Cada um come o que quer, Paçoca com açaí, guaraná com bolo de rolo, a comilança desvairada está liberada!

Brigadeiro e quindim, irresistíveis de cortar os pulsos.

Sou Ilha, sou delícia, Quem prova de meu tempero, repete e não esquece. Sou gente, sou povo, sou Rio! Sou Brasil! Vem, que é hoje o dia, só hoje, de me comer com os olhos...

132 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

Tida como uma Escola “Saborosa”, a União da Ilha do Governador, no Carnaval 2018, junta a fome com a vontade de vencer: canta e dança, prepara e serve, na Sapucaí, a superaventura dos hábitos alimentares da população brasileira.

O sabor, o saber e o sentido do patrimônio gustativo da nossa gente! Porque quando comemos, ingerimos a história, a antropologia, o social, o político, o religioso, a economia, as tecnologias, o mito e o tabu.

Vai muito além da nutrição e da biologia – comida é inventividade! Na mesa, no balcão do botequim, na tribo, na viagem tropeira, na cuia, no altar, no peji ou na pia; o que se come e como se come, em que lugar, em que época do ano, junto com festa ou na solidão. Cru, assado ou cozido? Defumado? Crocante? Salgado ou doce? Quente ou frio? Muito ou pouco? Empratado ou à francesa? Indígena, portuguesa ou africana? Caipira, amazônica ou migrante? Cara, barata ou de graça? Com colher, garfo e faca ou com a mão? Todo lambuzado?

Complexo... e muito simples ao mesmo tempo, porque comida é só prazer! Ela fala à memória do coração, revela a hospitalidade e a simpatia que são patrimônios do povo brasileiro. Através dela delimitamos as fronteiras de uma federação do paladar, conectando gente, iguais e diferentes, na fome e na fartura. Plural, multicultural, multiétnica, tradicional, global e sobretudo, humana.

Sirvam-se à vontade...

133 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente O BANQUETE!

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Phelipe Lemos e Dandara Ventapane VALE DAS ROSAS E SEU DOCE REAL

Ala 01 – Melodia GLÓRIA DO CAFÉ BRASILEIRO

Ala 02 – Dançarinos da Ilha (Comunidade) PÕE LEITE NO CAFÉ: MÉDIA, PINGADO OU CARIOCA? (2 Figurinos)

Destaque de Chão Vivian Cister DOCE RIQUEZA DA CÔRTE

Ala 03 – Batuke de Batom (Comunidade) REQUINTE DO AÇÚCAR

Abre-Alas – Alegoria 01 CARAVELAS A BAILAR NO MAR

Ala 04 – Comunidade MILHO: GRÃOS DE OURO

Ala 05 – Sou Mais Minha Ilha (Comunidade) ABACAXI: FRUTA CHEIROSA

Ala 06 – (Comunidade) CAJUS DE SABORES INOCENTES

Ala 07 – Comunidade PIMENTA, A ALEGRIA DO GOSTO

134 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Tripé 01 E TUPÃ ABENÇOOU ESSE SABOR DA ALDEIA!

Ala 08 – Baianas (Comunidade) PACOVA DA TERRA

Ala 09 – Guerreiros da Ilha (Comunidade) TUCUNARÉ

Destaque de Chão Destaque de Chão Debora Ribeiro Leticia Guimarães RITUAIS CULINÁRIOS CULINARIA ANCESTRAL

Alegoria 02 SABORES DA TERRA

Ala 10 – Show da Ilha (Comunidade) MELANCIAS DE ALÉM-MAR

Ala 11 – Passo Marcado (Comunidade) ACARAJÉS E AZEITE DE DENDÊ (02 figurinos)

Ala 12 – Sambacharme (Comunidade) ABÓBORAS DA GUINÉ

Ala 13 – Passistas (Comunidade) MELÃO: SORRISO DE POLPA COM DENTES DE SEMENTES

Rainha de Bateria Gracyane Barbosa EITA TEMPERO BOM!

Ala 14 – Bateria COZINHEIROS DE RAROS SABORES

Ala 15 – Os Incas (Comunidade) GALINHA D’ANGOLA

135 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Ala 16 – Solidariedade (Comunidade) FEIJOADA À MODA

Ala 17 – Raízes (Comunidade) MANGA MACIA E CHEIROSA

Destaque de Chão Destaque de Chão Juliana Sousa Lúcia Cristina HERANÇA AFRICANA TRADIÇÃO DE ALÉM-MAR

Alegoria 03 FOGO ACESO NO TERREIRO DAS YABÁS

Ala 18 – Águia da Ilha (Comunidade) SOJA: GRÃO MAJESTADE

Ala 19 – Magia da Ilha (Comunidade) PROTEJAM NOSSO ARROZ

Ala 20 – Sorriso e Alegria (Comunidade) BOM DE BOLO E MUITO MAIS: TRIGO

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Rodrigo França e Winnie Lopes O GRÃO É VIDA!

Ala 21 – Compositores (Comunidade) POETAS DO CAMPO

Ala 22 – Empolgação da Ilha (Comunidade) UVAS BRASILEIRAS

Ala 23 – Tropical (Comunidade) O CACAU EM FESTA (02 figurinos)

Destaque de Chão Destaque de Chão Rebecca Rolzt Paula Bergamini SHOW DE CHOCOLATE PRAZER DE CACAU

136 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

Alegoria 04 DOCE CACAU

Ala 24 – Alegrilha (Comunidade) CAIPIRINHA, PRINCESA NACIONAL

Ala 25 – Fênix da Ilha (Comunidade) PÃO DE QUEIJO: DE MAJESTADE MINEIRA, À IMPERADOR DO BRASIL

Ala 26 – Comunidade GUARANÁ: MARQUÊS DAS BEBIDAS NACIONAIS

Ala 27 – Sambatuque COXINHA DE GALINHA: RAINHA DOS BOTECOS

Ala 28 – Velha-Guarda (Comunidade) BRIGADEIRO, DOCE REI DO BRASIL

Ala 29 – Loucos Pela Ilha (Comunidade) AÇAÍ, PRINCIPE DA AMAZONIA

Destaque de Chão Destaque de Chão Fernanda Souza Indiara Gonçalves RECEITA INESQUECÍVEL DELÍCIA DE BOTECO

Alegoria 05 ILHA, PREPARA A MESA DO BAR, FAZ A FESTA!

137 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 CARAVELAS A BAILAR NO Nem uma, nem duas, várias! Desde a primeira, MAR inúmeras caravelas vieram para ajudar a miscigenar esse Brasil Bom de Boca! Nosso Abre-Alas representa as inúmeras viagens para estas terras únicas que trouxeram portugueses e portuguesas com fome e ideias! Enfrentando míticos monstros que, no começo, na mente dos europeus, habitavam os mares, chegavam aqui com sabores nas bolsas! Cabral, o desbravador, e Caminha, o deslumbrado, já tinham avisado desde o *Essa imagem é de um croqui comecinho: fartura, aqui, tem e sobra! Incontáveis original e serve apenas como viagens... E os paladares se moldando! Uma variedade referência, pois foram realizadas cada vez mais ampla de ingredientes, receitas e modificações de estética na comidas para todos os gostos. execução da alegoria. Através dos séculos de convivência, portugueses trouxeram diversas sementes, frutas, legumes, verduras, animais, tradições e costumes culinários, que encontraram as tradições e sabores dos daqui. Derramaram-se os caldos de lá nos frutos de cá, e, da união de gostos e sabores, o começo de um Brasil delicioso. Aliás, em cada viagem, também balançando ao sabor das ondas, saídos das páginas de receitas lusitanas, vieram, pregando peças em todos nas embarcações e já preparando misturas cada vez mais inusitadas, os brincalhões e gulosos Trasgos, duendes irreverentes do folclore português (PARAFITA, 1999; 2006), prontos para gracejar constantemente os paladares do Brasil em formação e cozinhar os encantos daqui com os de lá de uma forma bem misturada! Se lá no começo Caminha já tinha avisado que o que se planta dá, não é que deu? Deu delícias e gostosuras únicas e cada vez mais... brasileiras! Caravelas para miscigenar essa folia! Eita tempero bom que eu quero provar!

138 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 (Continuação) Composições: Título: Nobre Corte Esfomeada – Com vontade de novo e CARAVELAS A BAILAR NO com fome na barriga, portugueses e portuguesas aportaram MAR no Brasil já prontos para devorar as delícias daqui misturando-as às de lá! Estima-se que, só em 1808, com a transferência da Corte, cerca de quinze mil bocas vieram de uma só vez procurar novos sabores para a alma e para o corpo (GOMES, 2007). Desde o descobrimento, é um Brasil nascendo, portanto, para matar a fome!

Título: Mestres dos Sabores – Cuidando dos paladares portugueses ao longo das viagens, trazendo seus cadernos de receitas e instrumentos (e mal sabiam que os Trasgos *Essa imagem é de um croqui estavam bagunçando tudo!) Aqui chegaram também os original e serve apenas como cozinheiros da Corte, prontos para cuidar dos víveres e referência, pois foram realizadas alimentar os conterrâneos com saudades de casa, sem modificações de estética na deixar, contudo, de misturar ao mundo de lá o novo de cá. execução da alegoria.

* Tripé 01 As pimentas eram amplamente utilizadas pelos indígenas E TUPÃ ABENÇOOU ESSE da nossa terra como condimento no preparo dos alimentos e SABOR DA ALDEIA! faziam arder vida no céu das bocas famintas! O “quente vermelho” das pimentas temperavam os pratos nativos e logo conquistaram as bocas brancas que aqui aportaram: novos reinos de sabores que destronaram a pimenta-do- reino! (HUE, 2008). Mas pimenta não é só para o corpo, o gosto que mareia. É mais importante ainda: é para a alma! Riqueza milenar! Sábios povos da Amazônia louvam a pimenta como proteção, o monstruoso queimar da força que destrói os perigos! Espanta e protege contra espíritos maléficos da floresta, e transforma as presas em alimentos ao serem estas

benzidas e cozinhadas com muita pimenta (GARNELO, 2007). *Essa imagem é de um croqui Salve a pimenta! Da boca e da alma dos indígenas para a original e serve apenas como nossa mesa e o nosso peito, o patuá que quebra-demandas e referência, pois foram realizadas protege do mau-olhado, abrindo caminhos na Sapucaí para modificações de estética na a União da Ilha! execução da alegoria.

139 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 SABORES DA TERRA Os patos nativos, apresentam as exóticas delícias da terra brasileira! E, lá do tempo dos nossos reis até hoje, acalentam-se as mesas com o famoso pato no tucupi, representante da culinária amazônica dos nossos ancestrais! (HUE, 2008). Encorpado com os condimentos nativos locais chamados genericamente de nhambi (HUE, 2008), era o tempero do pato no tucupi e também do tacacá, a delícia servida nas cuias do artesanato indígena, cuja tradição marajoara se tornou o símbolo máximo dos belos trabalhos. *Essa imagem é de um croqui Eita tempero bom, que todos devem provar! original e serve apenas como Para dar mais caldo nessa mistura, a mandioca, a referência, pois foram realizadas brasileiríssima base alimentar dos indígenas, ajudava modificações de estética na no preparo daqueles pratos, além de ser servida como execução da alegoria. farinha, nos potes artesanais moldados pelas mãos das índias, artesãs que criavam também os totens que escondiam os mistérios dos temperos raros que cuidavam da cura do corpo e da alma... E tudinho vendido em feiras, portas que abriram nossos exóticos cheiros e sabores para o mundo, além, claro, das ervas e potinhos de poções que chamavam a atenção pelas curas que a floresta prometia! Afinal, nas terras tupiniquins, o que se planta dá: delícias e mistérios! Venham provar o sabor sob o cocar! Como disse Câmara Cascudo, “quinhentos anos de uso são credenciais inigualáveis”.

Composições:

Nativa da Amazônia: Mandioca – Domesticada há cerca de cinco mil anos pelos índios tupi, a mandioca era o ingrediente básico da culinária nativa, matéria- prima de várias bebidas e comidas dos indígenas (HUE, 2008). A brasileiríssima rainha das nossas terras fortalecia os corpos indígenas e, até hoje, na fartura do nosso tabuleiro, alimenta milhões de pessoas mundo afora!

140 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 FOGO ACESO NO Com a força e o gosto forte do Dendê, a negritude traz TERREIRO DAS YABÁS magia e segredos legados às Yabás, sacerdotisas do Ajeun. A sabedoria trazida de África guia a escolha dos temperos. Assim, com o auxílio de suas colheres de pau, as Yabassés transformam as heranças dos ancestrais (Site umbandadanatureza.com.br) em comidas deliciosas! Põem lenha no fogão para preparar todas as delícias, para os Santos e para nós!

Da comida de Santo aos pratos como a Moqueca, tradição iniciada na cozinha dos negros escravos *Essa imagem é de um croqui (ALGRANTI, 2000), delícias sem igual! E são com original e serve apenas como esses pratos negros preparados, inclusive, pela referência, pois foram realizadas cozinheira Gabriela, nas páginas de Jorge Amado, com modificações de estética na pitadas de sensualidade de seu cheiro de cravo e execução da alegoria. canela, e influência das Mães Ancestrais, que o negro expressa sua versatilidade e poder na arte culinária brasileira, formador do nosso paladar e cultura alimentar.

Hoje, a tradicional Feira das Yabás do Rio de Janeiro, detentora dos segredos das misturas africanas, mantém viva a chama da culinária negra das escolas de samba.

Composição: 1) Quituteiras de Terreiro, Sacerdotisas do Ajeun Colheres de pau na cintura, magia e tradição africanas no espírito e na mente, preparar os alimentos dos Orixás é a África incorporada marejada à panela com a negritude força da nossa brasilidade. Dos terreiros para as feiras, sob a proteção do branco de Oxalá, as quituteiras também oferecem as delícias às boas bocas desse brasileiro Brasil.

141 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 DOCE CACAU Pro seu prazer...

Nosso gostinho sem igual! Dos doces cacaus, a matéria-prima do pecado das dietas, a Ilha traz a e as emoções das lembranças de infância, quando as tias quituteiras faziam com carinho e alegria as iguarias das festas da garotada, sempre cheias de bolos de... chocolate confeitado, é claro! Munidas com suas colheres e prontas para usar o

açúcar, guardados nos potes desenhados com a arte *Essa imagem é de um croqui que também lembra gostosuras (e não é que Portinari original e serve apenas como pintou cacaus à beça? Talvez fosse vontade de referência, pois foram realizadas chocolate...), repetiam aos famintos ansiosos que o modificações de estética na segredo do bom doce são "duas pitadas de amor... e execução da alegoria. lembre-se, menino, também somos eu e você, juntando a fome com a vontade de comer!". E não nos esqueçamos dos chefs desse Brasil Bom de Boca, também marinados no calor das panelas e lembranças doces de casa, onde o amor pela cozinha nasceu com a panela derretendo as caldas que adocicam a alma. Receitas impossíveis de esquecer!

Composições:

Doces Chefs – Os doces chefs confeiteiros da Ilha salpicam açúcar pela Sapucaí e espalham alegria! Trazem bolos e chocolate à vontade, para matar os desejos e lembranças da alma dos foliões!

A alegria em forma de doces! – Que tal um chocolate? Os doces chefs não param de trabalhar e o requinte do açúcar está servido com o carinho dos bolinhos que nos fazem lamber os dedos! Fazem a Sapucaí ficar mais gostosa!

142 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Severo Luzardo Filho Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 ILHA, PREPARA A MESA Vamos experimentar os sabores de brasilidade que DO BAR, FAZ A FESTA! criamos? E há instituição nacional mais democrática do que o nosso bom boteco? Nele, todos sentam-se à vontade e curtem delícias e bebidas para celebrar! No democrático boteco de gente feliz, que chama o garçom pelo nome, é o Brasil que vem servido de delícias para todos os que nele estão! Está na hora de se esbaldar na brasilidade e promover um banquete à fantasia! Ao som do samba comendo solto, tem tudo de bom aí nesse bar! Nesse verão, o bom mesmo é o gosto de boteco bem servido e de cerva gelada! Até chefs *Essa imagem é de um croqui famosos lá estão para comemorar! original e serve apenas como Venham, então, para o boteco da Ilha! Esplendor do referência, pois foram realizadas Rio e do Brasil, é hoje o dia de comer bem; é hoje o modificações de estética na dia da alegria! execução da alegoria.

143 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 01 Destaque Frontal: Cristiano Morato Desginer de Moda Fantasia: Pero Vaz de Caminha

Destaque Central: Alicia Garcia Empresária Fantasia: Ricos Temperos de Além-Mar

Semi destaque (Direita): Elinor Vilhena Empresária Paraense Fantasia: Nobres Delicias

Semi destaque (Esquerda): André Simões Estilista Fantasia: Sabores da Nobreza

Destaque Central: Leandro Fonseca Empresário Fantasia: Pedro Álvares Cabral

Tripé 01 Destaque Frontal: Rose Barreto Modelo e Empresária Fantasia: Temperos de Cunhã

Destaque Central: Raphael Chagas Empresário Paulista Fantasia: Sabores Nativos

Alegoria 02 Destaque Frontal: Diogo Ribeiro Estilista Fantasia: Tuxaua Tucupi

Destaque Central: Eduardo Bombeiro Fantasia: Sabor da Aldeia

Semi destaque (Direita): Luciana Melani Modelo Fantasia: Jiquitaia-Pimenta em pó

Semi destaque (Esquerda): Marquete Estilista Fantasia: Delícias da Terra

144 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 03 Destaque frontal: Camila Reis Empresária de Dubai Fantasia: Gabriela Cravo e Canela

Destaque central: Victoria Castellano Advogada Fantasia: Forte Tempero

Destaque central 2: Augusto Melo Empresário Fantasia: Herança Culinária Africana

Semi destaque (Direita): Kamilla Queiroz Modelo e Dentista Fantasia: Herança Milenar: Sabores da África de além-mar

Semi destaque (Esquerda): Jecy Almeida Modelo Fantasia: Herança Milenar: Sabores da África de além-mar

Alegoria 04 Destaque Central 01: Almir Alberto Químico Fantasia: Prepara a Mesa que é dia de Festa!

Semi destaque (Direita): Cris Amaranto Promouter Fantasia: Brasil Cacau

Semi destaque (Esquerda): Rossy Promouter Fantasia: Guloseimas

Destaque Central 02: Edmilson Cabral Empresário Fantasia: Doce Prazer!

Alegoria 05 Destaque Central 01: Marilda Lafitte Comerciante Fantasia: Banquete a Fantasia

Semi destaque (Direita): Cris Bueno Juiza Fantasia: Duas Pitadas de Amor

145 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 05 (Continuação) Semi destaque (Esquerda): Dani Lopes Advogada Fantasia: Duas Pitadas de Amor

Destaque Central 02: Flavio Rocha Empresário Fantasia: Academia Brasileira de Gastronomia

Local do Barracão Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Galpão nº. 02 – Gamboa – Rio de Janeiro Diretor Responsável pelo Barracão Luiz Carlos Riente Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Zeli Lanoa Washington Castelinho Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Max Muller Cassio Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Fuka Outros Profissionais e Respectivas Funções

Anderson Fulgêncio - Aderecista de Alegorias (03 e 05) Anderson Douraro - Aderecista de Alegorias (02, 04 e Tripé 01) Wellington de Souza - Aderecista de Alegorias (01 e Tripé Comissão de Frente) Claudinho Guerreiro - Comprador / Ateliê de composições Eduardo Cerqueira das Chagas - Diretor das Alas / Auxiliar de direção Vitor - Vime e palhas Claudinho Sousa - Laminação e reprodução de fibra de vidro Batista - Hidráulicos Alex - Trabalhos em espuma Moisés - Almoxarifado Magrão - Pastelação e emasse André Rodrigues - Assistente de Carnaval / projeto / figurino / arte finalização Prof. Dr. Clark Mangabeira - Pesquisa e defesas Cristiano Morato - Coordenação de destaques Cezinha - Movimentos motorizados

146 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

01 Glória do Café Para abrir o apetite para o nosso Ala Melodia Anna Paula e Brasileiro banquete, a União da Ilha oferece-lhes (Comunidade) Eduardo um bom café! O aroma está no ar! Foi 2004 um oficial aventureiro luso-brasileiro que trouxe algumas sementes da Estandarte de preciosa planta (Site cecafe.com.br). Ouro 2013 Com os mistérios da sua densidade negra, energiza-nos. Hoje, o Brasil é o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor do produto no mundo (Site Cecafe). Antes ou depois da refeição, de manhã ou à tardinha, no bule das avós ou expresso, adoçado, puro, com leite, e de muitas outras formas, o café não sai da nossa mesa.

02 Põe Leite no Mas há quem prefira um café Dançarinos da Leandro Café: Médio, acompanhado... A origem do leite de Ilha Azevedo Pingado ou consumo no Brasil está ligada à (Comunidade) Carioca? exploração do gado trazido durante o 2013 período de colonização (HUE, 2008). Força para as crianças, feito doce para as sobremesas, liga para os bolos, do jeito que o brasileiro gosta! Leite pingado ao café foi o ponto alto de jantares oferecidos pela corte, nos quais era servido por escravos em nobres trajes.

147 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

03 Requinte do Da cana-de-açúcar, o ouro branco, Batuke de Cátia e Carla Açúcar para adoçar os lábios... e a vida! Foi Batom Martim Afonso de Souza quem (Comunidade) trouxe ao país as primeiras mudas 2013 para experimentar cultivá-las, seguindo o preceito de que “aqui se plantando, tudo dá” (FILHO, 2010). Refinado, cristal, mascavo, fonte de todas as doçuras, hoje, o Brasil é responsável por mais da metade de todo o açúcar comercializado no mundo (Site Portal Brasil).

04 Milho: Grãos de Aberto o apetite, algumas iguarias Ala Severo Ouro da terra, moldadas pelas mãos Comunidade Luzardo indígenas, servidas no nosso 2016 banquete! No Brasil, o milho já era cultivado pelos índios antes da chegada dos portugueses, sobretudo pelos índios guaranis, que tinham no cereal um dos principais ingredientes de sua dieta (HUE, 2008; PEREIRA, 2000). Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho incorporaram-se aos hábitos alimentares dos brasileiros: pamonha, canjica, curau, pipoca, bolo e até suco, o amarelo do milho colore a “terra brasilis”!

148 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Abacaxi: Fruta Para os indígenas de língua guarani, Sou Mais Rosa e Cheirosa seu nome significava “fruta Minha Ilha Carlinhos saborosa”, de onde derivou a (Comunidade) Fuzileiro palavra ananás, como são ainda 2006 conhecidas algumas de suas espécies silvestres. Mas foi “iuaka’ti” ou “fruta cheirosa”, outra de suas denominações indígenas, que deu origem à palavra abacaxi em português (HUE, 2008; Site Frutificar). Adocicado e de cheiro embriagante, dizem ainda que é bom para a digestão: o abacaxi povoa a mesa e perfuma os ares brasileiros.

06 Cajus de Sabores Não seria, contudo, um Brasil Bom Ala Beleza Maria Lúcia Inocentes de Boca sem as nossas frutas! Doce Pura e sedutor, os indígenas de fala tupi (Comunidade) habitantes do Nordeste do Brasil já 2014 conheciam bem o caju e faziam dele um de seus mais completos e importantes alimentos (HUE, 2008). Deve-se a eles, inclusive, o nome pelo qual é conhecido em português: a palavra “acaiu”, de origem tupi, quer dizer “noz que se reproduz” (Site Mundo Educação). Consistente a castanha, refrescante a polpa! Do cajueiro, os sumos de um Brasil paraíso de exóticos cheiros e sabores!

149 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

07 Pimenta, a E não nos esqueçamos dos Ala Rita e João Alegria do Gosto condimentos! Queima como fogo na Comunidade língua, arde a paixão dos sabores (2014) dos alimentos! O uso de pimentas era típico de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil, e, aliás, registros arqueológicos indicam que eram cultivadas há 9 mil anos pela América do Sul (HUE, 2008). Prelúdio dos brasileiros sabores picantes!

08 Pacova da Terra Prata, Ouro: tesouro! Da-terra? Da Ala Baianas Tia Bené terra! As bananeiras existem no (Comunidade) Brasil desde antes do 1953 descobrimento. Os portugueses registraram índios comendo este fruto, uma variedade que cozinhavam antes de consumir, chamada “Pacova”, cujo nome pode ser escrito de diversas maneiras: pacova, pakova, paková ou pacoba – sua origem é tupi-guarani e significa “banana” (MOREIRA, 1999; FERRAZ, 2011; Site hridiomas). Da terra, pois, as bananeiras, cujos frutos sensualizam nosso paladar!

150 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

09 Tucunaré Além dos frutos da terra, no Ala Guerreiros Dudú banquete Brasil, das nossas águas, da Ilha muitas delícias! Como habitantes (Comunidade) milenares da nossa terra, os índios 2004 foram os primeiros a criar modos de cozinhar típicos que perduram até os dias de hoje. O Tucunaré é um peixe saboroso que serve de base para vários pratos da culinária indígena difundidos para todo o Brasil. Gosto da água doce e dos saberes indígenas – são eles saciando o Brasil!

10 Melancias de A formação de nossa brasilidade Ala Show da Juçan e Fátima Além-Mar culinária e gastronômica é plural. Ilha No vermelho da melancia, no doce (Comunidade) do seu suco, a história do sangue 2012 negro, especialmente sudanês e Banto. Trazida junto com a dor do tráfico negreiro, a melancia encontrou solo novo no Brasil a partir do Nordeste, esparramando-se ao redor das senzalas, tentando aplacar a fome e a saudade (PAIVA, 2015). É de África que é semeada a terra e os gostos brasileiros.

151 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

11 Acarajés e A Mãe África que nos nutre! Akará Ala Passo Sandra e Azeite de Dendê jé! E, no mito, comer fogo! Da Marcado Ricardo ancestralidade nagô, das regiões (Comunidade) iorubás, chegou ao Brasil, 1998 especialmente à Bahia, o gosto da comida de Xangô e Iansã. Provando- o primeiro do que seu esposo Xangô, Iansã também passou a cuspir fogo, o fogo da força africana e da tradição do bolinho de feijão-fradinho lançado ao Dendê fervendo (BORGES, 2008; MASCARIN, 2013; Site Fundação

Joaquim Nabuco); o fogo do espírito dos escravos que tornaram, nosso Brasil, brasileiro.

12 Abóboras da A terra africana castigada pelo sol; Ala Robson Guiné sua cor laranja, o sol incorporado na Sambacharme terra, a cor do continente. Dessa terra (Comunidade) alaranjada, a herdeira da sua cor, a 2001 abóbora da Guiné – de Quaresma –, trazida no século XVI e disseminada pelo Brasil (HUE, 2008; KALLUF, 2006), tornando-se lembrança da África e encontrando, aqui, novo solo e novas bocas para alimentar, africanizando-os!

152 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

13 Melão: Sorriso de Escorre, doce, pela boca, um sorriso Ala Passistas Andréa Polpa com Dentes de polpa com dentes de sementes. (Comunidade) de Sementes Delícia que nutre terra e gente da 1953 África e das margens do Rio Niger, seu centro de origem. Carregado para o Brasil com a escravidão, o melão adaptou-se à nossa terra, salpicando-a de sabor africano (MELÕES, 2016; MOURA, 2011). Herdeiro, nosso país, hoje, também o provém.

14 Cozinheiros de Um Brasil Bom de Boca, assim, feito Ala Bateria Mestre Ciça Raros Sabores de mãos e bocas negras! Trouxeram, (Comunidade) na boca, o paladar que nos deu o 1953 gosto e o sabor de iguarias e pratos que moldaram nossa gente, que Estandarte de nutriram o Brasil nascente. E nas Ouro 1978, mãos, ao mesmo tempo, a habilidade 1981, 1985, do preparo e da mistura dos 1989 e 2017 ingredientes, e a devoção da fé, os sabores da cozinha ofertada aos Orixás. Negros-cozinheiros-devotos que, temperando o país, prepararam uma nação

153 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

15 Galinha E, se, na África, comida é mistério, Ala Os Incas Amanda e D’Angola nossa herança também é! A cor preta (Comunidade) Fernando salpicada de branco na penugem da 2002 galinha d´Angola (AMARAL, 2007), a iguaria que também é envolta no manto da tradição das brumas da fé africana: “Bicho feito que espanta a morte, Povo de Santo a primeira Iaô”. Força para o corpo e para alma, recebeu, o Brasil, o preparo da galinha para o estômago e os mistérios da sua presença para a alma.

16 Feijoada à Moda Da África ao Brasil, os calos das mãos, Ala Djalma Falcão os caroços dos feijões. O salgado do Solidariedade caldo, as lágrimas da África em dor, (Comunidade) escravizada. A força para o negro 1974 resistir... Comida de escravo! De resistência! De luta! De sobrevivência! Do seio das senzalas (MACIEL, 2005), o prato principal, a identidade culinária brasileira: eis a feijoada, mistura dos negros que trouxeram a África na boca, no corpo e na alma para fundar o Brasil (MARTINS ERNANDES, 2013).

154 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

17 Manga Macia e Brasil Bom de Boca, enfim, de Ala Raízes Cidália Cheirosa muitas bocas! Amarelo do sol, que (Comunidade) alimenta e sustenta a vida, dando o 1972 tom do amarelo manga, da fruta levada ao continente africano por portugueses, onde se adaptou ao calor escaldante e se espalhou para se tornar quase africana (HUE, 2008; SILVA, 2006). Veio para o Brasil no século XVI, da África, tornando-se, então, quase brasileira (JÚNIOR, 2015; FILHO, 2004)! Da África para o Brasil, obra de portugueses e negros, o amarelo que uniu abrasileirando, pela boca, os três povos.

18 Soja: Grão Mas um Brasil Bom de Boca também Ala Águia da Carla e Bianca Majestade para muitas bocas! Nossa brasilidade Ilha alimentícia, fonte para o mundo! E, (Comunidade) para ser saudável, comer bem! 2013 Pensando em saúde, a Ilha também celebra a soja! O Brasil é uma das majestades do grão (Portal Embrapa)! Base de óleos, molhos, leite e até carne, são grãos que, de fato, valem ouro, nos bolsos e nas barrigas.

155 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

19 Protejam Nosso Está na mesa de todo brasileiro! Ala Magia da Carla e Wania Arroz Maior produtor e consumidor de Ilha arroz fora da Ásia (Site (Comunidade) Brazilianrice), o Brasil, assim, enche 2017 sua terra molhada com vastas plantações do apreciado grão, sem nunca deixar de protegê-las com espantalhos para afastar as pragas e até o mau olhado! Nosso amado arroz para saciar os daqui e os de fora.

20 Bom de Bolo e Já sabemos: se plantando, tudo dá.... Ala Sorriso e Marinete e Muito Mais: Mesmo sendo uma cultura de Alegria Heloísa Trigo inverno, o Brasil possui ampla (Comunidade) produção de trigo (CUNHA, 2001), 2013 provando sua vocação como celeiro do mundo. Os belos campos de Estandarte de trigo, para nossos bolos, pães e até Ouro 2016 cervejas, esvoaçando ao vento, resplandecendo ao sol, marca de um Brasil, de fato, Bom de Boca e de plantação!

156 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

21 Poetas do Na sinfonia das plantações que abrem Ala Jorginho Campo as bocas do mundo inteiro ao Brasil, Compositores os poetas do campo escrevem no solo (Comunidade) as marcações para fazer florescer a 1953 força dos alimentos e declamam aos céus poesias em forma de orações para que eles nunca faltem à mesa! Poetas que exalam a poesia da fartura brasileira! Salve o campo que nos nutre!

22 Uvas Brasileiras Os tons de roxo das apreciadas uvas Ala Leila e brasileiras, contra o azul do céu, Empolgação da Michelle principalmente da região Sul e do Ilha Vale do São Francisco, colorindo o (Comunidade) paladar, confortando corpo e alma, às 2015 vezes como suco, outras como fruta, e quase sempre como vinho... Deste, Estandarte de o Brasil é hoje um dos maiores Ouro 2016 produtores do hemisfério sul (CARVALHO et al., 2016).

157 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

23 O Cacau em Figurando como um dos principais Ala Tropical Ricardo Festa produtores de cacau da América (Comunidade) Ribeiro (MENDES et al., 2016), e, 2003 atualmente, como o quinto maior produtor mundial do fruto (Site agrolink.com.br), nosso solo brasileiro prepara a fruta com carinho, deliciosa in natura, e ainda mais quando se transforma em... Chocolate! Nesta avenida, a Ilha serve chocolate à vontade, para adoçar nossa festa e homenagear o cacau!

24 Caipirinha, Para celebrar nossa brasilidade, Ala Alegrilha Eliana Princesa então, levantemos o copo! Limão, (Comunidade) Nacional cachaça e açúcar e temos a bebida 1979 símbolo dessa terra, a princesa nacional! Desce aí uma boa caipirinha, União da Ilha! Sambemos com ela na cabeça! A alegria dando um porre na tristeza!

158 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Pão de Queijo: E nesse Brasil varonil, de tantas Ala Fênix da Júnior e De Majestade estórias e causos, no café da manhã Ilha Anderson Mineira, à ou da tarde (ou em qualquer outra (Comunidade) Imperador do hora, diga a verdade!), um pão de 2013 Brasil queijo, monarca dos lanches, com cheiro de fazenda para forrar o estômago! Brasileiríssimo, saiu lá de Minas Gerais para ser outro símbolo da nossa brasilidade!

26 Guaraná: Topa qualquer parada! Acompanha Ala João Ricardo Marquês das almoço, lanche e jantar! Mata sede e Comunidade Bebidas faz a festa, o guaraná é o marquês 2017 Nacionais das bebidas tipicamente brasileiras, representando nossa brasilidade mundo afora.

159 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

27 Coxinha de Galinha: Na festa da criançada; os Ala Ruth Rainha dos Botecos petiscos dos botecos; nas panelas Sambatuque Nacionais de todas as casas; nos bares e (Comunidade) nas salas; nas cantinas da vida: 2009 ela reina soberana, deliciando- nos com sua simplicidade majestosa! Há algo mais brasileiro do que uma boa coxinha de galinha!?

28 Brigadeiro, Doce Rei Enrolado, na colher ou de Ala Velha- Jurema do Brasil panela; nas casas, nas festas, em Guarda todo lugar! Para comemorar as (Comunidade) doçuras da vida e até para 1953 confortar na travessia das tristezas, é ele o doce rei brasileiro, orgulho nacional: vai um brigadeiro aí?

160 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Severo Luzardo D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

29 Açaí, Príncipe da Vem do Norte o roxo forte que Ala Loucos Luiz Carlos e Amazônia colore, como prato principal ou Pela Ilha Cíntia acompanhamento, o tom da nossa (Comunidade) brasilidade e as nossas bocas! A 1996 bomba energética que tomou conta do mundo explode em sabor Estandarte de brasileiro! Ouro 2016

161 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadavia Corrêa, nº 60 – Barracão nº. 02 – Gamboa – Rio de Janeiro Diretor Responsável pelo Atelier Sonia Santos, Ana Oliveira, Rita de Cássia, Tânia Garcia, José Viana Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Ana Oliveira Jose Viana Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Sonia Santos e Rita de Cassia Edna Outros Profissionais e Respectivas Funções

Alex - Confecção em Espuma Claudinho Guerreiro - Composições Matheus Honório - Placas de Acetato

Outras informações julgadas necessárias

Sonia Santos – Premiações de Melhor Fantasia: Plumas e Paetês - 2008 Estandarte de Ouro – 2008 / 2013 Samba-Net – 2003 / 2004 / 2008

Rita de Cássia – Premiações de Melhor Fantasia: SRZD - 2009 Estandarte de Ouro - 2012 Plumas e Paetês - 2013 Samba-Net – 2001

162 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Ginho, Marcelão da Ilha, Flavinho Queiroga, Júnior, Thiago Enredo Caldas, John Bahiense, André de Souza e Prof. Hugo Presidente da Ala dos Compositores Ginho, Marcelão da Ilha, Flavinho Queiroga, Júnior, Thiago Caldas, John Bahiense, André de Souza e Prof. Hugo Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Celso Jorge Rony Sena (cem) 65 anos 26 anos Outras informações julgadas necessárias

Põe lenha no fogão! O aroma está no ar. Exala a nossa poesia! Caravelas a bailar no mar. Chegam pra miscigenar essa folia. Eita tempo bom. Eu quero provar! Derrama o caldo de lá, nos frutos de cá. Eita tempero bom, eu quero provar Nas terras tupiniquins o que se planta dá. E tupã abençoou esse sabor da aldeia. Incendeia, aguça o paladar. Mergulhei no gosto que mareia. Riqueza milenar

Fogo aceso no terreiro das Yabás ô ô Na mistura a herança dos meus ancestrais BIS Bota água no feijão que o samba esquentou Óôôô na batida do tambor

E na fartura do meu tabuleiro O grão é vida e mostra o seu valor Sinto o cheiro de cravo e canela Vó quituteira mexendo a panela Da nossa terra, um gostinho sem igual Pro seu prazer doce cacau Ilha...prepara a mesa, no bar faz a festa, Servindo um banquete à fantasia Uma receita impossível de esquecer Duas pitadas de amor, eu e você Juntando a fome com a vontade de vencer

Vem provar o sabor desse meu Carnaval! Eu sou a Ilha, sou o prato principal BIS Vou deixar água na boca Provocar uma vontade louca!

163 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

1º SETOR

PÕE LENHA NO FOGÃO! O AROMA ESTÁ NO AR. EXALA A NOSSA POESIA!

“Todos à mesa na Avenida, A refeição será servida: Carnaval quitute pra empanturrar, Ponto de prova da suculenta mistura.”

CARAVELAS A BAILAR NO MAR, CHEGAM PRA MISCIGENAR ESSA FOLIA. EITA TEMPERO BOM. EU QUERO PROVAR! DERRAMA O CALDO DE LÁ, NOS FRUTOS DE CÁ. EITA TEMPERO BOM, EU QUERO PROVAR NAS TERRAS TUPINIQUINS O QUE SE PLANTA DÁ. ”

“Cabral das especiarias, disse um “e aí? ” Culinário para os índios, Oferecendo bolo folhado, mel e presunto cozido. (O peixe morre pela boca...) Os tupiniquins disseram para Caminha: “aqui, em se plantando, tudo dá...” As caravelas, pareciam carros alegóricos... Foi a chegada dos desconhecidos e gostosos...”

2º SETOR

E TUPÃ ABENÇOOU ESSE SABOR DA ALDEIA. INCENDEIA, AGUÇA O PALADAR. MERGULHEI NO GOSTO QUE MAREIA. RIQUEZA MILENAR

“Os de cocar e tanga serviram riquíssima culinária, fruto de seu conhecimento milenar dos sabores da terra... Os tropicais, quentes, pesavam a mão na pimenta... Todas estas exóticas novidades das tradições da floresta foram parar em caboclos mercados, encontro de vários mundos.”

164 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

3º SETOR FOGO ACESO NO TERREIRO DAS YABÁS Ô Ô NA MISTURA A HERANÇA DOS MEUS ANCESTRAIS BOTA ÁGUA NO FEIJÃO QUE O SAMBA ESQUENTOU ÓÔÔÔ NA BATIDA DO TAMBOR

“Mulheres negras Yabás, nas senzalas e na casa grande, fundiram receitas de Portugal com África. E foi aí que a porca torceu o rabo: surgiu a Feijoada, vedete nacional, o feijão ma-ra-vi-lha de tão democrático que era e é, acabou virando símbolo da identidade nacional, porque em volta dele nasceu o samba, e todo mundo é bem chegado, basta saber chegar....

Que rufem os tambores pelo bonde dos negros cozinheiros, sabor da vida...

Foi a partir desta mão africana que consolidamos nossas matrizes simbólicas, quando a comida passou a ter conotações sociais, políticas, religiosas e culturais para quem a provava.”

4º SETOR E NA FARTURA DO MEU TABULEIRO O GRÃO É VIDA E MOSTRA O SEU VALOR SINTO O CHEIRO DE CRAVO E CANELA VÓ QUITUTEIRA MEXENDO A PANELA DA NOSSA TERRA, UM GOSTINHO SEM IGUAL PRO SEU PRAZER DOCE CACAU

“De todos os presentes que a terra brasileira deu ao nosso povo, o maior foi a fertilidade...... o celeiro do mundo numa riqueza de ingredientes de dar gosto. ... Torra e moagem da amêndoa seca de Cacau, um show ímpar do chocolate: nas festas regionais, ritual e nobreza na tradição do sagrado.”

165 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

5º SETOR ILHA...PREPARA A MESA, NO BAR FAZ A FESTA, SERVINDO UM BANQUETE À FANTASIA UMA RECEITA IMPOSSÍVEL DE ESQUECER DUAS PITADAS DE AMOR, EU E VOCÊ, JUNTANDO A FOME COM A VONTADE DE VENCER

“Admita o pecado de quitutes inigualáveis no boteco da esquina com muita caipirinha ... Cada um come o que quer, Paçoca com açaí, guaraná com bolo de rolo, a comilança desvairada está liberada!”

VEM PROVAR O SABOR DESSE MEU CARNAVAL! EU SOU A ILHA, SOU O PRATO PRINCIPAL VOU DEIXAR ÁGUA NO BOCA PROVOCAR UMA VONTADE LOUCA!

“Sou Ilha, sou delícia, Quem prova de meu tempero, repete e não esquece. Sou gente, sou povo, sou Rio! Sou Brasil! Vem, que é hoje o dia, só hoje, de me comer com os olhos...”

