Resenha De 29 Set 2014
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Resenha de 29 Set 2014 Resenha Diária 29/9/12 2 MINISTÉRIO DA DEFESA 29 SET 14 EXÉRCITO BRASILEIRO Resenha GABINETE DO COMANDANTE Diária Segunda-feira CCOMSEX Elaborado pelo Centro de Comunicação Social do Exército DESTAQUES O GLOBO - Dilma é cobrada por Petrobras no debate FOLHA DE S. PAULO - Prisão de ex-senador pode ajudar a reaver até R$ 2 bi O ESTADO DE S. PAULO - Presidente é centro de Ataques em debate tenso VALOR ECONÔMICO - Após vistoria, ameaça de bomba é descartada em voo da Avianca CORREIO BRAZILIENSE - EUA reconhecem ter subestimado jihadistas REVISTA VERDE-OLIVA - “LIBERATORI” Continuação da Resenha Diária 29/9/14 3 Dilma é cobrada por Petrobras no debate Germano Oliveira, Renato Onofre, Sérgio Roxo e Tiago Dantas Presidente diz que foi ela quem demitiu diretor envolvido em corrupção; Marina abordou política do etanol Com o governo sendo o principal alvo de ataques no debate entre os candidatos à Presidência na TV Record, a presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a pedir três direitos de resposta em uma hora. Dilma foi questionada sobre escândalos na Petrobras por Aécio Neves (PSDB) e rebateu perguntando se o tucano não privatizaria a empresa. Com Marina Silva (PSB), a presidente travou embate sobre CPMF e etanol. -SÃO PAULO- Ao ser o principal alvo de ataques durante o debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado ontem pela TV Record, Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, fez questão de tentar rebater as críticas. Confrontada com denúncias de corrupção no seu governo, especialmente envolvendo a Petrobras, Dilma chegou a pedir três direitos de resposta em uma hora. FERNANDO DONASCI Presidenciáveis. À esquerda, na bancada, Aécio Neves e Dilma Rousseff; do lado direito, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge e Marina Silva: escândalos da Petrobras, etanol e segurança foram abordados O candidato Aécio Neves, do PSDB, disse que não vê a presidente Dilma indignada com os escândalos que envolvem a Petrobras e políticos do PT, PMDB e PP, que ele classificou como “vergonhosos”. Pastor Everaldo, do PSC, e Levy Fidelix, do PRTB também criticaram as denúncias durante suas falas. COMBATE À CORRUPÇÃO No único direito de resposta que foi aceito, a presidente saiu em defesa do seu governo: — Uma coisa tem que ficar clara, quem demitiu o Paulo Roberto (ex- diretor de Abastecimento da Petrobras, preso na Operação Lava-Jato) fui eu. E a Polícia Federal, no meu governo, foi quem investigou todo esses ilícitos. Eu fui a única candidata que apresentou propostas para o combate da corrupção. Ela voltou a falar sobre o assunto no segundo bloco, ao ser questionada por uma jornalista sobre segurança pública: — Queria dizer ainda que eu tenho tido tolerância zero com a corrupção. Não varri nada para debaixo de tapete. Não criei nenhum engavetador geral da República. No início do debate, Dilma havia pedido dois direitos de resposta para inutilizar os ataques feitos por Aécio Neves, Marina Silva e Pastor Everaldo (PSC) quando não estava sendo questionada. Os dois pedidos foram rejeitados pela direção do debate. O terceiro pedido não tinha a ver com os casos de corrupção. Ela foi acusada pelo pastor Everaldo de ser autoritária por “tirar um minuto do programa de TV”. O ataque mais contundente às denúncias da Petrobras foi feito por Aécio Neves, ao responder uma pergunta feita pela própria Dilma. A presidente quis saber se o senador mineiro poderia se comprometer a não privatizar a Petrobras, citando um discurso feito por ele em março de 1997, quando o tucano disse que poderia discutir a privatização da estatal. — Não vamos privatizá- la. Vou tirar das mãos desse grupo político que tomou conta da Petrobras. É vergonhoso. As denúncias não cessam. E não vejo a senhora dizendo: ‘não é possível que fizeram isso’. Essa indignação está faltando. O assunto voltou à tona em uma pergunta feita pelo pastor Everaldo para Levy Fidelix: — Dilma disse que não tinha ideia do que estava acontecendo. O senhor acha que ela não tinha ideia mesmo? O candidato do PRTB respondeu que acredita que a presidente “não tem a menor ideia disso (escândalo da Petrobras), como de outras coisas” e citou problemas no orçamento e gastos públicos. Até o início do segundo bloco, Marina Silva não havia feito nenhum comentário sobre corrupção. A candidata do PSB preferiu centrar os ataques do governo na crise do etanol. A presidente aproveitou o tempo da resposta para falar de outros assuntos que haviam sido levantados por outros candidatos: citou o programa federal de remédios gratuitos, a modernização das Forças Armadas e a produção de energia por meio de hidrelétricas. POLÊMICA DA CPMF Dilma havia partido para o ataque contra Marina logo na primeira pergunta do debate, declarando que a candidata do PSB havia sido contra a aprovação da CPMF: — A senhora mudou de partido quatro vezes, mudou de posição de um dia para outro em temas