Transporte Ferroviário Relatório Anual De Segurança De 2013

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Transporte Ferroviário Relatório Anual De Segurança De 2013 Transporte Ferroviário Relatório Anual de Segurança de 2013 2014.09.29 CONTROLO DO DOCUMENTO Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. Avenida das Forças Armadas, nº 40 Elaborado por: 1649-022 Lisboa Portugal Conselho Diretivo Deliberação de 29.09.2014 Aprovado por: Revisto por: José Pinheiro (Eng.º) assinado no original Elaborado por: Emídio Cândido (Eng.º) assinado no original Edição/Revisão: 01 / 2014 Data: 22.09.2014 Tipo de Documento: Relatório Status do documento: Final 2 2 2 ÍNDICE A – Introdução ............................................................................................................................ 3 B – Resumo do desempenho e estratégia de supervisão ..................................................... 6 C - O desenvolvimento da segurança ferroviária .................................................................... 8 D – Supervisão das empresas de transporte ferroviário e do gestor da infraestrutura .... 22 E – O desenvolvimento da certificação e autorização de segurança .................................. 23 F – Alterações relevantes na legislação e regulação ............................................................ 24 G – Aplicação do Método Comum de Segurança de Determinação e Avaliação dos Riscos ................................................................................................................................. 27 H – Referências bibliográficas ................................................................................................. 28 L - Anexos Anexo A – Informação sobre a estrutura do sistema ferroviário ......................................... 30 Anexo B – Informação sobre a organização do IMT,I.P. ....................................................... 38 Anexo C – Indicadores Comuns de Segurança e definições utilizadas .............................. 41 Anexo D – Alterações relevantes na legislação e regulação ................................................ 45 Anexo E – Lista dos acidentes significativos de 2013 .......................................................... 47 3 2 2 A – Introdução A.1 – Objetivos e Âmbito O presente relatório tem como objetivo Ministério da Economia; principal divulgar as atividades Agência Ferroviária Europeia; desenvolvidas pelo IMT,I.P. durante o ano Gabinete de Investigação de de 2013, no quadro das suas competências Segurança e de Acidentes Ferroviários; de Autoridade Nacional de Segurança Gestor da infraestrutura e empresas de ferroviária, nomeadamente, no que respeita transporte ferroviário. a iniciativas para melhorar a segurança do sistema ferroviário; publicação de - No sítio da internet do IMT, I.P. para normativo relevante; desenvolvimento da conhecimento público. certificação e autorização de segurança das empresas e a respetiva supervisão das Estão excluídas do âmbito deste relatório suas atividades. Evidencia-se também a as atividades de transporte realizadas evolução do desempenho e da gestão da noutros sistemas de transporte guiado segurança no caminho de ferro como: metropolitanos, metropolitanos relativamente ao transporte ferroviário de ligeiros de superfície, minicomboios, passageiros e mercadorias realizado na elétricos e instalações por cabo para Rede Ferroviária Nacional. transporte de pessoas. Para além da divulgação destas atividades, é também objetivo do relatório publicar os Indicadores Comuns de Segurança (ICS) A.2 – Mudanças estabelecidos no Anexo V do supracitado organizacionais Decreto-Lei, os quais permitem a medição e avaliação do desempenho da segurança, Durante o ano de 2013 continuou o sendo tais indicadores apresentados no processo de consolidação do IMT - I.P. Anexo C. resultante da aprovação do Dec.Lei 236/2012 de 31 de outubro o qual definiu a Os dados apresentados neste relatório respetiva estrutura orgânica, resultante da foram obtidos através dos relatórios anuais fusão do INIR e do IPTM no IMTT de segurança das empresas de transporte ferroviário e do gestor da infraestrutura, Nesse sentido realizou-se a integração do apresentados ao IMT, I.P., de acordo com pessoal do ex-IPTM e do ex-INIR na o estabelecido no Artigo 66º-C do referido estrutura do IMTT, que no entanto ainda se Decreto-Lei e também de estatísticas manteve inalterada durante 2013. No fornecidas pelo INE. anexo B é apresentado o organograma a em vigor neste ano A verificação da consistência dos dados da sinistralidade e a sua validação final foram Relativamente à estrutura que dentro do feitas seguindo um processo participativo e IMT - I.P. se dedica às questões transparente envolvendo as empresas de ferroviárias e em particular às relacionadas transporte ferroviário e o gestor da com a segurança, não se verificaram em infraestrutura, os quais tiveram a 2013 alterações organizacionais oportunidade de efetuar correções e significativas. alterações, garantindo-se deste modo a fiabilidade dos dados apresentados. Para dar cumprimento às suas atribuições relativas ao transporte rodoviário, A divulgação deste relatório será realizada ferroviária, marítimo e infraestruturas da seguinte forma: rodoviárias em todo o território nacional, o - Diretamente para os seguintes IMT, I.P. dispunha, em 31.12.2013, de um destinatários: efetivo de 820 trabalhadores. 