tattoo circus corunha 15 memória de luitas 13 Maio acolheu a primeira parada no A LUAR foi umha das organizaçons “Há algo que nosso país do Tattoo Circus, um mode- mais ativas na insurgência contra a lo de festival solidário nascido em Ro- ditadura salazarista em Portugal. José aprender da ma há cinco anos. Tatuagens, cabaré, Hipólito Santos, autor de dois estudos experiência de palestras, concertos... integram-se nes- na matéria, reflete na memória escas- te arredor da luita anticárceres. sa sobre a luita armada. 600 anos de montes em nÚmero 127 15 de Junho a 15 de Julho de 2013 2 € mao comum”

fRAN quIROgA integrante do coletivo ‘O monte é Nosso’ Novas da Gali a pág. 19

periódico galego de informaçom crítica A tradiçom marítima celebra-se em julho

encontro de embarcaçons em outes

O porto do Freixo, em Outes, De fato, cada vez mais estalei- acolherá em julho o XI Encon- ros procuram umha via na tro de Embarcaçons Tradicio- construçom de embarcaçons nais da Galiza. O evento cai este tradicionais para desporto e la- ano numha vila com sona polas zer. Umha cultura, a da navega- suas carpintarias de ribeira, e çom tradicional, que ganha es- um dos eixos das jornadas será paço de vagar, sem elitismo e a história e futuro deste setor. clubes náuticos. / PÁG. 25

obras de ave aGridem zonas do rural alta velocidade: umha nova navalhada à rede ferroviÁria

recuPeraçom do Património Nos últimos anos a política ferroviária do Estado es- dem espaços naturais protegidos e provocam des- panhol apenas consistiu na construçom de vias de troços em vivendas ou depósitos de água. Na Galiza, alta velocidade, avançando num modelo que prima cujos caminhos de ferro som produto do centralismo Transformar o cárcere os grandes núcleos de populaçom e deixa incomuni- espanhol e de interesses localistas, os planos do Es- cadas as zonas do rural. Porém, som estas zonas as tado impederám um desenvolvimento do trem acor- num espaço social que se vem mais afetadas por umhas obras que agre- de com a realidade do país. / PÁG. 16-17

No velho cárcere da Torre, na perar o edifício, abandonado há Corunha, os vizinhos de Monte anos. O colectivo Projeto Cár- Alto puiderom ver durante anos cere quer criar um espaço de Primeiros dias na praça de Taksim a figura da repressom franquis- cultura e convívio mas também ta ao pé das suas moradas. Ho- dar a conhecer o que ali passou. je, os mesmos vizinhos, man- Os impedimentos, agora, ven- Testemunha direta relata os protestos em Istambul e reflexiona tenhem umha luita para recu- hem do concelho. / PÁG. 22 sobre o momento histórico que está a viver a Turquia / PÁG.12

suPlemento central a revista oPiniom

TEmpO, HISTÓRIA E pODER Pablo Domínguez expom como certas concepçons do tempo O RELATO DAS INvISívEIS por maría vieites / 3 servírom como mecanismo de domínio ao longo da história umHA HISTÓRIA DO AquI: O DIREITO LIÇONS DE HISTÓRIA A DECIDIR por Jesus Irago pereira / 3 Percurso por alguns filmes que ponhem em causa, com as formas fílmicas e a linhalidade cronológica, a historiografia hegemónica SALvEmOS A NAÇOm por Xan Carlos Ansia / 28 02 oPiniom Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

o Pelourinho do novas

Se tés algumha crítica a fazer, algum facto a denunciar, ou desejas transmitir-nos algumha in- GALIZA reserva-se o direito de publicar estas colaboraçons, como também de resumi-las ou ex- quietaçom ou mesmo algumha opiniom sobre qualquer artigo aparecido no NGZ, este é o teu tratá-las quando se considerar oportuno. Também poderám ser descartadas aquelas cartas lugar. As cartas enviadas deverám ser originais e nom poderám exceder as 30 linhas digitadas que ostentarem algum género de desrespeito pessoal ou promoverem condutas antisociais a computador. É imprescindível que os textos estejam assinados. Em caso contrário, NOVAS DA intoleráveis. Endereço: [email protected]

anos, e com que ingressos contas has más línguas, correste antes carta aberta a tu, deputado do Parlamento da humor carlos calvo de acabar a carreira de direito. Javier dorado Galiza para que os bancos estejam Parece que foste contratado como seguros de que vás pagar? Porque assessor da Conselharia de Eco- de momento és parlamentário e nomia e Industria por 60.000 eu- Caro Javier Dorado: cobras um bom soldo, mas dentro ros ao ano. E será certo? Se é, gos- Escrevo-che porque estou preo- de quatro anos há eleiçons. Se taria de saber como foi o processo cupado, muito, polo teu futuro. nom sais elegido, se ficas sem tra- de contrataçom, que méritos e va- Venho de ler na página do Parla- balho, que? Embargarám-che a ca- lia vírom em ti sem acabares a mento da Galiza a tua declaraçom sa e solicitaremos @s membros de carreira. Igual poderia apresen- de bens e sinto arrepios e muita Stop Despejos, ‘filo-terroristas’ tar-me eu a este tipo de ofertas de curiosidade. Arrepios, à vista da dim no teu partido, que evitem que trabalho que, cousa rara, nunca alta, altíssima, quantidade de di- a polícia te bote do teu piso? vejo nas listagens do INEM nem nheiro que um moço de 25 anos Estou muito preocupado por- webs de demanda de emprego. como tu, há pouco licenciado e que vejo que um dia destes ficas Em fim, caro, espero che vaia sem umha longa carreira profis- sem emprego e sem poder pagar bem e nom te vejas, por unha vez, sional, deve aos bancos. Vejo na a hipoteca e nom gostaria de ver- nas mesmas que @s moç@s ga- tua declaraçom de património te num caixeiro, cousa que nos leg@s: trabalhando por umha mi- que pediste umha alta suma a No- pode passar a qualquer umha. Ou séria, no paro e vegetando nas ca- vaGaliciaBanco e ao Banco Pas- sabes que vás seguir de deputado sas dos pais/mais ou caminho da tor: um “empréstimo pessoal” por na próxima legislatura? Que se emigraçom. Porque tu tiveste sor- valor de 6.500 euros, outro por deixas de ser deputado vas ter te, muita sorte. Pós-lhe vela a al- 71.756,38 euros e umha hipoteca trabalho? E se o sabes, como, gum santo em concreto? por 113.547,78 euros. E num mui- quando a maior parte dos mortais to curto espaço de tempo. Soma- nom sabem quanto vai durar o úl- Um moço desempregado dos, resulta unha quantidade to- timo contrato que assinárom? tal de 191.804,16 euros. Outra possibilidade, é teres outro Se algo me rói na cabeça é a se- trabalho para pagar a hipoteca: ERRATAS. A entrevistada pola Ciran- da no passado mês era Carme Sabo- guinte questom: se para pedir um repartindo pizzas em moto, ou rido. A ilustraçom da página 3 é de crédito fai falha endossar e ao publicidade polas caixas de cor- Ruth Caramés. A fotografia da página tempo contar com uns ingressos reios por uns 600 euros ao mês? 2 d’A Revista pertence ao arquivo da que garantam o pagamento, que Claro que confio em que corras Real Academia Galega. bens endossaste tu, moço de 25 a mesma sorte que, dim algum-

editorial

território. Um traçado mui pouco de milhons a grandes compa- respeitoso com o ambiente está nhias, neste casso as grandes Ruído e alta velocidade a arrasar viçosos vales no inte- construtoras que levam as adju- rior do país e a desmantelar a re- dicaçons para construírem as no- urante as horas de dia megaestruturas, o ruído das cai- contrários ao cuidado do territó- de convencional que prestava vas vias. Há dados que som reve- nom cala a constante e xas das empresas construtoras a rio. Os grandes partidos galegos serviço a múltiplas localidades. ladores: aguarda-se que com os Dabrumadora martelada fazerem milhons de euros, o ruí- com representaçom parlamentar Ainda que esta rede convencio- recentes cortes em serviços fer- na ria. As obras do viaduto do do das fontes e poços que ficam nos últimos tempos nom pugé- nal tampouco seja um exemplo roviários a poupança para o Es- Ulha, polas quais passarám vias sem água. De tam presente que rom nunca em questom o impac- de planificaçom conforme às tado espanhol seja de cerca de 50 de alta velocidade, além de mu- está o som das obras, algumhas to ambiental e social que supo- realidades socioeconómicas do milhons de euros, mais ou menos dar as correntes das águas, ali- vizinhas dim que já nom o apre- nhem a construçom das vias do país, a arremetida das vias de al- o que custa a construçom de um mentar-se da precariedade labo- ciam, que se acostumaram a ele. AVE na Galiza. Há uns anos, ta velocidade impedirá qualquer tramo de 2 quilómetros de AVE. ral e desmantelar a rede conven- Defender a chegada do com- mesmo o nacionalismo institu- tipo de modificaçom para umha O Estado, a velocidade, o ruí- cional, estám a pendurar dos ou- boio de alta velocidade à Galiza cional mobilizava-se sem o dubi- melhor divisom territorial da re- do... som a oferta única que os vidos das galegas o ruído do pro- pode também ser o sintoma de dar pola pronta chegada desta de de caminhos de ferro. mercados tenhem para a Gali- gresso na sua vida quotidiana. umha perda de capacidade sen- infraestrutura colonial. As obras do AVE explicitam o za. Razom de mais para arga- Quer dizer, o ruído das tunelado- sorial, de ter interiorizado os ruí- O fetiche da velocidade nas papel do Estado como garante da lhar vias próprias, além da ilu- ras que atravessam os vales, o dos estruturais como ritmo de comunicaçons está a alicerçar classe empresarial e poderosa já som desenvolvimentista e as re- ruído dos acidentes laborais nas baile ou de defender interesses umha nova agressom contra o que se está a dotar de milhares des do Capital.

EDITORA Olga Romasanta / A Denúncia: Iván garcía fOTOgRAfIA CORREÇOm LINgÜíSTICA A.C. mINHO mEDIA / Cultura: Antia Rodríguez / Desportos: An- Arquivo NgZ, Sole Rei, galiza Independente Xiam Naia, fernando Corredoira, vanessa vila jo Rua Nova, Isaac Lourido e Xermán vilu- (gZI-foto), Zélia garcia, Borja Toja verde, mário Herrero, Javier garcia, Iván velho CONSELHO DE REDAÇOm ba / Consumir menos, viver melhor: Xan Iván g. Riobó, Aarón López Rivas, Rubén Duro / A Criança Natural: maria Álvares ADmINISTRAÇOm COLABORAm NESTE NÚmERO melide, Xavier miquel, Antia Rodríguez gar- Rei / Agenda: Irene Cancelas / A Revista: José viana e Carlos Barros gonçales Carlos Calvo varela, Jesus Irago pereira, cía, Raul Rios, Xoán R. Sampedro, Olga Ro- Rubén melide / A galiza Natural: João maría vieites, Zélia garcia masanta, Alonso vidal, paulo vilasenin Aveledo / gastronomia: Luzia Rgues., Sino LOgíSTICA E puBLICIDADE vera-Cruz montoto, Xavier R. fidalgo, Seco / Língua Nacional: valentim R. fagim / José viana e Daniel R. Cao m.B., João Aveledo, Sérgio Caamanho, SECÇONS Criaçom: patricia Janeiro / Cinema: José Cadaveira, Xan Carlos Ánsia, Cronologia: Iván Cuevas / Economia: Xurxo Chirro AuDIOvISuAL: galiza Contrainfo pablo Domínguez, Rute André, Aarón López Rivas / Agro: paulo vilasenin Ellise Dacosta, Julio vilariño e Jéssica Rei / mar: Afonso Dieste / DESENHO gRÁfICO E mAquETAÇOm HumOR gRÁfICO media: Xoán R. Sampedro e gustavo Luca / Hilda Carvalho, Joám fernandes, Suso Sanmartin, pestinho, Xosé Lois Hermo, fECHO DE EDIÇOm: 19/06/2013 Além minho: Eduardo S. maragoto / manuel pintor, Helena Irímia gonzalo, Ruth Caramés, pepe Carreiro, povos: José Antom ‘muros’ / Dito e feito: mincinho, Beto

D. LEGAL: C-1250-02 / As opinions expressas nos artigos nom representam necessariamente a posiçom do periódico. Os artigos som de livre reproduçom respeitando a ortografia e citando procedência. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 oPiniom 03

oPiniom Uma história do aqui: o direito a decidir Jesus Irago pereira que militava colaborando com A militância Novo Projecto Comum no seu PCE-Esquerda Unida apanhan- Cacharro Pardo em Lugo e o ca- momento teve a participação do do-lhe cinco disputad@s nas últi- o ano 72 andávamos às marada que me integrara na UPG nacionalista tem exausto e débil independentismo mas eleições autonómicas coisa portas, mais uma vez, de fazendo campanha pelo PSOE. o direito a reclamar achando, na sua inocência, que que jamais sucederá. Basta dizer Numa grande crise do siste- No ano 80 e sobretudo após o poderia ser o projeto chamado a que nas autonómicas do 2008 ma capitalista e nas cidades de Vi- golpe de estado de 81, no seio da do BNg e da upg materializar o movimento ruptu- apenas chegavam a 18.000 votos, go e Ferrol a agitação e os protes- UPG abriu-se o debate do que fa- rista e independentista. Propuse- sendo na prática uma força teste- tos eram com muito os mais im- zer com a ANPG, o qual remata a coerência que ram-lho assim a Beiras Torrado, munhal na vida política do País. A portantes que se deram na Galiza com o sacrifício da mesma e o ca- fomente a consciência que como bom politicote regou- coisa não remata aqui, a última após o levantamento fascista. minho à criação do BNG ficava lhes os ouvidos com aquilo que informação que tenho constatada Pouco mais tarde chegavam para aberto, coisa que acontece a finais nacional e de classe queriam escutar. Pretender que é que gente que militou quando as minhas mãos os primeiros pan- do ano 82 na assembleia de Ria- Beiras Torrado –nas suas palavras eu no PCLN e inclusive no fletos políticos. Vinham de Vigo e zor na Corunha. A deriva ideoló- do nosso povo “independentista não praticante”- EGPGC está propor a entrada em os correios -sem carga partidária gica começava a sua andaina pelo e os seus acólitos abraçaram uma Esquerda Unida. Reconheço que alguma- eram de dois moços do que nos anos 85-86 a UPG recon- tante requeria. À ruptura da FPG alternativa de esquerdas rupturis- depois de quase quarenta anos de meu povo que moravam na cida- sidera a sua política com respeito e à aparição de APU soma-se um ta e independentista era simples- militância há coisas que não dei- de olívica. Basicamente panfletos às instituições e o debate pela jura EGPGC fora da realidade. Um e o mente uma toleima. De facto xam de assombrar-me pelo que da UPG e da sua Frente Obreira e da constituição remata no ano 87 outro rematam por desaparecer. Anova remata com o espanholis- em muitas ocasiões fico a pensar do PCE e CC.OO. Dos comunistas com a mais importante cisão que A finais da década de 90 inicia-se mo do PCE-Esquerda Unida na que coisa é que tem a terra desta espanhóis o seu órgão oficial “La se dera nunca no seio do Partido o chamado Processo Espiral que coligação AGE Terra que sempre os porcos aca- voz del Pueblo”, praticamente to- aparecendo o PCLN que junto culmina com a criação de Nós-UP. Nos últimos 60 anos o esforço bam de pé. do em espanhol, a mesma língua com uma pequena GC e coletivos Mas as tensões internas que des- do nacionalismo por se converter Hoje, depois de toda esta andai- que maioritariamente também independentistas formalizam no de o início teve este processo re- na força referente da esquerda na na, UPG e BNG estão a reclamar utilizava CC.OO nos seus comu- ano 88 a FPG. Todos estes movi- matará por rompê-lo ficando mar- Galiza foi uma luta constante que um movimento rupturista e sobe- nicados. Ainda a estas alturas o mentos, sem dúvida de uma gran- ginalizado e controlado por Pri- semelhava superada desde finais ranista -por força independentista espanholismo não tinha assumi- de importância, verão-se acres- meira-Linha, que tem as suas ori- da década de 70 e constatada na e de esquerda- baseado no “direi- do a língua e a simbologia nacio- centados com a presença do gens na sucursal galega do Movi- década de 80. De facto, a esquer- to a decidir”, quer dizer, o direito nal. De facto, foram assumindo - EGPGC. As possibilidades de en- mento Comunista. O último da formal do espanholismo PCE- de autodeterminação. Mas ainda formalmente- na medida em que cetar um movimento real ruptu- intento por aglutinar um indepen- esquerda unida, como muito ti- dentro do Bloco há vozes que es- o nacionalismo ia impondo o seu rista e independentista na Terra dentismo exausto e débil passa nha alcançado no parlamento au- tão a dizer que assumir estas po- protagonismo na vida política do por fim se poderia ver materiali- por , hoje em estado tonómico um deputad@, e inclu- sições políticas é uma volta 30 País. Pela minha parte comecei a zada. A importância numérica da de catatonia. sive no mundo do trabalho a In- anos atrás. Afirmo e acredito que militar na UPG no ano 78 e no 25 militância e o apoio social do mo- Apenas fai pouco mais de um tersindical superava com muito a o nacionalismo assume estas rei- de Julho deste mesmo ano topei- mento convertiam-no certamente ano o BNG culmina a sua deriva UGT-CCOO quanto a poder de vindicações ou não é nacionalis- me com um de aqueles moços que em histórico. com uma ruptura aparecendo movilização da classe trabalhado- mo. Em qualquer caso @s mili- traziam os panfletos de Vigo com Foi um sonho, em apenas dois Compromiso por e Anova, ra galega. Fruto de essa supera- tantes nacionalistas temos o di- quem estivem a escutar na Praça anos todo se afundou. A incoerên- depois de um falso debate que foi ção foi possível a convocatória e o reito a reclamar do BNG e da da Quintã -entre outros- a Teles- cia, a falta de compromisso e so- chamado Novo Projeto Comum sucesso das grandes greves gerais UPG a coerência que fomente a foro Monzón. Não passaria muito bretudo a irresponsabilidade d@s que tem no messiânico Beiras em Galiza. Tudo este esforço está consciência nacional e de classe mais de três anos para ver o moço companheir@s chamad@s a diri- Torrado o seu máximo e único lí- claramente ameaçado ultima- do nosso povo. Só assim podere- militando na extrema direita es- gir este incipiente movimento fi- der, acompanhado entre outros, mente graças à inestimável ajuda mos alcançar o objetivo final de panhola e no Opus dei, ao que fo- cavam muito longe de ter a madu- da sempre incoerente FPG e a sua que o reconvertido politicote Bei- todo nacionalista: a independên- ra Secretário Geral do partido em reza que um momento tão impor- “Posición Soto”. Certamente o ras Torrado está a prestar-lhe ao cia e o socialismo na nossa Terra.

fax umha autorizaçom assinada educaçom, dependência nos so- polo titular para poder dar-lhe a mam ainda mais peso do que le- O relato das invisíveis informaçom. vamos. Num momento onde os Lola desligou o telefone. homens e curas querem decidir Quando me relatava os feitos sobre o nosso útero. Miña irmá, miña irmá, miña amiga, casa , almoça de vagar e saboreia preço do leite desse mês e a moça empregava a retranca (Mira que Ainda temos que escuitar essa tan igual a min e tan distinta, esses 15 minutos que som só dela perguntou-lhe o número do bilhe- bem, que já tenho a razom para grande mentira de que as mulhe- dáme a man e faremos cordada, porque ao longo do dia nom há- te da pessoa titular da exploraçom nom levantar-me a mugir, nom ir res temos os mesmos direitos do ven comigo, miña camarada. de ter mais. Os róis som muitos: que neste caso é o do seu compa- à erva, nom ir à Oficina Agrária… que os homens. Que já consegui- a cuidadora, a mai, a esposa, a fi- nheiro. Ela dixo-lho de corrido, total, eu nom conto como ganadei- mos a igualdade. lha, a irmá, a tia… depois de tantos trâmites (mais ra) mas nos seus olhos havia rai- Enquanto em qualquer colégio maría vieites Lola é mui querida e apreciada outro rol) já o sabe de memória. va, impotência, dor… do país as nenas e moças seguem na sua casa (É tam trabalhadora!!) Pois bem, segundo a lei de pro- Em 10 anos nunca tal cousa vive- a ser vítimas dumha sociedade la chama-se Lola , tem 38 mas há vezes que desejaria ser ou- teçom de dados (ou isso lhe dixé- ra e doía muito. A mim também me marcada polo culto ao corpo. Fa- anos e há umhas semanas tra pessoa e fugir a onde nom a rom) nom lhe podia dizer nada. doíam as suas palavras porque ain- zendo que se odeiem nessa etapa Esentiu-se invisível. Todos os conhecessem, mas nom o fai. Essas dúvidas só as podia comen- da que cada caso é distinto, é umha da vida tam importante na cons- dias se levanta às 7 da manhá, bebe Há umhas semanas sentiu-se in- tar com a pessoa titular da explo- realidade mui palpável no país. truçom da sua personalidade. um café rápido e vai junto com seu visível . Chamou a empresa à que raçom. Ela já estava acostumada Sentim-me identificada com o Rachemos com essas dinâmicas homem mugir as 40 vacas que te- lhe vendem o leite para aclarar um- a este tipo de respostas e explicou- seu relato. Dá igual o teu esforço que nos afogam, sejamos livres pa- nhem. Sobre as 8 e media da ma- has dúvidas que tinha. Ao outro la- lhe que ainda que o titular fosse o diário, o teu trabalho, a tua valia… ra dizer nom. Teçamos redes de nhá volve a sua casa, desperta o do do telefone estava una moça no- seu marido ela também estava co- se nom estás identificada, nom apoio e luitemos para que nos ve- seu filho e a sua sogra e deixa-os va. Nunca falara com ela e desde tizando e trabalhava tanto ou mais existes, nom és parte da sociedade. jam. Participemos e falemos entre almoçando enquanto que ela volve esse dia nom o quer volver fazer. do que o homem que figurava na Chegou-me este relato num mo- nós. Se algo nos caracteriza às mu- à quadra para rematar o trabalho. Lola perguntou-lhe por uns des- cabeceira das faturas. Dixérom- mento decisivo para as mulheres. lheres galegas é a nossa força. Às 10 da manhá e já de volta à contos que se lhe aplicárom no lhe que de ser assim envia-se por Onde os recortes em sanidade, Rachemos coa invisibilidade!! 04 acontece Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

acontece abre o novo centro social Xebra em burela verdeGaia contra os atroPelos da fauna

O fenómeno dos centros sociais continua a O coletivo ecologista lançou a campa- aumentar. O 31 de Maio abria as portas em nha “Atropelos, non grazas” com o galho Burela o centro social Xebra, que quer ser do Dia Mundial do Ambiente. O objetivo “um novo motor para a Marinha do pre- é a sinalizaçom dos pontos negros de sente para o futuro” e dar saída ao inquie- atropelos de fauna selvagem e conscien- tamento cultural e político da comarca. cializar à cidadania do problema.

