Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos A CRÔNICA COMO FERRAMENTA PARA FORMAÇÂO DE LEITORES

Lurdes Maria Lunkes1 Adriane Elisa Glasser2

RESUMO: Este artigo apresenta a Implementação do Projeto “A Crônica como Ferramenta para Formação de Leitores”, desenvolvido com alunos da Primeira Série do Ensino Médio do Colégio Estadual do Campo Novo Sarandi – Ensino Fundamental e Médio, no Programa de Desenvolvimento Educacional PDE – 2013 da Secretaria do Estado do Paraná. A Implementação do Projeto foi realizada no primeiro semestre de 2014, com o objetivo de incentivar e estimular o gosto pela leitura a partir do gênero textual crônica. Teve como base atividades específicas, levando o aluno a ler de forma individual e coletiva – tendo como ferramenta o gênero textual crônica. Na metodologia foi proposta a leitura de crônicas de diferentes autores, onde foram exploradas diversas possibilidades de leitura. A leitura silenciosa, dramatizada, dirigida e interrompida, bem como, o processo de desenvolvimento do Projeto. Foram realizadas diversas atividades, entre, pesquisas sobre os autores, histórias em quadrinhos, paródias, dramatizações, e para finalizar a criação de um blog onde houve a socialização das atividades realizadas durante o Projeto.

PALAVRAS - CHAVE: Formação de leitor; Leitura; Crônica.

1 INTRODUÇÃO

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele” (FREIRE, 2008, p. 11). Dessa forma, nos mostra que antes de ler um texto, devemos ler o mundo de maneiras diferentes, pois é através dessa leitura de mundo que damos sentido à leitura, ou seja, os sentidos atribuídos ao que se lê dependem de conhecimentos prévios. Yunes (2003, p.41), também considera “a leitura um ato que precede e não decorre da escrita, pois para escrever o mundo é necessário que ele tenha sido lido”. Sabe-se que a leitura e a escrita são os maiores desafios da escola, sendo que, trabalhados de forma mais criativa, possibilitam que o aluno perceba o

1 Professora da rede Estadual de Ensino do Paraná, do NRE de Toledo. PDE 2013-2014. 2 Professor orientador da UNIOESTE- Campus de Foz do Iguaçu. Mestre em Letras pela Unioeste – Campus de Foz do Iguaçu.

verdadeiro sentido da leitura e o prazer de ler. Por isso, é importante que o professor influencie positivamente, não tornando a leitura obrigatória. Muito se fala na exígua capacidade de leitura do brasileiro. Há inúmeros trabalhos realizados sobre o assunto que visam à formação do leitor. No entanto, muitos educadores revelam não ter tempo para ler com assiduidade revistas, jornais, e livros. A escola é o lugar ideal para a promoção do hábito de ler, devendo então preocupar-se em desenvolver estratégias para o ensino eficaz da leitura. Formar leitores, antes de tudo é criar um ambiente de estímulo à leitura. É preciso influenciar positivamente o leitor e, dentre as pessoas que podem contribuir nesse processo estamos nós, educadores. Por isso, devemos considerar todas as leituras realizadas pelos alunos e o contexto social em que estão inseridos. Dar ênfase a textos que despertem interesse, levando em consideração assuntos próximos à realidade do aluno. Diante das muitas dificuldades encontradas em sala de aula em relação à leitura e à produção de texto apresentadas pelos alunos, percebeu-se a necessidade de desenvolver atividades que envolvam a leitura despertando assim o gosto pela mesma. Buscar novas metodologias para despertar no aluno o interesse pela leitura literária, não só como busca de informação, mas também como fonte de prazer, incentivando o desenvolvimento das habilidades de expressão oral e escrita. Nesse contexto, pensou-se na seguinte problemática: Como tornar a leitura do gênero textual crônica uma atividade prazerosa para o aluno? Na obra Como um Romance, Daniel Pennac (1993) escreve que as crianças se interessam pela leitura, gostam de ouvir histórias antes de dormir, têm curiosidades, mas, quando vão para a escola, a leitura é imposta, tornando-se uma obrigação, passando a ser cansativa e sem prazer. Assim, deixa claro que devemos respeitar o leitor, deixando-o ler aquilo que deseja. Embora seja importante deixar o aluno livre para escolher suas leituras, vemos que o professor pode ser um mediador dessas escolhas, ou um orientador, para levar o aluno a buscar leituras diferentes, estimulando-o, ou guiando-o. Deste modo, precisa “gostar de ler, precisa ler muito, precisa se envolver com o que lê” (LAJOLO, 2000, p. 108). Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares da Educação de Língua Portuguesa (PARANÁ, 2008, p. 71), orientam que “o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim o professor deve dar

condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura visando a um sujeito crítico nas práticas de letramento da sociedade”. Pensando nisso, optou-se em trabalhar com crônicas de diferentes autores, pois são textos curtos, voltados para o cotidiano, onde o leitor interage com os acontecimentos, muitas vezes identificando-se com as ações tomadas pelas personagens. Acredita-se que elas despertarão o interesse pela leitura, podendo ser facilmente encontradas nos meios de comunicação como revistas, jornais, sites da internet, livros didáticos e de literatura. Trazer textos para a sala de aula relacionando-os ao contexto do leitor é uma estratégia para tornar as aulas mais dinâmicas, tornando-se significativa para o aluno. Por isso, a necessidade de levar atividades que sejam do interesse do aluno, apresentando temas comuns do cotidiano. Ajudar os alunos a aproximar-se do mundo da leitura, despertando sua consciência de vida e de mundo, contribui para que eles se tornem não apenas leitores, mas também preparados para encontrar respostas para indagações futuras. Portanto, o artigo mostra as reflexões sobre a formação do leitor, a partir do trabalho realizado com o intuito de formar leitores, usando a crônica como ferramenta central, não só como busca de informação, mas também como fonte de prazer, incentivando o desenvolvimento das habilidades de expressão oral e escrita, possibilitando, a criatividade e a socialização de conteúdos. As leituras fundamentaram-se basicamente, na concepção de leitura tendo como base autores significativos, como BORDINI; AGUIAR, 1993; BENDER; LAURITO, 1993; PENNAC, 1993; SILVA, 1998; LAJOLO, 2000; ANTUNES, 2003; ABAURRE, 2008; FREIRE, 2008 e nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa, 2008, dentre outros. Para a Intervenção Pedagógica foi produzida uma Unidade Didática com o objetivo de auxiliar o professor que atua na área de Língua Portuguesa na Primeira Série do Ensino Médio, dando-lhe oportunidade de conhecer atividades metodológicas, que possam contribuir no incentivo à leitura prazerosa. A Unidade Didática apresenta atividades de leitura que contribuem na formação de leitores, dessa forma, motivando os alunos para o texto literário, além de levá-los a perceber que a leitura amplia conhecimentos e pode ser realizada de maneira divertida.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Partindo do pressuposto de que a educação faz parte da construção humana e de suas relações com a sociedade entende-se que a educação é mais ampla do que a educação escolar. Por isso, este trabalho tem como objetivo pensar a leitura como prática social. Nós, como educadores devemos contribuir com o incentivo à leitura, pois o aluno, compreendendo o que lê, compreenderá mais facilmente os acontecimentos do mundo. Além disso, entendemos que “o principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram – homens que sejam criadores, inventivos e descobridores” (PIAGET, 1973, p.186). A escola poderá alcançar este objetivo se ela proporcionar ao aluno os meios para a ampliação do seu conhecimento. E sem dúvida, criando o hábito da leitura abrirá horizontes para a criatividade. Assim, é preciso trabalhar a leitura de forma que ela desperte no leitor o prazer de ler. Nesse sentido, é importante levar para o aluno atividades de leitura que estejam próximas da sua realidade, ou seja, do interesse do aluno. Os educadores devem ser geradores de necessidades que impulsionem a uma ação, a leitura de textos. Partindo da ideia de que a leitura e a escrita são indispensáveis a qualquer nível de escolaridade e estão por toda parte, sendo muito importantes para todo tipo de aprendizagem, tem-se a necessidade de praticá-las na escola, com muita atenção, não as deixando de lado em momento algum. Segundo as Diretrizes curriculares da Educação Básica:

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada. (PARANÁ, 2008, p. 48).

A leitura deve ser constituída de significados, na comunicação entre leitor e texto, levando o leitor a aprender e descobrir os sinais da linguagem. No entanto, percebe-se que os alunos não têm o hábito de ler, pois dificilmente eles falam sobre esse assunto com colegas e professores. Além do mais, a leitura não poderá ser imposta, ele próprio deve definir o que gostaria de ler, pois,

O primeiro passo para a formação do hábito de leitura é a oferta de livros próximos à realidade do leitor, que levantem questões significativas para ele. A familiaridade do leitor com a obra gera predisposição para a leitura e o consequente desencadeamento do ato de ler. (BORDINI; AGUIAR, 1993, p.18).

Para que isso aconteça, tudo o que é lido deve fazer parte do contexto do aluno, e o professor deverá discutir e refletir sobre o texto juntamente com o aluno. Para a formação de um leitor crítico, há a necessidade da leitura crítica seja praticada em sala de aula. No entanto, professor e o aluno precisam ser leitores para que o ensino aconteça efetivamente. De acordo com Silva (1988, p.16) “professores e alunos precisam ler porque a leitura é um componente básico da educação e a educação sendo um processo, aponta, para a necessidade de buscas constantes do conhecimento”. Assim, o professor precisa demonstrar que gosta de ler, para que, desse modo, consiga transformá-los em alunos leitores.

