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'-¦-¦-., -Çi de fevereiro de 1950 O GLOBO SPORTIVQ Página 2 Sexta-feira, 10 B^j_ L^_—JLj___. i mmmmmmammmmm**-—————-—-"¦¦——» "**j"-,___H______5^.S_rv« _*>>>s$'& -" 2 »_aaB§_r ^'-'<c^_£JCT_<Rd_^S80-'-¦>-''®^'"'*^"'^^^_Bç'^^ta_»íSÉ>,í'í Baltazar salta com Pedro e cabeceia violentamente para o arco Caxambú saiu do arco e de munhecaço evitou a cabeçada de Baltazar u c rica em meza na retaguarda c agressnividade no — P. técnico aliás, era impossível exibir primeiro ao último minuto, foi S. PAULO, fevereiro (De que, ataque. Na partida contra a PPortuguesa O GLOBO SPOR- em virtude do estado do gramado, pro- movimentação e emotividade, prendendo Frank, especial para a torcida em todo o seu o pivot gaúcho teve u > atuação por- T1VO) — A Portuguesa de Desportos porcionaram aos torcedores que acorre- e arrebatando Municipal uma das me- transcorrer. Lusos e corintianos deram feita, o que levou a equipe corinliana, viu-!he fugir a última chance de vencer ram ao Estádio sem dúvida, a ter mais nc lhores do "Rio-São Paulo". Pe- tudo para laurear-se vencedor, sem me- presença gra- o torneio interclubes ao ser derrotada partidas energias. Luta mado. Baltazar, Cláudio e Luizint o se- tarde de sábado. Am- leja disputada de igual para igual, do dir sacrifícios ou poupar y pelo Corintians na reflexo da dos guiram Touguinha de perto, eerlrali- as equipes atuando com en- porcionaram aos torcedores que acorre- de gigantes, justo posição bas grande na tabela de classificação zando as atenções dos torcedorei. Üs tusiasmo, desprezando qualquer padrão leja disputada de igual para igual, do dois quadros »do interestadual, que terminou Ires avantes disputaram unia partida de certame a com a vitoria do Corintians, melhor gala, pondo em constante polvorosa e com sua linha de avantes retaguarda lusa. Coube, a Baltazar assi- coordenado de levando nítida vantagem sobre a reta- nalar dois tentos magníficos, ambos adversaria. Nos primeiros vinte cabeça, e a Cláudio um outro, de ótima guarda dentro das minutos de jogo o Corintians desenhou feitura. Os demais, atuaram a vitoria, mercê da destacada atuação características que vêm mantendo, jo- de conjunto e dc seu quinteto avançado e do desem- gando com grande senso empregando-se com o lmáximo de en- penho sempre completo do centro-me- dio Touguinha, a melhor figura do gra- tusiasmo. Na Portugu esa brilharam mado. Nesse período da luta coube â Brandãozinho, Nininho e Pinga I, por- Portuguesa .resistir de qualquer maneira, tando-se os demais com discreção. sem outra preocupação que a dc afãs- tar para longe de sua arca as cargas do MARCADORES adversário, procurando alimentar seu ataque, sem lograr êxito no entanto, em Para o Corintians marcaram; pela or- face da firmeza da retaguarda alvinc- dem, Baltazar, Noronha, Cláudio, Balta- gra. Somente depois de estar inferiori- zar e Cláudio < Penal cometido por San- zada no placard por dois tentos a zero tos em Baltazar). lançou-se a equipe lusa ao ataque, com Nininho (2) e Pinga I marcaram os mais coordenação, provocando momen- tentos da Portuguesa. tos de pânico em frente à meta de Bino, Santos cobrou uma penalidade máxi- e assinalando o seu primeiro tento. Na ma contra o Corintians, mandando i> fase final, igualou o marcador e quando pelota para fora. se esperava um declínio do Corintians, seus jogadores lançaram-se à luta com QUADROS, JUIZ E RENDA grande vigor e voltaram a marcar. Não se entregou a Portuguesa diante do fei- O Corintians atuou com a seguinte to corintiano, e, queimando seus últimos constituição: Bino; Nilton e Belfare; cartuchos, venceram mais uma vez a vi- Idario, Touguinha e Hélio; Cláudio. Lui- gilancia de Bino, estabelecendo novo zinho, Baltazar, Nelsinho (Edelcio) e empate. Daí em diante a peleja assu- Noronha. miu proporções gigantescas, lutando os A Portuguesa alinhou: Caxambú; contendores por obter a liderança no Nino e Pedro; Santos. Brandãozinho e marcador. Finalmente, o Corintians, Zinho (Hélio); Elisio, Renato (Pinga H)> por intermédio de Baltazar em oportuna Nininho, Pinga 1 e Valter (Renato). cabeçada, desempatou a peleja, elevan- O árbitro da peleja, foi o Sr. Rowley, do a contagem para cinco já nos instan- que se conduziu a contento. tes finais. Partida igual, ardorosamente A renda atingiu a 255.647,00, apesar disputada, e vencida pela equipe que do mau tempo reinante. teve mais senso de coordenação c cwjos avantes melhor aproveitaram as oportu- nidades surgidas. Com essa vitoria o coc«fr*$ Corintians deu um passo quase decisivo Contra _ CASPA IM para a conquista da taça JORNAL DOS SPORTS. pois hasta-lhe um empate QUEDA DOS CA^ÍI^^ frente ao Botafogo, seu último adversa- rio, para sagrar-sc vencedor do Tor- neio. OS MELHORES NAS DUAS EQUIPES Na equipe corinüana destacou-se o Não tem sübstitutol" w» 8 trabalho do centro-medio Tougniftha, NÃO MUDE||_||| elemento que vem melhorando de jogo USE E a jogo c danda ao seu quadro mais fir- '¦; '-.