A LEITOR ; O melhor serviço que podes prestar ao ^Boletim da C. P.> é angariar novos assinantes. Serás assim o BOLETIM DA GR nosso melhor colaborador. N.0 324 JUNHO- 1956 ANO 28.° r' FUNDADOR: ENG.0 ALVARO DE LIMA HENRÍQUÊS PROPRIEDADE DIRECTOR ADMINISTRAÇÃO da Companhia dos Caminhos Eng.° Roberto ue Espregueira Mendes Largo dos Caminhos de Ferro de Ferro Portugueses editor: dr. élio cardoso —Estação de Santa Apolônia Composto e Impresso na Tipografia da «Gazeta dos Caminhos de Ferro», R. da Horta Seca, 7 —Telef. 2 0158 —LISBOA IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIlIUlllIIllIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIlllllllllllllllll

Novas aquisições

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Um dos 17 locotractores Diesel adquiridos' pela C. P. à firma francesa Gaston Moyse e destinados ao serviço de manobras das estações. Solução de ponte suspensa

TRANSPOSIÇÃO DO

A PONTE DA ARRÁBIDA,

NO , FICARÁ COM O MAIOR ARCO DE BETÃO

ATÉ AGORA CONSTRUÍDO EM TODO O MUNDO

É já cio áctToíniio púWíco ç(ue muito em elemento primordial das étandes vias rodo- breve vai iniciar-se a construção da ponte viárias do País. rodoviária da Arrábida, sobre o Douro, no A adjudicação da nova p mte cujo 0 Porto, çfue assentará as suas fundações, na projecto é da autoria do Sr, Dnj*. Ddáar maréem direita, na encosta da Arrábida, Cardoso, professor catedrático de Pontes do junto a Massarelos e, na escfuer ja, na do Instituto Superior Técnico — foi aprovada Candal-Afurada, no concelbo de Vila Nova pelo Presidente do Conselho de Ministros de Gaia. Sr. Prof. Doutor Oliveira Salazar, no pas- Trata-se de uma obra importantíssima, sado dia 27 de Abril — 28 aniversário da de excepcional envergadura, ç(ue facilitando sua entrada para o Governo da Naçao extraordinàriamente as comunicações rodo- e a notícia de tal despacho constituiu mo- viárias Norte-Sul do País e fomentando tivo de viva satisfação para todos os habi- decisivamente o proáresso de vasta região tantes da cidade do Porto —que bem mere- anc nortenha, vem satisfazer as aspirações do cem a éi" Iiosa obra, pelas suas notáveis Porto e honrar os técnicos nela empenha- tradições de trabalho e lealdade. ranc e dos e as entidades oficiais cjue facilitaram Com a realização desta tão é l os meios para a sua realização. A ponte era o Porto, que já detinha os máximos pois absolutamente necessária e urgente, dos vãos das pontes nacionais, com o quer sob o ponto de vista urbanístico para arco metálico da Ponte D. Luís (l73 me- a expansão da cidade do Porto, quer como tros) e com o arco de betão da Ponte da Solução de betão preesforçado

Foz do Sousa (llS metros), passará a oréu- cerca de 65 metros acima das ááuas do rio, IKar-se de poder situar, no plano interna- terá a largura de 25 metros. Quatro gran- cional, o máximo «Jue a nova ponte cons- des elevadores assegurarão a ligação verti- titui. Com efeito, o arco de berão ar- cal, utilizável por peões, entre as avenidas mado da ponte da Arrábida, com os marginais de um e do outro lado do Douro seus 270 melros de vão, ficará sendo e o tabuleiro, o maior até agora construído em todo A adjudicação da obra foi concedida ao o Mundo. Sr. Eng,0 José Pereira Zagalo, pela impor- A extensão total da construção será de tância de 69 500 contos. 6l4 metros e o seu tabuleiro, situado a ¥ ^ ¥

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SplijçSo optada como a mais conveniente; Ponte de betfyo armado. Assim ficará o Porto, dentro de mU dias, com a nova ponte da Arrábida DesconKece-se, exactamente, cjuando sur- rada pelo trânsito rodoviário —quer a ponte giu a ideia da construção duma nova ponte D. Maria Pia — que além de via única, não sobre o rio Douro, na cidade do Porto. Os permite a circulação de comboios de longo primeiros documentos c(ue se referem à curso com locomotivas pesadas. Tal ideia ponte da Arrábida, datam de 1939. Con- foi contudo posta de parte, por se reconhe- tudo, a ideia da ponte, no local da Arrá- cer não existir qualquer vantagem, do bida, só começou a tomar forma mais con- ponto de vista económico, numa construção creta, por alturas de 1945 46, com os estu- mixta. dos do anteplano regional do Porto e com Cinco soluções estudadas — que tradu- a execução da primeira campanha de son- zem, dum modo geral, todas as concepções

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Vista aérea do Porto, distinguindo-se as duas grandes pontes metálicas que presentemente asseguram, com deficiência, o tráfego entre a cidade e o SuJ do País. Em 2.° plano, quase ao centro, a ponte ferroviária D. Marra Pia

dagens geológicas para a localização da di- de possível idealização no estado geral da rectriz mais conveniente. técnica—foram apresentadas; ponte de be- D eu início efectivo aos estudos, o Sr. tão armado; ponte de alvenaria regular; Eng." José Frederico Ulricb, quando então ponte suspensa; ponte metálica de tipo Ministro das Obras Públicas, a quem princi- arco e ponte de betão preesforçado. Optou-se palmente se ficará devendo o grandioso pela primeira—solução de betão armado — empreendimento. por ser a mais consentânea com os supe- Prevaleceu, principalmente, a ideia de uma riores interesses da Nação. ponte míxta, isto é, rodo e ferroviária, por Deve ainda salientar-se que a nova se pensar daí resultar substancial econo- ponte excede grandemente em dimensões mia, considerada a magnitude das obras a as grandes pontes do mundo com as suas executar. E tal intento justifica-se ampla- características: a ponte de Sandõ, na Sué- mente, quer pela necessidade de desafogar cia, cujo arco central tem o vão de 264 me- a ponte D. Luís I — que se encontra satu- tros e, no caso de arco de cantaria, a ponte áe Manen, no Sake, com o vao central de Tudo permite esperar que a ponte, os 94 metros. seus acessos, a penetração da cidade e a Simultâneamente com a construção desta zona a urbanizar vizinha da grandiosa obra de excepcional envergadura, q[ue no construção, virão a constituir um conjunto dizer do Ministro das Obras Públicas, Sr, citadino sem paralelo no nosso País e uma Eng.0 Arantes de Oliveira, bonra o seu au- realização de transcendente importância tor e a engenharia portuguesa, será dada para a cidade do Porto. realização aos importantes acessos rodoviá- rios a norte e a sul do País. Do lado de JfL # Vila Nova de Gaia, o traçado de ligação à testa sul da ponte nascerá nos Carvalhos, Relativamente ao problema ferroviário, onde entroncará com a actual estrada ns- não está estabelecido programa definitivo. 0 cional n. 1. Do lado do Porto, o traçado Encara-se a possibilidade de reforço e tal- desenvolver-se-á entre a testa da obra de vez alargamento da actual ponte D. Maria arte e a Via Norte, passando sob a Ave- Pia e se mais tarde, dadas as limitadas dis- nida da Boavista e constituindo um impor- ponibilidades financeiras actuais da C. P., tante troço da cintura interior da cidade. a-quando da abertura à exploração da nova Estão previstos para ambos os acessos, ponte rodoviária da Arrábida, se reconhe- traçados de auto-estrada pelo que, mesmo cer a conveniência ou mesmo indispensabi- no interior de parte da cidade, não haverá lidade na construção de segunda ponte de cruzamentos de nível com as artérias urba- caminho de ferro, far-se-á o empreendi- nas atravessadas. Disposições especiais per- mento junto àquela, aproveitando-se os es- mitirão o trânsito de peões e de ciclistas, taleeiros e outros materiais utilizados na nas melhores condições de segurança. construção da mesma. Um dos maiores génios musicais de todos Sing-Sing, situada na baía de S. Francisco: os tempos, glória da humanidade — Beethoven os presos não trabalham mais de cinco dias — amava extremosamente sua mãe. vor semana... Dizia o imortal compositor; «Quem era * * * mais feliz do que eu, nesse tempo em que O engenheiro russo, Choulimine, acaba de podia pronunciar o doce nome de mãe, tendo apresentar um projecto sensacional: barrar o quem me ouvisse!?» estreito de Behring, por meio de um dique- * * * -ponte de 85 quilómetros, sobre o qual seria Na Alemanha, vão ser lançados no mer- assente uma linha de caminho de ferro ligando cado produtos dentífricos de laranja e pês- Paris — Moscovo — Washington. sego, comestíveis. As águas frias do Oceano Glacial Ártico Destinam-se às crianças que não gostam nâo poderiam mais descer ao Pacífico. de lavar os dentes. í}Í * ^ * >!: * Em 1814, D. João VI ainda príncipe re- rente, que tinha grande devoção por Santo Em Monte Carlo, só para os hóspedes António de Lisboa, promoveu-o a tenente- do Hotel de Paris, que foram assistir às ceri- - coronel do Exército brasileiro. mónias do casamento do príncipe Rainier, de Anteriormente, por alvará de D. Pedro Mónaco, com a artista cinematográfica norte- II, de 24 de Janeiro de 1668, Santo António -americana Grace Kelly, a conceituada com- (1195-1231) fora considerado como tendo panhia inglesa «Lloyds» cobriu seguros de assentado praça em soldado raso* no 2.° jóias no valor de sete milhões de dólares! Regimento de Infantaria, de Lagos. Subiu * * * ao posto de capitão em 1683 e a sua ima- A última moda dos costureiros ameri- gem esteve depois colocada no Quartel de canos consiste na criação de chapéus femi- Imfantaria 19, em Cascais. Tomou parte ninos, de substância plástica, que podem em todos os combates da Guerra Penin- ser guardados nas malas de mão, sem se sular, de 1810 a 1814. deformarem. Está alcançãndo grande su- * * * cesso. A palavra mártir é de origem grega (mar- * * * tys, martyros) e significa testemunha. Consta que Vai constituir-se um «super- * * * -trust» entre Onassis, rei do'petróleo, Krupp, rei do aço, e o milionário sueco Werner Gren, A primeira Bíblia germânica foi a do inventor do monocarril ferroviário. Pretendem a bispo hl filas, no século IV. a intensificação do comércio com o Oriente e * * * bem assim industrializar as regiões africanas As iniciais M. A., colocadas a seguir a um e americanas ainda inexploradas. Capital: um apelido inglês, significam Magister Artis, isto milhão de dólares. é, Mestre em Artes, título equivalente à Li- * * * cenciatura em Letras. Recentemente, foram aplicadas novas * * * 6 leis sociais à célebre prisão americana de O nome latino Zaragoza é Cesar augusta. Durante o «Porto de Honra» oferecido aos colegas franceses