166 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Mestre Ciça Outros Diretores de Bateria Serginho, Cesar, Keko, Marcelão, Marco Russo, Maurício, Marcelo, Romildo, Rodrigo, Sidcley, Marquinhos, Mauro, Rogerinho e Leandro. Total de Componentes da Bateria 290 (duzentos e noventa) componentes NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá 12 14 14 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 100 0 45 0 33 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 0 20 20 0 22 Outras informações julgadas necessárias

Repique Mor – 10 Os repiques mor farão um solo em uma das bossas.

Mais antigo Mestre de Bateria das Escolas de Samba do Grupo Especial, Mestre Ciça prova sua genialidade ano após ano, sendo um dos mais respeitados Mestres de Bateria do Carnaval. Desde 2015 à frente da Bateria da União da Ilha, em 2016 resgatou a batida tradicional da Ilha com a Caixa 14 e também o retorno das tradicionais viradinhas do repique da Escola.

Esteve à frente da Estácio de Sá no período entre 1988 e 1997. Em 1998 assumiu a Unidos da Tijuca. Na Unidos do Viradouro comandou de 1999 a 2009 e de 2010 a 2014, na Acadêmicos do Grande Rio.

A Bateria da União da Ilha foi a mais premiada do Carnaval de 2017, conquistando, dentre outros, o Estandarte de Ouro e o prêmio Sambanet.

167 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Valber Frutuoso Outros Diretores de Harmonia Carlinhos, Felipe Sobrinho, Jorge André, Lucas, Marcos Jansen, Maurício Carin, Nanci, Simone, Vinícios, Vitor e participação de todos os Chefes de Ala Total de Componentes da Direção de Harmonia 40 (quarenta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete: Ito Melodia Auxiliares: Marquinhus do Banjo, Nando Pessoa, Flávio Martins, Roger Linhares e Doum Guerreiro Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Violão de Sete Cordas – Rodrigo Cavaco – Neno Martins e Cesinha (Pique Novo) Outras informações julgadas necessárias

Diretor Musical: Mário Jorge Bruno - Técnico de Gravação e Mixagem e Produtor Musical. Já trabalhou com os maiores nomes do Samba e da MPB tais como: Martinho da Vila; Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Bezerra da Silva, Beth Carvalho, Alcione, Marisa Monte, Chico Buarque, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Nana Caymmi, Roupa Nova, e muitos outros.

Grava os discos das Escolas de Samba desde 1982 até os dias de hoje, e produz desde 2003. Foi julgador de Bateria de 1996 à 2002. Sócio Gerente do Estúdio Companhia dos Técnicos onde gravam os maiores artistas do país.

Diretor Geral de Harmonia: Valber Frutuoso - Biólogo e Pedagogo, o pesquisador da Fiocruz Valber Frutuoso foi passista da Unidos da Ponte e começou a trabalhar em harmonia na Grande Rio, no final da década de 80. Ainda na Grande Rio começou a trabalhar com seu grande mestre Laíla, em 1992, – 'Águas Claras para um Rei Negro' – quando a agremiação de Caxias voltou ao Grupo Especial. Em 1993, participou de toda preparação do enredo 'No mundo da lua' que a Grande Rio apresentou, conquistando o 9º lugar mantendo-se no grupo especial. Em 1995 acompanhou Laíla em sua volta para Beija-Flor. Foram 18 anos de trabalho participando diretamente de todos os títulos da agremiação conquistados neste período. Em 2014, chega a União da Ilha e logo no primeiro ano participa do brilhante carnaval “Brinquedos e Brincadeiras” quando a União conquistou o 4o lugar retornando após 20 anos ao desfile das campeãs. Carrega no sangue o DNA de sambista, pois vem de uma família de história no mundo samba. Seu pai foi um dos fundadores do Cacique de Ramos e ex-mestre-sala da Mangueira, é irmão do compositor e intérprete Wander Timbalada, primo do saudoso Almir Frutuoso, sobrinho do também saudoso Beto Pernada um dos mais famosos compositores do Império Serrano além de ser sobrinho e afilhado de Tio Hélio que foi diretor de harmonia da Imperatriz Leopoldinense e da União da Ilha por muitos anos.

168 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

Intérprete Ito Melodia:

Acraílton Forde, mais conhecido como Ito Melodia, intérprete oficial da União da Ilha, é um dos intérpretes mais queridos pelo público da Marquês de Sapucaí.

Não há quem não reconheça o carisma e o talento desse grande intérprete.

Filho de Aroldo Melodia (ícone do mundo do samba e que foi intérprete da agremiação insulana por 36 anos), Ito herdou o grito de guerra “segura a marimba! ”.

Começou a frequentar desde criança a quadra e as rodas de samba na União da Ilha, acompanhando o seu pai. Em 1992, Ito começou a ser preparado para substituir Aroldo.

Em 1996, foi alçado à condição de intérprete principal da União da Ilha, dividindo o cargo com Aroldo para cantar o samba enredo “A Viagem da Pintada Encantada”.

No ano seguinte, já com Aroldo aposentado, Ito foi o protagonista, conduzindo a escola com o samba “Cidade Maravilhosa – o Sonho de Pereira Passos”.

Premiações importantes: Estandarte de Ouro: 2002 / 2010 / 2011 / 2016 / 2017 Tamborim de Ouro: 2011 e 2015 Samba-Net: 2014 Estrela do Carnaval: 2013 2010 Sambario, todos como o melhor intérprete.

169 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Wilsinho Alves – Diretor Geral de Carnaval Outros Diretores de Evolução - Total de Componentes da Direção de Evolução 01 (um) componente Principais Passistas Femininos Soraya Santos, Mayara Rodrigues e Nadine Barcelos Principais Passistas Masculinos Vanberto Carlos e Allan Oliver Outras informações julgadas necessárias

Wilsinho Alves possui vasta experiência no carnaval em diversas fases da cadeia produtiva do espetáculo. Começou no carnaval em 2002 na Unidos do Viradouro. Na função de Diretor de Carnaval debutou no ano de 2007 na Unidos de Vila Isabel lá permanecendo na função até o carnaval de 2014. No Carnaval de 2016 retornou à Unidos do Viradouro para assumir a Direção de Carnaval. Possui diversos prêmios no carnaval, notadamente os títulos de 2004 (Grupo de Acesso) 2006 (grupo especial, na função de superintendente de carnaval) e 2013 (Grupo Especial, nas funções de Presidente e Diretor de carnaval da Unidos de Vila Isabel) e Estandarte de Ouro de Melhor Escola 2012.

Wilsinho Alves assinará pelo segundo ano a direção de carnaval da União da Ilha do Governador.

170 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Djalma Falcão Diretor Geral de Carnaval Wilsinho Alves Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos da Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Tia Bené Total de Componentes Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem da (Nome e Idade) (Nome e Idade) Ala das Baianas 80 Teresa Wilma Graziela (oitenta) 78 anos 40 anos Responsável pela Velha-Guarda Jurema de Castro Total de Componentes Componente mais Idoso Componente mais Jovem da (Nome e Idade) (Nome e Idade) Velha-Guarda 60 Sr. Altair Sonia (sessenta) 86 anos 54 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Cacau Protássio e Rodrigo Santana Outras informações julgadas necessárias

Após o lançamento do enredo e a chancela de diversos órgãos ligados à gastronomia brasileira e sua literatura (SENAC por exemplo que conta com o maior acervo de publicações sobre gastronomia no país), a União da Ilha do Governador recebeu o apoio de chefs de todo o Brasil. Nasceu então uma campanha chamada “#Todos Pela Gastronomia Brasileira”, em um claro ato de apoio à importância que o enredo tem para esses defensores da culinária do nosso país. Esse apoio conta também com chefs internacionais que aportam aqui no Brasil seus restaurantes, que tem como carro chefe o uso de ingredientes típicos nacionais.

171 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Carro 04 Coordenadoras: Destaques: Doces Chefs 01. Ciça Roxo 01. Raiza Costa (NYC-EUA) 01. Angela Sicilia (PA) 02. Ro Gouvea 02. Danielle Dahoui (SP) 02. Fabio Sicilia (PA) 03. Lia Quinderé (CE) 03. Viko Tangoda (SP) 04. João Diamante (RJ) 04. Emerson Pedrosa (RJ) 05. Suzi Clementino (RJ) 05. Bianca Barbosa (RJ) 06. Bárbara Caldo da Nega (RJ) 06. Ana Ribeiro (RJ) 07. Malu Barraca da Chiquita 07. Fernanda Carolina (SC) 08. Clifanny Ferreira 08. Isaias Neries (BA) 09. Philippe Brye (RJ-França) 10. Rafael Barros (SP) 11. Lucas Corazza (SP) 12. Douglas Vanderley 13. Bete Kowesi (SP) 14. Lucilia Filizzola (SP) 15. Daianny de Oliveira 16. Rafael Miranda (MS) 17. Tasso Medeiros 18. Ana Cristina Ferreira 19. Ana Beatriz Leal 20. Adriana Moreira 21. Lawrence 22. Manoel Mathias Neto (SP) 23. Dedê Cesco 24. Marcos Teixeira (SP) 25. Carol Lima (SP-Espanha) 26. Junior Ayoub 27. Alex Gregory

172 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Carro 05 Coordenadoras Chefs convidados 01. Chefe Flávia Quaresma 1. Claude Troisgros (RJ-França) 02. Chefe Kátia Barbosa 2. Laurent Suaudeau (SP-França) 3. Emmanuel Bassoleil (SP-França) 4. Erick Jacquin (SP-França) 5. Roberta Sudbrack (RJ) 6. Mara Salles (SP) 7. Ana Luiza Trajano (SP) 8. Felipe Bronze (RJ) 9. César Santos(PE) 10. Ivo Faria (MG) 11. Danio Braga (RJ-Itália) 12. Tereza Paim (BA) 13. Bel Coelho (SP) 14. Barbara Verzola (ES) 15. Onildo Rocha (PB) 16. Rodrigo Oliveira ( SP) 17. Wanderson Medeiros (AL) 18. Celso Freire (PR) 19. Monica Rangel (RJ-Vis de Mauá) 20. Daniela Martins (PA) 21. Ana Bueno (RJ-Paraty) 22. Paulo Machado (MS) 23. Heiko Grabolle (SC-Alemanha) 24. Felipe Schaedler (AM) 25. Carlos Kristensen (RS) 26. Ariani Malouf (MT) 27. Guga Rocha (AL) 28. Agenor Maia (DF) 29. Roberto Ravioli (SP) 30. Vitor Sobral (SP-Portugal)

Velha Guarda 1. José Hugo Celidônio (RJ)

173 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Márcio Moura Coreógrafo(a) e Diretor(a) Márcio Moura Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 07 08 (quinze) (sete) (oito) Outras informações julgadas necessárias

O Banquete! Desde que o mundo é mundo, comer é um ato de celebração. Nos reunimos à mesa quase como em um ritual. E no início da colonização brasileira não foi diferente. Banquetes eram servidos com as mais interessantes iguarias. A Corte se enfeitava nos moldes europeus e, entre uma dança e outra, degustava os fartos banquetes servidos. E é exatamente esse momento que presenciaremos na Comissão de Frente da Uniao da Ilha do Governador para o enredo Brasil Bom de Boca! Nos deixemos levar para a corte brasileira. Cozinheiras preparam um banquete. Alegria (perfil do povo brasileiro) marca esse momento. Enquanto mexe o tempero na panela, o quadril mexe junto. Mas o cozinheiro chefe está de olho. E vamos seguindo. A hora está chegando! Como em um grande teatro, cozinha se transforma num salão de baile. Cozinheiras dão lugar à nobreza que se espalha em dança pelo salão. Um olho na valsa e um olho na mesa. A " pompa" se desmorona quando o prato é servido! E como sempre comemos primeiro com os olhos !! Ôôôô gula danada! " Eita tempero bom “. Barriga pesada, a corte já não dança, mas, da cozinha vem o molejo transformando excesso de gostosura em bailado. O banquete acabou, mas a alegria está só começando! E vamos em frente por que ainda tem muita comida por vir.

Coreografo: Márcio Moura Marcio Moura é gestor e diretor cênico/coreográfico do Centro Teatral e Etc e Tal uma das mais importantes cias de teatro físico desse país. Nessa trajetória já recebeu mais de 45 prêmios (individuais e coletivos) em festivais nacionais e internacionais. Já se apresentou em todos os estados do Brasil e em países como Alemanha; França, Espanha; Dinamarca; Londres; e Escócia. Coreógrafo da Ore Cia artística; especializada em espetáculos com temáticas africanas. Coreógrafo da Rede Globo de Televisao. No seu currículo empresas como Ford; Natura; Jeunesse; Volkswagen, ja realizarem projetos sobre sua direção coreográfica. Foi coordenador durante 10 anos do Projeto: Homens na Dança do Centro de Artes Nos da Dança de Regina Sauer. Colunista de carnaval do site SRzd um dos mais importantes veículos de carnaval do Brasil. Em.2018 celebra duas datas importantes: 25 anos da Cia e 18 anos de avenida sendo 10 anos a frente de trabalhos coreográficos. Porto da Pedra; Rocinha; Império Serrano, Caprichosos de Pilares, Portela; Estacio de Sá, foram algumas das escolas onde foi responsável por trabalhos coreográficos. Em.2017 recebeu os principais prêmios com a comissão de frente da Estacio de Sá homenageando Gonzaguinha. Em 2018 estreiará a frente do quesito na GRES União da Ilha do Governador.

174 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Phelipe Lemos 28 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Dandara Ventapane 26 anos 2º Mestre-Sala Idade Rodrigo França 30 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Winnie Lopes 25 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: Vale das Rosas e seu Doce Real

Inspirado nas páginas do romance "O Cozinheiro de Dom João VI", de Hélio Loureiro (Esfera dos Livros, 2008), e simbolizando todos os cozinheiros que pisaram na terra nova vindos de Portugal desde a primeira caravela, a Ilha traz para a Sapucaí o maior de todos, o cozinheiro da Corte Portuguesa no Brasil, António de Vale das Rosas, que nos apresenta sua obra-prima, o Doce Real de geleia de rosas que, dizem, chegaria a matar o monarca glutão... Boatos a parte e sem esperar, para já ir adiantando todas as delícias – quem é que não adora comer logo a sobremesa antes de tudo? -, Rosas serve ao público desde já, com muito gosto e maestria, a belíssima Sobremesa Real que nos enche a boca de água e instiga o paladar! Venham provar o sabor que provoca uma vontade louca!

Premiações: Phelipe Lemos – Estandarte de Ouro: 2013 / 2014 / 2016 SRZD: 2014 / 2016 Samba-Net: 2014 Carnavalesco: 2011 Gato de Prata: 2013 / 2014 / 2016

Premiações: Dandara Ventapane – SRZD: 2016

175 Abre-Alas – G.R.E.S. União da Ilha do Governador – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: O Grão é Vida! Na fartura do nosso tabuleiro, o grão é vida e mostra o seu valor! A nobreza da produção do Brasil celeiro do mundo baila a variedade de grãos que é central na nossa vocação agrícola, das sementes da vida douradas que reluzem o ouro da sua própria essência. Refletindo no azul anil do céu, rodopiam os grãos ao sabor do vento, já prometendo, inclusive, futuras safras vindouras de fartura!

Perfil: Rodrigo França – Começou a dançar em um projeto infantil da Porto da Pedra. Desde 2014, desempenha a mesma função na União da Ilha há 4 anos ao lado de Winnie.

Winnie Lopes – Começou aos 6 anos na Miúda da Cabuçu, passou por algumas escolas até 2014, quando foi para a Inocentes de Belford Roxo, como segunda porta-bandeira, hoje, seu 4º ano de desfile pela União da Ilha, desfila grávida de seu primeiro filho.

176

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO

PRESIDENTE REGINA CELI DOS SANTOS FERNANDES

177

“Senhoras do Ventre do Mundo”

Carnavalesco ALEX DE SOUZA

179

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Senhoras do Ventre do Mundo” Carnavalesco Alex de Souza Autor(es) do Enredo Dr. Júlio Tavares, Kaká Portilho, Marina Miranda e alunos do curso de História Geral da África - Instituto Hoju Autor(es) da Sinopse do Enredo Alex de Souza Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Alex de Souza Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Black Women in VAN SERTIMA, Transaction 1984 Todas Antiquity Ivan Publishers

02 Horto, Outros SOUZA, Auta de Editora Edufrn 2010 Todas poemas e ressonâncias

03 Úrsula REIS, Maria Firma Editora O Dia 2008 Todas dos

04 Quarto dos JESUS, Carolina Editora Ática 2014 Todas Despejos, Diário de Maria de uma favelada

05 Aqualtune e as MASSA, Ana Editora Gaivota 2012 Todas Histórias da África Cristina Massa

06 O Destino da África MEREDITH, Zahar 2017 Todas - Cinco Mil Anos de Martin Riquezas, Ganância e Desafios

07 História da África e PEREIRA, Editora Vozes 2012 Todas dos Africanos Analúcia Danievicz; VISETINI, Paulo Fagundes; RIBEIRO, Luiz Dario Teixeira

181 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

08 Religião e Magia DAVID, Rosalie Editora Difel 2011 Todas no Antigo Egito

09 A História do GRIMAL, Nicolas Editora Forense 2012 Todas Egito Antigo Universitári

10 Aurora Egípcia – TEMPLE, Robert Madras 2014 Todas Expondo a Verdade Nua e Crua por Trás do Egito Antigo

Outras informações julgadas necessárias

Filmografia: - DIEGUES, Cacá. Ganga Zumba, Brasil, 1964 - DIEGUES, Cacá. Quilombo, Brasil, 1986 - GRACIANO, Sérgio. Njinga, Rainha de Angola, Angola, 2013

Carnavalescos e carnavalescas. São eles os responsáveis pela concepção, execução e desenvolvimento do enredo. São eles os responsáveis por dar o pontapé inicial naquele ritual que dura quase um ano inteiro e vai desembocar lindamente na avenida iluminada.

São eles que trabalham – sozinhos, em dupla ou em comissões - todo o aspecto visual da escola. Alguns contam com a ajuda de equipes numerosas; outros (espécie em extinção) ainda cumprem o passo a passo do ritual dos desfiles solitariamente.

Descrever a história, roteirizar, desenhar figurinos, criar cenários, fazer a produção, dirigir o show, ver o trabalho pronto na avenida e assistir à catarse coletiva de cerca de quatro mil componentes. Algo fascinante para esse verdadeiro artista da folia.

Após muitos carnavais, a função do carnavalesco cresceu em proporção direta ao processo de transformação de alguns aspectos dos desfiles das escolas de samba. Na corda bamba entre a consagração e o fracasso de uma agremiação, os carnavalescos se enveredam em bibliotecas, na internet ou situações do dia-a-dia na busca de ideias para seus desfiles. Cabe a eles encontrar soluções visuais que causem tamanho impacto para agradar componentes, jurados, comentaristas e público.

182 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Berço das revoluções estéticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o Salgueiro se orgulha de ter dado início a essa profissão. Foi do visionário Nélson de Andrade, ex- presidente da escola, a ideia de convidar artistas plásticos - primeiro o casal Dirceu e Marie Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se aventurarem na doce delícia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos – Joãozinho Trinta, Renato Lage, Rosa Magalhães, Maria Augusta Rodrigues e Max Lopes -, que beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas e, eternamente, por outros carnavais.

Em 2018, o carnavalesco do Salgueiro é Alex de Souza. Estilista de formação, Alex trabalhou no ramo têxtil e como assistente de figurinos para TV antes de se enveredar pelo carnaval. Começou como assistente de Renato Lage, na Mocidade Independente de Padre Miguel. Em 1996, alçou voo solo e fez sua estreia como carnavalesco em escolas dos grupos de acesso. Em 2005, foi campeão do Grupo A pelos Acadêmicos da Rocinha e levou a escola ao Grupo Especial. De lá pra cá, firmou-se na elite do carnaval carioca e passou de revelação a um dos melhores artistas dos desfiles das escolas de samba. Passou por escolas como Mocidade Independente, União da Ilha do Governador e Unidos de Vila Isabel.

Premiado inúmeras vezes, nas categorias figurinos e alegorias, Alex é dono de três Estandartes de Ouro do jornal O Globo de enredo e quatro Prêmios Sambanet, entre outras premiações.

Seus figurinos de 2014, foram selecionados para representar o Brasil na Costume at the Turn of the Century 1990 – 2015 (Figurinos na Virada do Século 1990 – 2015), no Bakhrushin State Theatre Museum, em Moscou, na Rússia, em 2015. Exposição que traz grandes figurinos do teatro contemporâneo, que se destacam pela criatividade. O curador geral do projeto é Dmitry Rodionov, com curadoria-chefe de Igor Roussanoff e curadoria brasileira de Rosane Muniz.

Faz palestras sobre enredo e desenvolvimento em universidades nacionais e internacionais, além de centros de pesquisa como o CETE de Porto Alegre.

Em 2018, Alex de Souza chega ao Salgueiro com a garra de um iniciante para levar a escola ao seu décimo campeonato.

Assistentes de Carnavalesco: Bruno de Oliveira, Ilma Lima e Tiago Vaz.

183 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

"Eu sou o ventre principal, a Terra-Negra, a grande Mãe Universal, a primeira que gera e nutre o mundo, Grande Ya vermelha, cor símbolo da vida, fonte de energia e poder sobrenatural. (.) Fértil, me uno no ritual com o branco, a outra metade da cabaça, formando o Par Vital”.

ARGUMENTO

Há cinquenta e cinco anos, sob o manto vermelho e branco, os Acadêmicos do Salgueiro celebraram a desconhecida história de uma negra mulher. O desfile sobre aquela que se tornou "De escravizada à rainha", marcou para sempre a agremiação e o carnaval brasileiro.

Outras heroínas irão salgueirar. Algumas famosas, outras anônimas, mas todas carregam no gênero e na cor, suas conquistas. Suas histórias serão (re)contadas, num longo espaço de tempo, que vai do alvorecer da espécie humana, até os dias atuais.

SINOPSE

Ela. Brotou do ventre negro da África, seu povo a deu o nome de Dinikinesh (*), seu fóssil de milhões de anos era, aos olhos da ciência, a Eva Africana, que deu a luz à humanidade. A partir daí, a história segue seus passos.

Ela. São bíblica soberana de Sabá, dona do coração de Salomão. Ela. É negra rainha. Regente na Etiópia, construiu palácios, cimentou a cultura e a arte. Contra-atacou os invasores. Foi general da Núbia, liderando exércitos.

Ela. É, no Vale do Nilo, a personificação da autoridade divina, fonte do poder. Guardiã da linhagem real. Como Hórus, lança fogo contra seus inimigos.

Ela. É esposa e Mãe do Egito - a Deusa Ísis - amamentando o divino filho, Hórus, inspiração para a imagem da santíssima Mãe nos primeiros santuários Cristãos. É também Neith, a Deusa mais velha, que fala com a voz atemporal "Eu sou tudo o que foi ou será." E Hathor, autogerada, doadora da vida, protetora dos mortos, deusa dos sentidos.

Ela. É mestre Hypátia de Alexandria, "a última grande cientista mulher da antiguidade".

184 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Ela é Merit Pitah a mulher que cria a medicina e a primeira ideia de casas de maternidade na história da humanidade.

Ela. É guerreira, é Nzingha de Angola, na luta contra o imperialismo português, e que insistia em ser chamada de rei, ao marchar para o campo de batalha com roupa de varão. É Yaa Asantewa dos Ashanti. A Rainha Mãe de Ejisu, em Gana, que lutou contra os britânicos, e ao seu povo declarou: "Se os homens de Ashanti não irão para frente, então vamos todos nós. Nós, as mulheres, iremos." Do lado de cá, é a conselheira Acotirene de Palmares, a sagrada mulher que empossou Ganga Zumba. É Teresa do Quariterê. É Maria Felipa, Luiza Mahin, e muitas outras.

Ela. É a matriarca nestes cafundós coloniais e imperiais. Neste lado do Atlântico, formou novos laços familiares, irmandades negras, sociedades secretas que deram origem a diversas religiões de matriz africana. É a mãe preta, "ama de leite", que amamentava o sinhozinho, que estava com dengo e só queria um xodó. É quem trança as madeixas fazendo cafuné, enquanto canta quadras e conta histórias para ninar. Cantigas cantadas em língua nativa, que citavam itans africanos, perpetuados entre nós.

Criou as feiras livres, nas praças e esquinas. Vendedoras de frutas e legumes, equilibrando seus tabuleiros, cestos sobre a cabeça, as primeiras empreendedoras do Brasil. São as filhas de Oya, que pregoam: Ê e abará! Que descendo a alameda da cidade com seus encantos, de saia rodada, sandália bordada, coberta de contas e balangandãs pisando nas pontas, sabe encantar. A "negra forra", que faturava alguns mil réis, para a compra da carta de alforria das suas irmãs cativas. Doceira, quituteira, quitandeira.

Ela. Que alimenta, no seu tabuleiro tem. Vatapá, Caruru, Mungunzá. Põe na gamela o tempero, machuca a pimenta da costa e mais uma pitadinha de sal, põe farofa de dendê e veja só no que dá. Tem angu e aluá. Também tem Bobó, Acarajé e Efó. E depois o quindim e doce de leite com amendoim.

Quem. Dá fé aos saberes das folhas. Uma doutora ou curandeira. Ervas pra curar, ervas pra benzer. Mas se é canjerê, ela "corta" quebranto, invoca o seu santo para lhe proteger. No axé, ela é Yamin, Preta Velha, Agbá, Mametu, Nochê. Mãe que prepara o ebó para o Oboró e para a Yapeabá. E cultua no Gèlèdè que reverencia e apazigua as Mães Primeiras, as "Senhoras dos Pássaros da Noite", as energias geradoras da vida, e controladoras da morte. Para assegurar o equilíbrio do mundo. Sabe que para o povo africano: "tudo aquilo que o homem vier a conseguir na terra, o será através da mão da mulher".

Ela. Que seguindo os mestres e griôs, na tradição oral africana, fortaleceu as lutas de libertação. E através da palavra escrita, eternizou sua história.

185 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Ela. Autora negra, guardiã dos valores ancestrais, desde Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista do Brasil à Carolina Maria de Jesus, que registrava o cotidiano da comunidade, ao comparar a favela e seus cafofos, ao quarto de despejo de uma cidade. Estas e demais escritoras, superaram imposições sociais ao figurarem o seleto meio literário do país.

Ela. É memória do mundo; deusa; rainha; guerreira; sacerdotisa; feiticeira, a matriarca, que trabalha e sustenta a prole sozinha, seu nome é resiliência. Mãe, irmã, amante e companheira. Velha guarda, baiana, passista, porta bandeira. Ela. Cheia de graça, bendita mulher e seu ventre, com seus formosos pássaros, do alto dos céus, olhai por nós!

Alex de Souza, carnavalesco.

Pesquisa Coordenador Dr. Júlio Tavares

Pesquisadoras: Kaká Portilho, Marina Miranda e alunos do curso de História Geral da África - Instituto Hoju

* Significa "você é maravilhosa" na língua Amharic (semiótica Afro asiática - etiope). O achado arqueológico ficou internacionalmente conhecido como fóssil Lucy, aleatoriamente escolhido pelos arqueólogos europeus.

186 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

Os Acadêmicos do Salgueiro apresentam, em 2018, um enredo em que a mulher negra é a protagonista, considerando-a, verdadeiramente, “Matriarca da Humanidade”.

Em 1974, paleontólogos, descobriram restos do esqueleto de um Australopithecus afarensis fêmea, que viveu há aproximadamente 3,2 milhões de anos. Batizada Lucy, ou Dinikinesh, na língua Amharic, simboliza a grande-mãe, e o continente africano, o berço da humanidade, de onde descendem todos os seres humanos.

Estudos demonstram que historicamente, o papel desempenhado pelas mulheres na África, foi de fundamental importância nas organizações sociais, sistemas de curas e cuidados com a saúde, estética, construção civil, religiosidade, sistemas econômicos e nos valores filosófico e moral, contidos nas estruturas civilizacionais africanas. Este conhecimento é encontrado até hoje, mesmo na diáspora, através das tradições religiosas de matriz africana, nos hábitos e costumes populares, nos jogos e brincadeiras de origem cultural negra.

Regentes lendárias como Makeda, a Rainha de Sabá, conhecida na Bíblia como a que comoveu o coração do Rei Salomão. Makeda teria iniciado a linhagem Salomônica dos Reis da Etiópia.

O enredo relembra a linhagem de Rainhas Negras – Candaces (do Meroítico “Kentake”, que significa Rainha-Mãe) como governantes independentes, que erigiram magníficos palácios e túmulos, dando início a um renascimento cultural que produziu alguns dos melhores exemplos da arquitetura e arte Meroítas. Vitoriosas comandantes que contra-atacaram os invasores romanos.

A regência de Kemet (Egito) era “uma situação de equilíbrio: o homem era a personificação da autoridade divina, a mulher a fonte de seu poder” A rainha era a guardiã da linhagem real.

Hatshepsut é conhecida como a rainha guerreira, agressiva, avassaladora, era uma dinasta de nascença. Organizou expedições comerciais em vez de campanhas militares. Vestiu traje masculino, ostentou uma barba, e ainda se referia a si mesma, e insistia em ser referida, como ele.

Contrastando o mito africano de Osíris e Ísis, com o mito bíblico e patriarcal de Adão e Eva, a mulher na África não era vista como uma costela ou apêndice do homem, mas como seu Igual Divino.

Esposa e Mãe do Egito, Ísis - A madona Negra original seria inspiração para o cristianismo.

Os quadros e esculturas, em que ela é representada no ato de amamentar Hórus formaram a base para as pinturas cristãs da Madona e a “Criança”. 187 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

As três Deusas Africanas que exerceram a maior influência nos tempos antigos, não apenas na África, mas na Grécia, em Roma, na Creta Minóica, na Fenícia, em partes da Ásia, até mesmo (em alguns casos) nas ilhas Britânicas: Ísis, Neith, e Hathor, exerceram no coração continental, a formação de mitos religiosos e filosóficos que praticamente influenciaram todo o mundo.

As histórias de duas mulheres: Nzingha de Angola e YaaAsantewa dos Ashanti são capítulos importantes na luta contra o imperialismo português e britânico na África. Nzinga, rainha de Ndongo (Angola), assim como Hatshepsut, proibiu seus súditos de chamá-la de rainha. Ela insistia em ser chamada de rei e marchou para a batalha na roupa de um homem. Combateu os portugueses toda a sua vida, falhou na sua missão de expulsá-los, mas despertou o primeiro movimento nacionalista, na África Centro-Ocidental.

YaaAsantewa, a Rainha Mãe de Ejisu, em Gana, alimentou a mesma chama fumegante. Ela se ergue para envergonhar os chefes: “Se os homens de Ashanti não irão para frente, então vamos nós. Nós, as mulheres, iremos... Nós iremos combater os homens brancos”. Era o início de uma guerra que estava para levar à sua captura e deportação, mas ela reviveu o espírito de orgulho e resistência entre seu povo.

Separadas de seus pais, irmãos, tios, primos, as mulheres negras em condição de escravizadas não podiam reconstruir sua rede familiar consanguínea deste lado do Atlântico. Inicia-se então a construção de novos laços familiares onde o que une os negros é sua africanidade. Povos diversos oriundos de distintas localizações do continente africano constroem uma unidade cultural em que a diversidade é o princípio que norteia a fusão. Aproximando linguística e costumes semelhantes, nasce um elo de solidariedade e reorganização social em “terras estranhas”.

Surgem inúmeras irmandades que dão origem a diversas religiões de matriz africana, além de laços com a igreja católica.

Como quitandeiras as “negras forras”, empreendedoras natas, organizarem-se economicamente, demonstrando sua alta capacidade de gestão e planejamento financeiro, traçando metas que alcançaram ao comprar as cartas de alforria de meninas e mulheres escravizadas, demonstrando assim um comprometimento com os valores ancestrais africanos. Libertas as mulheres significava manter viva a comunidade negra e sua descendência.

A organização das feiras livres, dos tabuleiros nas praças e esquinas que deu origem aos ambulantes, doceiras, quituteiras… é apenas uma pequena parte do legado das mulheres negras em nosso país.

Dá fé aos saberes medicinais, sabores, linguística, música, ciências, tecnologias, gestão, comportamento, corporeidade, musicalidade, que de geração em geração, continua sendo inovadora nas práticas sociais brasileiras e trazendo soluções para muitas de nossas demandas atuais no caminho da construção de uma sociedade pautada na igualdade.

188 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Um dos mais controversos mitos fundadores africanos, presentes também na cultura afro- brasileira, é o Mito fundador das Yamis Osorongás. Tidas como energias geradoras da vida e controladoras dos territórios das mortes, as mães ancestrais, exercem o poder que não pode ser controlado. As Senhoras Osorongá, são representadas pela coruja, animal cujo mistério simboliza que se trata de energias que devem ser constantemente apaziguadas, e, portanto, não são representadas nem pelo bem e nem pelo mal. As Òsúns mais antigas que existem...

As mulheres, especialmente nas sociedades antigas, tinham inúmeros recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidissem não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Ìyàmì: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe todo poderosa, mãe do pássaro da noite.

Nossa comprovada oralidade africana deixou-nos através dos mestres e griôs um legado ancestral que fortaleceu nossas lutas de libertação. Hoje o movimento negro brasileiro após muitas batalhas tem inúmeras conquistas de ações afirmativas que colocou o saber ancestral negro dentro da academia.

Escritoras negras têm descrito inúmeras formas de preservar a nossa história e dar visibilidade a nossa poética, nossos contos, nossa literatura, ainda que não reconhecidas pela academia em vida. Temos como exemplo a querida escritora favelada Carolina Maria de Jesus e muitas outras que trazem a tona as lutas do povo negro, a alegria e criatividade das gentes pretas em nosso país.

Essa matriarca, negra, mulher, inspirou as muitas escritoras negras brasileiras a superarem imposições sociais e a figurarem no seleto meio literário de nosso país: Maria Firmina dos Reis (a primeira romancista negra do Brasil), Auta de Souza, Antonieta de Barros e Carolina de Jesus, são expoentes dentre as muitas talentosas escritoras que têm deixado seu legado para a cultura brasileira.

Apesar da perene competição e supressão ocasional ou perpétua pelo homem, o seu papel na história e desenvolvimento da civilização tem sido de extrema importância. Provar isto não é fácil, já que uma grande parte da História teria de ser reescrita com uma ênfase e orientação diferentes. Esperamos que este enredo seja um dos capítulos de abertura nesta nova história.

Este matriarcado que antecede qualquer luta feminista iniciada na década de 1960, demonstra que a luta das mulheres negras, traz em si a marca de libertação de um povo que foi subjugado e condenado à escravização. Seja como organizadoras dos sistemas sociais dos movimentos de resistência contra a escravização dos Quilombos, seja na construção e organização estrutural das religiões de matrizes africanas, seja na organização comunitária das favelas, as mulheres negras têm lutado, resistido, se adaptado e construído um mundo melhor para a comunidade negra em nosso país.

189 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

ABERTURA – A MÃE

Comissão de Frente O MISTÉRIO DA VIDA

1º Casal de Guardiões Mestre-Sala e Porta-Bandeira Guardiões ARTE ARTE RUPESTRE Sidclei Santos e Marcella Alves RUPESTRE PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE

Destaque de Chão Tia Glorinha A MÃE SALGUEIRENSE

Ala 01 – Ala das Baianas A GRANDE YA VERMELHA

Abre-Alas – Alegoria 01 O ÉDEN AFRICANO

1º SETOR – A RAINHA

Ala 02 – Ala dos Guerreiros SÚDITOS DE SABÁ

Ala 03 – Ala dos Estudantes TESOUROS DO CORTEJO DE MAKEDA

Destaque de Chão Fernanda Figueiredo RAINHA DE SABÁ E SEU SÉQUITO

Ala 04 – Ala DNA Salgueirense METALURGIA

190 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Ala 05 – Ala Furacão A DERROTA DOS INVASORES ROMANOS

Ala 06 – Ala dos Negões GUERREIROS KUSHITAS

Ala 07 – Ala das Mariposas RAINHAS CANDACES

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Vinícius Pessanha e Natália Pereira IMPÉRIO MEROE

Destaque de Chão Kamilla Carvalho RAINHA DE KUSH

Tripé TEMPLO MEROÍTA

2º SETOR – A DEUSA

Ala 08 – Ala Pura Simpatia SACERDOTES DE KEMET

Destaque de Chão Carlinhos Salgueiro TAHARQA, O FARAÓ NÚBIO

Ala 09 – Ala do Maculelê SEGUIDORES DE HÓRUS VIVO

Rainha de Bateria Viviane Araújo HATSHEPSUT

Ala 10 – Bateria 25ª DINASTIA – OS FARAÓS NEGROS

191 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Ala 11 – Ala de Passistas ÍSIS E OSÍRIS

Ala 12 – Ala Odisseia HONRA A NEITH

Ala 13 – Ala do Lalá ADORADORES DA DEUSA HATOR

Destaque de Chão Mônica Nascimento DEUSA NEITH

Alegoria 02 KEMET – A TERRA NEGRA

3º SETOR – A GUERREIRA

Ala 14 – Ala Folia Salgueirense GUERREIROS DE NGINGA DE ANGOLA

Ala 15 – Ala Amigos que Amam o Salgueiro SOLDADOS DE YAA ASANTEWA

Ala 16 – Ala Narcisa PALMARES DE ACOTIRENE

Ala 17 – Ala Zé Carioca O QUARITERÊ DE TEREZA

Ala 18 – Ala Zuk A INDEPENDÊNCIA BAIANA DE MARIA FELIPA

Ala 19 – Ala Divina Folia A REVOLTA DOS MALÊS DE LUIZA MAHIN

192 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Destaque de Chão Edcléia Escafura PANTERA NEGRA

Alegoria 03 A ETERNA LUTA

4º SETOR – A LABORIOSA

Ala 20 – Ala Tati VENDEDOR DE LEGUMES

Ala 21 – Ala Gaia VENDEDOR DE FRUTAS

Ala 22 – Ala Raça Salgueirense RECEITA DE EFÓ

Ala 23 – Ala Explode Coração QUITUTES

Ala 24 – Ala Amizade Salgueirense COCADAS E QUINDINS DE IAIÁ

Ala 25 – Velha Guarda IRMANDADES NEGRAS

Destaque de Chão Gracy Benetti PITADA FACEIRA

Alegoria 04 COTIDIANO DE VELHOS BRASIS

5º SETOR – A SACERDOTISA

Ala 26 – Ala Alegria Salgueirense SABERES DAS FOLHAS

193 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

Ala 27 – Ala Minha Paixão, Minha Raiz A PRIMEIRA YAÔ

Ala 28 – Ala Fúria Salgueirense YAPEABÁ

Ala 29 – Ala Show de Bola MÁSCARA GELEDÉ

Ala 30 – Ala Juntos e Misturados MISTÉRIOS DA NOITE

Destaque de Chão Bianca Salgueiro CANJERÊ

Alegoria 05 GELEDÉ

6º SETOR – A LITERATA

Ala 31 – Ala Inflasal O ROMANCE ABOLICIONISTA DE MARIA FIRMINA

Ala 32 – Ala Os Reis da Boêmia POESIAS SIMBOLISTAS POR AUTA DE SOUZA

Ala 33 – Ala dos Compositores ANTONIETA DE BARROS – A JORNALISTA

Ala 34 – Ala Família Salgueirense QUARTO DE DESPEJO – O DIÁRIO DE CAROLINA DE JESUS

Destaque de Chão Rafaela Dias DA COR DA RAÇA

Alegoria 06 A ACADEMIA

194 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 ÉDEN AFRICANO O Abre-Alas do Salgueiro remete à Grande Mãe, a Eva Africana. É dela, surgida no ventre da África, que descendem todos os seres humanos. Batizada como Dinikinesh por seu povo, ela é representada por uma grande escultura e traz em seu ventre a Terra, com o continente africano ao centro. A Grande Mãe está no Éden Africano, em meio à fauna local e à árvore da vida. A gama dos vermelhos do Abre-Alas sugere a Terra, de acordo com a vertente espiritual Yorubana da criação do mundo. Detalhes decorativos da arte africana estão presentes, pontuando e complementando a alegoria.

Destaques: Maurício Pina (central baixo) – Árvore Sagrada Maria Helena Cadar (central alto) - Matriáfrica Composições Femininas: Árvore da Vida Performance: A Gestação da Humanidade

* Tripé O tripé tem linhas arquitetônicas da antiga cidade de TEMPLO MEROÍTA Meroe, capital do Império de Kush. As esculturas de carneiros representam o deus Amun, cultuado pelos Kushitas e considerado rei dos deuses egípcios e força criadora da vida. O Templo Meroíta traz ainda estandartes de legiões romanas, que foram derrotadas pelo exército de Kush e complementam o elemento cenográfico.

Semidestaques: Cristiane Alves – Candace Ailton Graça – Rei Netek - Amen

195 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 KEMET – A TERRA NEGRA A opulência e riqueza do Egito, ou Kemet – a Terra Negra, está presente na segunda alegoria do Salgueiro, que traz referências às deusas egípcias. Ísis, amamentando seu filho, Hórus, é a inspiração para a imagem da Santíssima Mãe nos primeiros santuários Cristãos; Merit Pitah, mulher que cria a medicina e a primeira ideia de casas de maternidade na história da humanidade, vem representada nas laterais da alegoria; e Hathor, a Deusa que se autogerou, doadora da vida, protetora dos mortos, deusa dos sentidos, é representada pela vaca negra, também presente no carro alegórico.