Edgewater conta com começar o projeto empresário viguês agride de mineraçom em Corcoesto este verao sindicalistas

feiJoo asseGura “aPoio ao setor” Pese a oPosiçom PoPular NGZ / O proprietário de Mariel Boutiques, a cadeia de tendas NGZ / As denúncias contra a mina mento do descontento social com de roupa viguesa, foi denun- de Corcoesto de diversos grupos este. Feijoo sublinhou várias vezes ciado por agressons e insultos ecologistas forom dando passo a que Edgewater deverá cumprir to- no passo dumha protesta au- ampla rede ContraMINAcción, dos os requisitos legais e ambien- torizada frente ao seu domicí- que o passado 2 de junho juntava tais e que os técnicos de indústria e lio o passado 6 de Junho. A a miles de manifestantes na com- meio ambiente ainda nom conce- CIG convocara o 'escracho' postelá Praça da Quintá. A mobili- derom a autorizaçom. Mas, pola frente ao domicílio de José zaçom fixo visível a magnitude da outra banda, o presidente também Covelo González, no caminho oposiçom cívica nom só contra a asegurou o seu apoio ao setor da de Sabaxáns (perto de Lava- mina de ouro a céu aberto de Cor- mineraçom na Galiza, sempre com dores) para reclamar o pago coesto, senom contra qualquer o galho de criar emprego. Um de vários salários e a indem- projeto de mineraçom “agressiva” apoio que, além das declaraçons nizaçom a umha trabalhadora projetado na Galiza. Mas nem as oficiais, fica patente na subvençom que foi despedida ao pedir a críticas dos colectivos cidadáns ou de 300.000 euros aprovada no reduçom da jornada laboral da opossiçom parlamentária pa- DOG do 7 de junho para o “fomen- para cuidado dumha filha, e rescem frear as intençons do pre- to do setor mineiro galego”. que nesse momento se topava sidente da Junta, Alberto Núñez de baixa por acosso laboral. Feijoo, ou de Edgewater, a trans- O impacto da mina Esta trabalhadora foi preci- nacional canadiana que levará Para poder extraer 1,6 gramos de samente a que apresentou um- adiante o projeto de Corcoesto. ouro necessita-se processar umha ha denúncia por insultos, en- Assim, através dum comunicado tonelada enteira de rocha. Era um quanto outras duas apresentá- oficial sobre a situaçom atual do dos dados que dava Serafín Gon- rom denúncias por agressons projeto, Faino George Salamis, pre- zález, presidente da Sociedade Ga- trás receber assistência médi- sidente de Edgewater Exploration, lega de Historia Natural (SGHN), ca no serviço de urgências vi- asegurava que a tramitaçom reque- durante o I Encontro galego sobre guês. Desde a federaçom de rida pola Junta estaria finalizada o impacto da mineraçom, celebra- Serviços da CIG explicam que este verao, polo que se poderia co- do em Teio no mês de fevereiro, on- o empresário começou a alte- meçar a operar no terreio. No mes- de expertos e redes cívicas se reu- rar às dez pessoas concentra- mo comunicado, e fazendo referên- nirom para contribuír à formaçom das desde o seu carro. Nesse

cia ao estudo socioeconómico de- GONZALO HUTMOR: dum argumentário empírico contra momento, desceu do mesmo e senvolvido em 2011 por NW Con- a mineraçom agressiva. O experto golpeou a umha das trabalha- sultores e o Idega da Universidade a transnacional destaca no texto nunciam os colectivos cidadaos também alertou de que, por cada doras tirando-a ao cham de de Santiago, volve afirmar que a mi- ideias como o carácter “ecológico” que provocará a mina, que ocupa- quilo de ouro extraído em Corcoes- costas. Ao tentar fugir de novo na de Corcoesto criará no primeiro do projeto, o “desenvolvimento sos- ria umha superfície semelhante à to, será precisso consumir 128 qui- no seu turismo, bateu contra o ano de funcionamento 1.600 postos tível da regiom” ou o “estímulo a metade de Compostela. los de cianuro e gerar 4.000 tonela- carro da segunda trabalhadora e trabalho directos e indirectos. diversificaçom” económica da co- Pola sua banda, a Junta continua das de refugalhos entre os quales lesionada que chegava à pro- Além do emprego “qualificado”, marca. Todo o contrário do que de- respaldando o projeto pese ao au- haveria 250 quilos de arsénico. testa nesse momento.

cronoloGia

10.05.2013 / Estudantes da USC "os desempregados, os margi- “severa” e 650.000 estám em 19.05.2013 / Vizinhos de Cabral zaçom da Justiça nas sedes ju- volvem fechar-se em História nalizados e os doentes". risco de exclusom. manifestam-se contra o comple- diciais das principais cidades para reclamarem espaços de xo comercial em Linheirinhos. galegas. estudo abertos 24 horas. 13.05.2013 / Mais de 50 barcos 16.05.2013 / Pessoal de Navan- manifestam-se frente a Gánda- tia pom lume a dous mecos 20.05.2013 / Gamesa anuncia o 23.05.2013 / Casal de Lugo é 11.05.2013 / Mesa pola Normali- ra, na ria de Muros-Noia, para com os rostos de Alberto Nú- despedimento de 394 emprega- condenado a quatro meses de zaçom Lingüística denuncia reclamar à UE umha política ñez Feijoo e José Manuel Rey. dos, 80 deles nas Somozas. prisom por nom escolarizar a que Audasa está a substituir os pesqueira sustentável. filha durante 124 dias. únicos sinais em galego da AP- 17.05.2013 / Milheiros de pes- 21.05.2013 / Junta renova auto- 9 por outros em espanhol. 14.05.2013 / Anonymous hackea soas manifestam-se em Com- rizaçom ambiental à Ferroatlán- 24.05.2013 / Adrián Varela, verea- a web do PP de Ponte Vedra. postela com . tica, Arteijo, Química e Indus- dor de Desportos de Santiago, im- 12.05.2013 / Carlos Negreira, al- trias Losán. putado na operaçom Pokémon. calde da Corunha, pede à Vir- 15.05.2013 / Cáritas diz que 18.05.2013 / Morre atropelado o gem que "interceda polos que 120.000 galegos e galegas vi- último cervo macho do entorno 22.05.2013 / Centos de pessoas 25.05.2013 / Uns oitenta veícu- estám a passá-lo pior" como vem em situaçom de pobreza natural das Salinas (Vila Boa). manifestam-se contra a privati- los participam numa tratorada Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 acontece 05

aGressons Policiais a niGerianos na corunha fiscalia Pede atÉ 20 anos de Prisom Por “banda armada”

Os factos teriam-se produzido um dia depois de que o As penas solicitadas pola fiscalia aos quatro jovens julga- mesmo agente, vestido “à paisana”, lhe requisitasse dos na Audiência Nacional os dias 24 e 25 de Junho so- larpeiradas para a venda e o bilhete de identidade. mam um total de 64 anos de cárcere, ao figurar entre as BNG, AGE, Foro Galego da Inmigraçom e Asociación imputaçons por primeira vez a “pertença à banda arma- Sen Papeis denunciárom o constante acosso à popula- da”. De serem condenados, sentariam-se as bases jurídi- çom nigeriana na cidade por parte do concelho. cas da existência dumha organizaçom armada na Galiza.

Confraria da Corunha revendeu equipas de salvamento da Junta

NGZ / O presidente da Associa- çom de percebeiros do Atlánti- co, Roberto Mahia, apressentou umha denuncia contra a Con- fraria da Corunha por supostas Coordenadora de Anova polariza-se irregularidades, onde se explici- ta que os responsáveis da Con- sem o controlo de nenhum setor fraria vendiam em paginas de Internet a metade de preço as R.R. / Anova encetou a sua pri- Enquanto a velha guarda do EI, ganizados, sendo difícil ter lu- equipas de salvamento maríti- meira Assembleia Nacional des- nucleada por Mario López Rico e gar num cenário tam polarizado mo que lhes entregava a Junta. de o seu nascimento em julho de Luís Eyré 'Palleiro', apostava por entre correntes. Ademais, da Associaçom tam- 2012. Com menos dum ano de listas fechadas proporcionais; o bém afirmam que tenhem pro- Grupo de Açom Costeira (GAC andaina e um processo eleitoral setor mais novo do EI com o re- Alianças eleitorais vas de que as indenizaçons que 1) na zona de Ortegal. O tesou- polo meio, a organizaçom devia ferente de Martinho Noriega ou Um outro tema a tratar forom as pagava a Junta polos trabalhos reiro da Junta Diretiva, Manuel madurecer as suas teses política a FPG e o MpB defendérom o futuras alianças eleitorais de Ano- de regeneraçom iam destinadas Vicente González, foi destituído e organizativa para “pôr-se a tra- método das listas abertas como o va. Enquanto alguns setores apos- a familiares diretos dos repon- por denunciar mala gestom na balhar de cara à sociedade”, em mais democrático. Foi finalmente tava por consolidar AGE, a posi- sáveis da Confraria, inclusive a Confraria de Celeiro e segundo palavras do reeleito vozeiro na- este último o que foi aprovado, se çom maioritária foi manter a sobe- pessoas finadas e que nalgums as suas palavras, já que na Con- cional, Xosé Manuel Beiras. bem com umha correçom para rania de Anova para escolher com- casos ultrapassárom os 60.000 fraria utilizam-se fundos euro- A reeleiçom de Beiras como lí- impedir o controlo da CN por panheiros em cada cita eleitoral euros por unidade familiar. Os peus que pouco tenhem a ver der do projeto foi o grande ponto parte de nenhuma corrente: cada segundo os interesses do momen- percebeiros atlánticos (que re- com o setor profissional da pes- de encontro da assembleia, que militante só podia votar a 36 dos to, se bem houvo umha louvança pressentam o 90% dos perce- ca e sim com fins partidistas. As- polo demais estivo marcado por 75 membros (um 48%). cara a coaligaçom e aceitou-se se- beiros na zona) ameaçam com sim se denúncia em dous atos fi- intensos debates entre as varias Deste jeito, e segundo refletem guir reforçando-a e ampliando-a. começar movilizaçons e feches nanciados com dinheiro públi- sensibilidades políticas que con- fontes consultadas polo Galicia se nom se lhes escuita e acusam co, como a feira do berberecho vivem em Anova. Sensibilidades Confidencial, o plantel extra-ofi- Dissoluçom de siglas diretamente à Conselheira de e sobre as Jornadas Técnicas de que agora estarám obrigadas a cial do EI tradicional conseguiria Várias vozes pedirom a dissolu- Mar, Rosa Quintana e ao Secre- Difussom do Setor Pesqueiro, chegar a acordos e manter a con- entrar com 36 membros na CN, çom da dupla militância com o ob- tario Geral de Meio Rural e Mar onde segum os denunciantes vivência numha Coordenadora enquanto o grupo de Martinho jetivo de evitar dinâmicas grupais. Francisco José Vidal Pardo, de “fôrom mais um desfile de polí- Nacional (CN) heterogénea com Noriega ficaria com 10 ou 15 re- A emenda que assim o defendia ignorar ás suas reclamaçons. ticos de Madrid que umha feira presença do Encontro Irmandi- presentantes e do plantel da FPG obtivo umha maioria de votos da do setor”. Todo isto tendo em nho (EI), Frente Popular Galega entrariam 25 pessoas. assembleia, mas ao nom contar Suposto caso de corrupçom conta que o presidente da Con- (FPG), Movemento pola Base Segundo fontes consultadas com os dous terços necessários na comarca de Ortegal fraria de Celeiro, Máximo Díaz, (MpB) e independentes. por este jornal, os grandes per- para a modificaçom de estatutos Outra das denuncias que apare- está imerso num processo judi- Um dos principais pontos de dedores fôrom os independen- nom prosperou, de jeito que Ano- cêrom nas ultimas semanas, foi cial por falsificar documentos dissensom era o sistema de elei- tes cujos nomes nom faziam va seguirá a acolher no seu seio a por umha possível desviaçom de públicos para obter o título de çom de representantes no CN. parte dos planteis de grupos or- várias organizaçons políticas. fundos europeus destinados ao patrom de iate.

cronoloGia em Ginzo de Límia contra o nar as quitas aos preferentis- 31.05.2013 / Alberto Núñez Fei- 03.06.2013 / Polícia despeja 06.06.2013 / Gonzalo Trénor, de- projeto da mina de feldespato. tas e rejeita no Congresso es- joo é apupado por sindicalistas preferentistas que levavam 6 putado do PP, assegura no Par- panhol umha iniciativa similar. no IX Congresso da UGT-Gali- meses fechados na casa do lamento galego que no atual 26.05.2013 / Suso Seixo é reele- za, onde intervinha como con- concelho do Rosal. momento de crise “há que aju- gido secretário geral da CIG 29.05.2013 / Comités de empresa vidado. dar à igreja” católica. por quarta vez. de Renfe, Feve e Adif concen- 04.06.2013 / PSOE fai-se com a tram-se na Corunha contra a su- 01.06.2013 / Por volta de um mi- alcaldia do Valadouro trás um- 08.06.2013 / Foro Galego de 27.05.2013 / Morre um vizinho pressom de serviços e paradas. lhar de pessoas marcham um ha moçom de censura patuada Imigraçom denuncia agressom de Frades trás cair do trator a ano mais contra a presença da com o BNG e o partido inde- da polícia corunhesa contra um poço negro. Em Cesuras, 30.05.2013 / Trabalhadores do Ence na ria de Ponte Vedra. pendente Udival. um migrante nigeriano. I.M.V. falece ao lhe cair em ci- naval, preferentistas, activistas ma o eucalipto que talava. anti-despejos e empregados de 02.06.2013 / Milheiros de pes- 05.06.2013 / Trabalhador de Na- 09.06.2013 / Centos de pessoas serviços públicos obrigam soas manifestam-se em Com- vantia é detido no Val (Narom) afetadas pola comercializaçom 28.05.2013 / PP vota no Parla- com os seus protestos a sus- postela baixo o lema ‘Galiza acusado de atentado à autorida- de participaçons preferentes mento galego a favor de elimi- pender o pleno de Ferrol. nom é umha mina’. de polos incidentes do dia 30. manifestam-se no Rosal. 06 acontece Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

bnG, erc e amaiur lançam Juntos iniciativa soberanista caPtura irreGular de Gaivotas no Porto de viGo

Levar a Madrid o “debate sobre o direito de autodetermi- Verdegaia vem de solicitar informaçom de maneira oficial naçom”. Esse é o objetivo declarado das três formaçons à Conselharia do Meio Ambiente sobre a captura de gai- soberanistas (BNG, ERC e Amaiur) que levárom de jeito votas pati-amarelas no porto viguês. Os ecologistas con- unitário ao Congresso dos Deputados umha proposta tam com fotografias de pessoas capturando e introduzin- nom de lei que trata de “levar ao ordenamento jurídico do em veículos as aves, polo qual perguntam se existe al- espanhol” o direito à livre determinaçom dos povos. gumha autorizaçom e qual é o destino dos animais.

fernando fernÁndez e JosÉ manuel estÉvez som comuneiros e vizinhos do monte de cabral (viGo)

Diante da possibilidade de que poda ser aprovada a expropria- “É mentira que se vaiam gerar çom, que faréades nesse caso? JME: Ainda que saísse adiante, detrás disto está a Lei de Montes, e é de duvidosa legalidade este 5.000 postos de trabalho” plano. Para que se expropie ou para que se poda fazer qualquer atuaçom no monte tem que haver ZÉLIA GARCIA / Os planos para a fins de interesses comuns e de in- construçom dum macro-cen- teresse geral. Vamos ir a conten- tro comercial e de “ócio” baixo cioso, se isso passasse. Porém, o nome de “Porto Cabral”, para contamos com a sensibilidade do a qual se precisaria a expropia- comuneiro, e aguardamos que çom pactada de 300.000 me- saia o nom. tros de monte en mao comum, FE: Em todo o caso, nom vamos gerárom umha importante mo- deixar esta luita. bilizaçom e resposta nesta par- róquia viguesa, de forte tradi- A comunidade de montes de Ca- çom operária e reivindicativa. bral conta com um património Conversamos con dous comu- material elevadíssimo, que ne- neiros, que fam parte do “gru- cessidade tem de mais ingressos po opositor” ao projeto da Jun- com a expropriaçom? ta Reitora da Comunidade de FE: O problema mais grave é on- Montes e do Concelho de Vigo. de se gastam os quartos, porque Demandan informaçom e que se cobrárom 7.200.000 euros em remate o escurantismo com 2011 de Aena (polo aeroporto de vontade especulativa. Peinador que foi construído no JOSÉ MANUEL ESTÉVEZ E monte en mao comum, expro- Quando começades a saber da FERNANDO FERNÁNDEZ priado forçosamente durante a ZÉLIA GARCIA ZÉLIA determinaçom de levar adiante ditadura franquista), mas isso “Porto Cabral”? paróquia, cartazes, fazendo um- que apoiassem este projeto. Som nom se mirou na paróquia. Le- JME: Começamos a saber deste ha andaina. Concretizamos a no- “Imaginamos que se uns terrenos apetecíveis para es- vam gastado milhons de euros em plano por notícias de imprensa sa demanda numha assembleia pecular com eles. compra de terrenos, e nom sabe- polo mês de fevereiro, mas nom informativa na paróquia, e que oculta um pelotaço FE: Querem agochar algo e por mos onde, a particulares. Desco- lhe demos maior importância até depois livremente o comuneiro urbanístico. Há que isso botam umha miséria que lhe nhecemos se pode ser com previ- que numha convocatória de as- vote em urna. dam ao valor do terreno, e que an- som a segunda parte do plano, pa- sembleia para 21 de abril a junta FE: Este grupo de comuneiros defender o monte” dam a dizer que se vam gerar ra desenvolver máis o projeto e reitora pretende meter pola porta que nos chamam grupo opositor 5.000 postos de trabalho. Isso to- incluir umha urbanizaçom. de atrás a votaçom a mao alçada figemos um trabalho de rua, fa- dos sabemos que é mentira. desta expropriaçom pactada. lando com as vizinhas e vizinhos. ram a mao alçada para que os CCOO, UGT e CIG manifestárom- Como valorades a actuaçom FE: O máis lamentável é que o Primeiro levamos uma brochura votos lhe chegaram. Os comu- se em conjunto contra, desmen- municipal neste caso? anunciam primeiro nos meios, em que demandávamos refle- neiros que rompemos a assem- tindo a possibilidade desta cria- JME: A pessoa que está de alcal- mesmo esta assembleia. O pre- xom e participaçom. A paróquia bleia éramos maioria, e por isso çom de emprego. Na atualidade de, seja do grupo que for, o único sidente aliás já adianta o resul- respondeu numha assembleia tivérom que aceder a convocar estám-se a fechar áreas comer- que mira som o bem das arcas tado, e di que mais de 600 comu- maciça e a alta participaçom na assembleia aberta para toda a ciais na nossa cidade. municipais para eles poder fazer neiros votaram o sim. Com que andaina que percorreu a zona paróquia (ainda sem data) e um- mais passeios, mais estradas, e a se encontrárom é com um movi- afetada. Foi um movimento es- ha votaçom em urna. Que outras consequências ver se assim os votam nos próxi- mento vicinal alternativo e mo- pontáneo. Somos um grupo va- poderia ter este projeto? mos comícios. Enquanto as pes- cidade de Cabral que se decatou riado, de idades mui distintas e Que interesses há em jogo? JME: Todos os viais de acesso, soas e os governantes nom te- do destroço que vinha para a mui diversos em geral. JME: Imaginamos que agocha um que eles dim que vam atrair três nham máis capacidade que a de paróquia. suposto pelotaço urbanístico, por- milhons de pessoas, teriam que botar formigom nom temos nada Na segunda assembleia que nom há razom de ser para que ser construídos sobre a paróquia a fazer mais que luitar por defen- Que é o que acontece na assem- voltam tentar votar a mao umha junta reitora cometa duas de Cabral, que se veria afetada der os montes. Plantar umha ár- bleia de 21 de abril e que conse- alçada, quem podia aceder vezes o mesmo erro de querer em 50% por estas novas infraes- vore demora 20 anos em medrar, quências tem para a respostas a esta junta? aprovar este plano a mao alçada. truturas. É umha das cousas que e para o governante o mais sim- das vizinhas e vizinhos? JME: Na assembleia do Ifevi pu- Se nom tampouco nom se enten- está a acontecer em Zaragoza, ples é sementar formigom. Temos JME: Rompeu a primeira assem- gérom um sistema de filtro para deria as gestons que figérom com com Porto Venecia, que é um que mudar as mentalidades e bleia, e a partir de aí 50% dos co- aceder, tam medieval e forte, que as entidades que hai na paróquia projeto mui similar a Porto Ca- apostar por outra visom de futuro. muneiros da paróquia unímo- só conseguírom entrar na as- (associaçom de vizinhos, comis- bral. O monte é um lugar público e tem nos e começamos a demandar in- sembleia os comuneiros e os fa- sons de festa, associaçons despor- FE: O destroço, além de 300.000 que permanecer tal e como o her- formaçom através de distintas miliares e amigos da junta reito- tivas), que recebem subvençons metros de monte de Cotogrande, damos. O monte nom é para ex- assembleias entre vizinhos da ra que eles pretendiam que vota- da comunidade de montes para seriam os viais. propriar, temos que defendê-lo. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 acontece 07

alunado da usc loGra esPaço de estudo 24 horas monte-alto celebra as suas festas sem aPoio de neGreira

Depois de três anos seguidos fazendo fechamentos Depois de que o ano passado o reitor corunhês Carlos na Faculdade de Geografia e História em cada pe- Negreira decidisse retirar as subvençons para as festas ríodo de exames, os estudantes da USC alcançárom do bairro, os vizinhos de Monte Alto denunciam que o o seu objetivo: um espaço de estudo 24 horas. Ante concelho nom deu resposta à solicitude para a celebra- a falta de vagas de leitura, o reitorado cedeu a abrir çom de 2013. Este ano haverá festas graças ao tecido as- Farmácia a tempo completo em época de estudo. sociativo do bairro corunhês mas sem apoio público.

