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APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS APRESENTAÇÃO

Esta publicação é a continuidade de um trabalho iniciado em 2009, com duas edições disponíveis no portal da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e da série Cadernos de Planejamento, que em seu primeiro volume abordou a “Gestão Municipal e os Instrumentos de Planejamento”. A SEPLAG tem a satisfação de entregar o Caderno de Planejamento 2 – Municípios em Dados oferecendo uma coletânea de dados, organizados e configurados, que se constitui subsídio à tomada de decisão e ao aprimoramento do planejamento governamental.

Grande desafio que se coloca ao gestor estadual e municipal e a determinados segmentos da sociedade é o de poder contar com informações e dados da dinâmica do desenvolvimento de sua realidade territorial. Conhecer pelos APRESENTAÇÃO dados municipais, num espaço temporal, o comportamento de atributos como desempenho fiscal, demografia, infraestrutura urbana, saúde e educação auxilia o trabalho conjunto na formulação de diagnósticos e proposição de INTRODUÇÃO soluções no âmbito das políticas públicas.

OBJETIVO DO ESTUDO As transformações econômico-sociais do Estado do , nos últimos anos, geram demandas crescentes de dados, informações e indicadores que permitam análises territoriais em diferentes escalas. Em resposta a estas METODOLOGIA demandas a equipe da Subsecretaria de Planejamento - SUBPL propõe uma reflexão sobre cada uma das variáveis trabalhadas, estimulando o debate em torno das constatações que a análise dos dados apresenta frente ao ROYALTIES E FINANÇAS processo de desenvolvimento de nosso estado.

A estrutura dos dados contidos neste Caderno tem o objetivo de orientar os atores interessados no conhecimento da DEMOGRAFIA situação municipal face a seu posicionamento na região a que pertence e no território estadual, contribuindo na formulação de estratégias para solução dos questionamentos suscitados. Neste sentido, os dados ora INFRAESTRUTURA URBANA disponibilizados fazem parte de um processo de informação que permeia a estrutura administrativa das instituições públicas municipais e estaduais afetadas pelos resultados revelados. SAÚDE E EDUCAÇÃO

O Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados se configura, assim, como um instrumento que objetiva apoiar CONSIDERAÇÕES FINAIS o planejamento das políticas públicas no âmbito municipal, regional e estadual e disponibilizar ao público em geral um retrato das dimensões demográfica, fiscal, social e de infraestrutura urbana, fundamentais ao diálogo que ora se amplia entre a gestão pública e a sociedade.

Sérgio Guerra Martins Secretário de Estado de Planejamento e Gestão 3 APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS INTRODUÇÃO

O Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados vem se somar aos esforços recentes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG no apoio à administração pública municipal do Estado do Rio de Janeiro, já demonstrado com a APRESENTAÇÃO publicação do primeiro volume da série, voltado aos instrumentos de planejamento.

INTRODUÇÃO

A SEPLAG, através da sua Subsecretaria de Planejamento – SUBPL, no seu papel de OBJETIVO DO ESTUDO promotora do debate sobre o planejamento no Estado e, ao mesmo tempo, sensível às realidades territoriais das cidades fluminenses, traz um retrato das condições fiscais, METODOLOGIA demográficas, ambientais e sociais (dados de saúde e educação) dos municípios, dando ROYALTIES E FINANÇAS destaque às dimensões econômicas e de infraestrutura que merecem maior atenção por parte dos gestores públicos. DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

5 INTRODUÇÃO

Entendendo que existe uma carência de bases seguras de informações para a análise territorial por parte dos municípios, o Caderno de Planejamento 2 aponta os seguintes pressupostos técnicos como justificativa: APRESENTAÇÃO

• Os modelos avaliativos da situação dos municípios pautados exclusivamente sobre indicadores INTRODUÇÃO

econômicos, tais como o Produto Interno Bruto (PIB) e renda per capita da população, não dão OBJETIVO DO ESTUDO conta da complexa realidade social, ambiental e econômica das regiões do Estado do Rio de

Janeiro; METODOLOGIA

• A atual conjuntura política dos municípios fluminenses, com uma renovação ampla de seus ROYALTIES E FINANÇAS

dirigentes e quadros técnicos demonstra que a apresentação de novos estudos e indicadores é DEMOGRAFIA uma excelente ferramenta às novas gestões, atendendo à demanda crescente por planejamento municipal; INFRAESTRUTURA URBANA

• Por conta desse caráter político e territorial, é preciso buscar formas e bases de dados SAÚDE E EDUCAÇÃO

confiáveis, capazes de produzir diferentes níveis de informação, dando visibilidade à dimensão CONSIDERAÇÕES FINAIS territorial do planejamento para a concepção e a construção de políticas públicas de desenvolvimento regional.

6 INTRODUÇÃO

No que se refere a questão fiscal, o debate político recente sugeriu a abordagem dos royalties como temática relevante para o Estado do Rio de Janeiro e seus municípios. Os royalties e participações especiais representam uma compensação mínima que as APRESENTAÇÃO cidades produtoras de petróleo necessitam para enfrentar as diversificadas transformações econômicas, sociais e ambientais que a cadeia do petróleo acarreta em INTRODUÇÃO seus territórios (ex: crescimento populacional, urbanização acelerada, problemas ligados OBJETIVO DO ESTUDO ao saneamento, à violência e às disputas locais por recursos) e; para desenvolver meios para combater os riscos permanentes de desastres ambientais - a exemplo dos casos METODOLOGIA emblemáticos do derramamento de petróleo na Baía de Guanabara no ano 2000 e do ROYALTIES E FINANÇAS vazamento ocasionado pela empresa Chevron, após um erro grave de uso e exploração DEMOGRAFIA de um poço de óleo e gás, em 2011, na Bacia de Campos.

INFRAESTRUTURA URBANA

A alegação dos estados não produtores que afirmam que as economias das regiões SAÚDE E EDUCAÇÃO produtoras já são dinamizadas pela presença das petrolíferas e seus fornecedores apoia- se numa visão de modelo crescimentista, que considera que o crescimento do PIB CONSIDERAÇÕES FINAIS municipal, por si só, indica um desenvolvimento econômico e social de cidades e estados. Contudo, sabe-se que o paradigma do “crescimento econômico a qualquer custo” não deu conta da complexidade espacial e dos problemas sociais constituídos ao longo das últimas décadas nas regiões do estado. 7 INTRODUÇÃO

Assim, a partir desses primeiros questionamentos, as atuais conjunturas políticas dos territórios fluminenses demonstram que a busca por novos estudos, dados e indicadores se faz necessária para uma mudança nas análises que vem pautando a construção de APRESENTAÇÃO políticas públicas. O repasse dos royalties e a situação fiscal dos municípios devem ser contextualizados em função dos elementos (des)estruturantes que a cadeia do petróleo INTRODUÇÃO carrega como inerente ao seu funcionamento, ou seja, não se trata apenas dos possíveis OBJETIVO DO ESTUDO riscos de desastres ambientais, mas em avaliar as reais mudanças que uma economia de riquezas finitas, baseada em commodities de pouco valor agregado, pode gerar de carga METODOLOGIA

à administração pública, aos seus serviços e atribuições junto à sociedade. ROYALTIES E FINANÇAS

Percebe-se então que, do ponto de vista do planejamento territorial, existe uma lacuna a DEMOGRAFIA ser preenchida. Trata-se, pois, do desenvolvimento de diagnósticos territoriais para o INFRAESTRUTURA URBANA Estado do Rio de Janeiro em que as desigualdades e diversidades internas de suas

SAÚDE E EDUCAÇÃO regiões sejam observadas e assim corretamente endereçadas na formulação de políticas públicas nos seus diferentes níveis de governo e em suas competências. Deve-se ainda CONSIDERAÇÕES FINAIS ressaltar que a publicação do Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados é a continuação de um processo permanente de atividades de pesquisa voltadas ao planejamento público. 8 APRESENTAÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS OBJETIVO DO ESTUDO APRESENTAÇÃO

A publicação Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados tem como objetivo ampliar INTRODUÇÃO o conhecimento das gestões públicas municipais sobre a diversidade territorial e regional do

Estado do Rio de Janeiro, identificando temas centrais para o desenvolvimento de políticas OBJETIVO DO ESTUDO públicas efetivas e geradoras de desenvolvimento equilibrado e integrado. METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS A ideia central deste trabalho é oferecer ao corpo técnico das prefeituras uma organização mínima de dados e informações, cujo foco de análise e a escala territorial sejam os próprios DEMOGRAFIA municípios. Esse projeto traz como fundamental a identificação de temas centrais para o INFRAESTRUTURA URBANA bom andamento da gestão e do planejamento de políticas públicas municipais e regionais.