2.1 O QUE É LEITURA?

A leitura é um dos meios para chegar ao conhecimento, por isso torna-se essencial aprender a ler. Aquele que lê, busca o conhecimento do texto. Na realidade atual, a sociedade exige que o indivíduo seja letrado para que se torne um verdadeiro cidadão. Esse processo inicia-se na primeira infância e segue por toda a sua vida. Assim,

A atividade de leitura se faz presente em todos os níveis educacionais das sociedades letradas. Tal presença sem dúvida marcante e abrangente começa no período da alfabetização, quando a criança passa a compreender o significado potencial de mensagens registradas através da escrita. (SILVA, 2002, p.31).

Dessa forma, o texto deve fazer parte do contexto do aluno, e o professor deverá refletir e discutir sobre o mesmo, juntamente com ele. Então, o principal objetivo da leitura é permitir aos alunos que tenham voz e vez nas diferentes relações sociais, sendo do professor o papel de oferecer subsídios para mediar esse processo. Portanto,

Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se

lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode, encerrar-se nela. (LAJOLO, 2000, p.7).

A escola deve valorizar a leitura, dando condições para que os alunos tenham acesso a diferentes fontes de leitura. A aprendizagem da leitura sempre se apresenta intencionalmente como algo mágico, senão enquanto ato, processo da descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso. Ler é, sem dúvida, o melhor caminho para a aquisição da cidadania. A leitura é a parte essencial, do trabalho, do empenho, da perseverança, da dedicação em aprender. Por isso o gosto pela leitura é decorrente da prática e deve-se recorrer a estímulos diversos para desenvolvê-la nos alunos. Para isso, é preciso familiarizá- los “com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais” (PARANÁ, 2008, p. 71), como por exemplo, textos jornalísticos, artísticos, midiáticos, literários, etc. portanto, é necessário que a escola apresente aos alunos diferentes gêneros textuais, pois cada um exigirá do leitor estratégias específicas de leitura para compreendê-lo, posto que, “Ler é imergir num universo imaginário, gratuito, mas organizado, carregado de pistas as quais o leitor vai assumir o compromisso de seguir, se quiser levar sua leitura, isto é, seu jogo literário a termo”. (BORDINI; AGUIAR, 1993, p. 27). É preciso, então motivar os alunos proporcionando atividades que ampliem seu conhecimento, despertá-los para o prazer de ler reconhecendo-os como seres capazes de refletir e agir de forma positiva, visando o crescimento de seu desempenho com o outro. Criando, desse modo, situações para inserir seus alunos no mundo da leitura, como, por exemplo, mostrar as imagens do texto lido, dar entonações para cada leitura (suspense, emoção, diversão, etc.), fazendo dessa maneira com que a leitura se transforme numa prática prazerosa e divertida.

2.2 HISTÓRIA DA CRÔNICA

A palavra “crônica”, em sua origem, está associada ao vocábulo ”khrónos” (grego) ou “chronos” (latim), que significa “tempo”. Para os antigos romanos a palavra “chronica” designava o gênero que fazia o registro de acontecimentos históricos, verídicos na ordem em que aconteciam, sem se prender e se aprofundar neles ou interpretá-los. Com esse sentido ela foi usada nos países europeus. Como

se comprova pela origem do seu nome, a crônica é um gênero textual que existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo. É um texto onde se mistura jornalismo e literatura, pode tanto falar do presente como do passado. A crônica surgiu no início do século XIX, publicada em folhetins com o objetivo de distrair os leitores, lhes oferecendo momentos de distração e reflexão. “A palavra crônica, no entanto, ainda que, posteriormente, viesse a abranger outros sentidos, permaneceu na língua portuguesa com o sentido antigo de narrativa vinculada ao registro de acontecimentos históricos” (BENDER; LAURITO, 1993, p.12). Assim, autores como Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, , Raquel de Queiros, Carlos Heitor Cony, começaram a usar as crônicas para registrar de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os fatos corriqueiros de seu tempo. Também passaram a registrar política, vida social, fatos do cotidiano, escritos publicados em revistas, jornais e folhetins. É um gênero textual curto, de fácil compreensão, por isso se utilizado em sala de aula poderá contribuir para despertar no aluno o gosto pela leitura, tornando-o um leitor crítico. Além de promoverem popularização do gênero, também estabeleceram seus estilos de modo claro e, com isso, conquistaram leitores fiéis. A crônica é um gênero textual, facilmente encontrado em jornais, onde o cronista tira seus temas do próprio cotidiano, falando de tudo, política, sentimentos pessoais, aberta ou disfarçadamente, deixando ao leitor o prazer de desvendar o mundo. Por isso é um texto mais agradável de ler e uma forma eficaz de seduzir o aluno para a leitura.

