Rc: 30191 - Issn: 2448-0959

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Rc: 30191 - Issn: 2448-0959 Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento - RC: 30191 - ISSN: 2448-0959 https://www.nucleodoconhecimento.com.br/lei/lava-jato Lava-Jato: uma leitura da investigação que está a serviço da ética e da moralidade ARTIGO ORIGINAL PINTO, Aloísia Carneiro da Silva [1] PINTO, Aloísia Carneiro da Silva. Lava-Jato: uma leitura da investigação que está a serviço da ética e da moralidade. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 06, pp. 32-55 Maio de 2019. ISSN: 2448-0959 RESUMO O objetivo precípuo deste artigo é descrever, mesmo que brevemente, a maior operação de investigação anticorrupção que vitimou a Petrobrás. Começo por elucidar a origem do termo que nomeia a operação e logo após, descrevo as nuances do esquema, citando os envolvidos e as tarefas de cada um. Discutindo também o funcionamento do cartel nos processos de licitação entre as empresas que ajustavam entre si os resultados das licitações da Petrobrás. Trata-se de um quadro de corrupção sistêmica, a qual se constituiu num comportamento reiterado de esquema de cobrança de propina por parlamentares, executivos da estatal e também partidos políticos que mantinham nos cargos os dirigentes da Petrobrás. Descrevendo cada denúncia, percebe-se que a força das provas evidenciaram a materialidade do crime e revelou a participação de políticos, o que deu maior dimensão ao caso. A operação representa uma conquista da democracia brasileira. Há uma visão positiva no enfrentamento à corrupção, é importante seguir firme para garantir os trabalhos da investigação no sentido de punir os agentes delinquentes que criaram um sistema de privilégios decorrentes de práticas ilícitas. A operação Lava Jato começou a esgarçar o pacto pela corrupção. Palavras-Chave: Corrupção, Petrobrás, Propina, Cartel, Gestão fraudulenta. INTRODUÇÃO Insisto em discutir a corrupção. É algo que me incomoda substancialmente e acredito que artigos são um artefato de aprimoramento das observações sociais. Acreditando que esta operação demonstra o funcionamento do Sistema Judicial e da Polícia Federal, que não está a serviço de fazer valer as normas 1 / 20 Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento - RC: 30191 - ISSN: 2448-0959 https://www.nucleodoconhecimento.com.br/lei/lava-jato processuais penais para prender apenas os pobres. Uma operação que mostrou que precisamos nos incomodar com a naturalização da cultura da desonestidade, e por isso vale a pena conhecer, ainda que em apertada síntese, a operação que investigou um comportamento reiterado e serial, organizado e sistêmico de corrupção que desviou milhões de dólares e reais do povo brasileiro. Este texto intenciona apresentar uma síntese da maior investigação de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Tema que está na ordem do dia, é o assunto mais falado em todos os ambientes independente de ser quando se discute ética, política ou moral. Para tratar do tema, começo por elucidar a origem do termo que nomeia a operação anticorrupção e logo após, descrevo as nuances do esquema, citando os envolvidos e as tarefas de cada um. Mais adiante, se vê o funcionamento do cartel nos processos de licitação entre as empresas que ajustavam entre si os resultados das licitações da Petrobrás. Trata-se de um quadro de corrupção sistêmica, a qual se constituiu num comportamento reiterado de esquema de cobrança de propina para parlamentares, executivos da estatal e também para partidos políticos que mantinham nos cargos os dirigentes da Petrobrás. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal trabalharam de modo integrado. Ambos foram e são essenciais para o sucesso do caso. As medidas solicitadas à Justiça e operacionalizadas pela Polícia foram feitas com o aval e concordância do Ministério Público, e as atividades dos procuradores da República contaram com a concordância e o apoio da PF. O texto evolui para demonstrar as denúncias e o método de investigação. Por fim, foi constatado que de fato havia um quadro de corrupção sistêmica na Petrobrás, em que seus contratos eram vinculados a pagamento de propinas a executivos da estatal, a agentes públicos e dirigentes de empresas fornecedoras. O que se afirmou e se comprovou nas investigações é que a propina era dividida entre políticos e partidos políticos. As investigações revelaram provas de que todo grande contrato da estatal envolveu um significativo pagamento de propina, uma captura pra finalidades privadas com o objetivo de