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

10 APRESENTAÇÃO

METODOLOGIA INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

11 METODOLOGIA APRESENTAÇÃO

O Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados sistematizou algumas bases de INTRODUÇÃO órgãos federais de acesso público, algumas bastante disseminadas, como os Censos

OBJETIVO DO ESTUDO Demográficos de 1991, 2000 e 2010 (IBGE), mas que, assim entendemos, merecem o esforço constante de utilização e sistematização de suas informações para as formulações METODOLOGIA dos programas e projetos da administração pública municipal. Além disso, sobretudo, é ROYALTIES E FINANÇAS fundamental empreender análises regionais integradas que busquem a compreensão das dinâmicas municipais relacionadas às regiões em que se inserem. DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA Como este trabalho esclarece algumas diferenças entre regiões do estado e suas cidades, buscou-se indicadores demográficos, sociais (saúde e educação) e de infraestrutura. As SAÚDE E EDUCAÇÃO informações coletadas foram ainda desagregadas por município e reorganizadas numa CONSIDERAÇÕES FINAIS escala regional. O contexto fiscal referente aos royalties do petróleo sugeriu ainda a incorporação de algumas bases de informações e variáveis ligadas ao tema e que mereceram o exercício de sistematização, compilação de suas informações e divulgação de seus dados e indicadores em meios públicos. 12 METODOLOGIA APRESENTAÇÃO

Esse esforço está representado nesta publicação, sendo a mesma dividida em dois INTRODUÇÃO agrupamentos de dados e análises:

OBJETIVO DO ESTUDO

Por meio de texto, organizado neste documento, traça-se um percurso analítico, onde são METODOLOGIA identificadas algumas questões centrais por de traz da redistribuição dos royalties aos ROYALTIES E FINANÇAS estados e municípios do Estado do Rio de Janeiro. Dando destaque à situação fiscal de municípios fluminenses; DEMOGRAFIA

Por meio de bases compiladas de dados, disponíveis em meio digital gratuito, um enorme INFRAESTRUTURA URBANA conjunto de informações ficam disponibilizadas para o livre uso da gestão municipal, podendo seus dados ser sistematizados de acordo com o assunto e interesse por parte dos SAÚDE E EDUCAÇÃO técnicos das prefeituras, dos órgãos do governo estadual e dos setores acadêmicos e CONSIDERAÇÕES FINAIS empresariais.

13 METODOLOGIA APRESENTAÇÃO

Os indicadores trabalhados neste documento foram divididos nos seguintes campos e INTRODUÇÃO fontes:

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

14 METODOLOGIA APRESENTAÇÃO

Como esta publicação é disponibilizada em meio digital (CD), adotou-se um formato de INTRODUÇÃO apresentação em que os gráficos serão expostos via hiperlinks ao longo do texto, ou seja,

OBJETIVO DO ESTUDO basta selecionar o link em negrito que o mesmo permite visualizar os gráficos e tabelas descritos e analisados. Com isso, a leitura ganha dinamismo e as informações podem ser METODOLOGIA assimiladas com mais facilidade pelo leitor. Além deste documento, o CD conterá todos os ROYALTIES E FINANÇAS dados compilados durante a pesquisa para a construção desse trabalho: gráficos, tabelas e bases sistematizadas serão disponibilizada para o uso livre dos usuários do Municípios em DEMOGRAFIA

Dados, ampliando assim, suas possibilidades de aplicação como ferramenta para o INFRAESTRUTURA URBANA planejamento e gestão municipal.

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

15 METODOLOGIA

Para efeito deste trabalho, os recortes analíticos abordados pelos campos temáticos respeitaram as Regiões de Governo oficiais do Estado do Rio de Janeiro, conforme mapa abaixo. No entanto, vale lembrar que os dados levantados seguiram uma série histórica, com anos distintos, o que significa que em diversos momentos no tempo a regionalização oficial apresentava outra configuração espacial. Mesmo assim, obedeceu-se a agregação APRESENTAÇÃO atual de municípios nas Regiões de Governo nas descrições dos indicadores:

INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

16 APRESENTAÇÃO

ROYALTIES E FINANÇAS INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS ROYALTIES E FINANÇAS

Quando da elaboração do título sobre a tributação e o orçamento, os constituintes de 1988 decidiram, como forma de diminuir as desigualdades sociais entre os diferentes entes federativos, por imunizar as operações interestaduais sobre petróleo, seus derivados e energia elétrica em APRESENTAÇÃO relação ao ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação), sendo INTRODUÇÃO tributado apenas no destino, ou seja, o imposto não é devido aos estados onde ocorre a produção OBJETIVO DO ESTUDO e extração, mas aos de consumo. Assim, como forma de reduzir o impacto desta política fiscal, coube aos municípios produtores o valor referente aos royalties (correspondente a um percentual METODOLOGIA sobre o valor da produção) e participações especiais (incidente sobre a receita bruta da produção, ROYALTIES E FINANÇAS elas são previstas em casos de grande volume de produção, e delas são deduzidos custos operacionais, depreciação, investimentos, além do pagamento de royalties e de tributos). DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA Com a descoberta do pré-sal e seus poços, e a consequente expectativa de retorno em royalties, alguns estados não produtores se reuniram e apresentaram uma nova proposta para a repartição SAÚDE E EDUCAÇÃO da receita entre todos os entes da federação, apesar de já auferirem os valores de ICMS referentes CONSIDERAÇÕES FINAIS ao consumo. Em face à perspectiva na qual a receita de royalties viria para compensar o não recebimento do ICMS sobre a produção nos estados produtores e assim também acarretando a diminuição da parcela a ser redistribuídas aos municípios (1/4 do ICMS arrecadado em seus territórios), analisamos seu impacto na receita orçamentária das municipalidades fluminenses. 18 ROYALTIES E FINANÇAS

Percebe-se claramente que, levando em consideração todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro, a receita proveniente dos royalties de petróleo representa grande fatia das receitas orçamentárias municipais. Na última década, a média de participação da mesma foi APRESENTAÇÃO na casa de 15,3%, como se pode observar no Gráfico 4.2.

INTRODUÇÃO

Contudo, decompondo pelas regiões de governo, observa-se claramente a relevância dos OBJETIVO DO ESTUDO royalties na integração do orçamento municipal em regiões como a Norte e das Baixadas

Litorâneas, confrontantes aos maiores campos de extração do produto. Em relação à METODOLOGIA

Região da Costa Verde (composta pelos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba e ROYALTIES E FINANÇAS Paraty), os royalties do petróleo foram, a cada ano, tomando maior proporção em seu orçamento, chegando a, no ano de 2010, ultrapassar a Região das Baixadas Litorâneas na DEMOGRAFIA relação “Receitas Petrolíferas sobre Receita Orçamentária Municipal”, conforme se observa INFRAESTRUTURA URBANA no Gráfico 4.3. O ano de 2006 pode ser visto como um nos quais os royalties tiveram expressiva participação no orçamento dos municípios de algumas regiões do estado. Nesta SAÚDE E EDUCAÇÃO data, o mesmo apresentou, em média mais de 40% do orçamento dos municípios da região CONSIDERAÇÕES FINAIS Norte e mesmo os municípios da região Centro-Sul, que pouco ou nada recebiam da repartição dos royalties, apresentaram neste ano, em média, mais de 20% de suas receitas vinculadas a esta fonte.

