O Gênero Detetivesco Na Telenovela – Quem Matou ...! José Claudino
1 INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIV Congresso Brasileiro da Comunicação – Campo Grande /MS – setembro 2001 O Gênero Detetivesco na Telenovela – Quem Matou ....! José Claudino Bernardino Escola de Comunicação e Artes/ECA-USP Resumo: O público, em geral, espera que determinado personagem seja culpado, até descobrir, no final, que não é ele e sim outro. Ou seja, vamos desvendar qual é o processo de escolha do criminoso no desenvolvimento da trama. Quando todas as evidências indicam claramente para uma personagem, o autor, nos penúltimos ou no último capítulo, monta uma nova argumentação, às vezes mirabolante, colocando um outro personagem, que nunca despertara a atenção do telespectador, como assassino. Em suma, as razões de o autor escolher tal personagem para ser o assassino é o tema central deste trabalho. Palavras chaves: matou, suspense, detetive Numa obra teledramatúrgica, todos os personagens são suspeitos de terem cometidos o crime, por diferentes motivos e métodos. O autor cria situações e manobras mirabolantes para despertar a atenção do público e da imprensa e, com isso, prende a atenção do telespectador até o último capítulo. Em telenovela, qualquer personagem pode reaparecer e desaparecer de repente, morrer e nascer novamente, outros podem aparecer no início da trama ou no meio, e mais uma gama de facetas recheadas de enigmas e mistérios. “Em toda telenovela, fatos e histórias do início reaparecem depois; outras brotam no meio da escrita, e é isso que faz da telenovela um folhetim gostoso de assistir” afirma Alc ides Nogueira (Contigo, 05/01/1999). Quando o autor de telenovela resolve inserir em suas tramas o gênero detetivesco, começa a criar trilhas como se estivesse num labirinto.
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