enriquecer executivos da estatal, dirigentes de empresas e agentes políticos. A ideia do escrito é chamar a atenção para o fato de que esta investigação deu à sociedade brasileira a esperança de que a justiça funciona para responsabilizar todos os que transgridem a lei, mesmo que se envolva pessoas poderosas econômica e politicamente. CAPÍTULO I A SEMÂNTICA A denominação “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se consagrou. Trata-se da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobrás, maior estatal do país, seja de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de corrupção que envolve a companhia. No primeiro momento da investigação, perante a Justiça Federal em Curitiba, (a 13ª Vara Federal de Curitiba é competente para processar esses casos, pois concentra os processos em primeira instância da operação “lava jato”) foram investigadas e processadas 2 / 20 Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento - RC: 30191 - ISSN: 2448-0959 https://www.nucleodoconhecimento.com.br/lei/lava-jato quatro organizações criminosas lideradas por doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobrás. O ESQUEMA A Lava Jato começou em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao ex- deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos nos crimes os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater. Alberto Youssef era um antigo conhecido dos procuradores da República e policiais federais. Ele já havia sido investigado e processado por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro no caso Banestado, no qual Alberto Youssef, personagem central do caso Lava Jato, já foi investigado, processado e preso, em 2003, em decorrência de sua atuação no mercado clandestino de dólares, após a apuração de um dos maiores esquemas criminosos que já existiu, o “Esquema CC5”, também conhecido como “Caso Banestado”. Youssef foi um dos maiores doleiros do Brasil, atuando no mercado atacadista, em que provia dólares para outros doleiros e alguns clientes especiais. A metodologia se dava em três etapas: a primeira tratando do fornecimento de dólares em espécie (mercado de balcão), os quais, não raro, eram trazidos do Paraguai e transportados para o destino em avião, que ele próprio pilotava. A segunda era por meio do esquema de laranjas e contas CC5 (de não residentes no Brasil), utilizadas para remeter, ilegalmente, bilhões de reais ao exterior no fim da década de 1990 e início da década seguinte. A terceira forma de operação era a realização de operações de dólar-cabo, que viabilizavam a remessa de dinheiro sujo para o exterior, bem como o ingresso de ativos, de modo oculto. Em resumo, essas três formas facilitavam a lavagem de dinheiro oriundo dos mais diversos crimes. No final de 2003, Alberto Youssef assinou com o Ministério Público o primeiro acordo de colaboração clausulada da história brasileira, em que se comprometia a colaborar com a investigação e a não mais cometer crimes. A colaboração do doleiro permitiu a investigação de centenas de crimes, tendo sido colhidos documentos e dezenas de depoimentos, o que pode ser considerado uma das mais frutíferas colaborações da história. As investigações foram conduzidas por uma equipe conhecida como “força- tarefa do caso Banestado” ou “força-tarefa CC5”, formada por procuradores da República e delegados da Polícia Federal no Paraná, vários dos quais integram hoje a equipe do caso Lava Jato. No caso Banestado, foram feitos mais de 20 acordos de colaboração, recuperando-se aproximadamente R$ 30 milhões só em função dos acordos. Centenas de pessoas foram acusadas por crimes contra o sistema financeiro nacional, de lavagem de dinheiro, de formação de quadrilha e de corrupção, obtendo-se 97 condenações. As autuações fiscais decorrentes do caso chegaram a cifras bilionárias. Mais de uma centena de pedidos de cooperação internacional foram feitos, intensificando a cooperação entre o Brasil e outros países de modo nunca antes visto na história. Em julho de 2013, a investigação começa a monitorar as conversas do doleiro Carlos Habib Chater. Pelas interceptações, foram identificadas quatro organizações criminosas que se relacionavam entre si, todas lideradas por doleiros. A primeira era chefiada por Chater (cuja investigação ficou conhecida como “Operação Lava Jato”), a segunda, por Nelma Kodama (cuja investigação foi chamada “Operação Dolce Vita”); a terceira, por Alberto Youssef (cuja apuração foi nomeada “Operação Bidone”); e a quarta, por Raul Srour (cuja investigação foi denominada “Operação Casa Blanca”).