19 ROYALTIES E FINANÇAS

No ano de 2010, os municípios fluminenses receberam o montante de APRESENTAÇÃO 3,165 bilhões de royalties

e participações especiais. INTRODUÇÃO

Os vinte municípios com OBJETIVO DO ESTUDO as maiores arrecadações

neste ano foram, por sua METODOLOGIA

vez, responsáveis por ROYALTIES E FINANÇAS 2,781 bilhões desta

parcela, o que representa DEMOGRAFIA

87,8% do total. INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

20 ROYALTIES E FINANÇAS APRESENTAÇÃO

O impacto da distribuição pode ser também observado no Gráfico 4.4 onde as duas INTRODUÇÃO regiões que mais se destacam são a Norte e a das Baixadas Litorâneas. No entanto, OBJETIVO DO ESTUDO quando se analisa a relação dos royalties e participações especiais per capita apenas os municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Niterói, Maricá e Magé não aparecem METODOLOGIA novamente entre os vinte primeiros, todos membros da Região Metropolitana do estado. ROYALTIES E FINANÇAS Em compensação, municípios como Macuco, São José de Ubá, Piraí, Laje do Muriaé e Rio das Flores integram esta lista em substituição àqueles. DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

21 ROYALTIES E FINANÇAS

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

22 ROYALTIES E FINANÇAS

Debruçando-se sobre os cinco municípios que apesar de receberem expressiva quantidade de receita de royalties e participações especiais não figuram no ranking da relação desta fonte de recursos pela sua população, observamos que também em relação ao seu APRESENTAÇÃO orçamento esta receita ocupa menor faixa, em especial na capital, onde a receita de royalties representou menos que 1% de seu orçamento em 2010. Ao mesmo tempo, estes INTRODUÇÃO municípios, no ano em tela, foram responsáveis por 84% do Produto Interno Bruto a preços OBJETIVO DO ESTUDO de mercado da Região Metropolitana e 57 % do total do PIB do Estado do Rio de Janeiro, segundo dados de 2010 da Fundação Centro de Estatísticas, Pesquisas e Formação dos METODOLOGIA

Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro– CEPERJ. ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

23 ROYALTIES E FINANÇAS

A conclusão a que se chega é que a receita dos royalties auxilia na composição orçamentária de municípios que não produzem bens e serviços em montante que impactem de forma significativa o PIB estadual e, por consequência, não possuem uma forte APRESENTAÇÃO arrecadação de impostos indiretos (parcela do ICMS e do IPI, Imposto sobre Produtos

Industrializados, e o próprio ISS, Imposto Sobre Serviços). Os municípios em análise, INTRODUÇÃO reunidos, atingiram apenas 18,5 % do PIB estadual no ano de 2010. Sendo que neste grupo, OBJETIVO DO ESTUDO os municípios de Campos dos Goytacazes, Macaé, Angra dos Reis, Cabo Frio, Rio das

Ostras, São João da Barra e Quissamã juntos representam 16,3% do PIB Estadual e 88% do METODOLOGIA

PIB deste específico grupamento de municípios. Os gráficos sobre a relação da participação ROYALTIES E FINANÇAS das receitas petrolíferas na receita orçamentária dos municípios, divididos por regiões de governo demonstra isso claramente: DEMOGRAFIA

 Região Metropolitana (Gráfico 4.3.I) INFRAESTRUTURA URBANA

 Região Noroeste Fluminense (Gráfico 4.3.II) SAÚDE E EDUCAÇÃO  Região Norte Fluminense (Gráfico 4.3.III)

 Região Serrana (Gráfico 4.3.IV) CONSIDERAÇÕES FINAIS  Região das Baixadas Litorâneas (Gráfico 4.3.V)

 Região do Médio Paraíba (Gráfico 4.3.VI)

 Região Centro-Sul Fluminense (Gráfico 4.3.VII)

 Região da Costa Verde (Gráfico 4.3.VIII) 24 ROYALTIES E FINANÇAS

Logo, a receita dos royalties se demonstra essencial para municípios que apresentam economia de baixa produção e arrecadação, por conseguinte, esta fonte deve ser usada para investimentos e ações de política fiscal de maneira a promover o dinamismo APRESENTAÇÃO econômico necessário e o encademanento produtivo das regiões do estado, além de ajustar desigualdades sociais. A retirada desta fonte de recurso de forma abrupta gerará o INTRODUÇÃO colapso fiscal de diversas municipalidades, tornando extremamente frágil o pacto OBJETIVO DO ESTUDO federativo, e impactando todo o alicerce jurídico vigente.

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

25 APRESENTAÇÃO

DEMOGRAFIA INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS DEMOGRAFIA

Nas quase duas décadas compreendidas entre o Censo Demográfico de 1991 e o de 2010, não houve alteração substantiva no que diz respeito à distribuição da população fluminense entre as Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro, como sugere o Gráfico 1.1. Observamos que a RMRJ, apesar da redução de 2,5 pontos percentuais no período, ainda APRESENTAÇÃO concentra cerca de ¾ da população do estado. As Regiões das Baixadas Litorâneas e INTRODUÇÃO Costa Verde tiveram, porém, um aumento relativo expressivo, seguidas da Região Norte, o

OBJETIVO DO ESTUDO que significou a redução das demais Regiões de Governo.

METODOLOGIA

Neste mesmo período, entre 1991 e 2010, como observado no Gráfico 1.2, o crescimento ROYALTIES E FINANÇAS populacional do Estado do Rio de Janeiro foi de 24,8%, enquanto a população residente nas Baixadas Litorâneas mais que dobrou (crescimento de 108%). A Região da Costa DEMOGRAFIA

Verde experimentou um aumento da população superior a 90%, igualmente significativo. Na INFRAESTRUTURA URBANA Região Norte o crescimento foi de quase 40%, bastante superior ao crescimento experimentado pelo Estado como um todo. Em termos absolutos a Região das Baixadas SAÚDE E EDUCAÇÃO

Litorâneas, cuja população residente em 1991 não alcançava 400 mil, em 2010 CONSIDERAÇÕES FINAIS ultrapassava o contingente de 800 mil habitantes. A Costa Verde, em 1991 tinha pouco mais de 127 mil habitantes, em 2010 o Censo Demográfico registrou pouco menos de 244 mil. No Norte Fluminense a população passou de 611 mil para quase 850 mil.

27 DEMOGRAFIA

Verifica-se, ainda no Gráfico 1.2, outro dado relevante: apenas as Regiões das Baixadas Litorâneas, da Costa Verde e o Norte Fluminense tiveram, na última década do período, crescimento superior ao experimentado no período anterior. Dito de outro modo, diferente APRESENTAÇÃO do padrão observado para o Estado e demais regiões, as Regiões das Baixadas Litorâneas, da Costa Verde e, especialmente o Norte Fluminense, tiveram um crescimento populacional INTRODUÇÃO percentual maior entre 2000 e 2010 do que o observado entre 1991 e 2000. OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

28 Região Metropolitana

A capital do Estado concentra a população da Região Metropolitana de forma quase tão expressiva quanto esta região concentra os habitantes do Estado, relativamente a outras Regiões de Governo. Se, no período considerado, encontramos na RMRJ mais de 70% da população do Estado (Gráfico 1.1), verifica-se no Gráfico 1.1.I, que mais da metade a população da Região Metropolitana reside no município do Rio de Janeiro, capital do Estado. Ainda que observemos ligeira retração na fatia da capital (-2,5 pontos percentuais), este quadro não se altera de forma significativa no período. APRESENTAÇÃO

Merece destaque a redução relativa sofrida por Nova Iguaçu que, de acordo com o Censo de 1991, INTRODUÇÃO detinha o segundo maior contingente populacional do Estado, com 13,2% da população fluminense, e em

