<<

102 REVISTA DA FACULDADE D.E DIREITO DE PÔRTO ALEGRE

21 d~ retenção por benfeitorias ( ), pedido êsse que deve ser exercido por VIa de embargos ( arts. 992 e 996), mas só depois de seguro o juizo (art. 995). . ,Êsse exercício do direit.o de retenção - repetimos - só será ad­ missivel com .. prova.lreexistente, po.r "exe.mplo, qual}-do. a própria O DIREITO INDUST'RIAL NA VIDA E NA sentença exequenda Ja reconheça a ex1stenc1a de benfe1tonas do ven­ ci.?o, a P.ar de s.ua boa fé, ou quando, em escrito firmado pelo exe­ quente, trvesse stdo o executado autorizado a realizá-las, etc. OBRA DE !alvez' causem estranheza nossas considerações sôbre o alcance d? disposto no art. 99~ do. Código de Processo Civil, depois de corri­ Dario de Bittencourt gido, mas reputamos mte1ramente oportunas em face de correrem mundo comentários .a textos modificados decreto-lei n.0 4.565, pel~ I- Preâmbulo. -II. Direito lnd~tstrial- eman­ port~nto, te:x:tos legais .revogados, de que se valem, por vêzes, advoga­ cipação do Direito Jlvf ercan:til;' conceito e, c.ampo de dos madver~Idos de ta1~ alterações. tão profundas, e, em certos casos, aplicação. -III. A Const~tu~ção do lmperw (1824) ~undamenta!s, e~t~belec1das por leis extravagantes posteriores, àquela e a tutela ao privilégio dos inve1z-tores. - IV. O Có• ~poca, de tao fac1l e abundante produção e, não raro, de tão difícil Interpretação. digo Criminal e r:z- lei de 28 de agôsto de 1~3~.- V. O Cód,igo Comercial de 1850. - VI. CJ_m~~sao. legal de normas protetoras das marcas de wdustna. - V II. A contra fação d a marca "R ape/ A 1·eaA p re t a " , na Baía e o trabalho do jovem advogado Ruy Bar­ bosa, n; fôro e na imprensa. - VIII. A atuaç,ã? d~ deputado Ruy Barbosa: a) votos em. c?~t~arw a concessão de privilégios; b) contra o pnv~legw para fabricação do sulfureto de carbono ( 1880); c) ~arecer e redação final do projeto de reforma da lei sobre .os privilégios de invenção (1880).- IX. Desenho~~­ dustrial e arte apücada (1882). --X. A elaboraçao do Código Civil e a Propr-iedade Industrial. -:- XI. A crítica de Ruy Barbosa. - XII. As cessões de clientela e um pleito sôbre concorrência desleal. (1911/1913). - XIII. Preconício 1·uyano (conclu- são). -I-

1. Felicíssima, incontestàvelmente, a resolução há tempos to­ ( ~1) D~ss,ert.ando ..sôbr·e a ·exeeção as relações com os direitos de em g~r~l, ens1n'a o 'emmente Prof. EDUARDO J. COUTURE, ca1Je·drMico da mada pela douta Congregação da FACULDADE DE DIREITO DE de D,~reit? da Univ,ersidade: de Moon·tevid,eo: PôRTO ALEGRE no sentido de, na semana consagrada às comemo­ As,srm, 1por a ·Compens,ação o d' 't0 d t - contractu, configwr>am t.ant.a,s s.itu:a' 6 ~,8 '~r.er ·~ l'e e~çao, ra ~xce·ptio inadimple'ti rações pelo centenirio do nascimento de Ruy Barbosa, realizar cada aiU·tor uma ~ção autónoma. T·endo êle ·a ~a,cu.Iru:~.e q~:rs r~· r~u :pode;_rla :pro·por_ ~co.ntr,a _o podendo o JUÍZ dar andamento, de ofício a uma ação p d·~~~~ ou nao ,e,s,~a ,açoao, ·e nao professor, perante a própria classe, uma dissertação versando os as­ ~ar que ersrsas m,e,smas .