como CLT, homofobia e pré-sal. Em sua resposta, a ex-senadora do Acre disse que votou a favor da CPMF, uma vez para a criação do fundo de combate a pobreza e lembrou que as principais lideranças do PT à época eram contrárias. A candidata falou sobre ataques que vem recebendo: — Mudei de partido para não mudar de ideias e princípios — disse Marina. — Não sou nem oposição raivosa nem situação cega. Tive prática coerente vida toda. Defendi CPMF para fundo de combate a pobreza e essa é mais uma das conversas que o PT tem colocado para deturpar. Enquanto os candidatos com mais intenção de voto trocavam farpas, presidenciáveis com índices menos expressivos também travaram embate particular. Luciana Genro (PSOL) perguntou a Eduardo Jorge (PV) por que ele havia dado “uma risadinha” ao perguntar o que ela faria “se ganhasse a eleição”. Depois, disse que os dois partidos tinham pautas semelhantes: — É difícil avançar nas pautas progressistas ao ver as alianças que tu e teu partido costumam fazer. O senhor foi secretário do (José) Serra e do (Gilberto) Kassab, (na prefeitura de São Paulo). Continuação da Resenha Diária 29/9/14 4 “LUCIANA FALTOU À AULA” A resposta de Eduardo Jorge veio na sequência: — Luciana faltou à aula de história do século XX. O PV é um partido ambientalista, diferente dos partidos que são de esquerda de base marxista. Se tivermos que ajudar governo conservador ou de esquerda vamos ajudar. O fiel da governabilidade PMDB lidera pesquisas em oito estados e quer se manter indispensável a qualquer presidente Mesmo sem candidato próprio à Presidência, o PMDB se encaminha para sair mais forte desta eleição, com a possibilidade de dobrar o número de governadores e aumentar o de senadores, além de manter bancada forte na Câmara. A estratégia do partido ao focar nos estados e no Congresso é permanecer grande e indispensável a qualquer presidente que venha a se eleger. -BRASÍLIA- Coadjuvante na disputa presidencial, o PMDB do vice-presidente Michel Temer se prepara para conseguir um sólido crescimento país afora. O partido lidera as pesquisas eleitorais para os governos de oito estados e tem boas chances em outros dois, o que poderá levá-lo a ter dez governadores a partir de 2015 — o dobro de seu desempenho em 2010, quando apenas cinco peemedebistas venceram eleições estaduais. Os peemedebistas também contam com um crescimento das bancadas no Congresso, o que reforça seu papel de fiel da governabilidade de qualquer presidente que venha a ser eleito. Sem candidato próprio à Presidência há 20 anos, a estratégia do PMDB, ao focar nos estados e no Congresso, é justamente a de permanecer grande e indispensável a qualquer presidente. O partido desempenhou esse papel nos governos do PSDB e do PT. Formalmente aliado ao atual governo e à campanha de Dilma Rousseff à reeleição, o PMDB pode aumentar sua representatividade em caso de vitória da candidata petista. PLANALTO JÁ PREVÊ PARTICIPAÇÃO MAIOR O governo e o PT contam com um crescimento das bancadas do PMDB no Congresso para ajudar a garantir a governabilidade em eventual segundo mandato da presidente Dilma, contrabalançando a ida do PSB para a oposição. O Palácio do Planalto já prevê, inclusive, um aumento da participação dos peemedebistas no governo, em caso de vitória da petista. O espaço extra se daria basicamente sobre o vácuo deixado pelos socialistas, que ocupavam dois ministérios e cargos no segundo escalão. — É certo que o PMDB, nosso principal aliado, deve sair maior numericamente nessas eleições. Temos que ter um crescimento porque perdemos o PSB, que era um aliado importante — afirmou o senador Jorge Viana (PT-AC). Ele reconhece, no entanto, que a relação entre PT e PMDB não é um mar de rosas: — Vamos ter que aprender com os erros, sair de uma situação de desconfiança. Nosso vice é do PMDB novamente, temos que construir uma relação de maior confiança — afirmou o senador petista. Apesar de ter cinco ministérios, o PMDB reclama de ocupar pastas com menos peso político do que no governo Lula e do fato de boa parte delas ter cargos-chave ocupados por petistas. O PT costuma contra-argumentar que o partido possui a vice-presidência da República. Os peemedebistas, por sua vez, rebatem dizendo que o cargo seria figurativo. Assessores do Planalto afirmam, no entanto, que ainda não há discussão sobre ocupação de espaço em eventual segundo governo e que o foco neste momento é ganhar a eleição presidencial. Integrantes do governo reconhecem que há “demandas reprimidas” do PMDB relativas ao primeiro mandato: — Pretendemos ampliar o diálogo com o PMDB em um segundo mandato — afirmou um assessor do Planalto. PARTIDO TEM EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO Um interlocutor de Dilma aponta que essa substituição do PSB pelo PMDB já ocorre nos estados, com os peemedebistas tendo um crescimento maior do que os socialistas, o inverso do que ocorreu nas últimas eleições: — Em 2010, o PT franqueou espaço para o PSB nos estados e o partido conseguiu fazer seis governos.