Destaque: João Hélder (central alto) – Osíris Semidestaque Masculino: Marcelo Gonçalves (central médio) – Senhor dos Céus Semidestaque Feminino: Giselly Villela (central baixo) – Rainha do Nilo Composições Femininas: Princesas de Kemet Composições Masculinas: Hórus

03 A ETERNA LUTA Mulheres negras que se destacaram na história como guerreiras na luta contra o imperialismo português, os britânicos ou mesmo contra a privação da liberdade no Brasil. É esta a inspiração para o terceiro carro do Salgueiro. Uma homenagem à eterna luta. Uma alegoria à guerra e à morte vivida por estas mulheres. Decorada como escudos africanos, lanças, tambores e canhões em forma de cavalos, a alegoria tem a presença de guerreiras e guerreiros africanos e de soldados, representando os impérios colonizadores.

Destaque: Monique Lamarque (central alto) – A Grande Guerreira Semidestaque Feminino: Iza - No Reino de Matamba Semidestaque Masculino: Daniel Zarmano – Chefe da Tribo Composições Especiais: Guerreiros Composições Femininas: Espírito Guerreiro Composições Masculinas: Invasores Europeus

196 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 COTIDIANO DE VELHOS Na saga de nossas matriarcas, chegamos aos cafundós do BRASIS Brasil e à quarta alegoria da escola, que representa as cenas de rua dos tempos coloniais e imperiais, tão bem retratadas por Jean-Baptiste Debret em suas aquarelas. O cenário é uma representação do Terreiro de Jesus, no Pelourinho de Salvador, e o cotidiano de velhos Brasis, com sua arquitetura em detalhes – o grande chafariz e os postes – e de personagens, como as aguadeiras, vendedores de frutas, de aves, e de quitutes, ervas e especiarias (personificados por parte da Velha Guarda da escola). Na parte de trás da alegoria, a imagem de uma senhora negra, vistosa, com suas joias e a penca de balangandãs.

Destaque: Elton Oliveira (central alto) – O Mercador de Rua Semidestaque: Bia Vaz – Monumento à Deusa Ceres Personagens: Irmandade Negra (Velha Guarda) Composições Femininas: Mucamas Composições Femininas: Aguadeiras Composições Masculinas: Vendedores

05 GELEDÉ A quinta alegoria do Salgueiro representa a máscara Geledé, utilizada nos Festivais que reverenciam o poder criador feminino. Nas máscaras Geledés, quase sempre estão representados pássaros e serpentes, que formam a expressão visível do corpo de Ya Mi Osoronga. O carro traz ainda esculturas de mulheres grávidas, características da arte yorubana, e que estão relacionadas ao culto às Mães Ancestrais, as Ya Mi Osoronga. Elas, as Senhoras dos Pássaros da Noite, são simbolizadas pela grande coruja que se destaca no carro alegórico.

Destaque: Naldo Cavalcanti (central alto) – O Culto do Oculto Semidestaque: Simara Sukarno (central baixo) - Feiticeira Performance: Delma Barbosa e Stephanie - Pássaros Composições: Mascarados

197 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 A ACADEMIA O Salgueiro encerra seu desfile, E traz, na última alegoria, uma Pietà negra, com seu filho nos braços, simbolizando o sofrimento das mães que perderam seus filhos na violência urbana, tal qual a Pietà de Michelangelo, que traz Jesus nos braços da Virgem Maria. A escultura sai dos livros que retratam a realidade das comunidades carentes, como “Quarto de Despejo - o diário de uma favelada”, escrito por Carolina Maria de Jesus. São escritoras como ela que, por meio da palavra escrita, eterniza a história dos valores ancestrais da mulher negra. O carro traz ainda livros e bustos em homenagem às mulheres que fizeram a história do Salgueiro, em uma ambientação que mistura o estilo clássico com o desenho africano, para imortalizar estas mulheres na grande Academia.

Destaque: Itamar Almeida (central alto) – Africanidade na Academia Semidestaque: Mahany Pery (central baixo) – A Xica que Manda do Morro do Salgueiro Composições Masculinas e Femininas: A Tradição da Academia

198 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Maurício Pina – Alegoria 01 (Abre-Alas) Cabelereiro

Maria Helena Cadar – Alegoria 01 (Abre-Alas) Empresária

João Hélder – Alegoria 02 Cirurgião Plástico

Monique Lamarque – Alegoria 03 Atriz

Elton Oliveira – Alegoria 04 Bancário

Naldo Cavalcanti – Alegoria 05 Estilista

Itamar Almeida – Alegoria 06 Administrador

Local do Barracão Rua Rivadávia Correa, 60, - Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290 Diretor Responsável pelo Barracão Alexandre Couto Leite Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Sandro Chaves Maciel Edson de Lima Miguel (Futica) Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Kennedy, Everson e Rodrigo Bonan Cássio Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Allan Carvalho Marcos Paulo do Nascimento Outros Profissionais e Respectivas Funções

Adalberto Ferreira (Salsicha) e Maximiliano - Aderecista de Alegorias Alan Carvalho - Iluminação Bruno Placas - Placas João Thomas de Aquino - Fibras Caprichoso - Movimentos Jeferson Luis - Empastelação Cássio - Pintura de Arte Paulo e Almir - Arames Vitor - Vime Hildenberg Batista - Talhas hidráulicas Hélio da Silva Santiago - Almoxarife Paulo Henrique Caetano - Comprador Flavia Cirino - Assessora de Imprensa Sidney e Henrique - Brigada de Incêndio Marcos Amendola, André Anderson e Kléber - Portaria Daniel - Serviços Gerais Aline Sundin - Secretária Administrativa e Executiva

199 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

01 A Grande Ya As baianas do Salgueiro, mães Ala das Maria da Vermelha fundadoras da escola, vêm Baianas Glória Lopes representando as “Ya Vermelhas”, (1953) de Carvalho mães primeiras da humanidade. (Tia Glorinha) Mulheres que fecundaram a savana africana há milhares de anos, gerando toda a raça humana. Ya, cujo nome significa Mãe Terra. Grande Ya vermelha, cor que representa a terra, que representa a vida. Vermelho, cor que representa o Salgueiro.

02 Súditos de Sabá Sabá era um reino afortunado, Ala dos Robson situado entre terras africanas e Guerreiros Santana árabes. Nos séculos XII e VII a.C., (2003) este reinado controlou as rotas das caravanas de transporte e o comércio de incenso, mirra, especiarias e café. Sua rainha, Makeda, era uma soberana, adorada pelos seus súditos.

03 Tesouros do Em busca de sabedoria, Makeda, a Ala dos Joaquim Cortejo de Rainha de Sabá, que já ouvira Estudantes Jaime Santos Makeda maravilhas sobre Salomão, ordenou (1960) Fróes Cruz que uma caravana a levasse a Jerusalém para conhecê-lo. A rainha carregou consigo diversos presentes para o rei, entre eles o ouro de Sabá. Ao adentrar o suntuoso palácio, Makeda ofertou a Salomão pedras preciosas, especiarias, ouro e marfim como sinal da riqueza de suas terras.

200 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

04 Metalurgia Um dos principais responsáveis pelo Ala DNA Nivaldo Rosa desenvolvimento e riqueza do Salgueirense Ferreira Império Kushita foi o domínio das (2003) técnicas da metalurgia, habilidade herdada dos povos núbios. Os habitantes de Meroé, capital do Império, sabiam, como poucos povos da antiguidade, extrair e fundir metais, entre eles o cobre e o ferro.

05 A Derrota dos A prosperidade do Império Kushita Ala Furacão Flávio Invasores atraiu a cobiça do Império Romano, (1997) Figueiredo Romanos maior força militar da época, que, após tomar o Egito, ameaçou uma invasão aos kushes. KenakeAmanishaketo, rainha guerreira da Núbia, ordenou o ataque aos invasores e sua filha, Akinkad, liderou a vitoriosa campanha contra os exércitos romanos. O leopardo, símbolo do Império Kushita, é a representação da vitória. A típica coroa dos reinos do sul do Egito substitui a galéa, capacete romano que aparece sobre os ombros em sinal de derrota.

201 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

06 Guerreiros Utilizando táticas de guerra jamais Ala dos Émerson José Kushitas vistas na região, os guerreiros Negões dos Santos kushitas se destacaram por terem (2004) sido habilidosos soldados e arqueiros e os primeiros a utilizar armas de ferro. O domínio dessa os tornou um exército poderoso e vitorioso.

07 Rainhas Ao sul do Egito, banhado pelo Nilo, Ala das José Roberto Candaces havia o Império Meroe, governado Mariposas Sabino (Beto) por uma dinastia de soberanas negras (2010) que exerciam o poder civil e militar. Imortalizadas como Rainhas Candaces, estas bravas guerreiras nasceram sob o signo da coragem para ocupar posição de poder e prestígio. Numa conexão com as tradições matriarcais da África, reinavam sobre seu povo por direito próprio, e não na qualidade de esposas.

202 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

08 Sacerdotes de Guardadores dos segredos das Ala Pura Regina Celi Kemet ciências e conhecedores das Simpatia dos Santos características e funções dos deuses (2008) Fernandes egípcios, os Sacerdotes de Kemet (que significa Terra Negra, como o Egito era chamado na época dos Faraós) eram responsáveis pela administração das riquezas e dos bens dos grandes e ricos templos A fantasia da ala, tem no resplendor a Uraeus, deusa-serpente, símbolo de realeza e autoridade divina e na mão a sagrada Cruz Ansata, combinação da cruz oval de Ísis com a cruz Tao de Osíris, que juntas simbolizam a vida, a unidade fundamental.

09 Seguidores do Na mitologia egípcia, Hórus é a Ala do Carlos Borges Hórus Vivo divindade dos céus, a manifestação Maculelê (Carlinhos do poder do sol. Filho de Ísis e (2008) Coreógrafo) Osíris, Hórus é representado por um falcão e sob suas asas está o circuito do céu. Os seguidores de Horus vivo acreditavam que os Faraós eram sua encarnação e também responsável por combater o mal, trazer a luz, a força, zelar pela prosperidade e, sobretudo, assegurar o equilíbrio das energias do mundo.

203 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

10 25ª Dinastia – Os Em 770 a.C., Piye, rei da Núbia, Bateria Marco Antônio Faraós Negros partiu com suas tropas em direção (1953) Silva (Mestre ao Norte do Rio Nilo até chegar à Marcão) cidade egípcia de Tebas. Ao longo de um ano, o rei núbio travou batalhas e derrotou todos os chefes guerreiros do Egito, tornando-se o Senhor de Duas Terras (Núbia e Egito). Começava ali a 25ª Dinastia - os Faraós Negros. Com o importante papel de reunificar um Egito fragmentado, os Faraós Negros tiveram em Taharka, etíope e filho de mãe negra, um de seus maiores representantes.

11 Ísis e Osíris A Ala de Passistas do Salgueiro vem Ala de Carlos Borges para a avenida com muito samba no Passistas (Carlinhos pé para representar dois dos mais (1953) Coreógrafo) importantes deuses da mitologia do antigo Egito: Ísis e Osíris. Ele, rei dos homens, o primeiro e melhor Faraó, que ensinou a agricultura, as leis e a civilização ao seu povo; ela, sua esposa e irmã, dotada de poderes mágicos. Mãe do Deus Horus, Ísis recebeu dos egípcios os epítetos "Grande deusa Mãe" e "Força fecundadora da natureza" e "deusa da maternidade e do nascimento". Sua imagem, amamentando Horus, foi inspiração para a imagem da santíssima Mãe nos primeiros santuários cristãos.

204 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

12 Honra e Neith “Abridora de Caminhos”, Ala Odisseia Roberto “Caçadora”, “Senhora do Oeste”. (2003) Moreira Assim era conhecida Neith, Deusa Barcelos criacionista que se autogerou. Conta a lenda que Neith, cujo nome quer dizer “eu venho de mim mesma”, emergiu das águas do Nilo e seguiu o curso do rio em direção ao mar até alcançar o Delta, dando forma à cidade de Sais, da qual virou protetora. A fantasia da ala traz nos ombros o crocodilo, representando o Deus Sobek, que foi amamentado por Neith.

13 Adoradores da Uma das mais antigas e mais Ala do Lalá Jaime Shrur Deusa Hathor veneradas pelos habitantes das (1990) margens do Rio Nilo, a Deusa Hathor, deusa-mãe e modelo divino da feminilidade e da fertilidade. Hathor tinha a maternidade e o dom do aleitamento como suas propriedades principais. Seus adoradores a cultuavam inclusive em uma das suas representações: a vaca, em meio a papiros, simbolizando a maternidade, fertilidade e renovação, com chifres e adornos sobre a cabeça, imagens representadas na fantasia da ala.

205 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

14 Guerreiros de Nossa fantasia é uma celebração à Ala Folia Edson Alves Nginga de rainha Nginga, que nasceu Nzingha, Salgueirense dos Santos Angola no Ndongo Oriental (atual Angola), (2017) em 1582. Com a morte do irmão, torna-se a Rainha de Ndongo. De personalidade altiva, discutia acordos de respeito à soberania do seu reino, expressando-se em língua portuguesa com perfeição. Graças ao domínio do idioma, ela conseguiu vitórias diplomáticas contra o império luso. Vestia-se com roupas masculinas e não admitia indisciplina entre os seus comandados. Os guerreiros de Nginga de Angola vêm para a avenida com seus trajes de luta, mesclados aos símbolos do derrotado imperialismo português no escudo.

15 Soldados de Yaa Yaa Asantewaa foi rainha do território Ala Amigos José Carlos Asantewa Ashanti, que hoje é parte de Gana. Em que Amam o Ferreira 1900, liderou a batalha conhecida Salgueiro Cardoso como “guerra das fezes de ouro”, (2003) contra o colonialismo britânico. Ao seu povo, declarou: “se os homens de Ashanti não vão para a frente, então vamos nós. Nós, as mulheres, iremos”! A fantasia de guerreiro tribal, com os símbolos Adinkira (uma forma de linguagem com ideogramas que representam ‘força’), a máscara da arte Ashanti e a famosa ourivesaria, representando o interesse britânico pelas ricas jazidas da região.

206 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

16 Palmares de Quando os Jagas invadiram o Congo, a Ala Narcisa Luiz Fernando Acotirene princesa Acotirene, filha do rei do (1990) Martins Kaden Congo, foi para a frente de batalha defender o reino, comandando um exército de 10 mil guerreiros. Derrotada, foi escravizada e levada para o Recife. No cativeiro, organizou sua fuga e a de alguns escravos para o Quilombo dos Palmares. Acotirene começa, então, ao lado de Ganga Zumba, a organização de um estado negro, que abraçava povoados distintos confederados sob a direção suprema de um chefe. A fantasia revela o poder de rei do quilombo dado por Acotirene a Ganga Zumba, que, ao se tornar rei, incorpora Xangô representado pelo Oxé levado na mão. O lado esquerdo da fantasia traz a indumentária dos soldados brancos do século XVII que lutaram contra Palmares.

17 O Quariterê de O Quilombo do Quariterê surgiu no Ala Zé Carlos Cezar Tereza atual estado do Mato Grosso, por volta Carioca Bonfim de 1750. Foi criado por negros que (2003) Campos conseguiram fugir das senzalas da região e indígenas que sobreviveram às bandeiras. Tereza, sua líder, era uma negra de origem bengalesa e criou um sistema muito próximo do parlamentarismo. Ela era a rainha do Quilombo, mas suas decisões eram submetidas a um Conselho de Estado. A fantasia representa a mistura de traços africanos e indígenas do pantanal que tornaram este polo de resistência tão singular

207 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

18 A Independência Maria Felipa de Oliveira nasceu Ala Zuk Roberto de Baiana de Maria escrava, mas, depois de liberta, colocou (1999) Vasconcellos Felipa a liberdade como o valor maior de sua Dias vida. Desejava um Brasil livre da dominação portuguesa, responsável pela escravização do povo. Engajou-se na luta pela independência, acompanhando a movimentação das caravelas portuguesas e passando informações para o comando do movimento de libertação. O vermelho da fantasia é a representação do sangue que nos garantiu a liberdade. Maria Felipa de Itaparica, era marisqueira e por isso a representação de mariscos na gola da fantasia, que também traz as armas do primeiro Império, já que ela foi um importante personagem na luta pela “Independência Bahiana”, de 1823.

19 A Revolta dos A fantasia representa os guerreiros Ala Divina Paulo Cezar Malês de Luiza que fizeram parte da mais importante Folia Evangelista Mahin rebelião dos escravos no século XIX: (2003) Junior a Revolta dos Malês, em janeiro de 1835, na Bahia. O levante foi protagonizado por negros muçulmanos que liam e escreviam em árabe. As formas de nossa fantasia representam essa tradição islâmica. Uma das principais personagens da revolta foi Luísa Mahin, princesa na África, que veio como escrava para o brasil. Quituteira, despachava em "bolinhos", mensagens escritas em árabe para outros rebelados.

208 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

20 Vendedor de A fantasia da ala retrata os Ala Tati Janete Ribeiro Legumes vendedores de legumes do Brasil (1997) Colônia, papel desempenhado pelos escravos de ganho, homens e mulheres que, autorizados por seus donos, saíam às ruas com cestos sobre a cabeça, oferecendo toda sorte de mercadorias.

21 Vendedor de Os escravos de ganho tinham o Ala Gaia Anderson Frutas direito de circular pela cidade e (2003) Nobre também recebiam parte do dinheiro arrecadado com as vendas. Além dos vendedores de legumes, haviam os vendedores de frutas e outros ambulantes que comercializavam linguiças, banha, carvão, doces, cestos, balaios.... Estas figuras típicas do Brasil Colônia foram retratadas pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret em seu livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, cujos desenhos inspiram a fantasia da ala. Os vendedores de legumes e de frutas representam a formação das feiras livres e de parte dos produtos que ali são vendidos.

209 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

22 Receita de Efó “Primeiro, corte a folha da planta Ala Raça Luís Rogério conhecida como 'língua de vaca' e Salgueirense Cordeiro ferva com pouca água. Depois, retire a (1989) Moreira água, esprema a massa resultante e junte cebola, sal, camarões, pimenta- malagueta seca, tudo ralado conjuntamente na pedra. E, finalmente, o azeite de dendê”. Eis uma receita de efó, iguaria que chegou ao Brasil pelas mãos das escravas africanas e está retratada na fantasia da Ala, inspirada no estilo colonial, com destaque para os camarões e os temperos da receita que adornam a fantasia. Faz parte das inúmeras contribuições que as negras deram á culinária brasileira e faz referência ao carnaval do Salgueiro de 1977, ‘Do Cauim ao Efó, com Moça Branca, Branquinha’.

23 Quitutes Todo o conhecimento trazido pelas Ala Explode Reginaldo escravas serviu para enriquecer a Coração Ferreira culinária no Brasil colonial. Seus (2003) (Naldo) usos, costumes e adaptações fizeram surgir receitas de encher os olhos e fazer salivar o paladar tupiniquim. Na época era comum ver as mulheres com seus tabuleiros e saias rodadas, caminhando pelas ruas, vilas e arraiais para vender diversos quitutes e comidas. A fantasia representa a quituteira e vendedora de acarajé, iniciadas no Candomblé, Filhas de Oyá, que até hoje fazem parte da cultura brasileira.

210 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

24 Cocadas e Entre os muitos ingredientes Ala Amizade Antonio Sérgio Quindins de Iaiá utilizados pelas escravas nas Salgueirense G. Freire (Da cozinhas do Brasil, um fruto ganhou (2003) Bahia) destaque: o coco. Foi a partir dele que sugiram os primeiros doces tipicamente brasileiros, que agradaram o paladar dos senhores e das Iaiás (forma como os escravos da Casa Grande chamavam as moças, as meninas e até as senhoras da fazenda). De uma receita simples – misturar a polpa do coco ao melaço da cana ou rapadura – surgiu a cocada, uma das primeiras iguarias tupiniquins. E uma substituição no doce português brisas do lis – o coco ralado, que já fazia parte da dieta africana, entrou no lugar das amêndoas, que não existiam no Brasil – fez nascer o delicioso quindim (palavra africana que significa ‘dengo’). Na letra da música "Os Quindins de Iaiá", escrita em 1940, Ari Barroso soube expressar o doce e o tratamento como ninguém: “Só sei que Iaiá tem umas coisas / Que as outras Iaiá não têm / Os quindins de Iaiá."

211 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Irmandades Depositários da tradição salgueirense, Velha Guarda Maria Aliano Negras os componentes da Velha-Guarda (1953) (Caboclinha) ganham lugar de destaque no desfile e vêm representar as Irmandades Negras, comunidades religiosas que serviram como um espaço de reconstrução e ressignificação de identidade dos negros escravos. Mais do que cultuar santos católicos e orixás, as irmandades constituam-se em verdadeiras associações de classe, uma espécie de família ritual em que africanos desenraizados de suas terras e negros brasileiros deslocados no contexto social viviam solidariamente. Além de formar ‘famílias dos que vieram da diáspora’ e de contribuir para o sincretismo religioso, as Irmandades Negras tiveram um papel importante na arrecadação de recursos para alforria dos ‘irmãos’ e na construção de igrejas ‘negras’ em homenagem a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito.

26 Saberes das As ervas e folhas medicinais que Ala Alegria João Marcelo Folhas brotam nas matas e florestas Salgueirense relacionadas a Ossain, orixá das folhas. (2017) Elas têm em si a energia para curar e trazem consigo todo o misticismo herdado dos povos africanos na Iniciação dos rituais. É nos saberes das folhas que se encontram os grandes segredos das infusões curativas das nossas mães baianas rezadeiras.

212 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

27 A Primeira Yaô Após a separação do Orum, o céu Ala Minha Alexandre dos orixás, e do Aiê, a Terra dos Paixão, Minha Dutra Diogo humanos, Oxum, recebeu um Raiz encargo de Olorum, Senhor do Céu: (2003) preparar os corpos dos mortais para receberem os orixás, que não podiam mais circular livremente entre os dois mundos. Oxum desceu ao Aiê e juntou as mulheres à sua volta. Banhou, pintou e enfeitou seus corpos; catulou, raspou e pintou suas cabeças com pintas brancas, como as penas da galinha d’Angola, ave representada na fantasia da ala. Surgia assim a primeira Yaô, esposa dos orixás, que estava pronta para os deuses. No candomblé, é através do corpo das Yaôs que os orixás podem retornar ao Aiê e às rodas de xirê, onde dançam, felizes, enquanto os homens cantam e tocam seus tambores.

213 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

28 Yapeabá Yabá ou Yapeabá (que significa Mãe Ala Fúria William Faria Rainha) é a designação dada aos orixás Salgueirense Ramos femininos. Embora, no Brasil, estejam (2003) relacionados também a Iansã, Obá e Nanã, os termos são mais utilizados para se referir a Iemanjá e Oxum, por terem sido rainhas e porque as duas estão intimamente ligadas à gestação, ao parto e aos cuidados da mãe com o seu filho. Destacando-se no panteão dos orixás como mães exemplares, Iemanjá é a mãe de todas as cabeças e de quase todos os orixás. Oxum – que serviu de inspiração para a fantasia da ala – é a filha predileta de Oxalá com Iemanjá e tem na maternidade seu domínio, porque controla a fecundidade, graças a seus laços com as Ya Mi, as mães primeiras. Ora yê yê ô! (olha por nós, mãezinha!), mamãe Oxum!

29 Máscara Geledé Originalmente, Geledé é uma sociedade Ala Show de Renato Duran secreta feminina de caráter religioso que Bola exalta o poder feminino e o papel das (2001) mulheres na organização e desenvolvimento da sociedade Yorubá. Mas é, também, o nome de um festival, realizado após as colheitas, para homenagear as mães e reverenciar a sabedoria das mães anciãs. Nos festivais, música e danças fazem parte das cerimônias, nas quais homens vestidos como mulheres usam a máscara Geledé (um adorno de cabeça, representado na fantasia) para trazer paz de espírito às mulheres mais velhas da tribo e cultuar o mito das Ya Mi, nossas mães ancestrais.

214 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

30 Mistérios da Homenageadas e cultuadas no Ala Juntos e Wilson da Noite Festival de Geledé, na atual Nigéria, Misturados Silva Casemiro as Ya Mi Osoronga, nossa mães (2003) (Sapo) primeiras, guardam em si o poder criador e criativo do planeta. Mais poderosas que os orixás, constituem um dos pilares essenciais da comunidade africana, que as celebram como fonte da vida, da beleza, força e do poder gerador feminino. A fama de grande feiticeira as associou aos mistérios da noite, representação da fantasia, que traz ainda os galhos das árvores, onde eram feitos os assentamentos das Senhoras dos Pássaros da Noite.

215 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

31 O Romance Maria Firmina dos Reis foi Ala Inflasal Paulo Soares Abolicionista de considerada a primeira romancista (1989) da Silva Maria Firmina brasileira. Nascida no Maranhão, Carvalho foi aprovada para a cadeira de instrução primária, em 1847. Negra e bastarda, enfrentou a barreira dos preconceitos e publicou, em 1859, o livro “Úrsula”, considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil e um dos primeiros textos produzidos por uma mulher brasileira. No livro, a trama dos personagens brancos se entrelaça com um triângulo de personagens

negros, ideia representada na fantasia. “Úrsula” é também o primeiro romance da literatura afro-brasileira, que tematiza o negro a partir de uma perspectiva interna e comprometida em recuperar e narrar a condição do negro no Brasil. O punho cerrado e as correntes partidas são símbolos de luta do povo negro. As fantasias do setor são estilizações de livros de capa dura com ornamentos rebuscados, dando uma importância clássica à literatura dessas grandes pioneiras negras na literatura de autoras do Brasil.

216 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

32 Poesias Auta de Souza foi uma poetisa Ala Os Reis da Marcelo Simbolistas por brasileira da segunda geração Boêmia (2003) Moura Auta de Souza romântica (ultrarromântica, byroniana ou mal do século). Ela escrevia poemas com alguma influência simbolista e de alto valor estético. Segundo Luís da Câmara Cascudo, é “a maior poetisa mística do Brasil”. Uma frustração amorosa se tornaria fator marcante de sua obra, junto à religiosidade, à orfandade e à morte trágica de seu irmão. Nessa época, a poetisa encerrou seu primeiro livro de manuscritos, intitulado “Dhálias”, que mais tarde seria publicado sob o título de “Horto”, com prefácio de Olavo Bilac. O misticismo e a religiosidade católica, principais características da obra de Auta de Souza, estão representados pelos ornatos barrocos, assim como pela imagem do anjo negro presente na fantasia.

217 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

33 Antonieta de Antonieta de Barros nasceu em Ala dos Nilda Barros - A Florianópolis, Santa Catarina. Ganhou Compositores Salgueiro Jornalista notoriedade por ter sido a primeira (1953) Baptista deputada estadual negra do país e a Ferreira primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina. Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se pela coragem de expor suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão. Para vencer as dificuldades econômicas e propagar suas ideias sobre educação, Antonieta editava e produzia seu próprio jornal. Por isso, nossa tradicional ala de compositores vem fantasiada de tipógrafo.

34 Quarto de Carolina Maria de Jesus foi Ala Família Júlio Marcos Despejo – O uma escritora brasileira, conhecida por Salgueirense Schittini Diário de seu livro “Quarto de despejo: diário de (2003) Carolina de uma favelada”, publicado em 1960. É Jesus considerada uma das primeiras e mais importantes autoras negras do Brasil. Foi descoberta em 1958, pelo jornalista Audálio Dantas, que publicou o diário de Carolina sob o nome “Quarto de Despejo”. A autora chegou a publicar outros livros, mas nenhum repetiu o enorme sucesso de sua primeira obra. Carolina de Jesus viveu boa parte de sua vida em Canindé, zona norte de São Paulo, e sustentou a si e seus três filhos como catadora de papéis. A fantasia remete aos barracos de favelas, motivo maior de sua obra.

218 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290 Diretor Responsável pelo Atelier Paulo Henrique Caetano da Silva Dias Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Modelista: Eliane Costureiras: Arlete e Luciene Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Daniel dos Santos, Marta Cristina, Andréia José Veloso Marques, Delfim, Welington, Anderson, Ranny, Maurício, Bebeto e Mônica. Outros Profissionais e Respectivas Funções

Leozinho e Belizário Cunha Chefes de Ateliê

Outras informações julgadas necessárias

219 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Demá Chagas, Dudu Botelho, Xande de Pilares, Renato Galante, Enredo Jassa, Leonardo Galo, Betinho de Pilares, Vanderley Sena, Ralfe Ribeiro e W. Corrêa Presidente da Ala dos Compositores Nilda Salgueiro Baptista Ferreira Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Djalma Sabiá Antonio Gonzaga (cem) 93 anos 23 anos Outras informações julgadas necessárias

Senhoras do ventre do mundo inteiro A luz no caminho do meu Salgueiro A me guiar...vermelha inspiração Faz misturar ao branco nesse chão Na força do seu ritual sagrado Riqueza ancestral Deusa raiz africana Bendita ela é... e traz no axé um canto de amor Magia pra quem tem fé Na gira que me criou

É mãe, é mulher, a mão guardiã Calor que afaga, poder que assola BIS No vale do Nilo a luz da manhã A filha de Zambi nas terras de Angola

Guerreira, feiticeira, general contra o invasor A dona dos saberes confirmando seu valor Ecoou no quariterê O sangue é malê em são Salvador Oh matriarca desse cafundó A preta que me faz cafuné Ama de leite do senhor A tia que me ensinou a comer doce na colher A benção mãe baiana rezadeira Em minha vida seu legado de amor (ô, ô) Liberadade é resistência E à luz da consciência A alma não tem cor

Firma o tambor pra rainha do terreiro É negritude... Salgueiro BIS Herança que vem de lá (ô) Na ginga que faz esse povo sambar

220 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

O enredo no samba

Os primeiros versos do samba de 2018 do Salgueiro evocam o poder da ancestralidade das mulheres africanas e pedem permissão, em uma melodia que também tem o sentido evocatório, para que o poder feminino das negras mães guie os salgueirenses na história que será contada. A tradição africana manda que a licença seja sempre pedida e o respeito seja demonstrado no início das celebrações. SENHORAS DO VENTRE DO MUNDO INTEIRO A LUZ NO CAMINHO DO MEU SALGUEIRO A ME GUIAR... VERMELHA INSPIRAÇÃO FAZ MISTURAR AO BRANCO NESSE CHÃO

Em seguida, o samba compara o desfile da agremiação a um ritual sagrado e evoca o axé, a energia vital da raiz africana das grandes mães do mundo, senhoras da criação: NA FORÇA DO SEU RITUAL SAGRADO RIQUEZA ANCESTRAL DEUSA RAIZ AFRICANA BENDITA ELA É... E TRAZ NO AXÉ UM CANTO DE AMOR MAGIA PRA QUEM TEM FÉ NA GIRA QUE ME CRIOU

O primeiro refrão evoca a virtude feminina: A mulher gera a vida e a protege. Essa proteção pode ser afetuosa, maternal É MÃE, É MULHER, A MÃO GUARDIÃ, CALOR QUE AFAGA mas também causar a destruição ao ver o que ama ser ameaçado PODER QUE ASSOLA.

Na segunda parte do refrão a trajetória dessas mulheres é demostrada desde os primórdios da civilização com as rainhas deusas do Egito NO VALE DO NILO À LUZ DA MANHÃ

Até a evocação a Rainha Nzinga, soberana de Angola que lutou bravamente contra o colonizador português. A FILHA DE ZAMBI NAS TERRAS DE ANGOLA.

A entrada da segunda parte evoca a força guerreira das mulheres que lutaram em batalhas heroicas, como a própria Nzinga, que marchava para os campos de guerra com roupa de varão e queria ser chamada de Rei, e a Rainha Mãe de Ejisu, em Gana, poderosa feiticeira que comandou um exército de mulheres para defender seu povo contra os invasores britânicos. GUERREIRA, FEITICEIRA, GENERAL CONTRA O INVASOR.

221 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Em seguida, são louvadas as mulheres que colaboraram para o desenvolvimento de inúmeros saberes na história da humanidade, como Hipátya de Alexandria, cientista da Antiguidade, e Merit Pitah, matriarca da medicina e idealizadora das primeiras maternidades. A DONA DOS SABERES CONFIRMANDO SEU VALOR

A partir daí, a melodia ganha um tom guerreiro para falar do poder ancestral das Senhoras do Ventre do Mundo no Brasil. São louvadas duas guerreiras que lutaram contra os horrores da escravidão: Teresa de Benguela, a grande chefe do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, e Luiza Mahin, brava participante da Revolta dos Malês, em Salvador: ECOOU NO QUARITERÊ, O SANGUE É MALÊ EM SÃO SALVADOR.

Em seguida, louva-se toda a ancestralidade africana presente nos cafundós do Brasil colonial e dos tempos do Império, bem como o conjunto de saberes e hábitos culturais que acompanham as matriarcas negras. Enquanto acalanta e faz cafuné no sinhozinho, conhece os temperos, funda irmandades religiosas, reconstrói solidariedades e saberes negros nas rodas das iaôs dos candomblés, domina o poder das ervas que curam e evoca as “Mães Primeiras”, Senhoras do pássaro da noite: OH MATRIARCA DESSE CAFUNDÓ A PRETA QUE ME FAZ UM CAFUNÉ AMA DE LEITE DO SENHOR A TIA QUE ME ENSINOU A COMER DOCE NA COLHER A BÊNÇÃO, MÃE BAIANA REZADEIRA EM MINHA VIDA SEU LEGADO DE AMOR.

Os versos seguintes, bordados por uma melodia marcial que prepara a entrada do refrão final, reforçam o caráter guerreiro, poderoso e altaneiro das mulheres negras, ao mesmo tempo em que lançam um libelo contra o racismo. Raça não é uma condição biomolecular, mas uma poderosa construção fenotípica, cultural e social que opera na dimensão do racismo. O Salgueiro clama por um futuro, que só poderá ser conquistado com luta, em que os preconceitos raciais estejam superados: LIBERDADE É RESISTÊNCIA E À LUZ DA CONSCIÊNCIA ALMA NÃO TEM COR

O refrão, com melodia em maior e ritmo adequado aos tambores rituais, celebra a festa da Rainha do Terreiro: a energia do poder ancestral presente nas mulheres negras; guardiãs da tradição que contaram suas histórias, como as tias do samba e do Salgueiro e as escritoras Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus, que romperam a barreira do preconceito e lançaram livros fundamentais. Com a festa do samba, o Salgueiro saúda a herança africana presente nas mulheres negras brasileiras do século XXI, herdeiras cotidianas do poder ancestral das Senhoras do Ventre do Mundo! FIRMA O TAMBOR PRA RAINHA DO TERREIRO É NEGRITUDE... SALGUEIRO! HERANÇA QUE VEM DE LÁ (Ô) NA GINGA QUE FAZ ESSE POVO SAMBAR

222 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Mestre Marcão (Marco Antonio da Silva) Outros Diretores de Bateria André Luiz de Lima (Perereca), Bruno Monteiro (Marfim), Clair da Silva Basílio, Emilson Matos da Silva (Showa), Eduardo José (Dudu), Evandro de Souza (Vando), Guilherme dos Santos Oliveira, Gustavo dos Santos Oliveira, Kleber da Silva Basílio, Luciano Oliveira (Japa), Luiz Carlos Irineu (Orelha), Marcelo de Paula (Celão), Marcos Antonio da Silva Júnior (Markinhos Jr.), Mariana Cristina e Washington Paz. Total de Componentes da Bateria 285 (duzentos e oitenta e cinco) componentes (15 diretores e 270 ritmistas) NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 13 13 14 - - Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 81 38 36 - 31 Repique Mor Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 04 - 20 - 20 Outras informações julgadas necessárias

A Bateria do Salgueiro – A Furiosa, como é conhecida a Bateria do Salgueiro, é uma das grandes orquestras do carnaval e uma das mais premiadas na história da folia carioca. É ela que acelera a batida dos corações e arrepia os salgueirenses a cada vez que se posiciona na avenida para abrir os caminhos do cortejo da Academia. Comandada em sua trajetória por grandes Mestres, como Dorinho, Tião da Alda, Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Mané Perigoso, Louro e Marcão, a Furiosa recebeu incontáveis notas dez e diversas premiações, entre elas, nove Estandartes de Ouro, maior prêmio do carnaval carioca.

Mestre Marcão - Nascido e criado no morro do Salgueiro, Marco Antônio da Silva, o Mestre Marcão, é o comandante da Furiosa bateria Salgueiro. Marcão começou a tocar no bloco “Moleque É Tu”, que congregava as crianças do morro. Anos depois, passou a desfilar na bateria da escola mirim Alegria da Passarela (atual Aprendizes do Salgueiro). Cada vez mais íntimo da batida do samba, Marcão ingressou na bateria da vermelho e branca, tocando tarol, repique e surdo. Em 1999, Marcão foi convidado para ser um dos diretores da Furiosa e, cinco anos depois, assumiu o apito da bateria do Salgueiro. Sua missão é dar continuidade ao ritmo firme, que sempre caracterizou a agremiação, temperando a batida com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro. Em 2008, Marcão teve seu talento reconhecido pelos jurados, conquistando as quatro notas 10, e do Estandarte de Ouro. No comando de 270 ritmistas, Mestre Marcão contará com o auxílio de Apoio de Bateria, componentes da Velha Guarda da Bateria do Salgueiro, que o ajudarão na entrada e saída dos boxes e levarão peças (baquetas) sobressalentes, e com seus diretores - Clair, Celão, Dudu, Guilherme, Gustavo, Japa, Kleber, Marfim, Mariana, Markinhos Jr., Orelha, Perereca, Showa, Vando e Washington - para mostrar ao público o ritmo firme, temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro.

223 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Como já vem fazendo há dois carnavais (2016 e 2017), a Bateria (Ala 10), fará um movimento sincronizado com a Ala de Passistas (Ala 11) quando for entrar no segundo box de bateria. No movimento, a Ala de Passistas passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no recuo. A integração das duas alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida e em um movimento constante.

25ª Dinastia - os Faraós Negros – Em 770 a.C., Piye, rei da Núbia, partiu com suas tropas em direção ao Norte do Rio Nilo até chegar à cidade egípcia de Tebas. Ao longo de um ano, o rei núbio travou batalhas e derrotou todos os chefes guerreiros do Egito, tornando-se o Senhor de Duas Terras (Núbia e Egito). Começava ali a 25ª Dinastia - os Faraós Negros. Com o importante papel de reunificar um Egito fragmentado, os Faraós Negros tiveram em Taharka, etíope e filho de mãe negra, um de seus maiores representantes. Estiveram no poder por mais de cem anos, representando a supremacia de uma civilização africana que era colocada como sinônimo de atraso.

Rainha de Bateria – Viviane Araújo Verdadeiro fenômeno do carnaval, Viviane Araújo é uma das maiores rainhas da história das escolas de samba. Após sua estreia, em 1995, no Império da Tijuca, Viviane passou por Mocidade Independente, União de Jacarepaguá e pela paulistana Mancha Verde, até chegar ao Salgueiro, após o carnaval de 2007. Desde então reina absoluta à frente da bateria da escola. Referência quando o assunto é rainha ou madrinha de bateria, Viviane reúne todos os atributos necessários para o posto: é bonita, carismática, tem gingado de sobra e ainda desfila tocando tamborim. Predicados mais que suficientes para enfeitiçar e hipnotizar o público que vai ao delírio a cada passagem de Viviane pela avenida. Em seu 11º carnaval à frente da Bateria Furiosa do Salgueiro, Viviane Araújo virá vestida como Hatshepsut, Rainha-Faraó da 18ª dinastia do Egito, que reinou, aproximadamente, de 1479 a. C. a 1457 a. C. Governou com o nome de Maatkara Hatshepsut. O nome Hatshepsut, com o qual ela se tornou conhecida, era na verdade, um título cuja tradução quer dizer "a primeira das nobres senhoras".

224 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho). Outros Diretores de Harmonia Alexandre Dutra Diogo, Anderson Nobre, Antônio Sérgio G. Freire (Da Bahia), Carlos Cézar Bonfim Campos, Claudio Alves, Edson Alves dos Santos, Émerson José dos Santos, Fagney Lins da Silveira, Gilmar Velasco, Gilson Orozimbo da Silva, Gilson Carlos de Assis (Gaguinho), Ivaldo Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa (João Do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge Da Conceição (Caduza), Jorge Dias (“Seu” Jorge), José Carlos Ferreira Cardoso, José Marinho de Lima Neto, José Roberto Sabino (Beto), Júlio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio A. De Souza, Luiz Onofre dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Cabral, Marcelo Fernandes, Marcelo Marques da Silva, Marcelo Moura, Nivaldo Rosa Ferreira, Odilon da Costa, Paulo Cezar Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson Santana, Rodrigo Carvalho, Willian Faria Ramos e Wilson da Silva Casemiro. Total de Componentes da Direção de Harmonia 41 (quarenta e um) 03 diretores gerais e 38 diretores de Harmonia Puxador(es) do Samba-Enredo Oficiais: Leonardo Bessa, Tuninho Jr. (Antonio Wilson) e Hudson Luiz Auxiliares: Hugo Junior, Thiago Brito, Diego Nicolau e Jaderson Martins Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Cavaco – Diego Moura, Leonardo Antunes e Carlos Augusto Violão de Seis Cordas – Raphael Gravino Violão de Sete Cordas – Nilson. Outras informações julgadas necessárias

Harmonia – Para o carnaval de 2018, a Comissão de Harmonia do Salgueiro preparou os componentes do Salgueiro em diversos ensaios e reuniões realizados na quadra da escola, nas ruas Silva Teles, Maxwell e Conde de Bonfim, e na Cidade do Samba, a partir da última semana de setembro de 2017.

