O Dia Da Pátria Galega Contado Em Imagens Os Transtornos De Umha Saúde Mental Nas Maos De Burocratas
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NÚMERO 57 15 DE AGOSTO A 15 DE SETEMBRO DE 2007 1 € “A Pena Trevinca só quer um parque natural que satisfaga a aspiraçom de um turismo sustentável” António Fernández Pena, secretário da Plataforma em Defesa do Maciço de Trevinca PÁGINA 06 As contínuas mobilizaçons contra a Reganosa Os transtornos de umha quebram o discurso dos factos consumados em que se escuda o bipartido Saúde Mental nas maos A PROPAGANDA OFICIAL ARGUMENTA QUE AS MOBILIZAÇONS CHEGÁROM TARDE de burocratas REDACÇOM / Nada mais longe da NOVAS DA GALIZA revê desta indústria gasista (situada a REDACÇOM / O abandono dos aplicada polo PP à Saúde Mental realidade. O projecto da Reganosa neste número umha história que 50 metros das vivendas em princípios comunitários e centra- desde 1994, aproveitando a con- no coraçom da ria ferrolana tem sus- arranca com um convénio com Mugardos). Porém, nom explica dos nas necesidades dos cidadaos juntura da maioria absoluta no citado, desde há quase umha déca- cláusula de confidencialidade como projectos semelhantes já que inspirava a reforma da psi- Parlamento galego pisa forte, sem da, umha firme oposiçom carregada assinada por Manuel Fraga e os tenhem provocado centenas de quiatria implicou a aplicaçom de a menor oposiçom social ou de argumentos e iniciativas, profun- sócios da Reganosa. Neste acor- mortos noutros países. criterios economicistas. Isto objecçom das actuais autoridades damente enraizada na comarca de do, a Administraçom autonómica Entretanto, o mapa eleitoral de- repercutiu na promoçom de um sanitárias. A privatizaçom da assi- Trás-Ancos e centralizada eficaz- comprometia-se a garantir a viabi- senhado polo conflito da Reganosa modelo assistencial baseado na tência só pudo ser implementada mente polo Comité Cidadao de lidade da fábrica de gás intervindo na comarca ilustra bem as contra- eficácia, ao mais puro estilo da eliminando os princípios e reco- Emergência. Os partidos políticos perante qualquer complicaçom. diçons que casos como este estám do Governo galego, conscientes dos Os termos exactos do convénio a provocar no BNG. Em produçom empresarial capitalis- mendaçons assistenciais progres- perigos que entranha a Reganosa, desconhecem-se, mas o resultado Mugardos renovou umha ampla ta. Com este esquema produti- sistas de anteriores dinámicas navegam num confusionismo incó- é que os interesses do Grupo maioria (apelando ao emprego no vista, introduzir tratamentos que psiquiátricas. A assitência à saúde modo que eludem apelando à Tojeiro fôrom satisfeitos sem concelho), mas no resto da comar- tenham em conta o ámbito social mental na Galiza foi-se transfor- impossibilidade de recuar, mas nas matizes, até o ponto de umha ca a queda desta frente foi notá- e cultural dos e das pacientes ou mando numha prática cada vez ria ferrolana a intensidade das mobi- empresa privada chegar a ser vel, e Paco Rodríguez chegou a ser elaborar programas preventivos mais burocratizada e medicaliza- lizaçons está a conseguir afastar a defendida pola Armada espanho- apupado numha manifestaçom dirigidos a populaçons de risco da que analisamos em profundi- ideia de ser impossível umha resi- la. Por sua vez, a propaganda ofi- contrária à Reganosa de 6.000 nom tem cabimento. A política dade neste número. / Pág. 14 tuaçom da indústria gasista. cial minimiza ou exclui os riscos pessoas. / Pág. 09 E AINDA... O Dia da Pátria Galega CARME ADÁN AVANÇA com umha das leis contra a violência de género mais avançadas contado em imagens da Europa. / 07 Catorze impressons fotográficas para resumir GRANDE POLÉMICA POLOS sobressoldos um 25 de Julho dos mais concorridos / 11 vitalícios de cargos públicos pactuados polo PP, PSOE e BNG / 07 Ligaçons rodoviárias e ferroviárias O Pasquim despede os 'fodechinchos' entre a Galiza e Portugal avançam do Verao climaticamente mais Opinions de Xurxo Martínez, Pedro Alonso Iglesias entretido / SUPLEMENTO e Ernesto Vázquez Sousa sem repercussons culturais / 13 NOVAS DA GALIZA 02 OPINIOM 15 de Agosto a 15 de Setembro de 2007 Galiza ceive, poder popular (I) s vezes, os discursos vitimis- PEDRO ALONSO IGLESIAS Continuamos a negar aos nossos tas convertem-se em instru- filhos o direito a trabalharem na Àmentos para a autoproclama- sua Terra e a disporem dos seus çom de mediadores imprescindíveis “A IDEIA DO RESPEITO PARA A GALIZA, DO ATUAMENTO COM O ESTADO E DA recursos naturais no seu benefício num conflito. Os desencontros antes do dos demais. Continuamos entre naçons, nos quais umha exer- RELAÇOM DIRECTA COM A EUROPA SEM PASSAR POR INTERMEDIÁRIOS EM a negar as possibilidades de desen- ce de superior e colonial e outra de MADRID É UM RETROCESSO ESTRATÉGICO QUE SE DEVERIA ESTUDAR volvimento deste país partindo das subalterna e colonizada, som um INCLUSIVE POR MEIO DE DISCIPLINAS COMO A PSIQUIATRIA SOCIAL” suas próprias potencialidades e ámbito propício para este tipo de capacidades. Acaso um discurso apariçons. O objectivo da integra- político que mude a nossa condi- çom harmónica do colectivo nacio- Estado e