O atual alcalde de Ourense, Agustín Fernández, durante o debate sobre a sua reprovaçom Os escándalos de corrupçom O porto exterior de deixam o Concelho de Ourense Ferrol vai ser armazém em situaçom de ingovernabilidade de resíduos marítimos

bnG racha definitivamente o Pacto com a alcaldia ‘socialista’ NGZ / O Ministério de Fomento dança de usos pode levar a um- espanhol, está a tramitar a mu- ha situaçom insustentável à ria, NGZ / O passado 6 de junho con- pato de governo entre ambas as cipal, mas sobretudo a filtraçom dança de usos das instalaçons num projeto que seria a “ponti- firmava-se, na votaçom da repro- duas formaçons). O do grupo de gastos de lazer em festas e que a empresa Entabán tinha lha” ao traçado do comboio, os vaçom ao alcalde Agustín Fer- municipal nacionalista, Xosé So- viagens pagos com dinheiro pú- como fábrica de produçom de dragados ilegais de Reganosa e nández, a soidade a que fica con- moza, acusou pola sua parte ao blico, viriam avinagrar a situa- biocombustíveis. A petiçom de agora o tráfego de refugalhos denado o governo em Ourense governo de Agustín Fernández çom. Em maio passado, viam a usos é para albergar um arma- perigosos. Entre as alegaçons, da sucursal galega do PSOE. A de “maquiavelismo, enchufismo, luz documentos que provavam zém de descarga de resíduos Adega assegura que as instala- votaçom contou tam só com os nepotismo, despotismo e imobi- que as arcas públicas financia- marítimos perigosos (conhecido çons nom estám preparadas votos contra de 11 edís do grupo lismo”, e de nom se diferenciar ram umha parrilhada, com mú- como MARPOL) com o que po- para esta atividade e que já no de governo, enquanto somava a “em nada” do Partido Popular. sica de mariachis e combinados de fazer pressionar ainda mais 2012, umha petiçom para al- favor os 11 do PP, os 3 do BNG e de alto nível, na casa de Fran- a situaçom crítica da ria de Fer- bergar refugalhos perigosos foi mais os 2 do grupo localista De- Pokémon e Gin-tonics cisco Rodríguez dias depois de rol. Segundo denuncia a asso- desestimada. Também denun- mocracia Ourensana. A caída do governo municipal ser imputado na operaçom Po- ciaçom ecologista Adega, dá-se cia que os refugalhos som qua- Um pleno que se prolongou sete ourensám começava com a posta kémon. A justificaçom estava a circunstância que há uns anos lificados como perigosos na lis- horas deixou explícito já nom o em andamento da Operaçom Po- na necessidade de “manter a que as instalaçons de Enaban ti- ta Europeia de refugalhos e nível de fratura do atual pato de kémon, na qual cairia imputado unidade pessoal e de critérios” vérom um importante vertido na que se topam perto dumha área governo, mas as distâncias irre- o anterior alcalde socialista, dentro do grupo de governo, se- ria de Ferrol e que a empresa a marinha de elevada produçom conciliáveis entre os grupos mu- Francisco Rodríguez. A conse- gundo o atual alcalde, Agustín que se trespassa a gestom dos marisqueira polo que fai in- nicipais do BNG e do PSdeG. O qüência véu a demissom de Ro- Fernández, que na altura apro- refugalhos, Ingaroil SLU já fora compatível as duas áreas de portavoz destes últimos, José Án- dríguez e o compromisso de per- vava esses gastos como conce- denunciada na fiscalia por man- atividade. Adega pede que nom gel Barquero, parecia insinuar mitir a governabilidade que tam- lheiro de Fazenda. Também ou- terem instalaçons “clandesti- se autorize a petiçom e que em ameaças ao Bloco ao dizer que bém agora racha. tros em locais de hotelaria de nas” para o tratamento de refu- caso de for positiva se adaptem “Nom estám a reprovar o alcalde Polo meio, novas imputaçons Toledo, Madrid, Ciudad Real e galhos nas Somozas. as instalaçons e se elaborem de Ourense, mas ao PSdeG” ao a outros membros do governo A Corunha, ou um 'chiringuito' A entidade ambientalista já planos específicos de contin- que, dizia, “nom vam reprovar auto-denominado socialista até de praia em Malhorca -vários apresentou alegaçons ao proje- gência e prevençom de verti- em Ponte Vedra” (onde existe um trinta por cento do grupo muni- deles em dias feriados-. to, já que considera que a mu- dos e outros acidentes. 08 acontece Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

concelho de vilalva multado Por vertidos ao rio 'la voz' releGa à secçom local a manifestaçom Polo aborto

O Concelho de Vilalva terá que pagar umha multa de Milhares de mulheres abarrotárom o passado domingo 16 4.000 euros por vertidos ao rio Ladra. A sentença do as ruas de Compostela contra a reforma da Lei do aborto Tribunal Superior de Justiça da Galiza rejeita o recurso de Gallardón, numha manifestaçom nacional convocada que o concelho pugera contra a multa imposta pola pola Plataforma Galega polo Direito ao Aborto. No entan- Confederaçom Hidrográfica Minho-Sil. Pola sua ban- to, a convocatória foi recolhida em La Voz como um acon- da, ADEGA denuncia que continua a haver vertidos. tecimento de carácter local só na ediçom de Santiago.

a subdeleGaçom do Governo sanciona alGumhas das 200 Pessoas que imPedírom o desPeJo de aurelia rey

VERA-CRUZ MONTOTO / Nos primeiros dias deste mês fôrom recebidas oito propos- tas de sançom contra pessoas que parti- cipárom da mobilizaçom popular que impediu o despejo de Aurelia Rey o pas- sado fevereiro na cidade da Corunha. As multas fôrom impostas ao bombeiro que se negou a cortar a cadeia, três inte- grantes de Stop Despejos Corunha e quatro representantes políticos perten- centes ao BNG e EU. As acusaçons cen- tram-se na vulnerçom do Artigo 23h da Lei Orgánica 1/1992 de Proteçom da Se- gurança Cidadá, conhecida popular- mente como “lei Corcuera”, através da qual a Subdelegaçom do Governo exige o pagamento de 600€ por pessoa ale- gando “la provocación de reacciones en el público que alteren o puedan alterar la seguridad ciudadana”. Sucesso da greve comarcal em Trasancos

NGZ / Dúzias de milheiros de pes- últimos 15 anos. Todo isto soma- quanto UGT e CCOO assinala- vavam esta comarca cara a mor- Manifestaçons em Vigo, soas saírom para as ruas de Ferrol do à falta de carga de trabalho de vam 70.000. Em qualquer caso, a te e som decissons políticas ur- Compostela e Ribeira o passado 12 de junho para recla- Navantia, a falta de compromisso convocatória tivo muito sucesso. gentes as que Trasancos precisa A CIG convocou também o passa- mar um futuro digno para as co- das administraçons com a cons- Os piquetes informativos esti- para saír desta situaçom. No re- do 12 de junho mobilizaçons em marcas de Trasancos, Eume e Or- truçom de um dique flotante ou o vérom ativos ao longo da madru- ferente ao naval, este responsá- Vigo, Compostela e Ribeira. A mais tegal. Umha multitudinária mani- feche de mais do 25% do pequeno gada e da manhá do 12 de junho vel sindical culpou aos diferentes numerosa destas três foi a convo- festaçom percorreu ao meio-dia comércio revolvérom os ânimos e vários meios assinalaram que a governos estatais de levar o sec- cada na cidade de Vigo que contou as ruas da cidade ferrolá, chegan- da populaçom para sair à rua con- adesom a esta jornada de greve tor “a esta situaçom de morte, com a participaçom de umhas do a encher a Praça de Armas. testar. Precisamente, nas últimas foi maior que outras de âmbito usando-nos como moeda de 5.000 pessoas segundo a própria Também o paro foi multitudiná- semanas as mobilizaçons na ci- nacional ou estatal. Nom funcio- cámbio em benefício de outros central. Ao remate da moblizaçom, rio, especialmente no pequeno dade de Ferrol teriam-se intensi- nárom os polígonos industriais interesses”, impondo um veto “a o secretário comarcal expus os comércio, cujos estabelecimentos ficado, juntando-se diversos con- nem serviços como a recolhida do umhas das melhores instalaçons principais conflitos que está a pa- luziam nos seus escaparates men- flitos sociais como a estafa das lixo. Pola manhá o maior momen- do mundo” e negando a constru- decer esta comarca fazendo finca- sagens de solidariedade com a preferentes ou a reivindicaçom to de tensom foi quando centos çom de um dique flotante. pê na difícil situaçom do naval, convocatória da greve comarcal. de trabalho para o setor naval. de piquetes se deslocarom ate Al- Também falárom para o públi- apostando na convocatória dumha As cifras achegadas polos sin- campo, prédio que se achava pro- co representantes do resto de sin- greve geral na comarca e depois dicatos convocantes nas jornadas Paralisada a comarca tegido por um forte cordom poli- dicatos convocantes, argumen- outra no conjunto da Galiza. prévias à greve amossam umha Deste modo, a convocatória de cial, contando-se lugar 10 carri- tando as razons que levaram o Também houvo mobilizaçons realidade alarmante para estas greve realizada polos sindicatos nhas de anti-distúrbios. povo de Trasancos a sair as ruas. em Compostela e Ribeira para de- bisbarras, onde o paro duplicou- CIG, CCOO, UGT, USTG e CNT No discurso na Praça de Ar- Auri Vázquez, secretária comar- nunciar as altas taxas de paro e o se no último ano atingindo o 32%. conseguiu paralisar a comarca e mas, após a manifestaçom, o co- cal de CCOO, lamentou que o pre- desleixo das administraçons. Se- As centrais alertaram sobre a san- marcar mais um dia de luita na responsável da CIG em Ferrol, sidente da Junta de Galiza, Alber- gundo informa o sindicato, o paro gria de populaçom que está a pa- história de Trasancos. As cifras Manel Grandal, dava-lhe a ra- to Núñez Feijóo, se figesse fotos na capital do país acada o 27%, decer esta zona do pais: umha sobre as pessoas que secundárom zom àqueles que criticaram a com a equipa de futebol da cidade quando na sua comarca e na zona perda de 20.000 pessoas só em a manifestaçom som dispares, greve por ser um “greve políti- de Ferrol enquanto nom dá res- do Barbança as taxas de desem- Ferrol nos últimos 30 anos e um- afirmando a CIG que se atingírom ca”, já que fôrom, afirmou Gran- postas às necessidades do setor prego estám em muitas ocasions has 12.000 nas três comarcas nos os 120.000 manifestantes en- dal, decissons políticas as que le- naval desta localidade. por acima do 24%. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 crónica GrÁfica 09

'de volta Para loureda' recebe PrÉmio vidal bolaÑo nasce ateneu de economia social no morraço

O blogue De volta para Loureda, onde prestigiosas plu- “Fomentar o cooperativismo como alternativa à crise que mas galegas e nom galegas escrevem em prol do preso vivemos e apoiar todo tipo de iniciativas comunitária”. Eis político Carlos Calvo, recebeu o X Prémio Roberto Vi- a intençom do Ateneu do Morraço de Economia Social dal Bolanho, concedido polas Redes Escarlata. Aliás, (AMES), junto com a defesa do consumo responsável ou este ano coincidiu a décima ediçom do galardom com o ambiente. AMES apresenta-se 27 de Junho com umha a dedicaçom do Dia das Letras ao dramaturgo. palestra de Xosé Iglesias sobre a renda básica em Cangas.

JUAN ROSELL é presidente dos patrons espanhóis

As rendas do capital superam por primeira vez a massa salarial ORXEIRA NGZ / Que a crise tem ganhado- distinto jeito a cada classe social. res e perdedores é um discurso Enquanto que em 2011, sempre Denunciam na UE a política repetido desde os movimentos segundo os dados feitos públicos sociais. Nesse sentido, a CIG pola CIG, a remuneraçom total vem de fazer públicos umha sé- de assalariados supunha o 45,7% rie de dados tirados do Instituto do PIB, em 2012 baixou até o de refugalhos de SOGAMA Galego de Estatística (IGE) para 43,7%. Pola contra, as rendas em- pôr números ao aumento das presariais passárom de supor o ambientalistas Pedem medidas sancionadoras contra a Junta desigualdades na Galiza. “Na 45,4% do PIB a supor um 47,4% etapa de maior contraçom da no mesmo período. NGZ / A Plataforma Galega contra medidas de prevençom e prepa- apoiada por mais de 20.000 as- actividade económica as rendas A CIG explica que nom é que a incineraçom e a reciclagem (que raçom para a reutilizaçom e a re- sinaturas e que pedia descartar empresariais aumentárom de as rendas empresariais “diminuí- agrupa vários coletivos ambienta- ciclagem. Na mesma denúncia, a incineraçom do lixo e substi- forma escandalosa até superar, ram menos” que as dos trabalha- listas e sociais) vém de apresentar pedem que rejeitem umha nova tui-la polo reciclagem, a redu- por vez primeira na história, a dores, senom que seguírom me- perante a Comissom de petiçons planta de incineraçom e qualquer çom e a reutilizaçom dos refu- massa de remuneraçom de as- drando em tempos de crise, o que do Parlamento Europeu, umha financiamento de medidas, atua- galhos. Na apresentaçom da ILP salariados e assalariadas”. Um- evidencia para o sindicato o denúncia contra a Junta pola “ne- çons ou instalaçons relativas à por parte de Manuel Soto, con- ha situaçom que, segundo apon- translado de rendas da classe tra- fasta política de resíduos que pra- gestom de resíduos que nom se tou que a “eficiência de SOGA- ta a central nacionalista, “evi- balhadora à classe empresarial. tica na Galiza”, incumprindo as correspondam com os objetivos MA é tam baixa que já nom é dencia o traslado de riqueza da Além de todo, este aumento de Diretivas Europeias sobre verti- de prevençom. Finalmente pedem umha planta de valorizaçom classe trabalhadora à empresa- rendas nom se vê plasmado num dos, envases e Marco de refuga- que se adoptem medidas sancio- energética como nos fam crer” rial” e a “necessária mudança aumento dos investimentos pro- lhos. Em concreto, a denúncia nadoras contra a Junta e que lhe assegurando que a queima do li- das fracassadas políticas econó- dutivos, já que as mesmas estatís- contempla que o Parlamento Eu- exijam a revisar o modelo centra- xo, produz umha enorme quan- micas, fiscais e laborais”. ticas mostram como estes baixá- ropeu se posicione em contra do lizado de refugalhos. tidade de emissons nom segu- A contraçom da actividade rom um 4,1% durante este ano. O Plano de Gestom de Resíduos Ur- ras. Soto rematou a sua inter- económica na Galiza ficava re- destino destes benefícios som os banos da Galiza 2010-2020, por ILP contra os refugalhos vençom assegurando que “as fletida na reduçom do 1,2% do mercados financeiros, onde o ca- nom ser conforme à hierarquia de A denuncia chega varias sema- nossas crianças som a primeira Produto Interior Bruto (PIB), pital continua a ter mais facilida- refugalhos, ao princípio de polui- nas após a negativa do PP de geraçom com menos saúde que com as limitaçons que tem este des para se auto-reproduzir e ob- dor-pagador e a promoçom de aceitar no Parlamento, a ILP os seus pais e maes”. indicador. Essa baixada afetou de ter maiores ganhos a curto prazo. 10 acontece Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

‘galiza mineira’ pom em risco mar aGro o selo de ‘galiza qualidade’

Mares menos galegos

A.DIESTE / A frota galega, noutrora omnipresente em peixarias co- A frota de altura munitárias e internacionais, per- deu presença por mor de convé- foi expulsa de Minas comprometem nios, negociaçons e acordos onde caladoiros tradicionais primavam interesses diversos. O controvertido acordo da UE com a Mauritania, que supuxo a soberania alimentar expulsom de umha vintena de cos pesqueiros comunitários barcos galegos do caladoiro do (51 de palangre de fondo e 45 país africano, volve situar em pri- de arraste). En 2005, eram 144. a fertilidade da terra fica ameaçada Polos Planos da Junta meira linha a diminuçom da pre- Em pouco mais de um lustro, o sença da frota pesqueira de altu- país perdeu um terço desta fro- P.V. / Galiza suporta 520 projetos se figérom públicos os períodos ra da Galiza nalgúns dos seus lu- ta. González Laxe asssinala que mineiros ativos, e aumentando Extraçom de de alegaçons vizinhais para recla- gares de faena tradicionais (e desde meados da década dos pola permissividade do Governo mar a nom intervençom nas par- que, em nom poucas ocasons, fô- anos 90 reduciu-se a frota de al- galego, que no seu Plano Setorial quartzo está presente celas do seu domínio. rom descubertos polos galegos). tura e gran altura, pois derom- de Atividades Extrativas permite em muitas paróquias Gran Sol, Marrocos, Moçambi- se de baixa mais de 100.000 to- autorizar minas em qualquer lu- Contra a fertilidade do futuro que... som exemplos (diferentes neladas de registro bruto (boa gar especialmente protegido. Cumpre destacar que a baixa in- no tocante a causas, mais coinci- parte delas, com o despece co- A produçom agrícola verá-se apoiar a “entidades sem animo de tensidade das extraçons de quart- dentes no resultado) de como a mo final do caminho) gravemente afetada pola reduçom lucro” que trabalhavam a favor do zo nas pequenas minas a ceio aber- frota galega perdeu presença. Um estudo analisa os anos de solo agrário útil, a contamina- sector mineiro e os grupos pro- to tem um impacto ambiental que En 1986, ano de entrada do Es- 1986 a 2002, onde se comprova çom de águas e a perdida de ferti- minas, cuja composiçom, objeti- a miúdo passa despercebido, po- tado espanhol na CEE, uns 300 como Dinamarca passou de re- lidade do solo. O aspecto social da vos e finalidade som bastante evi- rém a capa superficial que alberga barcos tinham autorizaçom para ceber do 21 ao 42% dos direitos agricultura também se verá gra- dentes na atualidade. a fertilidade da terra fica destruída trabalharem no Gran Sol. Os de pesca. Em troques, o Estado vemente afetado, o abandono do por completo, sendo extremamen- planos de orientaçom pluria- espanhol passou do 7,4 ao 5 por rural é um feito, mais a destrui- Mineraçom de baixa intensidade te lenta a sua recuperaçom. Em nuais reduzírom progressiva- cento. Galiza, aqui, resultou, çom do território polas minas sig- Além dos mega-projetos de mina- muitas das ocasions a intervençom mente a cifra até nom ser mais mais que prexudicada, banida. nificaria a condena definitiva. ria que ameaçam a supervivência mineira apresenta-se aos agricul- de 190 em 2005 e, hoje, apenas Aboi, representante do sindi- do rural galego, esta atividade ex- tores como a oportunidade de sa- sobordar o cento de buques. cato nacionalista, nom é que Galiza mineira ou Galiza qualidade trativa nom remata neles. O SLG near as suas propriedades de traí- Xabier Aboi, da federaçom de considere que no Estado espa- As denominaçons de origem som vem de denunciar o risco que so- das de agua indesejadas, ou aci- Mar da CIG, insiste em que em nhol nom haxa interesse por de- um selo de garantia que favorecem frem perto de 8.000 hectares nas dentes geográficos molestos. Mas moitos daqueles caladoiros dos fender a frota galega (“nom só a o reconhecimento e a venta dum comarcas de Ordes e Compostela na realidade a extraçom arrasa a que tivo que sair a frota galega de altura, também a artesanal e produto alimentário. Com elas be- pola ameaça da constante minaria estrutura do solo, formada desde “o seu sítio foi ocupado por ou- de baixura”), senón que, moi ao neficiam-se muitas empresas agrí- de baixa intensidade. A extraçom há centos de anos, e retira os mi- tra, polo que nom se justifica em contrario, entende que o gover- colas em Galiza. Estes selos to- de quartzo a ceio aberto vem sen- nerais dos que se alimenta este pa- termos de sustentabilidade”. no galego “fai um papel de si- pam-se diretamente comprometi- do umha constante em numero- ra deixá-lo estéril e fomento. Atualmente na Galiza há 96 bar- paio ate no mais mínimo”. dos com o estado do meio ambien- sas parróquias galegas desde há te afetado pola minaria. O efeito mais de umha década, em peque- A falsidade do argumento laboral mineiro poderia destruir espaços nas extraçons a ceio aberto que O argumento das oportunidades vinculados a denominaçons de ori- podem ter umha duraçom meia de trabalho é um dos principais gem como a Pataca de Galiza. de dous meses de trabalho acima esgrimidos à hora de defender a da localizaçom. minaria na Galiza. Recentemente Minas em lugar de pita do monte Os terrenos que neste momento a Empresa Erimsa, numha feria Há um ano a Junta de Galiza estám afetados por este tipo de de mostras no concelho de Ordes, abandonou o projeto Life para a projetos som em muitos dos ca- gabava-se da quantidade de pos- recuperaçom da pita do monte sos, declarados como solo rústico tos de trabalho que oferecem, ob- cantábrica, deixando de investir a de proteçom agropecuária. Umha viando que estes som dumha tem- quantidade estimada de 300.000€. das principais demandas do SLG poralidade elevadíssima à contra A associaçom Adega denunciou passa pola falta de transparência do que significa o trabalho ligado que nesse mesmo momento se que envolve a todo o processo já à terra e à produçom agropecuá- aprovava a mesma quantidade a que em muitos casos nem sequer ria constante. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 acontece 11

O pIB engorda amiúde com economia atividades claramente destrutivas

ros produzidos, aproximadamen- te 51 euros destinavam-se a remu- Canhons e manteiga nerar o trabalho e 49 euros a retri- buir o capital. Iniciada a crise, ob- servamos dous momentos distin- os nÚmeros sistÉmicos nom informam da distribuiçom dos recursos tos. No ano 2009 o reparto favore- ceu as rendas dos trabalhadores XAVIER R. FIDALGO / Prefiro nom (52,4%), nom por medrarem estas, utilizar demasiados dados econó- mas por encolher a um ritmo infe- micos elaborados polo sistema, rior que as rendas empresariais. A assim evito acabar pensando na partires de 2010 (ano da famosa estreita e míope lógica que nos “viragem de Zapatero”), as rendas imponhem. Já se sabe: um come- empresariais começam a crescer ça tomando umha cunca nas fon- e as rendas salariais a diminuir, tes do Eurostat, umha taça na até dar-se um feito histórico: o ex- Fonda Monetária, um copo no cedente de exploraçom já superou Instituto Nacional de Estultícia... a remuneraçom dos assalariados. e acaba padecendo a característi- De modo que na Galiza a distribui- ca visom em túnel. Isso sim, ple- çom no ano 2012 ficou assim: namente convencido de estar 47,9% para os trabalhadores e “controlando”. 52,1% para os empresários. Nom quero esquecer que o in- Agora, os executivos também dicador totémico da economia ca- som assalariados, só que o seu sa- pitalista, o Produto Interno Bruto lário nom é o de um mileurista. (PIB), essa cifra mágica que se Polo tanto, fai-se necessária tam- pretende síntese do desenvolvi- bém certa medida de distribuiçom mento (e até da felicidade) dos das rendas salariais. Segundo da- povos, nom permite distinguir en- dos da Agência Estatal da Admi- tre canhons e manteiga. E o que é nistraçom Tributária (AEAT), o muito pior, tende a valorizar sem- “cristalino” para o sistema e nom da minoria medre o suficiente co- salário médio nominal dos que pre mais os canhons (será por sa- constará nunca na Contabilidade A partir de 2010 as mo para compensá-la. Para favo- menos cobram (entre 0 e 0,5 vezes tisfazerem melhor as necessida- Nacional). O ouro espoliado (ape- recer isto, som úteis os canhons o salário mínimo, SMI) cresceu des que a manteiga? Acaso elimi- sar do alto preço que tem em ple- rendas salariais (ou a manteiga, ás vezes), mas es- apenas 0,6% em 2010 e diminuiu nar os necessitados a canhonaços na borbulha áurea) tampouco fa- começam a diminuir sa é história para outro conto. 1,2% em 2011 (ainda nom se pu- nom é umha forma de reduzir as rá retroceder nengumha magni- Dito o anterior, e se sem que sir- blicárom cifras de 2012). Neste necessidades de alto valor acres- tude económica. va de precedente, tomemos com tramo estám quase 16% dos assa- centado?). O seu próprio nome é Outra debilidade dos números No capitalismo crise comedimento a mesma droga que lariados galegos (165 mil traba- traiçoeiro: “produto” conduz a sistémicos é a de nom informar- é quando cai ou De Guindos e vejamos se há luz lhadores) que cobram de média pensar em algo criativo, mas o nos simplesmente da distribui- ao final do túnel. Da óptica da ren- 1.935 € anuais. No outro extremo PIB engorda amiúde com activi- çom dos recursos, obrigando-nos estanca o pIB da, o PIB compom-se, principal- (mais de 10 vezes o SMI), o salário dades claramente destrutivas. a determinar de modo indirecto e mente, de dous grandes blocos: a médio medrou 3,1% em 2010 e Um exemplo: se depois de despe- metodologicamente questionável remuneraçom dos assalariados 3,7% em 2011. Os 5.072 galegos jar casas, as derruímos (como em para quem é que som os canhons Lembremos que, no capitalis- (renda dos trabalhadores) e o ex- (0,5% dos assalariados) que figu- Irlanda), o PIB medrará (e com e a manteiga que produzimos. mo, crise é basicamente quando cedente bruto de exploraçom ram neste tramo em 2011, obtivé- ele o emprego, pois os trabalhos Entre os “indicadores adianta- cai ou se estanca o PIB. Se duran- (renda dos capitalistas). Ainda rom um salário médio anual de de demoliçom precisam obrei- dos” vislumbrados por De Guin- te vários trimestres consecutivos sendo os primeiros maioria cres- 138.516 €. Ademais, enquanto o ros). Outro exemplo: se escava- dos quando predica a Boa Nova produzimos a mesma manteiga cente, é tendência mundial serem número de assalariados do tramo mos umha mina a céu aberto, de- da fim da crise, nom estám a terra que nos trimestres precedentes, os segundos os que apanham ca- menos remunerado está aumen- vastando o território e contami- tremendo e as nuvens toldando o mas algum canhom menos, entra- da vez umha parte proporcional- tando, o número do tramo melhor nando os aquíferos, no curto e céu, nom. Entre os sinais positi- remos em recessom. Se diminuí- mente maior da produçom. Até o pagado decresce. médio prazo o PIB provavelmen- vos decifrados polo ministro ban- mos a produçom de manteiga e início da crise, tanto no Reino de Serám estes os “indicadores te crescerá. Mesmo a água conta- queiro destaca a queda dos custos incrementamos a produçom de Espanha como na Comunidade adiantados” que De Guindos avis- minada, previamente depurada salariais. Mas, se o que ele chama canhons até compensar e superar Autónoma Galega, a remunera- ta no horizonte? Quando chegue o (digamos por AQUAGEST), terá custos som em realidade os emo- em termos monetários a manteiga çom total dos assalariados era momento, veremos como tratam um reflexo no PIB que nom tinha lumentos da maior parte da po- deixada de produzir, a crise desa- sempre ligeiramente superior ao de meter-nos com manteiga o quando corria ceive e cristalina pulaçom, para quem é que vai ser parece. De igual modo, o relevan- excedente bruto de exploraçom. evangelho da fim da crise. Para (ainda que umha parte do negó- a anunciada fim da crise? Só para te nom é se a renda da maioria de- No caso galego, por exemplo, en- quem, ainda assim, se resista, nun- cio da depuraçom vai ser também doze apóstolos? cresce, o importante é que a renda tre 2004 e 2008, por cada 100 eu- ca há faltar um bonito canhom.