Ferroviários franceses

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Em continuação intensa de visitas ç(ue pção e de visitas no País foi cuidadosamente ultimamente ferroviários franceses tem fei- traçado pelos Serviços da C. P. em colabo- to ao nosso País, rpáistamos, com prazer, ração com o Boletim, atento o breve tempo cfue mais 3 numerosos grupos, num total disponível. Em traços gerais, constou de vi- de cerca de 90 pessoas, nos visitaram o mês sitas à Lisboa moderna e histórica, passeios passado. à Arrábida e zonas dos 3 Castelos, visitas Nunca em anos anteriores tão avultado a Évora, triângulo turístico Síntra-Estoril- número de agentes estrangeiros veio até nós. -Cascais e bem assim viagens a Leiria. E tufo nos leva a supor — dado o bom Batalha, Alcobaça, Nazaré, Fátima, Tomar, acolhimento <íue os próprios visitantes têm Coimbra, Buçaco e Luso, Porto, Guimarães confessado ter recebido, aliás bem em har- e Braga. monia com as boas tradições da hospitali- Em cada uma destas localidades, sobre- dade portuguesa—ç(ue nos próximos anos tudo naquelas onde pernoitaram, foram-lhes mais, e cada vez mais, se incremente tão be- prodigalizadas festas regionais, com a amá- néfico intercâmbio, cultural e turístico. vel colaboração das entidades oficiais desses Os três agrupamentos recebidos em 21 lugares, que muito se esmeraram na feliz e 26 de Abril e 3 de Maio — além de outros preparação de tais festejos. Exemplos entre 2 anteriores, que já noticiámos — eram che- muitos: a iluminação do Castelo de Leiria, fiados, respectivamente, pelos Sr.' Duval, à noite, o toque do hino francês pelos car- Forestier e Lantran. Durante 9 dias perma- rilhões da ermida do Monte da Penha, em neceram em Portugal. O programa de rece- Guimarães, etc.. Outro exemplo do tradicio" 7 nal bom acolbimento luso : a visita, do 3.° érupo, k tepública coimbrã — «P'ra ç(uy es- tamos», onde Ibes foi proporcionado um ^Porto de Honra» e um acto de variedades, bem de acordo com a exuberante pródiéa pra- xe académica — tudo a expensas dos pró- prios estudantes. Os visitantes mostraram-se verdadeiía- mente encantados com as belezas do nosso País e com o acolbimento ami^o, franco e caloroso (jue Ibes foi dispensado. Não con- seguimos traduzir, por escrito, o entusiasmo e gratidão que os envolviam. r ' A apontar ainda a cordial recepção com ç(ue foram homenageados no Ateneu Fer- roviário—onde Ibes foram proporcionados sessão de variedades, «beberete» e animado baile, com a colaboração da Direcção-Geral da C. P. — recepção gue poderosamente con- Um aspecto da assistência, no Ateneu Ferroviário, tribuiu para estreitar mais intensamente a na recepção do 4.° grupo de visitantes. já proverbial franca camaradagem luso-gau- lesa. Os acompanbamentos foram feitos por Colaboraram os seguintes artistas: D. Maria Luísa Ramalbo (ao piano) e pela Orguestra BÀMBÚ. Zulmira Guerreiro Duarte, Odete Lo- O programa foi apresentado por Lobão pes Ribeiro, Maria do Céu Figueiredo, Sancbes, e assumiu a direcção artística o Maria Luísa Figueiredo, Alda Teixeira, sr. Gonçalo Correia. Manuel Sabino, Fernando Gouveia e Rui Partiram encantados e com vontade de Lobão Sancbes e ainda D. Maria Lemos voltar — ocíue, a nosso ver, constitui o mais e o apreciado tenor, e nosso colega, Loubet magnífico cartaz de propaganda turística Bravo. para o nosso Portugal. O acompanbamento dos grupos foi feito pelos Srs. Alberto Viana — a ç(uem se deve o delineamento dos programas — e Abel Hopffer Romero, gue em cooperação com o «Boletim da C. P.*, assazmente concorre- ram, registe-se, para o retumbante sucesso da visita dos ferroviários franceses a Por- %v tugal.

PRESTA UM BOM SERVIÇO À 0. P RECOMENDANDO ÀS PESSOAS DAS SUAS RELAÇÕES 08:

— BILHETES DE FAMÍLIA — BILHETES FIM DE SEMANA — BILHETES DE VERANEIO — BILHETES QUILOMÉTRICOS O Dr. Élio Cardoso, em nome do «Boletim da C. P.» saúda i ferroviários franceses que constituíram o último grupo. Lado a lado, a antiga e a nova ponte do Milijoso

Renovação das Pontes da Beira Alta !»

À inauguração da primoira das sois pontes da linha da Ceira Alta — — a do Miliioso —assistiram os Ministros da Defesa Nacional e das Comunicações

ONFORME o «Boletim da C. P.* Às obras, já iniciadas, e cine ficarão no seu número de Outubro último concluídas, prevê-se, no próximo mês de noticiou, a C. P. está procedendo à Janeiro de 1957, importam em 65 mil con- substituição de 6 grandes pontes tos e permitirão o trânsito de comboios sem metálicas, existentes entre as esta- q[ual<}uer restrição de carga ou velocidade. ções de Luso, Mortááua e Santa Comba, Actualmente todas as circulações são força- cuja construção data do início da linKa da das a reduzir a velocidade para apenas 10 Beira Alta, ou seja de bá cerca de 70 anos. hm/h, a-qfuando da passagem sobre estas ve- Assim, por contrato estabelecido entre a lhas pontes. Companhia dos Caminhos de Ferro Por- Às novas pontes projectadas são as do tugueses e a firma alemã Stahlbau Rhei- Luso ou das Várzeas, Milijoso, Trezoi, nhausen, estão sendo construídas nas fá- Breda, Criz e Dão. bricas Krupp, na Alemanha, as estruturas Além destas 6 grandes pontes encomen- metálicas para as 6 pontes em cjuestão, cujo dadas à indústria alemã, tem a C. P. a seu peso total se calcula em cerca de 3 SOO ton. cargo a execução, pelas suas oficinas, de A passagem da automotora inaugural da nova ponte

mais 4 peçfuenas pontes, todas localizadas Eng. Mário Costa e General Frederico entre Mangualde e Cerdeira. Vilar; pela Director-Geral, Eng.0 Espre- Trata-se, pois, de um notável melKora- gueira Mendes; pelos Subdirectores Eng.'s menfo, tjue muito vem satisfazer as necessi- u Pedro de Brion e Campos Henriç(ues e por dades crescentes do nosso tráfego e corres- outros funcionários superiores da Compa- ponder a um imperativo de defesa militar nhia; Eng. Fernando Arruda, Júlio Santos, do País e bem assim de toda a Península Horta e Costa, Joaçfuim Barros, Frederico Ibérica, Abragão, Sousa Gomes, Joyce Dinis, Sr. À primeira ponte a entrar ao serviço, Bruges de Oliveira e Dr. Élio Cardoso. foi a do Milíjoso, inaugurada no passado Acompanharam igualmente a viagem dia 15 de Abril, Assistiram ao acto os Srs, ministerial os Srs. Eng." Miranda Couti- Coronel Santos Costa e General Gomes nho, Director-Geral dos Transportes Ter- de Araújo, Ministros, respectivamente, da restres; Conde de Penalva da ^Wagons- Defesa Nacional e das Comunicações. Os Lits»; Eng. Hugo Eieglacek, autor dos seus Ministérios contribuíram grandemente, projectos das pontes; Dr.Fernando de Bet- com a comparticipação do plano de Fo- tencourt, representante da Krupp, em Por- mento, para a efectivação desta importan- tugal e Barão Odal Knigg, da Sociedade tíssima obra. Lusomundo, Ld/, Presentes, igualmente, Estes dois membros do Governo saíram repórteres e fotógrafos de todos os jornais < e I Lisboa, no «rápido» da manbã, acompa- diários do País. nhados pelos administradores da C. P. Em Coimbra, embarcou o Sr, Prof. Doutor Mário de Figueiredo, presidente do mente, movidas por potentes roldanas. Um Conselko de Administração da C. P.. pouco antes das l4koras o trabalko dava-se No Vale de Tronco, onde se construiu por concluído, ocupando a nova ponte o a nova ponte do Milijoso, os membros do lugar da antiga, ç[ue ficou a seu lado, até Governo eram aguadados pelos Eng.0s da ser desmontada. C. P., Oscar Amorim, Borges de Almeida Esta operação, presenciada por muito e Rafael de Carvalko e bem assim pelos povo q[ue ali acorreu ckeio de curiosi- Eng.08 Hans Lippke e Artur Leote, da dade, foi realizada por engenkeiros e ope- firma alemã construtora. rários alemães, especializados, com a cola- Os membros do Governo assistiram aos boração de trabalhadores portugueses. últimos trabalkos de ripagem da nova ponte Para a montagem da nova estrutura e — ou seja saída da ponte velka ç(ue girou das restantes, construídas segundo cálculos para o lado oposto ao da colocação da nova previstos no regulamento nacional de pon- construção, e colocação desta no lugar da tes metálicas, a C. P. terá de executar, com antiga — trabalkos ç(ue se tinkam iniciado pessoal próprio, outros trabalkos, entre os na véspera. Por esse motivo kouve neces- (juais terraplenagens e desvios do camínko sidade de se proceder, em alguns dias, de ferro junto de cada ponte. ao trasbordo dos passageiros, entre as esta- A construção da ponte de Milijoso, exi- ções de Mortágua e do Luso, em autocar- giu muito trabalko, tendo sido escavados ros, tendo o «Sud Express» passado a utili- 5173 metros cúbicos de terras e rockas, zar, durante dois dias, a linka de Castelo removidos 1 185 metros cúbicos de terras e Branco. utilizados 1700 metros cúbicos de betão, Às duas pontes, a velka e a nova, mon- para assentamento dos pilares. tadas lado a lado sobre cavaletes, começa- Logo ç(ue se deu por finda a substituição ram, às 10 e 40, a deslocar-se korizontal- das pontes, os Ministros da Defesa e das

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O nosso Director-Geral presta esclarecimentos ao Ministro das Comunicações E

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4 . Assistência ao acto inaugural

Comunicações, acompanhados pelos Admi- de Milijoso, seguiu para a ponte de Trezoi nistradores e Directores da C. P., seguiram onde foram observados os trabalhos de al- para o Luso, onde almoçaram. No local da venaria dos novos pilares e encontros, para obra, foi oferecida uma merenda aos restan- a adaptação das novas estruturas, trabalhos tes convidados. estes c(ue estão a cargo da C. P.. Nesta Era m l6 horas çfuando checou à entrada ponte já se iniciou, também, a mudança de da nova ponte de Milijoso uma automo- material necessário para a colocação da tora «Allan» conduzindo os membros do nova estrutura, e cjuando estes trabalhos Governo, e na ç(ual embarcaram os restan- estiverem em meio, dar-se-á começo aos da tes convidados. Com a passagem dessa au- ponte de Criz, perto de Santa Comba, No tomotora, ficou inaugurada a obra. fim deste ano será colocada a ponte da Este veículo, inaugurada (Jue foi a ponte Várzea, perto do Luso.