~itulaÇÕ•es, quando ·~tilizarda:s ·com-o 'ex;e õ·es e logrco. susten· lnvocadas ipor petição ·d'a :parte" (EDUARDO J OOUTUR~ F :podena~ •ser pectos da obra do insigne brasileiro e que tivessem correlação com a Proce88nal O,ivil, n.o 27, pg. 6S). · . ' 'und·amento8 do D~roeito respectiva disciplina. ~~L respeito da natureza do direito de retenção assim escreve COVIEI LO. a verdad es que el derecho de retención no es ni real o . l · o o U?J de!echo, sino simplemente un medi o de tutela de 'un derech'~l dper ~on~ ; no, es srqm~;oa dl'latona; lo c~al. se comprueba por su_ derivación histórica d 1 e cr~drt?, un,to cxcepci~n 103 y por su funciOnamento práctico" (COVIELLO D t o e a exceptw dol~ peneral1,s, pg. ). , oc nna general del Derecho, n.o 166, 557 105 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE PÔRTO ALEGRE 104 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE PôRTO ALEGRE 5. De qualquer forma, poder-se-á co.nceituar o Direito In?ustrial, Cabe-nos, assim, pôr em evidência "O DIREITO INDUSTRIAL _ servindo-nos só da prata de casa e deixando de lado tratadistas de NA VIDA E NA OBRA DE RUY BARBOSA" ,_ constituindo a contribuição, por certo mofina, da Docên~ia,. às referidas comemo­ tomo alienígenas - como rações. "- um complexo d~ normas que tem por objetiv:o a pro­ 2. E' de dizer, antes de mais nada, das dificuldades desalentado­ "teção .à propriedade indu~t~ia.l e suas decorrências; I~so, r~s, mo;tif.ica_ntes, em. obter materiais e respigar documentação, .·in­ "apreciando êsse ramo de direito sob. u~ aspecto ~stn~a­ di?pensaveis" a elaboração do escôrço, dada a pobreza de nossas bi­ "mente jurídico. Ao encararm~s _o Direit~ In?ustnal_ am­ blwteca~ ~"cer.ca d~e trabal,hos de Ruy, bastando dizer. que, por suprir "da sob ponto de vista econom1co, sua fmahdade nao se e?sa deficiencia, so bater as portas nos restou de partrculares - espe­ 0 "restringe ão que já foi' objeto de conceituaç,ã~ - te~ ~or cialmen.te do P:·o~. Dr. Ney Cabral, eminente filólogo e que, com "objetivo, ainda, as relações de ord~m socw-econon:1ca ser professor ex1m10 de nossa F acuidade de Medicina, é também em "que dizem respeito à produção das nquezas e do capital verdade ( talqualmente o jovem jurista Dr. Paulo Brossard de S~uza· 5 Pinto, cujas indicações foram preciosas), "catedrático em Ruy Bar­ "industrial" ( ). bosa", de vez que, há mais de quatro decênios, carinhosamente reco­ 6. A propriedade industrial abrange o estudo sistemático .do" e?­ vem, e conservando, classificando e catalogando, qua;1to se l~~ndo tabelecimento industrial e seus elementos, ou, melhor, do patnm?mo disse ou se escreveu sôbre o autor da "Réplica" tendo ainda há me- industrial e seus elementos (ü), assim discriminados pelo Prof. Inneu ses, hnn. d a d o a todos com um percuciente ensaio' sôbre ' ((R1"'Y ' e a Jl1edicina" (1). Machado, em suas préleções: Cumpre-nos, finalmente, solicitar benevolência para êste ensaio a~se:erando, como justifica!iva, que - independentemente da ca~ as invenções industriais, renc1a de docu.mentação com que nos debatemos, tivemos ainda de os .modelos de utilidade, lutar com a cnse de tempo, mui pouco dêle sobrando para a feitura - os dêsenhos e modelos industriais, do peq.ueno ·trabalho - que, por isto mesmo, ficará sob a tutela de as marcas de indústria e de comércio, nome industrial e o nome comercial e conhecida parêmia: "a pressa é inimiga da perfeição"... 0 7 a repressão à concorrência desleal ( ).

