Universidade De Brasília
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MESTRADO EM SUSTENTABILIDADE JUNTO A POVOS E TERRAS TRADICIONAIS – MESPT DA DIÁSPORA NEGRA AO TERRITÓRIO DAS ÁGUAS Ancestralidade e protagonismo de mulheres na comunidade pesqueira e quilombola Conceição de Salinas-BA Elionice Conceição Sacramento BRASÍLIA AGOSTO DE 2019 ELIONICE CONCEIÇÃO SACRAMENTO DA DIÁSPORA NEGRA AO TERRITÓRIO DAS ÁGUAS Ancestralidade e protagonismo de mulheres na comunidade pesqueira e quilombola Conceição de Salinas-BA Projeto apresentado ao Programa de Pós- Graduação Profissional em Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Brasília, como requisito para obtenção do título de Mestre em Sustentabilidade Junto aos Povos e Terras Tradicionais. Orientadora: Prof.ª Dra. Ana Tereza Reis da Silva Comissão examinadora: Profa. Dra. Ana Tereza Reis da Silva (Orientadora) – UnB Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela – UnB Prof. Dr. Geri Monice Augusto – Brown University Profa. Dra. Monica Celeida Rabelo Nogueira – UnB Brasília, agosto de 2019 DEDICATÓRIA Aquilo que não é só seu você não pode dedicar, tem que compartilhar, fazer entrega. Esta dedicatória é, portanto, uma partilha/entrega. Entrego este trabalho ao mangue, à lama, às águas e ao vento para que cumpram o seu papel. Às mulheres negras e afro indígenas. Às minhas ancestrais, especialmente às mães da terra, de parto e de Santos. Às pequenas Alice Vitória, Eliza Helen, Adriele e Jonatas Às meninas e aos meninos que ainda serão geradas/os. Tia Tereza, Tia Esperança e Tio Joel, Dona Noêmia, Berenice, Salfira, Terezinha, Ruth, Zequinha a parte que me cabe eu dedico a vocês! Este trabalho realmente não é meu, e eu só cheguei até aqui porque não ando só. AGRADECIMENTOS Agradeço: À espiritualidade indígena e à ancestralidade afro brasileira. Aos manguezais, à lama, às águas e aos ventos. À minha família que sempre acreditou na minha capacidade “intelectual”, investiu energias para garantir minha caminhada e apoiou minha pesquisa e escrita, de forma muito especial. Às minhas irmãs/irmãos, ao meu pai, à minha mãe, amados de minha vida. Faço destaque a Antônio pelas inúmeras orações! Ao meu sobrinho Alisson, por me questionar sobre minha opção por escrita voltada ao protagonismo das mulheres: “Por que a senhora só fala das meninas e não fala dos meninos?” Aos nossos mais e às nossas mais velhas: tia Terezinha de Jesus, Tia Esperança, Dona Ruth, Albertina, Dona Zequinha, Tia Pepeu, Dona Ana, Meire, Índia, Dona Maria, Dona Noêmia, Dona Leia Merita, Dona Silvinha, Dona Bebe, Dona Zel, Tio Joel, Raimundo, Dona Barbinha, Albertina e tantas outras pessoas que contribuíram para concretização desta pesquisa: Cristiane Sobre, Edson Menezes, Edmundo, Marcelo, Elinho, Antonio e o jovem Rafael Silva. À minha comunidade representada pelas minhas vizinhas Lucia Teixeira, Sandra Teixeira, Vanilda Menezes, Zezinho de Tieta, Antônio Borges que, como vizinhos próximos, atestaram à universidade minha condição de filha da terra, nascida e criada na comunidade. À Associação local, nas pessoas de seus jovens coordenadores, André Luiz e Danilo Sodré. À Articulação das Mulheres Pescadoras da Bahia e do Brasil nas pessoas de Joana Mozinho, Mira e Mirelly Gonçalves. A todas as pessoas que constroem e tocam a Escola das Águas, nos diversos territórios da Bahia. À Comissão de apoio à pesquisa. À Comissão de Organização da Defesa composta por representantes da ANP, AJP, família e parceiros. À Paula Regina Cordeiro que estando em Vitória da Conquista me apresentou o Edital do MESPT e me convenceu a escrever uma proposta faltando 72 horas para o encerramento das inscrições. Ao funcionário dos Correios, que eu não lembro o nome, que postou meus documentos sem pagamento e aceitou que voltasse depois para pagar, já que o dinheiro que eu tinha não era suficiente. À Marcela Laíse que me convenceu a fazer a entrevista pessoalmente e ficou acompanhando o resultado de cada etapa. À Vânia, que junto com Joselita Gonçalves, Luiza Santos, Jeane de Jesus Sacramento, Edielso Barbosa, Merivaldo Menezes, Naiara Neves, Bruno Lopes, Uine Lopes, preparam e venderam em Salvador caldo de mariscos para contribuir com as despesas no processo seletivo. À Thaís Mara Dias Gomes, que me presenteou com um livro que reúne um conjunto de ensaios sobre territorialidade os quais subsidiaram minha escrita. E, ainda, por ter articulado junto ao Dr. Vera Martins apoio financeiro para apoiar minha permanência no MESPT. À Dra. Vera, que além dos inúmeros incentivos, contribuiu financeiramente para o desenvolvimento da pesquisa. Dificilmente eu teria conseguido participar do primeiro módulo do curso sem esse apoio. Vera Martins, seu apoio não pode continuar sendo um segredo entre nós como solicitado. Aos meus amigos/irmãos Ednalva Ferreira e Adailton Silva, que ao longo desses anos me proporcionaram mais que pouso e alimento, sobretudo, calor humano e afeto. Eivore, obrigada pelas inúmeras partilhas! Aos meus colegas dos diversos povos e contextos pelas trocas e pelos cuidados vocês foram para mim presença presentes. Agradeço especialmente a Elizamar