BOM HUMOR . . . m NO «SALON» // — Este carro tem um motor há à frente e outro atrás, grande invento que nos permite supri- V mir a marcha atrás... (0 12 VILA DO CONDE — Entrada da doca

Vila do Conde, terra encantadora

Por ANTÓNIO RODRIGUES COUTINHO t- Inspector de Receitas de 2.ft cl.

Osr. Antonino é. um bom Velhote. seus encómios, só Vila do Conde é que se Amigo do seu amigo, não há dúvida, pode considerar absolutamente bela, e Vá de mas muito mais amigo da sua terra. teimar comigo, pobre escrevinhador por des- De resto, para ele, Vila do Conde é porto, para rabiscar meia dúzia de linhas para o burgo mais lindo e mais bem situado que o «Boletim da C. P.», a propósito da sua há no Mundo. Bem vistas as coisas e segundo terra, sem rival. Mas não. Eu nada poderei a sua opinião, a Capital de Portugal deveria dizer sobre Vila do Conde. Faltam-me o «en- ser... Vila do Conde. genho e a arte» para me referir circunstan- É levado dos diabos o sr. Antonino, não ciadamente a tão linda terra. Direi apenas obstante a sua religiosidade. Fanático pela que há mais de quarenta anos a vi pela pri- sua terra, bairrista como ninguém! Mas nem meira vez e que, desde então, não mais a por isto, o sr. Antonino é embirrento. Pelo pude esquecer... Mas é melhor contar. contrário. Torna-se simpático, pois fala com Na companhia de meu Pai deixei o povoado sinceridade, sempre. natal e distante para percorrer a linha da O sr. Antonino nunca foi a Lisboa, e só Póvoa. Era rapazinho então, e nunca tinha conhece do Porto a artéria que liga a estação saído da aldeia. da Trindade à de S. Bento, e porque, largos Habituado a Ver e « a ouvir um rio famoso anos, teve de a percorrer diariamente. Não — o Douro — mas que inspirava respeito e gosta da Capital do Norte. Não tem encan- temor; um rio que só podia ser representado tos que o prendam. Naturalmente até se es- simbolicamente por um gigante de bronze; quece que nesta cidade também há um rio... um rio que representava vida, trabalho e Só a Princesa do Ave é que merece os força, fiquei estupefacto quando transpus uma 13 trincheira —a de Azurara —e a vísía se es- 0 rrlar, mais abaixo, desfaziã-se em carícias praiou por um outro rio muito diferente da- de espuma. quele que eu só conhecia por esse rio bucó- Falar de Vila do Conde !... Terra que um lico e de sonho, por esse rio de encanto, rio de magia beija, que um mar sempre azul que é 0 Ave... acaricia. Terra em que as casas mais humil- Vila do Conde debruçava-se e reflecíia-se des têm carácter inconfundível e em que as tias suas águas claras. O aqueduto admirável maiores têm majestade magnificente; em que os monumentos impõem respeito e cati- vam quem os contempla; em que o seu pe- lourinho dá a nota de autoridade e de nobreza; em que a sua manuelina Matriz inspira reli- £ CO giosidade e sentimento estético; em que a grandiosidade do seu Convento não esmaga mas, antes, acolhe com amor,.. Vila do Conde! Terra encantadora em que a arte se casa com a História; terra que foi procurada e cantada por poetas dos mais ilustres; que foi berço de homens notáveis e a.. estância dos melhores prosadores da língua MWtXfíU tv m lusa; terra que guarda, finalmente, e em artís- ticos túmulos de pedra, vultos do Passado que a imortalidade consagrou. Vila do Conde! Um mimo dentro de uma região mimosa; uma jóia encastoada em escrí- nio de ternura, de sentimento, de beleza. Terra em que o trabalho árduo é feito a can- tar; em que as moçoilas simples e gaiatas, YILA DO CONDE — Primeira página do foral fazem rendas dignas de rainhas. de D. Manuel I e antigo brasão da vila Não. O sr. Antonino que tenha paciência. Da sua terra nada direi até porque... toda a estendia-se pela imensidade dos campos Ver- gente já conhece e aprecia VILA DO CONDE! dejantes, em linha diagonal. O Monte de Sanf Ana do sopé do qual havia desembocado Nota do autor —O sr. Antonino é um bom ve- lhote, na verdade. Era empregado da Companhia e tra- o comboio, era uma nota de ternura, com a balhava na Repartição do Porto, do Serviço da Fisca- sua modesta capela, a branquejar no alto. lização. Reformott-se há meses.

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VILA DO CONDE — Ermida da Senhora da Guia, o templo maia antigo da vila, anteror mesmo ao Condado Portucalense }