Mais amplo, entretanto, é o discrime do vigente Código da Pro­ -II- pne. dade Industrial, baixado.. , . , a 27 de , agôsto. de 1945,_ . com o decreto­ lei n.o 7.903, e que, ahas, p sofreu va~·1as a 1t~raçoes: Art.o 3.o _ A proteção da propnedade mdustnal se efetua me- 3 . Cronólôgi~amente considerado, o Direito Industrial, até 0 sé- culo 1 9, nada ma1s era que um suplemento do Direito Comercial mé- diante: ro capítulo dessa disciplina jurídica u~). ' . Com o progresso. geral, logrou um surto inesperado, vindo, assim, a) a concessão de PRIVILÉGIO de: mmto ~ed?, a. ei?a~cipar-~e da tutela do Direito Mercantil, passand

to- primeiro em Recife, depois em São Paulo e, com ,a idade de vinte 0 12. O Código Comercial do Impéri? do Brasil (Lei n. . 55?, ~e e um anos, "em 29 de outubro de 1870, meio convalescente ainda de 25 de junho de 1850), também. n~o co~lt~u da~ marcas de mdustna uma recaída da doença que tivera em Recife, cola grau e embarca" ( D) para sua cidade natal. e de comércio, mau grado constttmsse, mdisfarçavelmente, um g_rande avanço para a legislação nacional e se tivesse abeberado em adianta- . Vigorava, então, a: Constituição Imperial, promulgada em 1824, das fontes estrangeiras. . a qual, entre as garantias individuais relativas à propriedade, assegu.., Outro tanto ocorria quanto ao nome comerCI~l. . . . rava, aos inventores, o direito sôbre suas produções, consistente em 13. Segundo Alfredo Russell, - "net? o, Có~hgo Comer~Ia~ mmis­ um privilégio exclusivo temporário ou no ressarcimento da perda que trava uma noção do que era a marca de mdustna e de cor:nercw, ne~ houvessem de sofrer pela vulgarização ( art.0 179, n. 0 XXVI) (1°); o Código Criminal, nem as leis po~teriorment~ a êle publicadas. capi­ entretanto, aquela Carta Magna "não cogitava, ainda, das marcas de tulavam os delitos de que fôsse objeto a prol?nedade .da n:a:ca I~dus­ fábrica e de comércio, nem de outras garantias e prerrogativas indus­ 11 triais" ( ). trial. Aplicav~~ os legistas e mag.istrados diversas. d1spo~;ço;; vigen­ tes, para repnmir a tos que assumiram certa notonedade ( ) . 9. No elenco das matérias do curso jurídico daqueles tempos, o Direito Comercial constituía a segunda cadeira do terceiro ano (1 2 ) -VI- e, ali, ensêjo havia para o respectivo docente prelecionar sôbre proble­ mas que, mais tarde, viriam a ter desenvolvimento e constituir, autô• nomamente, o Direito Industrial. 14. Evidentemente, a omissão legal de normas pro~etoras. das marcas de indústria e de comércio, ensejou a 9ue. neg?cian:es mes­ De qualquer modo, havia amparo constitucional, à épo~:a, para crupulosos, pelo país afora, buscassem .tirai: partido da .sltuaçao, frau­ a propriedade industrial; era-o, contudo, precaríssimo. dando antigas e reputadas marcas,. na.cwnais e estrangeira~. Saindo-lhes no encalço os preJUdicados, geralmente nao logravam -IV- a melhor, eis que os embaraços d~ ordem l?olic.ial. e process~al os ator­ 10. A 16 de dezembro de 1830, D. Pedro I. 0 mandou executar o mf'ntavam - precisamente por Isto que mexistiam preceitos as~e~u­ Código Criminal do Império do Brasil, elaborado pela Assembléia r?Lndo proteção às marcas de. i~clústria, q~er sob o ângulo do Direito Gera!. Em sua parte terceira, abordando os crimes particulares, cogi­ Criminal, quer em face do Direito Co_merCial. . tava, apenas- entre os contra a propriedade- do furto, a bancarrota, Essa situação irregular deu motivo a que. Ruy Bar~osa, q~atr.o o estelionato e outros, mais o dano, e, entre os crimes contra a pessoa anos após sua formatura e já advo&an~o na capital da entao provmc1a e contra a propriedade, o roubo e sua tentativa, o arrombamento, o d