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Crónica dos primeiros a terra treme dias das revoltas turcas umha semana no parque de Taksim um Protesto de imPrevisíveis dimensons denuncia as Políticas autoritÁrias do Governo

NGZ / Turquia voltou a saltar sociais, facto que produz os seus para as primeiras páginas efeitos. Durante o mesmo serám, dos noticiários. O que era um nova gente chega com faixas e protesto contra a construçom tendas para acampar. Às cinco da dum centro comercial num manhá a polícia carrega dura- parque de Istambul acabou mente por primeira vez, usando num protesto de imprevisí- gás e lume. A reaçom é a contrá- veis dimensons que denun- ria, durante todo o dia seguinte cia as políticas autoritárias do as mostras de solidariedade espa- governo. NOVAS DA GALIZA re- lham-se por todo o país e a praça colhe um testemunho, quem vai-se enchendo de mais e mais nom quer revelar o seu nome pessoas de todas as idades e vá- por segurança, em primeira rios coletivos. De noite há umhas pessoa dos primeiros dias 60 tendas e música ao vivo, vários das mobilizaçons. e várias membros da plataforma pedem nom utilizar o aconteci- Na segunda-feira 27 houvo umha mento como umha mera ocasiom reuniom de tarde, quando acabou para beber e socializar-se. Neste e a gente marcha, umha pessoa momento começam a xurdir as que passava polo parque vê a es- primeiras consignas políticas, cavadora e chama os companhei- além da reclamaçom principal da ros e vamos chegando pouco a concentraçom. A polícia continua pouco. Quando chegamos a Gezi tomando possessons ao redor de Park, um companheiro pujo-se toda a praça, mas olhando a si- diante da escavadora e conse- tuaçom desde certa distáncia. guiu-na parar. Entom, umhas 20 “O que está a acontecer é De madrugada, a polícia volta pessoas, depois da primeira as- à carga na mesma hora e com as sembleia, decidimos passar a noi- mesmas táticas, esta vez muito te na praça. único na história da Turquia” mais agressiva do que a ante- Na terça-feira havia um pouco rior, há os primeiros feridos de mais de gente, umhas 30 pessoas testemunha analisa as oriGens e a evoluçom da luita PoPular gravidade, mesmo umha mulher começam a chegar e os e as pri- que morreu horas depois no meiras jornalistas que tomam as Como começa a protesta e quais som os atores? nheiro... amas de casa cobertas levam comida em hospital. Como reaçom multipli- primeiras notas e fotos. A meia A protesta começa quando estám a demolir umha fiambreiras, gente sem recursos doa dinheiro que ca-se a solidariedade e milhares manhá, chegam um grupo mui parte do parque que nom está nos planos originais sacam com orgulho do seu peto... isto, prometo-o , de pessoas começam a passear, numeroso de polícia à paisana, e e para a que nom tenhem permisso, portanto, a de- nom o vira nunca. O poder da gente é difícil de cali- mirar e apoiar a acampada nas num par de horas, posicionam-se moliçom é ilegal. O papel da mulher é exactamente brar. Erdogan segue a botar pulsos e o povo contesta praças. No Instituto francês, mui perto do limite do parque que o mesma do que a do homem, circula a imagem com mais organizaçom, mais solidariedade. perto da praça ouvem-se berros começam a escavar e onde já ta- dumha mulher de vermelho, símbolo do levanta- e cheira-se o gás lacrimogéneo laram algumhas árvores. mento; a verdade nom sei que dizer, neste momento Como vês a resposta do governo? e nom os deixam sair. Entom a escavadora começa a nom separamos, juntamos forças, nom se diferença Erdogan acho que em nenhum momento se des- A polícia tem tomada literal- trabalhar de novo, entre os gritos do género. Podo dizer-te que na plataforma há mais culpou, sim que o fijo o seu primeiro ministro mente todas as ruas adjacentes à da gente concentrada e de algum- mulheres do que homens, que nas protestas iniciais quando Erdogan estava em Marrocos; também o praça. Todos os negócios da zona ha pedra que se atira. Chega a po- éramos mais mulheres, casualidade diria eu. fijo o presidente na mesma circunstância. Isto assi- estám fechados e a gente nom cir- lícia e fam um perímetro ao redor nala a arrogância e a cegueira que tem. A meu ver, cula polas ruas. Começam os con- do parque onde nom se permite Um capítulo novo da primavera árabe? está a empregar todo tipo de artimanhas: primeiro frontos mais violentos e a policia chegar. Várias pessoas (umhas 50 Nom focaria por ai porque seria deslocar-se o te- di que nom vai construir um centro comercial, logo cada vez utiliza novas ferramen- pessoas no momento) tentam ul- ma. Figérom-se muitas comparaçons com a prima- di que será um museu, logo que umha mesquita... tas como os tanques de água à trapassar o cordom policial que vera árabe e com o 15-M, eu, com uma análise mui e recentemente apontou cara a uma trama interna- pressom. Os poucos restaurantes já se fijo com valado, inclusive rápida e superficial nom a compararia com nada. cional. Ora anda de "gira" por Turquia, dim que a e comércios da zona oferecem co- umha pessoa salta de umha árvo- O 15M começa devido a umha crise económica, juntar votos para as próximas eleiçons. mida e bebida aos manifestantes. re e depois de falar, berrar e em- nom é o caso de Turquia que é um dos pilares da Chegam as vozes de que outras ci- purrar a polícia, começam as car- politica de Erdogan; e que, antes bem, baixou des- Qual foi a evoluçom do partido de Erdogan num dades se estám a somar às protes- gas e a botar gás lacrimogéneo. de as revoltas num 10% estado de base laica como a Turquia? tas e enche-nos de coragem. O Pouco tempo depois chega o pri- Os começos de Erdogan eram laicos, pouco a pouco chefe de polícia é destituído por meiro político, o deputado do par- Como cres que vai rematar? fôrom-se radicalizando cara ao islamismo. O seu nom ser ato para umha situaçom tido curdo Sirri, Süreyya Önder e Fazer um pronóstico e riscar muito, quando isto bo- ponto forte, repito, é a economia, com ela ganhou assim e vários polícias do disposi- pom-se justo diante da escavado- tou a andar, ninguém imaginara que medraria as- muitos votos. Eu cheguei fai quatro anos, nom vivim tivo entregam a placa que levam ra impedindo que continue com o sim, nem que a polícia reagiria assim. O que está a aTturquia de antes... mas sim as mudanças; desde pola desconformidade com a vio- seu trabalho. A polícia e a máqui- acontecer é ´único na história de Turquia, gente que estou aqui, mais confusom , mais repressom, lência policial. na marcham e continua a chegar mobilizando-se, apoiando-se, manifestando-se... mais jornalistas no cárcere, mais mulheres tapadas De manhá, toda a ponte do Bos- mais gente. Na assembleia poste- com independência da idade, do sexo, da classe so- -que nom é bom nem mau o feito de por si, mas se foro (que une a Ásia com a Euro- rior decide-se incrementar a pres- cial... nom te podes imaginar a quantidade de gente se tem em conta que a mulher de Erdogan vai tapa- pa) está cheia de gente dirigindo- som e difundir a mensagem por que passa polo parque a doar comida, roupa, di- da, pois já tés marcada umha tendência-... se para à praça, som centos de todos os canais possíveis e redes milhares de pessoas. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 internacional 13

“A 'esquerda' frequentemente não é mais do alÉm minho que umha religião com dogmas do passado”

Qual foi a ação da LUAR com uma maior repercussão? “O assalto ao Santa maria foi feito Sem dúvida, o assalto ao Banco de Portugal da Figueira da Foz, pela audácia revelada, pelo enorme montante que conseguiram levar, por gente que depois criou a LuAR” pela fuga num avião tomado num aeródromo desportivo terminada com a fuga para Marrocos ou ou- JosÉ hiPólito santos, democrata e lutador PortuGuês contra o salazarismo tro destino. Inicialmente o regime, desconhecendo que era político, JOÃO AVELEDO / O socioecono- gado, protagonista desse 25 de não conseguiu esconder tudo isso. mista José Hipólito Santos abril frustrado que foi a Revolta Mas já antes, em 61, o assalto ao (Porto, 1932) publicou em 2011 de Beja de 62? paquete Santa Maria, feito por ‘Felizmente Houve a LUAR. Pa- Humberto Delgado defendia a gente que veio a criar a LUAR, em ra a história da luta armada instauração duma democracia, conjunção com revolucionários, a contra a ditadura’ e em 2012 ‘A estando ainda hesitante quanto à maior parte galegos, que tinham Revolta de Beja’, dous livros questão colonial que tinha toma- lutado na guerra de Espanha, teve que se debruçam sobre factos do uma grande importância his- uma projeção mundial durante decisivos na insurgência con- tórica para Portugal. mais de duas semanas. tra o salazarismo. As suas obras não são um mero exercí- A LUAR, a organização armada É pensamento muito geral que a cio de memória, mas também que durante mais tempo lutou esquerda enfrenta uma profun- o resultado de uma rigorosa contra a ditadura, é hoje quase da crise ideológica, tem futuro o pesquisa que tenta fugir de re- desconhecida em Portugal, como pensamento de esquerda? visionismos moralizantes. Ho- explicar este véu de silêncio? Todas as religiões estão em crise, mem de biografia apaixonante A historiografia é, em geral, do- como tudo o que não evolui. Mas (ativista contra a ditadura, ex- minada por grupos que investi- há valores – liberdade, solidarie- preso político, antigo exilado gam o que é habitualmente refe- dade, fraternidade, equidade, jus- em Argel e professor universi- rido pelas elites como ‘importan- tiça, envolvimento cidadão – que tário em Paris e Lisboa) foi diri- te’ historicamente. A LUAR, como são de todos os tempos. A ‘esquer- gente de organizações políti- o Movimento da Sé e a Revolta de da’ frequentemente não é mais do cas, como o Movimento de Beja foram da iniciativa de gente que uma religião com dogmas do Ação Revolucionário (MAR), a ‘não politizada’, de grupos indis- passado com um discurso bem ro- Liga de União e Ação Revolu- Em que consistiu o Movimento implicar-se politicamente através criminados – não proletários or- dado prometendo um mundo me- cionária (LUAR) e o Partido Re- da Sé de 59, talvez a primeira de ações armadas. Várias unidades ganizados, não marxistas – e, por- lhor… Um pensamento de esquer- volucionário do Proletariado tentativa séria de derrubar o militares deveriam ser controladas tanto, susceptíveis de ‘atrasar a re- da tem futuro, e é indispensável, (PRP), e participou no Golpe da salazarismo? pelos oficiais implicados, com o volução’ para erradicar as classes mas tem de ser refundado. Sé e na Revolta de Beja. Tam- Foi um Movimento em que estive- apoio dos civis; seriam presos os dos poderosos. bém pertenceu ao Comité de ram envolvidos cerca de 150 ofi- governantes e instaurada a demo- Valeram para algo os enormes Ação da Sorbonne, em maio de ciais do exército, de baixa patente, cracia, sob a presidência de Hum- O Partido Comunista Português sacrifícios daqueles que, como 68. Atualmente, faz parte das mas também uma nova geração de berto Delgado, refugiado na Em- mostrou sempre uma clara hos- você, lutaram militantemente redes Alliance Pour Un Monde oponentes ao regime - civis, vindos baixada do Brasil. tilidade frente a todos estes mo- contra a ditadura? Responsable, Pluriel et Solidai- de fileiras monárquicas, católicas vimentos, porquê? Lutar pela liberdade não é um sa- re e DRD-Démocratiser Radi- e de outros meios estudantis e jo- Que tipo de regime político pro- Tudo o que não controlavam fazia crifício. É uma pulsão de vida, co- calement la Démocratie. vens operários - que só aceitavam curava o general Humberto Del- o jogo do inimigo… mo lutar contra a fome.

umha das grandes naçons indígenas da Povos América do Norte com mais de 200.000 membros Naçom Ojibwe ou o despertar da indigeneidade

JOSÉ A. ‘MUROS’ / Esta naçom li- anteriormente importantíssima Lakotas muitíssima importância meio dum ensino auto-organiza- indigeneidade atual que superou gada por linha materna com o Po- no desenvolvimento da indústria no ressurgir da consciência indí- do a língua indígena, o Anishina- traumas e maltratos (do seu ho- vo Metis que mencionamos no peleteira e do comercio fluvial en- gena no Continente americano e be, entre as crianças da naçom, mem e pai de três dos seus filhos), número anterior do NOVAS é um- tre o Canadá mais ocidental e su- na fundaçom nos anos 70 do mui especialmente nos Ojibwe do filha dum branco e dumha indíge- ha das naçons indígenas mais renho e as cidades do interior de A.I.M. (Movimento Indígena sul pois os do Canada conservá- na retorna as raízes, vive em terri- grandes de Norte-América, arre- USA até New Orleans. Isto que Americano), dos seus fundadores rom muito mais o idioma. tório indígena, adoptou três filhas dor de 220.000 membros a com- comentamos influi fortemente na um era Kota e dous Ojibwe, e do Louise Erdrich, umha das gran- mas desenvolve a sua vida e o seu ponhem sendo vizinhos dos lako- Naçom Ojibwe, mui aberta ao Poder Vermelho. Este despertar des escritoras norte-americanas, governo numha terra e numha co- tas cara ao norte. A diferença des- mundo e às mudanças; cultivado- paulatino dou-se em todas as co- comenta como dá talheres de lite- munidade que vai superando a co- tes nom povoam as grandes pla- ra de arroz selvagem, construtora munidades, afundando no auto- ratura em Anishanabe e como fo- lonizaçom conformando-se de no- nícies do Meio-Oeste senom a zo- de canoas e grande pescadora e governo e auto-gestom das comu- mentam os membros da sua gera- vo sem traumas como indígenas na arredor aos grandes Lagos e dona de piscicultoras. Já na época nidades, mui especialmente num- çom, que na sua maioria som es- da terra. Vizinhos dos Lakotas, os saltos dos grandes rios ao seu dos tratados com as potências co- ha economia indígena que priori- critoras e falantes em inglês, o dos parentes Metis, dos Mohaws, redor e os grandes bosques e fra- loniais exigiam acordos mui con- za a soberania alimentar e o res- despertar da língua, da naçom, dos que vinhérom do mar e falam gas que ficam neste território. Es- cretos e complexos. Estes povoa- peito à Terra. As povoaçons dos mitos e das realidades vincu- esse outro idioma, o inglês, ou ta área foi como já comentávamos dores nativos tivérom junto aos Ojibwe estám a recuperar por ladas a ela... Louise é metáfora da aquele outro, o francês. 14 em anÁlise Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

A oferta vencedora rebaixava em 0,06% o montante do concurso, em anÁlise permitindo um “aforro” aos cofres públicos de 7.954 euros Junta premia Pescanova com a gestom dos helicópteros e brigadas contra incêndios inaer, emPresa da família fernÁndez de sousa, tambÉm monoPoliza o serviço de Guarda costeira

M.B. / A Conselharia do Meio de meios aéreos, que se deixou Rural acaba de atribuir à em- nas maos da Helicsa desde o seu presa Inaer, da família proprie- começo em 1990, quando Enri- tária da Pescanova, a gestom que López Veiga promove pouco dos helicópteros e brigadas antes de ser nomeado conselhei- contra incêndios até 2015 me- ro das Pesca a criaçom do Servi- diante um procedimento ur- ço de Busca e Salvamento, que gente e negociado sem publi- com o tempo viria a ser no Servi- cidade num montante de mais ço de Guarda Costeira de Galiza. de 12 millons de euros. A Jun- Juntamente com o seu sucessor ta optou mais umha vez por no departamento autonómico, um processo de seleçom opa- Juan Caamaño - filho de Francis- co para contratar um serviço co Caamaño González, coronel público que no ano passado do exército franquista que che- foi objeto de denúncia por gou a ser alcalde de Ferrol e vice- prevaricaçom. presidente da Caixa Galicia e do Celta de Vigo -, recrutam o vi- O Diario Oficial de Galicia publi- guês Fernando Novoa, ex-oficial cou no passado 10 de junho a re- da armada espanhola e piloto de soluçom da Secretaria Geral Téc- do escolhida a Inaer Galicia SL. A do serviço de optimizaçom da pre- helicópteros de salvamento que nica da Conselharia do Meio Ru- oferta vencedora rebaixava em A Junta contratou o vençom de incêndios florestais trabalha para a Junta como as- ral e do Mar pola qual foi adjudi- 0,06% o montante do concurso, serviço através dum mediante a planificaçom estraté- sessor marítimo. cada à empresa Inaer o serviço in- permitindo um “aforro” aos cofres gica e coordenaçom operativa. Novoa convence Fraga para im- tegrado de helicópteros e públicos de 7954 euros procedimento urgente Igual que dous anos depois, en- portar para o nosso país o modelo brigadas com destino à preven- (12.380.300,48 euros face aos sem publicidade tom a beneficiária foi a Natutec- da sociedade estatal de Salvamen- çom e defesa contra incêndios flo- 12.388.254,88 do contrato). nia, empresa de que é diretivo o to e Seguridad Marítima (Sase- restais durante as pré-campanhas Segundo denúncias da central ex-conselheiro com Fraga, já que mar). Novoa tem o cargo de con- e campanhas dos anos 2013 e nacionalista, a Administraçom au- tos mas pujo em dúvida algumha o caderno de cláusulas adminis- selheiro delegado e à cabeça do 2014. O sistema escolhido pola tonómica infringiu o limite de das datas indicadas. Pola sua par- trativas e de condiçons técnicas holding está Manuel Fernández Junta para contratar o serviço foi montante de concurso “e para isso te, a CIG, que já denunciara o ano fora feito por medida. de Sousa-Faro, o presidente da de novo através de procedimento previamente anunciam no DOUE passado um contrato similar com Estas duas empresas ligadas ao Pescanova, com 21% das açons. urgente e negociado sem publici- umha adjudicaçom que depois a mesma empresa, estuda apre- PP levam anos celebrando sucu- Mas a família em conjunto é dona dade, que no ano passado já fora cancelárom ao apresentar-se ou- sentar também desta vez umha lentos contratos com as Adminis- de 50% dos títulos através da em- objeto dumha denúncia por pre- tra empresa”. Afirmam, além dis- querela por prevaricaçom contra traçons públicas. Tanto assim, que presa de material ferroviário varicaçom da CIG. so, que “era um facto mais que os responsáveis da Conselharia. a Inaer monopoliza através da sua Transfesa, anteriormente presidi- Desta vez, optou em primeiro previsível” que o concurso iria ser Em 2012 a Inaer ganhou o con- filial Helicsa o fornecimento de da polo actual máximo responsá- lugar polo concurso público, ao atribuído à Inaer, “pois os helicóp- curso, tal como adiantaram sindi- aeronaves para o Serviço de Guar- vel da Inaer, Antonio Domínguez qual concorrêrom duas empresas teros desta empresa, marca SO- catos e associaçons profissionais, da Costeira da Galiza e controla Garcés, casado com umha das ir- - a própria Inaer e a Helibravo KOL PZL-W3A, estivérom desde formando umha Unión Temporá- mais de 90% do negócio dos heli- más Fernández de Sousa. Aviación -, mas que foi cancelado 1 de fevereiro até 2 de março na ria de Empresas com a Natutec- cópteros no conjunto do Estado Os proprietários da Pescanova polo departamento que dirige Ro- base do Serviço de Incêndios nia, firma vinculada ao ex-conse- espanhol. E isso apesar de a em- ingressárom mais de 100 mi- sa Quintana alegando que nen- (SPDCIF) do Campinho em Ponte lheiro do Meio Ambiente Carlos presa de aeronáutica da família lhons nesse tempo com a aquisi- gumha das duas empresas cum- Vedra, de onde partírom para Se- del Álamo, que chegou a fazer Fernández de Sousa-Faro, pro- çom de helicópteros para o servi- pria o caderno de condiçons. Des- vilha para passar a revisom técni- provas de seleçom de pessoal se- prietária da Pescanova, acumular ço da Guarda Costeira. Recente- te jeito ficou via livre para o pro- ca e regressárom em meados de manas antes da assinatura do con- numerosas sançons da Aviaçom mente a Junta atribuiu à Inaer a cedimento negociado sem publi- março para a base de Silheda, co- trato. Já em 2010 a CIG acertara Civil e da Inspeçom do Trabalho. gestom do salvamento marítimo cidade, a que fôrom convidadas as mo se pode verificar nas fotogra- quatro dias antes de que se resol- A gestom do Serviço é um su- com meios aéreos melhorando a duas empresas, nos termos da Lei fias, do dia 15 de março”. A pró- vesse o procedimento aberto qual culento negócio para as empre- concessom até ultrapassar seis de Contratos do Estado, resultan- pria empresa reconheceu os fac- iria ser a empresa adjudicatária sas, como no caso da adquisiçom milhons de euros anuais. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 dito e feito 15