2010 passa a 6,7%, percentual que lhe confere a condição de quarta maior população do Estado, atrás OBJETIVO DO ESTUDO da Capital (53%), de São Gonçalo (8,4%) e de Duque de Caxias (7,2%). Esta redução explica-se pelas emancipações ocorridas especialmente na década de 1990, quando Nova Iguaçu seguidamente sofreu METODOLOGIA desmembramentos, dando origem a Belford Roxo em 1990, a Japeri e Queimados, em 1991 e, ROYALTIES E FINANÇAS finalmente, a Mesquita em 1999. O mesmo fenômeno ocorreu, ainda que de forma muito menos expressiva, com os municípios de Magé, do qual Guapimirim se emancipou em 1990, e com Itaguaí, DEMOGRAFIA gerando um novo município no ano de 1995: Seropédica. INFRAESTRUTURA URBANA

O crescimento populacional da Região Metropolitana entre 2000 e 2010, foi de 8,9%, conforme o Gráfico SAÚDE E EDUCAÇÃO 1.2.I, passando de 9.796 milhões de habitantes em 2000 para 11.835 milhões em 2010. Apenas em Nova

Iguaçu houve redução da população residente (-13,5%) pelo motivo exposto no parágrafo anterior. Nos CONSIDERAÇÕES FINAIS municípios de São João de Meriti (2%), Nilópolis (2,4%), Niterói (6,1%), Rio de Janeiro (7,9%) e Belford Roxo (8%), houve expansão do número de habitantes, porém, em percentual inferior ao observado para a Região de Governo da qual fazem parte. Destacam-se entre os municípios com maior crescimento populacional na RMRJ: Maricá (66%), Guapimirim (35,7%), Itaguaí (33%). 29 Norte, Noroeste e Baixada Litorâneas

Duas das Regiões de Governo que apresentaram maior crescimento nas duas últimas décadas, Norte Fluminense e Baixadas Litorâneas, encontram-se nesta seção. O Gráfico 1.1.V permite a apreciação intrarregional das Baixadas Litorâneas, por meio deste constata-se que o município de Rio das Ostras, emancipado de em 1992, foi aquele que experimentou maior crescimento relativo. Em APRESENTAÇÃO

2000, sua população representava 6,5% dos habitantes das Baixadas Litorâneas e em 2010, 13% dos moradores da região, residiam dentro de seus limites. Apenas Cabo Frio, o maior município da região, INTRODUÇÃO

Armação dos Búzios e Iguaba Grande, ambos emancipados na década de 1990, o primeiro de Cabo Frio, OBJETIVO DO ESTUDO o segundo de São Pedro da Aldeia, aumentaram consistentemente sua participação relativa na população da Região das Baixadas Litorâneas, porém em proporção e ritmo muito inferior. METODOLOGIA

O crescimento populacional de 44,6% na Região das Baixadas Litorâneas entre 2000 e 2010, ROYALTIES E FINANÇAS apresentado no Gráfico 1.2.V, pode ser atribuído, preponderantemente aos municípios de Cabo Frio DEMOGRAFIA (47%), Armação dos Búzios e Iguaba Grande (51%), Casimiro de Abreu (60%) e, principalmente, Rio das

Ostras, cuja população aumentou quase 200% apenas na última década. Todos os municípios da região, INFRAESTRUTURA URBANA a exceção de Silva Jardim (0,4%), apresentaram expansão populacional superior aos 11% experimentados pelo Estado na década em questão. SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

30 Norte, Noroeste e Baixada Litorâneas

A população da Região Norte concentra-se no município de Campos dos Goytacazes, sua preponderância na região, contudo, sofreu uma redução no período, segundo o Gráfico 1.1.III. O município concentrava mais de 64% da população da região em 1991 e, em 2010, 55% dos habitantes da região. São João da Barra que foi desmembrado em 1995, dando origem a São Francisco de Itabapoana, passando de quase 10% da população da região em 1991, para 4% em 2010. O caso de APRESENTAÇÃO aumento relativo mais expressivo é o do município de Macaé onde em 1991 residia 16,5% da população do Norte Fluminense e que, em 2010, concentrava quase ¼ da população da região. INTRODUÇÃO

A Região Norte Fluminense entre 2000 e 2010 cresceu 21,6%. Na região a maior contribuição foi dada OBJETIVO DO ESTUDO por Macaé (56%), que ultrapassa 200mil habitantes em 2010, seguida de Carapebus (54%) e Quissamã METODOLOGIA (48%), de acordo com o Gráfico 1.2.III. Estes dois últimos, pequenos municípios que em 2010 tinham população pouco maior que 13mil, Carapebus, e 20mil habitantes, Quissamã. ROYALTIES E FINANÇAS

Na Região Noroeste a distribuição da população entre os municípios, que pode ser observada no DEMOGRAFIA

Gráfico 1.1.II, é mais dispersa, embora Itaperuna seja claramente o maior município da região desde o INFRAESTRUTURA URBANA início do período analisado (28,6% em 1991), passando dos 30% em 2010. O crescimento da população do Noroeste Fluminense entre 2000 e 2010 foi de 6,7%, menor do que os 11% do Estado. O Gráfico SAÚDE E EDUCAÇÃO 1.2.II aponta a redução da população em alguns municípios, nomeadamente: Laje do Muriaé (-5,3%),

Miracema (-0,8%), Itaocara (-0,5%) e Natividade (-0,3%). Os maiores crescimentos observados CONSIDERAÇÕES FINAIS ocorreram em dois municípios emancipados na década anterior: Aperibé, 27%, emancipado de Santo Antônio de Pádua em 1992, e Varre-Sai, 21%, emancipado de Natividade em 1991.

31 Médio Paraíba e Costa Verde

Observamos no Gráfico 1.1.VIII, a distribuição da população da Região da Costa Verde pelos três municípios que a compõe. Não houve alteração significativa nesta distribuição da população da região por seus municípios, posto que o município de Angra dos Reis, desde a década de 1980 concentra mais de 2/3 do contingente populacional da Costa Verde.

Como ressaltado anteriormente, a Costa Verde foi a Região de Governo com o segundo maior APRESENTAÇÃO crescimento populacional percentual entre 1991 e 2010. Intervalo de tempo em que o número de INTRODUÇÃO habitantes foi quase duplicado, passando de 127.424 habitantes em 1991 a 243.500 pelo Censo de 2010. Na década compreendida entre 2000 e 2010, o crescimento populacional da região foi de 40,2%, OBJETIVO DO ESTUDO como indicado no Gráfico 1.2.VIII. Neste podemos observar que os municípios de Angra dos Reis (42%) e Mangaratiba (46%), sofreram um crescimento populacional acima do crescimento regional. METODOLOGIA

Na Região do Médio Paraíba não encontramos, como na Costa Verde, Norte Fluminense ou ROYALTIES E FINANÇAS

Metropolitana, um município que concentre mais da metade dos habitantes da região, existe, portanto DEMOGRAFIA uma maior dispersão da população entre os municípios que a compõe. Volta Redonda e Barra Mansa são os maiores municípios da região seguidos por Resende e Barra do Piraí (Gráfico 1.1.VI). INFRAESTRUTURA URBANA

O crescimento populacional no Médio Paraíba entre 2000 e 2010, de 8,9%, foi inferior ao do Estado. SAÚDE E EDUCAÇÃO

Alguns de seus municípios, porém, tiveram crescimento mais expressivo, em especial Porto Real, com CONSIDERAÇÕES FINAIS crescimento superior a 37%. Percebe-se no Gráfico 1.2.VI que a maior parte dos municípios da região teve um percentual de crescimento superior aos 11% do Estado, mas os maiores municípios da região, Volta Redonda e Barra Mansa, cresceram a taxas menores, 6,5 e 4,1%, respectivamente.