Por isto, na sessão de 18 de outubro de 1882, ofereceu o deputado de indúst~ia, tendo, au;da, d~a~I:3o0. e 1\ • Almeida e Oliveira um projeto modificando a lei em alguns pontos. vetusta lei de 28 d~ ~g?s.to l u a flâmula ela livre concorrenCia ~o Ao mesmo tempo (prossegue Alfredo Russell), as conferências inter­ Atacando o pnvi~egw, aço . . d química e ela agronomia, nacionais de Paris, em 1883, para a proteção da propriedade indus­ setor industrial, infletmdo hpel? terreno raespeito ele tais assuntos. neles con eCimentos a - trial, despertaram para o assunto a atenção governamental, tendo demonstran d o gra d . d . de ser votou contra a a provaça0 sido, por aviso de 6 de fevereiro de 1884, incumbidas as secçõ~s. dos Ruy como não po ena . eixar ' negócios do Interior e Justiça do Conselho do Estado, de redigirem do infeliz' projeto (3!l) · 112 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE PôRTO ALEGRE lB REVISTA DA FAcULDADE DE DIREITO DE PôR.To ALEGRE 26 Traçando a " 1 - h· ' · · homens: a ,arte aplicad,a ... Certo não serei eu quem conteste o prin­ Brasil": refere-nos ]oã~v~:ç~o Is~nca d.a propriedad~ industria·! no cípio da unidade superior da arte. Entre a arte aliada à cultura in­ gios de invenção" d ama derqueira que "a lei sôbr.e priv.ilé- dustrial e as belas artes, não há distinção substancial, não há divisó• . - que atava e 1830 _ via- . . " ria insuperável, não h~ heterogeneidade. Nem a Grécia, nem Roma, aplicação, durante mais de 50 a , " o 01 ai a, quase sem tava, por isto mesmo . . . nos e, por atrasada e imperfeita, es- nem a Renascença copheceram essa demarcação. Fídias reflete-se nos acôrdo com o desenvol~i~=~~~Ir comp~eta, re~orma, que a pusesse de artefatos do último oleiro ateniense, como nas colunas do Partenão, no país" ( 4o). que as mdustnas começavam a assumir na face augusta de Zeus, ou na dignidade inexprimível de Athene. "Pertence à indústria, ou à arte, Lourenço Ghiberti, o fundidorde bron­ A inicia ti v a da reforma t · d . então, conselheiro B par m 0 mmistro. da Agricultura de ze, Benvenuto Celini, o ourives, Bernardo Pallissy, o oleiro, Pénicaud, 1880, apresentou ao ~:~G~e::o ~acedo,. que, en~ 26 de agôsto de o esmaltador, Pinagrier, o vidreiro, Boule, o ebanista?" A indústria, cessão dos privilégios ( 41). m projeto de lei, regulando a con- nos nossos dias, utiliza, nas suas mais finas criações, o gênio e a habili­ dade artística no mais elevado grau. Entre êsses dois domínios, que 27. Era Ruy, então, deputado federal e l se discriminam simplesmente pôr uma gradação de matizes, há uma Dan tas~ integrando a Comis~ão de Redação 'lh~~o~~u co de.g~ Ro~olfo dependência indissolúvel: não é possível aparelhar o artista para as ~· respeito, apresentado à sessão de 9 de d~ b ... e re Igir paiecer JUntamente com a redac"' f d . . zem 10 e .aprovado a 17, artes industriais, "sem aproximá-lo, até certo ponto, da vereda que ao Senado (42) f . ~ao .Idna 1 o lp~OJeto que, a segmr, encaminhado conduz à grande arte." · , 01 converti o em e1. "Na essência, pois, as belas-artes e as artes industriais são duas O projeto tinha o no 104 d 18 . "D'' . Of . 