A importância dos ensaios está na necessidade de ajustar o entrosamento e o canto dos componentes – Alas de Comunidade, Composições de alegoria, Destaques, Semidestaques e Destaques de Chão – com o ritmo do samba-enredo da escola.

Para que cada componente compreendesse seu papel no desfile, foram feitas reuniões para apresentar a fantasia com que cada um se apresentará na Marquês de Sapucaí, e para dar conhecimento do enredo, da letra do samba-enredo e do roteiro de desfile da escola.

225 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho). Outros Diretores de Evolução Alexandre Dutra Diogo, Anderson Nobre, Antônio Sérgio G. Freire (Da Bahia), Carlos Cézar Bonfim Campos, Claudio Alves, Edson Alves dos Santos, Émerson José dos Santos, Fagney Lins da Silveira, Gilmar Velasco, Gilson Orozimbo da Silva, Gilson Carlos de Assis (Gaguinho), Ivaldo Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa (João Do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge Da Conceição (Caduza), Jorge Dias (“Seu” Jorge), José Carlos Ferreira Cardoso, José Marinho de Lima Neto, José Roberto Sabino (Beto), Júlio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio A. De Souza, Luiz Onofre dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Cabral, Marcelo Fernandes, Marcelo Marques da Silva, Marcelo Moura, Nivaldo Rosa Ferreira, Odilon da Costa, Paulo Cezar Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson Santana, Rodrigo Carvalho, Willian Faria Ramos e Wilson da Silva Casemiro. Total de Componentes da Direção de Evolução 41 (quarenta e um) - 03 diretores gerais e 38 diretores de harmonia Principais Passistas Femininos Ana Carolina do Nascimento Gonçalves, Ana Carolina de Souza, Amanda Martins, Ana Clara Barcelos, Ana Flavia Barcelos, Andryelle Santos, Bruna Souto da Costa, Caroline Henae dos S. Conceição, Cecília da Costa, Diene Rodrigues da Conceição Pedro, Eloah da Conceição Rosa, Escarlet c. R. D. Da Conceição, Fabiely Martins da Rocha, Fabiana Silva, Fernanda Rodrigues Florentino, Gabriela Costa, Gabriella da Silva Pereira, Heloise Heleine da Silva Ferreira, Isabelle Amaral, Ingrid da Silva Machado, Jadhe Carvalho, Joyce Castelo Garcia, Kellyn Yasmim da Rosa Tavares, Larissa Lorraine Reis, Larissa Miguel Bezerra, Laryssa Bayer de Paula Silva, Luara Lino, Lorrany Peçanha Alves, Luana Estrela Seixas Oliveira, Maria Eduarda Duarte da Silva, Mariane Villela Marinho, Maryanne Hipólito da Costa, Mayara de Lima Barros, Megumi Kudo, Michelle Alves Nunes, Pâmela dos Santos, Raiane dos Santos Gomes Marques, Raiane Menezes de Souza Ribeiro, Rayane da Silva Ferreira, Rebeca Alves Louriçal, Sabrina Bárbara de Souza, Sandreline Regina da V. Chaves, Suellen da Silva de Oliveira, Suelem Costa, Tais Luiza Moreira Bezerra, Vanessa Passos do N. Madeira, Vitória Teixeira e Wanessa Matheus da Silva. Principais Passistas Masculinos Amauri Leonardo dos Santos, Carlos Alberto José, Carlos Strassy, Emerson Faustino N. dos Santos, Gabriel Gomes da Silva, Igor Batista Lima Peçanha, Jonathan Santos, Jonata da Silva Gama, Lucas José dos Santos Fernandes de Souza, Marcio Elias Osório dos Santos, Marcos Correa Castanheira, Paulo Roberto de Sousa Filho e Thiago Reis Cavalcante. Outras informações julgadas necessárias

Nos últimos anos, o quesito Evolução tem sido alvo de bastante atenção no Salgueiro. Para o carnaval de 2018, não foi diferente. As diretorias de Harmonia e de Carnaval trabalharam incansavelmente, nos ensaios técnicos, que aconteceram na quadra da escola e em ruas próximas à quadra.

226 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

O objetivo foi resgatar a espontaneidade e deixar os componentes livres para “brincarem” o carnaval com vibração, empolgação e a alegria dos antigos desfiles das escolas de samba. Para desfilarem mais “soltos”, sem coreografias ou amarras que pudessem prejudicar ou inibir a espontaneidade dos componentes.

No quesito Evolução, cabem duas observações importantes:

1 – Como já vem fazendo há dois carnavais (2016 e 2017), a Ala de Passistas (Ala 11) fará um movimento sincronizado com a Bateria (Ala 10). À frente do segundo box, a Ala de Passistas passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no recuo. A integração das duas alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida e em um movimento constante;

2 – A tradicional Ala do Maculelê (Ala 9), com a fantasia Seguidores do Hórus Vivo, sob o comando de Carlinhos Coreógrafo, teve atenção especial e redobrada durante os ensaios para o carnaval, uma vez que será a única ala da escola a se apresentar coreografada.

O termo Passista surgiu com Paula do Salgueiro. Foi por causa de seus passos miudinhos que aqueles que "diziam no pé" passaram a ser chamados de passistas. Além de Paula, a primeira de todos, Narcisa, Roxinha, Vitamina, Damásio, Gargalhada, Flávia, Carlinhos e tantos outros passistas da Academia do Samba brilharam na avenida, mobilizando o público com seus passos durante os desfiles do Salgueiro e mostrando toda a ginga dos passistas da Academia do Samba.

A Ala de Passistas – Vencedora do prêmio Estandarte de Ouro em oito oportunidades, inclusive no carnaval de 2017, e detentora de diversos prêmios no carnaval, a Ala de Passistas do Salgueiro é coordenada por Carlos Borges, o Carlinhos Coreógrafo, dono de alguns prêmios de melhor passista no carnaval carioca. Em 2018, a Ala de Passistas do Salgueiro se apresenta com a fantasia Ísis e Osíris.

Fantasia – Ísis e Osíris – A Ala de Passistas do Salgueiro vem para a avenida com muito samba no pé para representar dois dos mais importantes deuses da mitologia do antigo Egito: Ísis e Osíris. Ele, rei dos homens, o primeiro e melhor Faraó, que ensinou a agricultura, as leis e a civilização ao seu povo; ela, sua esposa e irmã, dotada de poderes mágicos. Mãe do Deus Horus, Ísis recebeu dos egípcios os epítetos "Grande deusa Mãe" e "Força fecundadora da natureza" e "deusa da maternidade e do nascimento". Sua imagem, amamentando Horus, foi inspiração para a imagem da santíssima Mãe nos primeiros santuários cristãos.

227 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Regina Celi dos Santos Fernandes Diretor Geral de Carnaval Alexandre Couto Leite Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha) Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 90 Marilda Fonseca Carolina Fróes (noventa) 81 anos 32 anos Responsável pela Velha-Guarda Maria Aliano (Caboclinha) Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Jacaré Maria Helena (cem) 89 anos 57 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Ailton Graça (ator), Iza (cantora), Eri Jhonson (ator) e Mahany Pery (modelo) Outras informações julgadas necessárias

228 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Hélio Bejani Coreógrafo(a) e Diretor(a) Hélio Bejani Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 05 10 (quinze) (cinco) (dez) Outras informações julgadas necessárias

O Coreógrafo – A estreia de Hélio Bejani no carnaval foi como componente da comissão de frente da União da Ilha em 1991. Em 2004, fez o trabalho coreográfico do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta- Bandeira da Mangueira. Em 2006 e 2007, foi assistente da bailarina e coreógrafa Ana Botafogo nas comissões de frente da Mocidade Independente e Vila Isabel, respectivamente.

No ano seguinte, o ex-primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi convidado pelo Salgueiro para assumir o comando da comissão de frente da escola, onde está há 11 carnavais. Com um trabalho baseado na união entre a dança e o teatro, Bejani já apresentou algumas das melhores e mais criativas comissões de frente do carnaval. Ele e sua equipe – formada por Elizabeth Tinoco, Alex Rangel, Marcelo Ferreira e Marcus Spagolla – receberam diversas notas máximas e vários prêmios por seu trabalho na avenida, entre eles, o cobiçado Estandarte de Ouro de melhor Comissão de Frente nos carnavais de 2013 e de 2016.

A Fantasia O Mistério da Vida Cinco Yabás, entidades que representam a fertilidade nos cultos de matrizes africanas, vêm conceder, a dez Senhoras, a bênção da maternidade, na força do seu ritual sagrado. Isto se dá no ventre de uma cabaça, denominada igba na terminologia nagô e representa o universo. Um fruto ao qual são atribuídos poderes mágicos relacionados ao mistério da vida. É como um portal de entrada para um mundo desconhecido, pertencente a outro espaço, ligado a imagem da mulher, a fecundidade e ao útero. Ao final, sob a proteção do sagrado manto do Salgueiro, estas Senhoras do Ventre do Mundo recebem o que de mais divino existe no universo: A VIDA... Representaremos, nos movimentos coreográficos, danças tradicionais africanas como Muwogola oriunda de Uganda, Chakacha do Kenya e Pat Pat do Senegal.

229 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Sidclei Santos 41 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Marcella Alves 33 anos 2º Mestre-Sala Idade Vinícius Pessanha 29 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Natália Pereira 32 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Sidclei Santos - 1º Mestre-Sala Sidclei começou no carnaval aos sete anos, como Mestre-Sala do bloco “Vai Quem Quer”, do Estácio. Ainda criança, participou da escola mirim Corações Unidos do Ciep e, em 1991, ingressou na escola de samba Império da Tijuca. Após um intervalo de dedicação à carreira militar, Sidclei voltou ao carnaval em 1994, nos Acadêmicos do Salgueiro, como segundo Mestre- Sala e, três anos depois, conquistou o posto de principal Mestre-Sala da escola. Em 1998, a consagração maior: a conquista do Estandarte de Ouro de melhor Mestre-Sala do carnaval carioca. Para encarar novos desafios, Sidclei deixou o Salgueiro e desfilou na São Clemente e, no ano seguinte, nos Acadêmicos da Grande Rio. Em 2011, Sidclei retornou ao Salgueiro para desfilar seu talento na escola. O reconhecimento do árduo trabalho desenvolvido por Sidclei foi recompensado em 2017, quando foi eleito o melhor Mestre-Sala do carnaval carioca pelo júri do Estandarte de Ouro.

Marcella Alves - 1ª Porta-Bandeira Bailarina, formada em Educação Física, Marcella Alves está no carnaval desde 1993, quando estreou na avenida, aos nove anos de idade, como segunda Porta-Bandeira da Lins Imperial. Três anos depois, mesmo com a pouca idade, já assumia, o posto de primeira Porta-Bandeira da escola, ainda nos grupos de acesso. Em 1998, desfilou pela primeira vez no Grupo Especial, defendendo o pavilhão da Caprichosos de Pilares. Seu talento começou a chamar atenção das grandes escolas e, em 2000, aos 17 anos, assumiu o posto de primeira Porta-Bandeira do Salgueiro, quando ganhou seu primeiro Estandarte de Ouro. Após o carnaval de 2005, deixou a escola e foi convidada pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Ainda defendeu a bandeira da Mangueira por quatro carnavais, onde recebeu mais um Estandarte de Ouro. Retornou ao Salgueiro para o carnaval de 2014. No carnaval passado, Marcella brilhou na avenida e, além das quatro notas dez ao lado do parceiro Sidclei, foi premiada também com seu segundo Estandarte de Ouro. Em 2018, Marcella Alves conduzirá, mais uma vez, o pavilhão salgueirense na avenida.

230 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

A Fantasia – Primórdios da Humanidade Há aproximadamente 3,2 milhões de anos, surgia, no continente africano, a Eva Negra, que deu a luz à humanidade. A descoberta de partes de seu esqueleto, em 1974, lançou luz sobre os estudos dos hábitos e comportamentos dos homens em seu início de vida na Terra. Do ventre negro de Lucy, como foi batizado o primeiro hominídeo a habitar o planeta, descendem todos os seres humanos. Inspirado em nossa Mãe Negra ancestral, o 1º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do Salgueiro se apresenta na avenida. A fantasia, em tons de vermelho e laranja, traz toda a simbologia africana, ventre da humanidade, e detalhes da arte rupestre, primeira manifestação de arte do homem. Com garra e graça, o casal reverencia a Eva Negra e os primórdios da humanidade.

Guardiões – Arte Rupestre – Nos primórdios da Humanidade, o Homem pré-histórico mostrava seus costumes e rotinas por meio de desenhos, símbolos e sinais nas paredes, tetos e outras superfícies de cavernas. Com extrato de folhas, sangue de animais e fragmentos, criaram a Arte Rupestre, como é conhecida a primeira manifestação artística da humanidade.

231 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Vinícius Pessanha - 2º Mestre-Sala Vinícius Pessanha começou no samba em 1999, quando fez par com sua irmã Jackeline Pessanha, como 3º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do Império da Tijuca. No ano seguinte, a dupla foi para os Aprendizes do Salgueiro para formar o 1º casal da escola mirim do Salgueiro, onde ficaram até 2006. Saíram para a Caprichosos. Em 2010, a dupla ainda continuava em Pilares, mas Vinicius também desfilou na Beija-Flor de Nilópolis. No ano seguinte, os irmãos passaram a defender o pavilhão da Unidos da Tijuca, onde ficaram até 2015, como 2º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. No carnaval de 2016, retornaram ao Salgueiro, como 2º casal da escola. No carnaval 2018, Vinicíus continua sua trajetória em sua escola de coração e se mantém como 2º Mestre-Sala a escola, mas, desta vez, com uma nova parceira.

Natália Pereira - 2ª Porta-Bandeira Natália iniciou sua carreira aos 13 anos, como 2ª Porta-Bandeira da Flor da Mina do Andaraí, bairro onde nasceu e foi criada. Em 2006, foi convidada para ser a 1ª Porta-Bandeira dos Acadêmicos de Vigário Geral e em 2009 e 2010, retornou à Flor da Mina para desfilar como 1ª Porta-Bandeira da agremiação. Neste ano, Natália também participou de um concurso na Unidos de Vila Isabel, Saiu vencedora e se tornou 2ª Porta- Bandeira da escola. Defendeu a escola durante seis anos, chegando a ser promovida a 1ª Porta-Bandeira da agremiação. Nesse período, também desfilou como 1ª porta-bandeira da Tradição (2103) e dos Acadêmicos do Cubango (2104). Em 2017, Natália foi convidada pela Riotur para compor a corte do Carnaval, e foi a primeira Porta-Bandeira da história do Carnaval a desfilar na abertura dos desfiles do Rio de Janeiro. No carnaval de 2018, Natália retorna a sua escola de coração (quando criança, fazia parte dos Aprendizes do Salgueiro) para formar, ao lado de Vinícius Pessanha, o 2º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da vermelho e branca da Tijuca.

A Fantasia – Império Meroe Nosso 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira vem para a avenida representar o Império Meroe. Constituído por volta do século VII a. C., este Império localizava-se ao sul do Egito, às margens do rio Nilo, e floresceu, graças à sua atividade cultural e por meio de intercâmbios comerciais. Foi no Império Meroe que reinaram as Candaces, rainhas e guerreiras negras, que, com estratégia e força, enfrentaram o Império Romano comandando seus exércitos.

232

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

PRESIDENTE LUIZ PACHECO DRUMOND

233

“Uma Noite Real no Museu Nacional”

Carnavalesco CAHÊ RODRIGUES

235

Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Uma Noite Real no Museu Nacional” Carnavalesco Cahê Rodrigues Autor(es) do Enredo Cahê Rodrigues Autor(es) da Sinopse do Enredo Cahê Rodrigues e André Bonatte (Departamento Cultural do GRESIL) Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Cahê Rodrigues e André Bonatte (Departamento Cultural do GRESIL) Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Versalhes SCHULTZ, Record 2001 Todas Tropical, Império, Kirsten. Monarquia e Corte Real portuguesa no Rio de Janeiro (1808 - 1821)

02 Comissão LOPES, M. M., Andrea 2009 Todas cientifica do FIGUERÔA, S., Jakobsson Império KODAMA, K., (1859-1861) SÁ, M. R., ALEGRE, M. S. P.

03 1808 Como uma GOMES, Planeta 2007 Todas rainha louca, um Laurentino. príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.

04 História da ciência FIOLHAIS, Imprensa da 2013 Todas Luso-brasileira: Carlos, SIMÕES, Universidade de Coimbra entre Carlota e Coimbra Portugal e Brasil MARTINS, Décio.

237 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

05 O MUSEU - Banco Safra 2007 Todas NACIONAL

06 A contribuição da RIBEIRO, Arilda UNESP/Presidente 2005 Todas Imperatriz Inês Miranda. Prudente Leopoldina à formação cultural brasileira (1817-1826)

07 A Gazeta do Rio Periódico (acervo Biblioteca 1818 Todas de Janeiro digital) Nacional

08 Leopoldina, a Livreto da Museu de Arte do 2015 Todas princesa da Exposição Rio Independência, das artes e das ciências

Outras informações julgadas necessárias

Durante a pesquisa para a elaboração do enredo diversos sites e arquivos digitais (pdf) foram consultados, destacando-se o site oficial do Museu Nacional, da Biblioteca Nacional, da Academia Brasileira de Ciência e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujos endereços eletrônicos seguem abaixo:

www.museunacional.ufrj.br www.museunacional.ufrj.br/casadoimperador http://bndigital.bn.gov.br www.abc.org.br www.sibi.ufrj.br

Agradecimentos Parte relevante da pesquisa realizada para o desenvolvimento do enredo “Uma Noite Real no Museu Nacional” foi concebida através de visitas orientadas à Sede do Museu, na Quinta da Boa Vista, nas quais o Carnavalesco e sua equipe foram acompanhados por professores e pesquisadores que dispuseram de sua formação e conhecimento no esclarecimento de dúvidas e orientação no roteiro que apresentaremos em nosso desfile. A todos os profissionais que trabalham no Museu Nacional, os nossos sinceros agradecimentos.

238 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

INTRODUÇÃO

O REDESCOBRIMENTO DO BRASIL

O Brasil foi descoberto em 1500, mas, de verdade, só foi inventado como país em 1808, com a chegada da família real ao Rio de Janeiro. Até então, o Brasil ainda não existia. Laurentino Gomes

Ao desembarcar no Largo do Paço da cidade do Rio de Janeiro, em março de 1808, após uma longa viagem cruzando o Oceano Atlântico, a família real portuguesa trouxe, em sua bagagem, um propósito que transformaria definitivamente a então colônia brasileira, descoberta três séculos antes, que até aquele momento ainda não se reconhecia como Nação. O Brasil tinha uma população que beirava os três milhões de habitantes, mais da metade eram negros e índios, mal distribuídos em regiões praticamente isoladas umas das outras, com idiomas e costumes próprios. Excetuando o fato de todos estarem sob o poder de uma única coroa, não existia um sentimento de unidade, cidadania e identidade.

Dom João VI, através de seu empreendedorismo na criação de importantes instituições como o Arquivo Real, a Real Biblioteca, o Erário Régio e Jardim Botânico, começou a orquestrar um projeto civilizatório de país, introduzindo novos hábitos culturais e, com isso, modificando radicalmente o perfil colonial brasileiro. O país saía do ostracismo intelectual que lhe fora atribuído quando servia apenas como uma zona de exploração e extração de riquezas, para consolidar o poder monárquico no Novo Mundo. Nesse projeto civilizatório, uma peça importante seria um museu que pudesse, com seu acervo científico e antropológico, mostrar ao mundo a potência de um império sediado na América.

Para muitos, o precursor desse museu foi a Casa de História Natural, popularmente apelidada de Casa dos Pássaros, criada na cidade do Rio de Janeiro por determinação da Rainha D. Maria I, duas décadas antes da chegada da família real ao Brasil.

Tendo como finalidade “propagar os conhecimentos e estudos das ciências naturais no Reino do Brasil”, o Rei João VI cria, por decreto, no longínquo sábado, seis de junho de mil oitocentos e dezoito, o Museu Real, com o apoio decisivo da Arquiduquesa da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina, esposa de D. Pedro e futura Imperatriz.

O Museu Real tornou-se Imperial e hoje é o nosso Museu Nacional que, no apogeu dos seus duzentos anos, continua sendo um alicerce de arte, ciência e cultura universais, motivo de orgulho para todos os brasileiros.

239 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Sinopse do Enredo

Pense em um palácio luxuoso e encantado construído no alto de uma colina, tendo como moldura um suntuoso jardim repleto de flores e pássaros descortinando uma paisagem deslumbrante. Dentro deste palácio ainda habitam o Rei, a Rainha, os príncipes e princesas que um dia foram os seus mais nobres moradores e hoje serão os cicerones imaginários de nossa visita ao grande museu que ali se instalou: o atual Museu Nacional. Naqueles salões cheios de lembranças, milhões de anos de história nos foram deixados como herança, permitindo que, ao conhecer o passado, possamos compreender o presente e idealizar o nosso futuro.

Dom João, o Rei, decretou a criação do Museu Real que nasceu sob a solidez e o brilho reluzente dos cristais, sua primeira coleção, e cresceu de maneira imponente através da astúcia, diplomacia e idealismo dos nossos Imperadores.

Podemos dizer que Pedro, o Primeiro, consolidou um Brasil com sentimento de nação unida e independente que já possuía maturidade para caminhar sozinha e se mostrar grandiosa diante do mundo. Em sintonia com o pensamento romântico de seu tempo, Pedro, o Segundo, utilizou o museu como repositório das expedições que organizaria, visando escrever a história da nova nação, e como peça importante no processo de modernização do país, elevando o acervo a símbolo da ciência universal.

É importante ressaltar que ambos tiveram a ajuda significativa de suas consortes. Leopoldina, responsável por trazer da Europa, em sua comitiva nupcial, cientistas, artistas, naturalistas, botânicos e mineralogistas que constituíam a missão austríaca, e Teresa Cristina, a Imperatriz arqueóloga.

No delírio carnavalesco que tudo consente, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense a todos convida para uma jornada a um dos maiores museus do mundo. O Museu Nacional se enche de vida e abre suas portas para embarcarmos nessa viagem fantástica.

Cai a noite. Rompendo a fronteira do tempo e do espaço, meteoros cruzam o céu e nos ajudam a desvendar a origem da vida. A sutileza das plantas e dos corais contrasta com a força e a brutalidade dos gigantes que, um dia, dominaram o mundo. Representantes ilustres da megafauna brasileira, surgem, repentinamente, em nossa frente nos lembrando de que houve uma era em que o tamanho fazia toda a diferença.

A noite avança. Majestosas em suas cores e formas, as borboletas enfeitam nossa caminhada. Besouros, mariposas, cigarras e tantos outros insetos promovem uma orquestra sinfônica de zumbidos variados nos salões onde, antes, se ouvia o som dos violinos.

O grande palácio possui estilo neoclássico, com referências ao barroco e ao rococó, que se funde com o matiz selvagem da onça pintada e com as penugens dos tucanos e araras, expressando o tropicalismo original deste território que é proprietário de um dos mais belos santuários da fauna mundial, em suas terras, céus e mares. 240 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

A luz da lua atravessa as vidraças, em nosso caminho vemos um trono, presente do rei Adandozan do Daomé, marcando nossa entrada no continente africano com seus marfins, lanças, tambores e agogôs.

Chegamos ao Egito! Amuletos, múmias e sarcófagos nos revelam os segredos e mistérios das antigas civilizações, conduzindo-nos aos afrescos de Pompéia e ao torso nu da Deusa Vênus, legado do Império Greco-Romano.

A madrugada ainda esconde a aurora do Novo Mundo. Antes do Cristóvão, o Colombo, descobrir a América e de outro Pedro, o Cabral, chegar ao Brasil, este torrão já tinha dono.

Tribos indígenas de todos os cantos se fazem presente. Tem cerâmica Karajá, Marajó e Bororó. Cestaria Nambikwára, Máscara Tikuna e escudo trançado dos Tukano. Tem índio da mata e também do sertão. Índio que caça, que pesca e que dança. Tem índio até que come gente, quem diria?

De Lagoa Santa nas Minas Gerais surge Luzia, a mais antiga das brasileiras, revolucionando todas as teorias sobre a ocupação do continente americano.

Das terras andinas chegam os Incas adornados com penas de araras. Da Amazônia Equatoriana surge o povo Jivaro, que se mistura aos Chancay, Chimu, Moche e Lambayeques, entoando cânticos sagrados com suas trombetas e flautas. A noite termina num espetáculo emocionante.

Os primeiros raios de sol iluminam o Jardim das Princesas, um monumento romântico decorado com guirlandas, conchinhas marinhas e mosaicos de porcelana inglesa, criado pelas mãos das nobres descendentes da Imperatriz Leopoldina. E é sob a luz dourada do amanhecer que os herdeiros da Imperatriz Leopoldinense vêm abraçar essa verdadeira joia paisagística e abrir caminhos para o colorido das pipas que enfeitam o dia ensolarado, para a originalidade dos vendedores ambulantes e para a alegria do povo que se reúne em torno de toalhas estendidas nos gramados. O palácio é do povo! A Quinta do Imperador é de todos nós! O repositório do saber e da preservação se une à celebração popular da vida num encontro “antropológico” verdadeiro e essencial para nossa identidade cultural como povo e como Nação.

Reinando soberana no alto do Palácio Real, a coroa reluzente da Imperatriz festeja o bicentenário do Museu Nacional, berço que embala heroicamente a história das artes, da cultura e das ciências no Brasil!

241 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

Perto de completar 60 anos de fundação, o G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense tem como tradição o compromisso com a cultura e com a arte universais. O conjunto de seus enredos vem traduzindo, de forma singular, a pluralidade do povo brasileiro e, ao longo do tempo, consolidou a verde, branco e ouro da Zona da Leopoldina como uma agremiação com “samba de verdade e identidade cultural” como diz a letra do samba-enredo para o carnaval 2018.

Desde muito cedo a Escola percebeu a importância cultural que um enredo possuía em seu desfile, pois sua narrativa inspira todos os outros elementos nele envolvidos, e, consequentemente, ao atingir milhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro, serviria, muitas vezes, como um ponto de perspectiva filosófica sobre um determinado tema ou assunto. Diante desta reflexão, foi criado, na Imperatriz, em 1967, o primeiro Departamento Cultural de todas as Escolas de Samba que possuía, entre diversas atividades, a responsabilidade da elaboração dos enredos e dos desfiles da Escola.

O nome Imperatriz Leopoldinense remete, indiretamente, à Carolina Josefa Leopoldina, a arquiduquesa austríaca, esposa de D. Pedro I, que se tornou a primeira Imperatriz do Brasil e cujo nome “batizou” a rede ferroviária da Leopoldina e os subúrbios por ela servidos. Através desse laço forte entre a figura histórica de Leopoldina, o nosso território e a nossa agremiação carnavalesca, muitos foram os enredos gresilenses que enveredaram de forma direta ou indireta pelo período monárquico brasileiro.

Em 6 de junho de 1818, poucos meses após o desembarque de Leopoldina no Rio de Janeiro, o Rei D. João VI decretou a criação do Museu Real, com a finalidade de propagar os conhecimentos e estudos das ciências naturais no Reino do Brasil.

São vários os escritores e historiadores que atribuem ao carisma e a influência de Leopoldina junto ao Rei, a construção de uma instituição voltada para promoção da ciência no país e, consequentemente, preenchendo a lacuna deixada pela extinção da Casa de História Natural, popularmente conhecida como “Casa dos Pássaros”, criada pela Rainha Dona Maria I de Portugal, em 1784, no Rio de Janeiro.

O Museu Real, hoje Museu Nacional, completa, em 2018, 200 anos de fundação e, mais uma vez, encontramos a representatividade de Leopoldina, a Imperatriz, unindo os dois universos: história e carnaval. Sem falsa modéstia, nenhuma escola de samba carioca possuí um elo tão significativo com esta instituição quanto a Imperatriz Leopoldinense, levando-se em consideração a importância de nossa patronesse na sua criação e concepção inicial.

Trata-se de uma justa homenagem que a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil fazem através do desfile gresilense ao bicentenário daquele que, para o nosso orgulho, é o maior museu de história natural de toda a América Latina, mantendo para a pesquisa e expondo um acervo cultural e científico inigualável em sua diversidade e números: são nada menos que 20 milhões de exemplares. 242 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

O singular e valioso acervo está abrigado num palácio, que, por sua vez, é cingido por um belo e vasto jardim, a Quinta da Boa Vista. Assim, a roteirização e o desenvolvimento de nosso desfile estão divididos em três momentos, essencialmente referindo-se ao palácio, ao acervo e ao jardim subdivididos em seis setores, que se relacionam diretamente através das ações de seus personagens históricos e suas respectivas contribuições para a edificação cientifica, cultural e artística do Museu Nacional e, consequentemente, do país.

Para um melhor entendimento descrevemos, a seguir, a divisão setorial do desfile da Imperatriz Leopoldinense para o carnaval de 2018, bem como suas respectivas abordagens e detalhamentos.

PRÓLOGO Para muitos pesquisadores e historiadores, a percursora do Museu Real, instituído em 1818, por D. João VI, teria sido a Casa de História Natural, popularmente conhecida como a “Casa dos Pássaros”, criada por D. Maria I, quando ainda era rainha de Portugal.

A “Casa dos Pássaros” foi a primeira instituição no continente Americano com o perfil de “gabinete de curiosidades”, iniciativa tão em moda na Europa dos séculos XVI a XVIII. Ela funcionava onde hoje é a Avenida Passos, no centro do Rio de Janeiro, e se destinava ao colecionamento e depósito de variados animais, plantas, minerais e adornos indígenas, com destaque a uma exuberante coleção de pássaros empalhados, de onde advém seu apelido. Durante três décadas, a Casa dos Pássaros serviu como referência do saber e da ciência no Brasil e nas Américas, até sua extinção em 1813, cinco anos antes de D. João VI, filho de Dona Maria I, criar o Museu Real, mais tarde renomeado Museu Nacional.

Dona Maria I e D. João VI, mãe e filho, que unidos construíram o gérmen da história da ciência no Brasil, serão representados, em nosso desfile, pelo eterno casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Imperatriz Leopoldinense. Maria Helena e Chiquinho, também mãe e filho, que por sua vez ajudaram erguer a história do carnaval carioca contemporâneo, valsarão radiantes em nossa Comissão de Frente. A rainha, inebriada por seu imaginário de exuberância dos pássaros que encontraria no Brasil, dança com o príncipe regente, acompanhados de um nobre cortejo de “pássaros”, todos ambientados por um conjunto de “lampadários” dourados que empresta ao momento uma atmosfera de salão barroco da Era de Dona Maria I, a mentora.

Momento 1 – O Palácio Real da Quinta da Boa Vista Retrata a criação do Museu Nacional ao mesmo tempo em que se construía, nos salões do Palácio da Quinta da Boa Vista, um projeto civilizatório de um país que se consolidava como a potência de um império no Novo Mundo e abandonava o ostracismo intelectual do tempo que servia, basicamente, como uma colônia de exploração.

243 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

SETOR 1 - UMA CORTE REAL NO VERSALHES TROPICAL Ao decretar a criação do Museu Nacional, D. João VI incorpora ao acervo inicial da instituição a coleção de pedras preciosas trazidas para o Brasil pela família real portuguesa, conhecida como Coleção Werner, que será retratada na fantasia do nosso primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, denominada O brilho reluzente dos cristais, traçando um paralelo entre o ponto inicial de criação do museu e a abertura de nosso desfile.

O primeiro setor apresenta também referência à coleção de botânica, uma das primeiras do Museu, patrocinada por Leopoldina, através das fantasias que se denominam Valsa das flores, remetendo ao mesmo tempo ao país de origem da princesa, a Áustria, e à rica coleção de botânica

A história do prédio que serviu como moradia oficial da nobreza brasileira, conhecido como o “Versalhes Tropical”, se mistura à própria trajetória do Museu Nacional que teve sua sede transferida para o palácio em 1892, logo após a proclamação da República, e será retratada em nossa primeira alegoria, como um prenúncio de seu importante papel na cultura brasileira.

Dom Pedro e sua contribuição inicial para o Museu Nacional estão representados na fantasia Presentes para o Imperador enquanto a Imperatriz é homenageada com a fantasia da ala das baianas, Leopoldina, a princesa da independência, da arte e das ciências.

Dom Pedro II apresenta-nos a última ala do primeiro setor, que representa a primeira expedição cientifica brasileira, chamada de Comissão científica do Império, organizada pelo próprio Imperador que convidou os mais importantes e respeitados cientistas da época para desbravarem o sertão do Ceará, em busca de um verdadeiro eldorado de cultura e conhecimento. Fantasias com seis modelos representam as principais atividades dos participantes desta Comissão, cada qual com seus atributos, de zoólogos com puçás, a especialistas em desenho científico, com suas pranchas. A representação desta comissão, que incorpora o primeiro e numeroso acervo brasileiro ao Museu, ajuda, simbolicamente, passagem do primeiro setor, que foca no palácio, para o segundo, que se refere ao acervo hoje nele abrigado.

Pode-se afirmar que foi no Palácio da Quinta da Boa Vista que o Brasil nasceu verdadeiramente como Nação. Com efeito, Pedro I, consolidou um Brasil com sentimento de nação unida e independente que já possuía maturidade para caminhar sozinha e se mostrar grandiosa diante do mundo. Em sintonia com o pensamento romântico de seu tempo, Pedro II utilizou o museu como repositório das expedições que organizaria, visando escrever a história da nova nação, e como peça importante no processo de modernização do país, elevando o acervo a símbolo da ciência universal.

Consolidava-se, desse modo, o acervo de um dos mais importantes museus do mundo, num espaço suntuoso e imponente que abria suas portas aos estudiosos e ao povo brasileiro.

244 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Momento 2 – Uma Noite Real no Museu Nacional Nossa viagem pelo templo do saber e do conhecimento começa aqui! Vamos iniciar uma visita noturna ao Museu e nos surpreender com o espetáculo que irá se apresentar aos nossos olhos. Em cada sala percorrida, grandes festas nos esperam. Bailam meteoros, planetas e tudo o mais. É como se bailes mascarados e apresentações teatrais ao gosto do final do século XIX desvelassem para nós as principais coleções dessa grande instituição do saber. Animais representados por nobres oitocentistas, objetos valiosos carregados por grupos fantasiados, sonhos e encenações estarão reunidos especialmente para nossa “expedição” noturna pelos históricos espaços do Museu Nacional. É de extrema importância ressaltarmos que nossa expedição pelo Museu se dá baseada em um, dos muitos, roteiros de visitação oferecidos aos seus visitantes, no qual os assuntos estão divididos por suas classificações científicas, e não seguem, necessariamente, uma ordem cronológica.

SETOR 2 - DA GÊNESE AO APOCALIPSE: A ORIGEM E A EVOLUÇÃO DA VIDA Cai a noite. Na visão carnavalesca empregada no desfile, nossa “expedição científica” ocorre, conceitualmente, ao anoitecer, delineando um paralelo entre o título do enredo “Uma noite Real no Museu Nacional” e o filme no qual este setor foi inspirado, “Uma noite no museu” (Night at the Museum, 20th Century Fox, 2006), em que, de forma mágica e lúdica, o espaço museológico ganhava vida. A fantasia intitulada “O anoitecer”, do destaque de chão que abre o segundo setor, faz a referência ao cair da noite.

Rompendo a fronteira do tempo e do espaço, meteoros e planetas cruzam o céu e nos ajudam a desvendar a origem da vida e a entrar numa verdadeira féerie, num mundo mágico em que os diferentes itens do acervo parecem participar de um baile à fantasia ou de um espetáculo fin-de-siècle, com seu luxo, originalidade e esplendor. Tudo o que estava formolizado, desidratado, montado, salta dos frascos, ganha vida e dança na avenida transformada em museu vivo.

A sutileza das medusas e dos corais contrasta com a força e a brutalidade dos gigantes que, um dia, dominaram o mundo. Representantes ilustres da megafauna brasileira, surgem, repentinamente, em nossa frente lembrando-nos de que houve uma era em que o tamanho fazia toda a diferença.

Nesse setor faremos referência às primeiras formas de vida do planeta, no tempo em que o Brasil era mar, representadas nas fantasias “Estrelas do mar”, “Corais” e “Medusas”, exemplares da importante coleção de fauna marinha do Museu.

Fechando o setor teremos a segunda alegoria, O santuário de ossos, onde apresentamos os fósseis dos animais gigantes que dominaram a Terra, alguns deles extintos, devido à queda de um cometa, há milhões de anos.

245 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

SETOR 3 - UM NOVO MUNDO E SEUS NOVOS HABITANTES: VERTEBRATA ET INVERTEBRATA A noite avança. Continuando nossa “expedição” pelas galerias do museu, um novo mundo nos é oferecido em espetáculo. Nas seções de zoologia, fantasias referentes a animais de diferentes espécies de nossas terras, céus e mares bailarão a nossa frente, desde a sutileza das borboletas até a ferocidade da onça pintada.

Invertebrados Com diversas linhas de pesquisas envolvendo insetos, o Departamentos de Entomologia e de Invertebrados do Museu Nacional reúnem várias das maiores e mais representativas coleções da América Latina, possuindo cerca de cinco milhões de exemplares disponíveis para pesquisadores de instituições do Brasil e do exterior. Um surpreendente balé, aqui representado pelas fantasias “O mistério das aranhas”, “O encanto das borboletas”, “A sinfonia dos besouros”, recebe os visitantes.

Vertebrados Instalado no Horto Botânico do Museu Nacional, o Departamento de Vertebrados detém um dos maiores acervos científicos sobre a biodiversidade neotropical. Suas coleções foram iniciadas no final do século XIX, abrangendo cerca de um milhão de espécimes. O espetáculo das fantasias dos “Os peixes”, “A onça pintada” e “O tucano” se desenrola sob os olhares extasiados da nossa expedição.

Fechando o terceiro setor de nosso desfile a alegoria denominada “O incrível mundo da zoologia”, reconstrói partes importantes das coleções apresentadas no Museu, em seus diversos métodos de exposição, nos trazendo esculturas e fantasias inspiradas nas mais variadas espécies de animais, vertebrata et invertebrata, em suas diversas formas e cores.

SETOR 4 - MISTERIOSAS CIVILIZAÇÕES DO PASSADO A luz da lua atravessa as vidraças e o sereno as umedece. O espetáculo se desenrola em outro ambiente. As antigas civilizações nos remetem ao outro lado do Oceano Atlântico. A África do Rei de Daomé, o Egito, com suas múmias e sarcófagos, e o acervo greco-romano, oriundos das escavações financiadas pela Imperatriz Teresa Cristina, conhecida como a Imperatriz Arqueóloga, fornecem os elementos para mais um surpreendente espetáculo em que esses objetos também ganham vida.

Kumbukumbu - África A disputa de poder entre nações africanas e a violência colonial acabou por dispersar objetos africanos para instituições de pesquisa do mundo todo. O Museu Nacional, principal instituição científica do Brasil, não foi exceção. Objetos usados pelos povos do sul da África, foram compradas ou recebidas em doação pelo Museu durante as guerras coloniais marcada pela violência na conquista e manutenção territoriais, bem como pela propagação dos clãs religiosos e familiares. Sintetizando os elementos da exposição Kumbukumbu, as alas “Tambor africano” e “O trono do rei de Daomé”, exibem seus objetos rituais

246 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018 chamando a atenção para a terrível período da escravidão que enriqueceu nações, como o Reino de Daomé, através do tráfico e da servidão de seres humanos.

Egiptologia no Brasil A Egiptologia não é nova no Brasil. O Egito Antigo já despertara a curiosidade e a paixão de D. Pedro I e depois de D. Pedro II, nosso “primeiro egiptólogo”. A primeira fase da egiptologia brasileira se deu com a compra dos objetos que iniciariam coleção egípcia do atual Museu Nacional, em grande parte adquirida por D. Pedro I. Alguns dos objetos da coleção foram dados de presente ao seu filho, D. Pedro II, que, como imperador, visitou o Egito com sua esposa Teresa Cristina e comitiva por duas vezes, uma em 1871 e outra em 1876.

A Ala de Passistas da Imperatriz representará, através de suas fantasias, as “Relíquias sagradas do Egito”, em alusão aos amuletos expostos em deferência aos Deuses Hórus e Meretseguer. A Rainha de Bateria representará a “Deusa Bastet” enquanto a Orquestra Leopoldinense nos envolverá com o “Enigma das múmias”. Com efeito, o Museu Nacional possui uma delas considerada peça rara no mundo devido à técnica que mantém os membros enfaixados separadamente, livres

Arqueologia Clássica greco-romana A Imperatriz Teresa Cristina foi responsável pela formação da coleção de arqueologia clássica do Museu Nacional, que é a mais importante coleção greco-romana da América do Sul com peças provenientes de vários sítios arqueológicos da Itália. Hoje estão em exposição aproximadamente 700 peças de diferentes materiais produzidas entre o século VII a.C. e o século III d.C..