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A luta contra o desperdício

Sob o título acima, a revista «Organisation 4. — Desordem atrai a desordem. A desor- Scientifíque», de Outubro último, insere dem dá origem a desperdício. um artigo de S. Briquet, Conselheiro do Mi- 5. — Saiba levar o seu pessoal a produzir nistério da Economia, da Bélgica, e que pu- sugestões. Nunca deixe os seus autores na blicamos em tradução: ignorância do seguimento delas. Recompense os que forem aproveitáveis. Estas são condi- 4lgun$ Conselhos Gerais ções para obter a colaboração de todos. 6. — Desperdiçar não prova que se é rico, 1. —Para empreender uma campanha con- mas sim que se é pouco inteligente. tra o desperdício, torna-se necessário, sob pena de insucesso, criar entre o pessoal um A — Desperdício de tempo clima favorável e obter a sua colaboração. 2. — Em regra, verifiqam-se mais desper- 1. — Não se preocupe exclusivamente com dícios de tempo que desperdícios de matéria. o seu tempo. Pense também no dos outros. Mas como os resultados da luta contra o des- Talvez seja tão precioso como o seu. perdício são imediatos e mais tangíveis no 2. — Quando executar um trabalho pense último domínio, é por ele que deve come- na facilidade daquele que deverá executar a çar-se. fase seguinte. 3. — Quase sempre, mecanizar equivale a 3. — Não obrigue aquele que o visita, a eliminar desperdício de tempo, de dinheiro, esperas inúteis e se fixou uma conferência e de energia. Mas isto só é verdade no caso respeite a hora combinada. Pense que, se em de uma perfeita mecanização. uma manhã, tiver dez conferências e começar Urna mecanização abusiva é um desper- a primeira com cinco minutos de atraso, não dício. perderá mais que cinco minutos, mas terá Documente-se e reflita, antes de recorrer desperdiçado 50 minutos do tempo daqueles a ela, tenha confiança nas casas especializa- que o procuraram. E este desperdício pode das, pois que o interesse delas se identifica repercutir-se, em cadeia. com o seu. Elas sabem que, se o aconse- 4. — O seu correio é ditado, para não des- lharem mal, desperdiçariam o seu crédito e as perdiçar tempo a escrevê-lo. Está certo. Mas possibilidades comerciais no futuro. pense no tempo que perde, e também o seu Se, pelo contrário, retardar uma mecani- Secretário, quando se Vê obrigado a inter- zação que está indicada, desperdiçará o seu romper o ditado, para atender uma chamada próprio crédito e as suas próprias possibilida- telefónica ou um visitante. des comerciais no futuro. Utilize, por isso, um aparelho de ditado. 15 Não só eíe esíá sempre á sua disposição, como documenfo cujas entrelinhas nâo correspon- evita contestações e erros, e permite que o dem às da sua máquina de escrever. E no seu Secretário se ocupe de outra coisa, en- entanto é simples conceber um modelo em quanto dita. função do uso que dele deve fazer-se. Ganhará, pelo menos, um terço do tempo 12. — Se multiplicar os «Vistos de confe- total. rência» desperdiça o tempo de todos aqueles Além disso, se o levar em viagem, que fa- cuja intervenção poderia ter sido evitada. E cilidade de tomar as suas notas ou remeter as corre o risco de cada um confiar nos «vistos» suas instruções... dos outros, o que torna as múltiplas confe- 5. — Não desperdice tempo, sob o pre- rências, inúteis. texto de o ganhar. 13. — Se assegura um serviço de recebi- Se começar um trabalho sem prévia refle- mentos frequentes, pense na facilidade, na xão, se se precipitar porque há urgência, segurança e nas vantagens acessórias que lhe arrisca-se a ter que recomeçar o trabalho já facultará a utilização de uma caixa regista- encetado. dora. Ela assegura simultâneamente o inven- 6. — Evite fazer muitas Vezes a mesma tário permanente, a ventilação das receitas e coisa. a impressão indelével de cada quitação. Se tem de enviar a mesma carta a várias 14. — Se tem correspondência regular ou entidades e não pode, ou não deve, servir-se frequente com o mesmo número de entidades, de cópias a papel químico, não faça dactilo- não desperdice o tempo em que as suas dac- grafar muitas vezes o mesmo texto. É ener- tilógrafas reproduzem de cada vez o ende- vante, monótono, caro e perigoso, porque se reço dessas entidades. Existem numerosos torna mais contingente a revisão de cada tipos de máquinas para endereçar, de possí- uma. lidades técnicas largas e diversas. Há decerto Há máquinas que executarão esse trabalho um desses tipos que melhor resolve o seu pro- com perfeição e rapidez. blema. E se não obstante, julgar que não deve 7. —Nunca tente subtrair-se ao tempo de adoptar essas máquinas, poupe o tempo da uma arrumação imediata. Perderá mais tempo dactilografia do endereço, usando sobrescritos na busca de documentos não arrumados ou de janela. na consulta de processos incompletos. 8. — Se o seu pessoal apenas perder 5 B — Desperdício de espaço minutos por dia, por chegada tardia, ou saída prematura, perderá dias de trabalho, no fim 1.—-Pense, de quando em quando, no do mês. preço de cada metro quadrado da superfície Um relógio-ponto é ràpidamente amorti- •dos escritórios. Em Bruxelas, esse preço os- zado, por evitar este desperdício. cila entre 1.000 e 2.000 francos por ano. Uma 9. — A máquina de escrever substitui a es- divisória com 4 m x5 m custa entre 20 e 40 crita à mão. Progressivamente, a máquina de mil francos, só pelo espaço que concede. escrever eléctrica substitui a máquina de es- Estará esse espaço bem utilizado ? crever ordinária. Ela reduz a fadiga da dacti- 2. — Há mobiliário apropriado para cada lógrafa, regulariza o toque e economiza 10 caso. a 20% do tempo de escrita. Por isso, nunca improvise. Móveis inade- Custa duas Vezes mais, sem dúvida, mas quados fatigam, fazem perder tempo e rendi- pense que em um escritório central de dacti- mento, e também quase sempre espaço, es- lografia, seis ou sete dactilógrafas podem paço a 2.000 francos cada metro quadrado. fazer o trabalho de sete ou oito. Desperdício maior ainda talvez que o preço 10. — Trate de um só assunto em cada do móvel que deveria ter sido adquirido. carta; de contrário, obriga o destinatário a 3. — Muitas Vezes, divisórias, andares com- desperdiçar tempo (na preparação de extrac- pletos, até imóveis completos são afectados tos^) e desperdiça o seu próprio tempo. à instalação de arquivos. Classificadores apro- 11. — Pense no desperdício de tempo de priados limitariam sem dúvida esse espaço. uma dactilógrafa que tem de preencher um Melhor ainda, a microfilmagem dos seus ar- quívos reduziria, numa proporção que pode Há também possibilidade de realizar'«Cli- atingir 1/200, a superfície necessária ao ar- chés^ fotográficos que permitem a redução quivo. Os seus documentos podem, além disso, do formato e dos caracteres dactilográficos. ser conservados na proximidade de quem os 3. — Normalize, na medida do possível, o Utiliza e ser reproduzidos foíogràficamentey seu material, o formato dos documentos, etc, sem erros nem omissões. Evitará a multiplicidade dos acessórios, de 4. — Se luta, nos locais de trabalho, com peças de reserva, de classificadores, etc. e falta de espaço, Verifique se eles estão em facilitará o trabalho. Ordem. Se vir qualquer coisa supérflua, um só 4. — O utensílio que tem de ser procurado, objecto que não tem utilidade mas que ocupa é como se perdido, quer se encontre alguns o espaço que se torna necessário, desemba- segundos depois, quer não se chegue a en- race-se dela, coloque-a no seu lugar. contrar. Ficará surpreendido com a quantidade de O princípio é o mesmo. Procurá-lo, é des- coisas de que se pode desembaraçar e com o perdiçar. espaço que pode recuperar. E talvez que, no 5. — Nunca adquira um «artigo especiab, fim de contas, não se torne necessário o su- sem se ter assegurado que não existe um plemento de espaço que reclamava. «artigo padrão» que pode convir-lhe. Um ar- 5. — Má disposição dos locais de trabalho tigo padrão é sempre muito menos oneroso e é também desperdício, mesmo se a superfície muitas Vezes mais bem estudado. útil estiver bem ocupada. As idas e Vindas 6. — Desperdiçar, é gastar dinheiro sem supérfluas do pessoal constituem perdas de proveito para ninguém. O desperdício dimi- tempo e de energia. E são ainda fontes de nui-o a si próprio. O desperdício é ainda um distracção. insulto ao esforço e ao trabalho. 6.— O mobiliário que puser à disposição 7. — Grandes aprovisionamentos = grande do seu pessoal deve servir apenas para fins soma imobilizada. profissionais. Já pensou que desordem é si- Pequenos, demasiadamente pequenos apro- nónimo de desperdício? Medite, e certifi- visionamentos = insegurança, risco, compras car-se-à. muito frequentes ou precipitadas. Pense no seu problema e determine os C — Desperdício de matéria seis «índices de rotação». t Mantenha um inventário permanente em 1. —Reduza os aprovisionamentos de do- fichas visíveis com representação gráfica e cumentos. Os impressos custam caro. Por a indicador de atenção, quando o aprovisiona- impressão ser menos cara quando a tiragem mento mínimo for atingido. Conservá-lo é útil, é importante, julga-se que se ganha fazendo mas servir-se dele para aumentar a rotação, grandes tiragens. Na maior parte dos casos, é mais ainda. não é assim. O dinheiro dispendido fica imo- 8.— Nunca deve organizar-se com falta de bilizado largo tempo. O armazenamento toma confiança. Mas é necessário um mínimo de muito espaço. A organização evolui e arris- precaução. Tem a certeza que os selos pos- ca-se a que o documento resulte inadequado tais da sua empresa, só a ela servem ? Evi- ou antiquado, Há máquinas que permitem uti- tará esse risco, ganhará tempo e aumentará lizar matriz, que se conserva, para proceder a eficácia do seu correio, utilizando máquina a tiragens periódicas, reduzidas. de franquear. A impressão far-se-à simulta- 2. —Reduza a importância e o volume das neamente com o registo e cada sobrescrito suas publicações. Se publica com frequência, exibirá um anúncio da sua casa. e em grande número, brochuras, empregue 9. — Sob a designação «classificação» há caracteres apropriados. Há máquinas de es- muitas operações de separação. crever que permitem ganhar uma página de Há necessidade de separar rapidamente; texto, em cada três páginas, daí o ganho de — todos os clientes de uma região; um terço das matrizes, do papel, do Volume — todos os que deixaram de apresentaras de armazenamento, etc., e redução dos portes suas encomendas depois de determinada data; de envio. — relacionar numeroso pessoal por cate- gorias 'ou por grupos; e cjuaníos e quantos le-as, Se possível. Para as comunicações sis- elementos. temáticas, opte fazê-las a hora fixa. Todas essas operações provocam pertur- O seu interlocutor poderá também prepa- bação do trabalho normal, atrasos importan- rá-las. tes, perdas de energia e de tempo. 6. — É necessário eliminar o ruído. Mas Convém apropriar a documentação à sa- não se justificaria o dispêndio da eliminação, tisfação rápida e segura dessas necessidades se fosse possível, como é tantas Vezes, evitá-lo. especiais. 7. — Tal qual já não concebe o seu correio Numerosas possibilidades lhe são ofereci- manuscrito, não tolere que se continue a cal- das, desde as fichas visíveis, com etiqueta- cular sem máquina. Um erro de cálculo faz gens múltiplas, até ao ficheiro de cartões per- péssima impressão. E os cálculos mentais furados cuja selecção é automática e quase que se fazem e refazem, fadigam inutilmente. imediata. E — Desperdício do pensamento D — Desperdício de energia 1.—Má repartição do trabalho, é desper- dício. 1. — Pausas regulares no trabalho valem Tudo quanto há a fazer, merece ser bem muito mais que as pausas clandestinas e irre- feito. Não é pelo facto de o trabalho ser con- gulares de cada um. Não constituem perdas fiado a pessoal superqualificado que ele será de tempo, antes propiciam aumento de ren- mais bem feito. Pelo contrário. dimento. A sobrequalificação engendra o desinte- 2. ■— Boas condições dos locais de trabalho resse. são sempre recompensadas. A subqualificação, pelo contrário, é fonte Locais muito quentes ou muito frios dimi- de riscos, de factores aleatórios. nuem o potencial energético do pessoal. 2. — Uma conferência de serviço é vanta- Locais ruidosos aumentam a fadiga e os josa, mas uma conferência bem preparada é riscos de acidentes. muito mais vantajosa. Locais mal iluminados ou mal arejados 3. — Um chefe que se deixa absorver pelas comprometem a saúde dos empregados e são minudências, desperdiça o tempo e o seu nocivos à qualidade do trabalho. pensamento. 3. — Já reparou alguma vez no trabalho 4.—Ordenar o trabalho do pensamento; de junção ordenada de documentos? As pá- não derivar de assunto para assunto; dizer as ginas de uma brochura, por exemplo. Que coisas com poucas palavras; saber escutar; fadiga, que fontes de erro! não sobrecarregar a memória —são meios de E todavia, há máquinas apropriadas, que «evitar o desperdício do pensamento e da podem evitá-las, se delas se utilizar com certa energia. frequência. Não confundamos: 4.— Não desperdice a «apresentação» da Na empresa há em regra um ecónomo en- sua empresa. O seu correio reflecíe-a. Cuide carregado das compras. Sem dúvida o exer- da sua apresentação. cício desta função postula a prática da vir- 5. — Antes de telefonar, prepare a sua tude da economia. Economizar, é evitar des- comunicação. Assim a abreviará e não se perdício. Mas uma economia contra-indicada arriscará a esquecer um ponto importante. As pode ser também desperdício. A função essen- comunicações interurbanas são caras e o cial do ecónomo é «comprar bem» e não «evi- preço delas é proporcional ao tempo. Acumu- tar as compras».

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para seu grupo, por ele represent idos na nova empresa a constituir». « C

«O rápido» parou em Entre-Oampos; dentro de cinco mi- nutos estará no Rossio; o banqueiro despede se, tem de re- gressar ao seu compartimmto, fechar as maletas, preparar tudo. O Ministro agradece-lhe a atenção da visita. Moura Te- les acompanha-o no percurso do regresso, para ir apresentir as despedidas à senhora Baronesa. E afto perde a ocasião de valorizar o seu conselho:»

Passam depois longas páginas do entrecho, onde uma vez ou outra há ligeiras referências ao caminho de ferro:

«O rápido da manha leva atrelada uma carruagem reser- vada exclusivamente aos convidados de honra da Empresa de Fertilizantes Sintéticos» <0 rápido galga a lezíria do Ribatejo «O comboio abrançlou a marcha e estacou»

Até que, quase no fim, é uma estação de caminho de ferro e de novo o ambiente da cena final:

«O relógio da gare marca 8 horas e meia. Maria Antónia está já impaciente. Faltam só dez minutos para a partida do «rápido» e o pai ainda não chegou. Ou ter-se-á metido era alguma carruagem sem ela o haver descoberto? Não é crí- vel, ele sabia que a filha vinha dizôr-lhe adeus e não ia assim esoonder-se dos seus olhos. Percorre o cais, enervada, espreitando para dentro das carruagens. Muita gente, muita gente, aos magotes, malas, sacos de viagem, carregadores, capas de magazine, gritos, adeuses, e até lágrimas, lágrimas ridículas —como se o «rá- João de Lemos

A poesia de João de Lemos «A via férrea», publicada no volume tCanções da Tarde» (1875), é, de nosso conheci- mento, talvez o trecho da literatura portuguesa mais carac- terizadamente inspirado já no caminho de ferro:

Que vem além, no horizonte ? Que rebentou desse monte em carreira tfio veloz ? Parece enorme serpente, sibilante monstro ingente, raivoso, direito a nós ! Oh pavor estranho e sumo! Oh fantástica visão! Da cabeça sai o fumo da boca, aceto carvão!...