2.3 OS LEITORES DAS CRÔNICAS

O perfil do leitor da crônica varia de acordo com o veículo no qual esse gênero discursivo circula. Quando pensamos em crônicas publicadas em jornais diários, devemos imaginar que os seus leitores têm um perfil mais amplo, porque fazem parte do conjunto de pessoas que têm por hábito ler o jornal do dia.

Por outro lado, crônicas que circulam em publicações específicas baseiam-se no perfil de leitores normalmente associados a tais publicações, pois os autores dessas crônicas costumam abordar temas que interessam mais a seus leitores. Uma consequência importante decorre do fato de a crônica ocupar um espaço fixo nas publicações em que é divulgada: os leitores sentem-se mais próximos dos cronistas que ali escrevem com regularidade. É comum enviarem cartas aos jornais e revistas com comentários e elogios aos seus textos favoritos. Cria-se, assim, uma relação de familiaridade entre o autor e o seu público leitor. De modo geral, o princípio organizador da crônica é o movimento reflexivo que parte de uma experiência única, particular, pontual e vai ampliando a abrangência do que foi vivido e observado para alcançar um significado mais geral, que ecoe a experiência de diferentes pessoas. A reação frequente dos leitores aos textos e seus cronistas preferidos é uma prova de que, de fato, há muito a ser aprendido sobre o comportamento humano a partir da observação e análise dos fatos cotidianos.

2.4 A LINGUAGEM DA CRÔNICA

A linguagem utilizada na crônica é marcada por certa informalidade, admite- se o uso de um registro mais informal da língua. Narrativa breve, próxima da oralidade, onde se mistura a linguagem literária e jornalística. A crônica normalmente é apresentada numa perspectiva subjetiva. Por ser mais pessoal ela introduz alguns toques de informalidade. A crônica é um exemplo de gênero textual, que facilmente conquista o público, aproximando-se do leitor, através da forma pela qual narra os acontecimentos. Apresenta poucos personagens, pode ser apresentada com tom de ironia, reflexão, humor, crítico ou informativo. Conforme Bender e Laurito (1993, p. 11), a palavra crônica “mudou de sentido em sua evolução, mas nunca perdeu os vínculos com o sentido etimológico que lhe é inerente e que está em sua formação”. Portanto, a crônica cumpre a sua função, podendo levar o leitor ao mundo da fantasia.

3 METODOLOGIA

A Implementação do Projeto realizou-se no Colégio Estadual do Campo Novo Sarandi – Ensino Fundamental e Médio. Teve início em março de 2014, envolvendo diretamente os alunos da Primeira Série A do turno matutino. Participaram do Projeto 21 alunos, entre eles 9 meninos e 12 meninas. As atividades foram desenvolvidas durante o 1º semestre, com a duração de aproximadamente quatro meses, totalizando 72 horas, destas, 32 horas em sala de aula e o restante no contra turno. Começamos com a apresentação do Projeto “A Crônica como Ferramenta para Formação de Leitores”, à Equipe Pedagógica, Professores e demais membros da comunidade escolar na Semana Pedagógica. Na segunda semana de aula, o Projeto foi apresentado para os alunos da Primeira Série A, turno matutino, momento em que eles receberam um caderno para registro das ações e atividades durante a aplicação do Projeto, e uma apostila com os textos e as atividades propostas. Na semana seguinte, os pais dos alunos também foram convocados para participar de uma reunião, onde foi explicitado o objetivo do Projeto. Tanto a equipe como os pais, mostraram-se receptivos, colocando-se a disposição para qualquer eventualidade durante a realização do Projeto. Ao encaminhar o Projeto de Intervenção Pedagógica, iniciou-se questionando os alunos sobre o que já sabiam sobre os autores citados no Projeto e o gênero textual crônica, gênero escolhido para ser trabalhado durante a Implementação do Projeto, momento em que houve a participação oral dos alunos, socializando, dessa forma, seus conhecimentos. A maioria dos alunos apresentou uma certa dificuldade, além de ter pouco conhecimento sobre os autores citados. Para alguns, novidade, pois disseram nunca ter ouvido falar desses autores. Com essa atividade procurou- se tirar as dúvidas apresentadas, além de trazer informações sobre esse gênero textual e respectivos autores. Essa conversa inicial ajudou os alunos a compreenderem a crônica enquanto texto literário. Paulo Freire (2008, p. 42), nos assegura que o diálogo é necessário