1" d . ' e 80 ; o parecer vew a lume no naturezas homogéneas e homorgânícas. Todavia, não se lhes confun­ ' I ano ,.. Icia e 10 de' d.ezembro e, na edição da fôlha, do dia 28 dem os papéis. Uma olha a efeitos superiores: é o fim de si mesma; pags. 4/.), apareceu a noticia de sua conversão em lei. ' paira independente nas regiões do ideal. A outra tende· a esparzir o belo nos hábitos mais freqüentes da existência humana. Uma não se -IX- entrega, senão a uma família necessàriamente mais ou menos limitada 45 de espíritos distintos; a outra não se recusa a ninguém ..." ( ). b 28. Não só as marcas industriais e os privilégios de invencão 31. Prosseguindo, preconizava a transformação do Brasil - de a sorveram as atenções de Ruy Barbosa; tempo houve, também ~a­ nação agrícola, em nação industrial: "falece-nos o oiro, a prata, o ferro, r~ se preocupar com os problemas do "DESENHO INDUSTR,IAP L E ARTE APLICADA": o estanho o bronze, o mármore, a argila, a madeira, a borracha, as fibras têx~eis? Seguramente, não. Que é, pois, que nos mingúa? Uni­ Em seu famoso discurso, pronunciado, com a idade de 33 camente a educação especial, que nos habilite a não pagarmos, ao es­ aos 23 ~e novembro de 1882., no "Liceu de Artes e Ofícios" noafu~ trangeiro, o tributo enorme da mão de obra, e, sobretudo, a mão de 46 d~ J an~Iro, teve Ruy op~rtumdade de tecer um hino ao desenho indus- obra artística ..." ( ). tnal, discorrendo proficientemente sôbre a "arte apli'c d I · I a a, como e e- 32. Ruy, entendendo que a solução do problema, conseguintemen­ 47 mento essencia a to~os os produtos ~a indústria humana" ( 4.s). te, seria "criar a educação industrial" ( ), concluiu o formoso panegí• , I 2(' Narrou~ entao, que, na exposição de Londres, em 1851 fôra rico, tecendo um hino ao "Liceu de Artes e Ofícios", onde, de longa ai ng atrerra altiva .de;rotada: e, indagava êle, o que derrotara 'a In­ data, se ensinava o Desenho Industrial. g ~terra. e r~spondta ele próprio: "um nada, uma causa extrava ante ~nvola; puenl aos olhos da ge"nte prática e sábia como nós: de~Ieix~ 0 0 -X- ensmo d~ desen~o. O governo viu-o; o govêrno. criou-o; 0 govêrno fr~cl;m~u-od oAgl·~yerno ,estab.eleceu qu~, para a reabilítação da potes- 33. A Constituição do Império do Brasil, de ll de dezembro de ~ e en a e· wn~ so havia um mew: uma reforma radical do en- 1823 e jurada por D. Pedro !.0 a 25 de março de 1824, cogitando smo do dese.nho em. todas as escolas" (414) A reaç- f · f · ·' 1862 , .. · ao 01 eita e, Ja em "das' disposições gerais e garantias dos dir~itos civis e . políticos dos ' onze. anos . apos, em nova exposição, as indústrias britânicas cidadãos brasileiros" (Tit. VIII), estabelecia, no art.0 179, entre ou­ estavar:: disputando a primazia à França e, na montra de 1867 até tras cousas: N apoie ao III se alarmou. ' ' 30. Sôbre