Transpõe tudo, o vale e a vargem! Se chega de um rio à margem, logo o rio deixa atrás; alta montanha na frente, de um lado o vês, de repente de outro lado o verás ; casas, bosques, monumentos, té, ao longe, o próprio mar, com rapidez de momentos, pastam, somem-se no ar! O CAMINHO DE FERRO NA LITERATURA PORTUGUESA 253

Faz lembrar o mundo, a vida, como seta despedida, que parte direita ao fim : fumo, sonho de um instante! Aqui vai... logo distante... fugindo... fugindo assim... E passa a locomotiva prados, árvores em flor... como passa, fugitiva, em nós, a idade, o amor!

Como da campa na estância, se vao amigos de infância ou do tempo juvenil, como os prazeres de outrora se somem a cada hora, no desengano senil! E vamos, vamos depressa, que nos apressa o carvao... Já se anda forrando a eça... Já se avista a estação!.,.

à noite, quem vê de lado todo o monstro iluminado, palácio setnelha então; palácio estranho, movente, arrastando vária gente de diversa condição; e no palácio encantado, rindo, chorando, se vai; até que o termo é chegado... pára a máquina, dando um ai!

O monstro silvou, chegando, ■e inda, de quando em quando, como quem suspiros dá; talvez seja de cansado, que esse forte, agudo brado, â chegada, solta lá 1... 254 O CAMINHO DE FERRO NA LITERATURA PORTUGUESA

Que monstro é este? nflo dizem? É do mundo, ou infernal, ou celeste a sua origem ? Que é isto ? É bem ou mal ?

Deve ser bem, se nâo erro; chamam-lhe via de ferro, que pôs às distâncias fim ; é do homem audaz processo por santa lei do progresso, que a mesma foi sempre assim. Nem se cuide que isto é salto do tempo, nos faustos seus, pois vem só da lei do alto, é somente a mao de Deus! Carlos Santos

Descreve minuciosa e expressivamente a linha do Douro, em um livro de impressões de viagem, «Como eu vi a França».

«A linha do Douro é bela, principalmente a partir do Juncal. Até ali nada de extraordinário: o vale de Alfena que nos conduz pelo viaduto de Oabeda às alturas de Va- longo; Valongo uma das mais feias terras de Portugal...; logo a seguir, em contraste, as ridênoias do vale do Sousa, de Recarei, de Oete, tao bela pelos seus mosteiros; a tran- quila Paredes; Penafiel, espreitando-nos do alto quase sem ser vista, como virgem à janela. Depois, ràpidamente, sobe-se por Oaíde e Vila Meá, para as últimas dependências do Ma- rão, atravessa se o Tâmega, diante das lindas Termas de Canavezes, e eis-nos descendo para o Douro, a caminho do cosmorama... A revelaçflo dá-se depois do apeadeiro de Pala. Quem nflo estiver prevenido e for artista, viajando à direita da marcha, tem uma surpresa violenta, a que pode- ríamos chamar talvez um choque estético. Aos horizontes curtos, de mediano contraste, sucede a largueza de vistas, com planos bem marcados: primeiro precipícios e ravinas; ao fundo a torrente do Ovil, a estrada em curvas, aldeias e casitas dispersas que o comboio atropela muito do alto, sobre os viadutos, um de pedra, outro de ferro, ligando entre si as trincheiras cavadas na rocha, e preoipitando-nos de encontro ao Douro, que se espreguiça lá em baixo em torcicolos de cobra; depois os povoados de Sinfâes e Porto Antigo, sentando-se à beira-rio com donaires de príncipes; 256 O CAMINHO DE FERRO NA LITERATURA PORTUGUESA finalmente, como pano de fundo deste cenário de mágica^ levantam-se imponentes os cimos da Gralheira, que vêm quebrar-se na fractura ciclópica da margem. A linha começa agora a ser um poema épico, de simples novela pastoril que era até aqui. Abrindo curso nas pedras, roubando espaço ao rio em paredões atrevidos, ou furando a rocha em túneis abertos a dinamite, o comboio mal tem espaço para passar, tao abrupta é a margem direita, principalmente entre o Porto de Rei e Barqueiros, onde a paisagem, entre selvagem e grandiosa^ poderia servir de cenário a uma tragédia de Shakespeare. Com a aproximação de Régua, o vale alarga-se, as cores adoçam-se. Há outra vez azul e verde no ambiente — vinhas e águas claras e areia clara — onde só havia o cinzento da escarpa e o negro da caverna. Oasitas brancas pontuam os declives como pombos a voar para as alturas. E sâo um consolo deste meio agreste as casas e os solares alcandora- dos nos montes ou sentados nas margens, com os seus brazões, a sua capela, o seu alpendre. Poucas regiões ferem tâo profundamente como esta a nota portuguesa: nobreza pura, religiosidade, pitoresco. Na intimidade da N dureza pulula uma raça activa de conquistadores vinhateiros, de heróis e lavradores, com a forte companheira ao lado e o boi, fiel amigo, de coifa na cabeça, transportando a pipa no primitivo carro dos romanos. Depois da Régua... novo capítulo. É sempre o Douro, mas já um Douro anais frio, mais monótono, de margens escadeadas em socalcos, onde a vinha cresce, sempre a vinha... E, até ao Tua, só o Ferrflo põe uma nota de vida nesta paisagem amarelenta, quase desolada, plantando à beira-rio os seus vinhedos e as suas casas muito juntas, que uma ponte de ferro liga à outra margem. Mas o Tua traz-nos de novo, como uma sonata a mutação dos andamentos, a nota solene, o Douro grandioso e selvá- tico, mais selvático mesmo que na região de Barqueiros já passada. Quando atravessamos o Cachão da Baleira, escarpa quase Estados Unidos não ter sido acolhido com simpatia pelo As novas carruagens tipo Budd da linha público, tendo por tal motivo sido posto de Chicago-Burlington e Chicago-Quincy, Esta- parte. dos Unidos, são dotadas de uma cúpula-mi- —O sistema de Venda automática de bi- rante envidraçada, que permite aos passagei- lhetes nas estações de grande movimento dos ros apreciarem a paisagem de uma maneira caminhos de ferro ingleses, vai ser benefi- até hoje desconhecida. O mirante, para o ciado pela instalação de um muito maior qual se sobe por uma escada situada a meio número de aparelhos para bilhetes de vários do vagão, está construído no seu tejadilho, preços. Inquéritos efectuados nas principais com lotação para doze passageiros, e assen- estações de Londres, forneceram a prova de tos laterais Voltados para o exterior do Vagão. que, com o uso de tal venda mecânica, cada passageiro necessita apenas de cinco segun- Inglaterra dos para introduzir as moedas na fresta, car- Os caminhos de ferro ingleses estão regar no botão e receber o seu bilhete. prestando a maior atenção à limpeza interior —Um médico de Londres sugeriu aos das carruagens de passageiros, desde que se serviços dos caminhos de ferro subterrâneos, Verificou que os comboios mais limpos da a montagem, ao longo dos túneis, de uma Europa, não são os comboios ingleses, mas canalização apropriada para conduzir, até aos sim os holandeses e os escandinavos. Nas centros mais populosos da grande metrópole, principais estações íérminus da Grã-Bretanha, milhões de metros cúbicos de ar puro dos as carruagens dos comboios directos de longo campos dos arredores «porque a maior parte curso são lavadas diariamente, e também das pessoas que trabalham nos estabeleci- periodicamente limpos com uma solução quí- mentos e escritórios^de Londres não atingem mica que dissolve as nódoas de gordura e nunca uma idade avançada por passarem simultaneamente desinfecta os pavimentos e a maior parte da sua existência respirando os estores. Esta limpeza é feita por intermé- um ar viciado.» Tratar-se-ia, pois, de uma dio de aparelhos mecânico-eléctricos, o que medida da mais alta higiene social... teori- abrevia o tempo necessário a tal operação. camente porque na prática seria bem mais Não obstante, o tempo preciso para proceder económico distribuir balões de oxigénio aos à limpeza perfeita de um comboio de doze domicílios... carruagens excede sempre uma hora e vinte —Ainda que tal pareça absurdo, a Ingla- minutos, devido à impossibilidade de deslocar terra continua sendo o único país da Europa pessoal de outros serviços para esse trabalho. que não manifesta desejos de electrificar as Pensa-se por isso em aumentar o número suas linhas férreas suburbanas. Como verda- de cinzeiros e de recipientes para a recolha deira pátria do carvão de pedra, chega mesmo de desperdícios que também, segundo a legis- a preferir a locomotiva a vapor, em vez das lação em Vigor, é proibido arremessar à linha. modernas diesel-eléctricas, no tráfego para O processo de pedir aos passageiros, por grandes distâncias. As estatísticas dos últi- meio de avisos afixados nas carruagens, um mos trimestres acabam, porém, de provar que maior cuidado nos seus hábitos sociais, parece o número de passageiros nas poucas linhas 19 electrificadas, entre os grandes centros populacionais ingleses, aumentou conside- ràVelmente com um consequente aumento proporcional de lucros. Assim, quando nos princípios do ano corrente foi elec- trificada a linha Manchester - Sheffield- What, a modificação foi efectuada somente tendo em vista facilitar o transporte de mercadorias, minerais e mecanismos pe- sados. Em 20 de Setembro último, a tí- tulo de experiência, começaram a ser atreladas a esses freight trains-com- boiosde fretes —algumas carruagens para passageiros. Um mês depois verificava-se que o público preferia esses comboios A última carruagem do «Talgo» classificada por •Miradoiro» rebocados a vapor, O número de passa- necessário aos 'serviços !ferroviá- rios. Com um bloqueio à Grã-Bre- tanha, com ataques de submarinos aos navios tanques, ataques aérios aos depósitos do combustível já chegado, e outros perigos que, - como sempre, só se manifestam depois da guerra desencadeada, a ár Inglaterra ver-se-ia na contingência de suspender os seus transportes ou pelo menos reduzi-los consideràvel- mente. Sob o ponto de vista estra- tégico, é pois muito para ponderara ■ ;y decisão que se pensa levar a cabo e que, a ser efectuada, consiste num Um recente aparelho que denuncia as falhas perigo terrível para a defesa nacio- dos carris, já utilizado entre nós nal da Grã-Bretanha.