32 Centro-Sul e Serrana

Três municípios da Região Serrana, Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis, concentram, desde 1991, quase 80% da população da região (Gráfico 1.1.IV). Entre eles, Teresópolis foi o município que teve o maior crescimento populacional entre 2000 e 2010 (18,6%). Tanto Petrópolis (3,3%) quanto Nova

Friburgo (5%) estiveram abaixo da taxa observada para a região (7,1%). O Gráfico 1.2.IV aponta ainda APRESENTAÇÃO que em Cantagalo não ouve aumento da população e um pequeno decréscimo (-1,5%) em Santa Maria

Madalena. INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO No Centro-Sul a população se encontra mais dispersa, embora Três Rios, o maior município da região, concentre pouco menos de 30 % de seus habitantes (Gráfico 1.1.VII). Como observado no Gráfico METODOLOGIA 1.2.VII, Areal experimentou o maior crescimento populacional na região (15,4%) os demais municípios não acompanharam o crescimento do Estado, ficando abaixo de 11%. ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

33 APRESENTAÇÃO

INFRAESTRUTURA URBANA INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS INFRAESTRUTURA URBANA

Para efeito deste trabalho, considerou-se Infraestrutura Urbana um conjunto de serviços que o IBGE adota como básicos para a análise das condições dos domicílios brasileiros e seu entorno. Neste sentido, buscou-se comparar as informações do percentual de serviços de acesso à eletricidade, coleta de lixo e cobertura de serviço de água e esgoto, assim como de iluminação pública e pavimentação das APRESENTAÇÃO vias. Para habitação comparou-se o percentual de moradias adequadas. INTRODUÇÃO

A média da cobertura de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água subiu de 83,3% para OBJETIVO DO ESTUDO 84,6% (Gráfico 2.1), apesar de aparentemente insignificante o aumento demonstra um esforço para acompanhar o crescimento populacional no decênio no Estado como um todo. Fato esse repetido com METODOLOGIA maior ênfase no que se refere aos domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, que aumentou de 63,2% para 76,6% (Gráfico 2.1). Porém, é importante salientar que esse dado não se refere ao ROYALTIES E FINANÇAS tratamento sanitário que o esgoto deve ter. Segundo o Plano de Governo do Rio de Janeiro 2011-2014 a DEMOGRAFIA cobertura do serviço de tratamento de esgoto era de 30% em meados de 2010, devendo chegar a 60% ao final de 2014. Esse aumento de domicílios ligados à rede de esgoto corrobora a possibilidade da INFRAESTRUTURA URBANA cobertura de tratamento atingir o percentual pretendido como até mesmo ultrapassá-lo.

SAÚDE E EDUCAÇÃO

A Região do Médio Paraíba é a que apresentou em 2010 as melhores taxas de cobertura para estes CONSIDERAÇÕES FINAIS serviços, com 90% dos domicílios ligados a rede geral de abastecimento de água e 83% ligados à rede geral de esgoto ou pluvial. Os maiores avanços, no entanto, encontram-se na Região das Baixadas Litorâneas, com aumento de 25,6% na cobertura do serviço de abastecimento de água e de 52,2% de ampliação em relação aos domicílios ligados à rede de esgoto. Apesar dos avanços, em 2010, a região ainda é a que apresenta a pior cobertura de serviços de água e esgoto. 35 INFRAESTRUTURA URBANA

Em relação à cobertura dos serviços de eletricidade e coleta de lixo (Gráfico 2.2), houve ampliação no período, embora já em 2000 mais de 90% dos domicílios do Estado tivessem acesso aos serviços. Em 2010 96,9% dos domicílios tinham seu lixo coletado e 99,9% tinham luz elétrica. As condições de moradia no Estado avançaram. Os domicílios considerados adequados - isto é, ligados à rede geral de APRESENTAÇÃO abastecimento de água e de esgoto ou com fossa séptica, coleta de lixo por serviço de limpeza e até 2 moradores por dormitório - passaram de 56% em 2000 para 62,5%. INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO Todas as regiões do Estado tinha, em 2000, mais de 95% dos seus domicílios atendidos pelo serviço de luz e em 2010 a cobertura do serviço ultrapassou 99% dos domicílios também em todas as regiões. As METODOLOGIA

Regiões de Governo onde, em 2000, os serviços de coleta de lixo eram mais precários, no que diz respeito a domicílios atendidos: Noroeste, Norte, Baixadas Litorâneas e Centro-Sul, foram as que ROYALTIES E FINANÇAS empreenderam as ampliações mais expressivas e em 2010 sofreu uma ampliação mais expressiva e DEMOGRAFIA alcançaram, a exceção do Noroeste, cobertura superior a 90% dos domicílios.

INFRAESTRUTURA URBANA Apenas o Médio Paraíba tinha, em 2000, mais de 60% dos domicílios classificados como moradia adequada. As Baixadas Litorâneas (35%) e o Norte (39%) tinham os piores cenários, mas, apesar do SAÚDE E EDUCAÇÃO grande crescimento populacional ocorrido na década, tiveram melhora em seus números, 48% e 44% CONSIDERAÇÕES FINAIS respectivamente, em 2010.

36 INFRAESTRUTURA URBANA

As informações analisadas até agora os dados da cobertura dos serviços de iluminação pública e pavimentação das vias (Gráfico 2.3) decresceram entre 2000 para 2010, o primeiro caindo de 89% de cobertura para 85% e de 76,5% para 74,3% no caso de pavimentação. Outra inferência interessante é que esses serviços, essencialmente públicos, ou seja, que não são divisíveis e não podem ser APRESENTAÇÃO remunerados por taxas, apenas por impostos, tiveram uma queda na média da cobertura; enquanto os serviços “uti singuli” – serviços divisíveis – que podem ser delegados e remunerados por taxa, quando INTRODUÇÃO provenientes da Administração Indireta, ou por tarifa quando provenientes de empresas delegatárias do OBJETIVO DO ESTUDO serviço público, tiveram aumento na cobertura média.

METODOLOGIA

Nas Regiões de Governo do Estado houve decréscimo no percentual de domicílios com iluminação pública no entorno, as exceções foram as Baixadas Litorâneas, que passou de 74% para 81%, um ROYALTIES E FINANÇAS aumento de 9%, e o Noroeste Fluminense, com 78% em 2000 e 80% em 2010, uma variação positiva de DEMOGRAFIA 2,5%. Em relação à pavimentação das vias o quadro é melhor, embora a cobertura fosse em 2000 e continuasse em 2010, mais baixa do que a da iluminação pública, não houve ampliação da cobertura INFRAESTRUTURA URBANA apenas na Região Serrana, onde 82% dos domicílios tinham pavimentação no entorno em 2000 e apenas 74% no ano de 2010. Uma redução de aproximadamente 10%. SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

37 APRESENTAÇÃO

SAÚDE E EDUCAÇÃO INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS SAÚDE E EDUCAÇÃO

Para avaliar e comparar, de forma objetiva, as condições de saúde e educação dos municípios fluminenses são utilizados os Índices FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Embora existam críticas quanto à capacidade descritiva de indicadores sintéticos, como o IFDM ou o IDH, que são gerados a partir de operações realizadas com indicadores analíticos (que retratam dimensões específicas da realidade, como a taxa de mortalidade infantil, por exemplo), e, portanto, tendem a retratar o APRESENTAÇÃO comportamento médio dos indicadores que o compõem, a escolha pelo IFDM foi feita por seu recorte municipal, pela confiabilidade das fontes utilizadas, por sua comparabilidade com abrangência nacional INTRODUÇÃO e, sobretudo, porque pretendemos uma descrição mais ampla e genérica das áreas de saúde e educação nos municípios fluminenses e não seu diagnóstico aprofundado. OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA O IFDM-Educação foi pensado para mensurar a qualidade da oferta da educação dos ensinos infantil e fundamental, oferecida em escolas públicas e privadas. Ele é calculado a partir de seis variáveis ROYALTIES E FINANÇAS disponibilizadas pelo Ministério da Educação: Taxa de matrícula na educação infantil; Taxa de abandono;

Taxa de distorção idade-série; Percentual de docentes com ensino superior; Média de horas aula diárias DEMOGRAFIA e Resultado do IDEB. INFRAESTRUTURA URBANA

Já o IFDM-Saúde foca na avaliação da saúde básica, e utiliza dados de sistemas do Ministério da Saúde. SAÚDE E EDUCAÇÃO Ele é composto de três variáveis: Número de consultas pré-natal; Óbitos infantis por causas evitáveis e

Óbitos por causas mal-definidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS

39 SAÚDE E EDUCAÇÃO

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento do município, a leitura sendo a mesma tanto para o índice de saúde quanto para o de educação e propõe a classificação dos municípios segundo faixas do índice, sendo:

APRESENTAÇÃO  municípios com IFDM entre 0 e 0,4: baixo estágio de desenvolvimento;

 municípios com IFDM entre 0,4 e 0,6: desenvolvimento regular; INTRODUÇÃO

 municípios com IFDM entre 0,6 e 0,8: desenvolvimento moderado; OBJETIVO DO ESTUDO  municípios com IFDM entre 0,8 e 1,0: alto estágio de desenvolvimento.