‘‘Aos Estados interessam-lhe estas situaçons de crise para aumentar dito e feito ainda mais a repressom contra a gente que está fora fazendo cousas’’

entrevista a ósKar calvo, um dos orGanizadores do tattoo circus “Queríamos sair do quotidiano e buscar novas ferramentas para a luita antirrepressiva”

O.R. E X.R.S. / A repressom da parte dos Estados aumenta e cobra novas formas, mas “foi um trabalho também o fai a solidariedade: duro mas vemos que nas jornadas de 17, 18 e 19 de maio, o CSO de Palavea aco- a gente responde” lheu o primeiro Tattoo Circus da Galiza, um formato de en- contro anti-repressivo que A repressom aumenta, mas nasceu há cinco anos em Ro- também o fai a solidariedade e ma e se espalhou por toda a a tomada de consciência por Europa. A modificaçom cor- parte da sociedade, nom é? poral une-se à luita contra a Assim é. No Tattoo Circus vimos repressom num formato com umha afluência impressionante de três premissas bem claras: gente, mas também se aprecia no todo o dinheiro arrecadado é dia a dia, em luitas como a das pre- para fins anti-repressivos, a ferentes, a luita contra a mina, … organizaçom é totalmente as- Cada vez há mais gente! O da mi- semblear, e os conteúdos na de há algumhas semanas em vam muito mais alá da tatua- se pode fazer um com outras contactastes com eles e elas? Compostela há anos era impensá- gem e o piercing, como o premissas que nom sejam essas. Existe já umha rede de gente vel. O Estado está-se armando, es- confirma um programa atei- Por exemplo, nom se seria um “A assembleia de conscienciada com este tema? tá preparando golpes duros, e na gado de palestras, debates, Tattoo Circus se tivesse fins lu- cada Tattoo Circus Sim, existe. No caso concreto Galiza imos ter um futuro a curto espetáculos e mesmo obra- crativos. Apesar disso, existe dos tatuadores, os que vinhérom e meio prazo bastante duro, com doiros para escrever cartas a bastante autonomia entre cada decide os conteúdos” a Galiza participárom também muita mais gente entrando no cár- pessoas presas. Óskar, um um deles, e é a própria assem- noutros Tattoo Circus do Estado. cere sem saber mui bem porquê. dos organizadores, fala-nos bleia que decide os conteúdos e Enquanto aos obradoiros e pa- Esperemos que o julgamento da da organizaçom e do resulta- a quem destinar os fundos. cabaré, e umha igreja imensa lestras, procuramos contar com semana que vém corra bem, mas do deste evento. para os espectáculos de suspen- gente galega que já leva tempo penso que igualmente temos que E de onde vém a ideia de ligar som e demais. trabalhando neste ámbito. Tam- estar preparados porque nom O Tattoo Circus é um formato essas modificaçons corporais bém foi assim no caso dos músi- imos receber de todos os lados. de encontro anti-repressivo como as tatuagens e os Os fundos arrecadados diri- cos, que fôrom gente próxima que nasceu em Roma há ape- piercings com o tema anti- gem-se todos à luita anti-re- que colabora de maneira altruís- Como avaliades o resultado nas alguns anos. Como entra- -repressivo? pressiva. Como os gerides e ta. Estes encontros som real- deste Tatto Circus? des vós em contacto com ele? Porque nom? Essa seria a res- através de que entidades? E mente úteis para potenciar o Fomos bem além das expectativas Entramos em contacto graças à posta. Realmente há muitas di- como som distribuídos entre compromisso nestes ámbitos; de iniciais, sobretodo quanto ao nú- gente de diversos pontos do Es- námicas que se estám a desen- projetos locais e outros mais facto, há um grupo mui grande mero de pessoas que vinhérom tado espanhol que está envolvi- volver no ámbito anti-repressivo estatais? de gente do setor das modifica- participar nos obradoiros e demais da no tema anti-carcerários, e mas sempre caímos no mesmo Falarei da experiência nossa; çons corporais que apoia estas atividades. A verdade é que foi um fomo-nos conhecendo. Por formato com palestras, concer- noutros lugares pode ser distinta. causas graças aos Tattoo Circus. trabalho duro, mas o vermos que a exemplo, a mim chamárom-me tos, ou ceadores. Isso está mui Nós, depois de muito debate gente responde, e que consegui- para dar umha palestra no Tat- bem também, mas nós buscáva- construtivo, decidimos fazer As palestras abordárom diver- mos ter quase 300 pessoas no sá- too Circus de Barcelona há três mos sair do quotidiano e buscar apoio direto a dous companhei- sas perspectivas da situaçom bado e 200 na sexta e no domingo, anos. Outras organizaçons da novas ferramentas para a luita ros que estám em casos bastante dos e das presas. Como pensa- fai que a avaliaçom seja positiva. Galiza participárom noutros co- anti-repressiva. É um jeito de graves, com condenas grandes. des vós que está a influir a cri- As tatuadoras ficárom contentes, mo no Madrid, etc. E , em si- que a gente que nom se achega- Ao tempo, deixamos outra parte se capitalista nas dinámicas re- e a organizaçom e o resto de parti- multáneo, a gente que conhecía- ria a estas reivindicaçons polas para a campanha Cárcere=Tor- pressivas empreendidas polos cipantes também. Podem-se me- mos do resto do Estado estava vias tradicionais, o faga através tura, que na Galiza está levando estados da Uniom? lhorar cousas, mas para ser o pri- conectada por sua vez com en- da tatuagem ou doutras modifi- umha luita mais concreta contra Os Estados estám em crise, recor- meiro ano melhor nom podia ser. contros da Grécia, Alemanha, caçons temporárias. as prisons e a tortura, para que tando em áreas como a sanidade e A sensaçom com que ficamos foi Itália, França, etc. eles o distribuam como queiram. a educaçom, mas a nível repressi- ótima: gente que nom conhecía- Porque em Palavea? É a assembleia de cada Tattoo vo o controlo é cada vez maior. De mos de nada fazendo espetáculos Daquela, tendes boa comuni- É o lugar perfeito! Tanto por in- Circus quem decide; em Barcelo- facto, interessam-lhe estas situa- de circo, com um discurso anti-car- caçom com a gente que tem fra-estrutura como pola gente na, por exemplo, que contavam çons de crise para aumentar ainda cerário brutal, outra gente que organizado Tattoo Circus nou- que está morando ali e partici- com muitos mais fundos, enviá- mais a repressom contra a gente preparava obras sobre a tortura,... tras cidades, nom é? pando no centro social. O local rom recursos para companheiros que está fóra fazendo cousas; é Aliás, nas palestras houvo gente É. Os Tattoo Circus do Estado deu-nos muitíssimas facilida- na Grécia, no Chile, em Itália, em apenas umha escusa para endure- de todas as idades, e muita que espanhol estám totalmente coor- des: tínhamos 7.000 metros Valência, em Madrid, et cetera. cer as suas medidas a todos os ní- nom era do nosso dia a dia, que se denados. De facto, parte dos fun- quadrados à nossa disposiçom, veis: desde as multas administrati- mostrou interessadíssima. Nom só dos do último Tattoo Circus é possibilitando que houvesse um As pessoas que participárom vas por temas como os escraches, houvo quantidade, mas também destinada para realizar o seguin- espaço de palestras, um espaço no encontro, desde as tatuado- até a crescente presença da polícia qualidade: a gente participava te. Há como um modelo a seguir de concertos, umha zona de dia, ras até as músicas, figérom-no na Galiza, ou o maior controlo da com inquietude e com discurso, em toda a Europa, polo que nom outra de noite, um espaço para de maneira altruísta. Como populaçom dissidente. nom vinha só para escuitar. 16 a fundo Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

O grosso da atual rede de caminhos de a fundo ferro desenvolveu-se entre 1873 e 1958 O país que perdeu o comboio

o estado esPanhol Promove um modelo de transPorte que Prima a alta velocidade

A história do caminho de ferro Das duas linhas AVE estrela, a de no território galego prende-se Madrid-Barcelona soma 5 mi- às conveniências do centra- lhons e Madrid-Sevilha 1,5 mi- lismo espanhol. O desenvolvi- lhons. De modo que aplicando a mento destas infra-estruturas regra de três da Renfe cumpriria nunca seguiu umha planifica- fechar também o AVE”, afirma o çom real nem se tivérom em ativista. Neste aspeto, som salien- conta as relaçons económi- táveis umhas declaraçons realiza- cas e sociais do território. das aos meios em 2010 polo presi- Contodo, esta rede ferroviária, dente da Renfe na altura, Teófilo servida por numerosas esta- Serrano: “Nom é estritamente ne- çons situadas em diversas lo- cessária do ponto de vista do inte- calidades, permitiu a mobili- resse público a existência de ser- dade de pessoas e de merca- viços de Alta Velocidade, mas é dorias através do País. Agora, absolutamente interessante do com a chegada do século XXI, ponto de vista do interesse públi- o Estado espanhol projeta co que existam serviços de proxi- desmantelar a atual rede e midades nas cidades”. promover um modelo que pri- me os grandes núcleos de po- Caem as linhas convencionais pulaçom e a ligaçom da alta No mês de junho, o Estado asses- velocidade a Madrid. tava um novo golpe à existência dumha rede ferroviária útil para A.L. / No dia 15 de setembro de com fortes pendentes e sinuosida- Precisamente, a linha Ferrol– as pessoas comuns. Assim, por 1873, em Carril, um balom aeros- des. E dá-nos estes dados: “Galiza As grandes linhas Corunha é umha das que verám causa da remodelaçom de horá- tático deixava cair do ar mensa- tem 40% das curvas de raio menor reduzidas as freqüências com os rios de comboios, a partir de 2 de gens em panos de seda a celebra- ou igual de 300 metros e quase de AvE no Estado novos cortes de serviços impostos junho fôrom desmanteladas mais rem a abertura da 20% das curvas de raio menor ou som deficitárias polo Ministério do Fomento à rede de 100 freqüências semanais e fe- ferroviária que decorria sobre o igual de 500 metros de toda a rede ferroviária de todo o Estado. Se- chadas várias estaçons sitas em território galego, entre a compos- de Renfe, com um comprimento gundo um estudo recente apresen- pequenas localidades do País. O telana estaçom de Cornes e esta de apenas 7,2% do total”. Deste jei- tado polo sindicato Comisiones sindicato CCOO realizou um estu- localidade arouçana. Entre aquele to, algumhas das linhas ferroviá- nhas com a escusa da falta de Obreras (CCOO) nesta linha som do do impacto destas supressons ano e 1958 foi o Estado articulan- rias som muito mais longas que usuários; falta essa provocada por suprimidos 31 serviços semanais. e quantifica em 104 os comboios do no nosso país o grosso da atual troços similares por estrada. Por esta mesma dinámica”. Assim, Du- de meia distáncia que desapare- rede de caminhos de ferro, exceto exemplo, a via entre Santiago e ro assinala que esta suposta falta é Custos de milhares de milhons cem por semana, assim como de- a linha FEVE, de via estreita, que Ourense tem 130 quilómetros, en- umha “falácia” e chama a atençom Duro critica também que nom se nuncia o encerramento de 20 es- comunica Ferrol com Návia e que quanto por autovia este trajeto para a oferta paralela de autocar- ponha em causa a rendibilidade taçons e que outras 24 passam a iniciou o seu traçado em 1962. som 95 quilómetros. ros. “Na linha Ferrol-Corunha, a das linhas de alta velocidade que ter apenas umha paragem. O ativista Xan Duro explica ao Mas os problemas som múlti- Renfe disponibiliza 6 carreiras em estám a ser construídas. “A cida- Antes, os aparelhos informati- NOVAS DA GALIZA as pejas funda- plos. As carências em infra-estru- cada direçom, sendo a primeira às dania tem investido 50.000 mi- vos do Ministério do Fomento fala- mentais que entravárom o bom turas e material rolante som “cró- 7.02 e a última às 20.20, enquanto lhons de euros em linhas de alta vam da supressom dumhas 36 fre- desenvolvimento do caminho de nicas” diz Duro e acrescenta que de autocarro é possível escolher velocidade. E a esta quantidade há qüências de média distáncia. Num- ferro na Galiza. Diz-nos Duro que “no nosso país, os caminhos de fer- 15 saídas diretas pola auto-estrada que somar ainda arredor de ha nota de imprensa, a CCOO acu- o traçado das linhas construídas ro ficárom num estado de abando- e 16 pola estrada-geral com para- 28.000 euros anuais por quilóme- sava o Estado de facilitar informa- entre 1870 e 1958 obedeceu a “um- no lamentável como conseqüência gens intermédias, entre as 6.30 e tro de manutençom”, assinala. çons “parciais” e assegurava que o ha mistura de interesses localistas dumha campanha consciente e as 22.30. Assumindo que as em- “Para que umha linha de AVE cu- Ministério “tenta confundir a opi- e de abaratamentos nos custos dos prolongada baseada na deteriora- presas de autocarro também aten- bra estes custos de manutençom, niom pública misturando dados trabalhos”. Daí, umha das carate- çom de linhas, na obsolescência dem à rendibilidade, deduz-se cla- nem falamos já da amortizaçom dos comboios suprimidos de meia rísticas da rede galega, que é ter do material rolante, no corte de ramente a existência de demanda dos 50.000 milhons, precisa de 6 distáncia convencional com os troços excessivamente longos e serviços e no encerramento de li- de deslocamentos”. milhons de passageiros por ano. comboios de longa distáncia, que Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 a fundo 17

cumprem outra funçom bem dis- tinta e tenhem diferentes tarifas e paragens”. Por linhas, a CCOO in- AVE: grande infraestrutura forma de que, além da já citada Corunha-Ferrol, no trajeto Coru- nha-Lugo-Monforte de Lemos re- duzem-se 14 serviços por semana; agressiva com o território no percurso Compostela-Ourense perdem-se uns 27 serviços e entre Vigo e Ourense desaparecem 14. A chegada da grande velocidade A estes dados, os estudos das ao Estado espanhol já estivo car- As zonas rurais vam CCOO acrescentam a perda de 4 regada de espectáculo. Era 1992 e freqüências entre Ourense e Mon- a inauguraçom da linha de alta ve- perder conexom com forte de Lemos e outras 14 entre locidade entre Madrid e Sevilha o trem de toda a vida Ourense e Póvoa de Seabra. acompanhava macro-eventos co- mo a Exposiçom Universal de Eletrificaçom e via dupla 1992 nessa cidade andaluza. Ape- A falta de eletrificaçom da rede sar das dúvidas sobre a sua rendi- e que os melhores vales e soutos galega é outra das carências que bilidade, a construçom de linhas das paróquias ourensanas serám impedem umha maior sustentabi- de alta velocidade nom parou des- afetados pola passagem do com- lidade energética deste meio de de entom e hoje quase metade dos boio de alta velocidade, como transporte. Dos 1.200 quilóme- quilómetros deste tipo de via no por exemplo o souto de Cerde- tros de caminho de ferro do terri- mundo decorrem em território es- delo, no concelho de Laza. Tam- tório galego, apenas 23% tenhem panhol. Assim, a Ecologistas en bém as pessoas vizinhas às fornecimento elétrico. Nos tra- Acción recordava que em maio de obras estám a paceder as conse- mos em que está prevista a cons- 2011 a Adif expugera que na Es- qüências da construçom desta truçom de vias de velocidade alta, panha estavam em serviço uns infra-estrutura. Assim, morado- como por exemplo na parte do Ei- 2.665 quilómetros de linhas de res de Campobezerros, Cerdede- xo Atlántico que decorre entre as comboio de alta velocidade e qua- lo e Portocamba queixam-se de cidades da Corunha e Vigo, a ele- se outros 4.500 em construçom, que as suas casas já estám a gre- trificaçom destas vias nom está sendo que a nível mundial se esti- tar, de que as fontes estám a se- mava existirem uns 16.000 quiló- car e de que as estradas estám metros destas ferrovias. desfeitas. O coletivo ecologista Qualificado polo militante denuncia também que na paró- Somente 23% da anarquista catalám Miquel Amo- troço em que poderám alcançar- quia de Palmés, no troço AVE rede ferroviária conta rós como “o comboio dos dirigen- vizinhança das se 300 quilómetros por hora, a ve- Ourense-Compostela secárom tes”, o desembarque do AVE, cu- locidade máxima que pode atin- as fontes e os poços. O porta-voz com eletrificaçom jo objetivo principal é facilitar a paróquias padecem gir o AVE, é o que decorre entre da Amigos da Terra, Xosé San- conexom com Madrid, está liga- efetos das obras Ourense e Compostela, enquanto tos, adverte que “as zonas rurais da a um dos episódios mais es- no Eixo Atlántico e no troço Ou- da Galiza vam ver passar trens a Cortes de fomento perpênticos da relaçom com o rense-Lubiám as velocidades mais de 300 quilómetros por ho- eliminam 104 Estado, como foi o conhecido co- nom irám ultrapassar 240 quiló- ra e nom vam ter conexom com comboios semanais mo 'Plan Galicia' depois da catás- velocidade (300 quilómetros por metros por hora. o trem de toda a vida” e reflete trofe ecológica do Prestige. Este hora) na linha entre Ourense e O coletivo Amigos da Terra in- sobre o paradoxo de que “há al- plano, que seguindo os manda- Compostela. É finalmente o Pro- forma de várias das agressons deias em Ourense onde se vai dos da mercadotécnia foi apro- grama Estratégico de Infraestu- que estas obras estám a produzir tardar mais em chegar à capital prevista para antes do fim das vado num Conselho de Ministros turas de Transporte (PEIT) 2005- no território e na gente. A Ami- de província para fazer gestons obras do AVE, ficando fora destas que tivo lugar na cidade da Coru- 2020 que dá impulso às obras das gos da Terra denuncia que nom que o tempo que vai levar ir a intervençons as linhas do com- nha, já projetava linhas de alta vias de grandes velocidades. O se respeitem espaços protegidos Madrid no AVE”. boio tradicional. Este atraso na eletrificaçom po- de pôr em causa também as datas que as Administraçons anunciam, especialmente na iminência de campanhas eleitorais, para a che- Linhas em aluguer gada definitiva das chamadas “al- tas prestaçons” às estaçons gale- O responsável do setor ferroviá- (o Transcantábrico, o Expreso nistraçom e construçom de in- gas, pois umha via sem eletrificar rio da CGT, Ángel Valladares, de la Robla e Al-Andalus). Ainda fra-estruturas ferroviárias, pas- nom pode suportar as altas velo- denuncia que o Estado está a in- Começaram-se a nom fôrom marcadas datas, mas sará a dividir-se em duas empre- cidades e os atuais comboios die- vestir só na alta velocidade, po- conceder licenças a os seguintes passos da privatiza- sas: umha que se encarregará da sel que percorrem as linhas con- tenciando os trajetos longos e os operadores privados çom passarám polas linhas de gestom de vias de alta velocida- vencionais na Galiza nom ultra- grandes núcleos enquanto se de- longa distáncia e de alta veloci- de, em que as operadoras priva- passam os 160 quilómetros por sentende do comboio convencio- dade, as mais atrativas para os das poriam todo o seu interesse, hora. Ainda no eixo atlántico, a nal e as localidades com apea- Renfe tem trens grandes investidores. Ángel Val- e outra que se fará cargo das li- via dupla está a ser construída en- deiros som postas de parte. ladares teme que o futuro do nhas convencionais que se man- tre Corunha e Vigo, mas no troço “Agora, trajetos como Corunha- de alta velocidade comboio seja semelhante ao dos tenham. Por outra parte, a Ren- que vai da cidade herculina a Fer- Lugo passarám a fazer-se em excedentários aeroportos e que sejam os con- fe-Operadora será segregada em rol foi descartada. comboios de longo percurso, celhos ou as comunidades autó- quatro empresas, três das quais O ativista Xan Duro di que a fal- comboios estes que só pararám nomas que tenham que chegar a se ocuparám dos atuais negócios ta de eletrificaçom e de via dupla em Betanços e Ponte d'Eume”, di acordos com as empresas priva- da companhia (transporte de fai que “mantenhamos comboios Valladares em referência à nova seriam empresas privadas que das para poder dispor de servi- passageiros, tráfego de merca- com um alto grau de emissons po- paisagem ferroviária instaurada prestassem os serviços pagando ços de transporte ferroviário. dorias e manutençom), enquan- luentes e velocidades reduzidas, após a restriçom de horários de um cánon”. A partir de 1 de agos- Também num futuro próximo to umha quarta divisom seria a com pouca capacidade de acele- junho. Este sindicalista explica to começarám a conceder-se li- as entidades públicas empresa- proprietária dos comboios. Val- raçom para oferecer um serviço também os passos que o Estado cenças para operadores priva- riais Adif e Renfe-Operadora ladares explica que nos últimos de proximidades ágil e com múlti- está a dar para privatizar a rede dos. Segundo as últimas infor- irám transformar-se para se anos a Renfe reuniu um parque plas paragens, e obrigados a de- de caminhos de ferro. Tal mode- maçons publicadas, esta privati- adaptarem melhor ao tal modelo excedentário de comboios de al- ter-se para cederem passagem a lo privatizado consistiria em que zaçom irá começar com os co- “liberalizado”. Assim, a Adif, en- ta velocidade que poderám ser outros comboios pola mesma via”. “o Estado mantém as vias, mas nhecidos como 'trens turísticos' te que tem por objetivo a admi- alugados às empresas privadas. 18 a eXame Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

Em 1992 a Junta de manuel fraga a eXame elevou o limiar eleitoral a 5 por cento Sistema eleitoral galego: O dilema entre a proporcionalidade ou a igualdade

o artiGo 11º do estatuto estabelece que o Parlamento deve ter entre 60 e 80 dePutados

Nos últimos meses, a proposta de Feijoo sobre umha nova reforma eleitoral tem euros por legislatura. A oposiçom di que a reforma é umha tentativa de arrecadar marcado a agenda institucional dos partidos. A ideia do presidente da Junta é re- mais diputados para o PP, que aumentaria a sua vantagem e consolidaria a maio- duzir o número de representantes na cámara galega, passando dos 75 atuais para ria absoluta. Ademais, também afirmam que o suposto aforro nom chegaria nem 61. Por demarcaçons, seriam eliminados 6 lugares na Corunha, 5 em Ponte Vedra, aos três milhons de euros e que, além disso, a reforma omite outras despesas 2 em Ourense e um só em Lugo. Segundo a Junta, a reduçom obedeceria a um muito mais importantes, como o custo dos assessores. Nesta conjuntura o NGZ corte nos gastos em representantes políticos, e falam dum aforro de 7 milhons de analisa a aplicaçom do sistema eleitoral galego desde que foi aprovado em 1985.

