1 Requerimento Requeiro Nos Termos Dos Artigos 218, Inciso VII E 221 Do

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1 Requerimento Requeiro Nos Termos Dos Artigos 218, Inciso VII E 221 Do Gab. Senador Eduardo Suplicy Requerimento Requeiro nos termos dos artigos 218, inciso VII e 221 do Regimento Interno do Senado Federal inserção em ata de voto de pesar pelo falecimento, dia 17 do corrente, do humorista Claudio Besserman Vianna, o Bussunda, fundador do grupo Casseta & Planeta, bem como apresentação de condolências aos seus familiares, sua esposa Angélica Nascimento, à filha Júlia, aos colegas do Casseta e Planeta: José Lavigne, Beto Silva, Cláudio Manoel, Marcelo Madureira, Hélio de La Peña, Hubert Aranha, Reinaldo Figueiredo e Maria Paula Fidalgo Suplicy. Justificativa O humor brasileiro está de luto. No último sábado, dia 17, perdeu Bussunda, vítima de um infarto. Cláudio Bressermann Viana, estava em Pasdorf na Alemanha, onde fazia a cobertura da Copa do Mundo e vivia seu último personagem – “Ronaldo fofomêno”, numa paródia ao atacante Ronaldo. Filho de Luís Guilherme Vianna e Helena Besserman Vianna, Bussunda nasceu no Rio de Janeiro e era fanático torcedor do Flamengo. Era casado com a jornalista Angélica Nascimento com quem tinha uma filha. No próximo domingo ele completaria 44 anos. Ainda estudante de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro, começou a trabalhar como redator do jornal humorístico Casseta Popular que, no início da década de 1980, fez sucesso ao combinar o humor escrachado com a crítica política e de comportamento. Na imprensa escrita, sua atuação como cronista se deu principalmente na área de esportes. Entre 1989 e 1999, colaborou semanalmente no diário carioca O Dia. Atuou também como cronista na revista Placar e, em 1999, iniciou colaboração com o jornal esportivo Lance. Foi também titular da coluna Alô Rapaziada, voltada para o público adolescente e publicada no suplemento Zap! do jornal O Estado de S. Paulo. 1 Gab. Senador Eduardo Suplicy Em 1988, iniciou suas participações na TV ao ser contratado como redator do programa TV Pirata. No ano seguinte, o show “Eu vou tirar você desse lugar” daria início à parceria com o Planeta Diário, surgindo então o Casseta & Planeta. Desde 1992, protagonizou o programa humorístico Casseta & Planeta Urgente! , exibido pela TV Globo. Mesmo após a criação do programa, Bussunda continuou a atuar como cronista e jornalista independente, colaborando com várias publicações esportivas. Ele encontrou no humor o que realmente queria fazer da vida. Como ele próprio dizia “o humor me salvou”. Escreveu onze livros, lançou três discos, encenou uma peça de teatro e protagonizou um filme em 2003, A Taça do Mundo é Nossa. Fez uma participação especial no filme Como ser Solteiro e dublou o personagem principal da animação Shrek. Como protagonista do Casseta & Planeta desde 1992, Bussunda representava vários personagens, como o jogador Ronaldinho, o Fenômeno, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Claudio Manoel, companheiro e amigo de infância afirma que está soterrado. Para ele "é difícil falar sobre este momento. Fomos amigos de infância, moramos juntos, não consigo me lembrar de nenhum momento sem ele. Sua morte é uma tsunami”. Para Helio de la Peña, Bussunda é insubstituível: "Ele era o ponto de equilíbrio do grupo. Não sabemos como vamos ficar sem ele". Beto Silva também lamentou a morte do amigo: "Bussunda era uma pessoa do bem, um gênio, um grande amigo. É uma perda para o Brasil". 2 Gab. Senador Eduardo Suplicy Maria Paula, a única mulher do grupo, disse encarar a morte de Bussunda como um pesadelo e que não consegue descrever a dor pela perda do amigo. Pediu que todos se lembrem de Bussunda como uma pessoa que trouxe alegria ao país e luz para os integrantes do Casseta e Planeta. “O Bussunda foi um cara muito bacana e ele trouxe muita alegria para todo mundo. Então, é tão estranho, é tão esquisito isso; parece mentira, não tem o menor cabimento, não faz sentido. É uma dor, realmente, que eu não sei descrever”, desabafou. O programa Casseta & Planeta, Urgente! dessa terça-feira, dia 20, foi especialmente preparado em homenagem ao humorista. Mostrou imagens inesquecíveis de seus personagens, como a Helena de “Esculachos de Família” e o presidente Lula em suas sátiras políticas. É claro que o futebol, uma das maiores