em qualquer prática social, mostra respeito pelos alunos, não só como pessoas, mas enquanto agentes de uma prática social. Depois de sanar as dúvidas e explicitar as principais características, partiu-se para a apresentação de slides sobre a origem da palavra crônica, a definição de crônica, bem como, a narração histórica onde foi citada “A carta de achamento do Brasil” de Pero Vaz de Caminha, e a crônica como gênero que comenta assuntos comuns do dia a dia. Em seguida foi lido o texto “O nascimento da crônica” de , dessa forma, o aluno pode aprofundar seus conhecimentos em relação ao tema em estudo, despertando, assim o gosto pela leitura. A turma foi dividida em grupos e foi orientada a pesquisar em (livros, sites da internet) sobre o autor em estudo para depois, socializar com os colegas. A partir dessa atividade, iniciamos o estudo das características da crônica e os elementos que compõem a narrativa, para que aos poucos, os alunos fossem se familiarizando com a estrutura do texto. Foram apresentadas questões que motivadoras aos alunos para o trabalho. Foi dado um tempo para que conversassem entre si, relembrando suas leituras. Em seguida, lemos algumas crônicas, dando assim, início a uma discussão oral, levantando hipóteses, debatendo questões sobre a crônica, sendo que a partir das discussões foi elaborado um esquema, onde foram registradas todas as informações dadas pelos alunos. A atividade permaneceu exposta na sala de aula durante a aplicação do Projeto, e a cada aula eram acrescentadas novas informações. Logo, em seguida foram apresentados diversos livros de crônicas, de diferentes autores, levando os alunos a fazer leituras coletivas e interpretativas com liberdade de escolha, ou seja, autores de sua preferência, com o objetivo de levar os alunos a ler por prazer. Após esse momento, foram levados para a sala de aula, crônicas retiradas de revistas e jornais para serem lidas individualmente e silenciosamente, com essa leitura foi aberta uma discussão para verificar se os alunos tinham o hábito de fazer esse tipo de leitura e finalmente foram questionados da possibilidade de situações como as apresentadas nos textos, serem possíveis de acontecer na vida real. Esse trabalho acrescentou para conhecer melhor o tema, além da integração entre os alunos, reforçando a importância da leitura literária despertando dessa forma, o gosto pela leitura.

O trabalho específico teve início com a leitura dos textos: ”A última crônica”, “Na escuridão miserável”, de Fernando Sabino; “A moça e a calça”, de Stanislaw Ponte Preta e “O senhor do 903”, de Rubem Braga, crônicas, citadas no Projeto e que foram escolhidas para serem trabalhadas de forma diferenciada durante a Implementação, assim mobilizando os alunos para a leitura. Começamos com a “Última crônica” de Fernando Sabino, conversamos sobre a importância da leitura, estimulando os alunos para a mesma. Na sequência foi distribuída uma cópia para cada aluno, onde foi omitido o título e alguns parágrafos, sugeriu-se que lessem o texto individualmente, completando-o dando coerência aos parágrafos. Concluída a atividade, os alunos se reuniram em grupos e compararam os textos, realizou-se uma leitura coletiva e em seguida cada grupo, usando a sua imaginação, criou um único texto, onde soltaram suas emoções e sentimentos. Os textos foram socializados com os colegas. Em seguida, foi entregue uma cópia do texto, sugeriu-se, primeiramente, uma leitura individual e silenciosa, depois cada aluno leu o texto em voz alta, nessa atividade observou-se a entonação, fluência e ritmo e o uso adequado dos sinais de pontuação. O próximo passo foi ouvir a narração da crônica, onde os alunos relataram o que sentiram durante a realização da atividade, dando oportunidade para que expressassem seus sentimentos. No grande grupo refletimos sobre as características do gênero presentes no texto, realizamos uma abordagem da realidade social, além de discutir sobre a intencionalidade do autor ao escrever o texto. Como atividade complementar os alunos realizaram uma pesquisa sobre o escritor “Fernando Sabino”, além da leitura de outras crônicas do autor. Para isso, sugeriu-se o livro “Comédias para se ler na escola.” Para finalizar a atividade com “A Última Crônica” de Fernando Sabino, foi trabalhada a intertextualidade, os alunos receberam uma cópia do poema, de Manuel Bandeira “O Último Poema”, que começa com o verso “Assim eu quereria o meu último poema”, da mesma forma que se encerra “A Última Crônica” de Fernando Sabino. Ao encerrar a atividade com “A Última Crônica”, percebeu-se que o resultado foi satisfatório, pois os alunos passaram a entender, através das leituras, que existem vários tipos de crônicas, melhorando dessa forma a visão de mundo através da leitura. Souberam se posicionar e argumentar, perceberam os possíveis sentidos apresentados por esse gênero textual.