Recommended publications
  • Gazeta Do Povo
    Sexta-feira, 25 de abril de 2014 Gazeta do Povo Editorial / O acerto de Rosa Weber Ao determinar que a CPI da Petrobras se concentre nas denúncias sobre a estatal, a ministra respeita a Constituição e a jurisprudência sobre o tema. “Ainda há juízes em Berlim!”, proclamou – diz a lenda – o agricultor alemão que, vendo-se ameaçado pelos agentes do rei para que doasse ao monarca parte de sua propriedade, depositou sua esperança na Justiça, que seria mais forte para garantir seus direitos e se sobrepor à tirania. Ainda há juízes também em Brasília: a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber enfrentou as pressões do Planalto e sentenciou: se a minoria do Senado conseguiu votos suficientes para instaurar uma CPI exclusiva para investigar desmandos na Petrobras, não pode a maioria enxertá-la de adendos que desfigurem o objeto principal. A derrota dos governistas já era tida como certa – tão certa que, mesmo antes de se conhecer a liminar de Rosa Weber, já se davam os primeiros passos para não obedecê-la, ou melhor, para não dar-lhe sentido prático. Com a ajuda do sempre solícito senador Renan Calheiros, presidente do Senado, a situação agora manobra para retardar ao máximo a instalação da CPI. Uma das manobras previstas, que pode resultar em debates intermináveis e inclusivos durante semanas, é aquela em que a base aliada não indica membros para compor a comissão; ou, quando indicá-los, passar para outra fase do processo deliberadamente procrastinatório de discutir a que partidos e a que nomes caberão a presidência e a relatoria.
    [Show full text]
  • Escola De Direito De Brasília Instituto Brasiliense De Direito Público
    ESCOLA DE DIREITO DE BRASÍLIA INSTITUTO BRASILIENSE DE DIREITO PÚBLICO MARCOS ROGÉRIO DA SILVA BRITO CONTROLE POLÍTICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO: CPI PETROBRAS 2015 BRASÍLIA, 2019 1 MARCOS ROGÉRIO DA SILVA BRITO CONTROLE POLÍTICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO: CPI PETROBRAS 2015 Dissertação apresentada à Escola de Administração Pública do Instituto Brasiliense de Direito Público como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração Pública Orientadora: Profª. Dra. Luciana Silva Garcia BRASÍLIA, 2019 2 Brito, Marcos Rogério da Silva Controle Político da Administração Pública pelas Comissões Parlamentares de Inquérito: CPI PETROBRAS 2015 / Brito, Marcos Rogério da Silva – Brasília: 2019. XX f. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Instituto Brasiliense de Direito Público, Escola de Administração Pública, 2019. Orientação: Prof. Luciana Garcia Silva PETROBRAS 2. CPI 3. Corrupção no Brasil 4. Controle Político 5. Poder Legislativo 3 MARCOS ROGÉRIO DA SILVA BRITO CONTROLE POLÍTICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO: CPI PETROBRAS 2015 Dissertação apresentada à Escola de Administração Pública do Instituto Brasiliense de Direito Público como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração Pública. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA Profª. Dra. Luciana Silva Garcia (Orientadora) Prof. Dr. Raphael Machado (Banca Examinadora) Prof. Dr. Caio Cordeiro de Resende (Banca Examinadora) 4 À minha filha Andressa, por me inspirar a ser uma pessoa melhor e me encorajar na busca de novos conhecimentos. 5 AGRADECIMENTOS Esta dissertação foi fruto de muita pesquisa e diálogo com amigos, professores e pessoas do setor público, que acabaram contribuindo com o desenvolvimento e o resultado final. Em primeiro lugar, agradeço a minha orientadora, professora Luciana Silva Garcia, por sua paciência e contribuições relevantes para o aprimoramento deste trabalho.