XAVI MIQUEL / As bases do sistema eleitoral galego atual (depois da O método ponderado 'umha pessoa, um morte do ditador) assentam no voto' ganhou força Estatuto de autonomia aprovado favorece práticas no ano 1981. No artigo 11º do Es- clientelares com os 'indignados' tatuto fica estabelecido que a cir- cuncriçom eleitoral será a pro- víncia e que o Parlamento terá litou-se a obtençom de maiorias dos som eleitos territorialmente e entre 60 e 80 deputados. Após as absolutas, como as que foi con- som diretamente responsáveis pe- primeiras eleiçons autonómicas, seguindo o PP durante três legis- rante o corpo eleitoral. no ano 1985, é aprovada a Lei de laturas consecutivas. Eleiçons ao Parlamento da Gali- No Estado espanhol, o limiar Umha pessoa, um voto za, que desenvolve todo o siste- eleitoral varia segundo a cor poli- Este slogan ganhou força nos últi- ma eleitoral galego. Nesta lei es- tica e as necessidades do momen- mos tempos, sobretodo ao pé do pecifica-se que o número de de- to. Para pôr exemplos similares, nascimento dos “indignados”, que putados será de 75, distribuídos na Generalitat Valenciana o limiar colhêrom a proposta como umha com um mínimo de 10 deputados é de 5% e no País Basco também das bases para reformular a demo- por província, e os restantes se- era de 5% até 2001, ano em que o cracia institucional. Mas esta pro- gundo a populaçom de cada um- desceu a exigência. Em vários Es- posta já tinha centrado os debates ha delas (a populaçom total é di- tados europeus este limiar tam- muito mais equilibradas e que as província com 100.000 habitantes de representaçom política há mui- vidida por 35, para se ter a mar- bém é de 5%, caso da Alemanha, regiões menos povoadas nom per- que com um milhom. Para os de- to tempo e já está a ser implemen- gem total de deputados). ou mesmo de 10%, como o que se dem capacidade de decisom nas tratores, ademais, a política de re- tada desde há alguns anos em vá- Nessa primeira lei, o limiar precisa na Turquia para se entrar políticas nacionais. Os detratores presentatividade nom é tanta, já rios Estados, especialmente na eleitoral (o mínimo exigido para no Parlamento. asseguram que o sistema favorece que afinal os territórios pequenos América do Sul. se entrar no Parlamento) era de as politicas mais clientelares, ten- nom tenhem umha política explí- Segundo os partidários do mé- 3%, o que facilitava a entrada de Cálculo proporcional corrigido do em conta que as zonas mais cita de desenvolvimento, mas ape- todo, este produz umha maior des- mais partidos e dificultava as Um dos principais conflitos insti- despovoadas som também as que nas é umha politica de mínimos centralizaçom do Estado e convida maiorias amplas, premiando os tucionais que se dam na Galiza (e tenhem populaçom mais idosa. para continuar a manter os votos à gente a umha maior participa- acordos pós-eletorais. Assim foi também no mundo inteiro) é o di- Seja como for, há que ter em que tenhem nas redes caciquis. çom política. Ademais, autoim- como nas duas primeiras elei- lema de porquê um voto numha conta que nem o sistema pondera- Outro exemplo alternativo in- pom-se a procura do bem comum çons houvo 5 partidos represen- zona vale mais do que outro voto do é umha prática de “direitas”, ternacional é Parlamento británi- além do benefício pessoal. Polo tados no Parlamento, e outros fi- noutra zona. A explicaçom que se nem o “um voto, umha pessoa”, é co, onde o sistema eleitoral parte contrário, para os detratores, este cárom às portas de entrar. Foi só costuma dar é que, assim, no par- um reclamo de “esquerdas”. Antes dum sistema uninominal maiori- método só favorece as grandes no ano 1992 que Manuel Fraga, lamento fica muito mais represen- bem, prevalece segundo as carate- tário. Isto traduz-se num sistema maiorias e nom reforça as mino- na altura presidente, modificou a tada a variedade territorial e nom rísticas de cada zona. No caso ga- onde há 650 circunscriçons (cum- rias (umha das bases da democra- lei eleitoal elevando o limiar até prevalece umha “ditadura das zo- lego, ao dar um mínimo de 10 lu- pre lembrar que na Galiza só há cia liberal) o que leva simplesmen- 5%, o que tornou muito mais difí- nas mais povoadas”. gares parlamentares por provín- quatro) e onde é eleito deputado te a que os grandes centros de po- cil conseguir representaçom par- Os partidários deste sistema as- cia, está-se a igualar os pequenos quem obtém mais votos em cada der continuem nas principais aglo- lamentar. Em contrapartida, faci- seguram que permite políticas territórios, já que é o mesmo umha circunscriçom. Assim, os deputa- meraçons urbanas.

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ASSINATuRA Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 conversa 19

'O monte é nosso' trabalha em cartografar conversa e visibilizar os montes em mao comum

fran quiroGa, do coletivo o monte É nosso “A política de reflorestaçom fijo que as pessoas vejam o monte como cousa alheia”

ZÉLIA GARCIA / No sábado 8 e 9 de junho na cidade de Vigo ti- vo lugar Cooperland, um fim de semana de encontro sobre práticas cooperativas e anali- se da realidade dos bens co- muns. Para falar do paradig- ma galego de bem comum participou Fran Quiroga, de “O monte é nosso”, apresen- tando este coletivo para valo- rizar a importáncia dos mon- tes em mao-comum. Conver- samos com ele de coopera- çom, da história destes espa- ços da comunidade galega e da sua aposta em trabalhar na pesquisa e na açom social pa- ra viabilizar esta peculiarida- de do nosso território, onde coexistem mais de 3.000 co- munidades de montes.

Como nasce “O Monte é Noso”? No ámbito da Feira Imaginária que se organizou no Alg-a lab, em Va- ladares, foi apresentado o projeto de tentar trabalhar ao redor dos montes comunais, porque o que ZÉLIA GARCIA ZÉLIA nos interessava era enlaçarmos os bens comuns com outras realida- só a gestom recai neste conjunto cousa alheia este monte. Afinal, nidades de montes que temos mais des como o software livre, e outros de moradores. A diferença que há “Estes montes encontramo-nos com que na à mao e tivemos uns encontros com comuns mais imateriais, como a a respeito doutros montes que maioria dos casos na atualidade a Organizaçom galega de montes Wikipédia, e ligá-lo a estes comuns existem no resto do Estado é que racham com a visom os montes estám totalmente arre- vizinhais em mao-comum. Já con- naturais. Os montes em mao-co- a propriedade nesses outros recai individualista do país” dados do rural, sendo que dantes tamos com o apoio de várias delas. mum tenhem mais de 600 anos de na Administraçom pública, ainda faziam parte do mesmo, desta Sabemos que há algumhas comu- existência, e pensamos que era im- que depois essa gestom seja co- “queremos que as cosmovisom. Dos 600.000 hecta- nidades as que nom imos chegar portante que se conhecessem, para munitária, mas a propriedade é res quase metade som geridos porque tenhem um posicionamen- aprendermos desta experiencia. A pública. A nossa é privada e de comunidades vejam o pola administraçom, polo despo- to político diferente ao nosso. Um- partir daí saiu “O Monte é Nosso. gestom comunitária. útil de manter este bem” voamento do rural. ha das nossas ideias é que com es- Sachando procomum”, que é um tes projetos consigamos que as co- coletivo colaborativo e horizontal, Como foi a evoluçom histórica Como ides levar adiante o vos- munidades vejam a utilidade que em que trabalhamos debaixo do desta realidade na Galiza? so projeto de ativar a memória pode ter o manter este bem comum que chamamos “o pinheiro de pro- Em 1800 havia na Galiza dous mi- espaço amplo onde poder reco- do comum nos montes? e nom cedê-lo ou alugá-lo. duçom”. Tentamos utilizar formas lhons de hectares que som bens lher estrume e a madeira para as Temos três eixos de açom: um lar comunais nas próprias decisons comunais, e situamo-nos na atua- casas. Deste jeito, havia umha de pesquisa comunal, que busca Ligades o vosso posiciona- para a gestom do nosso dia a dia, lidade em 600.000 hectares. Deu- simbiose entre este espaço priva- gerar conhecimento desta reali- mento coletivo polo bem co- que vai na mesma linha dos co- se um processo de desarticula- do, que era a leira e mais a casa, e dade e na nossa língua; residên- mum á defesa da terra como muns naturais. çom, semelhante ao que acontece este espaço comum, que era o cias artísticas e sociais, para faci- algo inseparável deste modo. com os baldios portugueses, que monte. Mantinham esse sistema litar que a arte, a cultura ou a pes- Certamente, o nosso próprio nome Em que consiste a importáncia atualmente ocupam 5% do terri- de apoio às pessoas com menos quisa atuem como um catalisador é um revival dessa luita dos anos destes montes? tório português, e que sofrem o recursos porque podiam ter neste que sirva às comunidades de 70, do «Monte é Nosso», homena- Estamos a falar dum fenómeno mesmo devalo. Durante o fran- monte comunal unha vaca, um montes, buscando o envolvimento geando o documentário de Llo- que ocupa cerca de 30% do terri- quismo, igual que com a ditadura porco, ou sementarem um pouco, mútuo, e umha cartografia expan- renç Soler. O comum é um concei- tório galego, que é brutal, e que salazarista, é promovida umha e polo menos nom morriam de fa- dida, onde se tracem os afetos e to que vem de velho, e queremos quebra essa que se tinha do País política de reflorestaçom que só me. Isto rompe-se com o proces- comuns situados através de entre- manter esta luita que tem mais 30 como individualista. Temos uns busca produtividade desse monte so de suposta modernizaçom do vistas e imagens, em que poda- anos, durante o franquismo e tam- bens que som mais de 600.000 no sentido desarrollista. Para se sistema agrário e com a política mos ver como se estabelecem es- bém anteriormente. Defendemos hectares em que estám envolvidos manter o sistema agrário tradi- de reflorestaçom do franquismo, tas redes de apoio mútuo, que vai a decolonizaçom dos comuns, por- mais de 150.000 comuneiros. O vi- cional e o minifundismo que te- que o que fai é que as pessoas ve- mais ao imaginário. que o comum também existe no tal é que a propriedade, que nom mos nós, era preciso dispor dum jam pouco a pouco como umha Imos contactando com as comu- rural e nas periferias. 20 media Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

A direçom evita a criaçom dum Conselho de media Informativos, contemplado na lei dos meios públicos

mais de metade do quadro assina contra a “maniPulaçom informativa” notas de rodaPÉ Pessoal da CRTVG mantém o Mineraçom e esbulho por terra, mar e ar pulso pola sua independência om ricos os países mineiros? A Imprensa Sde Vocaçom Centralista cuida que umha XOÁN R. SAMPEDRO / Há apenas dous me- mina é um tesouro. ses, no número 124 do jornal, reco- lhíam-se nesta seçom algumhas refle- om contam que a Bolsa do cobre está em xons sobre a falta de rigor e de profis- NLondres e o cobre no Chile. Que Bruxelas sionalismo que, de forma coletiva, marca os preços dos diamantes produzidos vém caraterizando o trabalho informa- em África e que o valor do coltám do Congo é tivo da ‘Televisión de Galicia’ e mais a decidido nos Estados Unidos. A cotaçom da Rádio Galega. Sem confundirmos es- tonelada de ferro é outra das exclusivas de ta falta de qualidade com a soma de Londres. capacidades das e dos profissionais que aí trabalham, há que procurar a ntes bem, a intensidade da exploraçom mi- sua razom na existência em Sam Mar- Aneira dum país é proporcional ao seu atra- cos dumha estrutura de poder conce- so. Os países ricos deslocam as minas para os bida e aperfeiçoada para o exercício territórios da pobreza. da propaganda pró-governamental, assim como das diversas causas re- êxito da mineraçom do ouro e dos dia- trógradas com que o governo da Jun- Omantes na África do Sul dependia de salá- ta comunga. Mas, dizíamos e dizemos, rios míseros e dum sistema racista. A maioria nom basta justificar-se no “cumprir dos Estados do subcontinente europeu expor- ordens”. Umha campanha em marcha tárom as suas próprias minas para o hemisfério atualmente acompanha a reclamaçom mativo que desde há anos anda a procu- sul. Os telhados de lousa da Reforma já nom de reformas na estrutura das empre- um blogue desvenda a rar meter polos olhos da gente da Galiza procedem de França mas dos soutos decruados sas da CRTVG com a denúncia públi- a Cidade da Cultura, esperpento que se- do SE da Galiza. Por que será? ca de cada um dos casos em que cada censura diária nas gundo o PP continua 'colocar-nos no dia as tesoiras do Partido Popular redaçons de Sam marcos mundo' enquanto é percebido como um passeiam polas redaçons nas maos desastre por toda a parte, abandona ao Os telhados de lousa já nom de subordinados afins. final a notícia de que o organismo regu- Os informativos estám a lador decide dar entidade à cultura da procedem da frança mas dos Lançada polo mês de abril, a campanha ser altofalantes acríticos Galiza na rede de redes. soutos decruados da galiza 'Eu nom manipulo, e tu?' é a resposta do Ou, só para pôr outro exemplo (e am- Comité de Empresa da Televisom de para as mensagens do bos sem necessidade de recuarmos mais Galiza ao cada dia mais exagerado fundamentalismo católico do que até a segunda semana de junho), Plano Setorial das Atividades Extrativas comportamento censor por parte da di- sobre-dimensionar e cobrir fontes de Oda Galiza (PSAEG) declara a sua intençom reçom dos meios públicos. Literalmen- mui escasa fiabilidade e tendenciosa- de ignorar todo o sistema legal de proteçom de te, nas próprias palavras que recolhem Museu dos horrores informativos mente marcadas. Na última semana, a espaços naturais, paisagens protegidas, pedras no blogue onde centralizam o trabalho, O blogue antes referido é produto das Conferência Episcopal espanhola a falar, e jazigos históricos. nasce “para denunciar a manipulaçom assembleias de trabalhadoras e trabalha- com dados de 2011, do 'aforro' que su- informativa que sofre o canal público e dores em que se vinha debatendo a pro- postamente representa para o Estado a Imprensa de Empresa celebra a venda da para exigir a criaçom do Estatuto Pro- blemática e possíveis respostas à mani- escolarizaçom em centros concertados. ANaçom em leiras para minas. A política de fissional que estabelece a Lei 9/2011 pulaçom, e está ativo desde abril. Regis- Notícia sem contraste em nengumha ou- desenvolvimento a longo prazo fica embarga- dos meios públicos de comunicaçom ta desde entom dúzias e dúzias de casos tra fonte, como o som as duas, na falta da. Depois de entregues os rios (Fenosa, Iber- audiovisual da Galiza, que contempla a em que a estreiteza mental dos diretivos dumha, peças reservadas nos informati- drola) as rias (Reganosa, Lourizán, Petroliber) criaçom dum Conselho de Informativos se impom nom só ao rigor ou ao interes- vos de dias consecutivos a um relatório e o ar, animam a continuar o espólio físico, so- para a Corporaçom RTVG”. se jornalístico, mas ainda ao mais ele- da 'Red Madre' que se resumia na primei- cial e cultural. Ao carom do trabalho realizado neste mentar senso comum. Nada que poda ra frase da informaçom em “Quanto tempo, fundamentado na difusom e do- surpreender a quem olha com certo espí- maior é o nível de estudos das mulheres, ue decisom irá ser reservada ao povo sobre cumentaçom na rede, em eunonmani- rito crítico para televisom da administra- menos abortos ocorrem em Espanha”. Qvales e cômaros entregues por 50 anos a pulo.wordpress.com, de casos de mani- çom autonómica, mas casos que postos Sem aprofundar no precário e superficial preço de saldo? O PSAEG é incompatível com a pulaçom que oscilam do explícito ao em fileira, um atrás doutro, deixam um- do relatório e da sua conclusom, resulta Democracia. mais subtil, o Comité de Empresa apre- ha imagem mais nítida de até que ponto impensável que num momento como o sentava no passado 4 de Junho um do- se está a esbanjar dinheiro público a ca- atual, em que é patente nas ruas o con- Imprensa Parcelaria nom relaciona o co- cumento assinado por 60 por cento das da emissom dos 'telexornais', ou 'te-equis' fronto com a regressom em direitos para Alossal esbulho de terra com o assalto ao e dos jornalistas dos serviços informati- como os conhecem em Sam Marcos. as mulheres que promove o ministro ca- mar. Dale Sawyer, un geólogo texano discípulo vos. No texto entregue aos grupos par- Por caso, o facto de os informativos te- tólico Gallardón, nom fazer aparecer, de Mike Talwani, prepara o levantamento defi- lamentares e à Comissom de Controlo rem 'ninguneado' em palavras das e dos mesmo só para dissimular, umha outra nitivo da bolsa de gás prevista a 35 milhas a W da CRTVG no Parlamento Galego, ao trabalhadores, a aprovaçom por parte da voz que cumpra os requisitos mínimos das ilhas Sies. diretor-geral e ao Conselho de Adminis- Icann (organismo internacional que au- exigíveis a umha comunicaçom. Nom traçom da CRTVG, 345 profissionais da toriza e oficializa os domínios na Inter- sendo, claro, a CRTVG, onde continua a esde 1978, esse gigantesco e elusivo jazigo informaçom da Companhia exigem me- net) da criaçom do domínio .gal para sí- valer todo, à custa da consciência de tra- Dfoi objeto de nove campanhas geológicas. didas para garantir a pluralidade e ve- tios web relacionados com a Galiza e a balhadoras e trabalhadores presos dum Sawyer vem com o mesmo retrouso que os seus racidade nos meios públicos. língua e cultura galegas. O mesmo infor- modelo para-propagandístico. predecessores: “Nom vimos buscar gás”. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 crónica GrÁfica 21

crónica GrÁfica

Umha mobilizaçom apoiada “Se a maternidade nom é livre, te- por mais de 30 coletivos so- mos claro que é imposta”. Era umha ciais, percorreu a zona velha das arengas que se ouviu na mani- compostelá para denunciar o festaçom da Plataforma Galega polo caráter político do juízo con- Direito ao Aborto que o domingo 16 tra 4 independentistas que de junho encheu as ruas de Com- se vai celebrar 24 e 25 de ju- postela. Autor: Galiza Contrainfo nho na Audiencia Nacional

Várias cidades galegas, sumárom- se a protesta internacional contra a Troika baixo o lema "Nom devemos, nom pagamos"

Milhares de pessoas manifestárom- se em Compostela polo Dia das Le- tras. Um ano mais o bloco laranja ti- vo presença própria e nútrida na manifestaçom

Concentraçom das trabalhadoras do Sergas contra a privatizaçom do serviço

5. A massiva manifestaçom contra o plano mineiro da Junta levou a Compostela a decenas de organiza- çons e milhares de pessoas 22 cultura Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

“A Torre de Hércules é património da humanidade cultura e todo o entorno deveria estar protegido”

entrevista a PePe lado, laura sÁnchez e tono GalÁn, do ProJeto cÁrcere “O Concelho deveria implicar-se nom só neste projeto, mas em muitos que partem da cidadania”

A.R.G. / Falamos com membros do Projeto Cárcere, umha iniciativa mediante 2010, de maneira assemblear e autogestionada. Levam três anos a trabalhar a qual a vizinhança e gente dos movimentos sociais e culturais da Corunha também na recolhida de achegas e ideias, de exposiçons, a atuaçons musi- e comarca pretendem recuperar o espaço do cárcere da Torre, visibilizando- cais, cursos, a sede de várias associaçons da Corunha, umha escola infantil, o como o que foi, um lugar de repressom, mas convertendo-o num lugar de local para pessoas migrantes, pessoas com deficiência, centro de criaçom convivência, “livre e aberto, onde primem os usos social, cultural, educativo, de arte, um albergue para a gente nova... Som só algumhas achegas que po- lúdico e a participaçom cidadá”, contam na Rede. Nom se trata de um grupo deriam ajudar a recuperar para a gente umha parte da cidade que continua a fechado, mais bem ao contrário, já que funcionam, desde a sua criaçom em ser escura, a dar medo e a cair.

Qual era a ideia primeira deste de limpeza, a falta de diálogo é a projeto? Como nasceu? que provoca os maus entendidos. Pepe Lado: O projeto nasceu após É certo que nom sabemos real- umhas jornadas de gestom cultu- mente o que pensam do concelho, ral alternativa organizadas polo mas nós pensamos seguir na linha Concelho no ano 2010 no institu- da coesom. Nom somos mais que to que está ao lado do cárcere, o um intermediário, entre aspas, e Ánxel Casal. Durante dous, três custou-nos muito que a gente nom dias, passou por aqui gente que tentasse identificar-nos com um estava a gerir espaços de maneira ou com outro partido. alternativa noutras cidades, e ali P.L.: O Concelho deveria implicar- falou-se da possibilidade de recu- se nom só neste projeto, senom perar o cárcere pola primeira vez em muitos outros que partem da durante o colóquio final. Eu ia em cidadania. Deveria acompanhar, representaçom da Associaçom de mover-se com a gente. Dedicar es- vizinhas das Atochas-Monte Alto, te prédio a fins sociais, culturais e e havia gente de outros coletivos de recuperaçom da memória his- da cidade e pessoas a título indi- tórica resulta beneficioso para to- vidual: juntos pensamos em ten- da a gente... Parece que há medo tar fazer algo, continuar com a re- quando a cidadania tenta empo- flexom... E a gente respondeu: LAURA SÁNCHEZ, TONO GALÁN E PEPE LADO derar-se, mas nom só no nosso ca- nas primeiras reunions éramos so, a gente que tentou recuperar a meio cento de pessoas. Naquela rom nada até que se nos ocorreu rom chegando neste tempo. a concelheira, mas todo fica em panificadora de Vigo nom contou altura, o Concelho abriu o cárce- ir limpar, convocamos num do- Laura Sánchez: É preciso dizer palavras bonitas. Assinalam que com o apoio do Concelho do re durante umha semana para di- mingo e a polícia chegou antes que foi um processo aberto a toda como o edifício nom é deles e que PSOE, e em Ponte Vedra, os do Li- versos usos: fôrom projetados fil- que nós. Desde aquela até hoje há a cidade para que a gente propu- nom se podem comprometer. Es- ceo Mutante também tivérom pro- mes, leu-se poesia, houvo exposi- umha pessoa 24 horas ali que im- sesse possíveis usos para o edifí- tes dias saiu na imprensa que blemas há um tempo com o BNG. çons, palestras, debates, teatro... pede a entrada. E nós já nom es- cio. O que figemos foi recolhê-los existe um convénio urbanístico L.S.: Estamos vendo que é um Nesta altura fôrom organizadas tamos centrados tanto no edifício e refleti-los no plano.P.L.: Também assinado por Paco Vázquez no mi- problema comum também na re- quatro comissons de trabalho: in- como em organizar-nos e valori- nos serviu para conhecer outras nistério espanhol do Interior, se- de transibérica de que participa- fraestruturas, gestom, projetos e zar as possibilidades. propostas que estám a funcionar gundo o qual haveria um acordo mos, criada há um par de anos por comunicaçom. Mas com as mu- fora de aqui e para dar-nos a co- de permuta de terrenos: parece gestoras de centros culturais in- danças no governo local, a cousa Tendes criado um plano de via- nhecer a nós mesmos. Estes dias ser que o concelho deveria ceder- dependentes. A administraçom também mudou. Tentamos conti- bilidade muito trabalhado. Que vai assistir umha pessoa do coleti- lhe um terreno em troca para a vai pondo impedimentos, as aju- nuar com as conversas com a no- pretendeis fazer com ele? vo a umhas jornadas com outras construçom dum centro de inser- das nom existem... se fôssemos va concelheira de Cultura, Ana Tono Galán: Já que nom se podia plataformas de gestom alternativa çom social e pagar umha indem- umha empresa, talvez nom hou- Fernández (PP), procurando um- entrar, pensamos em fazer por es- de espaços em Sant Boi. Juntar-se nizaçom, mas parece que o terre- vesse tanta desconfiança. ha resposta como a que nos dera crito um plano geral da platafor- e falar das próprias experiências no já foi cedido e a indemnizaçom María Xosé Bravo (BNG), mas ma, ficou um dossier bastante acaba por demonstrar que estes finalmente nom é necessária. Sa- Qual é o valor do cárcere ainda nom a tivemos. Di que o completo. A ideia era ter umha ba- projetos tenhem viabilidade. As- bemos que estám em negociaçons para a cidade? projeto é ilusionante, mas pom a se para trabalhar no futuro e libe- sim mesmo, ao pôr por escrito as para recuperá-lo, e nisso nom nos T.G.: Toda a cidade, mas o bairro desculpa de que o espaço nom rar energias. O trabalho foi repar- ideias que nos chegam e as que te- vamos meter. Nós gostávamos de de Monte Alto especialmente, pertence ao Concelho e que vam tido entre os quatro grupos que mos, ficam expostas à cidadania. que o edifício passasse a maos do tem umha relaçom histórica com tentar recuperá-lo primeiro, po- havia no início, tentamos refletir o Também lhas enviamos ao conce- Concelho e se abrisse a possibili- a prisom, sobretodo de medo. rém já nos vetárom a entrada na que tínhamos debatido estes três lho, mas houvo silêncio total. dade de fazer algo ali Para além das condiçons arqui- Primavera de 2012, quando con- anos: fala-se de autogestom, pala- T.G.: É preciso dizer que o projeto tetónicas singulares -tem o se- vocamos umha jornada de limpe- vra que aparece no manifesto des- E como vedes um possível envol- sempre quijo procurar coesom gundo edifício pan-ótico cons- za porque o prédio estava a de- de o começo, das possibilidades vimento do Concelho? Como es- com todo o mundo. É parte da sua truído no Estado, depois do de gradar-se muito por ter ficado da estrutura -os arquitetos figé- tá a ser trabalhada esta via? filosofia primigénia, mas como ví- Oviedo-, a sua história de repres- aberto o recinto. Falamos com rom mediçons, umha análise do L.S.: Sempre que temos algumha nhamos de ter tratos com o Bloco, som é abrumadora. instituçons penitenciárias, a edifício e um plano de viabilida- cousa nova que consideramos que e isto é pura hipótese, já nem nos L.S.: Também há que ter em conta quem pertence o espaço na atua- de-, dos projetos a desenvolver, da pode ser de interesse, informa- respondem à documentaçom que a situaçom geográfica. Com isto lidade, para que tomaram cartas gente que quer estar implicada e mos. Mas, habitualmente nom te- lhes mandamos, nem às tentativas de que a Torre é património da hu- no assunto, mas nem os titulares das suas inquietaçons, assim co- mos resposta. de reuniom. Há umha parte que manidade, todo o entorno deveria do centro nem o Concelho figé- mo as propostas de usos que fô- P.L.: Tivemos duas reunions com falha, e, como no dia da brigada estar, em princípio, protegido. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 cultura 23