A festa continua. A importância de Teresa Cristina, nossa segunda Imperatriz, como patrocinadora das expedições arqueológicas no Mediterrâneo é destacada pela entrada no salão de damas representando “Os afrescos de Pompéia” e, logo depois, das divertidas “Ânforas gregas”.

A alegoria que encerra o quarto setor é denominada “Tesouros arqueológicos das antigas civilizações” e mescla referências do Egito Antigo, através dos seus amuletos e objetos sagrados, e da cultura greco-romana, com as suas cerâmicas, pinturas e esculturas descobertas em expedições arqueológicas no Mediterrâneo, preenchendo de forma suntuosa as ruinas do templo de Ísis.

Uma observação importante é a apresentação do sarcófago egípcio, que nunca foi aberto, da múmia Sha-Amun-em-su. Uma mulher que, segundo as pinturas do Esquife, seria uma cantora do templo de Amon.

247 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

SETOR 5 - ANTES DE COLOMBO E CABRAL: CONSTRUINDO A AMÉRICA

A madrugada ainda esconde a aurora do Novo Mundo. O passeio pelas salas do Museu nos leva, agora, a uma espécie de espetáculo mágico, em que as peças do museu são inspirações para uma série de encenações fascinantes. Mais uma vez ressaltamos que nossa roteirização é baseada em um roteiro de visitação às salas do Museu Nacional, e que não segue, obrigatoriamente, uma sequência cronológica de tempo.

A antropologia pré-colombiana compõe um dos acervos mais ricos e diversificados do Museu. Objetos do artesanato dos mais diversos grupos representarão a multiplicidade cultural e ritualística da América, desde os índios brasileiros até os povos andinos. A face reconstituída de Luzia nos apresenta o fóssil humano mais antigo do solo americano: a primeira brasileira.

Etnologia Indígena Brasileira Uma das maiores coleções do Setor de Etnologia do Museu Nacional é aquela da Comissão Rondon, com cerca de 1.500 itens. À medida que Rondon avançava sobre o território indígena, sua equipe ia recolhendo e enviando ao Museu Nacional peças e artefatos de vários grupos.

Na nova sala em que adentramos em nosso passeio, destacam-se os grupos apresentando as “Máscaras Tikuna” e as “Cerâmicas” produzidas pela tribo dos “Karajás”, verdadeiras representações dos estudos etnológicos das tribos indígenas brasileiras.

Luzia, das cavernas de Minas Gerais a “primeira brasileira” O crânio e ossos da coxa e da bacia de Luzia foram achados em 1975, em Lagoa Santa, Minas Gerais. Seu esqueleto foi datado de 11,5 mil anos atrás e ela deve ter morrido aos 25 anos. Neste século, seu rosto foi reconstituído na Inglaterra. Seres primitivos surgem dançando em honra do esqueleto humano mais antigo encontrado no Brasil.

Antropologia biológica – Povos Andinos As civilizações andinas compunham um mosaico de diferentes culturas independentes que se desenvolveram no entorno da Cordilheira dos Andes, destacando-se, no espetáculo apresentado em nosso desfile, “O império Inca”, última entidade política soberana que emergiu das civilizações andinas antes da conquista pelos espanhóis, e a cultura “Moche”, que floresceu no Peru entre os anos 100 a.C. e 800 d.C..

Fechando o Quinto Setor apresentamos alegoria “A antropologia e a etnologia tribal pré- colombiana”, mostrando um intercâmbio etnológico entre as tribos que compunham a população americana, antes da chegada de Colombo.

248 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Nosso passeio pelas salas do Museu parece ter chegado ao fim. Os bailes e encenações que se sucederam durante essa noite mágica se evanescem no ar. A noite termina deixando saudades e a certeza de que o Museu Nacional guarda, em suas salas, parte importante da nossa brasilidade.

Mas uma nova surpresa nos aguarda!

Momento 3 – À luz dourada do amanhecer... O palácio é do povo! A Quinta do Imperador é de todos nós! O repositório do saber e da preservação se une à celebração popular da vida num encontro “antropológico” verdadeiro e essencial para nossa identidade cultural como povo e como Nação.

SETOR 6 - A QUINTA DO IMPERADOR E DO POVO BRASILEIRO O nosso desfile termina com o amanhecer na Quinta da Boa Vista. Essa paisagística brasileira é, agora, ocupada pelo povo que enche seus jardins com piqueniques, músicas e brincadeiras.

Os descendentes da Imperatriz Leopoldinense também se apropriam desse território com sua galhardia e com a sua nobreza, celebrando, ao final, no Jardim das Princesas, mais um imponente carnaval.

As fantasias do último setor remetem ao encontro “antropológico” promovido por nós, brasileiros, nos gramados e alamedas ensolarados da Quinta do Imperador.

A alegoria que fecha o desfile ostenta o símbolo maior de nossa heráldica coroando o bicentenário do Museu Nacional, alicerce de arte, ciência e cultura universais, e motivo de orgulho para todos os brasileiros, desta vez inspirada no Jardim das Princesas, monumento romântico decorado no estilo rococó, enfeitado com conchinhas e mosaicos de porcelana inglesa, criado pelas mãos das princesas descendentes da Imperatriz Leopoldina, aqui apropriado pelo provo.

249 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

SETOR 01 UMA CORTE REAL NO VERSALHES TROPICAL

Comissão de Frente A NOBREZA DOS PÁSSAROS EM CORTEJO PARA O REI E A RAINHA

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Thiaguinho Mendonça e Rafaela Teodoro O BRILHO RELUZENTE DOS CRISTAIS

Ala 01 – Comunidade A VALSA DAS FLORES

Abre-Alas – Alegoria 01 O PALÁCIO REAL DA QUINTA DA BOA VISTA - O VERSALHES TROPICAL -

Ala 02 – Comunidade PRESENTES PARA O IMPERADOR

Ala 03 – Baianas LEOPOLDINA, A PRINCESA DA INDEPENDÊNCIA, DA ARTE E DAS CIÊNCIAS

Destaque de Chão Edinei Paiva D. PEDRO II

Ala 04 – Comunidade A COMISSÃO CIENTÍFICA DO IMPÉRIO

250 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

SETOR 02 DA GÊNESE AO APOCALIPSE: A ORIGEM E A EVOLUÇÃO DA VIDA

Balões Destaque de Chão Balões ASTROS Luizinho 28 ASTROS E PLANETAS O ANOITECER E PLANETAS

Balões ASTROS E PLANETAS

Ala 05 – Comunidade ESTRELAS DO MAR

Ala 06 – Comunidade CORAIS

Ala 07 – Comunidade MEDUSAS

Destaque de Chão Natália Reis OS COMETAS RISCAM O CÉU

Grupo Show (Comunidade) PALEONTÓLOGOS

Alegoria 02 O SANTUÁRIO DE OSSOS

SETOR 03 UM NOVO MUNDO E SEUS NOVOS HABITANTES: VERTEBRATA ET INVERTEBRATA

Ala 08 – Comunidade O MISTÉRIO DAS ARANHAS

Ala 09 – Comunidade O ENCANTO DAS BORBOLETAS

Ala 10 – Comunidade A SINFONIA DOS BESOUROS

251 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Destaque de Chão Ketula Mello COBRA -RÉPTEIS-

Ala 11 – Comunidade OS PEIXES - VERTEBRADOS DO MAR -

Ala 12 – Comunidade A ONÇA PINTADA - VERTEBRADOS DA TERRA -

Ala 13 – Comunidade O TUCANO - VERTEBRADOS DO AR -

Destaque de Chão Pamela Gomes ARARA AZUL

Alegoria 03 O INCRÍVEL MUNDO DA ZOOLOGIA

SETOR 04 MISTERIOSAS CIVILIZAÇÕES DO PASSADO

Ala 14 – Comunidade TAMBOR AFRICANO

Ala 15 – Comunidade O TRONO DO REI DE DAOMÉ

Ala 16 – Passistas RELÍQUIAS SAGRADAS DO EGITO

Rainha de Bateria Flavia Lyra A DEUSA BASTET

252 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Ala 17 – Bateria O ENIGMA DAS MÚMIAS

Ala 18 – Comunidade OS AFRESCOS DE POMPÉIA - TRIBUTO A IMPERATRIZ TERESA CRISTINA -

Ala 19 – Comunidade ÂNFORAS GREGAS

Destaque de Chão Monique Serpa A DEUSA VÊNUS

Alegoria 04 TESOUROS ARQUEOLÓGICOS DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES

SETOR 05 ANTES DE COLOMBO E CABRAL: CONSTRUINDO A AMÉRICA

Ala 20 – Comunidade MÁSCARA TIKUNA

Ala 21 – Comunidade CERÂMICA KARAJÁ

Ala 22 – Comunidade LUZIA DAS CAVERNAS DE MINAS GERAIS A “PRIMEIRA BRASILEIRA”

Ala 23 – Comunidade ARTE MOCHICA

Ala 24 – Comunidade A METALÚRGICA INCA

Destaque de Chão Nathalia Nascimento MUIRAQUITÃ

253 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

Alegoria 05 A ANTROPOLOGIA E A ETNOLOGIA TRIBAL PRÉ-COLOMBIANA

SETOR 06 A QUINTA DO IMPERADOR E DO POVO BRASILEIRO

Ala 25 – Comunidade AS PIPAS GANHAM ARES E OS VENDEDORES AMBULANTES PEDEM PASSAGEM

Ala 26 – Comunidade PIQUENIQUES NA QUINTA

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marcílio Diamante e Elaine Fernanda A DANÇA DOS CISNES

Ala 27 – Ala Mirim PEQUENOS EXPEDICIONÁRIOS DO SABER

Ala 28 – Compositores CONCERTOS NA QUINTA

Ala 29 – Velha-Guarda HERDEIROS DA IMPERATRIZ

Ala 30 – Comunidade AS PRINCESAS DE RAMOS

Alegoria 06 GIRA A COROA DA MAJESTADE NO BICENTENÁRIO DO MUSEU NACIONAL

254 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 O PALÁCIO REAL DA “Onde a musa inspira a poesia QUINTA DA BOA VISTA A cultura irradia o cantar da Imperatriz -O VERSALHES TROPICAL- É um palácio, emoldura a beleza Abrigou a realeza, patrimônio é raiz Que germinou e floresceu lá na colina A obra-prima viu o meu Brasil nascer”

A introdução do nosso samba sintetiza de forma magistral a representação de nossa primeira alegoria. O Palácio da Quinta da Boa Vista, que hoje é a sede do Museu Nacional, serviu como residência oficial da realeza no Brasil, abrigando um rei, dois imperadores, suas esposas, príncipes e princesas. Suas galerias e salões foram testemunhas de um país que Imagem meramente ilustrativa nascia e se consolidava em torno de um sentimento de com base na ideia original do Nação unida e independente. elemento alegórico, que Devido a sua suntuosidade, com salões decorados com naturalmente sofreu alterações inspiração rococó e ao seu implante num vasto jardim, (técnicas/artísticas) durante sua com alamedas e lagos, foi apelidado de “Versalhes realização para uma melhor Tropical” em comparação ao palácio real francês. adaptação ao desfile. A arquitetura é neoclássica em voga no início do século XIX, época de sua construção. Ao longo dos anos, o Palácio recebeu acréscimos do gosto eclético, em moda no final daquele mesmo século, período em que D. Pedro II reinava no Brasil. E estilo eclético lança mão de vários estilos anteriores, como o barroco e o rococó, presente em decorações de ambientes, como a sala do Trono. Assim, ressaltando o exagero estético do barroco, concebido na profusão de anjos e ornamentações inseridas em sua estrutura, a alegoria apresenta, em escala reduzida, a fachada do Museu Nacional, tema de nosso enredo, completada por referências artísticas originárias da “Sala do Trono”, remetendo-nos ao tempo no qual o Palácio era a sede monárquica do Brasil. No alto da alegoria destaca-se a Coroa símbolo da Imperatriz Leopoldinense e do Império, trazendo em sua concepção o mesmo conceito artístico empregado no restante da alegoria, misturando as referências entre o barroco e o eclético.

255 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 (Continuação) A “figura de proa” e reproduzida em menor escala em outros momentos do carro é uma máscara de alegoria O PALÁCIO REAL DA feminina, inspirada nas feitas em ferro forjado, existentes QUINTA DA BOA VISTA nos portões do palácio. Ao mesmo tempo, o -O VERSALHES TROPICAL- desenvolvimento industrial e da metalurgia que permitem a obtenção de tais figuras e a alegoria à figura feminina representando virtudes são marcas do século XIX eclético. É importante ressaltar a escolha desses dois estilos utilizados na concepção de nossa coroa (barroco e eclético). Ambos simbolizam dois pontos distintos da história através de suas linguagens artísticas: o ecletismo ligado ao conceito de uma nova linguagem arquitetônica, representando o “moderno”, o olhar para o futuro, e o

barroco ligado ao “clássico” e ao “tradicional”. Imagem meramente ilustrativa com base na ideia original do DESTAQUE CENTRAL: A MUSA QUE INSPIRA A elemento alegórico, que POESIA: As musas habitavam o templo Mouseion, termo naturalmente sofreu alterações que deu origem à palavra “museu” definido como o local (técnicas/artísticas) durante sua de preservação das artes e ciências. Na visão carnavalesca realização para uma melhor apresentada pela Imperatriz, ela faz referência, em suas adaptação ao desfile. cores e forma, à heráldica Leopoldinense.

DESTAQUE FRONTAL: ODE ÀS FLORES: A Imperatriz Leopoldina foi, reconhecidamente, uma apaixonada por artes e ciência, tendo um papel preponderante na construção do acervo inicial do Museu Nacional, aqui representado pela fantasia “Ode às flores” em referência a botânica, apresentando uma leitura contínua com a primeira ala da Imperatriz: a valsa das flores.

COMPOSIÇÕES: As demais fantasias que compõem o carro abre-alas, mantêm como referência artística a heráldica Leopoldinense, em uma alusão carnavalizada às musas do templo Mouseion.

256 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 O SANTUÁRIO DE OSSOS A segunda alegoria da Imperatriz encerra o setor denominado “Da gênese ao apocalipse: A origem e a evolução da vida”, título de uma das exposições permanentes do Museu, retratando um parque rupestre, onde ossadas de dinossauros e de outros animais, representantes da megafauna brasileira, dividem espaços com andaimes e paleontólogos que exploram e reconstroem os esqueletos descobertos em pesquisas e explorações. Na parte frontal do carro encontramos o Meteorito de Bendegó, o maior exemplar da coleção brasileira. O meteoro foi descoberto em 1784, no sertão da Bahia, e permaneceu no riacho Bendegó, razão de sua denominação, Imagem meramente ilustrativa por 103 anos, até que D. Pedro II providencia sua remoção com base na ideia original do para o Rio de Janeiro, o que acabou se tornando uma verdadeira epopeia. elemento alegórico, que No centro da alegoria são apresentadas cinco reproduções naturalmente sofreu alterações ampliadas de crânios do dinossauro Maxakalisaurus topai, (técnicas/artísticas) durante sua um animal herbívoro que viveu há cerca de 80 milhões de realização para uma melhor anos, na América do Sul, e que após a descoberta de ossos adaptação ao desfile. feita pela geóloga Karen Goldberg, em Campina Verde (MG), pode ter uma réplica do seu esqueleto reconstruída, tornando-se uma das grandes atrações do Museu Nacional. Nas laterais do carro alegórico encontraremos também duas esculturas em referência às preguiças gigantes, do período Pleistoceno, cujos fosseis originais também se encontram expostos no Museu Nacional.

DESTAQUE CENTRAL E COMPOSIÇÕES FEMININAS: FRAGMENTOS DOS GIGANTES QUE DOMINARAM O MUNDO – O destaque principal e as composições femininas representam, em suas fantasias, os fósseis de esqueletos dos dinossauros, encontrados nas diversas expedições promovidas pelo Museu Nacional, coordenadas pela equipe de Paleontologia.

COMPOSIÇÕES MASCULINAS: OS DESBRAVADORES DO PASSADO – Completando a proposta temática do segundo carro alegórico, as composições masculinas representam a equipe de pesquisadores (arqueólogos e paleontólogos), que através de seu trabalho desvendam e remontam, no presente, que dominaram o mundo, no passado.

257 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 O INCRÍVEL MUNDO DA Encerrando o Setor denominado “Um novo mundo e seus ZOOLOGIA novos habitantes: vertebrata et invertebrata”, a terceira alegoria da Imperatriz faz referência a mais uma das exposições permanentes do Museu Nacional. Após a extinção dos dinossauros e de outros gigantes que dominavam o planeta, um novo mundo nos é apresentado através de uma nova forma de vida. “O Incrível Mundo da Zoologia” completa o setor dedicado a esta ciência, incorporando também a entomologia (ramo da zoologia que estuda os insetos) e outras disciplinas que pesquisam outros artrópodes. A alegoria intercala partes das diversas coleções expostas no Museu Nacional dedicadas aos animais em Imagem meramente ilustrativa suas mais variadas espécies. com base na ideia original do Na parte central, as três plataformas de vitrines exibem elemento alegórico, que uma colônia de insetos, verdadeiras jóias da natureza naturalmente sofreu alterações junto a um belíssimo panapaná (borboletas). A parte (técnicas/artísticas) durante sua frontal, com esculturas de besouros e uma orquestra viva realização para uma melhor de cigarras, relebram os antigos bailes promovidos nos adaptação ao desfile. salões do palácio. Uma revoada de pássaros adorna o carro alegórico, tem tucano, tiê, quero-quero, arara... Abraçando a parte traseira da alegoria, completando nossa exposição de vertebrata et invertebrata, uma escultura da lula-gigante, uma das grandes atrações do Museu.

DESTAQUE CENTRAL (SUPERIOR): A HARPIA - GAVIÃO REAL – Tida como uma das aves mais fortes do planeta, a harpia é o predador alado brasileiro mais poderoso, e devido a destruição da Mata Atlântica, já é uma espécie rara no leste do nosso país. A Harpia é a ave símbolo do Museu Nacional.

DESTAQUE CENTRAL (MEIO): O MAESTRO LOUVA-A-DEUS – Escolhemos o Louva-a-Deus, inseto da ordem Mantodea, para reger a nossa “orquestra de insetos”.

258 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 (Continuação) DESTAQUES FRONTAIS: ARANHA E MOSCAS – Ainda com referência ao estudo dos insetos e outros O INCRÍVEL MUNDO DA artrópodes do Museu Nacional, apresentemos como ZOOLOGIA destaques na parte frontal da alegoria, a Aranha (arachnida) e as Moscas (Diptera).

COMPOSIÇÕES MASCULINAS: AS CIGARRAS – “O canto da cigarra em sinfonia relembrou aqueles dias que não voltarão jamais” Na visão carnavalizada característico de um desfile de Escola de Samba, as cigarras (Hemípteros) do Museu Nacional representam uma orquestra sinfônica de zumbidos, nos salões onde, antes, se ouvia o som dos violinos.

Imagem meramente ilustrativa COMPOSIÇÕES FEMININAS: OS PÁSSAROS – As com base na ideia original do fantasias das composições femininas representam a elemento alegórico, que imensa coleção de pássaros do setor de zoologia do naturalmente sofreu alterações Museu Nacional, destacando-se o quero-quero, o tiê, o (técnicas/artísticas) durante sua tucano e a arara. realização para uma melhor adaptação ao desfile.

259 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 TESOUROS “A brisa me levou para o Egito ARQUEOLÓGICOS DAS onde um solfejo lindo da cantora de Amon ANTIGAS CIVILIZAÇÕES ecoa sob a lua e o sereno Perfumando a Deusa Vênus sem jamais sair do tom”

Nossa quarta alegoria conclui o setor intitulado “Misteriosas Civilizações do Passado” sintetizando elementos primordiais da exposição denominada Arqueologia, do Museu Nacional. A alegoria mescla não somente referências do Egito Antigo, através dos seus amuletos e objetos sagrados, como também da cultura greco-romana, com as suas cerâmicas, pinturas e esculturas, descobertas em Imagem meramente ilustrativa expedições arqueológicas no Mediterrâneo, preenchendo com base na ideia original do de forma suntuosa as ruinas do templo de Ísis. elemento alegórico, que Ísis é uma deusa da mitologia egípcia, porém sua naturalmente sofreu alterações adoração se estendeu por todas as partes do mundo (técnicas/artísticas) durante sua greco-romano, o que justifica a construção de um templo realização para uma melhor em sua glória na cidade de Pompéia, no fim do século II adaptação ao desfile. a.C., local onde foram encontrados os famosos “Afrescos de Pompéia” expostos no Museu Nacional. A parte frontal da alegoria apresenta uma escultura dedicada a deusa Ísis, com suas asas abertas, simbolizando a proteção. Ísis é mãe do deus Hórus, também representados à frente e nas laterais do carro alegórico. (O Museu Nacional possui em exposição uma estátua da deusa Ísis, de 21 cm, do Início do Período Ptolomaico, 310 a.C.) Na parte superior da Alegoria destaca-se o sarcófago egípcio, que nunca foi aberto, da múmia Sha-Amun-em- su. Uma mulher que, segundo as pinturas do esquife, seria uma cantora do templo de Amon. Esse sarcófago fechado se tornou uma das maiores curiosidades do Museu Nacional. Na parte posterior da alegoria, destacamos uma escultura do “Torso Nu”, uma representação da Deusa Vênus encontrada nas escavações realizadas em 1853, por patrocínio da Imperatriz Teresa Cristina.

260 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 (Continuação) Egito Antigo: O Museu Nacional detém a maior coleção egípcia da América Latina. Ela pertenceu a Pedro I e Pedro II, TESOUROS incluindo múmias, que eram elaboradas em rituais religiosos ARQUEOLÓGICOS DAS como preparação para a vida eterna. Os esquifes apresentam a ANTIGAS CIVILIZAÇÕES comunicação no Egito Antigo, os hieróglifos – um dos primeiros registros escritos. São peças com valor artístico,

histórico e científico, trazendo elementos da mitologia egípcia representando o Céu e a Terra. Culturas do Mediterrâneo: A Coleção Greco-Romana do Museu Nacional é fruto do fascínio da Imperatriz Teresa Cristina pela arqueologia e também da sua forte determinação em aumentar a presença italiana no Brasil através de intercâmbios, chegando a cogitar a criação, aqui, de um museu de arqueologia romana. A maior parte desse acervo greco-romano chegou ao Brasil entre 1853 e 1859, mas continuou a ser enriquecido até a Imperatriz deixar o país em 1889, quando passou à guarda do Imagem meramente ilustrativa Museu Nacional. A coleção é composta, hoje, por mais de 700 com base na ideia original do peças. elemento alegórico, que naturalmente sofreu alterações DESTAQUE CENTRAL: HARSIESE E AS RELÍQUIAS (técnicas/artísticas) durante sua DO EGITO – O destaque principal da alegoria representa a realização para uma melhor figura de Harsiese, que devido a riqueza de seu esquife, em exposição no Museu Nacional, pressupõe-se que era um alto adaptação ao desfile. funcionário da hierarquia egípcia.

DESTAQUES LATERAIS: AS SACERDOTISAS – Representam as sacerdotisas do Templo de Ísis, tendo em suas fantasias referências aos objetos expostos no Museu Nacional na coleção Culturas do Mediterrâneo.

COMPOSIÇÕES: OS TESOUROS ARQUEOLÓGICOS DE POMPÉIA – As escavações patrocinadas pela Imperatriz Teresa Cristina, em Pompéia, nos trouxeram grandes tesouros da arqueologia, aqui simbolizados pelas sacerdotisas do templo de Ísis com suas ânforas.

COMPOSIÇÕES MASCULINAS 1 – OS GUARDIÕES DO PASSADO – Representam os guardas reais egípcios que guardavam os portões dos templos, palácios e pirâmides.

COMPOSIÇÕES MASCULINAS 2 – AS MÚMIAS – Representam um dos mais importantes acervos de múmias do mundo, patrimônio brasileiro exposto no Museu Nacional.

261 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 A ANTROPOLOGIA E A “Antes de Cristóvão Colombo descobrir a América e de ETNOLOGIA TRIBAL PRÉ- Pedro Álvares Cabral Chegar ao Brasil, esse torrão já COLOMBIANA tinha dono. ”

Nossa quinta alegoria completa o setor dedicado à antropologia biológica e à etnologia, um dos acervos mais ricos e diversificados do Museu Nacional. Objetos do artesanato das mais diversas tribos representam a multiplicidade cultural e ritualística da América, desde os índios brasileiros até os povos andinos. É importante ressaltar, mais uma vez, que o desfile da Imperatriz não está baseado em uma linha cronológica da

história, mas sim em uma abordagem abalizada nos Imagem meramente ilustrativa possíveis roteiros de visitações oferecidos pelo Museu com base na ideia original do aos seus visitantes. elemento alegórico, que A parte frontal da alegoria representa a imagem de dois naturalmente sofreu alterações índios caçadores, sobre um jarro de cerâmica, além das (técnicas/artísticas) durante sua esculturas de felinos, todos com uma textura referente à realização para uma melhor pintura Marajoara, umas das mais representadas no adaptação ao desfile. Museu. Os índios da Ilha de Marajó se destacavam pela confecção de cerâmica, e este saber tradicional está sendo objeto de um processo com vistas ao seu registro como patrimônio imaterial brasileiro. A segunda parte da alegoria nos remete não só à riqueza e ao esplendor da metalurgia Inca, como também insere referências à arte mochica, com seus artefatos e amuletos, também fundidos em ouro. Na parte final do carro percebemos um grande sol representando o ouro das culturas provenientes dos povos andinos. Por trás deste, abrindo o último setor de nosso desfile, um outro sol revela a “luz dourada do amanhecer”, na Quinta da Boa Vista onde o colorido das pipas e dos balões enfeitam o céu, e o povo com brincadeiras, piqueniques e muita alegria celebra à vida em seus jardins.

262 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 (Continuação) DESTAQUE FRONTAL: A ARTE MARAJOARA – A fantasia sintetiza o artesanato marajoara em cerâmica, A ANTROPOLOGIA E A enfatizando a pintura característica dessa arte indígena. ETNOLOGIA TRIBAL PRÉ- COLOMBIANA DESTAQUE CENTRAL: O SENHOR SIPAN – A fantasia do destaque principal da alegoria faz uma referência ao Deus Mochica “Senhor Sipan”, adornado com peças de ouro, inspiradas nas joias encontradas no complexo arqueológico de Huaca Rajada.

COMPOSIÇÕES: AS JOIAS DOS ANDES – As composições reforçam o conceito da metalurgia Andina, destacando-se os Incas e o povo Mochica, como objeto de cultura, riqueza e saber, complementando a figura do

Destaque Principal da alegoria. Imagem meramente ilustrativa com base na ideia original do COMPOSIÇÕES: OS JÍVAROS EM RITUAIS – elemento alegórico, que Representam o ritual tsansa, que se iniciava após o naturalmente sofreu alterações término de um combate e consistia em reduzir a cabeça (técnicas/artísticas) durante sua dos inimigos, fossem eles homens ou mulheres. realização para uma melhor adaptação ao desfile.

263 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 GIRA A COROA DA “À luz dourada do amanhecer MAJESTADE NO as princesas deixam o jardim BICENTENÁRIO DO MUSEU os portões se abrem pro lazer NACIONAL pipas ganham ares encontros populares decretam que a quinta é pra você”

Encerrando o último setor do desfile gresilense denominado “A Quinta do imperador e do povo brasileiro”, a sexta alegoria apresenta referências importantes sobre a joia paisagista onde se encontra o Museu Nacional. Na parte frontal do carro a escultura de um cisne, ave predominante no parque, e inspiração para as dezenas de “pedalinhos” que flutuam sobre os seus lagos. No centro da alegoria o Templo de Apolo, inaugurado em 1910 em uma ilha artificial para a realização de concertos musicais, sustenta a Coroa da Imperatriz, que gira em honra ao bicentenário do Museu Nacional. Nas laterais do carro, veem-se referências ao Jardim das Princesas, um monumento romântico criado pelas mãos das nobres descendentes da Imperatriz Leopoldina. Na parte traseira da alegoria, uma biblioteca nos lembra que o Museu Nacional faz parte de umas das instituições de ensino mais respeitadas do país, sendo internacionalmente reconhecido como repositório de saber e cultura. É importante ressaltar que a coroa Leopoldinense apresentada na sexta alegoria é inspirada artisticamente no Jardim das Princesas, decorada com guirlandas, conchinhas marinhas e mosaicos de porcelana inglesa, remetendo ao gosto eclético em voga na época, o qual lança mão de referências do rococó e do barroco, nos carnavais da Imperatriz Leopoldinense. No alto, completando o conjunto alegórico, um grande balão colorido encerrará nosso desfile e, dele, a Princesa Leopoldina, que de herança nos deixou seu jardim, contempla a mais bela joia paisagística e a homenagem que a Imperatriz Leopoldinense presta ao monumento às artes, às culturas e às ciências no Brasil.

264 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 (Continuação) DESTAQUE FRONTAL: O IMPERADOR DA LEOPOLDINA (ELYMAR SANTOS) – O cantor GIRA A COROA DA Elymar Santos, nosso destaque tradicional, representará a MAJESTADE NO figura do Imperador da Leopoldina, configurando o BICENTENÁRIO DO MUSEU “abraço” cultural entre a Agremiação Imperatriz NACIONAL Leopoldinense e o Museu Nacional.

COMPOSIÇÕES: EXPEDICIONÁRIOS DO SABER – Na parte posterior da alegoria, sobre os livros que representam o Museu como instituição de ensino, encontram-se os expedicionários do saber.

COMPOSIÇÕES: AS PRINCESAS DE RAMOS – As composições representarão as primeiras princesas moradoras do palácio, que durante anos, foram as

responsáveis diretas pela ornamentação do belo jardim.

265 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Simone Drumond Empresária Nathalia Drumond Empresária Paola Drumond Advogada Elymar Santos Cantor Neucimar Pires Estilista Luizinho 28 Estilista Ray Menezes Estilista Dona Elizabeth Empresária Natalia Nascimento Empresária Ketula Mello Dançarina Pâmella Gomes Bailarina Monique Elias Advogada / Digital Influencer Natália Reis Fisiculturista / Atleta wellness Manoel Gonçalves Empresário

Local do Barracão Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro Diretor Responsável pelo Barracão Junior Escafura Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Gino Jorge Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Lael Daniel Soave Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Kibe Franco Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato Silva - Projetista Rafael Gonçalves - Figurinista Edward de Moraes - Chefe de adereço Ana - Almoxarife Marco Monte - Arte em Espuma Daniel Soave - Pintura de Arte Lael - Esculturas

266 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

01 A Valsa das “A valsa das flores” faz referência Comunidade Direção de Flores musical ao país de origem de nossa (2008) Carnaval primeira Imperatriz, a Áustria, assim como à coleção de botânica do Museu Nacional, que teve participação Direta de Leopoldina em sua criação. O bailado da valsa resgata o tempo em que o Palácio da Quinta da Boa Vista serviu como palco de grandes bailes e saraus, embalados pelo som de cravos e violinos. A ala conta também com as figuras de “guardiões” em suas laterais, carregando um candelabro com uma profusão de plantas tropicais, em substituições às velas. Na comitiva que acompanhou Leopoldina ao Brasil, para o seu casamento com D. Pedro, encontravam- se cientistas, artistas e estudiosos que, através do interesse e do patrocínio da princesa, constituíram aquela que viria a ser a principal expedição científica ao interior das desconhecidas terras brasileiras no primeiro império: A missão austríaca. Essa expedição contou com a participação do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius, um dos principais responsáveis pela pesquisa e catalogação da flora brasileira, e na medida em que ia desbravando nossas florestas e matas, enviava diretamente para Leopoldina o resultado e as amostras de suas descobertas. Este material, por consequência, enriquecia as coleções do Museu Real.

267 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Presentes para o Muitos foram os ilustres visitantes Comunidade Direção de Imperador que estiveram no Palácio da Quinta (2008) Carnaval da Boa Vista durante o período Monárquico brasileiro. Como sempre, é praxe comum a troca de presentes entre os chefes de nações como demonstrações de apreço e admiração.

Alguns desses presentes foram incorporados às coleções do Museu Nacional. Dentre os mais antigos estão o Manto Owhyeen e o bastão cerimonial, ambos presentes do Rei Tamehameha II, do Havaí, a D. Pedro, em 1824.

Nosso imperador retribui com rica espada e um anel de brilhantes.

E aqui representado, o soberano, como reconhecimento, agrega o manto e o bastão a sua indefectível indumentária.

268 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

03 Leopoldina, a Traçando um paralelo entre o período Baianas Raul Cuquejo Princesa da monárquico brasileiro e a construção do (1959) Independência, Museu Real, a princesa Leopoldina da Arte e das teve participação fundamental na Ciências consolidação de um país que se reconhecia efetivamente como Nação, atuando como patrocinadora da ciência no Brasil, através do incentivo e promoção à Missão Austríaca. Destaca- se também como figura principal no processo de separação entre Brasil e Portugal, culminando na assinatura do decreto de independência, no período em que esteve como Regente de D. Pedro, no dia 2 de setembro de 1822, em seu gabinete no Palácio da Quinta da Boa Vista. A figura da baiana é reconhecida universalmente como uma representação da cultura brasileira. Em função de tamanha importância, sua fantasia em nosso desfile homenageia Leopoldina, ao mesmo tempo Imperatriz do Brasil e patronesse de nossa agremiação, em verde, branco e ouro. À indumentária típica de ampla saia suportada pela crinolina, agregam- se o brasão Imperial e a referências à Mineralogia, uma das grandes paixões científicas de nossa primeira imperatriz.

269 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

04 A Comissão O Império, influenciado tanto pelo Comunidade Direção de Científica do iluminismo racionalista quanto pelo (2008) Carnaval Império romantismo nacionalista, importou-se em conhecer, sob o prisma institucional, o Brasil que então se construía como nação independente. O espírito romântico estimulava o encontro das raízes brasileiras no “bom selvagem” local, o índio – até então associado ao atraso e à incivilidade. Desse modo, com a perspectiva de corrigir as impressões dos naturalistas estrangeiros e de buscar uma identidade nacional, D. Pedro II encarregou-se de formar a primeira comissão nacional de cientistas brasileiros a fim de explorar as regiões pouco conhecidas do Brasil e, em 1859, chegavam a Fortaleza os membros da Comissão Científica do Império. Dividida em seis seções, a expedição contou com botânicos, zoólogos, geólogos, etnógrafos, astrônomos e especialistas em desenho científico, escolhidos entre os mais renomados da época, cujas atividades são aqui representadas. Aos fraques, coletes e cartolas, tão usados pela aristocracia do século XIX, adicionaram-se os atributos de suas respectivas especialidades, muitas das quais tiveram nesse século seu auge em termos de desenvolvimento. O fruto desta expedição abasteceu com milhões de exemplares o acervo do Museu Nacional. Essa expedição é considerada um marco dessa iniciativa no Brasil, tendo sido resumida no enredo da própria Imperatriz Leopoldinense, em 1995 (Mais vale um jegue, que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará).

270 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Estrelas do Mar Cai a noite. Comunidade Direção de As peças do Museu ganham vida, saltam (2008) Carnaval das caixas e vitrines num espetáculo inesquecível!! Nossa expedição pelo Museu Nacional tem início! Nela o acervo do Museu, é representado de forma lúdica, em que as fantasias adquirem aspecto de um verdadeiro espetáculo ao gosto do final do século XIX, quando os bailes mascarados eram povoados por indumentárias representando povos de diferentes tempos e lugares ou com referências a animais e outros elementos da Natureza. A exposição denominada “No tempo em que o Brasil era mar” abre o segundo setor de nosso desfile (Da Gênese ao “Apocalipse”: A origem e a evolução da vida), remontando a origem e a construção da vida no planeta Terra. O registro fóssil de estrela-do-mar é muito antigo, remonta ao período Ordoviciano, cerca de 450 milhões de anos atrás. O acervo no Museu Nacional dedicado a esta espécie de Asteroidea conta com milhares de amostras.

06 CORAIS Os corais surgiram há mais de 400 Comunidade Direção de milhões de anos e são um dos primeiros (2008) Carnaval organismos vivos do planeta. O Museu Nacional, apresenta variadas espécies, com suas formas e cores ainda dentro da exposição “No tempo em que o Brasil era mar”. A fantasia remete àquela de um príncipe dos mares, cujo cetro, coroa e colar do manto são os próprios corais.

271 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

07 Medusas As águas vivas ou medusas, são Comunidade Direção de espécies marinhas do Filo Cnidaria. (2008) Carnaval Seu surgimento no planeta, assim como os corais e as estrelas do mar, remonta a centenas de milhões de anos. Suas cores translucidas geram fascínio e encantamento. Sua forma remete ao gosto eclético em moda no final do século XIX, o qual ressignificada reempregava referências de vários estilos, como o barroco. Aqui, a “medusa” relembra as formas comuns nas representações do teatro barroco das cortes francesas.

* Paleontólogos Os Paleontólogos que desvendam e Comunidade Direção de remontam no presente, através de (2013) Carnaval fósseis, os gigantes que dominaram o mundo, no passado.

272 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

08 O Mistério das A noite avança. Comunidade Direção de Aranhas Tem início um outro setor. O (2010) Carnaval espetáculo prossegue, agora revelando “Um novo mundo e seus novos habitantes: Vertebrata et Invertebrata”. Sim, após uma espécie de “apocalipse” representado pela extinção de grande parte dos seres vivos que habitavam o Planeta, um novo mundo nos é apresentado. Insetos e outros artrópodes eram o fascínio da Inglaterra vitoriana e, as referências aos aspectos do caráter e das formas dos vertebrados eram frequentes na indumentária teatral da França. Esses países ditavam a moda no século XIX, momento em que zoologia ganha enorme destaque como disciplina em todo o mundo e as coleções do Museu tiveram surpreendente incremento. A presente fantasia apresenta nobres num balé, fantasiados dessas criaturas de oito patas, muitos pares de olhos e quelíceras venenosas, que nunca nos deixam indiferentes, seja por curiosidade, receio ou encanto. O Museu Nacional apresenta uma extensa coleção de espécies de aranhas em exposição.

273 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

09 O Encanto das Representam uma parte significativa Comunidade Direção de Borboletas da exposição de invertebrados do (2010) Carnaval Museu Nacional, que disponibiliza em suas vitrines centenas de espécies de mariposas e borboletas da fauna brasileira.

Novamente, bem ao gosto do final do século XIX, a fantasia reúne o fraque e a cartola típicos do período a elementos característicos da morfologia da borboleta.

10 A Sinfonia dos As coleções de besouros do Museu Comunidade Direção de Besouros Nacional exercem fascínio sobre os (2010) Carnaval visitantes devido a suas formas e variações cromáticas metalizadas. Dispostos em caixas e vitrines, parecem verdadeiras joias preciosas. Aqui, como escapados da vitrine e livres das etiquetas e alfinetes entomológicos, os “besouros” são antropomorfizados ao gosto eclético, inspirando-se em silhuetas do teatro barroco. Assim, a fantasia lança mão de “placas” esclerotizadas e metálicas de seu corpo e as transforma em paniers, as poderosas mandíbulas são convertidas em coroa estilizada e as quatro asas em resplendor.

274 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

11 Os Peixes Um cardume em tons de cintilantes, Comunidade Direção de - Vertebrados do representando os peixes de nossos e (2010) Carnaval Mar - outros mares, abre a sequência de fantasias (em alas) em referência ao mundo animal dos vertebrados e dá continuidade ao espetáculo surpreendente que se desenrola na noite misteriosa que passamos dentro do Museu. Aqui, novamente, ao gosto eclético reinante no final do século XIX que frequentemente lança mão de recursos recuperados da indumentária barroca, como laçarotes e drapeados, “o peixe salta do aquário de formol para o espetáculo noturno.

12 A Onça Pintada A Phantera onca, ou a popularmente Comunidade Direção de - Vertebrados da conhecida Onça Pintada é nosso (2010) Carnaval Terra - destaque no reino dos vertebrados terrestres. Um exemplar taxidermizado da espécie, e que se encontra em exposição no Museu Nacional ganha vida em nosso espetáculo. Um grupo de nobres felinos, com seu fraque, fular e cartola, como saídos de um bal masqué.

275 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

13 O Tucano Os tucanos pertencem à família Comunidade Direção de - Vertebrados do Ramphastidae e ocorrem em toda a (2010) Carnaval Ar - América do Sul. O tucanuçu é o maior representante da família, sendo característico de nosso Cerrado. Desde o tempo da “Casa dos Pássaros”, a tradição de colecionar e taxidermizar eram uma especialidade muito comum, transferida ao Museu Nacional. Os tucanos estão entre os mais destacados por suas formas, que, aqui, servem de inspiração para mais uma apresentação do espetáculo que acontece nessa noite mágica nas salas do Museu. O manto de penas negras, o elegante chapéu e o colarinho configuram o personagem.

14 Tambor A luz da lua atravessa as vidraças, e Comunidade Direção de Africano descortina um novo setor, um (2010) Carnaval diferente espetáculo aqui intitulado “Misteriosas civilizações do passado” Comprado ao rei de Uganda por Jorge Dumont Village e doado ao Museu, em 1926, o tambor em referência é feito com pele de Zebra e faz parte da coleção “África, passado e presente”, em exposição no Museu Nacional. A fantasia destaca o objeto em foco: tambores da África.

