Museos Do Eixo Atlántico ———— Museus Do Eixo Atlântico
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Museos do Eixo Atlántico ———— Museus do Eixo Atlântico EQUIPO DE TRABALLO Coordinación Mário Armando Nogueira Pereira de Brito Dr. Facultade de Letras da Universidade do Porto José Manuel Hidalgo Cuñarro Arqueólogo. Membro do ICOM Autores Pilar Barciela Garrido Arqueóloga. Museóloga. Santiago de Compostela Maria Isabel Cunha e Silva Dra. Museo Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Instituto Português de Museus Ana Maria Dias Mascarenhas Dra. Instituto Português do Patrimonio Cultural Ivone Maria Moreira Silveste Baptista de Magalhaes Dra. Museu Municipal de Esposende. Câmara Municipal de Esposende Claudia Filipa Gaspar Garradas Domingues Dra Museu de Belas Artes da Universidade de Porto Paula Menino Homen Dra. Facultade de Letras da Universidade de Porto Mário Jorge Pinto Carneiro Dr. Instituto Portuguès do Patrimonio Cultural Rafael Sánchez Bargiela Historiador. Museo Municipal de Ponteareas Alice Lucas Semedo Dra. Facultade de Letras da Universidade de Porto Ana Patricia Soares Remelgado Dra. Museu de Olaria de Barcelos.Câmara Municipal de Barcelos Rosa Villar Garrido Museóloga.Vigo Fotografías: Pilar Barciela, Mario Brito, J.M. Hidalgo, Ivone Magalhães e Rosa Villar. Imprime: Gráficas Planeta, S.L. © 2004 copyright Eixo Atlántico, coordinadores e autores da publicación. COMISIÓN EXECUTIVA COMISSÃO EXECUTIVA RUÍ RIO Presidente / Pdte. Câmara Municipal de Porto JOSÉ SÁNCHEZ BUGALLO Vicepresidente / Alcalde de Santiago CORINA PORRO Vocal / Alcaldesa de Vigo ANTONIO MAGALHÃES Vogal / Pdte. Câmara Municipal de Guimarães MANUEL J. CABEZAS ENRIQUEZ Vocal / Alcalde de Ourense MANUEL DO NASCEMENTO MARTINS Vogal / Pdte. Câmara Municipal de Vila Real SERVICIOS TÉCNICOS – SERVIÇOS TÉCNICOS XOAN MAO Secretario Xeral / Secretario geral AMAYA GARCÍA Coordinadora – Galicia (España) CLAUDIA RANGEL Coordenadora – Rogião Norte (Portugal) MARÍA JOSÉ GONZÁLEZ Administración CLAUDIA ANTUNES Administração Calle Bolivia, 4 Av. Inferior á Ponte Avenue Milcamps, 105 36203 VIGO D. Luís 1, 55 1030 BRUXELLES Tel. 0034 986 480 616 5050 – 074 PORTO Tel. 0032 27 355 440 Fax. 0034 482 022 Tel. 00351 222 019 937/8 Fax. 0032 27 354 678 Fax. 00351 222 019 939 Índice Introducção......................................................................................................... 1 Estratégias museológicas e consensos gerais. Alice Semedo......................................................................................................... 5 Historia dos Museos en Galicia. Rafael Sánchez Bargiela..................................................................................... 33 Os Museus de Arqueologia e Etnologia. Elos de uma política turistico-cultural comum? Isabel Silva...................................................................................................... 47 Arqueoloxía e Etnografía nos museos galegos. Identidade pasada e presente: nós, os outros, todos. Pilar Barciela Garrido....................................................................................... 61 Acerca das colecções de arte em Portugal. Cláudia Garradas ........................................................................................ 77 Panorámica dos museos de arte en Galicia. Rafael Sáncher Bargiela......................................................................................... 91 O conceito, a filosofia e a prática da conservação nos museus do Norte de Portugal – Balanço e estratégias de desenvolvimento. Paula Menini Homem .......................................................................................... 99 Museos en conserva, ou conservar nos museos galegos. Pilar Barciela Garrido......................................................................................... 113 Exposições e programas expositivo. Ivone Magalhães ................................................................................................. 127 As montaxes expositivas nos museos da rexión atlántica Galega. Rosa Villar Quinteiro.......................................................................................... 139 A actividade didáctica nos museos da rexión atlántica Galega. Breve estado da cuestión. Rosa Villar Quinteiro.......................................................................................... 151 Para uma reflexão sobre a realidade museológica. Ana Mascarenhas, Mário Carneiro ...................................................................... 163 A dinamica da realidade museológica no Norte de Portugal. Patricia Remelgado.............................................................................................. 171 Museos e comunidades. “Páxina en contrucción”. Pilar Barciela Garrido......................................................................................... 