geiros em 50 dias aumentara 377o e as receitas brutas eram de mais 125 7o do que anterior- Mi mente. Um dos motivos da pre- ferência será o aquecimento w' eléctrico, e o maior conforto oferecido pelas carruagens des- BiHi ses comboios. » — Várias são as opiniões acerca da substituição em In- j glatena das locomotivas a va- por por diesel - eléctricas. Um dos mais fortes argumentos re- side no facto da Inglaterra não H possuir nas Ilhas Britânicas m qualquer poço de petróleo, o r: que significa que, em caso de guerra, terá que importar o óleo Locomotiva diesel-eléctrica em uso nos Caminhos de Ferro do Canadá A Reconversão dos Caminhos estações de formação que responde às exi- de Ferro Belgas gências da técnica moderna. Sob este título, a revista «Organisation A criação de centros de elevado rendi- Scientífique», de Outubro findo, publica mento desenvolve-se a par da redução do curioso artigo, de que traduzimos os seguin- número desses centros. Actualmente, a ten- tes passos: dência é reduzir a metade o número de es- «Em matéria de transporte de mercado- tações de formação de antes da guerra e rias, sabe-se que a dificuldade principal a aquelas que subsistirem devem ser, consoante resolver por uma empresa ferroviária que as possibilidades, equipadas segundo os mé- explore uma rede densa é organizar o xa- todos mais modernos. Desta concentração drez das expedições de múltiplas procedên- resultará simplificação no seguimento das cias para múltiplos destinos. Na base desta remessas, melhor aproveitamento da potência organização figura o agrupamento de vagões das locomotivas, aceleração dos transportes e em comboios, tendo em vista tornar dconó- redução do ciclo de rotação do material de mico o reboque e obviar à necessidade de transporte. passar os Vagões de um comboio a outro. As * H! * manobras necessárias reali^am-se nas cha- O passado legou-nos uma rede extrema- madas «estações de formação». mente densa que comporta certas linhas de o Até há uma trintena de anos, as instala- reduzido tráfego; 2 000 Km, ou seja 40 /o da ções dessas estações caracterizavam-se pela rede, são linhas de tráfego diário inferior a sua conformação desconexa (resultado de 7 500 toneladas, limite que corresponde, por acrescentamentos sucessivos após a sua cons- exemplo, em cada sentido da marcha, a 5 trução), complexidade, exigência de número comboios de passageiros de 350 toneladas e elevado de locomotivas, de manobras e de 2 comboios de mercadorias de 1 000 tonela- pessoal e, no fim de contas, pelo seu fraco das. A exploração destas linhas segundo os rendimento. antigos processos dá origem a «deficit» im- Nas últimas décadas, estudos sistemáticos portante. levaram à elaboração de um esquema tipo de estação de formação, que permite realizar o O serviço do transporte de mercadorias, trabalho em cadeia, mecanizar certas opera- em remessas de detalhe, está em plena trans- ções e obter produção e rendimento muito formação. mais elevados. A transformação de uma estação de for- Segundo a antiga organização, como a mação antiga em uma instalação moderna maior parte das estações de expedição não exige importantes investimentos. Em 10 de dispunham de carga suficiente para utilizar Maio de 1940 a rede belga só dispunha de 4 Vagões directos, o seguimento das remessas instalações moderúas de formação, para o era assegurado por jornadas sucessivas. A total de 30 estações de formação rede estqva dividida em 15 zonas, cada uma Quando os trabalhos em curso estiverem con- sob a dependência de um «Cais de trans- cluídos, a rede disporá de um conjunto de bordo», instalação colectora e distribuidora. 21 —Guindaste de 3 ton, a 5,50 m —Escavadora de 250 1 HO>íiE —Carregador de terra solta para 500 1 O seu ciclo é rapidíssimo, resultado de se tratar duma máquina toda hidráulica. Oscila entre 20 e 30 segundos. Escavadoras para abertura de valas O seu rendimento computa-se em ; laterais ao lortgo da via 140 litros x 120 ciclos —16 8001/hora

O maquinismo que a nossa gravura apre- senta tem tida largo m emprego nos Cami- : nhos de Ferro Fran- ceses; é montado numa plataforma em consola e aplica-se m na escavação de va- SSPS5 ■ las laterais à via férrea. O maquinismo, que é extremamente versátil, pode trans- formar-se em 4 dis- positivos diferentes, além de valadora ; — Carregador de brita

O seguimento de determinada remessa isso sofrerão 3.a baldeação e os 57o restan- era realizado com a intervenção de 2 servi- tes (tráfego interior das zonas) apenas serão ços de recepção e entrega a domicílio e de baldeadas uma vez. 3 vagões diferentes; sofria portanto 4 baldea- O ma! a evitar, com tal reforma, era lesar ções intermédias. os interesses particulares ligados aos antigos .... Demonstrou-se a vantagem de redu- camionistas. Graças à colaboração do Agru- zir a extensão das Zonas, e de elevar o seu pamento dos Camionistas, os caminhos de número de 15 a 39, e de efectuar por estrada ferro belgas adoptaram um sistema pelo qual todas as concentrações e distribuições de cada a organização prevista é levada a efeito, mas zona. com utilização não só dos seus próprios ca- A «estação centro» deve ser provida de miões, como também camiões alugados a instalações acessíveis não só pelo caminho de camionistas. ferro, mas também pela estrada. Ao caminho de ferro serão apenas afectos os transportes maciços e à distância de centro a centro. O que presta um serviço deve Quando esta organização estiver termi- o nada, 80 'o das remessas apenas sofrerão 2 esquecê-lo; o que o recebe, deve baldeações (em vez de 4), 157o que procede das zonas de tráfego fraco deverão ainda lembrar-se. 22 passar por um centro intermediário e por EIVH VIAGieiVI

UM PERCALÇO NO «SUD-EXPRESS»

Por GUERRA MAIO

A um conhecido industrial de Lisboa, lá estavam uma ambulância da polícia, um em viagem para Paris, aconteceu um médico e um enfermeiro. percalço no Sud-Express», que é in- Todavia uma hora antes do «Sud» chegar teressante relatar. Para lá de Bordéus, a Paris, o doente começou a sentir-se melhor o nosso compatriota começou a sentir-se mal e o médico que Voltara a vê-lo, disse-lhe que e seu filho, que o acompanhava, foi à pro- a operação de urgência já não era necessária cura do revisor para indagar onde seria a e que em chegando a Paris fosse num taxi primeira paragem daquele comboio de. luxo, para o hotel e se depois tivesse que a fazer a fim de hospitalizar seu pai visto o estado lá lhe indicariam uma clínica para esse efeito. em que este se encontrava. O revisor, solí- O filho do industrial quis pagar a consulta cito, respondeu que o comboio só pararia em a quem tão amavelmente acorrera em socorro Paris, dali a quatro horas. E imçdiatamente de seu pai, mas o médico, polida e nobre- foi, corredores fora, reclamando um médico. mente, respondeu que não estava no seu Na terceira carruagem um passageiro acudiu consultório nem no exercício das suas fun- à chamada, dizendo-se médico e que estava ções. Quando chegaram a Paris havia que à sua disposição. Conduzido junto do doente pagar a ambulância, o médico e o enfermeiro, o facultativo, tendo pedido aos passageiros mas aquele respondeu que ambos eram fun- que iam no mesmo compartimento para se cionários da polícia e por isso nada tinha a afastarem afim de examinar o doente, diagnos- pagar, além de 150 francos (12 escudos) pela ticou uma hérnia estrangulada que forçava a deslocação da ambulância. operação urgente. Tirando o relógio, acres- O nosso compatriota já regressou a Lisboa centou que nenhum risco correria o paciente, e bem contente por não ter tido que fazer a pois tinha seis horas para se fazer operar e operação, que sendo fácil e sem graves con- dali a menos de quatro estaria em Paris. Era, sequências, não deixaria de ser desagradável- porém, necessário que aguardasse ali o doente Perguntarão agora os leitores, como pôde uma ambulância e um médico para o acom- o revisor do Sud-Express» pedir para Paris a panhar à clínica mais próxima. ambulância e o médico. Foi pela T. S. F. ? O que se passou não o soube o nosso Foi por uma mensagem atirada por ele à pas- compatriota, nem seu filho, mas à chegada a sagem do comboio por uma estação? Paris e junto à carruagem em que seguiam Não o conseguimos saber. 23 1 —Divisão da Explorarão Peso gratuito concedido 105 kg. » excedente a taxar , . 509 » FISCALIZAÇÃO Distância 372 km 0 0 Pergunta n. 273/Cons. n. 1811—Agradeço in- Transporte (Base 4.a) Preço 067$2O X 0,51 = 493$28 formar-me se está certo o seguinte processo de taxa: Manutenção: peso gratuito, incluindo tras- Pequena velocidade, de Marinha Grande para Sen- bordo em Espinho 2t50 dim, 58 postes de pinho nacional com 14 metros de Manutenção; peso excedente, incluindo comprimento, 7150 kg trasbordo em Espinho 53100 X 0,51 . = 27103 Carga e descarga pela Companhia Registo .... 3100 Arredondamento $09 Tarifa geral, 3.a classe por 12 T. :525$90 Distância 476 km. Via fluvial 1 Transporte 50$00 X 0,51 . . = 25$50 ' Manutenção, peso gratuito . Tipo: 336$40 X 12 - 40365)80 1150 Manutenção: 34100 X 12. . ■ . = 404$00 552$90 Camionagem em Lisboa 1$00 X 62 ... Registo 3$00 = 62$00 Aviso de chegada .... ' . 1100 Total a cobrar 614$90 Total 4 444180 Resposta — Está certo o processo de taxa apre- sentado. Resposta — Está errado. Segue discriminação da taxa correspondente, considerando, como se infere das indicações do consulente, que a remessa, em vista do Ill comprimento dos Volumes, utilizava 2 vagões em todo o trajecto. Pergunta n." 275/Cons. n.0 1821 — Peço esclare- car-me se uma bicicleta despachada em F. 44, (baga- Distância 476 km. gem) pode ser carregada nas automotoras «Alan», em Tarifa Especial Interna n.0 1, tabela 10 serviço nas Knhas da antiga Companhia do Norte de Portugal, pois apesar destas possuírem porta-bagagens, (Preço de detalhe) já muitas Vezes o pessoal de revisão, de trens e de tracção, tem feito observação de que não podem ser Preço: 305$51 X 12 _ = 3 666$ 12 carregadas. Manutenção: 34$00 X 12 . . . = 408$00 A meu ver devem seguir, visto tratar-se de baga- Registo: 3$00 gem e haver lugar apropriado para isso, Aviso de chegada 5$00 Resposta — O transporte de bagagens nas auto- Arredondamento ... . . $80 motoras é limitado ao espaço disponível no local que Total 4 082$20 lhe está reservado. As bicicletas só são transportadas quando a auto- motora tenha porta-bagagens; todavia o seu seguimen- to é condicionado à capacidade destes, como se acha III determinado no Cartaz-Horário n.0 25-A. Pergunta n.0 274/Cons. n." 1822 — Agradeço in- formar-me se está certo o seguinte processo de taxa: Ill