METODOLOGIA

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

40 EDUCAÇÃO

Ao observar o IFDM-Educação das regiões do Estado do Rio de Janeiro, observa-se que o interior do estado tem desempenho superior à área metropolitana: a Região Noroeste tem o melhor desempenho no ano de 2010, seguida da Região Centro-Sul, do Médio-Paraíba e da Região Serrana (Gráfico 3.1).

Essas quatro regiões possuem índices que as situam na faixa de alto estágio de desenvolvimento (acima APRESENTAÇÃO de 0,8), apesar da variação interna entre seus municípios. A Região Metropolitana é a que possui o pior desempenho no IFDM-Educação. Junto com as demais regiões do Estado, se situa na faixa de INTRODUÇÃO desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8). OBJETIVO DO ESTUDO

As três regiões que mais melhoraram o índice de educação entre os anos de 2000 e 2010 (Gráfico 3.2) METODOLOGIA foram justamente aquelas que ainda apresentam o pior desempenho. A região que mais avançou no campo da educação foi a Baixada Litorânea (28,8%), seguida da Costa Verde (26,1%) e da Região Metropolitana ROYALTIES E FINANÇAS

(25,2%). Ou seja, isso indica que, apesar de ainda apresentarem índices inferiores às demais, vem DEMOGRAFIA ocorrendo um esforço de melhoria, levando a uma menor disparidade entre as regiões do Estado.

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

41 Região Metropolitana

A Região Metropolitana é a única região que possui municípios (Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Queimados, São Gonçalo e São João de Meriti) com IFDM-Educação inferior a 0,7, além da maioria dos municípios que, no ano de 2000, se situavam em uma faixa inferior, de desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6). No entanto, é uma região com disparidades APRESENTAÇÃO internas, uma vez que os municípios de Niterói e Rio de Janeiro apresentam índices que os situam na faixa de alto desenvolvimento (Gráfico 3.1.I). INTRODUÇÃO

Outro fato que se destaca na Região Metropolitana é a disparidade da variação dos índices entre os anos OBJETIVO DO ESTUDO

2000 e 2010. O município de Tanguá apresentou a maior evolução do índice no Estado (60,5%). Outros METODOLOGIA municípios também apresentaram melhora significativa: Guapimirim (42,3%), Japeri (41,2%), Magé

(41,1%), Seropédica (39,2%), e Itaboraí (38,7%). É interessante notar que esses são municípios que ROYALTIES E FINANÇAS estavam, em 2010, entre os piores índices de educação, o que denota um esforço de equiparação com municípios mais desenvolvidos. Os três menores crescimentos (Rio de Janeiro [9,0%], São Gonçalo DEMOGRAFIA

[10,3%] e Niterói [13,9%]) foram justamente dos municípios que apresentam os melhores índices da INFRAESTRUTURA URBANA região (Gráfico 3.2.I).

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

42 Regiões Norte, Noroeste e Baixadas Litorâneas

Essas três regiões possuem relevantes diferenças entre si. Como dito, enquanto a Região Noroeste possui o melhor desempenho de todas as regiões, se situando no nível de alto desenvolvimento (acima de 0,8), as regiões Norte e Baixada Litorânea se situam no nível anterior, de desenvolvimento moderado

(entre 0,6 e 0,8), ocupando as 5ª e 6ª posições entre as regiões do Estado . Ressalta-se o fato já APRESENTAÇÃO apontado de que a Região da Baixada Litorânea foi a que mais avançou no IFDM-Educação entre os anos 2000 e 2010. INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO ESTUDO A Região Noroeste é bastante homogênea no que tange o resultado do índice de educação em 2010.

Todos os seus municípios se situam na faixa de alto desenvolvimento, com exceção do município de Laje METODOLOGIA do Muriaé, que apresenta o pior desempenho da região. (Gráfico 3.1.II). O município de Laje de Muriaé apresentou variação positiva de 12,4% entre os anos de 2000 e 2010, mas teve um dos 3 menores ROYALTIES E FINANÇAS crescimentos do índice, junto com Porciúncula (8,1%) e Natividade (9,7%). O crescimento da região foi DEMOGRAFIA liderado pelo município de São José do Ubá, que se destacou com um crescimento de 39,6% (Gráfico

3.2.II). INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

43 Regiões Norte, Noroeste e Baixadas Litorâneas APRESENTAÇÃO

Apesar da média da região Norte a situar na faixa de desenvolvimento moderado, a região já possui três INTRODUÇÃO municípios que se situam na faixa de alto desenvolvimento: Macaé, Quissamã e São Fidélis (Gráfico

3.1.III). O município de Quissamã se destacou também com um elevado avanço entre os anos de 2000 e OBJETIVO DO ESTUDO

2010: 34,6%, enquanto Campos dos Goytacazes teve o menor crescimento, com 10,7% (Gráfico 3.2.III). METODOLOGIA

A Baixada Litorânea, de forma similar à Região Norte, já possui municípios que estão no estágio de alto ROYALTIES E FINANÇAS desenvolvimento (acima de 0,8): Casimiro de Abreu e Iguaba Grande (Gráfico 3.1.V). Foi a Região que, como um todo, mais evoluiu entre os anos de 2000 e 2010. Todos os seus municípios tiveram DEMOGRAFIA crescimento superior à média de crescimento do Estado (18,5%) e 5 municípios tiveram um crescimento INFRAESTRUTURA URBANA superior a 30%, liderados pelo município de Saquarema, com crescimento de 46,8% (Gráfico 3.2.V).

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

44 Médio Paraíba e Costa Verde

As regiões do Médio Paraíba e da Costa Verde apresentam desempenhos próximos no IFDM-Educação de 2010 (0,80 e 0,77, respectivamente), apesar de o Médio Paraíba ocupar o 3º lugar entre os Estados e se encontrar no limiar da faixa de alto desenvolvimento, e a Costa Verde ocupar a penúltima posição, na faixa de desenvolvimento moderado (Gráfico 3.1). Destaca-se o fato, já apontado, da Costa Verde apresentar o 2º maior crescimento entre os anos 2000 e 2010. APRESENTAÇÃO

Na Região da Costa Verde, o município de Mangaratiba já apresenta resultados no IFDM-Educação que INTRODUÇÃO o situa na faixa de alto desenvolvimento (Gráfico 3.1.VIII). Mangaratiba se destaca também no crescimento entre os anos de 2000 e 2010: 32,6%. Porém, todos os quatro municípios da região OBJETIVO DO ESTUDO apresentaram crescimento notável, acima dos 20% (Gráfico 3.2.VIII). METODOLOGIA

A Região do Médio Paraíba tem desempenho bastante homogêneo no IFDM-Educação. Seus municípios ROYALTIES E FINANÇAS se situam próximo à barreira do alto desenvolvimento: dos 12 municípios, 5 já possuem índices superiores a 0,8: Piraí, Resende, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda (Gráfico 3.1.VI). O município DEMOGRAFIA de Porto Real se destaca por ter tido o 2º pior crescimento do índice em todo o Estado (6,0%). Nenhum município da região apresentou crescimento superior a 20% (Gráfico 3.2.VI). INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

45 Centro-Sul e Região Serrana APRESENTAÇÃO

As regiões Centro-Sul e Serrana apresentam desempenhos semelhantes no IFDM-Educação, ocupando INTRODUÇÃO as 2ª e 4ª posições em 2010. Os crescimentos apresentados também foram semelhantes: 22,0% e