276 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

15 O Trono do Rei Peça doada pelos embaixadores do Comunidade Direção de Daomé Rei Adandozan (1718-1818) ao (2010) Carnaval Príncipe Regente D. João VI, em 1811. Provavelmente data da passagem do século XVIII ao XIX. O trono foi incorporado ao acervo do Museu em 1818 pelo próprio D. João e é catalogado como uma das primeiras peças do Museu Nacional.

A fantasia põe em destaque a silhueta do trono, objeto guardado como testemunho do lamentável tráfico de escravos que enriqueceu o Reino de Daomé entre os séculos XVIII e XIX.

16 Relíquias A fantasia da Ala de Passistas da Passistas Jéssica Sagradas do Imperatriz faz referência aos (1959) Andreza Egito amuletos em honra ao Deus Hórus e a Deusa Meretseguer, incorporadas ao acervo do museu pelo Imperador D. Pedro II que com sua esposa, Dona Teresa Cristina, e uma interessante comitiva, fez duas expedições ao Egito (1871 e 1876).

277 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

17 O Enigma das Ainda que não tenha ido ao Egito como Bateria Mestre Luiz Múmias seu filho buscar objetos arqueológicos, (1959) Alberto (lolo) D. Pedro I foi responsável pela primeira fase da egiptologia brasileira, que se deu com a compra de uma coleção egípcia destacando-se os sarcófagos e as múmias raras em exposição no Museu. Nessa noite mágica, as “múmias” parecem dominar a festa, envolvendo a todos com seu misterioso e fascinante som.

18 Os Afrescos de A Imperatriz Teresa Cristina era também Damas Direção de Pompéia conhecida como a Imperatriz (1959) Carnaval - Tributo a Arqueóloga. Seu fascínio pela arte e Imperatriz arqueologia fez com que nossa segunda Teresa Cristina - Imperatriz financiasse importantes pesquisas em suas propriedades na Itália. Afrescos são pinturas murais feitas no reboco fresco, daí o nome. Os afrescos do Museu Nacional chegaram ao Brasil em 1855, presente do rei das Duas Sicílias, Dom Fernando II, irmão da Imperatriz Teresa Cristina. Gravuras do Templo de Ísis, em Pompéia, um dos sítios arqueológicos mais visitados da Itália, sugerem que esses afrescos sejam oriundos da cidade destruída durante a erupção vulcânica. A fantasia faz referência à própria Imperatriz Teresa Cristina, pela presença da coroa e capa imperiais verde e ouro, e aos afrescos por ela admirados pessoalmente em visita à Pompéia, retratados na vasta saia sustentada pela crinolina, muito em voga em meados do século XIX e adotada tanto por nossa Imperatriz quanto pelas demais elegantes soberanas Europeias.

278 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

19 Ânforas Negras Legado do império Greco-Romano as Comunidade Direção de ânforas eram usadas para transportar o (2018) Carnaval vinho, azeite e muitas vezes utilizadas em cerimônias religiosas. Uma diversa coleção de ânforas provenientes das escavações arqueológicas promovidas pela Imperatriz Teresa Cristina enriquece o acervo do Museu Nacional. Seus contornos e cores servem de inspiração para a fantasia desta ala, onde o uso da crinolina, ainda que mais curta, faz referência ao período das escavações e favorece o espetáculo apresentado aos visitantes do museu nessa noite inesquecível.

20 Máscara Tikuna Nossa incursão no museu e o espetáculo Comunidade Direção de que ali se dá prosseguem. (2008) Carnaval A fantasia em referência abre o setor intitulado “Antes de Colombo e Cabral: construindo a América” Observada e desenhada por Debret durante a Missão Artística Francesa e publicada em sua obra Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, A Mascará Tikuna é um dos destaques das coleções oitocentista do Museu Nacional. A fantasia traz referências à indumentária carnavalizada de um burguês oitocentista (fraque, colete, fular) a qual se agregam atributos (pincel para o desenho científico) e artefatos indígenas, como arco e a própria máscara.

279 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

21 Cerâmica Karajá Os Karajás se destacam pela sua arte Comunidade Direção de cerâmica, em especial pelo modo de (2008) Carnaval fazer as bonecas, atributo exclusivamente das mulheres. Esse saber tradicional está sendo objeto de um processo com vistas ao seu registro como patrimônio imaterial brasileiro. A fantasia destaca a cerâmica em seu formato, ao mesmo tempo em que a paleta de cores e os desenhos gráficos empregados remetem àqueles recorrentes na arte Karajá, que, assim, também embeleza o espetáculo que invade a madrugada no Museu.

22 Luzia das De Lagoa Santa nas Minas Gerais Comunidade Direção de Cavernas de surge Luzia, a mais antiga das (2008) Carnaval Minas Gerais brasileiras, revolucionando todas as A “Primeira teorias sobre a ocupação do Brasileira” continente americano. A resposta encontrada pelos pesquisadores é que Luzia faz parte de uma primeira onda migratória para o continente americano. Diferente dos índios que vivem no Brasil, que têm uma morfologia craniana mongoloide (similar aos asiáticos), Luzia tem uma morfologia craniana denominada paleoamericana, mais similar aos australianos e africanos atuais. A fantasia emprega tecidos de cor terrosa em trapos e peruca para “dar vida” aos seres peleoamericanos que animam a noite no Museu.

A ala, coreografada, conta com a presença da atriz Isabel Fillardis.

280 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

23 Arte Mochica A exuberante sociedade Moche se Comunidade Direção de destacou por serem excelentes no (2008) Carnaval trabalho de metais nobres, produziram também a cerâmica de melhor qualidade técnica e artística do universo pré-colombiano.

O dourado dominante das fantasias faz brilhar ainda mais as luzes dos salões onde segue o espetáculo. As placas de ouro, aqui tremulantes no resplendor, e a referência à cerâmica típica em destaque na cabeça ajudam resumir parte do acervo sobre os mochicas.

24 A Metalúrgica A madrugada vai terminando. E o Comunidade Direção de Inca espetáculo chega a seu ápice, com o (2008) Carnaval brilho do ouro inca. A fantasia é essencialmente a ampliação de conjunto peças em miniatura de origem inca. Os incas produziram diversificadas formas de arte. Aqui retratamos a metalurgia, onde destacam-se as figuras em miniatura de seres humanos e muiraquitãs. Feitas à base de ligas metálicas que podiam incluir ouro, prata ou cobre. O resplendor dourado também remete ao sol, um dos astros centrais da cultura inca, o qual não tarda a clarear o Museu e a Quinta, dando fim à noite de nossa incursão mágica.

281 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

25 As Pipas O amanhecer na Quinta da Boa Comunidade Direção de Ganham Ares e Vista é uma celebração à vida. Os (2008) Carnaval os Vendedores seus jardins, que um dia foram do Ambulantes Imperador, é do povo brasileiro. pedem Passagem Como resultado promove-se, a cada dia, e em especial aos domingos, um verdadeiro encontro antropológico entre culturas. Celebrando o novo dia as Pipas ganham ares colorindo os céus com o verde da Imperatriz. Os ambulantes promovem um colorido e uma alegria toda especial, oferecendo seus artefatos, sob seus guarda-sóis recheados de brinquedos e lembranças. Aqui se encontram outros objetos, de outra natureza daqueles que tomaram vida na noite do museu, São uma espécie de contraponto, mas igualmente interessantes sob o ponto de vista antropológico. Bonecos e outros objetos multicoloridos, produtos da cultura de massa, são aqui ressignificados pela cultura popular. Seu conjunto favorece uma experiência estética singular, carioca. Encontrados à venda nos camelôs que enchem a Quinta de alegria, são os elementos principais dessas fantasias.

282 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

26 Piqueniques na É hora de estendermos a toalha para Comunidade Direção de Quinta um delicioso piquenique. Nossa cesta (2008) Carnaval está recheada com as mais diversas guloseimas! Quem nunca estendeu sua toalha quadriculada no gramado da quinta da Boa Vista, ainda tem tempo para fazê-lo. A cesta de piquenique é um personagem de destaque nos dias ensolarados do parque e é aqui transformada em fantasia.

27 Pequenos O futuro está nas mãos de nossas Ala Mirim Direção de Expedicionários crianças! E elas são parte (1980) Carnaval do Saber fundamental do Museu Nacional. Com sua alegria e curiosidade fazem os corredores, galerias do antigo palácio e os jardins da Quinta da Boa Vista ganharem vida. O Museu e seu parque são espaços importantes do aprendizado da vida. O pequeno dinossauro de brinquedo representa esses dois momentos: estudo e lazer são formas de crescer e se tornar cidadão. O Museu e seu entorno se unem para expressar aquilo que entendemos por cultura.

283 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

28 Concertos na Os jardins do Imperador durante Compositores Direção de Quinta anos abrigaram um dos festivais de (1959) Carnaval música clássica mais importante do País. Neste carnaval traremos de volta, em nossa ala de compositores, o Projeto Aquarius. É nossa cultura em sua face mais democrática e popular.

29 Herdeiros da Herdeiros diretos da Imperatriz Galeria da Solange Costa Imperatriz Leopoldinense os componentes da Velha-Guarda velha-guarda gresilense são os (1980) guardiões de nossa tradição e dos nossos saberes que, em traje de gala, visitam o Palácio da Quinta da Boa Vista. Por sua proximidade à região da Leopoldina, a Quinta é a miúde e densamente frequentada pelos gresilenses. A essência da Imperatriz Leopoldinense se traduz na alegria de sua velha-guarda e na nobreza dos trajes, desta vez inspirados na moda em voga nos dias em que a Imperatriz Leopoldina pessoalmente passeava pelos jardins da Quinta, hoje apropriados pelos herdeiros Leopoldinenses.

284 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

30 As Princesas de O Jardim das Princesas é um Comunidade Direção de Ramos monumento romântico decorado (2008) Carnaval com guirlandas, pequenas conchas marinhas e mosaicos compostos por cacos de porcelana inglesa, criado pelas mãos das nobres descendentes da Imperatriz Leopoldina.

Esses elementos são usados para decorar a fantasia de nossa ala Princesas de Ramos, que representa, com toda sua majestade, a joia romântica paisagística que consiste esses jardins quase desconhecidos pela população brasileira a despeito da importância.

285 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro Diretor Responsável pelo Atelier Ray Menezes e Mauro Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Cristiane Machado Rivelino Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Mauro Alberto/Regina Outros Profissionais e Respectivas Funções

Rafael Gonçalves - Figurinista Ray Menezes - Estilista Marco Monte - Arte em espuma Daniel Soave - Pintura de Arte Paulo - Armações em arame Cristiane Machado - Chefe de Costura Rivelino - Chapelaria Mauro Ferreira - Chefe de Adereços

Outras informações julgadas necessárias

As fantasias foram criadas de modo a aludir aos três momentos do desfile.

No Momento 1 (O Palácio Real da Quinta da Boa Vista) as indumentárias estão ligadas à representação histórica, traduzindo, carnavalescamente, as roupas da época da criação e consolidação do Museu Nacional como instituição e do palácio que o abrigaria.

Já no Momento 2 (Uma Noite Real no Museu Nacional) o acervo do Museu, representado pelos objetos e espécimes ali colecionados, é apresentado de forma lúdica, através de encenações que se desenrolam durante a noite mágica em que nossa “expedição” visita as principais salas do museu. As fantasias adquirem aspecto de um verdadeiro espetáculo ao gosto do final do século XIX, quando os bals masquée, ou bailes mascarados, eram povoados por indumentárias representando povos de diferentes tempos e lugares (bem ao gosto da época) ou misturando características das roupas de nobres (como fraques, cartolas e crinolinas) com referências a animais ou elementos da Natureza.

No Momento 3 (À luz dourada do amanhecer...) a cultura popular toma conta do desfile e se manifesta em fantasias coloridas, bem-humoradas, com formas definidas e plenas de referências à vida cotidiana e, finalmente à própria Imperatriz Leopoldinense.

As imagens apresentadas são ilustrações que caracterizam a ideia original da fantasia, que poderão sofrer modificações em função de melhor adaptação ao desfile ou ao enredo.

Todas as Alas são da Comunidade, sob a responsabilidade direta da Direção de Carnaval. A Imperatriz Leopoldinense não estará levando nenhuma ala comercial para a Avenida.

286 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Outras informações julgadas necessárias

Fantasias de Destaques de Chão

SETOR 01 Edinei Paiva – Fantasia: PEDRO II Dom Pedro II apresenta-nos a ala que representa a primeira expedição cientifica brasileira, chamada de Comissão científica do Império, organizada pelo próprio Imperador que convidou os mais importantes e respeitados cientistas da época para desbravarem o sertão do Ceará, em busca de um verdadeiro eldorado de cultura e conhecimento.

SETOR 02 Luizinho 28 – Fantasia: O ANOITECER Nossa jornada pelas galerias do Museu Nacional se dá, conceitualmente, ao anoitecer, em razão da Alusão ao Título “Uma noite Real no Museu Nacional” que foi inspirado no filme “Uma noite no museu” quando, de forma mágica, ao cair da noite, o Museu ganhava vida. A fantasia “O anoitecer” demarca o ponto inicial dessa jornada. Um universo composto de astros e planetas em forma de balões, preenchem o conjunto inicial do segundo setor de nosso desfile, contemplando parte do panorama exibido pela exposição “Da gênese ao apocalipse”, do Museu Nacional.

Natália Reis – Fantasia: OS COMETAS RISCAM O CÉU A fantasia remete, de maneira carnavalizada, aos cometas que foram a causa da dizimação dos dinossauros, extintos a milhões de anos do planeta, dexando os fósseis que serão objetos de estudos dos paleontólogos retratados na ala seguinte e no carro 2, “O santuário dos ossos”.

SETOR 03 Ketula Mello – Fantasia: COBRA Abrindo a sequência de fantasias dedicadas aos animais vertebrados do Museu Nacional.

Pamela Gomes – Fantasia: ARARA AZUL À frente da alegoria denominada “O incrível mundo da zoologia”, a fantasia destaca a arara azul, a ave símbolo do Brasil.

SETOR 04 Monique Serpa – Fantasia: A DEUSA VÊNUS A fantasia faz referência ao “Torso Nu”, da Deusa Vênus, encontrada nas escavações realizadas em 1853 e em exposição no Museu Nacional.

SETOR 05 Nathalia Nascimento – Fantasia: MUIRAQUITÃ Os Muiraquitãs, comum em formas de rãs, eram fabricados quase sempre em pedras verdes, como jadeítas, nefritas e amazonitas, fazendo parte da coleção arqueológica do Brasil pré-colombiano.

287 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba-Enredo Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Júlio Alves, Marcio Pessi e Piu das Casinhas Presidente da Ala dos Compositores Vitor Kaczmarkiewicz Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Niltinho Tristeza Guilherme Barros (oitenta) 81 anos 20 anos Outras informações julgadas necessárias

Onde a musa inspira a poesia A cultura irradia O cantar da Imperatriz É um palácio, Emoldura a beleza Abrigou a realeza, patrimônio é raiz Que germinou e floresceu lá na colina A obra-prima viu o meu Brasil nascer No anoitecer dizem que tudo ganha vida Paisagem colorida deslumbrante de viver Bailam meteoros e planetas Dinossauros, borboletas Brilham os cristais O canto da cigarra em sinfonia Relembrou aqueles dias que não voltarão jamais

Voa Tiê, Tucano, Arara Quero-quero ver onça pintada BIS Os tambores ressoaram, era um ritual de fé Para o Rei de Daomé, para o Rei de Daomé

A brisa me levou para o Egito Onde um solfejo lindo da cantora de Amon Ecoa sob a lua e o sereno Perfumando a Deusa vênus sem jamais sair do Tom Marajó, carajá, bororó Em cada canto um herdeiro de Luzia Flautas de chimus e incas Sopram pelas grimpas linda melodia À luz dourada do amanhecer As princesas deixam o jardim Os portões se abrem pro lazer Pipas ganham ares Encontros populares Decretam que a Quinta é pra você

Gira a coroa da majestade Samba de verdade, identidade cultural BIS Imperatriz é o relicário No bicentenário do Museu Nacional

288 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Um dos elementos determinantes da característica e da “personalidade” de uma Agremiação é, sem dúvida, o seu samba-enredo. A Imperatriz Leopoldinense mais uma vez apresentará em seu desfile, no carnaval de 2018, um samba com seu DNA. A letra descritiva que narra de forma singular o enredo proposto não abandona a poesia, presente nos versos de nosso hino que, alinhada a uma melodia criativa e vibrante, permite um casamento harmônico perfeito entre o canto e o ritmo impressos pela bateria.

A composição apresenta contornos melódicos com saltos intervalares interessantes e bem equilibrados, levando a um jogo de tensões e resoluções da melodia que desperta em quem ouve a atenção contínua num discurso sonoro agradável e muito expressivo. Seus clímaces são distribuídos harmonicamente ao longo do samba, alcançados ora com passagens pelo agudo, explorando muito bem a tessitura vocal do intérprete, ora pela boa condução dos encadeamentos harmônicos proporcionando uma rica diversificação das seções musicais que afastam de toda maneira qualquer sensação de repetição ou monotonia de suas células musicais. Vale a pena também destacar a atenta percepção de seus compositores aos afetos transmitidos pela letra do samba, que conseguem refletir com maestria na composição da melodia e reforçada na harmonia, que concatenam perfeitamente com os significados poéticos do texto.

Para melhor ilustrar essa proposta, tomamos a liberdade de dividir a letra de acordo com os diversos momentos do enredo, ressaltando o que foi exposto na justificativa do enredo, de que nosso desfile tem como base em sua representação uma visita ao Museu Nacional, percorrendo suas galerias, onde os diversos elementos de suas exposições se misturam e se completam SEM ESTAREM RESTRITOS A UMA ORDEM CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA, e sim distribuídos por suas áreas científicas e culturais (Botânica, Entomologia, Geologia, Paleontologia, Antropologia, Arqueologia, Biologia etc.)

1º SETOR – UMA CORTE REAL NO VERSALHES TROPICAL

ONDE A MUSA INSPIRA A POESIA A CULTURA IRRADIA O CANTAR DA IMPERATRIZ - A introdução do nosso samba-enredo apresenta de forma sintética o nosso tema para o carnaval de 2018. A palavra “museu” originou-se na Grécia “mouseion”, significando “casa das musas”, onde a Imperatriz Leopoldinense, busca a inspiração para o seu cantar.

É UM PALÁCIO, EMOLDURA A BELEZA ABRIGOU A REALEZA, PATRIMÔNIO É RAIZ QUE GERMINOU E FLORESCEU LÁ NA COLINA A OBRA-PRIMA VIU O MEU BRASIL NASCER - Mesclando ao seu estilo neoclássico traços e referências do barroco e do rococó o palácio que hoje abriga o Museu Nacional é considerada uma obra-prima de arte e arquitetura, e é nesse palácio que a Imperatriz buscou inspiração para o seu enredo, revivendo, na abertura de seu desfile, o momento histórico que ele servia como moradia para a nossa realeza. Um Rei e dois Imperadores governaram o Brasil de dentro de seus salões, que testemunharam momentos marcantes de nossa história. Podemos afirmar que foi no Palácio da Quinta da Boa Vista que o Brasil nasceu verdadeiramente como Nação.

289 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

2º SETOR – DA GÊNESI AO APOCALIPSE: A ORIGEM E A EVOLUÇÃO DA VIDA 3º SETOR – UM NOVO MUNDO E SEUS NOVOS HABITANTES: VERTEBRATA ET INVERTEBRATA

NO ANOITECER DIZEM QUE TUDO GANHA VIDA PAISAGEM COLORIDA DESLUMBRANTE DE VIVER BAILAM METEOROS E PLANETAS DINOSSAUROS, BORBOLETAS BRILHAM OS CRISTAIS O CANTO DA CIGARRA EM SINFONIA RELEMBROU AQUELES DIAS QUE NÃO VOLTARÃO JAMAIS

VOA TIÊ, TUCANO, ARARA QUERO-QUERO VER ONÇA PINTADA -Nossa jornada pelas galerias do Museu Nacional se dá, conceitualmente, ao anoitecer, em razão da Alusão ao Título “Uma noite Real no Museu Nacional” que foi inspirado no filme “Uma noite no museu (Night at the Museum | 20th Century Fox, 2006)” quando, de forma mágica, ao anoitecer o Museu ganhava vida. E ao cair da noite deslumbraremos o colorido dos meteoros e dos planetas, dos minerais de dos cristais (a “Coleção Werner “de mineralogia é a primeira coleção cientifica a compor o acervo do M.N.), e na representação das primeiras formas de vida no planeta (Gênese) culminando nos dinossauros. - Após o “Apocalipse” que extingue as primeiras formas de vida no planeta, um novo mundo nos é apresentado, com animais das mais variadas espécies.

4º SETOR – MISTERIOSAS CIVILIZAÇÕES DO PASSADO

OS TAMBORES RESSOARAM, ERA UM RITUAL DE FÉ PARA O REI DE DAOMÉ, PARA O REI DE DAOMÉ

A BRISA ME LEVOU PARA O EGITO ONDE UM SOLFEJO LINDO DA CANTORA DE AMON ECOA SOB A LUA E O SERENO PERFUMANDO A DEUSA VÊNUS SEM JAMAIS SAIR DO TOM - Nossa jornada continua a avançar pela noite (sob a lua e o sereno) e nos leva às antigas civilizações, do outro lado do oceano atlântico, na África do Rei de Daomé, (presente no museu através de seu trono doado ao Príncipe Regente D. João VI, em 1811) no Egito com suas múmias e sarcófagos (uma das coleções mais importantes do Museu iniciada pelo Imperador D. Pedro I e continuada por seu filho, o Imperador, D. Pedro II). Representamos também o acervo greco-romano (destacando-se o “Torso Nu”, representação da Deusa Vênus), oriundos das escavações financiadas pela Imperatriz Teresa Cristina em 1853.

OBS. Uma das maiores curiosidades do M.N. é o sarcófago egípcio, que nunca foi aberto, da múmia Sha-Amun-em-su. Uma mulher que, segundo as pinturas do Esquife, seria uma cantora do templo de Amon.

290 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

5º SETOR – ANTES DE COLOMBO E CABRAL: CONSTRUINDO A AMÉRICA

MARAJÓ, CARAJÁ, BORORÓ EM CADA CANTO UM HERDEIRO DE LUZIA FLAUTAS DE CHIMUS E INCAS SOPRAM PELA GRIMPAS LINDA MELODIA - A antropologia pré-colombiana compõe um dos acervos mais ricos e diversificados do Museu. Objetos do artesanato das mais diversas tribos representarão a multiplicidade cultural e ritualística da América, desde os índios brasileiros até os povos andinos. A face reconstituída de Luzia nos apresenta o fóssil humanos mais antigo do solo americano, a primeira brasileira, da qual somos todos “descendentes” e “herdeiros”.

6º SETOR – A QUINTA DO IMPERADOR E DO POVO BRASILEIRO

À LUZ DOURADA DO AMANHECER AS PRINCESAS DEIXAM O JARDIM OS PORTÕES SE ABREM PRO LAZER PIPAS GANHAM ARES ENCONTROS POPULARES DECRETAM QUE A QUINTA É PRA VOCÊ O desfile termina com o amanhecer na Quinta da Boa Vista. A joia rara paisagística brasileira apropriada pelo povo que enche seus jardins com piqueniques, músicas e brincadeiras. Da mesma forma que em 1818 D. João VI decretou a criação do Museu Real, hoje os encontros populares em torno de seus jardins, decretam que a Quinta é do Povo, é de todos nós.

OBS. O Jardim das Princesas, herança deixada pelas descendentes diretas da Imperatriz Leopoldina (AS PRINCESAS DEIXAM O JARDIM), foi utilizado como um espaço para a contemplação, satisfação, proveito e recreação dos antigos moradores do Paço, sua ornamentação segue o romantismo vigente na segunda metade do século XIX, e hoje por questões de infraestrutura encontra-se fechado, com planos de ser restaurado.

GIRA A COROA DA MAJESTADE SAMBA DE VERDADE, IDENTIDADE CULTURAL IMPERATRIZ É O RELICÁRIO NO BICENTENÁRIO DO MUSEU NACIONAL - O último refrão do Samba ratifica o compromisso da Imperatriz como “Entidade Cultural”, tendo em vista que a escola foi a primeira a possuir um departamento exclusivo dedicado à cultura (criado em 1967) e destaca a coroa, símbolo da Agremiação e de sua Majestade (Ô Imperatriz, que majestade tem seu carnaval – Imperatriz Leopoldinense, de Paulo Cezar Pinheiro) e sua identificação como relicário de desfiles históricos e culturais, como é a homenagem aos 200 anos do Museu Nacional.

291 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Lolo – Luiz Alberto Outros Diretores de Bateria Anderson, Lucas, Jean, Caio, Cabral, Tiquinho, Maurão, Júnior, Mauro Lobo, Jhony e Nego Ed. Total de Componentes da Bateria 270 (duzentos e setenta) componentes NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá 13 13 15 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 104 0 36 0 40 Prato Agogô Cuíca Xequerê Chocalho 0 0 24 01 24 Outras informações julgadas necessárias

Luiz Alberto, o Mestre Lolo, assumiu a regência da Bateria da Imperatriz no carnaval de 2016, e desde então seu trabalho junto aos ritmistas vem se consolidando na tríade: Manutenção rítmica, ditada por uma bateria cadenciada e de pulsação forte e constante; Na combinação harmônica entre os seus diversos naipes, proporcionado por um perfeito equilíbrio entre os timbres agudos, médios e graves; E na “conversa rítmica” entre os instrumentos, apresentando inovações que demonstrem sua versatilidade, sem perder a identidade tradicional da bateria gresilense.

Buscando a consolidação do título de “Bateria nota 10”, levando-se em consideração que a Swing da Leopoldina tem conquistado a nota máxima dos jurados nos últimos anos, Mestre Lolo preparou uma sequência de paradinhas, que prometem “sacudir” a avenida, alinhando desenhos rítmicos inéditos como também resgatando, durante o desfile, algumas “bossas” que fizeram parte da história leopoldinense.

Sobre a Rainha de Bateria, Flavia Lyra ingressou no GRESIL como componente de carro alegórico e sua intensa participação nos ensaios e eventos promovidos pela Imperatriz despertou junto aos componentes e diretoria da Escola o sentimento de que estava na hora de renovar o posto, que tradicionalmente era ocupado por artistas, e buscar em sua comunidade aquela que teria a honra e a responsabilidade de ser a nova Rainha de Bateria. Para o carnaval de 2018 a Tenente do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, reinará à frente de nossa orquestra, com muita beleza, simpatia e galhardia trazendo a força que representa toda uma nação.

Sobre a Fantasia: A DEUSA BASTET Bastet é a representação de uma Deusa Gata, da mitologia egípcia. O Templo de Bastet era em Bubastis, uma cidade do Delta do Nilo, mantinha gatos sagrados que eram embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados como encarnação da deusa.

O Museu Nacional possui, em exposição, amostras raras de gatos imumificados, em honra da deusa Bastet do Século I a.C.

292 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Junior Escafura Outros Diretores de Harmonia Washington, Almir, André, Haroldo, Carlos Jorge, Dias, Vitor, Fábio, Falcão, Regis, Tony, Jairo, Sergio, Ricardinho, Tuninho, Wilmar, Wagner, Pedro, Anderson, Ramon, Coelho, Jorge, Elso, Fabricio, Igor, Janete, Patrick, Renato e William Total de Componentes da Direção de Harmonia 30 (trinta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Arthur Franco Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Primeiro Cavaco – Leandro Thomaz Cavaco Base –Vinicius Marques Violão de Seis Cordas – Pedro Marques Violão de Sete Cordas – Ismael Santos Pandeiro TanTan – PC da Imperatriz Surdo – Marcelão Outras informações julgadas necessárias

Pelo quarto ano consecutivo, Junior Escafura é o nosso Diretor Geral de Harmonia e responsável, junto aos seus outros diretores, pelo canto e evolução dos que desfilam pela Imperatriz.

Após a escolha do Samba, os ensaios das alas, chamados de ensaios técnicos, foram realizados, tanto setorialmente como também em conjunto com todo o “corpo” da Escola, com o objetivo de envolver cada desfilante no processo do carnaval, estimulando o canto e sua evolução espontânea.

A principal orientação para a equipe de diretores é o incentivo ao canto e a evolução de cada componente, para que se crie uma “corrente” de alegria, que contagie não só os que desfilam como também aos espectadores presentes no sambódromo. Uma filosofia de trabalho que vem colhendo frutos, como os diversos prêmios que a Harmonia gresilense recebe pelo resultado de seus desfiles, destacando-se o oferecido pelo jornal “O Sambista”, em 2017, como “A Melhor Harmonia do Carnaval”.

É importante ressaltar que Junior Escafura possui uma grande experiência na condução da evolução harmônica no carnaval carioca, tendo passado com a mesma responsabilidade e êxito pela Portela e Estácio de Sá.

Na certeza de que todo o empenho e o trabalho possível para a obtenção do sucesso está sendo implementado, mais uma vez, a Imperatriz desfilará em busca das notas máximas dos jurados em nosso próximo carnaval.

293 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

Intérprete

Pelo segundo ano consecutivo como a “voz oficial” da Imperatriz Leopoldinense em seu desfile, Arthur Franco, vencedor do prêmio Estandarte de Ouro em 2017 na categoria revelação, é uma das grandes apostas gresilenses em busca de seu campeonato.

Após alguns desfiles compondo o carro de som da agremiação, Arthur Franco foi alçado ao posto de intérprete oficial no último carnaval, e seu desempenho na avenida foi amplamente reconhecido dentro e fora da Imperatriz.

A união de uma técnica vocal necessária para a perfeita interpretação do samba e a empolgação necessária para a sustentação de um desfile contagiante, faz de Arthur, atualmente, um dos cantores mais qualificados na Avenida.

Arthur é maestro e regente de coral. Em paralelo a sua carreira no mundo do samba, ele atua como regente em vários projetos musicais como, por exemplo, o Coral da Casa de Gerontologia da Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes.

O estudo do canto e harmonização vocal é uma das atividades principais na rotina diária de nosso intérprete, que conta com o apoio constante da fonoaudióloga Isabel Monteiro de Gomes, especialista em voz, na sua preparação.

294 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Junior Escafura Outros Diretores de Evolução Andrea, Angelo, Carlinhos, Elane, Ivanisia, Luiz, Paulo, Sheila, Mariana, Bilu, Tania, Marta, Roberto, Felipe, Bárbara, Fabrício, Vania, Rodrigo, Glorinha, Márcia, Neuza, Beto, Fernanda, Batatinha, Luizinho, Glaucia, Lena, Rosangela, Di Andrade, Michelle Total de Componentes da Direção de Evolução 30 (trinta) componentes Principais Passistas Femininos Tuany de Paula, Emily Modena, Alaine Reis e Jéssica Lima Principais Passistas Masculinos Phelipe Almeida e Gusttavo Xavier Outras informações julgadas necessárias

Com a filosofia de que o componente é o personagem principal do espetáculo promovido pela Imperatriz em seus carnavais, sua valorização e é o conceito primordial que sustenta a evolução do nosso desfile.

Todos os componentes quando entram na avenida carregam alegria, espontaneidade e, também, a conscientização de que seu empenho é fundamental para a conquista da vitória.

Evolução é um dos quesitos que a Imperatriz Leopoldinense mais trabalha durante o período de ensaios técnicos. Júnior Escafura, diretor geral de harmonia e evolução da agremiação, compreende que o componente deva desfilar solto, entretanto, mantendo uma uniformidade durante o andamento da escola, para que essa “liberdade” não atrapalhe o aspecto visual do espetáculo.

Sobre a Ala de Passistas

A coordenação da tradicional ala de passistas da Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2018 está sob a responsabilidade de Jéssica Andreza, uma “prata da casa” que diante do sucesso obtido através do seu trabalho desenvolvido à frente do projeto de formação de passistas mirins, conquistou a confiança da direção para esse novo e grandioso desafio.

295 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Wagner Tavares Araújo Diretor Geral de Carnaval Wagner Tavares Araújo Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças Direção de Carnaval Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças 100 50 50 (cem) (cinquenta) (cinquenta) Responsável pela Ala das Baianas Raul Cuquejo Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Neuza Nogueira Jennifer Cesário (oitenta) 81 anos 23 anos Responsável pela Velha-Guarda Solange Costa Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 70 Josina Braga Flávio Henrique (setenta) 89 anos 46 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Luiza Brunet, Elymar Santos, Zico, Isabel Fillardis, entre outros. Outras informações julgadas necessárias

296 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Claudia Mota Coreógrafo(a) e Diretor(a) Claudia Mota Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 01 14 (quinze) (um) (quatorze) Outras informações julgadas necessárias

A NOBREZA DOS PÁSSAROS EM CORTEJO PARA O REI E A RAINHA

Os museus e os gabinetes de curiosidades foram se disseminando pela Europa, principalmente, entre os séculos XVI e XVIII. A primeira instituição com esse perfil e destinada ao colecionamento e interesse nas ciências da natureza em todas as Américas, foi a “Casa de História Natural”, conhecida popularmente como “Casa dos Pássaros”, por abrigar, dentre muitos acervos, uma exuberante coleção de aves empalhadas. A instituição foi criada em 1784, no Rio de Janeiro, por decreto assinado pela Rainha de Portugal, Dona Maria I.

Antes de sua existência, tudo o que se coletava no Brasil em termos de animais, plantas, minerais e adornos indígenas era enviado para as Quintas Reais e para o Museu Real da Ajuda, ambos em Portugal. Desse modo, uma amostra da riqueza e beleza da fauna brasileira já podia ser experimentada por Dona Maria I antes da vinda da família real para o Brasil. Durante três décadas, a Casa dos Pássaros serviu como referência do saber e da ciência no Brasil e nas Américas, até sua extinção em 1813. Cinco anos após, D. João VI, filho de Maria I, cria o Museu Real, que absorve aquele acervo e, mais tarde, é chamado de Museu Nacional, objeto de nossa orgulhosa homenagem pelo seu bicentenário.

A relação entre mãe e filho que unidos ajudaram a construir a história da ciência no Brasil e no Novo Mundo e o imaginário da rainha sobre exuberância das aves que encontraria no solo brasileiro são os pontos principais de referência para o tema apresentado em nossa Comissão de Frente.

A performance se dá numa atmosfera de salão de baile ao gosto barroco em voga no reinado de Dona Maria I. Para a criação desta atmosfera contribuem o emprego da indumentária setecentista dos personagens centrais – príncipe regente e rainha – e das figuras antropomórficas de pássaros vivazes e cintilantes, assim como a ambientação cenográfica favorecida pela presença de um grupo de “lampadários” dourados, elementos típicos do mobiliário dos salões do século XVIII.

No conjunto, a paleta de cores dominante remete àquela tricolor da nação Leopoldinense: branco, verde e ouro.

As figuras do príncipe regente e da rainha são, assim, trazidas por uma delirante comitiva de nobres “pássaros” mascarados, que busca transformar a avenida em Palácio Real, convidando-nos a romper a barreira do tempo, abrindo o ilustre salão dos grandes bailes da corte, e a receber, sob a luz dos “candelabros”, a dupla de soberanos para mais uma dança.

297 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

É a partir do esplendor dos bailes dos salões franceses, do tempo de Luís XIV, que se espalha para toda a Europa a dança do minueto. No século XVIII, a Era de Dona Maria I, o minueto é também a voga dos palácios portugueses e, subsequentemente, dos cariocas, acabando por influenciar aquela que seria, primordialmente, a mais apreciada de nossas coreografias populares: a dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira. Essa performance tão típica perpetua vivamente e se renova anualmente, no âmago das escolas de samba, com desenhos coreográficos e meneios emprestados daquela época e forma de dançar. Tal persistência se deu graças a pares singulares, criativos, que emprestaram seu talento, adestramento e devoção à esta dança, quase como razão de viver. Coincidentemente, é da nação gresilense o par mais duradouro e mais admirados dos brasileiros. Legítimos decanos dos casais contemporâneos, cuja dança serve de inspiração e referência para subsequentes gerações de bailarinos congêneres. São, como Dona Maria I e João VI, mãe e filho, Maria Helena e Chiquinho, nossos eternos soberanos, que abrem nosso desfile.

É o pas de deux, ao ritmo do samba, onde a insolúvel tríade leopoldinense – o cavalheiro, a dama e a bandeira – encontra sua plenitude revelando nosso maior relicário e símbolo de devoção.

O nome da Imperatriz reluz e pede passagem. Nossos soberanos, Mãe e Filho, eternos Rei e Rainha, serão os cicerones de um passado que deixou saudade recepcionando o futuro que nos impulsiona rumo à vitória!

Os desfiles da Imperatriz sempre tiveram na apresentação de suas comissões de frente um dos seus pontos fortes. Em sua trajetória, a agremiação se colocou na vanguarda do quesito, sendo a primeira escola a possuir uma comissão de frente exclusiva de mulheres, no carnaval de 1972, como também na inserção de adereços na concepção de suas coreografias, criando um novo conceito de apresentação e, com isso, tornando-se referência no assunto.

A concepção artística da Comissão de Frente da Imperatriz para o carnaval de 2018, mais uma vez reinventa o quesito, resgatando seus valores clássicos e tradicionais, ao abolir a utilização de elemento cenográfico (tripé) em sua apresentação e, com isso, valorizar o desenho coreográfico e a ambientação de um salão de baile real sonhado por Dona Maria I proposto para seus componentes.

A COREÓGRAFA CLAUDIA MOTA / PERFIL - Primeira Bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, formada pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa. - Prêmio de Melhor Bailarina da América Latina pelo Conselho Latino-americano de Dança e Membro do Conselho Internacional da Dança, UNESCO. - Bailarina convidada internacionalmente por diversas Companhias e Galas. Em 2016, representou o Brasil na GALA OF THE STARS, República Dominicana, que reúne as maiores estrelas mundiais da dança na atualidade. - No Carnaval, trabalhou como assistente de coreógrafo na Tradição, em 2005; Unidos da Tijuca, em 2006; na Unidos do Viradouro, nas temporadas 2007/ 2008/ 2009/ 2010. - Estreou como coreógrafa no Grupo Especial na São Clemente, em 2012. Em 2015, com a nota máxima, foi campeã na Estácio de Sá, Série A, e em 2016, também recebendo a nota máxima, teve a sua consagração com a comissão de frente do Império Serrano, também na Série A! - Este ano defenderá, em seu segundo ano consecutivo, o pavilhão da Princesinha de Ramos, Escola da sua família!

298 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Integrantes da Comissão de Frente: Yuri Maia Paulo Pinna Renner Moraes Felipe Viana Allan Jayme Léo Miranda Willian Careli Diego Dantas Lucas Esteves Edcarlo Vieira Thiago Santiago Hugo Lopes Tiago Simas Glauber Hilario

Assistentes da Coreógrafa: Luiz Henrique Cassio Monteiro Mirna Nijs

299 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Thiaguinho Mendonça 29 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Rafaela Teodoro 25 anos 2º Mestre-Sala Idade Marcílio Diamante 32 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Elaine Fernanda 32 anos Outras informações julgadas necessárias

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

O BRILHO RELUZENTE DOS CRISTAIS

Quando partiu de Lisboa em 1807, fugindo das tropas do exército francês de Napoleão Bonaparte, a Família Real Portuguesa trouxe para o Brasil, entre outros bens, uma preciosa coleção de minerais raros. Organizada e classificada no século XVIII pelo renomado geólogo e mineralogista alemão Abraham Gottlob Werner (1749-1817), a coleção é composta por pedras originárias de várias partes do planeta.

São cerca de 60 peças que representam a diversidade de minerais que compõem a coleção, destacando-se a pedra com cristais de apatita, considerada uma das mais bonitas da coleção e que, segundo a lenda, teria despertado a cobiça de Napoleão Bonaparte.

Em princípio a “Coleção Werner” foi encaminhada à Academia Real Militar, atual Instituto Militar de Engenharia, onde serviu para aulas práticas dos alunos desta instituição. Por ordem do Rei Dom João VI, o ilustre geólogo alemão Barão von Eschwege transferiu-a ao Museu Real em 1819 sendo, portanto, a primeira coleção científica a compor o acervo do Museu Nacional.

300 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Ainda Sobre o 1º CASAL

Pelo segundo ano consecutivo como os guardiões do maior tesouro leopoldinense, seu pavilhão, Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro são representantes da nova e talentosa geração de casais de mestres-salas e porta-bandeiras do carnaval carioca.

A estreia no último carnaval foi um grande sucesso, o casal recebeu a nota máxima no quesito, o que fez aumentar ainda mais o compromisso e a responsabilidade da dupla para que, em 2018, o nível técnico e artístico de dança permaneça digno de tamanha honra.

Os ensaios não foram interrompidos após o desfile. Os encontros semanais logo passaram a ser diários, envolvendo além do conceito artístico da dança uma capacitação física e funcional, acompanhados da supervisão e orientação de Claudia Motta, primeira bailarina do Teatro Municipal, vencedora do prêmio de Melhor Bailarina da América Latina pelo Conselho Latino-Americano de Dança, entre outros, e também é coreógrafa de nossa Comissão de frente.

A dança do casal enfatiza as características tradicionais do bailado de mestre-sala e porta-bandeira, sua forma clássica corrobora com o setor do desfile no qual o casal está inserido, “Uma corte real no Versalhes tropical”, onde ainda no final do século XVIII e início do século XIX, nos salões de bailes na corte portuguesa, e subsequentemente, brasileira, se dançavam o Minueto. Com giros para ambos os lados, meio giro, torneados, cortejo, riscado, rodopio, valseado, elegância, nobreza, sintonia e reverência, alinhados às intervenções coreográficas que valorizam momentos marcantes do samba- enredo com vibração e energia, Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro, mais uma vez, prometem encantar a avenida.