Gomes e a Valeria Porto. Vocês foram/são mais que colegas. Eliza, dois momentos me marcaram profundamente: nós catando moeda para almoçar e descobrindo com felicidade que tínhamos um credito R$ 16,00 no cartão de alimentação; Gabriel exigindo ser meu acompanhante no hospital durante a cirurgia: “eu também vou ficar internado com minha tia Leo”. Val, quanta coisas vivenciamos! Obrigada minhas irmãs! Ao meu tio Bujao (in memoria), pelo sorriso de compreensão e apoio ao me ver catando jornal e revista no lixo, durante a infância. Pelo empenho em convencer meu pai que meu amor pelas letras e palavras colaboraria com minha gente. Tio, realmente sou uma gari de conhecimento! À Jucilene Cerqueira, pelos diálogos sobre academia/comunidade. Pela disposição constante para colaborar. Agradeço especialmente pelas vezes que você veio a Conceição buscar minhas sacolas para que eu não deixasse de ir à aula, visto que, sequelada, eu não conseguia pegar ônibus com elas. Ao Grupo Gaivota por disponibilizar informações do seu banco de dados e imagens. À Isabel Lustosa por me presentear com meus primeiros livros, História de Presidentes, de sua própria autoria e o livro A Moreninha de Joaquim M. de Macedo, por nutrir minha esperança de menina de acessar espaços formativos. Aos amigos solidários pela parceria e incentivo aos meus sonhos de construção de uma intelectualidade embasada no território. À Lidinalva Barbosa, pelas inúmeras vezes que me encontrou em atividades públicas e me chamou atenção para importância de voltar a estudar e ocupar espaços estratégicos na academia. Ao Edielso Barbosa, que em tempos de agravamento do ódio racial, da violência contra as mulheres, diante das ameaças que temos enfrentado se colocou ao nosso lado como militante, amigo, parceiro, e à sua família pelas vezes que me acolheu a fim de me garantir concentração para a escrita. Ao Movimento Estadual das/os Pescadoras/es, especialmente às vozes da juventude e das mulheres, pelos incentivos e confiança. À Articulação Nacional das Mulheres Pescadoras por compreender a necessidade de mudança de tema e me dizer as palavras que acalmaram meu coração e fortaleceram a resistência. Ao professor Paulo Pena pelo grande incentivo, por me aceitar como aluna especial na especialização sobre Saúde, Ambiente e Trabalho. Pelas consultas no 20 de novembro, no natal, ano novo, e em tantos outros momentos. Obrigada pelo incentivo intelectual, pelo cuidado com minha saúde e por toda contribuição à luta das mulheres pescadoras. À Dra. Lua Moreno pelos primeiros atendimentos, pelos procedimentos e pelas orientações médicas, não hospitalocêntricas. À Cecilia por colocar seu consultório à serviço de nossas demandas de saúde negligenciadas. Ao Dr. Ricardo Martins, por me transmitir confiança, por praticar a promoção de saúde com equidade. Dificilmente eu teria cumprido com regularidade os ritos do programa sem sua parceria e de sua equipe. Aproveito para estender o agradecimento a Isabel, Gorete e demais membros da saúde coletiva. Ao Carlos Machado, pelo compromisso em pegar pelos remédios na farmácia do HUB e coloca-los nos correios, especialmente pela atenção e sensibilidade com uma desconhecida. À Gislei Knierim, pelo diálogo com o HUB, a fim de garantir que os princípios do SUS fossem aplicados no atendimento à demanda que eu apresentava. À Cristina Maia pelo sorriso largo e pelos abraços no frio de Brasília. À Katia Souto e à Virgínia pelas parcerias mobilizadas. À Irma Raquel Oliveira Leal, Elba Chagas Santos, Almir de Oliveira, Ademir Cerqueira, pelas entrevistas concedidas. À Taíse Alves, pela importante solidariedade mútua, pelo cuidado e por nos tornarmos aliadas nas lutas dentro e fora da academia, dividindo a linha de trabalho em defesa dos direitos das pescadoras, pescadores e ribeirinhos. À Kassia Reis, Denilson Alcântara, pelos diálogos e produções partilhadas. À Enrique Freitas, por me aceitar como aluna “avulsa” na disciplina de produção de texto À Tatiana Emília Dias Gomes, por me aceitar como aluna “avulsa” em sua disciplina sobre direito agrário. À Mariana Batista Uchôa, pela tarde de conversa e por me apresentar os livros: Alimentar a Cidade e na Senzala uma Flor. À Marina Leão por me emprestar o livro Alimentar a Cidade: das vendedoras de rua a reforma liberal. Estou devolvendo todo rabiscado, mas devolverei. Ao Bruno Machena pelo apoio nas pesquisas Cartoriais e em outros espaços e áreas dominadas por Coronéis. À Edson Menezes pela entrevista, apoio e pela feijoada que ainda vamos voltar para comer. À Cintia Muller, por me aceitar como aluna “avulsa” em sua disciplina sobre laudo antropológico. Ao Franklin Carvalho com que tenho partilhado reflexões sobre ciência e rigor acadêmico. Ao Denílson por questionar minhas opções de escrita, por contribuir com minhas reflexões e pelos diversos livros que me emprestou. À Antônia, secretaria do MESPT, pela dedicação, pelo sorriso, pela presença, por nos deixar entrar em sua casa e conhecer sua história. Ao senhor Edson Falcão e Edielso Barbosa em nome do movimento da Bahia por me visitarem em Brasília, pela confiança em nossa militância e pelos exemplos.