    [Show full text]
  • 14/11/2014 Evento 10
    14/11/2014 Evento 10 - DESP1 https://eproc.jfpr.jus.br/eprocV2/controlador.php?acao=acessar_documento_pu blico&doc=701415622198137210010000000001&evento=70141, 1/52 PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO CRIMINAL Nº 5073475- 13.2014.404.7000/PR REQUERENTE : POLÍCIA FEDERAL/PR ACUSADO : A APURAR MPF : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DESPACHO/DECISÃO Trata-se de representação da autoridade policial por medidas de investigação e por medidas coercitivas relacionadas a assim denominada Operação Lavajato (evento 1). Ouvido, o Ministério Público Federal posicionou-se favoravelmente aos requerimentos da autoridade policial, com algumas discordâncias (evento 7). Agregou requerimentos próprios A autoridade policial apresentou esclarecimentos no evento 8. Passo a decidir. Tramitam por este Juízo diversos inquéritos, ações penais e processos incidentes relacionados à assim denominada Operação Lavajato. Já foram propostas dez ações penais e ainda há investigações em andamento que podem resultar em outras. A dez já propostas tem os números 5025687- 03.2013.2014.404.700, 5047229-77.2014.404.7000, 5026663- 10.2014.404.7000, 5025699-17.2014.404.7000, 5049898-06.2014.404.7000, 5026212-82.2014.404.7000, 5025692-25.2014.404.7000, 5026243- 05.2014.404.7000, 5025676-71.2014.404.7000 e 5025695- 77.2014.404.7000. Duas delas já foram julgadas, outras aproximam-se da fase de julgamento. Em breve síntese, na Operação Lavajato, foram identificados quatro grupos criminosos dedicados principalmente à prática de lavagem de dinheiro e de crimes financeiros no âmbito do mercado negro de câmbio. Os quatro grupos seriam liderados pelos supostos doleiros Carlos Habib Chater, Alberto Youssef, Nelma Mitsue Penasso Kodama e Raul Henrique Srour.
    [Show full text]
  • Enciclopédia Do Golpe Vol 1
    ENCICLOPÉDIA DO GOLPE VOL. 1 COORDENADORES Giovanni Alves Mirian Gonçalves Maria Luiza Quaresma Tonelli Wilson Ramos Filho ORGANIZADORA Barbara Caramuru Teles ENCICLOPÉDIA DO GOLPE VOL. 1 1ª edição 2017 Bauru, SP Copyright© Projeto Editorial Praxis, 2017 Coordenador do Projeto Editorial Praxis Prof. Dr. Giovanni Alves Conselho Editorial Prof. Dr. Giovanni Alves (UNESP) Prof. Dr. Ricardo Antunes (UNICAMP) Prof. Dr. José Meneleu Neto (UECE) Prof. Dr. André Vizzaccaro-Amaral (UEL) Profa. Dra. Vera Navarro (USP) Prof. Dr. Edilson Graciolli (UFU) Capa Giovanni Alves Foto da capa Francisco Proner Ramos Curador jurídico Reinaldo Santos de Almeida Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) E5617 Enciclopédia do golpe – Vol. I / Giovanni Alves et al. (coord.). — Bauru: Canal 6, 2017. 285 p. ; 23 cm. (Projeto Editorial Praxis) ISBN 978-85-7917-459-9 1. Direito – Brasil – Enciclopédia 2. Direito constitucional 3. Impeachment – Brasil I. Alves, Giovanni. II. Gonçalves, Mirian. III. Tonelli, Maria Luiza Quaresma. IV. Ramos Filho, Wilson. V. Título. CDD 340.03 Projeto Editorial Praxis Free Press is Underground Press www.editorapraxis.com.br Impresso no Brasil/Printed in Brazil 2017 Os verbetes publicados são de responsabilidade exclusiva dos autores, à luz dos direitos fundamentais de consciência e de expressão, e não correspondem necessariamente à posição da Editora, dos organizadores, coordenadores e curador jurídico da obra. Esse primeiro volume é dedicado a Luiz Alberto Moniz Bandeira, recentemente falecido. Perdemos um amigo, a Esquerda perdeu um de seus mais refinados intelectuais. Quem mais perdeu, todavia, foi o Brasil. Perdemos a Democracia, perdemos a ilusão da estabilidade institucional e democrática irreversível, mas não perdemos – inspirados por nosso homenageado, jamais perderemos – a esperança e os ideais que nos movem, e alimentam.