20,6%, respectivamente. OBJETIVO DO ESTUDO

METODOLOGIA A Região Centro Sul é bastante homogênea nos índices de educação. Quatro municípios se situam na faixa de desenvolvimento moderado (Areal, Paty do Alferes, Sapucaia e Três Rios), enquanto os demais ROYALTIES E FINANÇAS se situam na faixa acima, de alto desenvolvimento (Gráfico 3.1.VII). Na região, Sapucaia se destaca por ter o segundo pior índice e o pior crescimento entre 2000 e 2010 (9,9%). Areal, que ainda possui o pior DEMOGRAFIA

índice da região, teve, no entanto um crescimento significativo (29,3%). O município que teve crescimento mais expressivo na região foi Paraíba do Sul, com 39,6%. Se em 2000 ele ocupava a 9ª INFRAESTRUTURA URBANA posição, em 2010 ele já se encontra na 4ª posição (Gráfico 3.2.VII). SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

46 SAÚDE

A evolução dos indicadores de saúde medidos e sintetizados pelo IFDM-Saúde nos municípios fluminenses e no Estado como um todo, assim como as médias das regiões, não foi tão expressiva quanto a que observamos na educação. Enquanto o IFDM-Saúde do Estado variou 7,1%. Esta variação, porém, significou a passagem do Estado de uma condição de desenvolvimento moderado para o grupo APRESENTAÇÃO de unidades em alto estágio de desenvolvimento, de acordo com a classificação do IFDM. INTRODUÇÃO

Para o IFDM-Saúde, a Região Metropolitana repete a última colocação do índice de educação. Destaca- OBJETIVO DO ESTUDO se o fato da região das Baixadas Litorâneas ocupar colocações inferiores tanto no IFDM-Saúde quanto no IFDM-ducação: penúltimo no IFDM-Saúde e antepenúltimo no IFDM-Educação. No IFDM-Saúde METODOLOGIA mudam, no entanto, as regiões que apresentam os melhores índices: Médio Paraíba e Costa Verde ocupam os 1º e 3º lugares, respectivamente; Norte e Noroeste se situam em 2º e 4º. À exceção da ROYALTIES E FINANÇAS

Região Metropolitana, todas as regiões do interior do Estado se situam na faixa de alto estágio de DEMOGRAFIA desenvolvimento (acima de 0,8), apesar de alguns municípios dessas regiões se situarem na faixa anterior (entre 0,6 e 0,8) (Gráfico 3.1). INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

47 SAÚDE

O que é mais significativo ao se analisar o IFDM-Saúde é que as variações entre os anos de 2000 e 2010 são, em geral, bem inferiores às variações do IFDM-Educação. Isso fica claro ao se constatar que, para alguns municípios, observou-se uma piora do IFDM-Saúde, o que não se observou para o IFDM-

Educação (Gráfico 3.2). APRESENTAÇÃO

Ao contrário da tendência de equalização da disparidade entre as regiões que observamos para os INTRODUÇÃO

índices de educação na seção anterior, a variação do IFDM-Saúde das regiões demonstra que só vem OBJETIVO DO ESTUDO aumentando a desigualdade: a Região Metropolitana apresenta o pior índice em 2010 e teve a menor variação (4,1%) entre os anos de 2000 e 2010. As que apresentaram a maior melhora, Costa Verde METODOLOGIA

(17,9%), Norte (15,6%) e Médio Paraíba (10,8%) ocupam os três primeiros lugares no IFDM-Saúde para o ano de 2010. ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

48 Região metropolitana APRESENTAÇÃO

A Região Metropolitana, além de possuir o pior índice e o menor crescimento, apresenta uma significativa INTRODUÇÃO disparidade interna. Oito municípios superam a barreira de alto desenvolvimento (0,8) e Niterói se destaca pelo maior índice (0,89). Há, no entanto, dois municípios com índices inferiores a 0,7: Japeri OBJETIVO DO ESTUDO

(0,68) e Queimados (0,64) (Gráfico 3.1.I). METODOLOGIA

A maioria dos municípios da região apresentou baixo crescimento. A maior variação registrada foi ROYALTIES E FINANÇAS Paracambi, com 13,3%. Os municípios em pior situação (Japeri e Queimados) foram os que apresentaram as maiores quedas no IFDM-Saúde (-8,3% e -2,15, respectivamente). Queimados já DEMOGRAFIA apresentava o pior índice em 2000, e aumentou sua distância para o restante da região. Além desses dois, outros três municípios apresentaram queda no IFDM-Saúde (Guapimirim, São João de Meriti e INFRAESTRUTURA URBANA

Itaboraí) (Gráfico 3.2.I). SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

49 Regiões Norte, Noroeste e Baixada Litorâneas

Os municípios da Região Norte possuem desempenho similar no IFDM-Saúde: todos se situam na faixa de alto desenvolvimento. Dois deles (Quissamã e São Fidélis) já apresentam índices superiores a 0,9. As variações entre os anos de 2000 e 2010 são, no entanto, discrepantes: São Fidélis apresenta o maior avanço, de 37,2%, enquanto Conceição de Macabu apresentou variação negativa, de -4,0%, apresentando agora o pior índice da região. O município de São João da Barra teve crescimento baixo APRESENTAÇÃO (5,4%). Esse dois municípios ocupam agora as duas piores posições da região (Gráfico 3.1.III e Gráfico 3.2.III). INTRODUÇÃO

Na Região Noroeste, apenas os municípios de Varre-Sai e Itaocara não ultrapassam a faixa de alto OBJETIVO DO ESTUDO desenvolvimento (0,8), apesar de estarem muito próximos a esse valor e o desempenho da região ser METODOLOGIA bem parelho. A região possui o município com melhor resultado no IFDM-Saúde: São José de Ubá, com 0,95. A disparidade se manifesta, no entanto, nas variações entre 2000 e 2010. A região apresentou ROYALTIES E FINANÇAS alguns municípios com uma melhora significativa, inclusive o que mais avançou entre 2000 e 2010 em todo o Estado do Rio de Janeiro (Italva [56,6%]). No entanto, possui também 5 municípios que DEMOGRAFIA apresentaram pioras desse índice (Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Porciúncula e Varre-Sai). INFRAESTRUTURA URBANA

Os municípios da Região das Baixadas Litorâneas se situam nas faixas de desenvolvimento moderado (4 SAÚDE E EDUCAÇÃO municípios) e alto desenvolvimento (8 municípios) (Gráfico 3.1.V). Em geral, a região apresentou melhoria reduzida do IFDM-Saúde, à exceção de Casimiro de Abreu, que obteve melhora de 30,3%, saindo da 11ª CONSIDERAÇÕES FINAIS posição em 2000 para a 1ª em 2010. Saquarema e São Pedro da Aldeia, no entanto, apresentaram quedas (-4,8% e -5,5%, respectivamente). Enquanto Saquarema ocupava a 3ª posição em 2000, agora se encontra em último na região (12º lugar). Já São Pedro da Aldeia ocupava a 1ª posição e caiu para 6º lugar.

50 Médio Paraíba e Costa Verde

As regiões do Médio Paraíba e Costa Verde se situam entre as melhores do estado segundo o IFDM- Saúde. Em ambas as regiões, todos os municípios se situam na faixa de alto desenvolvimento (Gráfico 3.1.VI e Gráfico 3.1.VIII).

APRESENTAÇÃO As duas regiões não possuem nenhum município com variação negativa entre 2000 e 2010. No Médio

Paraíba, todos os municípios tiveram crescimento moderado, até 20%, sendo o menor deles o INTRODUÇÃO crescimento apresentado por Valença (2,0%) que apresenta o pior índice da região (0,83), apesar se OBJETIVO DO ESTUDO manter na faixa de alto desenvolvimento (Gráfico 3.2.VI). A região da Costa Verde apresenta um município com baixo crescimento (Mangaratiba [4,8%]) e outro com avanço significativo (Paraty [36,0%]) METODOLOGIA (Gráfico 3.2.VIII).

ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

51 Centro Sul e Região Serrana

Os municípios dessas duas regiões oscilam ao redor do limite entre as zonas de alto desenvolvimento e desenvolvimento moderado. Na Região Serrana, o pior índice, significativamente abaixo dos demais, é do município de Santa Maria Madalena (0,69) (Gráfico 3.1.IV). No Centro-Sul, apenas 3 municípios se situam na faixa de desenvolvimento moderado (Miguel Pereira, Paty do Alferes e Sapucaia). Todos os APRESENTAÇÃO demais se situam na faixa de alto desenvolvimento (Gráfico 3.1.VII).

INTRODUÇÃO

A variação na Região Centro-Sul é mais homogênea: todos os municípios possuem fraco crescimento OBJETIVO DO ESTUDO (de 0,8% [Engenheiro Paulo de Frontin] até 11,8% [Vassouras]) (Gráfico 3.2.VII). Já na Região Serrana, a variação entre os anos 2000 e 2010 é bem maior: há dois municípios com variações negativas, METODOLOGIA destacando-se a variação de -14,0% de Cantagalo, até municípios com melhoras elevadas, como

Sumidouro (29,0%) e São José do Vale do Rio Preto (26,3%). ROYALTIES E FINANÇAS

DEMOGRAFIA

INFRAESTRUTURA URBANA

SAÚDE E EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

52 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha dos campos Royalties e Finanças Municipais; Demografia; Infraestrutura Urbana; Saúde e Educação vem ao encontro do contexto atual que o Estado do Rio de Janeiro vem enfrentando, especialmente nos debates em âmbito nacional sobre diferentes temáticas: royalties, pacto federativo, situação fiscal dos municípios e estados.

De acordo com os dados apresentados neste 2º volume do Caderno de Planejamento - Municípios em APRESENTAÇÃO

Dados, evidenciaram-se mudanças radicais nas regiões Norte e Baixadas Litorâneas, por exemplo, INTRODUÇÃO especialmente em relação às taxas demográficas. Esse elemento deve ser analisado nos diagnósticos municipais pela relação direta dessas transformações com a cadeia do petróleo e gás. Afinal, como OBJETIVO DO ESTUDO negar o impacto das atividades petrolíferas e seus serviços correlacionados no crescimento de quase

200% da população de Rio das Ostras num curto intervalo de 19 anos? Como não incluir no debate METODOLOGIA sobre esse crescimento demográfico suas consequências nas áreas da educação, da saúde e da ROYALTIES E FINANÇAS infraestrutura?

DEMOGRAFIA Com isso, deseja-se oferecer indicadores contínuos à gestão municipal para a correta análise espacial e para construção de políticas públicas integradas e que possuam como meta o desenvolvimento regional INFRAESTRUTURA URBANA e dos municípios fluminenses. Fica evidente, a permanência da concentração financeira e populacional SAÚDE E EDUCAÇÃO na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com uma manutenção na distribuição da população no Estado ao longo dos últimos anos. Essa situação mostra que os royalties recebidos por outras regiões CONSIDERAÇÕES FINAIS devem ser direcionados para a criação de uma estrutura industrial ligada ao petróleo de maior valor agregado, capaz de gerar mais empregos formais e dinâmicos e, ao mesmo tempo, ser acompanhado de uma infraestrutura correspondente aos problemas crescentes enfrentados pelos municípios fora da Região Metropolitana. 53 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fato é que os municípios do estado do Rio de Janeiro podem ser divididos em categorias distintas: (a) cidades em que os royalties possuem um peso elevado em suas receitas, gerando grande dependência em relação a esta transferência; (b) há aqueles que recebem em termos absolutos altos valores, porém, possuem uma economia de maior dinâmica, com isso sendo menos dependentes desse repasse; porém, (c) existem cidades do estado em que o recurso repassado é baixo em termos absolutos, mas cuja situação econômica é de tamanha dificuldade, que um corte repentino dessa transferência levaria ao seu APRESENTAÇÃO desequilíbrio fiscal, gerando uma situação de crise permanente. Antes de retirar o direito e a INTRODUÇÃO compensação dos estados e municípios produtores, devemos rever a forma como a União gere seus recursos, oriundos de impostos e tributos. O lado mais fraco dessa relação entre entes da federação está OBJETIVO DO ESTUDO nos municípios e é dessa forma que se deve encarar a necessidade de um novo pacto federativo.

METODOLOGIA

Assim, não basta analisar o montante de recursos recebido pelos municípios, é preciso o ROYALTIES E FINANÇAS acompanhamento constante desses dados, sua análise e aprimoramento, sua crítica e revisão. O Caderno de Planejamento 2 - Municípios em Dados vem com a proposta de ampliação e continuidade DEMOGRAFIA desses debates, num esforço de permanente atualização, integrando diferentes níveis de informação e consulta, sendo fundamental sua divulgação e abertura. As informações devem ser consistentes e fiéis à INFRAESTRUTURA URBANA realidade territorial das cidades fluminenses e precisam servir de base às articulações regionais e às SAÚDE E EDUCAÇÃO tomadas de decisões políticas por parte dos governos e sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

54 2 GOVERNADOR Sergio Cabral

Vice-Governador Luiz Fernando de Souza (Pezão)

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG Sérgio Ruy Barbosa Guerra Martins Servidores da Subsecretaria de Planejamento – SUBPL Subsecretaria Geral de Planejamento e Gestão – SUBGEP Álvaro da Silva e Abrantes Francisco Antônio Caldas Andrade Pinto Ana Fernanda Coelho Bernardo Bastos Ferreira Chefia de Gabinete – GAPLA Bruno Coutinho de Souza Oliveira Marcio C. Colmerauer dos Santos Cláudia Uchôa Cavalcanti Elizabeth da Costa Mendes Oliveira de Menezes Subsecretaria de Planejamento – SUBPL Enrico Moreira Martignoni Cláudia Uchôa Cavalcanti David Alves de Melo

Superintendência de Planejamento Institucional – SUPLI Fábio da Silva Siqueira Haidine da Silva Barros Duarte Fernando Costa Rodrigues Francisco Filomeno de Abreu Neto Superintendência de Gestão Estratégica – SUGES Frederico Lavourinha Félix Enrico Moreira Martignoni Glenda Neves Lino Haidine da Silva Barros Duarte Equipe técnica responsável pelo caderno Jomar Lessa Ana Fernanda Coelho Julius Cesar Celin Bernardo Bastos Ferreira Leandro de Almeida Silva Frederico Lavourinha Félix Leila Freitas de Oliveira Rafael Ventura Abreu Leonardo Dantas Teixeira Coordenação do caderno Luciana Ferreira de Almeida Marcos Thimoteo Dominguez Marcos Thimoteo Dominguez Ana Fernanda Coelho Maria Cristina Hora Frederico Lavourinha Félix Maria Teresa Soares de Oliveira Pinto Leonardo Dantas Teixeira Monique Carla Duarte Rieiro Natalia Peçanha Caninas Equipe Técnica de Suporte à publicação: Natasha Freitas Assaife Bruno Coutinho de Souza Oliveira Rafael Ventura Abreu Leandro de Almeida Silva Renata Paes Teixeira Renata Paes Teixeira Fábio da Silva Siqueira Rita de Cássia Machado de Brito Rosali Souza Mayrink Equipe Responsável pela arte e diagramação: Sebastião Antônio Quinault Dellareti Sheila Auday Wagner Ricardo dos Santos Luis Fernando Taylor de Carvalho Leonardo Dantas Teixeira

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C129

Caderno de planejamento : municípios em dados / [organizador Marcos Thimoteo Dominguez, Ana Fernanda Coelho ; coordenação Marcos Thimoteo Dominguez, Ana Fernanda Coelho ; ilustrações Sheila Lopes da Silva]. - 1. ed. - Rio de Janeiro : SEPLAG, 2013. 55 p. : il. ; 21 cm (Caderno de planejamento ; 2)

Acompanha CD ISBN 978-85-66570-06-9

1. Administração pública 2. Administração municipal 3. Planejamento estratégico. I. Dominguez, Marcos Thimoteo. II. Coelho, Ana Fernanda III. Rio de Janeiro (Estado). Secretaria de Planejamento e Gestão. IV. Série.

13-2221. CDD: 352 CDU: 352

05.04.13 11.04.13 044055 ______www.rj.gov.br/web/seplag