Thiaguinho Mendonça, iniciou sua carreira no projeto Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mestre Manoel Dionísio. Durante sua trajetória recebeu em torno de 10 prêmios. Defendeu o segundo pavilhão da Portela em 2015. No ano de 2016 dançou pela de Jacarepaguá na Série A, somou quatro notas 10, foi apontado como grande destaque do grupo por críticos e acabou contratado pela Imperatriz Leopoldinense onde, em sua estreia junto com a porta-bandeira Rafaela Theodoro, arrebatou o público e os jurados, conquistando as notas máximas.

Rafaela Theodoro é uma das porta-bandeiras mais talentosas do Carnaval Carioca. Sua carreira se inicia no conceituado projeto de dança comandado por Manoel Dionísio. Com a vitória obtida no concurso promovido pela Vila Isabel cujo objetivo de escolher a segunda porta-bandeira da agremiação, projeta-se a um outro patamar. Foi convidada para ocupar o cargo de primeira porta- bandeira da Imperatriz Leopoldinense em 2011. Em seu quarto carnaval com o pavilhão gresilense gabaritou o quesito com todas as notas 10. Vem recebendo ao longo dos anos o merecido reconhecimento em função da evolução e maturidade de sua dança. Soma um total de 12 prêmios como melhor casal ou melhor porta-bandeira. Depois de Maria Helena, Rafaela é a porta-bandeira que mais defendeu o pavilhão gresilense em desfiles, por oito carnavais.

301 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

A DANÇA DOS CISNES

A indumentária do nosso segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, inspira-se nas centenas de cisnes que enfeitam com sua graça e beleza os lagos e jardins da Quinta da Boa Vista, e que serviram de inspiração para os românticos pedalinhos, pequena embarcação aquaviária para dois passageiros, que encantam as famílias que, por décadas, frequentam o parque.

Marcílio Diamante e Elaine Fernanda apresentam uma dança envolvente, com um desenho coreográfico que une os elementos fundamentais que determinam o bailado tradicional do Mestre- Sala e da Porta-Bandeira como também introduzem novos elementos em sua dança que remetem ao samba da Imperatriz em seu desfile de 2018.

302

G.R.E.S. BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

PRESIDENTE RICARDO ABRÃO DAVID

303

“Monstro é Aquele que Não Sabe Amar! Os Filhos Abandonados da Pátria que os Pariu”

Comissão de Carnaval LAÍLA, CID CARVALHO, BIANCA BEHRENDS, VICTOR SANTOS, RODRIGO PACHECO E LÉO MÍDIA

305

Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Monstro é Aquele que Não sabe amar – Os Filhos Abadonados da Pátria que os Pariu” Carnavalesco Comissão de Carnaval: Laíla, Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia Autor(es) do Enredo Marcelo Misailidis, Laíla, Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia Autor(es) da Sinopse do Enredo Laíla, Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia. Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Laíla, Marcelo Misailidis e Cid Carvalho. Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Frankenstein: Ou o SHELLEY, Mary. Martin Claret 2012 Todas Moderno Prometeu

02 Pedagogia dos Gil, José; Verso 2007 Todas Monstros: HUNTER, Ian; Os Prazeres e os COHEN, Jeffrey Perigos da Jerome Confusão

03 De Ulisses a GAFFO, Leandro. Globus 2015 Todas Frankenstein ou do Confronto com a Natureza Exterior a Dominação da Natureza Interior

04 A Caderneta de ACKROYD, Peter. Editora Record 2013 Todas Victor LTDA. Frankenstein

05 O Mosaico de GIASSONE, Ana Editora UNB 1999 Todas Frankenstein – Claudia. (Universidade de O Medo no Brasília) Romance de Mary Shelley

307 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

06 Frankenstein: Mito LECERCLE, Jean- Jose Olympio 1991 Todas e Filosofia Jacques

07 Adorável Criatura ASSUNÇÃO, Ateliê Editorial 2003 Todas Frankestein Ademir.

08 O Livro de Ouro FERREIRA, Felipe Ediouro 2004 Todas do Carnaval Brasileiro

09 Por que Gostamos PINSKY, Jaime. Editora Contexto 2013 Todas de História

Outras informações julgadas necessárias

Referências Virtuais: www.google.com.br www.wikipedia.com.br http://michaelis.uol.com.br http://livroecafe.com/2016/10/04/frankenstein-mary-shelley-um-livro-que-surpreende-em-varios- aspectos/ www.yahoo.com.br www.youtube.com

(*) Vídeo de entrevista com José Mujica - DW Brasil

308 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

HISTÓRICO DO ENREDO

“Pedi eu, Oh! Criador, que do barro me moldasse homem? Pedi eu, que me salvasse das trevas?” John Milton, Paraíso Perdido (X, 743-5)

“Frankenstein ou o Prometeu Moderno” é uma obra de ficção do segmento literário de terror gótico, voltada para o universo científico. Aborda a ambição desordenada, o desejo não contido pelo conhecimento a qualquer preço, e o perigo de isolar-se de sentimentos como o amor e a amizade, fatores que ameaçam transformar qualquer homem em monstro; daí ser considerada “uma fábula moderna para os riscos do orgulho intelectual desmedido”.

A obra escrita em 1818 pela jovem inglesa Mary Shelley completa 200 anos em 2018. Conquistou o inconsciente coletivo e o imaginário popular de leitores do mundo todo, e é fonte de inspiração para o desenvolvimento do enredo “Monstro é Aquele que Não Sabe Amar – Os Filhos Abandonados da Pátria que os Pariu”. Analogia contemporânea suscitada através da perspectiva de espelhamento, traz à tona uma reflexão acerca das mazelas sociais mais gritantes no Brasil, numa narrativa baseada em 05 (cinco) pilares e desenvolvida em respectivos 05 (cinco) setores, a saber:

01) A Introdução do Argumento – “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”; 02) A Ambição e a Ganância; 03) O Abandono; 04) A Intolerância; 05) A Redenção.

Na ficção, uma estranha e bizarra criatura construída a partir de pedaços de corpos costurados. Na sociedade brasileira, filhos da pátria que são fruto da miscigenação de pedaços de DNA carregados de singular diversidade. Na execução do projeto carnavalesco, a sutileza de agregar pedaços de tecidos na feitura das fantasias. No samba-enredo, a precisão em afirmar que a lendária* criatura, é tão e somente uma junção de “retalhos do próprio criador”...

(*) “Lendária criatura”: Por definição, lendária é “aquilo que merece ser lido”, e significa fantástica, imaginária, famosa, célebre. E embora a Criatura oriunda de pedaços de corpos costurados pelo Dr. Victor Frankenstein seja uma personagem que na obra fictícia não foi digna sequer de receber um nome por parte de seu Criador, através da oralidade, hoje habita o imaginário popular e o inconsciente coletivo sendo chamada de Frankenstein, quando na verdade, esse é o sobrenome de Dr. Victor, “o pai que renegou a criação”; de modo que, sendo assim, a Criatura monstruosa acabou tornando-se de fato uma lenda.

“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não se tornar também um monstro. Quando se olha muito tempo para o abismo, o abismo olha pra você”. (Friedrich Nietzsche) 309 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

SINOPSE

A ficção do monstro do Dr. Victor Frankenstein nos coloca frente a frente à nossa capacidade de repudiar o que é estranho e diferente, de negar amor ao que não compreendemos.

O ser criado em laboratório a partir de pedaços costurados rusticamente, e da ausência de ética e de limites, não foi reconhecido como um semelhante porque possuía aparência anormal e feia, e acabou sendo excluído, repudiado e renegado pelo próprio pai.

A estranha criatura, abandonada, sozinha, incompreendida e entregue à própria sorte, se transformou em anjo caído, revoltado pela falta de amor. Mas, quem é o verdadeiro monstro nessa estória? A criatura de aparência repugnante, ou o criador, com seu egoísmo, seu orgulho, sua arrogância e seu coração corrompido?

Essa obra vai completar 200 anos, mas tem muito a nos dizer das diversas mazelas que atualmente corroem a integridade moral e espiritual de uma sociedade onde a desigualdade se alimenta do descaso; formando uma geração dominada pelo caos, vitimada pelo abandono, e que vive à mercê de seres humanos bestiais, que menosprezam tudo e à todos que lhes pareçam inadequados e fora dos padrões estabelecidos.

O monstro do Dr. Frankenstein é a nossa realidade invertida, é a nossa culpa escancarada e jogada em nossas caras, mas que da qual fugimos e negamos qualquer responsabilidade. A criatura é o nosso , refletindo nossas falhas mais gritantes, nossa falta de amor com o que nos cerca e com o próximo, e o nosso desrespeito às diferenças.

Somos parte de um sistema doentio, gerador de criaturas que falam línguas diferentes e aparentemente indecifráveis para os governantes, e que perambulam incompreendidas e esquecidas pelos becos, ruas e vielas dessa selva de pedra que um dia já foi o paraíso.

Mas, o sonho de uma criança ainda é pintar o futuro em folhas brancas da imaginação, e traçar o mundo inteiro na palma da própria mão. Porém, o que vemos são crianças abandonadas pelos pais, longe das escolas, vendendo balas nos semáforos, ou se transformando em pivetes e disparando balas de armas que cospem fogo e dor.

É a carência de amor escancarada pela ausência de opção, ou pela falta de pão, levando irmão a matar irmão. São pedaços de famílias, soltos, desapegados, sem ligação. São retalhos de uma sociedade refém de uma violência cruel, que corrói a nossa dignidade e espalha o medo que nos devora a alma, em cenas trágicas que passam diante de nossos olhos como um filme de terror, retratando vidas que se perdem num estalar de dedos em cenários reais e angustiantes. São as casas gradeadas, feito fortalezas de proteção, onde 310 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018 temos a sensação de que nós é que estamos na prisão, numa banalização do mal, do sofrimento alheio e da própria vida humana, que transforma a luta diária, em luto constante.

São os senhores cavaleiros de um Apocalipse político, camuflados com ternos, gravatas e hipocrisia, cavalgando no lombo da ambição, e espalhando a falta de esperança. São as filas, as falhas e falcatruas alimentando saúvas e adoecendo a saúde; são zumbidos perdidos, sem direção, assustando a população e matando o futuro da nação. É a paz escondida na tristeza de cada olhar, na saudade doída dos que se foram, na fatalidade do silêncio dos que já não podem chorar. É o refugiado da seca, que ainda não encontrou a terra prometida; é o brasileiro acuado, sem ter para onde fugir.

Será que há salvação? Será que no final do túnel haverá luz? Ou será que carregaremos eternamente essa cruz?

Sentado na escadaria, um pedinte estende as mãos implorando esmolas, disputando com terços e santinhos, a atenção de quem passa para se ajoelhar diante do altar de ouro. Numa encruzilhada adiante, aproveitadores da boa fé despacham oferendas sem axé, que servem para aliviar a fome e a sede do morador de rua; enquanto falsos profetas, em templos colossais, cobram dízimos celestiais, perseguem crenças diferentes, sufocam manifestações culturais e fomentam uma espécie de “Guerra Santa”: o sagrado versus o profano, a batucada proibida, a roda de samba coibida, a bebida no boteco; tudo é coisa do “coisa ruim”!

Porém, tudo que se constrói ou se destrói, se começa pela base; porque se não se fortalece a base, toda a edificação estará fadada ao desmoronamento. E a base, a estrutura de uma sociedade, é a cultura. É preciso voltarmos às nossas raízes e nos reinventarmos. E se reinventar não significa mudar a essência ou renegar as origens. Reinventar tem um quê de renascimento, de tornar a ser criança, de redescobrir o poder de amar.

Somente o amor e a valorização da cultura impedirão que os monstros da nossa sociedade continuem surgindo, se multiplicando e ameaçando o que temos de mais autêntico.

Cabe a nós, sambistas, historicamente marginalizados e excluídos, sempre olhados com estranheza e preconceitos, perseguidos pela cor de nossas peles, pelo colorido de nossas roupas, pela nossa fé ancestral, e pela nossa batucada, o alerta, a resistência e o protesto. Algumas vezes, nos negaram a alma, outras tantas nos deram uma alma demoníaca, mas nunca conseguiram nos calar, silenciar as nossas vozes e os nossos tambores, porque somos das ruas, das praças, dos botecos; somos malandros boêmios, e carregamos na alma a alegria que debocha das dificuldades.

311 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

É chegada a hora de juntarmos os retalhos das nossas consciências, que deixamos no baú empoeirado do nosso comodismo, e costurarmos as fantasias dos abandonados e dos excluídos. Nesse cortejo popular, os verdadeiros monstros da nossa sociedade desfilarão sem máscaras, para serem reconhecidos e malhados na quarta-feira de cinzas!

Que as Marias, damas de casa e do povo, sejam as nossas Pietàs, retratando a luta de todos que apenas desejam ser amados e respeitados.

Que as ruas voltem a ser o grande tabuleiro da pluralidade da nossa gente, onde as peças dançarão ao som de uma batucada democrática. Que o nosso “rei”, que é Momo, que é da folia, que é do povo, junte realeza e “peões”, derrube a “torre” da intolerância, e dê um xeque-mate na tristeza.

E assim, a Escola de Samba e a comunidade, ali costuradas pelo amor à nossa cultura, se tornarão um só corpo novamente, e o samba triunfará, mais vivo do que nunca.

Que nesse arrastão de alegria, as drags e meretrizes encontrem um amor de carnaval; o velho arlequim nunca desista de beijar a colombina; o malandro continue caindo de paixão pela sedutora cabrocha; e o pierrô, levante a cabeça, dê a volta por cima e dance apaixonado, com a passista mais formosa. Porque o samba, é o palco mais democrático da nossa cultura popular, e une irmãos de todos os cantos e bandeiras, festejando as diferenças e celebrando a paz, sob um céu azul e branco nilopolitano, enfeitado de beija- flores.

Mas, se ainda assim você nos discrimina e não entende o nosso jeito de ser feliz, não nos leve à mal, o monstro é você!

Largue o nosso carnaval! Afinal, monstro é aquele que não sabe amar!

SETOR 01 – A Introdução do Argumento – “Frankenstein ou o Prometeu Moderno” “Frankenstein ou o Prometeu Moderno” é uma obra de ficção científica, gênero literário que se volta para o mundo da ciência, e representa uma virada em relação ao gênero gótico de romances, dando voz aos medos e esperanças gerados pelas descobertas científicas, e retratando as imagens e mitos da própria ciência.

O primeiro setor da Escola descreve a ambientação onde começa a se desenrolar a trama: geleiras e icebergs em meio ao Oceano Ártico contemplam uma cena descrita no preâmbulo de abertura do próprio livro; uma alusão ao sopro criativo que levou a autora a produzir uma aventura que tem como ponto de partida, reflexões sobre o ímpeto da ambição humana e seus possíveis desdobramentos.

312 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

É nesse contexto que surge o navio do Comandante Robert Walton, que após resgatar o Dr. Victor Frankenstein em meio às vastas planícies de gelo, contempla uma sucessão de relatos que introduzem a narrativa, e funcionam como base do argumento histórico.

Ao revisitar suas memórias, Victor Frankenstein evidencia a sua natureza pelo ávido desejo de aprender sobre todas as coisas, indiscriminadamente; relembra seu ingresso na Universidade de Ingolstadt, o fascínio pela ciência e pela medicina, pelas aulas de autópsia e dissecação de cadáveres.

É no laboratório que Dr. Victor Frankenstein consegue trazer à vida o fruto de um experimento, criado a partir de pedaços de corpos costurados rusticamente, uma aberração a quem chamou de “o infeliz monstro”; uma bizarra e estranha criatura, cuja “estatura gigantesca e a deformidade de seu aspecto, horrendo demais para pertencer a um homem, o desgraçado, o demônio imundo a quem dera vida”, é o protótipo vivo dos monstros que construímos na nossa sociedade.

Nesta saga, temos de um lado, os conceitos da mente brilhante de um jovem cientista, de ideais modernos e teor revolucionário, em busca da imortalidade e da glória pessoal, julgado pela força da ambição; e de outro, um ser de aguda sensibilidade, que mesmo reconhecendo em si próprio suas feições monstruosas, no entanto, tem uma incrível necessidade de amar e ser amado, de modo eminentemente humano.

SETOR 02 – A Ambição e a Ganância O segundo setor aborda os pilares da ambição e da ganância, arquétipos do Dr. Victor Frankenstein, observáveis através da sua cobiça intelectual e sua obstinada sede de conhecimento, impulsionada por sua paixão voraz e inquietante diante das descobertas e avanços científicos.

Através da perspectiva de espelhamento que norteia o enredo, retrata a força da ambição dos corações corrompidos pela ganância avassaladora por dinheiro, poder e prestígio, intrínseca e notável ao longo da História desse país, bem como quais são os espaços de criação, as fábricas de monstros no Brasil.

Todavia, os monstros brasileiros não saíram da ficção e não aterrorizam os nossos sonhos, são um pesadelo que fazem parte da vida real:

Hoje, estão presentes principalmente no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília – a Capital dos Monstros, onde são tomadas as monstruosas decisões políticas que vitimizam o povo brasileiro, demonstrando que a caneta mata mais do que a pistola; estão nos escândalos de corrupção e nos desvios milionários dos cofres públicos, e ainda no pútrido esquema das licitações que envolvem as grandes empreiteiras, que em muito colaboraram para afundar a economia nacional; estão nas unidades prisionais que são verdadeiras universidades do crime. 313 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

A Petrobrás – a maior empresa estatal do ramo petrolífero, de gás natural, combustíveis fósseis e derivados do país – é ruína do que já foi um dia, quando era referência de prosperidade, estabilidade e credibilidade, e atualmente, é símbolo do monstro da corrupção, protagonizando aquele que talvez seja o mais grave episódio de extravio de verbas públicas e pagamento de propinas na história do país, vide o patamar dos cifrões astronômicos que são escoados ilicitamente em malas e através da lavagem de dinheiro.

Essa ganância desmedida e essa desfaçatez por parte dos homens que vestem terno e gravata – políticos, empresários, empreiteiros e afins – produzem uma desigualdade social gritante e latente, exacerbando a pobreza do povo brasileiro e multiplicando em números e mazelas sociais, a população vitimada, o que se nota principalmente nas favelas, onde a comunidade é mais carente.

A corrupção é um flagelo que tristemente se multiplica cada vez, está em toda parte. Pode-se defini-la esquematicamente como a tomada de decisões distorcidas a favor de determinados interesses, perseguindo uma recompensa direta ou indireta; e pode acontecer no âmbito público ou numa empresa privada, pode ser através de uma ação direta ou indireta; mas o fato, é que sempre há perda de valor público, e quem perde com isso e paga as consequências dessa “lei do menor esforço” é a sociedade. É a cobiça desvairada que move esses roedores do dinheiro público, que se proliferam em meio à tanta sujeira e imundície.

SETOR 03 – O Abandono O terceiro setor aborda o abandono da Criatura por parte de seu Criador, e uma análise comparativa com os filhos abandonados do Brasil (a pátria que nos pariu); que carentes de cuidados, de amor e de ternura, só queriam ser amados, mas foram desamparados ao léu.

O descuido, o desleixo e o desdém para com a população, que sofre com diversos flagelos, ocasionados por carências múltiplas: falta assistência social, educação, cultura, saúde, segurança, consciência, empatia. E sobram tormentos, num Brasil que muitos “não enxergam” ou fingem não enxergar...

São retalhos de uma sociedade refém de uma violência cruel, fruto do abandono social multifacetado que nos obriga a pensar, a fazer uma reflexão de cunho sociológico, diante do retrato da desilusão provocada pelos nossos dramas cotidianos, visto que estamos todos descrentes e desprotegidos em meio ao caos diário e generalizado em que vivemos.

A incerteza caminha lado a lado com os bandidos soltos pelas ruas, e a sensação constante de insegurança, o medo de acontecer algum infortúnio ou “fatalidade”, a ideia de “sair de casa sem saber se vamos voltar a salvo”, ratificam a naturalização de uma violência avassaladora que tomou conta do Brasil, e fez especificamente do Rio de Janeiro, uma cidade partida. 314 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Enquanto os bandidos estão soltos pelas ruas, a população fica presa em propriedades gradeadas, numa tentativa desesperada de se ter um mínimo de segurança e proteção, onde aqueles que têm melhores condições financeiras, vivem em condomínios que são uma espécie de “prisões de luxo”, enquanto os demais, sobrevivem como podem, à mercê das mais diversas mazelas sociais.

Já o abandono do lixo, é um alerta sobre a nossa responsabilidade no que se refere ao descarte indevido dos restos e detritos que produzimos, e que são abandonados de forma irresponsável no meio ambiente; esse excesso de sujeira retrata a materialização do abandono, já que as questões ecológicas também são um retrato da rejeição.

SETOR 04 – A Intolerância O quarto setor refere-se à intolerância, deixando transparecer a ideia de conflito Criador X Criatura, uma vez que o monstro do Dr. Frankenstein nos coloca frente a frente à nossa capacidade de repudiar o que é estranho e diferente, e de negar amor ao que não compreendemos.

Intolerância é a falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferentes crenças e opiniões; é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista dissidentes, provocando assim, uma postura de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos de grupos específicos, que vivem à sua maneira de ser, e em consonância com seus próprios estilos de vida e convicções.

A intolerância e a hostilidade habitualmente estão baseadas em preconceitos – conceitos pré-estabelecidos, que levam à discriminação. Demonstrações de intolerância revelam a face monstruosa dessas ações discriminatórias, sendo os alvos de intolerância religiosa, de gênero/opção sexual, de racismo (intolerância racial), xenofobia, e intolerância desportiva, os maiores reféns de ofensas e segregação.

O Maracanã, monumento do esporte, é palco para cenas que remetem à uma rinha de galos, já que atualmente, o estádio mais se assemelha à um moderno Coliseu, se transformando em um espaço onde os torcedores, ao invés de vibrarem por seus times, terminam por digladiarem-se entre si.

SETOR 05 – A Redenção O quinto setor fala da redenção da Criatura que só queria ser aceita e amada pelo seu Criador, e também da redenção como símbolo de esperança, com base na ideia de que o Carnaval é uma possibilidade concreta de salvação.

O Rei Momo, monarca da Corte e anfitrião do Carnaval, convoca a realeza, plebeus e personagens tradicionais da folia para dar um xeque-mate na tristeza e realizar um arrastão de alegria na Sapucaí, desfilando o respeito às diferenças através do Samba.

315 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Zé Pereira, os negros da nossa Pequena África, as Damas de Casa, Pierrô, Colombina e Arlequim – a elite Bal Masqué, Baianinhas, a Plêiade do Samba, o Bloco dos Sujos, Velha Guarda, todos convidados a clamar por paz, representando e enaltecendo a voz do samba, que faz qualquer dor dentro do peito ir embora. Por que o povo do Samba quer libertação, e para isso, dá voz às ruas, exercendo a sua cidadania no palco mais democrático e diversificado da nossa Cultura Popular; unindo irmãos ávidos por redenção, por que já não aguentamos mais carregar nos braços o resultado de desamor no coração.

E como homenagem ao exemplo do que é saber amar, uma revoada de beija-flores celebra, na Apoteose, os 70 (setenta) anos de história que a Beija-Flor de Nilópolis está prestes a completar nesse ano de 2018. Uma Escola de Samba que demonstra, na prática, através de 40 (quarenta) anos de projetos e trabalhos sociais, que sabe cuidar de sua comunidade; que com amor, assistência e educação, é possível sim transformar a vida de seres humanos, deixando o seu recado para quem não sabe cuidar e para quem nega o amor: Vem aprender na Beija-Flor!!!

Por que Monstro, é Quem Não Sabe Amar!

316 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

“Frankenstein Ou o Prometeu Moderno”, é uma obra ficcional, precursora do segmento literário de terror gótico, que fala da ambição desordenada, o desejo não contido pelo conhecimento a qualquer preço, e o perigo de isolar-se do amor e da amizade, que ameaçam transformar qualquer homem em monstro; “uma fábula moderna para os riscos do orgulho intelectual desmedido”.

A obra criada por Mary Shelley completa 200 anos em 2018, e expõe conflitos de personagens que confundem o leitor, quanto à sentimentos e julgamentos invertidos pela precipitação em avaliar o outro, da dificuldade de aceitar diferenças, e do abandono de tudo aquilo pelo que somos responsáveis.

Aqui, de um lado vamos confrontar os conceitos da mente brilhante de um jovem cientista, de ideais modernos e teor revolucionário, em busca da imortalidade e da glória pessoal; e de outro, um ser de aguda sensibilidade, que reconhece em si suas feições monstruosas, e, no entanto, tem necessidade de amar e ser amado, de modo eminentemente humano.

Quem é o verdadeiro monstro em Frankenstein? A criatura sem nome, de aparência repugnante, ou o criador Victor Frankenstein, com seu egoísmo, seu orgulho, sua arrogância e autossuficiência; seu coração corrompido, seus conhecimentos monstruosos, que desafiando a natureza, usurpa eticamente a sua tarefa divina da criação da vida, destruindo à sua volta todos os seres a quem ama?

A base e a essência discursiva dos argumentos acima, abrem espaço para um preâmbulo, no qual encontramos mergulhadas incontáveis mazelas que testemunhamos em nossos dias, que corroem a integridade moral e espiritual de uma sociedade que vive à mercê de seres humanos bestiais.

Hoje, vivemos em um país mergulhado no abandono, na descrença e desesperança, onde monstros estão soltos pelas ruas, camuflados de terno e gravata, atrás de falsos discursos políticos; viralizando preconceitos atrás de computadores, agredindo semelhantes por vestirem diferentes flâmulas, hostilizados pela cor de suas peles, pelas suas convicções sexuais; abandonando seus filhos, seus velhos, seus doentes, nas ruas, asilos e filas de hospitais; tirando a vida do cidadão indefeso que é assassinado nas esquinas e prisioneiro em sua própria casa, vítimas da violência nas escolas, e refém de inúmeras agressões dentro de seus próprios lares.

Buscamos entender e identificar quem são aqueles que criam os monstros, quem são aqueles que tornam-se monstros, e quem são as vítimas em nossa sociedade – sem perseguir, acusar e/ou julgar ninguém.

Sob o manto azul e branco, propomos reconhecer as semelhanças nas diferenças, estender a mão à um irmão, estreitar os laços. A Beija-Flor clama por compaixão, piedade e amor. E afirma: monstro, é aquele que não sabe amar! 317 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

ROTEIRO DO DESFILE

ABERTURA

Comissão de Frente FRANKENSTEIN OU O PROMETEU MODERNO

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Claudinho Souza e Selminha Sorriso CRISTAIS DE GELO: UM BAILADO DE AMOR PARA QUEBRAR O GELO DOS CORAÇÕES

Elemento Alegórico de Abertura (Tripé 01) A GELEIRA

Grupo Bloco de Gelo GELEIRAS

Alegoria 01 – Abre-Alas A EMBARCAÇÃO

Ala 01 – Comunidade PIRATAS – PILHAGEM E ESPÓLIO

Ala 02 – Comunidade IMPOSTO DOS INFERNOS

Ala 03 – Baianas (Comunidade) SANTINHAS DO PAU OCO OS DESCAMINHOS DO OURO

Ala 04 – Comunidade A CORTE DA MAMATA QUADRILHA NO PODER

Ala 05 – Comercial ALI BABÁ E OS BOBOS NEM TÃO NOBRE FORTUNA FÁCIL 318 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Ala 06 – Comercial VAMPIROS SANGUESSUGAS EXERCEM SEUS PODRES PODERES

Ala 07 – Comunidade O OURO NEGRO DA CORRUPÇÃO UM BANHO DE GANÂNCIA EXARCEBADA

Ato 01 – Comunidade OS ROEDORES DOS COFRES PÚBLICOS

Ato 02 – Comunidade POLITICAGEM LOBOS EM PELE DE CORDEIRO

Elemento Alegórico Cenográfico (Tripé 02) O BANQUETE

Alegoria 02 A AMBIÇÃO (“ARQUÉTIPOS QUE ESPELHAM O DR. FRANKENSTEIN”)

Ala 08 – Comunidade OS REFUFIADOS DA SECA À PROCURA DA TERRA PROMETIDA

Ala 09 – Comunidade NO CIRCO BRASIL, O PALHAÇO É O POVO – O PESO DOS IMPOSTOS

Ala 10 – Comunidade EU NÃO ENTENDO TUA FÉ A POBREZA DOS PEDINTES (FRENTE) E OS TEMPLOS LUXUOSOS (VERSO)

319 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Ala 11 – Passistas Mirins (Comunidade) AS CRIANÇAS E O SONHO DE UM FUTURO COLORIDO

Ala 12 – Crianças (Comunidade) O BICHO PAPÃO DA EDUCAÇÃO E AS CRIANÇAS VENDEDORAS DE BALAS

Ato 03 – Comunidade MALABARISTAS DA VIDA

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira David Sabiá e Fernanda Love A CULTURA ESFARRAPADA

02 Destaques de Chão Femininos SENHORAS DO GINGADO

Ala 13 – Passistas (Comunidade) A RESISTÊNCIA DO POVO DAS RUAS

Rainha de Bateria Raíssa Oliveira A DONA DAS RUAS – RAINHA DA PISTA

Ala 14 – Bateria (Comunidade) SOMOS DAS RUAS, SOMOS MALANDROS BOÊMIOS

Ala 15 – Comunidade A FACE DA SAÚDE É A FOICE DA MORTE – A VIDA ABANDONADA AO LÉU

Ala 16 – Comunidade A VIOLÊNCIA GENERALIZADA À PROCURA DA SALVAÇÃO, UM PEDIDO DE PAZ

320 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Ala 17 – Comercial PINTOU SUJEIRA! POLUIÇÃO, A MATERIALIZAÇÃO DO ABANDONO

Ato 04 – Comunidade ESTENDA A MÃO MEU SENHOR – PEDINTES, VÍTIMAS DO ABANDONO E DO DESCASO

Alegoria 03 O ABANDONO (“ARQUÉTIPOS QUE ESPELHAM A CRIATURA)”

Ala 18 – Comercial A FÉ DE CADA UM DE NÓS – INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Ato 05 – Comunidade CALDEIRÃO RELIGIOSO – OS CAMINHOS DA FÉ

Ala 19 – Amigos do Rei (Presidência) NEGATIVA É A INTOLERÂNCIA, POSITIVO É ILUMINAR A MENTE!

Ala 20 – Comunidade INTOLERÂNCIA SEXUAL SE EXPRESSAR PODE!

Ala 21 – Comunidade BONECAS BEIJA-FLOR

Ala 22 – Comunidade BLOCO DAS PIRANHAS SERÁ QUE ELE É?

Ala 23 – Comunidade INTOLERÂNCIA RACIAL DISCRIMINAÇÃO É CRIME!

321 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Ala 24 – Comunidade PUNK NORDESTINO DIVERSIDADE CULTURAL

Ala 25 – Comunidade INTOLERÂNCIA NO ESPORTE FALTA DE ESPÍRITO DESPORTIVO É ESTUPIDEZ!

Ato 06 – Comunidade GANÂNCIA VESTE TERNO, GRAVATA E CARTOLA

Ato 07 (Comunidade) A IRRACIONAL INTOLERÂNCIA DAS TORCIDAS HOSTILIDADE IMBECIL

Alegoria 04 A INTOLERÂNCIA (“ARQUÉTIPOS QUE ESPELHAM A RELAÇÃO ENTRE O DR. FRANKENSTEIN E A CRIATURA”)

Ala 26 – Comunidade A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES

Ala 27 – Comercial REI MOMO – O ANFITRIÃO DA FESTA DEMOCRÁTICA

Ala 28 – Comunidade O ZÉ PEREIRA CARNAVALESCO

Ala 29 – Comunidade OS NEGROS E A NOSSA PEQUENA ÁFRICA

Ala 30 – Comunidade DAMAS DE CASA SENHORAS SOBERANAS

322 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

Ala 31 – Comunidade PIERRÔ E COLOMBINA A ELITE BAL MASQUÉ TAMBÉM CAI NO SAMBA

Ala 32 – Comercial ARLEQUIM TAMBÉM É BEM-VINDO!

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mosquito e Emanuelle Martins A REDENÇÃO DO SAMBA

Ala 33 – Baianinhas (Comunidade) A PAZ EM LUTO

Ala 34 – Comunidade CELEBRANDO A PAZ

Ala 35 – Ala dos Compositores PLÊIADE DO SAMBA

Ala 36 – Velha-Guarda A SÁBIA VOZ DA EXPERIÊNCIA CLAMA POR PAZ

Ato 08 – Comunidade O BLOCO DOS SUJOS UM ARRASTÃO DE ALEGRIA

Destaque de Chão Cláudia Raia A GRANDE ANFITRIÃ DA CELEBRAÇÃO DA PAZ

Alegoria 05 ENSINANDO A AMAR

Ato 09 – Comunidade PASSEATA POPULAR: A VOZ DAS RUAS

Elemento Alegórico Cenográfico (Tripé 03) A REDENÇÃO

323 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Elemento Cenográfico de O Tripé é a representação da geleira que bloqueou o Abertura – Tripé 01 navio de Walton na expedição por ele comandada, cujo objetivo era descobrir uma passagem para chegar ao A GELEIRA Oceano Pacífico pelos mares que cercam o Polo Norte. Toda a viagem foi marcada por uma fria brisa polar, deixando transparecer o clima gelado. O fato foi narrado no conjunto de quatro cartas remetidas por Robert Walton para a sua irmã Margaret Saville, espécie de narrativa moldura (às vezes também narrativa quadro), que antecede os capítulos propriamente ditos da obra Frankenstein ou o Prometeu Moderno, da autora inglesa Mary Shelley (1797-1851), publicado pela primeira vez em janeiro

de 1818, há duzentos anos atrás. Na parte dianteira do Tripé observa-se a figura de um beija-flor, elemento símbolo da Agremiação de Nilópolis. Suas asas ganham o formato de um livro, onde virá representada a figura da autora através da primeira-dama da Escola (a Sra. Fabíola David). Visualiza-se atrás da referida autora, na geleira, a face do monstro, surgindo como uma inspiração que ganha forma. Pequenos blocos de gelo (icebergs) situados nas laterais e imediações traseiras do Tripé, são elementos desprendidos com finalidade de ligação meramente temática ao Abre-Alas em correlação narrativa. A geleira busca ambientar um quadro cênico que homenageia a autora e constitui uma visão de como ela se inspirou na criação de sua obra, precursora do gênero terror gótico.

324 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 Abre-Alas “Julgado Pela Força da Ambição”

A EMBARCAÇÃO Seguindo o Tripé que representa a geleira, haverá a representação de uma embarcação, que contempla uma sucessão de narrativas, que buscará introduzir o argumento da obra. Ali estará sendo representado o encontro do Sir. Robert Walton (comandante da embarcação) com o Dr. Victor Frankenstein, no qual ele começa a relatar a sua história. Ao reviver essas memórias, ele recorda na embarcação o início de sua saga, relembrando os inícios dos seus estudos na Universidade de Ingolstadt e suas aulas de dissecação de cadáveres e, na sequência, a sua trágica experiência de construção da criatura, o “infeliz monstro”, “o demônio”, “o desgraçado”. Portanto, o laboratório do Dr. Victor foi o espaço de criação daquele ser de “estatura gigantesca e a deformidade de seu aspecto, horrendo demais para pertencer a um homem, o desgraçado, o demônio imundo a quem dera vida”.

(*) Todas as informações em negrito itálico são referentes à letra do samba-enredo.

* Elemento Alegórico A ganância avassaladora por dinheiro, poder e Cenográfico – Tripé 02 prestígio alimenta os escândalos de corrupção e os (vem junto com o Ato 02) desvios milionários dos cofres públicos, e tira o alimento da mesa do povo. Essa ganância desmedida e O BANQUETE essa desfaçatez por parte dos homens que vestem terno e gravata são um banquete que produz uma desigualdade social gritante e latente, exacerbando a pobreza do povo brasileiro e multiplicando em números e mazelas sociais a população vitimada.

325 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 A AMBIÇÃO “Ganância Veste Terno e Gravata” (ARQUÉTIPOS QUE ESPELHAM O DR. A segunda alegoria representa os espaços de criação FRANKENSTEIN”) dos monstros; deixa transparecer os pilares da ambição e da ganância, arquétipos do Dr. Victor Frankenstein. Na parte frontal da alegoria, visualiza-se a imagem de um rato, animal que vive nos esgotos e se prolifera em meio ao lixo, e simboliza a sujeira, a imundície. Ainda na parte dianteira, observa-se a imagem do Palácio do Congresso Nacional, localizado em Brasília, a “Capital dos Monstros”, onde há sujeira por todos os lados. Ao lado do Congresso, aparece a imagem da face da “estranha criatura”, criação que foi fruto da ambição desmedida do Dr. Frankenstein, e representa as “monstruosidades” que são resultado das desastrosas decisões que por vezes levam o povo brasileiro à fome. Na parte central da alegoria, observa-se a imagem do edifício da PETROBRÁS, edifício símbolo do “monstro” da corrupção, a ambição por poder e dinheiro. Num determinado momento, o prédio da empresa de petróleo se transforma numa favela, representando o empobrecimento da população em função da ambição e corrupção desmedida. Nas laterais, há imagens de prisões, espaços que deveriam ser de regeneração e integração dos indivíduos e acabam por se tornar “universidades do crime”, correlacionando a formação de Frankenstein em Ingolstadt, observada anteriormente. A imagem da tubulação mostra a lavagem de dinheiro. Na parte traseira, aparece a referência à cidade do Rio de Janeiro por meio dos seus morros ocupados por favelas e, ao fundo, as empreiteiras responsáveis pelo grave processo de corrupção nacional.

(*) Todas as informações em negrito itálico são referentes à letra do samba-enredo.

326 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 O ABANDONO “Oh! Pátria Amada, Por Onde Andarás? (“ARQUÉTIPOS QUE Seus Filhos Já Não Aguentam Mais!” ESPELHAM A CRIATURA”) A terceira alegoria tem como tema o abandono da criatura. Na parte dianteira da alegoria, observamos a figura da “assustadora criatura”, expressando desespero, e deixando transparecer seus sentimentos de raiva e vingança, com o corpo todo adornado de pneus, garrafas, plásticos, entre outros materiais. É o “monstro do lixo”, abandonado, sujo, em meio à lama, ao esgoto. As questões ecológicas também são o retrato da imagem da rejeição, com o lixo espalhado por toda a cidade, e nas inúmeras tubulações de esgoto que aparecem nas laterais da alegoria. Esta é toda ambientada na cidade do Rio de Janeiro, em que vemos a imagem do Corcovado, entrecortado por túneis, que levam às ruas e avenidas da cidade por onde circulam veículos, mas também levam às ciladas da vida quotidiana. Não vemos a imagem do Cristo Redentor, mas na parte inferior, a figura do Pensador, de Rodin, que aparece representando a desilusão diante do abandono da sociedade, o caos do dia-a-dia em que vivemos, com desprezo das áreas de saúde, segurança pública e educação. Na parte traseira da alegoria, observamos a representação de condomínios, espaços das classes médias e ricas, reféns de si mesmas, todos gradeados, verdadeiros presídios, uma referência contrária ao senso de liberdade em que vivem os presos, visualizado na alegoria anterior.

(*) Todas as informações em negrito itálico são referentes à letra do samba-enredo.

327 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 A INTOLERÂNCIA “Refém da Intolerância Dessa Gente” (“ARQUÉTIPOS QUE ESPELHAM A RELAÇÃO A quarta alegoria tem como tema a intolerância, ENTRE O DR. deixando transparecer a ideia de conflito entre Criador FRANKENSTEIN E A versus Criatura. A face do monstro surge a partir das CRIATURA”) referências da intolerância, apresentadas em estranhos estandartes com palavras relativas à esses sentimentos de racismo, xenofobia, homofobia, ódio, entre outros. Esses sentimentos, quando unidos, formam a verdadeira face da monstruosidade social, simbolizada por meio da imagem da Criatura. O Maracanã, palco de festa, do esporte e do lazer, traz em suas atrações cenas que remetem à uma verdadeira rinha de galos, já que hoje o estádio se assemelha mais à um moderno “Coliseu”, espaço em que pessoas aparentemente de paz se encontram para digladiarem- se entre si. Encontramos ao fundo uma ação bem- humorada, na qual se passaram quase dois mil anos e vivemos a mesma natureza do comportamento humano. Na parte traseira, há duas esculturas de “infernais”, símbolos ligados a esse sentimento inconsciente brutal do ser humano.

(*) Todas as informações em negrito itálico são referentes à letra do samba-enredo.

328 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Marcelo Misailidis Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 ENSINANDO A AMAR “Vem Aprender na Beija-Flor”

O tema da quinta alegoria é a redenção como símbolo de esperança, ancorado na ideia de que o carnaval é uma possibilidade concreta de salvação. E, em paralelo, a alegoria também celebra os 70 (setenta) anos do G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis, exemplo de uma história de vida que vem se concretizando através do cuidado para com a sua comunidade, por meio da educação e do amor, sendo possível assim, transformar a vida do ser humano: “Monstro é aquele que não sabe amar”. Na parte frontal da alegoria, visualiza-se um letreiro com os dizeres “Mas o Samba Faz Essa Dor Dentro do Peito Ir Embora”, cercado por uma revoada de pombos da paz e beija-flores. Na parte traseira, um grande Beija-Flor, símbolo da Agremiação, com suas asas em formação similar aos arcos da Praça da Apoteose é uma ode ao sambista, que historicamente faz do Carnaval uma celebração democrática no palco mais diversificado da nossa Cultura Popular, unindo irmãos de todos os cantos, gostos e cores, ávidos por redenção.