    [Show full text]
  • Universidade Federal De Juiz De Fora Faculdade De Direito Thainá Almeida De Freitas
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE DIREITO THAINÁ ALMEIDA DE FREITAS A SERENDIPIDADE NAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS E A ADMISSIBILIDADE PROCESSUAL DAS PROVAS FORTUITAMENTE OBTIDAS: a gênese da Operação Lava Jato Juiz de Fora 2018 THAINÁ ALMEIDA DE FREITAS A SERENDIPIDADE NAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS E A ADMISSIBILIDADE PROCESSUAL DAS PROVAS FORTUITAMENTE OBTIDAS: a gênese da Operação Lava Jato Monografia apresentada à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel. Na área de concentração Direito Processual Penal, sob orientação da Professora Dra. Marcella Alves Mascarenhas Nardelli. Juiz de Fora 2018 FOLHA DE APROVAÇÃO THAINÁ ALMEIDA DE FREITAS A SERENDIPIDADE NAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS E A ADMISSIBILIDADE PROCESSUAL DAS PROVAS FORTUITAMENTE OBTIDAS: a gênese da Operação Lava Jato Monografia apresentada à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel. Na área de concentração Direito Processual Penal, submetido à Banca Examinadora composta pelos membros: Orientador: Prof. Dra. Marcella Alves Mascarenhas Nardelli Universidade Federal de Juiz de Fora Prof. Dr. João Beccon de Almeida Neto Universidade Federal de Juiz de Fora Prof. Me. Felipe Fayer Mansoldo Universidade Federal de Juiz de Fora PARECER DA BANCA ( ) APROVADO ( ) REPROVADO Juiz de Fora, 20 de novembro de 2018 Dedico este trabalho à minha família e a todos que contribuíram para sua realização. “A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espetacular, ela é fundamentalmente espetaculosa. No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo.
    [Show full text]
  • A Deslegitimação Do Parlamento Brasileiro Na CPI Da Petrobrás: Um Estudo Sobre a Dinâmica Psicopolítica Da Perda De Confiança E Credibilidade
    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Vanilda Aparecida dos Santos A deslegitimação do Parlamento brasileiro na CPI da Petrobrás: um estudo sobre a dinâmica psicopolítica da perda de confiança e credibilidade. DOUTORADO EM PSICOLOGIA SOCIAL SÃO PAULO 2016 0 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA SOCIAL PUC-SP Vanilda Aparecida dos Santos A deslegitimação do Parlamento brasileiro na CPI da Petrobrás: um estudo sobre a dinâmica psicopolítica da perda de confiança e credibilidade. DOUTORADO EM PSICOLOGIA SOCIAL Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de DOUTOR em Psicologia Social, sob a orientação do Prof. Dr. Salvador Antonio Mireles Sandoval. São Paulo 2016 1 Banca Examinadora _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ 1 SANTOS, Vanilda Ap. A deslegitimação do Parlamento brasileiro na CPI da Petrobrás: um estudo sobre a dinâmica psicopolítica da perda de confiança e credibilidade. Tese de Doutorado. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016. Resumo O escândalo da corrupção na Petrobrás deflagrado pela Operação Lava Jato e veiculado diariamente pela mídia afetou a confiança dos investidores do mundo em todo o mercado brasileiro. Entretanto, os efeitos da corrupção não caíram apenas sobre o desempenho das instituições econômicas, mas também geraram desconfiança nas instituições públicas e nos agentes políticos. Tendo em vista o envolvimento de autoridades políticas no escândalo da corrupção da Petrobrás, esta pesquisa tem como objetivo analisar como a corrupção, entendida como desobediência às leis, minou a legitimidade dos parlamentares e das instituições políticas no Brasil.