No segundo momento, os alunos foram motivados para a leitura a partir de situações do cotidiano, e fazer uma leitura crítica do texto. Para essa atividade, foi entregue uma cópia do texto “Na Escuridão Miserável”, de Fernando Sabino, com o qual, realizamos uma leitura coletiva, refletimos sobre o trabalho infantil, assunto tratado no texto e discutimos sobre as principais causas que levam ao trabalho infantil. A turma foi dividida em grupos, para a realização das atividades propostas, que, após concluídas foram socializadas com os colegas. Cada grupo recebeu a crônica dividida em sete partes, para colocar na ordem correta. Na sequência, um aluno voluntário, fez a leitura para a classe, e os demais observaram se o texto estava ordenado corretamente. Em seguida, os grupos relataram as impressões que tiveram ao realizar a atividade. A capacidade de encontrar diferentes significados a cada leitura realizada é um desafio para os educandos, proporcionando o diálogo, percebendo os diferentes enfoques da realidade, além de respeitar as individualidades de cada aluno (FREIRE, 2008). Dando continuidade, foram apresentadas mais algumas informações sobre a crônica, sugerindo que fossem relacionadas com o texto em estudo. Ao conversar sobre o texto foram apresentados alguns questionamentos, em forma de slides, na TV Pendrive. Dessa forma, instigando os alunos a refletir sobre as personagens da história, lugar onde o fato aconteceu, tipos de narrador e objetivos do autor. Também foi realizado um trabalho relacionado a música, onde assistimos o vídeo com a música “Relampiano”, de Lenine e Paulinho Moska, com o objetivo de identificar a mensagem e interpretar além da decodificação, propondo um momento de reflexão crítica sobre as diferenças sociais e econômicas e suas consequências na vida das pessoas. Comparando a letra da música com o texto, foi aberta uma discussão sobre o trabalho infantil. Ainda dando sequência as atividades com o texto “Na Escuridão Miserável”, os alunos reunidos em grupos, escolheram uma música e compuseram uma paródia, que foi apresentada para os colegas. O resultado foi positivo, as paródias produzidas, ficaram excelentes, os grupos se organizaram, cada um dentro das suas possibilidades e habilidades. Assim, até os alunos mais envergonhados apresentaram com desenvoltura. Tendo em vista, que para a realização da atividade o aluno precisou ler. Um trabalho que trouxe um ótimo resultado, demostrou o quanto é importante incentivar o aluno para a leitura.

Para finalizar essa atividade propôs-se aos alunos a leitura dramatizada da crônica, explicou-se como proceder para realizar esse tipo de leitura, ou seja, cada aluno deveria estar ciente que a entonação de voz, deveria acontecer de acordo com a situação, que é necessário representar o texto, transformar a leitura em emoção (CEREJA; MAGALHÃES, 2009). Dando continuidade, trabalhamos com a crônica “A moça e a calça” de Stanislaw Ponte Preta, com a finalidade de levar o aluno a fazer uma leitura crítica do texto, além de localizar e interpretar informações implícitas. Nessa aula, houve uma aproximação da temática relacionando o conteúdo da crônica com o dia a dia do aluno. Primeiramente, foi encaminhada uma atividade oral a partir de alguns questionamentos, em relação a maneira de se vestir. Como se vestem para determinadas ocasiões, como colégio, jogo de futebol, teatro, casamento? E, ainda se podemos julgar as pessoas pela maneira de se vestir? A discussão motivou o grupo, dessa forma, proporcionando interação entre os alunos. A partir dessa atividade, os alunos demonstraram uma certa curiosidade para ler a crônica. Através de slides, foi passado que na crônica de Stanislaw Ponte Preta acontece um fato que poderia ser observado por qualquer pessoa, falou-se da importância de ficar atento durante a leitura, para perceber como aparece o humor e quais os elementos que o autor usou para provocá-lo. Em seguida, foi entregue uma cópia do texto para os alunos, sugerindo a leitura silenciosa. Depois o texto foi lido em voz alta por um aluno voluntário, e no grande grupo, destacaram os elementos que mais lhe chamaram atenção. A turma foi dividida em quatro grupos, cada grupo recebeu duas questões, com a finalidade de serem fundamentadas com o texto em estudo. Enquanto desenvolviam a atividade, circulei pela sala de aula , a fim de auxiliá-los na interpretação e informações implícitas no texto. Ao final, todos os grupos socializaram suas conclusões. A atividade tornou-se bem interessante, pois os alunos trouxeram o texto para a realidade, dizendo que atualmente ainda existem situações que exigem roupas adequadas. Finalizando as atividades com o texto, todos leram “Tia Zulmira e eu” e “Dois Amigos e um Chato”, que são do mesmo autor. Na sequência, trabalhamos com o texto “O Recado ao Senhor do 903”, de Rubem Braga, momento em que compartilhamos conhecimentos, com o intuito de rever os elementos da narrativa, perceber a intertextualidade no texto, e ainda desenvolver novas estratégias de leitura.