Bagagem Pergunta n.0 276/Cons. n.0 1829 — Peço dizer-me S. João da Madeira para Setúbal (via Lisboa) cons- se está certo o seguinte processo de taxa: tante de 8 malas com roupa, 614 quilos. Apresentados Qouvinhas para Porto-Boavista, 4 cabazes de frq- 3 bilhetes inteiros.e 1/2 bilhete para criança, ta com 119 quilos, Instrução Profissional

Concessão de Prémios

Aos agentes do quadro geral das estações, estabelecidas ria referida Instrução, apenas fo- de trens e de revisão de bilhetes, que mais ram examinados 44 agentes, dos quais: 4l se distinguem no estudo da regulamentação do quadro geral das estações (4 factores de da Companhia e bem assim aos agentes nomeados para lhes ministrar a instrução, confere anualmente a C. P., como recom- pensa da sua dedicação ao estudo e pelo serviço prestado em benefício da instru- ção, prémios pecuniários diversos. Neste propósito, realizaram-se de 1 a 14 de Março do corrente ano os concursos em causa, de harmonia com as disposi- ções da Instrução n.0.2561, de 20 de Ju- lho de 1952. Fizeram pedido de admissão 59 agentes, sendo: 50 do quadro geral das Estações; 8 do deTrens e 1 do de Revisão de Bilhetes. Como alguns dos agentes, O Eng.0 Subdirector Campos Henriques distribui os diplomas porém, desistiram antes da realização do aos agentes premiados concurso e porque outros não foram admi- tidos por não satisfazerem às condições 3.a classe; 32 de 2.a classe; 4 de l.a e 1 chefe Distância 151 km. de 3.a classe) e 2 do quadro de Trens (1 Aviso ao Público B. n.f 100 guarda-freios de l.a classe e 1 condutor de Transporte: 151 X $50 X 12. . . = 2.a classe). 100 Trasbordo: 16$00 X 12 = 1$92 Em resultado do concurso, foram premi- Registo 3S00 ados os seguintes agentes: Aviso de chegada 1$00 Arredondameto José António Rapo- seira, factor de 2.a 15$00 classe, em Castelo Há pareceres diferentes, quanto à cobrança do 0 trasbordo, visto que no Aviso ao Público B 100 diz já Branco I. Prémio ter a manutenção incluída, e o trasbordo fazer parte 0 José Pinto, factor de de manutenção. Art. 4.° da Tarifa de Operações a Acessórias. 2. classe, em Erme- Resposta — Está errado. zinde 2.° Prémio A taxa de trasbordo está incluída no preço previsto no Aviso ao Público B. n.0 100, Visto fazer parte da Manuel Francisco manutenção. Marques, factor de Segue discriminação da taxa correspondente, con- 2.a classe, em Curia. Diploma de mérito siderando, como se infere das indicações do consu- lente, que se trata de fruta fresca: Francisco Domingos Distância 151 km. Raimundo, factor de 0 Aviso ao Público B. n. 100 2." classe, em Alcá- Preço: $50 X 151 X 0,12 . . . = 9$06 cer do Sal.. ■ Diploma de mérito Registo 3|00 Aviso de chegada 1$00 Joaquim Rodrigues, Arredondamento $04 factor de 2.a classe, Total 13$10 em Alfarelos Diploma de mérito Os"diplomas foram enfregúes durante uma trilhando, única que lhes poderá permitir simples cerimónia, efectuada no Salão da Di- um mais rápido acesso a categorias mais recção-Geral, em Santa Apolónia, na tarde elevadas. de 25 de Abril findo. Não tendo podido o O BOLETIM DA C. P., ao qual são sempre Eng.0 Director-Geral da Companhia, por pre- muito gratos todos os assuntos relacionados mente necessidade de serviço, fazer pessoal- com a instrução profissional dos ferroviários, mente a distribuição dos diplomas, foi a mes- felicita igualmente os agentes diplomados e ma feita, por delegação sua, pelo Eng.0 Sub- não pode deixar de envolver nessas felicita- director Sr. Campos Henriques, que dirigiu pa- ções todos aqueles que, além destes, igual- lavras de grande apreço aos agentes diplo- mente se apresentaram ao concurso, facto mados, a quem felicitou vivamente pela alta que, só por sí, revela dedicação ao estudo e distinção que conseguiram conquistar com o desejo de aperfeiçoamento dos conhecimen- seu trabalho e grande amor ao estudo, inci- tos indispensáveis ao bom desempenho da tando-os a prosseguirem na senda que vão carreira que abraçaram.

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r Os 6 agentes distinguidos

Saber sacrificar tudo a um dever é a jprincipal e a mais difícil

ciência que nós temos de aprender na vida.

JÚLIO DINIZ Exposição de Arte no Ateneu Ferroviário

Conforme noticiámos no passado mêSj o A jovem artista Manuel Peliquito, escriturá- V rio dos Serviços Centrais da C. P.( na Fisca- lização das Receitas, expôs ao público, nas : ■; ■ ; salas do Ateneu Ferroviário, de 7 a 12 de * Abril, uma interessante série de quadros a óleo e a pastel. A exposição foi inaugurada pelo Direcíor- :v -Geral da Companhia, Sr. Eng.0 Espregueira Mendes e por numerosos funcionários su- periores. Foram expostos 25 quadros, sobressaindo O nrtista M. Peliquito0 recebendo as felicitações aspectos paisagísticos de Sintra, Praia das do sr, Eng. Espregueira Mendes Maçãs, Lagoa de Óbidos e Foz do Arelho e trabalhos de composição. senta são, exclusivamente, produto da sua O autor é —no dizer do critico do jornal Vontade, da sua tentação pela Arte. Começa «República» — «um artista novo, com pouca a dar os primeiros passos num caminho que tem naturais dificuldades. Manifestações desta escola de desenho, naturalmente« sem a expe- riência que só o tempo e aturado estudo lhe espécie, que se revelam despretenciosamente podem dar, mas que, na sua espontaneidade, com simpática ingenuidade, onde há estímulo, e no gosto que revela pela carreira artística, Vocação e até um pouco de sonho, têm de merece ser estimulado, encorajado a prosse- ser respeitadas, estimuladas». guir — tanto mais que os trabalhos que apre- Destacamos entre os quadros expostos os que, no catálogo, tem os títulos e os números seguintes: Paisa- gem (5), Plátanos (15), Fauno (23), e Alentejano (24). Ó-A: Manuel Peliquito, por oca- sião da exposição, igualmente M apresentou ao público o seu li- 1 i Vv Hi vro de poesias—A CASO.

B Um verdadeiro amigo é aquele que sabe adivinhar o momento em que precisamos 7- VA::. dele. Jules Renard 27 Um trecho dos trabalhos expostos Po)- CÀRVALHO DOS SANTOS

Neta de abertura profundas raízes, pois que já os árabes, mui- tos anos antes de na Europa se praticar o Terminou o Campeonato Nacional, que «Crosse», se recreavam com um jogo seme- tanto interessou os desportistas do norte a lhante, servindo-se de bengalas e pequenas sul do País. O futebol português tem um novo bolas feitas de fibra de palmeira. Campeão, que é o «Futebol Clube do Porto». O hóquei em campo é jogado entre dois Não nos podíamos quedar indiferentes pe- grupos de 11 jogadores cada, num campo rec- rante a alegria dos portistas, ou melhor de tangular com 90 metros de comprido por 55 todos os portuenses, entre os quais tantos há metros de largo, estando as balizas coloca- que são, também, obreiros da Empresa que das a meio das linhas de cabeceira, formadas servimos. por dois postes distanciados de 3,60 metros e Foi alcançada uma velha aspiração da Ci- ligados em cima por uma trave horizontal a dade Invicta, com absoluta justiça e, depois 2,10 metros do solo. de 26 jornadas de abnegação e sacrifício, A bola usada é a do «cricket», de couro aquele Clube demonstrou o seu Valor entre de pintado de branco, não devendo pesar me- os catorze participantes da prova. nos de 165, nem mais de 172 gramas. O «Boletim da C. P.» saúda a Cidade do O hóquei em patins joga-se num rectân- Porto e os seus representantes, cumprimen- gulo de 40x20 metros, com balizas muito re- tando no seu capitão Virgílio, ex-funcionário duzidas (1,25 m de largo por 0,92 m de alto), da C. P.. a equipa que teve a recompensa do empregando-se a mesma bola que é usada no seu comportamento, ostentando hoje, com or- hóquei em campo. gulho e galhardia, o título de Campeão Na- No hóquei sobre o gelo a bola é substi- cional de Futebol. tuída por um disco. O hóquei patinado português tem tido grande actividade internacional, e a sua liequei representação tem-se distinguido entre as O Hóquei é um jogo de equipa disputado outras nações concorrentes aos vários cam- em diversas variantes, as quais são: o hóquei peonatos, razão por que temos posição de em campo, o hóquei sobre o gelo e o hóquei relevo, nesta modalidade. em patins. Curiosidades O seu objectivo é introduzir, nas redes da baliza, uma pequena bola, empurrando-a ou Uma lenda helénica atribui a origem dos batendo-a com um pau recurvado a que se jogos olímpicos a Hércules, mas a História chama estique. afirma que foram estabelecidos pelo rei O hóquei que hoje se pratica, parece ter IFITOS e por conselho do sábio legislador sido difundido pelos ingleses, mas os france- Lycurgo, nove séculos antes da era cristã. ses dizem ser uma derivante de um Velho Também a história nos diz que o primeiro jogo, muito usado no século VIII, a que cha- atleta inscrito se chamou Cérebos, o qual mavam «Crosse», disputado entre grupos que tinha tanta força que nove homens não con- impeliam uma bola com uma haste recurvada seguiam deitá-lo por terra. na ponta inferior. — O primeiro campeão mundial do pugi- 28 Este jogo, porém, deve ter muito mais lismo cientifico foi John L. Sullivan que, em gica, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Por- w tugal, Suécia e Jugoslávia. 0 o a As equipas foram distribuídas em duas sé- :-a ries, cum a seguinte constituição:

Série A Série B Áustria Alemanha 1 Inglaterra Bélgica Itália França Portugal Holanda Jugoslávia Suécia A representação portuguesa em Garmisch As equipas de-cada série jogaram umas com as outras, seguindo-se os jogos necessários, 8 de Julho de 1889, venceu Jake Librain, no entre as equipas das duas séries, para se es- 75.° assalto de uma luta que durou mais de tab-elecer a classificação final, que ficou orde- duas horas. nada da maneira seguinte : — Foi em Cascais, em Outubro de 1888, que pela primeira Vez se realizou em Portu- l.0 — Áustria gal um desafio de futebol. A manhã do dia 2.° — Suécia do sensacional encontro, os componentes das 3.° — Inglaterra duas equipas passaram-na a limpar o terreno 4.° — França de pedras e calhaus que o infestavam. 5.° — Alemanha — Os associados do «Nacional» de Mon- 6.° — Jugoslávia tevideu, em 1945, ofereceram uma casa ao 7.° — Bélgica seu avançado-centro Atílio Garcia, por este, 8.° —Itália em 6 anos da sua carreira, ter marcado nada 9.° —Portugal menos de 3M) golos. 10.° — Holanda — No passado dia 30 de Abril fez cem anos que, por decreto régio assinado por El- A equipa vencedora foi pois a da Áustria, Rei D. Pedro V, foi aprovada a fundação da mas o melhor jogador do torneio foi um in- «Real Associação Naval» hoje Associação glês que, por esse motivo, teve prémio espe- Naval de Lisboa. cial. A baixa classificação da nossa equipa não é de estranhar, visto ter sido a primeira Desporto ferroviário Vez que participou num campeonato interna- cional. Realizou-se em Hammerbach, próximo de A Direcção da União Desportiva dos Fer- Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha, de 28 roviários Alemães soube organizar o torneio de Abril a 2 de Maio findo, o campeonato de maneira excelente, cumulando os seus ferroviário europeu de ténis de mesa, no qual tomou parte uma equipa de ferroviários portugueses. mm A nossa representação, como o Boletim referiu no seu número do mês passado, foi * : constituída pelo maquinista de 2." classe, do 1 Depósito de Sernada, Laurentino Ferreira de O Pinho, da Direcção do Grupo Desportivo de Sernada, como dirigente, e pelos tenistas An- ■.y, tónio Pedro (capitão), António Gondim de : Almeida, António Mário da Silva e Firmino Pereira de Lima (suplente). Participaram no torneio representações de 10 países: Alemanha Ocidental, Áustria, Bél- À saída de (Jarmisch hóspedes das maiores atenções. Como a ferroviárias de Garmisch, e senhoras de suas nossa equipa era totalmente desconhecida, famílias. para sua fácil identificação os organizadores No dia 2 de Maio, iniciou-se a viagem de usaram de um sistema infalível: quando o regresso, mas em Munich os nossos repre- comboio que conduzia os nossos represen- sentantes fizeram ainda, acompanhados por tantes chegou à estação de Garmisch, os or- um intérprete, a visita daquela importante ganizadores aguardavam-nos, na plataforma cidade, e seus principais monumentos. Todos da estação, exibindo uma grande bandeira os participantes trouxeram as melhores recor- portuguesa! Assim se estabeleceu o primeiro dações desta esplêndida digressão despor- contacto. tiva, que muito deve ter contribuído para o Todos os participantes foram recebidos fim visado pela USIC;—a boa amizade e pelo Burgo-mestre da cidade, que lhes dese- camaradagem entre os ferroviários de todos jou as boas vindas, obsequiando-os com um os países! Vinho de honra. -t * * No dia 1 de Maio, depois do almoço, se- guiu-se uma excursão, em , à mon- À semelhança dos anos anteriores, o tanha de Garmisch, que se encontrava co- Grupo Desportivo da C. P. vai realizar no berta de neve, proporcionando um magnífico próximo Verão uma excursão com os seus espectáculo. atletas e na qual participarão igualmente os À noite realizou-se a distribuição dos pré- restantes sócios que para ela se queiram ins- mios, sendo entregue também uma recorda- crever. ção à nossa equipa. Seguiu-se um animado O local da excursão deste ano será a ci- baile, oferecido pelos organizadores, com a dade de Madrid, havendo grande entusiasmo presença de várias personalidades oficiais e por esta visita à capital da Espanha.

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m Escadas - rolantes recente- mente instaladas na estação central de Milão e construídas segundo a técnica mais moder- na. Têm a capacidade de transporte para 8.000 pessoas, por hora, aproximadamente. Com esta inovação e fazendo uso dos ascensores que a es- tação já possuía, torna-se pos- sível dar breve vazão aos 160 000 passageiros que, dia- riamente, afluem à estação central de Milão. i i

30 VAGOES- OTICIARIO -CAMPING

A Conferência anual ferroviária Franco- Têm aumentado consideràvelmente na In- -Hispano-Portuguesa, mais conhecida pelas glaterra as requisições de vagões-campings. iniciais PHF, realiza-se este ano, em 13 e 14 Trata-se de veículos dotados com pequenos do corrente, em Paris. Serão abordados, em compartimentos de 6 beliches, sala de estar pormenor, entre outros, assuntos relativos a e cozinha, inteiramente mobilados e munidos horários comerciais peninsulares e além Piri- de rouparia e apetrechos necessários. néus e, bem assim, importantes questões de Estes vagões podem ser reservados pelos tráfego internacional. interessados mediante aquisição antecipada Quatro agentes representarão a C. P.. de um mínimo de 4 bilhetes inteiros. Os bi- lhetes são emitidos para o trajecto desde a — Foi condecorado pelo Sr. Presidente da estação de embarque até àquela onde os va- República com o grau de cavaleiro da Ordem gões-campings se encontram. Militar de São Tiago, o Sr. António Montês, O aluguer é concedido desde o período da Director do Museu José Malhoa, das Caldas Páscoa até fim de Outubro. Os preços de da Rainha e Chefe de Serviço da C. P.. aluguer variam de £ 5 a £ 12, ou seja de — A Conferência Europeia de Horários 400$00 a 960$00, por semana, consoante a que este ano^ a convite da C. P., se realizará localidade e o período escolhido. O aluguer em Lisboa, de 10 a 20 de Outubro, integrada pode ser feito por uma ou duas semanas. nas comemorações do Centenário, e que terá Quem desejar utilizar as suas férias no a presença de mais de 500 pessoas de todos começo ou no fim da estação de aluguer, os países europeus, decorrerá no Palácio beneficia da redução de preço. Foz, no S. N. I.. — Está elaborado o programa de estudos Campanhã — que por isso mesmo será am- relativos ao anteprojecto de ampliação da es- pliada e remodelada. tação de Campanhã, em obediência à solução considerada mais vantajosa para as ligações — O presidente da União dos Sindicatos ferroviárias Porto-Sul do Douro. O sistema dos Ferroviários, Sr. Joaquim Lourenço de optado é Qaia-Campanhã-Contumil, no qual Moura, foi nomeado procurador à Câmara a estação principal do Porto se localizará em Corporativa.

A estação do Rossio após as obras realizadas com vista à electrificação das linhas de Sintra e do Norte.

31 Mais de 1.000.000 u m a r l o CAIXAS SKP COM ROLAMENTOS DE ROLOS Novas aquisições foram fornecidas desde 1919 a todas par- A Ponte da Arrábida tes do mundo, sendo cerca de 300.000 Talvez não saiba que..., por José Júlio Moreira dessas caixas para vagões de merca- Ferroviários franceses em Portugal dorias. Renovação das Pontes da Beira Alta Caixas SBCSÍF com rolamentos de rolos oferecem: Bom Humor... © Segurança - nenhuma grlpagem Vila do Conde, terra encantadora, por António © Mais quilometragem entre revisões Rodrigues Coutinho 9 Economia de lubrificante A luta contra o desperdício Mais vagões por cada composição Lá por fora Dos Jornais Novidades Ferroviárias Um percalço no cSud-Express", por Guerra Maio Perguntas e respostas Instrução Profissional SOCIEDADE LIMITADA Exposição de Arte no Ateneu Ferroviário LISBOA PORTO Praça da Alegria, 66 A Avenida dos Aliados, 152 Página Desportiva, por Carvalho dos Santos Noticiário diverso Vagões - Camping ■ . ■ •• NA CAPA: Cartaz do nosso concurso do cente- nário, por Luís Penha Coutinho

A maior parte dos distintos ^ Funcionários da C. P. prefere 'f o Calçado « N EI O R K» mm / •- ■A,. 1 Pela razão simples: Cómodo — Elegante — Resistente Fabricante: J. Ferreira da Silva ESCAPÃES — Vila da Feira sm 4 t, .*• Seniores (DDciooârios da C. P. m e da Sociedade Estoril Sempre qne estejam Interesando» em adquirir OOCJ l_ O S> OU L. BC IM-f K: Si derem preferir ■ noesa eaaa porque i - Apreaentamon o maior e maia variado sortido de Armacllci cm massa o metal, - PoBBnimoa o maior Btoek do ientea braneas e de oor, bem oomo de lentes de 3 foeos para ver de longe e perto. - rezemos os descontos máximos qne entras oasaa lhes o'ereeem, idíis mi W vítl U - Garantimos todo o nosso trabalho, eom assistAnda tAcnica permanente c prntuita. ff SOCIEDADE ERICSSON DE PORTUGAL, LDA. DA BUA FILIPB FOLQUB, T. l«*-LI8SOA OCULISTA DE LISBOA, L. ». C . t UaB*». JTIM - Tdcg. i VricsM» RUA DA MADALENA, 182-B (Frente à R. Santa insta]