    [Show full text]
  • 12/05/2015 LOCAL: Assembleia INÍCIO: 09H41min TÉRMINO: 18H40min PÁGINAS: 270 Legislativa De Curitiba
    CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL Versão para registro histórico Não passível de alteração CPI - PETROBRAS EVENTO: Audiência Pública REUNIÃO Nº: 0542/15 DATA: 12/05/2015 LOCAL: Assembleia INÍCIO: 09h41min TÉRMINO: 18h40min PÁGINAS: 270 Legislativa de Curitiba DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO NELMA MITSUE PENASSO KODAMA - Depoente. RENÊ LUIZ PEREIRA - Depoente. JOÃO LUIZ CORREIA ARGÔLO DOS SANTOS - Depoente. ANDRÉ LUIZ VARGAS ILÁRIO - Depoente. PEDRO DA SILVA CORRÊA DE OLIVEIRA ANDRADE NETO - Depoente. CARLOS HABIB CHATER - Depoente. RICARDO HOFFMANN - Depoente. SUMÁRIO Tomada de depoimentos. OBSERVAÇÕES A reunião foi suspensa e reaberta. Há oradores não identificados em breves intervenções. Houve intervenções fora do microfone. Inaudíveis. Houve intervenções ininteligíveis. Há palavras ou expressões ininteligíveis. Grafia não confirmada: Coralchi, Camon. CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL CPI - PETROBRAS Número: 0542/15 12/05/2015 O SR. PRESIDENTE (Deputado Hugo Motta) - Cumpridas as normas regimentais, declaro aberta a 18ª Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito da empresa Petróleo Brasileiro S/A — PETROBRAS, entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela PETROBRAS com o fim de praticar atos ilícitos;
    [Show full text]
  • Raul Srour, E Que Foi Denegado Pelo Egrégio Tribunal Regional Federal Da 4ª Região
    Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 13ª Vara Federal de Curitiba Av. Anita Garibaldi, 888, 2º andar ­ Bairro: Ahu ­ CEP: 80540­400 ­ Fone: (41)3210­1681 ­ www.jfpr.jus.br ­ Email: [email protected] AÇÃO PENAL Nº 5025692­25.2014.4.04.7000/PR AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RÉU: RAUL HENRIQUE SROUR RÉU: MARIA JOSILENE COSTA SENTENÇA 13.ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE CURITIBA PROCESSO n.º 5025692­25.2014.404.7000 AÇÃO PENAL Autor: Ministério Público Federal Réus: 1) Raul Henrique Srour, brasileiro, casado, empresário, nascido em 01/07/1961, filho de Roberto Henry Srour e de Olga Pagura Srour, portador do documento de identidade RG n.º 5.224.462­3 SSP/SP, inscrito no CPF sob o n.º 043.719.548­12, residente e domiciliado na Rua Emílio Pedutti, n.º 126, casa, Morumbi, São Paulo/SP; 2) Maria Josilene Costa, brasileira, divorciada, cuidadora de idosos, nascida em 20/02/1968, filha de Geraldo Magela da Costa e Maria José de Jesus, portadora da CIRG nº 24.592.962­9 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 135.550.328­ 01, residente e domiciliada na Rua Vilar Formoso, n.º 19, São Paulo/SP I. RELATÓRIO 1. Trata­se de ação penal proposta pelo MPF pela prática de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. 2. Em síntese, segundo a denúncia (evento 1), o acusado Raul Henrique Srour seria um grande operador do mercado de câmbio negro, envolvido na prática de diversos crimes financeiros, atuando os demais acusados originários deste processo, Rodrigo Srour, Rafael Srour, Valmir França e Maria Lúcia Cardena, como seus auxiliares.