Para a realização dessa atividade foram adotadas estratégias de leitura sugeridas por Solé (1998), onde os procedimentos consistem em fazer o levantamento do conhecimento prévio que os alunos têm sobre o assunto e registrá- los. Ao iniciar a atividade, ativamos os conhecimentos prévios dos alunos, questionando-os sobre o seu bairro, lugar onde moram e o tipo de moradia que predomina naquele local, (casa, apartamento). Todos puderam se manifestar, além de falar sobre o relacionamento com os vizinhos. Em seguida, abrimos uma discussão sobre as regras existentes na escola e sobre a sua importância, o relacionamento com os vizinhos, se existem regras e se elas são respeitadas por todos. Na sequência perguntou-se aos alunos se já tinham ouvido falar de Rubem Braga. A maioria respondeu que sim, e até citaram outras crônicas produzidas por ele. Foi comentado que no texto o narrador é um morador de um prédio, que se comunica com os vizinhos através de cartas, o que deixou os alunos curiosos para a leitura. Depois dessa atividade, os alunos receberam uma cópia do texto, para leitura silenciosa, com o objetivo de identificar as personagens e como são representadas. Sugeriu-se ainda que observassem as comparações feitas pelo narrador para serem comentadas com a classe. Para encerrar as atividades com a crônica, solicitou-se aos alunos que observassem o esquema exposto em sala de aula e produzissem textos abordando situações do cotidiano, procurassem imagens ou tirassem fotografias, que tivessem relação com o assunto para serem exibidas com o texto. As atividades foram socializadas com a classe. A última atividade do Projeto foi a organização do momento cultural, que teve como objetivo principal resgatar o interesse pela leitura a partir de dramatizações, paródias, produção de histórias em quadrinhos e poesias. Formamos quatro grupos, cada grupo ficou responsável para pesquisar uma crônica e sobre seu respectivo autor. Depois da pesquisa os grupos apresentaram o resultado para os demais colegas da classe, momento em que tiveram a liberdade de escolher a forma de apresentação. A atividade atingiu o objetivo proposto, houve um grande envolvimento por parte dos alunos, cada um dentro das suas possibilidades. Depois desse pequeno ensaio, os grupos foram preparados para organização e apresentação das atividades desenvolvidas durante o Projeto, num momento cultural com a participação dos pais e comunidade escolar. Para isso, os alunos produziram

teatros dramatizações, paródias, cartazes, e histórias em quadrinhos. Trabalhamos, principalmente, com as crônicas citadas no Projeto. “A Última Crônica”, “Na Escuridão Miserável” de Fernando Sabino, “A Moça e a Calça” de Stanislaw Ponte Preta e “O Senhor do 903” de Rubem Braga, além de outros textos escolhidos por eles. Para melhor organização, os alunos reuniram-se no contra turno, para estudar os textos, a entonação de voz, os gestos além de outras habilidades necessárias para uma boa representação. Nessa etapa tiveram o acompanhamento da Professora de Arte. Os grupos organizaram as atividades desenvolvidas, para a apresentação, criaram figurinos e montaram o cenário. As atividades foram ensaiadas em sala de aula e no contra turno. Os alunos ficaram responsáveis para convidar as demais turmas, professores, funcionários e comunidade em geral, divulgando dessa forma o resultado do trabalho. E, ainda para ultrapassar os muros da escola, foi criado um blog onde socializamos curiosidades sobre o gênero textual crônica, leituras realizadas e atividades produzidas. Percebeu-se um grande envolvimento e satisfação na construção do cenário e dos personagens. No decorrer da Implementação do Projeto, os grupos guardaram todo material produzido o que facilitou a finalização. Também notou-se que alguns grupos tiveram mais facilidade que outros, o que é normal, pois cada grupo tem sua individualidade que foi respeitada em todos os momentos. No encerramento das atividades, os alunos relataram que ficaram felizes por terem sido escolhidos para participar do Projeto, segundo eles, as atividades realizadas foram interessantes e despertaram o gosto pela leitura. Sentiram-se valorizados, dessa forma, elevando sua autoestima. Alguns mais tímidos se sentiram constrangidos e não participaram das apresentações. Sua posição foi respeitada, no entanto foram conscientizados da importância de divulgar os trabalhos produzidos. No final do Projeto, foi possível perceber que os alunos cresceram, adquiriram experiências novas através das atividades realizadas durante a aplicação do Projeto, estimularam a criatividade, o gosto pela leitura, dessa forma, melhorando a capacidade oral do grupo. Trabalhar o gênero textual crônica pode ser uma sugestão para que os educandos se tornem futuros leitores.