a arte aplicada assim disserta Ruy· "E' ''XVIII ;- Org;~n,izar:-se-á ,quanto, antes um Código, Ci­ h 0 · 1 b · · ' · - Is a arte ~u~. J~ cJ e ramos aqm: aquela que dignifica as necessidades mais .''vil e Criminal, .fundado nas sólidas ,bases da, ju~~iga a ItUais a nossa p~ssagem pela terra; que irradia sôbre todos os "eqüidade". ( 48 ). . . momentos da nossa VIda; que se dedica à felicidade·· da maioria dos 8- R. F. D. 114 REVISTA DA" FACULDADE DE DIREITO DE PôR TO ALEGRE REV~STA DA FACULDADE DE DIREITO DE PÔRTO ALEGRE 115 Sorte, teve-a o Código Criminal, promulgado seis anos depois, a 49 Na parte relativa à "Propriedade Literária, Científica e A~tística", 16 doe dezembro de 1830 ( ), ao passo que oCi~il tivêmo-lo, apenas, a 1. ?e dezembro de 1916, quase um século; depois da Constituicão teceu Ruy uma crítica acerba, meticulosamente vindo a exammar, ar­ Impenal... · ~ tigo por artigo, quanto, a respeito, 'referia o projeto. O art.0 657 do projeto em questão - que é o atual art.0 652 do 34. ~ longa, ~rami~a~ão, por q~e, procrastinadamente, passou a elaboraçao do. Codigo. ~I vil, e demasiado conhecida, parecendo, por is­ Código Civil- aludia à expressão ."Direito Autoral"~ Ruy não gos~o;1 t? mes~o,. ocwso repisa-Ia; não se poderão, contudo, deixar de refe­ da· locução, combatendo-a, vantajosamente, esparnmadamente, Ini­ r:r,. aqm, ~mda que pela rama, os debates travados em tôrno da ma­ ciando assim a sua crítica: tena pertmente ao DIREITO INDUSTRIAL. . . O~.ttrora, como, mesmo, ainda hoje, há quem entenda ser essa "Direito autoral" - Num capítulo, cuja inscrição de­ disciplma o "complexo de princípios que regulam os direitos resultan­ cÍara a propri~dade literária, científica e ar!ís~fc~, t?e pare­ tes da,s .concep~õe.s da inteli9ên~ia hum~na, que se produzem na es­ ce não caber ngorosamente o uso da locuçao d~reao auto­ fera socw-economica da Industha, da LIteratura (?), das Ciências e ral", ou, pelo menos, não ser .necessária. e~sa loc_ução, engen­ das Artes" ( 5'0 ). drada especialmente com o fim de servir a te?na, que reduz Assim, o "Projeto primitivo" do Código Civil Brasileiro elaborado a mero privilégio os direitos da produção mtelectual. Se por Clóvis Beviláqua, nada tratava a respeito de Direito' Industrial esta se equipara ao domínio, e tem a mesma natureza, em. s~u sentido próprio, apenas se reportando, em um capítulo ao basta-lhe a denominação de propriedade, sob a qual ~e 5 1 reúnem e designam tôdas as inanifestações do senhono "Direito ~u:oral" ( ' ). Êsse t~a?alho, como se sabe, foi revisto' por. uma. conussao ·nomeada e presidida pelo então titular da pasta da individual, exercido pelo homem sôbre as coisas ..." Justiça e Ne.gó~ios Interiores, sr. Epitácio Pessoa, que, inovando, hou­ ve por bem Intitular ao capítulo em referência de - "Da Propriedade Ruy prossegue em sua crítica, zurzindo ~ adjetivo "autoral", pre­ literária, científica, artística e INDUSTRIAL". ferindo a expressão "direito de autor" e c.onsiderando aquêle_ um ne~­ 5 logismo perfeitamente dispensável ( G ), mobstante a locuçao ter SI- " . J?esdobrou a matéria em três seções, destinando a primeira ao· 56 Direito Autoral", a segunda aos "PRIVILÉGIOS DE INVEN­ do criada ·por ( ). A • , • ÇÃO" e, a terceira, às "MARCAS DE FÁBRICA" ( 5·2). 