- '¦ ¦¦ ¦ O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 Página 3 A R j O FILHO Automobilismo ¦ M ¦¦¦ m ¦ -v'SjS 0 TORCEDOR DE RADIO A ATRAÇÃO DA PRIMEIRA FILA DA VELOCIDADE "leitor de Porto sistir a jogos do Fluminense. Com uma antecedên- icreve-me um assíduo" Minas, achando mu.to cia $Novo, cidadezinha de de vários meses o Alcides fica consultando a ta- "carinho" eu dedico à per- interessante o que bela. Escolhendo urna partida com cuidado meti- torcedor. E êle, que se assina A. H. "esta Recordes insiiocrados desde 1920 sonalidade do culoso. Dizendo: não vale a pena". Ele sempre entre outras coisas, que eu con- - Oliveira, pede. se resolve por um Fla-Flu. E quando toma o trem A maneira mais econômica de co- concessão de uma cartein- tinue a bater-me pela o último olhar dele é o Tampinha, não a para que - As corri- livre ingresso em todos os campos nhecer terras estranhas Jha dando deixa de ir cheio inveja, remoendo-se ¦?¦¦' Chechéu. a Baiano. Eu - ã estação, de ¦ amão, a Guimarães, a das e os acidentes. "leitor assíduo" — não falo movido por por dentro, porque não teve força de vontade bas- acrescenta o 0 em Porto Novo. eu não tante (jara juntar dinheiro". Embora os não o tenham definido .existe sem dú- nenhum interesse. Aqui, psicólogos Tenho um rádio. E ai esta; Dreciso de carteirinha. vida um instinto fundamental que impele a certos jovens de um falar sobre os torcedores. -O— o senhor bem que podia e de outro sexo a dedicar-se ao esporte do motociclismo. Para vivem a não sei quantos quilôme- como eu. os que carta que eu recebi conta outra do Alcides: aqueles que não sentem atração ou entusiasmo para esta classe da Gávea, de Álvaro Chaves e fi tros de S. Januário, fS"A senhora do Alcides estava para ter cri- incô- De Porto Novo ao Rio ha de esporte, a motocicleta parece um mecanismo diabólico, de General Severiano. anca. Uns três meses antes êle anunciou aos os cálculos de estra- "se modo o mortífero. Mas para o aficionado, todos os demais meios uma distância exata, segundo amigos que, fosse homem, o menino receberia de cento e noventa e do^ quilômetros. de locomoção carecem de atrativo. da de ferro, "speaUer". o nome de Batataes". Os entendidos daqui cairam vê o pela vos do Corno todos os têm alguma esportiva, os mo- A gente jogo em cima do Alcides. Batataes era um apelido. O no- que predileção "Eu toeicli.Hl.ns entusiastas são amigos de organizar-se em clubes onde me de Batataes sendo Algisto. sei que Batataes reunir-se e comparar notas e fazer para futuras se chama Algisto — disse o Alcides, com a cara mais possam planos número de amantes não havia o torcedor do rádio. — não nome de ! competições. Nos Estados Unidos, o maior Antigamente grave deste mundo Mas Algisto é j o torcedor dos recortes de jor- do esporte de mQjfcociclismõ se encontra talvez nos Estados do porém, jogador de rutebol". Então os amigos de Alcides vie- Havia, telegramas. O torcedor que tinha nais. Dos "talvez" não Oeste e no Meio-Oeste. onde o ciclismo é mais propicio e as es- dos sinais de Mor- ram com a historia de que a criança j de contentar-se com o laconismo tradas mais retas. Os membros desses clubes usam freqüente- toda segun- fosse menino, e sim menina. Até agora a senhora do 3e Ari Barroso foi assim. Êle ia cedo. j não raro viajarem o "Pois ou menina mente uniformes, distintivos ou insígnias, e é ã estaçãozinha de Ubá. para saber se Alcides só teve meninas. menino da-feira. "êle" de 20 a 30. Durante as ferias de verão, as excursões vencera. Porque antes de ser Flamen- — o Alcides acalorou-se — menino ou menina em grupos Fluminense e através da Fluminense. E um Fluminense "o" levarei ao Rio, apro- em motocicletas se estendem a outros Estados go, Ari Barroso foi se chamará Batataes. E eu j de crônicas, de nacionais. fanático, colecionador de fotografias, veitando as vésperas de um Fla-Flu, naturalmente, imensidão e da beleza dos parques dia um amigo rabiscou-lhe uma carta um lado outro são bastante comuns, escudos. Um Batataes seja o De uma cajada- As viagens de a do país de Marcos, para que padrinho". avisando que tinha visto uma fotografia e alguns dos mais intrépidos motociclistas se aventuraram às "Eu — es- da só êle mataria dois coelhos: assistiria ao Fla-Flu uniformizado, sem a fitinha roxa. acho Alasca, na direção do sul, através da filho". regiões do noroeste até clnrecia o missivista — que se trata de uma curió- e batizaria o atra- fronteira mexicana, até alguns paises da América Central e ainda s :ade histórica.