3.1 GRUPO DE TRABALHO EM REDE – GTR

Simultaneamente a Implementação do Projeto aconteceu o GTR 2014 – grupos de trabalho em rede, uma das atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) que caracteriza-se pela interação virtual entre os professores do PDE, que neste caso atuam como tutores dos grupos, e os demais professores da Rede Pública, que selecionam o grupo do qual pretendem fazer parte, através de inscrição. O GTR é um ambiente de atividades em que o professor PDE socializa e propõem uma discussão do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, a Produção Didático Pedagógica e da Implementação do Projeto que estão sendo desenvolvidos na Instituição de Ensino em que o professor PDE pertence. No meu grupo, inscreveram-se 17 Professores da Rede Pública, destes, 14 concluíram todas as etapas. Uma professora nunca acessou o sistema, outro participou da primeira parte e abandonou, e , um terceiro deixou todas as atividades para o último dia. Enviou-me mensagens pedindo ajuda, no entanto não pude fazer nada, pois o sistema estava muito lento e não foi possível a realização das atividades. Os participantes deram opiniões e sugestões, falaram das suas dificuldades em relação à leitura, além de relatar experiências que consideravam positivas, auxiliando dessa forma, no desenvolvimento da proposta. Os cursistas elogiaram a iniciativa, e relataram que também estavam realizando atividades de incentivo a leitura, alguns com o gênero textual crônica, outros com contos e histórias em quadrinhos. Os relatos me deixaram muito feliz, pois a maioria dos participantes se posicionou favorável, dizendo que incluiriam as atividades indicadas no Projeto, na sua prática diária. Pode-se afirmar que as contribuições de todos foram valiosas e contribuíram para a Implementação do Projeto. Percebeu-se a preocupação que os professores da Rede Pública de Ensino têm em resgatar nos alunos o gosto pela leitura. O Projeto foi enriquecido com as sugestões apresentadas. Professores de Língua Portuguesa e de outras áreas estão envolvidos com a leitura, o que nos leva a acreditar que as atividades nele contidas farão a diferença no incentivo a leitura. Com a participação de todas as disciplinas o resultado será ainda melhor.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho desenvolvido com os alunos da Primeira Série do Ensino Médio teve como objetivo aproximar a leitura através de crônicas selecionadas com o intuito de criar o hábito de leitura. Aguiar e Bordini (1993, p. 18), destacam “que o primeiro passo para a formação do hábito de leitura é a oferta de livros próximos a realidade do leitor, que levantem questões significativas para ele”. Assim, o crescimento do educando se faz pela imersão no universo da palavra escrita e seu envolvimento intelectual pode ser medido através de sua habilidade de verbalização dos conteúdos assimilados durante o processo de leitura. Foram desenvolvidas atividades individuais e em grupo com a finalidade de ampliar a capacidade de ler, desenvolvendo a fluência, a entonação de voz, instigando os alunos a construir sentidos, identificar o tema do texto, para melhorar a interpretação e a argumentação. Percebeu-se que no decorrer das aulas os alunos foram adquirindo autoconfiança e superando o medo de falar, de expor-se diante dos colegas e comunidade escolar, através da apresentação dos trabalhos. Acredita-se que o trabalho desenvolvido tenha contribuído para despertar o gosto pela leitura, pois os alunos tornaram-se mais criativos e interessados nas aulas de Língua Portuguesa, uma vez que a cada etapa, mudava-se a metodologia e apresentavam-se novidades. Isso fez com que as aulas não fossem uma rotina pedante, mas sim, alegres e divertidas. Os textos propiciaram muitas reflexões, em função disso, temos alunos mais interessados e participativos, cada um, de uma ou de outra forma, querendo trazer a sua contribuição.

REFERÊNCIAS

ABAURRE, Maria Luiza M. Português: contexto interlocução e sentido. São Paulo: Marcela Pontara, 2008.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

BENDER Flora; LAURITO Ilka. Crônica: história, teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993.

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor; alternativas metodológicas. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

CEREJA, W. R. MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. 5.ed. reform. São Paulo: Atual, 2009.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 2008.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura de mundo. São Paulo: Ática, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes da educação básica: língua portuguesa. Curitiba, 2008.

PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Olympio, 1973.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Criticidade e leitura: ensaios. São Paulo: Mercado de Letras, 1998.

_____. Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

_____. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

YUNES, Eliana. OSWALD, Maria Luiza. A experiência da leitura. São Paulo: Edições Loyola, 2003. 2003.