    [Show full text]
  • Empreiteiras Preventiva
    Página 1 de 51 PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO CRIMINAL Nº 5073475-13.2014.404.7000/PR REQUERENTE : POLÍCIA FEDERAL/PR ACUSADO : A APURAR MPF : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DESPACHO/DECISÃO Trata-se de representação da autoridade policial por medidas de investigação e por medidas coercitivas relacionadas a assim denominada Operação Lavajato (evento 1). Ouvido, o Ministério Público Federal posicionou-se favoravelmente aos requerimentos da autoridade policial, com algumas discordâncias (evento 7). Agregou requerimentos próprios A autoridade policial apresentou esclarecimentos no evento 8. Passo a decidir. Tramitam por este Juízo diversos inquéritos, ações penais e processos incidentes relacionados à assim denominada Operação Lavajato. Já foram propostas dez ações penais e ainda há investigações em andamento que podem resultar em outras. A dez já propostas tem os números 5025687- 03.2013.2014.404.700, 5047229-77.2014.404.7000, 5026663-10.2014.404.7000, 5025699- 17.2014.404.7000, 5049898-06.2014.404.7000, 5026212-82.2014.404.7000, 5025692- 25.2014.404.7000, 5026243-05.2014.404.7000, 5025676-71.2014.404.7000 e 5025695- 77.2014.404.7000. Duas delas já foram julgadas, outras aproximam-se da fase de julgamento. Em breve síntese, na Operação Lavajato, foram identificados quatro grupos criminosos dedicados principalmente à prática de lavagem de dinheiro e de crimes financeiros no âmbito do mercado negro de câmbio. Os quatro grupos seriam liderados pelos supostos doleiros Carlos Habib Chater, Alberto Youssef, Nelma Mitsue Penasso Kodama e Raul Henrique Srour. A investigação, com origem nos inquéritos 2009.7000003250-0 e 2006.7000018662-8, tinha por objeto inicial supostas operações de lavagem de produto de crimes contra a Administração Pública e que teriam se consumado com a realização de investimentos industriais, com recursos criminosos, na cidade de Londrina/PR.
    [Show full text]
  • Matheus Castro Almeida Prado De Siqueira P.Pdf
    UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO POLÍTICO E ECONÔMICO CIDADANIA E PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Paradigma da Operação Lava Jato Matheus Castro Almeida Prado de Siqueira SÃO PAULO – 2018 Matheus Castro Almeida Prado de Siqueira CIDADANIA E PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Paradigma da Operação Lava Jato Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como requisito para obtenção do título de Mestre em Direito Político e Econômico. Orientador: Professor Doutor José Carlos Francisco SÃO PAULO – 2018 S618c Siqueira, Matheus Castro Almeida Prado de. Cidadania e princípio do juiz natural : paradigma da Operação Lava Jato / Matheus Castro Almeida Prado de Siqueira. – 2018. 153 f. ; 30 cm Dissertação (Mestrado em Direito Político e Econômico) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2018. Orientador: José Carlos Francisco. Referências bibliográficas: f. 12 8-133. 1. Cidadania. 2. Princípio do juiz natural. 3. Princípio do Promotor natural. 4. Competência jurisdicional. 5. Operação Lava Jato. I. Francisco, José Carlos, orientador . II. Título CDDir 341.438 Bibliotecário Responsável: Hernani Correa Medola – CRB 8/9942 Agradecimentos A realização deste trabalho não seria possível sem o suporte e o apoio incondicional dados pelos meus pais Aurea e Francisco os quais estão sempre dispostos a me ajudar e auxiliar em quaisquer das questões da vida. Agradeço também ao meu orientador Professor Doutor José Carlos Francisco pelo incentivo ao estudo da temática do princípio do juiz natural, bem como por todo o auxílio dado para o seu adequado desenvolvimento. Agradeço aos Professores Doutores Guilherme Madeira Dezem e José Marcos Lunardelli, pelas valiosas e construtivas críticas ao trabalho quando da banca de qualificação.