(*) Todas as informações em negrito itálico são referentes à letra do samba-enredo.

Elemento Alegórico Nos braços do povo esse elemento cenográfico tem como Cenográfico – Tripé 03 tema os flagelos da nossa sociedade atual, com especial (vem junto com o Ato 09) direcionamento na questão da educação, saúde e segurança, onde a imagem desolada da “Pietá” é utilizada como A REDENÇÃO símbolo para expressar a face dramática do perdão e da necessidade de aceitação, presentes no encerramento da

obra de Frankenstein, argumento inspirador desse enredo, no qual a Criatura lamenta a perda do seu Criador, o Dr. Victor Frankenstein, e as sucessivas tragédias quotidianas, como a mãe segurando o filho desnutrido, o abandono dos vulneráveis pela nossa sociedade (inspirada a partir da tela de Portinari), e a imagem da mãe segurando o filho policial morto, momento em que a figura materna procura amenizar os últimos momentos de agonia da violência contra as forças da segurança pública.

329 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Fabíola David Advogada Alessandra Pirotelly Empresária Marcos Oliveira Cabeleireiro Ana Cristina Pinto Empresária Zezito Ávilla Estilista Lú Pittigliani Ex-modelo Maurízio Médici Bacharel em Moda Linda Conde Fotógrafa Jussara Calmon Atriz Marquinho Jasmin Produtor de Eventos Cláudia Aidim Artista Plástica Paulo Robert Cabeleireiro

Local do Barracão Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Unidade 11 – Cidade do Samba – Rio de Janeiro / RJ Diretor Responsável pelo Barracão Luiz Fernando Ribeiro do Carmo – Laíla (Artístico – Diretor Geral de Carnaval e Harmonia); Almir José dos Reis (Administrativo – Vice-Presidente e Administrador Geral). Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Cláudio José Fernandes e Paulo Roberto Quirino Halano Wikens Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Elson Cardoso, Wagner Amaral, Glemberg Castro Willian Mansour e João “Sorriso” Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe André Reis – Dedé “Light City” José Claudio Outros Profissionais e Respectivas Funções

Marcos Reis Fernandes - Vice-Presidente Financeiro/Administrador do Barracão Alexandre Esposito “Jiló” - Diretor de Finanças / Administrador do Barracão Lenile “Lili” Pessoa - Departamento de Compras Vanessa Houtet - Departamento de Compras Natália Louise - Assessora de Imprensa Miro Lopes - Departamento de Comunicação Social Adriane Lins - Designer Gráfica José Jorge “Bainano” e Hilton “Niltinho - Laminadores Chefes de Equipe Mauro Francisco da Silva - Almoxarife Chefe de Equipe Mauro “Cara Preta” - Empastelador Chefe de Equipe Renato da Cruz Cavallari - Eletricista e Manutenção Técnica Ricardo “Cacá” Reis Belém - Eletricista e Manutenção Técnica Mário Sérgio e Rogério Wiltgen - Iluminadores Chefes de Equipe

330 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Geleiras As geleiras situadas nas laterais e Grupo Blocos Marcelo imediações traseiras do Tripé são de Gelo Misailidis elementos cenográficos, com a (2017) finalidade de ligação temática ao Abre-Alas, dada a correlação com a narrativa descrita nas cartas que antecedem os capítulos iniciais da obra “Frankenstein” de Mary Shelley, e complementam o senso estético do quadro de abertura. Sua ação de compactação e

desprendimento do Tripé representa os grandes icebergs – que por vezes inviabilizam as navegações nos mares gelados do Ártico; uma tentativa de reproduzir com fidelidade a descrição literária.

01 Piratas – O Brasil é um país explorado, Comunidade Diretoria de Pilhagem e saqueado, roubado desde o início de (1948) Harmonia e Espólio sua História. Movidos pela ambição, Desfile cobiça e por uma imensa vontade de “se dar bem”, os gananciosos piratas agem em prol de poder e benefícios próprios: tanto os obstinados saqueadores estrangeiros, que pilharam as riquezas da terra em diversas regiões da nossa Costa, extraindo ilicitamente bens e mercadorias deveras valorizados, quanto os fabricantes, distribuidores

e comerciantes de produtos falsificados, que fazem da pirataria moderna um dos crimes mais praticados no século XXI.

331 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Imposto dos No passado, na época do chamado Comunidade Diretoria de Infernos Ciclo do Ouro, era cobrada uma (1948) Harmonia e taxa de 20% ou 1/5 sobre todo o Desfile ouro e metais extraídos através da mineração, suposto direito exigido pela Coroa de Portugal e que sobrecarregava os mineradores – que apelidaram o imposto de “O Quinto dos Infernos”. Atualmente, os impostos pagos pelos contribuintes continuam atingindo

índices exorbitantes, ratificando que a cobrança abusiva de pesada carga tributária é uma ambiciosa herança histórica no Brasil.

03 Santinhas do Antigamente, as imagens sacras Baianas Diretoria de Pau Oco possuíam uma cavidade oca em seu (Comunidade) Harmonia e Os Descaminhos interior, cujo espaço era utilizado (1948) Desfile do Ouro para esconder o ouro e outras mercadorias de valor, as quais eram desencaminhadas clandestinamente, driblando a cobrança de impostos com o pretexto de propagação da fé. Tornaram-se um símbolo da ganância e do contrabando, uma vez que funcionavam como um esconderijo aos olhos do fisco, sendo uma das primeiras ações compreendidas como sonegação

(ato de negar o imposto); extravio concupiscente que permanece recorrente na atual conjuntura política brasileira.

332 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

04 A Corte da Referência à Corte da Mamata vinda Comunidade Diretoria de Mamata de Portugal e já estabelecida no (1948) Harmonia e Quadrilha do Brasil, composta por membros Desfile Poder demasiadamente apegados ao dinheiro, bens materiais, poder e prestígio, ávidos por manter o luxo e os privilégios de outrora. Nobres sedentos de benefícios e vantagens, almejavam tudo de valoroso que fosse possível, e de tão interesseiros, foram associados metaforicamente à abutres e ratazanas, que devoravam tudo o que viam pela frente. O tempo passou e as personagens históricas são outras, mas a elite ainda hoje permanece usufruindo de toda a sorte de regalias.

05 Ali Babá e os As histórias de uma vida repleta de Comercial Waldinéa Bobos luxo, ostentação e conforto, da qual (1948) “Néa” Nem Tão Nobre desfrutavam os membros da nobreza Nocciolli e Fortuna Fácil oriental, são referências da mais Rogério absoluta riqueza material, permeando Coutinho o imaginário popular desde a época em que as especiarias eram demasiadamente valorizadas. São fonte de inspiração para a realização dos desejos presunçosos de representantes públicos e empresários do mais alto escalão, que trabalham irrisoriamente e recebem remunerações altíssimas, gozando de faustosa situação econômico- financeira.

333 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

06 Vampiros Sátira do retrato de como o povo Comercial Hélio Malveira Sanguessugas brasileiro vê seus representantes (1948) e Luiz Exercem Seus políticos, cuja imagem foi maculada Fernando da Podres Poderes e denegrida; gradativamente Silva desconstruída através de sucessivos (Luizinho escândalos envolvendo verbas Cabulosos) públicas dos mais variados setores e escalas de Governo – aqui representados na gola com a Praça dos Três Poderes. São como morcegos- vampiros, que se alimentam do sangue que sugam do povo brasileiro até a última gota.

07 O Ouro Negro A maior empresa estatal do ramo Comunidade Diretoria de da Corrupção petrolífero, de gás natural, (1948) Harmonia e Um Banho de combustíveis fósseis e derivados do Desfile Ganância país, que durante muitos anos foi Exacerbada símbolo de confiança, credibilidade, grandiosidade e estabilidade, atualmente se vê envolvida em um grande esquema de corrupção, onde a ganância exacerbada mostra-se imperativa nesse mar de lama de desvios e propinas, protagonizando gravíssimas denúncias e escândalos, onde o dinheiro público foi maculado pela sujeira das fraudes milionárias.

334 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Os Roedores dos Representação da imagem que a Ato 01 Diretoria de Cofres Públicos população brasileira tem dos nossos (Comunidade) Harmonia e políticos, que agem como se fossem (1948) Desfile ratos ávidos por seu pedaço de queijo, esquecendo que a coisa pública é coisa nossa. Muitos representantes do povo exercem cargos públicos nas mais diferentes esferas de Governo mas atuam em causa própria, fazendo uso de artimanhas e falcatruas para alimentar sua ambição desvairada; trapaceando, desfalcando e desviando dinheiro público em bolsos, bolsas, malas e afins, legitimando a inversão de valores e a falta de limites. Não é à toa que o rato é o símbolo da cobiça, e muitos administradores são chamados de roedores dos cofres públicos.

* Politicagem O Ato é uma síntese do que Ato 02 Diretoria de Lobos em Pele de acontece no Brasil ao logo da (Comunidade) Harmonia e Cordeiro História do país, onde, infelizmente, (1948) Desfile são incontáveis os exemplos de lobos em pele de cordeiros; pessoas ambiciosas e mal-intencionadas mascaradas por trás de uma aparência inocente e inofensiva, usando de uma política de falsa bondade, carisma e eloquência, mas focadas apenas em alcançar objetivos egoístas e desonestos.

335 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

08 Os Refugiados Muitos nordestinos, vivendo sob as Comunidade Diretoria de da Seca mais difíceis condições impostas (1948) Harmonia e À Procura da pela seca, abandonados em meio a Desfile Terra Prometida impiedoso processo de estiagem e degradação do solo, que resultaram em grave processo de desertificação, migraram em busca da terra prometida, de melhores condições de vida, e se refugiaram em diferentes localidades do país, principalmente na região Sudeste.

09 No Circo Brasil, Metáfora do retrato do povo Comunidade Diretoria de o Palhaço é o brasileiro, abandonado pelo Poder (1948) Harmonia e Povo Público, feito de palhaço, Desfile O Peso dos carregando nas costas largas o peso Impostos desmesurado e difícil de suportar de impostos esmagadores. Paga-se uma carga tributária exorbitante em troca de uma prestação de serviços públicos indigna, revoltante e vexatória.

336 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

10 Eu Não Entendo Cena que lamentavelmente há muito Comunidade Diretoria de Tua Fé se tornou comum no nosso (1948) Harmonia e A Pobreza dos cotidiano: pedintes maltrapilhos Desfile Pedintes (Frente) implorando por esmola, “qualquer e os Templos ajuda que seja”, para combater a Luxuosos extrema pobreza em que vivem. (Verso) Perambulam pelas ruas e arredores de templos religiosos colossais, de um luxo descomunal (e que por vezes cobram dízimos celestiais). O abandono desses irmãos é a imagem da fé explorada de quem troca de um pedaço de pão por um pedaço de céu.

337 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

11 As Crianças e o A infância deve ser lúdica, uma fase Passistas Diretoria de Sonho de um da vida repleta de amor, encanto, Mirins Harmonia e Futuro Colorido proteção, brincadeiras e gostosuras, (Comunidade) Desfile a qual meninos e meninas devem (1948) guardar na memória com saudade e ternura, alimentando o sonho de poder colorir o futuro com a doçura da imaginação. Mas o abandono calamitoso é um fator preocupante, que pode ocasionar traumas e adversidades, deixando ameaçada a inocência dos nossos bonecos e bonecas.

338 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

12 O Bicho Papão Lugar de criança é na escola, Comunidade Diretoria de da Educação e as instituição de ensino e aprendizado. (1948) Harmonia e Crianças Porém, atualmente o abandono é o Desfile Vendedoras de grande bicho-papão, o grande vilão Balas da educação, que metaforicamente devora a oportunidade de aprendizado infanto-juvenil. Na tentativa de ajudar a família a arrecadar algum dinheiro, meninos e meninas trocam as salas de aula pelas ruas e semáforos, trabalhando como baleiros, vendendo doces espalhados num tabuleiro. A infância é corrompida pelo descaso para com a educação e pela monstruosa falta de perspectiva dos nossos aprendizes.

339 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Malabaristas da Trupe de artistas que por falta de Ato 03 Diretoria de Vida oportunidade e desvalorização da (Comunidade) Harmonia e arte popular e da cultura em geral, (1948) Desfile ganha a vida se apresentando nas ruas e nos sinais de trânsito da cidade, fazendo malabarismos e diferentes números circenses.

* Senhoras do As Senhoras do Gingado têm 02 Destaques Diretoria de Gingado características próprias quanto ao de Chão Harmonia e molejo e requebrado. São alegres e Femininos Desfile cordiais, e gostam de dançar (1948) gingando as pernas e corpo como forma de superar as dificuldades e alimentar pensamentos felizes, que incentivem a resistência do Povo das Ruas.

340 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

13 A Resistência do Quem cuida do povo nas ruas é o Passistas Diretoria de Povo das Ruas povo de rua. Os milhares de (Comunidade) Harmonia e brasileiros que vivem em situação (1948) Desfile de rua, abandonados à própria sorte, dispõem tão e somente da solidariedade, da benfeitoria e da energia zeladora de seres iluminados, que devotam axé na intenção de melhorias na qualidade de vida e na abertura dos caminhos desses irmãos.

* A Dona das Ruas A Dona das Ruas é a Rainha da Rainha de Diretoria de – Rainha da Pista, aquela que, vaidosa, dança Bateria Harmonia e Pista gingando e sambando com muita Raíssa Oliveira Desfile feminilidade, abrindo os caminhos (1948) para os Malandros Boêmios, incentivando-os a superarem a sim mesmos com garra e determinação.

341 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

14 Somos das Ruas, Malandros boêmios que ditam o Bateria Mestres de Somos ritmo do samba na pista, e carregam (1948) Bateria Plínio Malandros na alma a alegria que debocha das de Morais e Boêmios dificuldades. Sempre elegantemente Rodney vestidos, trajando (em retalhos, Ferreira porções de fazendas, de tecidos) calça social, paletó, gravata e chapéu, são os patronos das ruas, protegendo e salvaguardando os notívagos, pobres, abandonados e excluídos.

15 A Face da Saúde A saúde pública no Brasil talvez seja Comunidade Diretoria de é a Foice da o retrato mais fiel de como os (1948) Harmonia e Morte brasileiros filhos desta pátria estão Desfile A Vida abandonados ao léu, à mais absoluta Abandonada ao inação. Faltam profissionais, Léu aparelhos, leitos, medicamentos, atendimento médico. Em busca de tratamento e cura, a notícia de frequentes casos de morte. Essa convivência naturalizada com o descaso e o óbito são o diagnóstico de um Brasil doente, onde está cada vez mais difícil honrar e exercer a medicina, cujo símbolo é o caduceu com a cobra (chamado bordão ou bastão de Esculápio ou Asclépio).

342 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

16 A Violência A sociedade abandonada pela Comunidade Diretoria de Generalizada à segurança pública vive em meio a (1948) Harmonia e Procura da uma guerra urbana, onde a Desfile Salvação, um população se vê acuada, obrigada a Pedido de Paz ter que conviver e naturalizar uma inadmissível violência cruel e generalizada, que corrói a nossa dignidade e nos faz reféns de um medo que devora a alma. À procura da salvação, um clamor aos anjos celestiais por um pedido de paz.

17 Pintou Sujeira! Um alerta sobre a nossa Comercial Terezinha Poluição, a responsabilidade no que se refere ao (1948) Simões Soares Materialização descarte indevido de lixo, restos e e Terezinha do Abandono detritos que produzimos, Alves da Costa abandonados de forma irresponsável no meio ambiente. Excesso de sujeira que retrata a materialização do abandono.

343 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Estenda a Mão Abandonados à própria sorte, Ato 04 Diretoria de Meu Senhor mendigos, moradores em situação Comunidade Harmonia e Pedintes, de rua e catadores sobrevivem (1948) Desfile Vítimas do implorando por qualquer Abandono e do colaboração, um trocado que seja. Descaso São miseráveis excluídos e à mercê da sociedade, vítimas do abandono e do descaso, que dependem da solidariedade, piedade e caridade de alguém que lhes estenda a mão para tentar suportar as avassaladoras mazelas que enfrentam no dia-a-dia e corroem a integridade humana.

344 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

18 A Fé de Cada A intolerância religiosa é uma Comercial Débora Rosa um de Nós realidade cada vez mais gritante na (1948) Santos Cruz Intolerância nossa sociedade. A fé, credos e Costa e Religiosa crenças diferentes vêm sendo Antônio perseguidos, fato observável com “Tuninho” crescente frequência, principalmente Rodrigues no choque religioso entre os praticantes do cristianismo e aqueles que seguem os preceitos de religiões espíritas afrodescendentes. Os dogmas institucionais seguidos são vistos como sagrados, e tudo aquilo que é diferente, é visto como profano (“tudo é coisa do Coisa Ruim”), sendo ainda mais assustador o fato de que no Brasil vivemos em um Estado laico, que teoricamente nos assegura a liberdade de culto.

345 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Caldeirão O Brasil é um país plural, Ato 05 Diretoria de Religioso miscigenado, diversificado; de modo Comunidade Harmonia e Os Caminhos da que todas as crenças do nosso povo (1948) Desfile Fé são manifestadas através de diferentes caminhos da fé, compondo um grande caldeirão religioso. Todas as celebrações devem ser respeitadas e asseguradas pelo Estado laico, oficialmente imparcial no que se refere às questões e práticas religiosas e/ou filosóficas.

346 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

19 Negativa é a As pessoas que são denominadas Amigos do Rei Diretoria Intolerância, diferentes ou “fora de algum padrão” (Presidência) Positivo é não devem ser criticadas por isso, não (1948) Iluminar a há problema algum, ninguém é igual à Mente! ninguém! Não há justificativa para o repúdio gratuito. A intolerância é constituída quando paramos de pensar, e essa alienação vem da fragilidade dos indivíduos, que conseguem identificar apenas aquilo que os separa, não o que os une. O que é considerado positivo ou negativo é muito relativo, pólos opostos unidos têm uma força incrível, colocam a energia em movimento e são capazes de iluminar a mente, gerando novas ideias.

20 Intolerância A liberdade da troca de sexo é um tema Comunidade Diretoria de Sexual recorrente no nosso cotidiano. Muitas (1948) Harmonia e Se Expressar pessoas relatam que possuem uma Desfile Pode! mentalidade que não condiz com o corpo físico no qual nasceram: são mentes femininas em corpos masculinos e mentes masculinas em corpos femininos, daí a vontade de se travestir ou realizar uma cirurgia para trocar de gênero e assim, exercer a liberdade de poder se expressar; sugestão observada através da brincadeira da troca das peças do vestuário, onde homens e mulheres trocam de roupa e vestem trajes dos gêneros opostos. Uma maneira leve, suave e bem-humorada para abordar a importante questão da intolerância sexual.

347 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

21 Bonecas Dentro das embalagens, bonecas no Comunidade Diretoria de Beija-Flor estilo princesas e/ou Barbies: loiras, (1948) Harmonia e de olhos azuis, no padrão Desfile considerado ideal de beleza e formosura pela sociedade; e fora das caixas, estão as bonecas chamadas de negas malucas. Em determinado momento da apresentação, as bonecas que estão na caixa ganham vida, simulam uma briga com as negas, se engalfinham, e depois, enfim, fazem as pazes, confraternizam, trocam demonstrações de amizade, respeito e carinho, celebrando no Carnaval, as diferenças de estereótipos que encontramos na vida real.

22 Bloco das O irreverente Bloco das Piranhas, Comunidade Diretoria de Piranhas – Será manifestação carnavalesca popular (1948) Harmonia e que Ele É? que já se tornou tradição nos dias de Desfile folia, tem como principal característica a descontração de se travestir do sexo oposto, sendo predominante encontrar homens travestidos de mulher para brincar o Carnaval. O bom humor é a marca registrada desses foliões, que são exemplo de respeito à diversidade e

referência de tolerância.

348 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

23 Intolerância O racismo ocorre quando há Comunidade Diretoria de Racial preconceito e discriminação com (1948) Harmonia e Discriminação é base em percepções baseadas em Desfile Crime! diferenças biológicas entre os povos. O ancestral sangue africano corre nas veias do povo brasileiro, mas quando a raça e a descendência negra estão estampadas na pele, e se fazem notar na cultura e nas vestimentas, podem despertar a ignorância e o preconceito em pessoas intolerantes e prepotentes, que ao subjugar e menosprezar os negros, além de se mostrarem arrogantes e doentes, ignoram o fato de que racismo é crime. Somos todos da raça HUMANA, e isso deveria bastar

24 Punk Nordestino A diversidade é reconhecida como Comunidade Diretoria de Diversidade “herança comum da humanidade”, e (1948) Harmonia e Cultural o Brasil é um país claramente Desfile marcado pela diversidade cultural. Agregamos a cultura punk – visualmente mais agressiva, urbana e comportamental, com a cultura nordestina – notadamente artesanal e genuinamente regional. São expressões e estilos distintos que estão em harmonia, retratando o respeito por aquilo que é considerado estranho ou diferente.

349 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Intolerância no A intolerância é uma postura de Comunidade Diretoria de Esporte agressividade irracional e de ódio (1948) Harmonia e Falta de Espírito sistemático com relação à indivíduos Desfile Desportivo é de grupos específicos, e isso Estupidez! lamentavelmente se faz notar também no esporte, visto que muitos indivíduos que se declaram torcedores de algum time e/ou clube se comportam como se fossem gladiadores contemporâneos, protagonizando terríveis embates, fazendo dos estádios e das ruas do entorno, locais de campo de batalha, agindo como se fossem inimigos, e não adversários desportivos.

* Ganância Veste Os chamados Cartolas do futebol, Ato 06 Diretoria de Terno, Gravata e dirigentes e empresários que lucram (Comunidade) Harmonia e Cartola absurdamente através de (1948) Desfile negociações e transações ilícitas que envolvem campeonatos, passes de jogadores e destino de ingressos.

350 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* A Irracional Muitos “torcedores” parecem usar o Ato 07 Diretoria de Intolerância das futebol para liberar suas frustrações (Comunidade) Harmonia e Torcidas e seus ressentimentos da maneira (1948) Desfile Hostilidade mais agressiva e irracional possível, Imbecil especialmente aqueles que fazem parte das denominadas torcidas organizadas. Provocam brigas e confusões protagonizando episódios que não têm nada a ver com paixão, lazer e entretenimento; é a hostilidade descabida e violência gratuita de gente intolerante e ignorante.

26 A Esperança de A figura do inseto chamado Comunidade Diretoria de Dias Melhores Esperança simboliza o sentimento (1948) Harmonia e de esperança do povo brasileiro Desfile diante dos diversos males que acometem o país, tal qual os filhos da pátria à procura de salvação.

351 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

27 Rei Momo – O O Rei Momo, monarca da Corte do Comercial Ana Maria Anfitrião da Carnaval, que é do povo, convoca a (1948) Mascarenhas Festa realeza, plebeus e personagens Rebouças e Democrática tradicionais da folia para dar um Sérgio Aiub xeque-mate na tristeza e realizar um arrastão de alegria na Sapucaí, desfilando o respeito às diferenças através do samba.

28 O Zé Pereira A brincadeira começou no Brasil Comunidade Diretoria de Carnavalesco quando um certo José Nogueira (1948) Harmonia e desfilou pelas ruas do Rio de Desfile Janeiro, durante os dias de carnaval, batendo um grande bumbo, sendo o nome “Zé Pereira” inspirado pelo tal “José Nogueira”. O divertimento se caracteriza pela batida de tambores, bumbos e tarois, arrastando animados foliões, atraídos pela barulhada e algazarra do grupo de brincantes, que se apresenta de forma alegre e irreverente. Tornou- se sinônimo de Carnaval.

352 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

29 Os Negros e a A participação efetiva dos negros na Comunidade Diretoria de Nossa Pequena festa carnavalesca é enorme. (1948) Harmonia e África Trouxeram o colorido de suas roupas, Desfile o apreço pelo batuque, o requebro febril, fazendo do Brasil uma Pequena África, onde é possível celebrar a libertação de um povo e sua contribuição para a diversidade presente na nossa identidade cultural.

30 Damas de Casa A luta diária das donas de casa que Comunidade Diretoria de Senhoras renunciam aos seus sonhos e (1948) Harmonia e Soberanas aspirações individuais para dedicarem Desfile suas vidas aos filhos, à família e aos afazeres domésticos. São guerreiras batalhadoras, incansáveis em suas missões, que muitas vezes abrem mão da própria vaidade, ainda que raramente tenham seus esforços desmedidos devidamente reconhecidos. Mas o Carnaval, que é uma folia inclusiva, é um momento libertador também para essas damas cuja Corte é o lar.

353 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

31 Pierrô e O pierrô e a colombina são Comunidade Diretoria de Colombina personagens da Commedia (1948) Harmonia e A Elite Bal dell’Arte, um gênero de teatro Desfile Masqué popular italiano. O palhaço tristonho Também Cai no que é apaixonado pela irresistível Samba moça faceira e formosa tornaram-se dois clássicos da festa carnavalesca, que é includente e congregadora.

32 Arlequim Mais uma personagem da Comercial Luiz Figueira e Também é Bem- Commedia dell’Arte (cujo o traje é (1948) Élcio Chaves Vindo! feito de retalhos) oriundo do teatro de Almeida popular italiano que ganhou o mundo e representações em festejos carnavalescos, famoso por “ir atrás” do amor da colombina.

354 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

33 A Paz em Luto Diante de uma realidade tão dura no Baianinhas Diretoria de que diz respeito à nossa pátria, a (1948) Harmonia e pomba branca da paz aparece junto Desfile às flores negras, um sinal de luto pela paz perdida. Mas o sambista, por mais que tenha sido excluído e marginalizado, mesmo diante das dificuldades, nunca deixou de acreditar na fé pela paz e pelo seu reconhecimento cultural.

34 Celebrando a A pomba branca, símbolo da paz, Comunidade Diretoria de Paz clama por harmonia, empatia e (1948) Harmonia e amor, para que prevaleça a não- Desfile violência e a plenitude; pois só quando de fato houver o respeito às diferenças, a paz enfim triunfará.

35 Plêiade do Grupo de poetas que agrega o dom Ala dos Diretoria de Samba da palavra escrita aos Compositores Harmonia e conhecimentos harmônicos e (1948) Desfile melódicos; são compositores de belas obras que representam o Samba, que faz qualquer dor dentro do peito ir embora.

355 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

36 A Sábia Voz da Um sábio clamor para que vigore o Velha-Guarda Diretoria de Experiência branco da paz na construção de um (1948) Harmonia e Clama por Paz mundo mais humano; conselho da Desfile voz da experiência, para que haja uma interação pacífica entre as diferenças, com harmonia e tolerância, e sem discriminação nem violência.

356 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* O Bloco dos Os Blocos dos Sujos são Ato 08 Diretoria de Sujos manifestações populares típicas (Comunidade) Harmonia e Um Arrastão de do Carnaval de Rua no Brasil, onde (1948) Desfile Alegria um grupo de foliões com fantasias diversas se reúne para desfilar pelas ruas da cidade, cantando e sambando marchinhas carnavalescas e sambas-enredo das Escolas de Samba.

* A Grande Claudia Raia, madrinha da Beija- Destaque de Diretoria de Anfitriã da Flor de Nilópolis, é a grande anfitriã Chão Feminino Harmonia e Celebração da nesse festejo popular que aproveita Cláudia Raia Desfile Paz o ensejo para fazer um pedido por (1948) dias melhores, um clamor pela paz, para que enfim toda a população seja abençoada com uma chuva de estrelas de luz. E viva o Carnaval, onde a grande estrela, é o povo!

357 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cid Carvalho, Victor Santos, Fabinho Fábio Santos, Wladimir Morellembaum, Edgar Oliveira e Algles Ferreira D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Nº Fantasia Representa Ala pela Ala

* Passeata Nesse Carnaval, o hino dos Ato 09 Diretoria de Popular: A Voz sobreviventes é a voz do samba – (Comunidade) Harmonia e das Ruas ainda que estigmatizada por muitos (1948) Desfile – que dá voz às ruas, exercendo sua cidadania no palco mais democrático da nossa Cultura Popular; unindo irmãos de todos os cantos e bandeiras, ávidos por redenção. Um convite à reflexão e manifestação sobre esse ciclo vicioso e monstruoso que há muito observamos na nossa realidade nacional, fruto de ambição, ganância, intolerância e abandono; uma crítica apropriada ao atual cenário político nacional, com a exibição de faixas e cartazes pelos populares.

358 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, no. 60 – Barracão 11 – Cidade do Samba – Gamboa – Rio de Janeiro / RJ Diretor Responsável pelo Atelier Cid Carvalho, Rodrigo Ferreira e Fábio Santos Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Ademilde Silvino de Souza (Dona Nequinha) Orlando Sérgio Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Rodrigo Ferreira Seu Luiz Outros Profissionais e Respectivas Funções

Fábio Santos - Figurinista Wladimir Morellembaum - Figurinista Edgar Oliveira - Figurinista Agles Ferreira - Figurinista

Outras informações julgadas necessárias

359 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Di Menor BF, Kirraizinho, Diego Oliveira, Bakaninha Beija-Flor, Enredo JJ Santos, Julio Assis e Diogo Rosa Presidente da Ala dos Compositores Jorge Velloso (J. Velloso) Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 70 Pereirão Kirraizinho (setenta) 75 anos (13/05/1941) 27 anos (20/08/1989) Outras informações julgadas necessárias

Sou eu... Espelho da lendária criatura Um monstro... Carente de amor e de ternura O alvo na mira do desprezo e da segregação Do pai que renegou a criação Refém da intolerância dessa gente Retalhos do meu próprio Criador Julgado pela força da ambição Sigo carregando a minha cruz À procura de uma luz, a salvação

Estenda a mão meu senhor Pois não entendo tua fé Se ofereces com amor Me alimento de axé BIS Me chamas tanto de irmão E me abandonas ao léu Troca um pedaço de pão Por um pedaço de céu

Ganância veste terno e gravata Onde a esperança sucumbiu Vejo a liberdade aprisionada Teu livro eu não sei ler, Brasil! Mas o samba faz essa dor dentro do peito ir embora Feito um arrastão de alegria e emoção o pranto rola Meu canto é resistência No ecoar de um tambor Vem ver brilhar Mais um menino que você abandonou

Oh! Pátria amada, por onde andarás? Seus filhos já não aguentam mais! Você que não sou cuidar BIS Você que negou o amor Vem aprender na Beija-Flor!

360 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Mestres Plínio de Morais e Rodney Ferreira Outros Diretores de Bateria Anderson Miranda “Kombi”, Adelino Vieira “Saú do Gaz”, Clóvis (Vivinho / “Pai-de-Santo”), Thiago, Michel, Laísa Lima, Xunei, Marlon, Rogério Monteiro Félix “Pó de Mico”, Zé Carlos, Carlos Alberto, Orelha e Jonny Alves Total de Componentes da Bateria 280 (duzentos e oitenta) componentes NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá 10 10 16 0 01 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 100 15 36 0 40 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 0 0 20 0 24 Outras informações julgadas necessárias

Frigideiras – 08 componentes

Neide Tamborim (Tamborim de Ouro / Estandarte de Ouro 1993).

Somos das Ruas, Somos Malandros Boêmios – Bateria

Malandros boêmios que ditam o ritmo do samba na pista, e carregam na alma a alegria que debocha das dificuldades. Sempre elegantemente vestidos, trajando (em retalhos, porções de fazendas, de tecidos) calça social, paletó, gravata e chapéu, são os patronos das ruas, protegendo e salvaguardando os notívagos, pobres, abandonados e excluídos.

361 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Laíla Outros Diretores de Harmonia Airton Pinto Junior, Alessandra de Oliveira Santos Aragão, Alex Ramalho de Oliveira, Aline Souza da Silva, Antônio Cleber Sá da Silva, Aroldo Carlos da Silva, Arthur Francisco Conceição, Francisco de Assis dos Santos, Carla Cachoeira Santana, Carlos Dantas, Carlos Roberto Rodrigues, Cátia Cristina Sant’Ana, Catia de Castro Pereira, Celso, Cláudia Lucia Vitor, Cosme da Silva Santos de Araujo, Diego Pereira Palmira, Edson dos Reis, Eduardo Jorge Cardoso da Silva, Emerson da Silva, Evandro da Silva, Fabio Francisco de Oliveira, Fernanda Souza Mendes, Georgina Martins da Silva, Hélio Carlos Malveira, Igor de Almeida, Ivã Sibanto, Ivone, Janete Ferreira da Silva Santos, Jorge André de Moraes, José Gutemberg Sousa, Jucemar dos Santos Esteves, Leandro da Motta Figueiredo, Leonilda Márcia da Silva, Luci Ribeiro da Silva Gomes, Lúcia Alves Boiça, Luciana Araújo Alves de Mendonça, Luciana Castro da Silva, Luis Claudio da Silva dos Santos, Luiz Fernando da Silva “Luisinho”, Marcelo da Silva Oliveira, Marcelo Neves da Silva, Márcio Luiz da Silva Antônio, Marcos Ferreira de Araújo, Mariua Inez Sodré Saraiva, Maria Rita dos Santos, Mariza dos Santos, Norma Maria Pereira, Osvaldo Luiz Correia Geraldo, Patrícia Bento, Patrícia Lima Pinho, Roberta Pachá Bichara, Rosana Cristina da Silva Flausino, Rosângela Simões de Oliveira Velloso, Rosilene Sodré Moura, Sérgio Maciel de Azevedo, Sérgio Roberto dos Santos, Sheyla Regina Alves Boiça, Shirleise Valéria Costa dos Santos Collins, Simone Sant’ana, Valéria Maria Rosa, Valtemir Valle Miranda da Silva, Vanda Mercedes Correia, Wanderson Bilchez Torres, Edu e Beto Total de Componentes da Direção de Harmonia 67 (sessenta e sete) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete Oficial: Neguinho da Beija-Flor; Crianças: Guilherme Karraz e Giovana Galdino; Cantores do Carro de Som: Bakaninha, Gilson Bacana, Marcelo Guimarães, Nêgo Lindo e Elder; Coro Feminino: Wic Tavares, Thereza Borges, Sarah Si e Nina Black. Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Harmonia de Cordas – Betinho Santos, Júlio Cesar Assis, Alan Vinícius e Jonathan Lima Outras informações julgadas necessárias

362 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Laíla Outros Diretores de Evolução Airton Pinto Junior, Alessandra de Oliveira Santos Aragão, Alex Ramalho de Oliveira, Aline Souza da Silva, Antônio Cleber Sá da Silva, Aroldo Carlos da Silva, Arthur Francisco Conceição, Francisco de Assis dos Santos, Carla Cachoeira Santana, Carlos Dantas, Carlos Roberto Rodrigues, Cátia Cristina Sant’Ana, Catia de Castro Pereira, Celso, Cláudia Lucia Vitor, Cosme da Silva Santos de Araujo, Diego Pereira Palmira, Edson dos Reis, Eduardo Jorge Cardoso da Silva, Emerson da Silva, Evandro da Silva, Fabio Francisco de Oliveira, Fernanda Souza Mendes, Georgina Martins da Silva, Hélio Carlos Malveira, Igor de Almeida, Ivã Sibanto, Ivone, Janete Ferreira da Silva Santos, Jorge André de Moraes, José Gutemberg Sousa, Jucemar dos Santos Esteves, Leandro da Motta Figueiredo, Leonilda Márcia da Silva, Luci Ribeiro da Silva Gomes, Lúcia Alves Boiça, Luciana Araújo Alves de Mendonça, Luciana Castro da Silva, Luis Claudio da Silva dos Santos, Luiz Fernando da Silva “Luisinho”, Marcelo da Silva Oliveira, Marcelo Neves da Silva, Márcio Luiz da Silva Antônio, Marcos Ferreira de Araújo, Mariua Inez Sodré Saraiva, Maria Rita dos Santos, Mariza dos Santos, Norma Maria Pereira, Osvaldo Luiz Correia Geraldo, Patrícia Bento, Patrícia Lima Pinho, Roberta Pachá Bichara, Rosana Cristina da Silva Flausino, Rosângela Simões de Oliveira Velloso, Rosilene Sodré Moura, Sérgio Maciel de Azevedo, Sérgio Roberto dos Santos, Sheyla Regina Alves Boiça, Shirleise Valéria Costa dos Santos Collins, Simone Sant’ana, Valéria Maria Rosa, Valtemir Valle Miranda da Silva, Vanda Mercedes Correia, Wanderson Bilchez Torres, Edu e Beto Total de Componentes da Direção de Evolução 67 (sessenta e sete) componentes Principais Passistas Femininos Raíssa Oliveira (Rainha de Bateria) e Charlene Costa Principais Passistas Masculinos Cássio Dias Outras informações julgadas necessárias

Responsáveis pela Ala de Passistas: Francisco de Assis dos Santos, Valéria Maria, Carla Cachoeira e Aline de Souza da Silva

363 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Almir José dos Reis Diretor Geral de Carnaval Laíla Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças Luciana Araújo e Luci Ribeiro Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças 70 44 26 (setenta) (quarenta e quatro) (vinte e seis) Responsável pela Ala das Baianas Márcio Luis da Silva Antônio, Lúcia Alves Boica e Elisabeth Barcelos “Tia Beth” (in memoriam) Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Maria Gomes de Souza Taciane de Souza C. da Silva (oitenta) 84 anos 30 anos Responsável pela Velha-Guarda Dona Débora Rosa Santos Cruz Costa Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 72 Martha de Souza Costa Ligia Rodrigues de Oliveira (setenta e dois) 89 anos (26/10/1928) 55 anos (03/12/1961) Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Anderson Müller (ator e diretor), Boni (comunicador e empresário), Cláudia Raia (bailarina e atriz), Edson Celulari (ator), Pinah Ayoub (destaque e empresária), Sônia Capeta (destaque), Pabllo Vittar (cantor), Isabella Santoni (atriz), Jojo Toddynho (cantora) e Bonde Dream Team do Passinho Outras informações julgadas necessárias

364 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Marcelo Misailidis Coreógrafo(a) e Diretor(a) Marcelo Misailidis Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 0 15 (quinze) (quinze) Outras informações julgadas necessárias

Frankenstein ou o Prometeu Moderno – Comissão de Frente

(Marcelo Misailidis)

Ancorado no título original do livro “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”, a proposta de abertura explora a base comparativa que inspirou a autora Mary Shelley a compor sua famosa obra de terror gótico, inspirada na semelhança de caráter entre a personagem do “mito de Prometeu” e o “Dr. Victor Frankenstein”.

Mary Shelley era filha de um importante escritor e tradutor de grandes clássicos da literatura – como os Ilíadas, de Homero, e em declarações, ela revelou ter tido uma especial admiração pelo mito de “Prometeu Acorrentado”; um Titã que movido pela ambição, perde noção dos limites éticos, provocando a ira de Zeus, e por sua desobediência, é condenado a permanecer acorrentado, sendo fustigado por uma ave de rapina, castigo de proporções assustadoras para servir de exemplo à todos aqueles que corrompem suas almas, ambicionam e desafiam os Deuses. Aqui reside a base inspiradora ao caráter e martírio de sua personagem homônima, Dr. Victor Frankenstein.

A cena de Dr. Victor Frankenstein no encalce da Criatura, espelha o drama vivido pelo Titã que inspirou a autora, e carrega consigo o mesmo triste fim de todo aquele, cuja ambição desmedida, pode levar o Homem à perder-se de si mesmo.

Outras informações julgadas necessárias: Assistentes: Dani Marie, Fabrício Ligiero e Márcio Vieira; Desenvolvimento ceno-técnico: Fernando Soares e Pedro Almeida; Figurinos: Tânia Agra; Maquiagem: Domitila.

365 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Claudinho Souza 45 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Selminha Sorriso 46 anos 2º Mestre-Sala Idade David Sabiá 31 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Fernanda Love 30 anos 3º Mestre-Sala Idade Mosquito 36 anos 3ª Porta-Bandeira Idade Emanuelle Martins 21 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Claudinho Souza e Selminha Sorriso

Cristais de Gelo: Um Bailado de Amor Para Quebrar o Gelo dos Corações O preâmbulo de abertura do livro “Frankenstein ou o Prometeu Moderno” se passa num cenário composto por geleiras e icebergs em meio ao Oceano Ártico, ambiente que congrega perfeitamente a frieza do Dr. Victor Frankenstein, o criador da estranha criatura que inspirou o nosso enredo. Para irromper e derreter os corações gelados, um bailado de amor e um cortejo de respeito.

366 Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2018

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira David Sabiá e Fernanda Love

A Cultura Esfarrapada Nobres maltrapilhos que bailam para driblar as mazelas sociais e as adversidades da vida com alegria e leveza, como se rodopiar fosse uma forma de contornar os problemas ocasionados pelo descaso.

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mosquito e Emanuelle Martins

A Redenção do Samba O casal de dançarinos que exerce a função de conduzir e apresentar a bandeira da Escola de Samba para o público representa a Redenção do Samba, que ainda hoje permanece excluído e marginalizado por muitos, no alvo da mira do desprezo e da segregação.

367