Botam a andar os audiovisuais Galiza Ano Cero e Irmandade TV

novos meios Para a Galiza em movimento

REDAÇOM / Recentemente, em poucas semanas assistimos ao nascimento de duas televisons alternativas, as duas com o mes- mo objetivo: democratizar a in- formaçom e construir meios de comunicaçom pola base, a partir dos mesmos consumidores e acompanhando a sociedade e os seus movimentos. A primeira em emitir o seu programa na Rede foi Irmanda- de TV, criada, segundo contam, para “difundir programas agre- gados, dar voz ao nacionalis- mo” e permitir à sociedade "ex- trair as suas próprias conclu- sons", fora da visom a que nos Fecha o Furancho de tenhem acostumados os meios de comunicaçom empresariais, e, às vezes, também os públicos. Arte Contemporánea Com um formato debate-tertú- lia, apresentado por Aurelio Lo- compostelano pes, os primeiros programas de dum grupo de pessoas que que- próprios de esquerda para a Irmandade.tv tratárom o tema riam criar umha nova televisom construçom de umha democra- REDAÇOM / O próximo 21 de ju- responsabilidade para com a da megamineria e da falência baseada no debate político e so- cia real. Esta TV está em proces- nho fecha um dos projetos mais construçom coletiva de conheci- das caixas e a estafa das prefe- cial, “de abaixo à esquerda, em so de crowdfunding, quer dizer, anovadores do panorama exposi- mento que é a Arte", segundo ex- rentes. código aberto e baixo licenças procuram mecenas para desen- tivo galego. Depois de um ano e plicam o seus promotores no por- A outra TV que também acaba livres”, emitiu um primeiro de- volver a sua atividade e emitir três meses de trabalho, o Furan- tal Culturagalega.org. de estrear o seu primeiro pro- bate em que Manuel Martínez mais programas, que também cho de Arte Contemporánea, FAC O seu último evento será o FAC grama no passado 17 de junho é Barreiro, Xosé Manuel Pereiro, vam incluir entrevistas. A gente Peregrina, de Compostela, clau- ALL, que inclui um almoço popu- Galiza Ano Cero, da qual já te- Lola Ferreiro e Alba Nogueira, que quiger colaborar pode pro- sura-se de modo definitivo, "com lar, photocall, sessons de vários mos falado no NGZ (Nº125). respetivamente, falam da cria- curar o projeto na plataforma a profunda satisfaçom de ver os DJ e concertos, a sua realizaçom Nascida na cidade da Corunha çom de ferramentas e caminhos catalá Verkami. seus objetivos cumpridos e a tran- será nas instalaçons deste espaço quilidade de ter exercido a sua nos arredores de Compostela. Onde estám as escritoras e as poetas?

REDAÇOM / O dia 21 de junho, XELA ARIAS quando esta ediçom já esteja fe- chada, a RAG dará a conhecer publicamente o nome da pessoa à qual se dedicará o Dia das Le- tras em 2014, portanto já nom poderemos mudar o título da no- tícia. Mas, se a cousa vai como quase sempre, por volta do meio- dia um fax chegará às redaçons dos jornais galegos com o nome do escritor homenageado, prova- velmente um homem, pois até agora todas as propostas som deste género. Os e as jornalistas de Cultura passarám o dia pega- dos à wikipedia para contar um pouco da vida do escolhido polos e polas académicas que estrutu- ram umha instituiçon recente- mente remodelada. As candidaturas tivérom que Xela Arias (finada em novembro Por enquanto, fôrom apre- ser apresentadas por escrito e de 2003) e de Luísa Villalta (que Praza Pública pede apoios sentadas quatro candidaturas: com o aval, quando menos, de faleceu em março de 2004), ain- Xosé María Díaz Castro, Ricar- três académicas. Porém, cada da que é preciso salientar que, REDAÇOM / O jornal digital Praza te “através de pequenas doaçons”, do Carvalho Calero, Fiz Verga- académica pode avalizar mais de em 50 anos, só três mulheres fô- Pública também acaba de lançar graças às quais, é possível “a in- ra Vilariño e Xosé Filgueira um candidato ou candidata. rom homenageadas, a última em umha campanha para conseguir dependência e a sustentabilidade Valverde. Há outros dous no- Os nomes conhecidos som já 2007. Outros candidatos com op- apoios do público. Segundo con- financeira do Praza. Neste senti- mes propostos, mas ainda deve habituais desde há anos nas qui- çons poderiam ser Carlos Casa- tam, o pagamento dos jornalistas do, achegam um formulário que ser comprovado se cumprem os nielas prévias, mas também hou- res, Antonio Fernández Morales, da redaçom, o desenvolvimento e pode ser preenchido por toda requisitos precisos para pode- vo outros que fôrom assinalados Ramón de Valenzuela ou Manuel a manutençom tecnológica do seu aquela pessoa que deseje colabo- rem ser escolhidos. nas últimas semanas: falou-se de Rodríguez Orestes. site é financiada maioritariamen- rar com o jornal. 24 desPortos Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

dobradinha histórica do burela de futebol salom torques e cascarilha somam-se ao GaÉlico

As da Marinha conseguírom vencer na Mais duas equipas mistas de futebol Liga estatal mais na Taça de Espanha gaélico acabam de ser criadas no país: femininas, com o Atlético de Madrid co- os Torques de Lugoslavia em Lugo, mo rival. Goleando por 5-1 e por 6-1 res- promovida pola associaçom Cultura do petivamente, demonstram o potencial País, e a Cascarilha na Corunha, surgi-

desPortos dum clube humilde que tem no apoio da da no ámbito do CS Gomes Gaioso e d sua massa social um elemento fulcral. única equipa mista da cidade. A final #Marrozos2013... um país, um desporto, umha coroça, umha ilusom!

SÉRGIO CAAMANHO - XERMÁN VI- LUBA / O 26 de Maio chegava o dia preparamos bilhardas da verdade... e como antessala da grande final nacional de Marroços, e paláns: mina nom, a Autêntica continuava a consoli- adiante com o varal! dar-se o dia anterior em Ponte Areias, disputando um espetacular triangular entre os combinados na- cionais de Andaluzia, Euskal He- organizaçom e participaçom vizi- rria e a própria Seleçom Galega. nal permitiu a reuniom na carval- Esta jornada servia de convívio e heira de Santa Marinha de artistas achegamento, num fim de semana plásticos, contadores de contos, lúdico e festivo em que os compan- cantores e poetas para unirem as heiros bascos, chegados de Pasaia, suas açons reivindicativas à espe- e os andaluzes, de Cádiz, contárom tacular exibiçom bilhardeira con- com um recebimento por todo o al- tra a mina que reuniu numha lan- to da mao da gente do referencial çadeira de varados a dúzias de vi- CS O Fresco. Este evento, que dava zinhos e vizinhas, alguns dos o pistolaço de saída à grande fim suena a gallego y esos son peli- quais mostrárom grandes aptitu- de semana bilhardeira que rema- grosos". Assim as cousas, Marro- des e com certeza que vam au- tou com a vitória da Autêntica bril- zos converteu-se num autêntico mentar a serpente multicor da hantemente capitaneada polo Ge- campo de refugiados, um exérci- LNB na vindoura temporada. As- lín com 8 pontos, 2 de Andaluzia e to de almas na procura do susten- sim, como o milhadoiro anti-mina, 1 de Euskal Herria. Do combinado to espiritual da Coroza da LNB, o do qual fai parte a LNB, mostra- nacional, só dous palanadores caí- símbolo máximo da resistência mos o nosso apoio e coragem bil- rom derrotados: um deles, debu- galega contra o jugo e o submeti- hardeira contra a selvagem amea- tante na Autêntica, foi o ex-diretor mento social e desportivo do rei- ça que sofrem as terras de Ber- do NOVAS DA GALIZA, Carlos Barros, no de Espanha. O lume ardeu no gantinhos e do país inteiro.Foi que com o seu lamentável jogo de- corpo de cada um dos jogadores, um colapso de emoçom intrans- vimento social e reivindicativo com essa raiva que nos desloca- monstrou que nom todos os gale- nos siareiros, e transmitiu ao feríveis, cuja prolongaçom está posicionando-nos em todos os mos muitos de nós em corpo e al- gos sabem dar-lhe à bilharda. campo de jogo como um rego de nas tuas maos, lob@ solitari@ Bi- conflitos e movimentos sociais ma para estarmos ao dia seguinte Umha incendiária equaçom, chama de um vulcam em erup- llardeir@ que tés os olhos chan- que afloram no nosso País. na grade manifestaçom nacional "galeg@s e bilharda", que tivo o a çom. Cada golpe na procura do tados nestes regos escritos. Fôrom dúzias os palanadores e realizada em Compostela contra a sua máxima expressom na nova varado converte-se numha pedra palanadoras que participárom megamineria e o espólio do nosso ediçom do Play off Nacional, nes- mais do grande poema visual que Bilhardas contra minas neste fim de semana reivindicati- país onde enchemos as ruas da ca- ta ocasiom disputado na brava entre todos estamos a construir. Quando dizemos que a LNB é vo. Começou já no 31 de maio, pital pondo fim a umha semana freguesia Compostelana de Ma- Furabolos do Pino, equipa cam- muito mais que um desporto po- sexta-feira, com um concerto ao tam intensa como reivindicativa. rrozos. Com meio governo impu- peoa nacional, Reyes dos Outros, de soar a tópico para quem nunca ar livre em Carvalho que, apesar Portanto, afiamos firmemente tado e outro meio com o medo no campeoa nacional feminina, Gi- tivesse contacto com esta forma da chuva que caiu todo o dia e to- as bilhardas e procuramos os nos- corpo, a cámara municipal de nés de Furabolos campeom na- de ser e de viver; mas em eventos da a noite, serviria como ponto de sos paláns mais contundentes pa- Compostela negou-se em redon- cional em Varados (tiros diretos) como a açom bilhardeiro reivin- partida para os intensos aconteci- ra preparar os lançamentos mais do a colaborar com a LNB: nem e Daniel dos Billardeiros Musi- dicativa contra a Mina de Corco- mentos que nos esperavam. No certeiros do ano e assestar os gol- troféus nem nada, "¿Qué es eso de cais, Coroceir@ Nacional ou esto, da mao dos irmaos da Plata- dia a seguir, no Enarbolar o Mon- pes necessários a todo aquele que la billarda?", devêrom pensar. campeom nacional absoluto. Es- forma em defesa de Corcoesto e te, o ponto zero em Santa Marinha pretenda furar a nossa terra. Mina "Quita, quita. A esos ni agua, que tes fôrom os nomes próprios de Bergantinhos, viramos num mo- de Corcoesto, umha espetacular nom, adiante com o varal! Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 desPortos 25

sucesso do camPeonato luso-Galaico de surfe Galiza fica seGunda no torneio 4 naçons de andebol

O 18 e 19 de Maio decorreu em Viana do Castelo o XV Cam- A Seleçom Galega feminina obtivo o segundo lugar no peonato Luso-Galaico de Surfe, Bodyboard e Longboard, que VI Torneio Quatro Naçons de andebol, disputado em também incluiu como atividade a limpeza de praias. No plano Carvalho. Neste campeonato participam as seleçons bas- competitivo, destacárom as atuaçons em categoria Surf Open, ca, catalá, galega e mais outro país convidado, que este da ferrolana Isa Gundin, primeira, e Alba Rodriguez, segunda. ano foi Itália. A esquadra italiana ganhou a Catalunha Na categoria masculina, o galego Pipo Dominguez foi segun- nas semifinais, e Galiza fixo o próprio contra Euskadi. do, por trás do português Eduardo Fernandes. As italianas impugérom-se na final à Galiza por 27-22. Encontro de Embarcaçons Tradicionais: 20 anos recuperando o património marinheiro de Galiza

JOSÉ CADAVEIRA / No próximo como o estaleiro do Purro em mês de julho, do 11 ao 14, reali- Bueu. É umha atividade bem dife- zará-se no porto do Freixo, no rente das motos de água e outras concelho de Outes, o XI Encon- atividades aquáticas baseadas no tro de Embarcaçons Tradicio- motor. Só se escuita o vento na ve- nais da Galiza. Este evento, o las e o barco a sulcar o mar. As ta- mais importante da sua classe na refas de mantenimento som península, volta após quatro usualmente feitas pola tripula- anos à ria de Muros e Noia. No çom. Por contra, nom todas as ad- ano 2009 fora a vila de Muros ministraçons cooperam muito: a quem se implicara como nen- Federaçom mantém a reclama- gumha o tinha feito antes em çom dumha lista própria para as contribuir para o acolhimento de embarcaçons tradicionais, que barcos e tripulantes, com umha atualmente estám matriculadas ambientaçom que ia para além como qualquer embarcaçom de do peirao, incluindo as ruas des- lazer; também se luita para fazer ta formosa vila. Após o Encontro efetiva a rebaixa que a legislaçom de Carril em 2011, organizado reconhece quanto ao pagamento com a crise económica já avan- de amarraçons para as embarca- çada, e portanto, com grandes çons tradicionais, o reconheci- dificuldades económicas, é ago- mento legal de embarcaçons co- ra a associaçom Terra de Outes mo património móvel, e o mante- quem assume o heroico desafio nimento e ampliaçom das anco- de trabalhar para que nom falte ragens tradicionais contra as in- a celebraçom da cultura marin- tençons das administraçons heira e o património marítimo portuárias de as eliminar. galego. Como nom podia ser As associaçons som Quanto ao aspecto identitário, doutro jeito numha vila com so- afortunadamente o panorama ge- na polas suas carpintarias de ri- modestas, autónomas ral quanto ao elemento humano é beira, e que ainda conserva esta- de clubes náuticos bem diferente do que carateriza a leiros, este ano será este o tema navegaçom de lazer convencio- central ao qual será dedicado nal. Longe do elitismo e espanho- parte das palestras, debates e vi- lo que andamos era esperança- lismo dos clubes náuticos, a ad- sitas. As carpintarias de ribeira dor, em cada cita bianual apare- quisiçom e mantenimento dumha galegas, agrupadas na associa- ciam novos barcos, réplicas ou re- embarcaçom tradicional no seio çom AGALCARI, dedicam-se ca- abilitados. Esta tendência ainda dumha associaçom é muito mais da vez mais à construçom das se mantém graças ao voluntaris- acessível e o ambiente é muito embarcaçons de tipologias tradi- mo das pessoas que integram as mais favorável para as pessoas cionais para o lazer e o desporto, dezenas de associaçons que com- com consciência de País. Ao mes- como alternativa de viabilidade ponhem a Federaçom Galega po- mo tempo, as diferentes associa- pola introduçom de outros mate- la Cultura Marítima e Fluvial, mas çons também enfrentam dificul- riais em lugar da madeira na os subsídios públicos começam a dades para ter instalaçons ou construçom de embarcaçons de faltar, e sem eles é difícil enfron- amarraçons à beira do mar. Al- pesca profissionais. lancha do jeito das rias baixas. caçom dos marinheiros profissio- tar os projetos que requirem um gumhas vem-se obrigadas a “in- Desde 1993, com o I encontro, Das centenas que havia há cem nais e a sua recuperaçom como maior investimento. vernar”, outras desfrutam de con- som 20 anos de festejar a recupe- anos só um pécio resgatado da património, lazer e objeto de es- A navegaçom tradicional nom cessons portuárias que permitem raçom das embarcaçons que o areia em Caldebarcos, há vinte tudo e investigaçom. Entre estas se estrutura em clubes náuticos navegar todo o ano. Em todo caso, génio dos nossos carpinteiros de anos, permitiu a construçom estám sobretodo as pequenas em- edificados em superfície ganha ao o verao é naturalmente a época ribeira e a sabedoria dos nossos dumha réplica, depois mais duas, barcaçons: gamelas, chalanas, mar, recheios, abrigos, pantaláns, que concentra maior número de marinheiros aperfeiçoárom ao e todas as que as associaçons se- botes, trainheiras e, já agora, as e toda a fachenda que acompanha atividades: regatas, pequenos en- longo dos séculos. Nom todas jam capazes de armar. dornas. As pessoas que iniciárom este mundo de ostentaçom e “pi- contros locais, travessias,simples chegárom a nós. Algumhas tipo- Noutros casos ainda se está a a reabilitaçom das velhas embar- jismo”, mas em associaçons mo- navegaçom de lazer; e cada dous logias, outrora contadas por cen- restaurar velhos galeons que re- caçons contávam, e ainda con- destas com instalaçons precárias, anos os encontros organizados tenas, estám extintas, como as cuperam o seu aparelho original tam, com o conselho e a experiên- umhas mais desportivas, outras pola Federaçom e a organizaçom lanchas das rias altas com a sua depois de terem passado pola mo- cia dos últimos marinheiros que mais culturais, outras mais festei- da vila que os acolhe. Música, ate- proa curva-convexa, ou o volan- torizaçom e diversos usos ou o enfrontárom o trabalho diário no ras, algumhas comprometidas liers, exposiçons, jornadas técni- teiro de dous paus, das quais arrombamento. mar sem a ajuda dum motor. com outros campos da cultura e o cas etc http://www.culturamariti- nom ficam mais que fotos anti- E por fim há tipologias que con- O panorama que se abria para folclore tradicional e com a defe- ma.org/freixo2013, quatro dias de gas. Outras fôrom salvadas por servárom um estado “latente”, en- as entusiastas das embarcaçons sa do património marítimo, para atividade, diversom e cultura no acaso da desapariçom, como a tre o seu abandono como embar- tradicionais a princípios do sécu- além das próprias embarcaçons, mar e na terra. 26 temPos livres Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013

temPos livres

criança natural entrevista a marKus hoffmann, distribuidor de tollaboX na Península ibÉrica “Brincar é a vida, nom o descanso entre os deveres”

MARIA ÁLVARES / O jogo é um- que som as aventuras dos seres A criança encontra algo mui emo- quantidades! A ideia é que as Que importáncia tem a escolha ha das atividades mais im- Tolla no planeta Terra. cionante e especial dirigido espe- adultas nom limitemos a auto- dos materiais com que som fei- portantes que pode desen- cificamente para si. Cada umha descobrimento das crianças. tos os brinquedos? volver umha criança, com ele Por que decidistes comercializá- vai encontrar algo diferente por- Os materiais som importantes em imitamos, aprendemos, par- las no Estado espanhol? que cada quem tem o seu próprio Nos jogos que trazem as tollabox dous sentidos. Por um lado, que se tilhamos e gozamos. Nós pensávamos fazer algo pare- descobrimento com as propostas as meninas e meninos brincam lhe dê valor aos materiais, ao seu Da Alemanha chegam à Gali- cido aqui, na Galiza, mas nesse que contenhem, os jogos que se sós ou é preciso acompanhá-las? ciclo de vida, pois os recursos som za umhas interessantes cai- processo descobrimos a Tollabox desenvolvem som únicos e in- A ideia é fomentar o tempo par- escassos, só temos um planeta e é xinhas chamadas tollabox e pareceu-nos perfeita, imelhorá - transferíveis. A Tollabox é como tilhado entre cuidadores/as e preciso cuidarmo-lo. Tentamos pensadas para crianças de vel! Deu-se a casualidade que co - a vida, está pensada para fomen- crianças. Dependendo do de- usar o menor plástico possível e a entre 3 e 8 anos. Dentro te- nhecia um dos fundadores na Ale- tar a curiosidade inata das crian- senvolvimento ou da idade da caixa é algo mais que um simples mos três projetos pedagógi- manha e telefonei-no porque pen- ças e incrementar as destrezas criança será precisa mais ou me- envoltório, pode-se reutilizar, por cos diferentes que ajudam, samos que a melhor opçom seria próprias (9 destrezas) ao longo nos ajuda, também a complexi- isso tem esse desenho tam espe- entre outras cousas, a de- colaborar com umha equipa tam do tempo (subscriçons) com base dade do jogo muda. É por este cial, podes fazer um roupeiro ou senvolver a experimentaçom boa e nós podermos centrar-nos no conceito de inteligências múl- motivo que venhem os conse- um baul de tesouros. livre e que variam cada mês. em achegar a mais famílias um tiplas, da inteligência emocional lhos para pais e maes que pre- Por outro lado, apreciar os ma- Markus está por trás da dis- produto tam inovador. Nom temos até a música. tendem ensinar como fazer um teriais quotidianos, nom trabalha- tribuiçom e traduçom deste que produzi-las, nós só nos encar- bom acompanhamento. mos com materiais especiais, se- projeto no estado espanhol regamos da adaptaçom e distribui- Brincar é fundamental para as nom com cousas que podes en- e Portugal. çom. De momento, apenas som crianças. Que se consegue? Até que idades som recomendadas? contrar e que pode ter muitos distribuídas no Estado espanhol, Brincar é a vida, a gente pensa De 3 a 8, ainda que vimos que em usos, só há que lhe por imagina- Que som as tollabox? mas no futuro também serám dis- que brincar é o descanso entre crianças mais velhas (de 9, 10 e 11 çom, assim o jogo nom acaba nun- As Tollabox som umhas caixas tribuídas em Portugal. A venda é os deveres, mas brincar é apren- anos) também funciona mui bem, ca. Variamos muito porque as criativas orientadas para crian- através da nossa página web der. Por exemplo, é mui comum desfrutam-na muito. Porém a crianças adoram investigar textu- ças de entre três a oito anos. (www.tollabox.es), mas também que as crianças aborreçam a ma- equipa que desenvolve os jogos ras, durezas, formas, etc. Dentro venhem três projetos pe- gostamos da venda direta para ver temática, como nom aborrecê- pensa em crianças de 3 a 8 anos. dagógicos para aprender brin- como reagem as crianças. É mui la! Nas aulas som aprendidas in- Nom há tollaboxes separadas por Como está a ser a aceitaçom? cando. A ideia é oferecer mate- lindo ver como desfrutam! termináveis operaçons sem sen- idades, todas som para crianças a Está a ser mui boa, ainda estamos riais para que as crianças expe- tido, sem aplicaçom na realida- partir de 3 anos. As crianças rea- a começar, só levamos um mês, rimentem e criem livremente. Tenho entendido que cada caixa de, mas a matemática está em gem muito bem porque cada jogo mas todas as pessoas que a vírom Cada mês as caixas renovam as é diferente e trabalha campos di- toda a parte, tenhem um sentido está testado por muitas outras des- falam mui, mui bem da Tollabox e suas atividades e, aliás, conte- versos. Que encontra umha na nossa vida diária, cada vez sas idades antes de ir na caixa, es- isso fai que cada vez vaia melhor, nhem umha nova Tolla-história criança ao abrir a caixinha? que cozinhamos calculamos tá garantida a diversom! mas ainda é cedo para julgar.