    [Show full text]
  • Resenha De 29 Set 2014
    Resenha de 29 Set 2014 Resenha Diária 29/9/12 2 MINISTÉRIO DA DEFESA 29 SET 14 EXÉRCITO BRASILEIRO Resenha GABINETE DO COMANDANTE Diária Segunda-feira CCOMSEX Elaborado pelo Centro de Comunicação Social do Exército DESTAQUES O GLOBO - Dilma é cobrada por Petrobras no debate FOLHA DE S. PAULO - Prisão de ex-senador pode ajudar a reaver até R$ 2 bi O ESTADO DE S. PAULO - Presidente é centro de Ataques em debate tenso VALOR ECONÔMICO - Após vistoria, ameaça de bomba é descartada em voo da Avianca CORREIO BRAZILIENSE - EUA reconhecem ter subestimado jihadistas REVISTA VERDE-OLIVA - “LIBERATORI” Continuação da Resenha Diária 29/9/14 3 Dilma é cobrada por Petrobras no debate Germano Oliveira, Renato Onofre, Sérgio Roxo e Tiago Dantas Presidente diz que foi ela quem demitiu diretor envolvido em corrupção; Marina abordou política do etanol Com o governo sendo o principal alvo de ataques no debate entre os candidatos à Presidência na TV Record, a presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a pedir três direitos de resposta em uma hora. Dilma foi questionada sobre escândalos na Petrobras por Aécio Neves (PSDB) e rebateu perguntando se o tucano não privatizaria a empresa. Com Marina Silva (PSB), a presidente travou embate sobre CPMF e etanol. -SÃO PAULO- Ao ser o principal alvo de ataques durante o debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado ontem pela TV Record, Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, fez questão de tentar rebater as críticas. Confrontada com denúncias de corrupção no seu governo, especialmente envolvendo a Petrobras, Dilma chegou a pedir três direitos de resposta em uma hora.
    [Show full text]
  • Universidade Federal Fluminense Faculdade De Direito Bacharelado Em Direito
    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE DIREITO BACHARELADO EM DIREITO STÉPHANIE GARRIDO RIBEIRO DE MORAES VIZANI INDEVIDAMENTE AUFERIDO, DEVIDAMENTE DEVOLVIDO Os rastros deixados pela corrupção e os valores recuperados pela Lava Jato Niterói 2017 STÉPHANIE GARRIDO RIBEIRO DE MORAES VIZANI INDEVIDAMENTE AUFERIDO, DEVIDAMENTE DEVOLVIDO Os rastros deixados pela corrupção e os valores recuperados pela Lava Jato Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Me. Paulo Roberto dos Santos Corval Niterói 2017 Universidade Federal Fluminense Superintendência de Documentação Biblioteca da Faculdade de Direito V864 Vizani, Stéphanie Garrido Ribeiro de Moraes Indevidamente auferido, devidamente devolvido: os rastros deixados pela corrupção e os valores recuperados pela Lava Jato/Stéphanie Garrido Ribeiro de Moraes Vizani – Niterói, 2017. 88 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Universidade Federal Fluminense, 2017. 1. Direito financeiro 2. Operação Lava Jato. 3. Corrupção. 4. Recuperação. 5. Moeda. I. Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Direito, Instituição responsável II. Título. CDD 341.38 STÉPHANIE GARRIDO RIBEIRO DE MORAES VIZANI INDEVIDAMENTE AUFERIDO, DEVIDAMENTE DEVOLVIDO Os rastros deixados pela corrupção e os valores recuperados pela Lava Jato Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito
    [Show full text]