187 Relación de Museos e Coleccións Permanentes e Visitables do Norte de Portugal e Galicia. ............................................. 215 Introducção Mario Brito Jose Manuel Hidalgo Esta publicação surge na sequência de um desafio que nos foi lançado pela Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, no sentido de realizarmos uma primeira abordagem da realidade museológica desta região e promover uma reflexão sobre a sua história, actividades, carências e potencialidades no quadro de uma Europa sem fronteiras em que urge potenciar, em todos os sentidos, a riqueza do Património Cultural e valorizar as especificidade regionais. Parece-nos uma reflexão muito importante que poderá marcar o pano- rama museológico da região seja pela vitalidade em que se encontra o processo de criação de museus e estruturas museológicas, seja pelas transformações que estão a ocorrer na cada vez mais sentida necessidade de planear, racionalizar e tiar partido dos investimentos, nomeadamente dos investimentos públicos que financiam esta área da Cultura. É indiscutível, hoje, a importância que se perspectiva para o Patrimó- nio Cultural também como factor de desenvolvimento local e regional, no quadro de uma visão de desenvolvimento sustentável, assente na valorização e preservação dos recursos endógenos, no qual os museus podem vir a desempe- nhar um papel de especial relevo. De facto, no âmbito das instituições culturais tradicionalmente exis- tentes, os museus assumem características particulares: o seu elevado número e a sua progressiva implantação na generalidade dos municípios, a adaptabilida- de das suas temáticas às especificidades locais e regionais e, finalmente, a sua 1 Museos do Eixo Atlántico forte componente comunicativa e educativa. Por outro lado, possivelmente o mais importante, é o facto de poderem constituir-se enquanto parceiros privi- legiados no diálogo entre o passado e o futuro em que o Património, em con- ceito lato, tem uma palavra decisiva. Complementarmente às Bibliotecas, Ar- quivos, Gabinetes de Arqueologia/Património, os museus possuem fortes ar- gumentos para se constituírem como privilegiados parceiros no diálogo do desenvolvimento. De acordo com o levantamento que efectuamos na área abrangida pe- lo Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, identificamos ao redor de 240 mu- seos. Importa, no entanto, esclarecer, que o conceito de museu utilizado, foi mais abrangente do que as definições internacionais vigentes. De facto, inte- gramos também neste conceito o que definimos como colecções museológicas visitáveis que integra as colecções públicas ou privadas de alguma forma acessí- veis ao público. Esta opção decorre da necessidade de tornar a leitura da dinâ- mica da actividade museológica o mais real possível e pela consciência de que, com base nos rigorosos parâmetro das definições internacionais (ICOM, por exemplo), este número seria diminuído para valores muito reduzidos. Pude- mos, desta forma, incluir neste trabalho, pequenas unidades e espaços de cariz museológico, que, no mínimo, constituem a expressão de fortes vontades e empenhamentos na preservação da memória colectiva, num momento em que as transformações sociais estão a deixar cair no esquecimento as memórias de realidades económicas, sociais e culturais em rápida transformação. Os museus, no âmbito das instituições culturais, são entidades que se caracterizam por uma grande diversidade, embora, na sua génese, esteja sem- pre, ou quase sempre, a existência de colecções museológicas. A multiplicidade de tutelas e modelos organizativos, a diversidade de temáticas e áreas cientificas associadas às colecções, as exigências técnicas que decorrem das suas compe- tências, o papel que a comunidade deles espera e as especificidade locais ou regionais, são exemplos de parâmetros que dificultam a tarefa de elaboração de modelos de gestão e funcionamento simplificados. A forma como hoje estão presentes nas nossas cidades e vilas ocorre também por diversas razões. Pensamos dever destacar os aspectos relacionados com os anseios das comunidades na preservação da sua memória e identidade, bem como as expectativas de natureza educativa e turística. Naturalmente, a existência de meios financeiros é essencial e ocorre na sequência da razoável satisfação de necessidades básicas das populações em termos de infra- 2 Introducção estruturas, como é o caso do saneamento, vias de comunicação e educação. A comparticipação decorrente de fundos europeus tem assumido, nos últimos anos, um peso crescente na criação e requalificação dos museus. Porém, os principais custos que resultam da actividade museológica não decorrem da construção e equipamento dos museus mas antes da sua ma- nutenção: realização de actividades, desenvolvimento de projectos, aquisição de meios técnicos e humanos e actualização profissional, entre