paixões de Bussunda, não ficou de fora. Até uma entrevista com Ronaldo Fenômeno feita na Copa de 2002 foi exibida. Zico, o eterno galinho de Quintino reapareceu no programa ao lado dos jogadores do Tabajara Futebol clube, dentre eles, Marrentinho Carioca. Também o craque Maradona, não escapou. Foi lembrado com a reapresentação do quadro “O Pesadelo de Don Diego”. E para fechar com chave de ouro, mais um campeão: Ayrton Senna, em entrevista, logo nos primeiros anos do Casseta no ar. Agora, sem Bussunda, as noites de terça-feira não serão mais as mesmas. Este sentimento da falta de Bussunda está muito bem colocado no artigo que Maria Paula Fidalgo escreveu para o Correio Braziliense: Bussunda, nossa grande estrela... Tá no céu, em cada risada que ecoa, em cada gol. O Bussunda agora tá em toda coisa boa que acontecer, tá decretado! Pois um cara como ele só pode ser encontrado na alegria! Durante todo o velório (que foi exatamante durante o 3 Gab. Senador Eduardo Suplicy jogo Brasil x Austrália) e especialmente na hora do enterro fiquei ouvindo os fogos, os gritos, a comoção da torcida na hora do gol, tudo parecia absurdo naquele momento. Não dava para acreditar que ele estava deitado naquele caixão, enquanto o resto do país comemorava um gol! Só agora, alguns dias depois, me veio o verdadeiro sentido de tamanha coincidência: era na hora do gol que ele ficava mais feliz na vida. Ele foi um verdadeiro apaixonado por futebol! Aqueles gols eram o sinal do universo de que só aquela enorme alegria poderia estar à altura daquele momento de despedida. A vida provando que o inesperado vem também para a felicidade: a comemoração do jogador que entrou em campo nos últimos minutos da partida e fez o último gol foi tão emocionante quanto o inesperado da morte do craque do humor. O Fred se viu de cara para o gol com o rebote do chute do Robinho e só teve que tocar, sair pro abraço e virar herói de uma hora para outra, no mesmo momento em que o mago da graça estava virando história, memória... Como a vida muda de rumo inesperadamente!!! Esse insight me deu até mais vontade de fazer tudo o que puder ser feito, usar todas as chances agora, não guardar nenhuma ficha para depois...vai que não dá tempo. Fui uma pessoa de muita sorte por conviver intimamente com o Bussunda durante os últimos 14 anos. Quando dei o último beijo nele, só pude dizer obrigada! Ele me ensinou tantas coisas... Quando eu chegava na Globo para gravar, ia de sala em sala até achar o Bussunda, só para matar a saudade, rir um pouco, ganhar aquele abraço tão bom... Depois do almoço a gente sempre tinha uns 15 minutos e eu aproveitava para tirar uma soneca deitada no colo dele... Ai que colo bom...Ai que papo bom... Que tudo de bom que foi o Bussunda na minha vida! Enquanto ele fazia as caracterizações, eu ficava fazendo massagem nas costas dele. Quando ele sentia falta de ar por causa da asma, eu fazia uns pontos de acupressura, e sempre passava! 4 Gab. Senador Eduardo Suplicy Passamos as últimas férias juntos na Praia do Forte e já estávamos combinando de alugarmos juntos uma casa no Havaí, no próximo verão. Ele já tinha até comprado um pranchão... Nos dois filmes que fizemos juntos contracenamos bastante. No primeiro, éramos um casal apaixonado. No segundo, ele era meu irmão. Dividir a cena com ele sempre foi uma delícia, uma brincadeira boa! Perdi a conta das vezes que subi ao palco com ele para entregar prêmios, apresentar eventos, até para cantar. O duo mais quente foi Bill Pinton e Monica Chupinsky. Ele foi meu companheiro mais gentil; aliás, ele era o amorzinho da vida de todo mundo! Por isso, está sendo tão difícil encarar a falta que ele faz. Porque além de gênio do humor, ele era uma flor, um amigo extremamente carinhoso, uma mente muito lúcida, com uma visão de mundo sem preconceitos, nem babaquices. Toda semana me perguntava se eu já tinha feito o "dever de casa"(a crônica do correio) e quando eu estava sem idéia, ele sempre propunha um tema interessante. Bussunda sempre acrescentou, no meu trabalho e na minha vida... Agora, ele será nossa grande inspiração. É da lembrança dele que vamos tirar a graça das coisas. É bola pra frente! Vamos torcer ainda mais por esse hexacampeonato, afinal essa é A COPA DO BUSSUNDA!!! Sala das Sessões, em 21 de junho de 2006. Senador Eduardo Matarazzo Suplicy 5 .
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