4 Especificamente para a atividade técnica de regulação de segurança nos meios de transporte guiado, como sejam: caminho- de-ferro, metropolitanos, metropolitanos ligeiros de superfície, minicomboios, elétricos e instalações por cabo para transporte de pessoas, o IMT, I.P. dispõe na sua estrutura orgânica do Departamento de Infraestruturas e Equipamentos Ferroviários, integrado na Direção de Serviços de Regulação Técnica e de Segurança, no qual desenvolviam a sua atividade, no final de 2013: - 1 Chefe de Departamento; - 4 Técnicos Superiores. Salienta-se ainda que em 2013 foi nomeado o novo Director para o Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF), depois de este órgão ter estado sem atividade durante dois anos. 5 B – Resumo do desempenho e estratégia para a segurança B.1 – Principais conclusões No ano de 2013 verificou-se um substancial e abrupto principalmente no agravamento da sinistralidade item relativo à deformação da via, o que relativamente a 2012, com mais acidentes indicia problemas com a manutenção e e mortos, embora ainda abaixo dos valores conservação deste ativo fundamental para da média dos últimos dez anos . O ponto a segurança do transporte ferroviário. de inflexão do sentido decrescente da sinistralidade deu-se em 2011, quando se O ano de 2013 ficou marcado pela atingiram os valores mais baixos desde que ocorrência de dois acidentes muito se iniciaram os registos de acordo com a mediatizados, mas cujas consequências metodologia harmonizada desenvolvida em termos de danos pessoais foram pela Agência ferroviária Europeia, que teve felizmente muito reduzidas, não tendo tradução jurídica na publicação de uma ocorrido nenhuma morte, embora os danos Diretiva e subsequente transposição para a materiais tenham sido elevados, em legislação nacional através do Dec.Lei especial no caso do acidente de Alfarelos. 62/2010. O primeiro destes acidentes ocorreu na Na generalidade e em termos de Estação de Alfarelos em 21 de janeiro, em desempenho de segurança, o ano de 2013 resultado da colisão entre um comboio foi pior que o de 2012, tal como ano de o regional que se encontrava imobilizado na de 2012 tinha sido ser pior que o de 2011, entrada da estação e um comboio com a agravante de se ter vindo a registar intercidades que circulava no mesmo um decréscimo da atividade ferroviária, sentido e que por falta de aderência da quer no serviço de transporte de linha não conseguiu parar antes de atingir a passageiros, quer no de mercadorias. Esta cauda do comboio imobilizado. inflexão deriva essencialmente do aumento de acidentes extrínsecos à atividade O segundo acidente consistiu numa nuclear do caminho-de-ferro, mais sequência de dois descarrilamentos concretamente nas interfaces do sistema consecutivos na linha de Cascais no dia 08 com terceiros, traduzida por colisões de de Fevereiro de uma falha técnica no bogie comboios com intrusos do espaço de uma automotora que provocou danos ferroviário e com pessoas que transgridem graves nos equipamentos da via, o que das regras rodoviárias de atravessamento consequentemente levou ao de passagens de nível. descarrilamento de outra automotora. A sinistralidade derivada da normal De ambos os acidentes foram extraídos atividade do sistema, traduzida em mortes ensinamentos que permitiram melhorar e ferimentos de passageiros e procedimentos existentes e introduzir trabalhadores do caminho-de-ferro, outros, no sentido de prevenir a ocorrência mantém-se a nível muito baixo e sem de idênticas situações no futuro. evidência de tendência de agravamento. A inflexão da tendência decrescente da No que diz respeito aos suicídios eles sinistralidade e das situações perigosas diminuíram em 2013 relativamente a 2012, que podem conduzir a acidentes, é estando dentro da média dos últimos dez merecedora de profunda reflexão entre anos. todos os atores do sistema ferroviário, de forma a se identificarem as medidas A tendência de evolução dos precursores correctivas mais adequadas do ponto de de acidentes tem nos últimos dois anos vista técnico e económico. A reversão sido ainda mais negativa do que os desta tendência terá de ser um objetivo acidentes, verificando-se um agravamento partilhado e assumido quer pelas empresas quer pela autoridade. 6 B.2 – Estratégia nacional de B.3 – Áreas prioritárias a segurança, iniciativas
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