da relaçom em muitas çom de esmoleiros por outra que nal subalterno, que nom necessaria- directa com a comarcas da assinale abertamente a direcçom mente tem de significar ‘pobre’, em Europa sem passar nossa terra. por onde escapam os nossos recur- termos de recursos e potencialidade por intermediários Nom sendo sos e por onde foge o ladrom nom produtiva, é arroupado com umha em Madrid é um Madrid, algum- seria mais compreensível e eficaz ampla e diversa gama de reivindica- retrocesso estratégi- has cidades da para mobilizar a paróquia? çons económicas e sociais, que co que se deveria meseta e quatro Lamentavelmente, hoje a política supostamente garantem a sobrevi- estudar inclusive por focos industriali- de confronto nom interessa a esse vência da idiossincrasia e a identida- meio de disciplinas zados ao redor colectivo de escaladores acompan- de colectivas. As derivas pragmáti- como a psiquiatria de um recurso hados dos seus sherpas que o cas, produto de etapas históricas em social. Sabemos que determinado no Beiras definiu como ‘mandarinato’. que a conjuntura política se inter- a ideia de Espanha, norte cantábri- Voltando ao início deste inflama- preta de um modo redutor do ponto infelizmente, vende co, o resto do do discurso, às vezes convém cali- de vista temporal (o presente é o bem em amplas Estado espanhol brar a realidade do presente dando que importa e o que condiciona a camadas populares entende-se umha vista de olhos ao passado e acçom política), podem facilmente, da nossa Terra. Mas como duas cul- avançando-se ao futuro. Hoje, som nestes casos, desembocar em pro- nom por nos tornar- turas e econo- evidentes as tentativas de certos cessos maciços de entrega da mili- mos algo espanhóis e mias dinámicas, estados europeus de reforçar a táncia à autocomplacência. Esta menos galegos imos a basca e a cata- imutabilidade do modelo actual da esmouca do discurso originário cos- ter maior capacidade lá, um levante Europa. Mas, quem garante que a tuma ser interesseira. Surge entom, de influência no turistificado e solidez da Uniom Europeia nom se como um fungo, umha nova classe pensamento e nas alimentado por esfarelará no futuro próximo, sub- de militante, que se confunde e atitudes da nossa via exógena para metida aos balbordos da geopolíti- identifica com o gestor do poder e a gente. Camilo o negócio da ca, das mudanças climáticas e das riqueza institucional, entendidos Nogueira, que é um grande inter- pus de princípios teóricos do nacio- construçom, um meridiom con- alianças frente aos ‘inimigos’ do estes como ferramentas ao serviço pretador da nossa realidade econó- nalismo galego num lugar destaca- quistado ao Islám e reinterpretado Ocidente? Sinceramente, cremos dos interesses do partido e da pátria. mica e do nosso devalar histórico, do. Qualquer pessoa que tenha via- como satélite da cultura castelhana que o nosso povo nom merece ser Nesse estado de cousas, a crença tem insistido inúmeras vezes em jado polo rural de boa parte de e, finalmente, um noroeste de surpreendido esmolando respeito destas pessoas de que com as insti- que a nossa Terra nom é pobre, todo Castela-e-Leom, Andaluzia ou a onde se extrai parte das maiores numha ribeira que varrerá a maré tuiçons será possível encaminhar o o contrário. A sua visom da Europa e Estremadura espanhola poderá riquezas naturais do império. da História. Polo contrário, a única povo para o objectivo da libertaçom das possibilidades que nos oferece, coincidir comigo em que se percebe Castela, por si própria, é pobre, garantia de sobrevivência é a defe- nacional, porque se disporá de umha ou a sua opiniom de que a indústria umha maior desatençom dos pode- bem pobre, mas de nascença. E sa acérrima do nosso direito natural maior capacidade de convicçom, pode resolver os reptos ambientais res públicos em matéria de infraes- nós, também pobres, mas de espí- à soberania, sem limites nem alcança magnitudes de dogma de fé. no marco capitalista, som outro can- truturas básicas (asfaltado das estra- rito, teimamos em continuar a ali- arranjos. Somos nós, estamos aqui Neste sentido, a ideia do respeito tar. Mas essa ideia da nossa riqueza das, rede de saneamento, abasteci- mentar o monstro desse império e queremos falar e ser ouvidos. A para a Galiza, do atuamento com o intrínseca deveria integrar-se no cor- mento de água, etc.) do que se vê anacrónico chamado Espanha. Galiza Ceive. ambos os municípios as suas res- munal ao apresentar essa propos- influência da principal cidade do pectivas áreas de influência. ta sem ter sido capaz de ganhar o País, e do seu motor económico. POLÉMICA METROPOLITANA O anúncio desta última provo- apoio da cidade olívica. Teresa Mas é óbvio que nom terá nen- O PELOURINHO cou umha nada edificante troca Casal é o melhor exemplo de que gumha lógica qualquer desenho O desenho territorial do nosso de declaraçons. O Presidente da a polémica pola polémica pouco que nom conte com a opiniom do DO NOVAS país foi umha questom obviada ao Cámara de Vigo, o socialista Abel ou nada oferecem a um debate principal núcleo dessa futura área longo dos dezasseis fatídicos anos ‘órdago’ Caballero, atirava-se à tam relevante.