entrelinhas vidal bolaÑo e o teatro de sombras GaleGas

CARLOS C. VARELA/ Dizque umha história crua e sórdida, na que se entrecruzam a inteligência nom é outro que o malestar facer a Mas Bolaño tem o acerto de quando os seus despediam a Ro- que umha relaçom a quatro ban- e a covardia. Os cínicos eram des- modernizaçom, num tempo no acentuar esta adversom em Es- berto Vidal Bolaño alguém dei- das remata por configurar um critos por Erving Goffman como que a Galiza se metia de cheio no ther, pois nela encontra-se –e con- xou no cadeleito o seu icónico na- ringue no que é a mulher, Ester, a aqueles que entre dous antagonis- Mercado Comun Europeio e o funde-se- com a outra sombra riz vermelho e um exemplar de que leva todas as hóstias: as do mos, visam obterem os máximos mundo tradicional acelerava o seu principal: a feminina. Da avoa Rastros. Nós nom podiamos dei- amor, a repressom, a traiçom, a beneficios associados a cada ban- declínio. Todas as personagens o herda o institnto “anti-moderno”: xar pasar este ano de Vidal Bola- droga, a exploraçom… Iago, pre- do sem comprometerem-se com os exprimem: ora contra a comida “…levaba razón miña avoa. O ño sem deter-nos nesta obra que so do EGPGC; Moncho, eterno riscos de nengum. Bolaño conjura moderna que subsistiu os calhos rock estanos facendo un fraco fa- trata o conflito dos presos e pre- aspirante a literato galeguista; e esse ethos cínico –encarnado à per- por “aceite de soia e hamburgue- vor. Estimula que os corpos dei- sas independentistas dos anos 80 Xan, o home “normal”, comple- feiçom pola personagem de Mon- sas de can. Un disparate!”; ora con- xen de tocarse, enche o mundo de e 90, e que tam de perto conheceu tam o quadrilátero. cho- indiretamente, através dum tra a medicina noderna, que “en ruído”, e mesmo contra a electri- o de Vista Alegre. O tema é de por Di Roi Vidal, filho do dramatur- diálogo entre Esther e Iago no que canto caes nas súas mans, ademais cidade: “Miña avoa nunca deixou si elevante, por quanto a resistên- go, que Rastros é “a obra na que ela “descobre o jogo”: “Máis de ca- de salvarche a vida, acábanche coa que a puxésemos (…) Dicía que cia ilegal continua a ser um tabu cargaba as tintas sobre a sua pro- tro nunca vos perdoarán que fixé- dignidade” e pensa que “vivir é ter aluz era un invento do demo e estrutural numha literatura gale- pia filiación” e denunciava o “pacto rades aquilo para o que eles sem- (…) un puntiño branco dando sal- que non a precisaba”. ga sobredimensionada como pri- co poder durante todo o proceso pre lles faltaron huevos”. tos regulares na pantalha dun jodi- Como mulher, Esther cuida, meira linha da luita nacional: co- de construcción da chmada demo- “A arena política –expom Isabe- do monitor de televisión”. Mesmo ama, prostituí-se, vai aos vis-à-vis mo evidenciam as dificuldades cracia española e asemade da Ga- lle Stengers- está povoada de som- o preso nom simboliza a sua opo- à prisom… Mas a sua luita nom dá que passam libros como A pers- liza autonómica”. Em efeito, o livro bras de aquilo que nom tem umha siçom a Espanha através da políti- em poemas profundos nem con- pectiva desde a porta de Patricia é um magnífico estudo etnológico voz política, que nom a pode ter ou ca, senom por umha hostilidade fi- frontos políticos, senom numha Janeiro, marginado mesmo sendo do nacionalismo galego nessa épo- nom quer tê-la”. Som estas som- siológica, metafísica, à terra –um violencia desorganizada e auto- finalista do Premio Xerais. ca em que a polarizaçom entre o bras, estes rastros, o que queremos vetor identitário tradicional- cas- destrutiva. Do mesmo jeito, em tro- Rastros é agora ré-editado no pau e a cenoura era máxima. Todo sublinhar aquí. telhana, “chaira interminábel e es- ques de receber o consolo enno- primeiro volume das Obras Com- contexto colonial, especialmente O paso político de fundo desta traña” na que as árvores “son pe- brecedor do “artista maldito” ou pletas bolanhesas preparadas por no que o conflito é sordo, engendra obra política, nunca aparece ver- quechas e enxumidas que más ben do “preso político”, recebe umha Edicións Positivas. Trata-se de estratégiass de supervivência nas balizado como tal. É atmosférico, e semellan matogueiras”. invisibilidade total. Novas da GaliZa 15 de junho a 15 de julho de 2013 temPos livres 27

que fazer

18.06.2013 / MERCADO ‘EN- GESTOM DE PROJETOS DE TRE LUSCO E FUSCO’ / CONSERVAÇOM A NÍVEL LO- 19:00 no Parque de Belvis. CAL / Toda a jornada na Fa- COMPOSTELA culdade de Ciências (Cam- Todas as terças-feiras. Inclui pus da Zapateira). CORUNHA ‘Espaço de Troca’ de diferentes Organiza Adega em colabora- objetos, roupa, etc. çom com a Universidade da Corunha. Inclui umha visita a 18.06.2013 / PROJEÇOM DE Carnota. O programa completo O JOGO DOS IDIOTAS / 19:30 está em http://adega.info. no salom de atos do Ateneu Ferrolano (Rua Magdalena, 05.07.2013 / VENRESPIRAR + 202-204). FERROL VENRESPIRINHO / 22:30 na No ‘Ciclo Francis Veber’ (Co- Cafataria A Efémera (Espla- media). Entrada livre. nada de Sam Francisco). no freiXo (outes) OURENSE 19.06.2013 / CHARLA 'MEMÓ- Festa tradicional itinerante. Or- RIA HISTÓRICA. GUERRILHA ganiza A.C. Algaravia. ANTIFRANQUISTA EM LUGO' Encontro de Embarcaçons Tradicionais chega / 20:00 no C.S. Mádia Leva (Rua Serra dos Ancares, 18). à sua XI ediçom de 11 a 14 de julho 05.07.2013 / FESTIVAL ARDE LUGO RANDE / 21:30 baixo a Ponte Falará Carlos Hernando (histo- O Encontro de Embarcaçons Tra- caçons tradicionais representati- pode ser consultado no site: de Rande (Cabanas). riador). dicionais de galiza chega à sua XI vas do património marítimo. Há www.culturamaritima.org. REDONDELA ediçom e fai vinte anos este verao. 13 barcos inscritos até agora. O objetivo destes encontros é pôr Atuam Nao, The Body of The 19.06.2013 / PROJEÇOM DE Será realizado no freixo (Outes) O certame, para além da concen- de manifesto a riqueza do patri- Lito, Maskarpone e Fei. TALLER DE FLAMENCO, DE entre o 11 e o 14 de julho. traçom e das regatas, conta tam- mónio marítimo e fluvial e a ne- ALFONSO CAMACHO / 21:30 Este evento, organizado pola fe- bém com atividades complemen- cessidade de conservá-lo. Aliás, 05 e 06.07.2013 / FESTIVAL no C.S. O Pichel (Rua Santa deraçom galega pola Cultura ma- tárias como conferências, coló- com estes encontros som dinami- MÚSICA NA NOITE / 21:30 Clara, 21). COMPOSTELA rítima e fluvial (fgCmf), é cele- quios, publicaçons, exposiçons, zados setores como a carpintaria em Calo. TEO Organiza o Cineclube de Com- brado cada dous anos e consiste atuaçons musicais e de baile, ar- de ribeira, a velaria, os efeitos na- Atuam Terbutalina, Caxade, postela. VO. numha concentraçom de embar- tesanato... O programa completo vais, o artesanato... Martelo, Quemapallou, A Mag- nifique Bande, Leo i Arreme- 21 e 22.06.2013 / FESTIVAL caghoná... ‘PSICOTROITA II. A VINGAN- Gomes Gaioso ZA’ / 22:30 e 13:00 em Sigüei- ro. OROSO 06.07.2013 / 2º ENCONTRO Atuam The Fuzzbombs, Familia Cursos de CLUBE DE LEITURA AMÁL- Caamagno, Samesugas e O GAMA / 18:00 no Café da Caimán do Río Tea entre ou- verao na Guiné (Rua Sam José, 2). tros. Sábado sessom vermute CORUNHA com Toni Lomba e Bigote Mix. Comentará-se o livro da femi- Programa completo no site Corunha nista Clarice Linspector Perto www.psicotroita.org. do Coração Selvagem. O Centro Social gomes gaioso 22.06.2013 / XIII SESSIOM organiza este verao cursos de 06.07.2013 / XVIII ASSALTO VERMÚ DE RÁDIO FILISPIM / alemám, inglês, fotografia, pho- Para nenos e nenas AO CASTELO / 00:00 no Cas- 12:00 na trasseira do Merca- toshop, massagem relaxante e telo. VIMIANÇO do de Carança. FERROL iniciaçom à informática. Aliás, Acampamento no rio Sarela Repressentaçom teatral do as- Fim de temporada com música, continuam os de éuscaro, pan- salto irmandinho ao castelo. petiscos e rádio ao vivo. A escola ‘Semente’ organiza este criçom para umha semana (50 deireta e gaita. A duraçom é de Também haverá atividades to- verao um acampamento dirigido euros), duas, três, quatro ou cinco dous meses (do 15 de junho ao 22.06.2013 / CICLO 'A MÚSI- da a jornada, que podem ser a nenos e nenas sobre ‘O Sarela, (210 euros). por dias soltos o pre- 15 de setembro), com hora e CA TRADICIONAL RE-VISTA' consultadas em um río cheio de histórias’. vai ser ço é de 10 euros. meia de aulas à semana. O pre- http://www.asaltoaocastelo.org. / 21:00 no Auditório do Cen- desenvolvido de segunda a sexta- As atividades serám variadas; ço é de 20 euros por mês. tro Vizinal e Cultural de Vala- feira, em horário de manhá, entre desportivas e educativas. As aulas serám no centro social, 06 e 07.07.2013 / ROMARIA dares. VIGO o 24 de junho e o 31 de julho. Os Inscriçom nos telefones 881 819 ubicado na corunhesa na Rua DO LAZER / 21:00 e 11:00 no Atuam A folla da hedra e A má- preços variam segundo seja a ins- 637 ou 607 901 506. marconi, 9 (monte Alto). Anfiteatro do Parque de San- quina que mete medo. ta Margarida. CORUNHA 22.06.2013 / NOITES DE TRI- No sábado, foliada e sardinha- 23.06.2013 / ‘ROCKMERÍA’ / À 28.06.2013 / CONCENTRA- 29.06.2013 / CONCERTO DE da, e no domingo, romaria e VIAL / 22:00 no C.S. Gomes tardinha no Torreiro dos Lin- ÇOM POLA LIBERDADE DOS SERGIO TANNUS / 20:30 no Dia da Muinheira. Organiza Gaioso (Rua Marconi, 9 - Ato- hares (Canido). VIGO PRESOS INDEPENDENTIS- Auditório Municipal Ilduara - Xacarandaina. chas - Monte Alto). Fogueira, sardinhada e concer- TAS / 20:00. LUGO, OUREN- AMIC- (Bairro O Cercado). CORUNHA to de A Compañía do Ruído. SE, VIGO E COMPOSTELA CELANOVA Todos os sábados. 11 ao 14.07.2013 / FESTIVAL As últimas sextas-feiras de ca- No ciclo 'Rede de músicas soltas'. INTERNACIONAL DO MUN- 25.06.2013 / PROJEÇOM DE 23.06.2013 / ROTEIRO POR da mês. Informaçom em A entrada custa cinco euros, e o DO CELTA / Toda a jornada QUE CALES! / 19:30 no sa- http://www.ceivar.org/. bono de seis concertos, vinte. SANTA MARINHA DE ÁGUAS em vários espaços. lom de atos do Ateneu Ferro- SANTAS (ALHARIZ) / 09:00 ORTIGUEIRA lano (Rua Magdalena, 202- 28.06.2013 / CANTOS DE TA- 01 ao 10.07.2013 / ACAMPA- frente à Faculdade de Magis- 204). FERROL VERNA / 21:00 nos bares As MENTO DE NATUREZA / No Confirmadas as atuaçons de tério (Avenida de Ramón Fe- Kan, Escola de gaitas de Orti- No ‘Ciclo Francis Veber’ (Co- Reixas (Rua Isabel II) e A Na- Centro de Educaçom Am- rreiro). LUGO gueira, Bagad Glazik Kemper, media). Entrada livre. varra (Rua da Princesa, 13). biental As Corcerizas (Arnui- Organiza Adega. Banda Crebinsky e Harmonica PONTE VEDRA de). VILAR DE BAIRRO Creams. Mais informaçom em 28.06.2013 / REPRESENTA- 23.06.2013 / FESTA DO LUME Acampamento de educaçom am- www.festivaldeortigueira.com. ÇOM DE O MUNDO SEGUN- 29.06.2013 / V ENCONTRO biental e de lazer dirigido a mo- NOVO / 20:00 em Sanxilhao DO ROSALÍA / 19:00 no DO EIDO DOURADO / 20:00 ços e moças de 10 a 14 anos. (Fontinhas). LUGO C.S.C. das Fontinhas (Rua na Praia das Pasadas (Sam Mais informaçom e inscriçom no ENVIA CONVOCATÓRIAS ao Organiza o C.S. Mádia Leva. Berlim, 13). COMPOSTELA Miguel de Reinante). site http://ascorcerizas.com. correio [email protected] Fogueira, foliada, jogos, sar- Obra teatral da S.C. Medulio antes do dia 12 de cada mês. dinhada e chouriços a preços BARREIROS dirigida por Francisco Rodrí- 02 a 05.07.2013 / CURSO DE Anuncia os teus atos populares. Pintura, escultura, poesia e músi- guez. Organiza A.C. O Galo. ca. Ao remate, vinhos e petiscos. VERAO SOBRE DESENHO E no NOVAS DA GALIZA. Novas da Gali a Apartado 39 (15701) COmpOSTELA Tel. 692 060 607 [email protected]

Xan Carlos Ánsia

salvemos a naçom

ilheiros e milheiros de desempregados e des- mempregadas, o capita- lismo atuando dum modo voraz e assassino. A exploraçom e a barbárie exercida como aniqui- laçom da terra, das pessoas, dos animais, já forem domésti- cos ou selvagens. A persegui- çom de quem reclama justiça e soberania convertida em peça de caça maior. Tempos de ex- terminar todo o que leve galiza no seu ADN. golpeadas, insul- tadas, reconvertidas, controla- das, emigradas, encarceradas, despedidas, precarizadas, ofen- didas, enganadas, oprimidas, privatizadas, mercantilizadas, arturito Puy, cantante do GruPo os da ria incendiadas, esgotadas, con- quistadas… leia-se também em masculino. Nom som tempos para acrós- “Nos 90 coincidíamos todos nos chaleses: ticos verticais indecifráveis. pa- ra andar com vendettas, margi- naçons, atitudes ridiculistas ou altos cargos, artístolas e contrabandistas” pôr-se a emular um jogo de tro- nos inacabável. A terra precisa RAUL RIOS / A lenda conta que o conjunto musical Os da Ria convidados a essa ceia e ali, após comprovarem que enxer- povo e o povo precisa pam. A nasce após umha ceia opípara em que o conselheiro Enri- gavam muitas fasquias comuns, decidírom montar umha famélica legiom existe e tem no- que López Veiga apresentou um novo marisco, o caranguejo bándola de música com a que pôr letra aos sonhos das ga- mes e apelidos. Sem eufemis- real, “umha espécie de boi da França autóctone”. Arturito legas e dos galegos. Depois de rejeitarem o nome de “Os mos nem palavras moribundas. Puy (Carlos Meixide) e Fabián Santomé (Tomás Lijó) fôrom López Veigas”, Os da Ria já eram umha realidade. questom de pura supervivência. É ao que temos chegado. Com Que influências tenhem As malhas sociaes estivérom se sofá tam confortável. Acabá- féstolas. Agora com a crise nom certeza, merecidamente. uns Os da Ria? aqueloutradas por umha foto- vamos de falar com Pedro Puy e o conhecedes, mas isso era um por dar a ganáncia persistente- Os da Ria sempre tentamos en- grafia em que saíades com o teu pensávamos que estava todo ar- despiporre. O dinheiro todo che- mente a inimigos declarados da xergar cantarelas que falem um primo, Pedro Puy. Em que con- galhado. Que acontece? Eu su- gava da Europa, ri-te ti deste de naçom galega, outros por se pouquinho das cousas importan- texto foi tomada? ponho que som luitas internas Andaluzia que gastava os EREs... contentarem com as migalhas tes: Galiza, as rapazolas belidas... Isso foi num concerto senlheiro que tenhem entre eles, setores Estávamos todos: altos cargos, do poder e uns poucos por viver Os da Ria já sabes como somos. para o qual fomos contratados, mais populistas, da boina, do bi- artístolas, contrabandistas... fige- num mundo Babel com boa mú- Nós gostamos mais dos sofás foi um pouco estranho, umha rrete e tal... Talvez tivessem o ra- mos muitíssimas amizades. A Ga- sica, mas escassa praxe, e de- confortáveis que dos sofás nom ceia do Ateneo de Ponte Vedra. paz este mandado sabe deus por liza de hoje nom se pode explicar masiada terminologia. confortáveis, por exemplo, ou das Entre os comensais estava Pedro quem, quando já estava todo ata- sem aquela Galiza de há 20 ans, Os fundadores da umg já va- comidas saborosas que das comi- Puy e decidimos que era boa do conosco. quando se começava a gestar es- mos começar a ter netas e vam das sosas, ou estamos mais a fa- ideia que Os da Ria, e sobre todo ta Galiza do bem-estar. ser a sexta geraçom. Começan- vor da paz que da guerra... Arturito Puy, figeram umha foto- Os da Ria deixárom de cantare- do a contar a partir de Segundo A maneira de compunxir de Os grafia com o seu primo. lar “Por que será que voto Há vozes no ambiente reinte- peña, um dos assassinados no da Ria é mui essencial. A gente BNG”. Há um rumor que situa gracionista que pedem umha 36 em Barbadas. Em todas di: “É que o vosso será todo ta- Pedro Puy é fam de Os da Ria? um dos membros de Os da gira por países como Timor- houvo homens e mulheres lui- lento, talento e talento”. Pois Penso que nom, devia ser a pri- Ria próximo do comité central Leste ou enclaves como tadoras que se dedicárom o mentira. Os da Ria devemos ter meira vez na sua vida que se en- da UPG, está isto por trás Macau. Pensades no mercado melhor que puidérom a acabar cinco ou dez por cento de talento, contrava conosco. Tivo muita cu- desta decisom? lusófono? com a doma e castraçom. A for- o resto é descanso, descanso e riosidade polo Puy do meu apeli- O que aconteceu foi basicamente Isto nom é brincadeira. O outro ça e a violência exercida polos descanso. Ritmo, harmonia e me- do, mas já lhe expliquei que era que houvo um momento em que dia entrou em contacto com os colonizadores deixou-nos sem lodia. Eligimos umha palavra anterior a que ele fora político. O nos parecia cruel bater demasia- nóscolos um tipo que tinha um vitórias que celebrar. Aos vete- chave, a quem queremos cantar? que a mim me chamou a atençom do na árvore caída, além de nom programa de rádio no Brasil e ranos e aos emergentes do in- À Infanta Elena. Pois palavras foi que ele se apelidara Puy. ser umha cantarela original. Esti- que queria promover o Díscolo dependentismo sobrevivente que rimem. Entom argalhamos- vo bem no momento, mas quan- no Estado de Maranhão. corresponde-lhes trabalhar ago- lhe um esquelete, metemos rit- Que motivou a nomeaçom de do já estám de quarta força tam- Nós estamos situados ai no ra para corrigir os erros e supe- mo, harmonia e melodia; e já está Jacobo Sutil como novo diretor pouco é questom de maltratar e do galegueiro, que nos situa no rar os fracassos. unidos, incan- um xite feito. do AGADIC? No ámbito de Xe- perder amigos e clientes. tema linguístico como numha sáveis, coerentes, combativos, sús era um segredo a vozes que terceira via. Mas bom, o gale- atrevidos, incorruptíveis, revo- É o humor umha arma efetiva esse posto estava reservado pa- É pública a amizade entre Os gueiro nom tem tanto a ver com lucionários, orgulhosos… leia- nestes tempos de rebeldívia? ra Os da Ria. da Ria e o presidente Feijoo, as normativas como com o sen- se também em feminino. mui- Claro que sim. A um bom amigo Esse tema falamo-lo precisamen- mas essa relaçom já existia timento, de facto, há gente que tos braços e um só punho. Ou nosso, Arturo Fernández, ainda te naquela ceia, no hotel Galicia na década de 90? escreve em galegueiro com a damos mais forte ou a condena lhe dêrom umha medalha ao mé- Palace de Ponte Vedra, que foi Todos coincidimos nos chaleses normativa reintegracionista, vai ser a extinçom. rito no trabalho há uns dias. onde gravamos aquele vídeo nes- por ali por Arouça, em muitas também há oficialistas.