37. Quantos, alguma vez, se .debruçaram sobre o ciclopico tra­ 35. A Fac_uldade Livre de Direito do , emitindo balho de Ruy sob o ângulo filológico, só tiveram a deplorar sua par­ p:recer a r~speito, ~endo/elator o ~rof. Cândid~ de Oliveira, impugnou cimoniosa crí;ica jurídica ao projeto de Clóvis Be_viláqua; é"~}ucida­ t?da a seçao terceira, sobre MARCAS DE FABRICA, preconizando tivo, a respeito, o testemunho de Lacerda de Alme1~a: Ruy . Ja ,a~te­ VIesse a ser destacada do projeto, justamente, "por ser estranha ao cipava o fito de sua intervenção puramente g.ramatical e lexicologica, don;tínio do Direito Civil", tornando-se "evidente a invasão feita pelo no futuro trabalho jurídico" lamentando, assit;I? profundamente, ~ue projeto na esfera do Direito Mercantil. Somente abolida a dualidade "o valor J. urídico da obra nunca merecesse a cnt1ca do nosso grandilo- . A l f • " (57) dos direitos e decretando-se um Código Geral de Direito Privado é quo senador, o qual, entretanto, bem po.d Ia te- a e1to. . . . , . que esta seção se justifica". ( 53 ). · Que trabalho monumental não havena de s~r, ao certo, a cntica jurídica ao projeto de Clóvis Beviláqua, produzida pelo grande Ruy Relata-nos o a~~or do pr?jeto pri~itivo, Clóvis Beviláqua, que, acolhendo o precomcw, e considerando JUsta a crítica, - " ... o Con­ Barbosa! gresso a~h?u que ess~ matéria ~e~hor se enquadrava em leis especiais, ou no direito comercial, e supnmm as duas secções a ela consagradas -XII- pela Comissão do Govêrno" (54). · 38. Alguns anos antes da promulgação do Código ~ivil, na con­ -XI....-. dição de advogado, teve Ruy Barbosa, todavi~, oportumda~e .de ven­ tilar na arena·· judiciária, outra questão pertmente aos D.1re1tos In­ 3?., J?eploràveJ?:Iente, ,desinteress

-·XIII- " .. ; Qu~ndo me consulto a mim .'mesmo, no mais recolhido exame, forcejando atinar em 'que teria eu mere­ 42. A existência, despida de Idealismo, é, qmça, u'a morte. cido algum aprêço dos meus compatrícios, e por que vos Requer a Vida uma razão de ser, uma finalidade; exige a fé em inspirara tais simpatias, não acho a meu crédito senão alguma cousa. três modestas verbas. Caso, postos de parte,os descontos Sucumbindo o Ideal, perde a Vida todo o seu objetivo, não me­ humanós, houvessem de condensar numa síntese o meu recendo, sequer, a pena de ser vivida, sendo-lhe, assim, luridamente, curriculum vitae, e do meu naufrágio salvassem alguns res­ de entoar, - num cantochão mortuário, qual o fêz Bilac, - u'a tos, tudo se teria, talvez, resumido com dizer: "ESTRE­ MECEU A PÁTRIA, VIVEU NO TRABALHO, E NÃO 65 PERDEU O IDEAL." ( )

MARCHA FúNEBRE Grande e formosa lição! 44. E vós - moços, acadêmicos de Direito que ora nos escutais - maneira melhor não achareis, por certo, de comemorar a passagem do centenário do nascimento do Grande Brasileiro, senão porfiando, "Thamuz, Thamuz, panmegas tethneke! .. ." e persistindo, e perseverando, em seu exemplo magnífico:

Como se ouviu no Epiro, outrora, o extremo grito ~ESTREMECENDO A PÁTRIA, "Pan morreu!",- na amplidão rebôe o meu lamento: - VIVENDO NO TRABALHO, e, sobretudo, torpe a ambição, perdido o amor, iml.ne o alento, - JAMAIS PERDENDO O IDEAL! nestas baixas paixões de um século maldito! Pôrto Alegre, 4 de novembro de 1949. Rolem trenos ao oceano e elegias ao vento! Concentrai-vos na dor do funerário rito, ó asas e ilusões, num miserere aflito, e, ó flores, num responso, e, ó sonhos, num memento! (1) NEY CABRAL- "Ruy e a Medicina", 1949, Livraria do Globo, Pôrto Alegre, 198 págs.; 18 1/2 x 13 0 cms. (2) A. B. BUYS DE BARROS, "Direito Industrial e Legislação do Bôcas, bradando ao céu de minuto em minuto, Trabalho", vol. I - Direito Industrial (Propriedade Industrial), olhos, velando a terra em sudários de pranto, vol. XIII da Biblioteca Jurídico-Universitária; A. Coelho Branco 0 corações, num rufar de tambores em luto, F.0 , editor, rua da Quitanda n. 9, Rio de Janeiro, 1940, 390 págs. pág. 11. (3) A. B. BUYS DE BARROS, opus cit., pág. 12. - CARVALHO DE guaiai, carpí, gemei! e ecoai de pôrto a pôrto, MENDONÇA (J. X.) -"Tratado de Direito Comercial Brasileiro", 2.a edição posta em dia por Achiles Bevilaqua e Roberto Carvalho de mar mar, de mundo a mundo, a queixa e o espanto: 0 a de Mendonça, vol. V. , Livro III, parte I (Do estabelecimento co­ o Grande Pan morreu de novo! O IDEAL É mercial - Das mercadorias - Da propriedade industrial), 1934, 64 [MORTO! ( ) Livraria Editôra Freitas Bastos, ruas Betencourt da Silva 21 A e 13 de Maio 74 e 76, Rio de Janeiro, 464 págs. - págs, 11, n.0 7. (4) Lei n. 0 176, de 8 de janeiro de 1936 - EstaJ>elece a cadeir~ de "Direito Industrial e Legislação do Trabalho" -,... Traz as assma­ 43. De outro feitio, aço de outra têmpera, era, entretanto, Ruy turas dos srs. Getúlio Vargas e. Gustavo. C:apanema. Barbosa. Em 1903, discursando lia cdlação 'do grau de bacharéis em (5) A. B. BUYS DE BARROS, opus cit., 1.0 vol., pág. 13. ciências e letras do Colégio Anchienta, em Nova Friburgo - quando (6) A. B. BUYS DE BARROS, opus cit., 1.0 vol., pág; 28. (7) IRINEU MACHADO, "Aulas", publicadas e revistas pelo autor. se reconciliou com a Igreja Católica - buscou resumir a sua vida, (8) CóDIGO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, edição de Saraiva julgando, então (como informa seu genro Baptista Pereira) "que fa­ & Cia., Livraria Acadêmica, São Paulo, Largo do Ouvidor 26, 1946, zia o seu testàmento político e que nunca mais, volveria a tér influên­ 118 págs.; pág. 14 - Idem, edição da Imprensa Nacional, Rio de cia nos destinos nacionais". E, exímio sempre, fê-lo assim: .Janeiro, Brasil, 1945, 40 pág.; pág. 3. REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE PôRTO ALEGRE 121 120 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE PôRTO ALEGRE do 1.o centenário do nascimento de Ruy Bar~osa - Editôra (9) RUBEM NOGUEIRA, "O Advogado Ruy Barbosa" - Momentos. "Jornal dos Livros", Chiodi & Cia. Ltda., fl· V1sconde de Par­ culminantes de sua vida profissional - 1949 - Gráfica Olímpia naíba 343 telefone 3-4215, São Paulo, 112 pags.; s/d). Editôra, Rio de Janeiro, .494 págs. pág. 73. - Na Faculdade de (28) RUBEM NOGUEIRA, opus cit., págs. 8'4/85. Direito de Pôrto Alegre (da Universidade do Rio Grande do Sul), (29) RUBEM NOGUEIHA, opus cit., pág. , . existe, emoldurada, uma cópia fotostática do diploma de bacha­ (30) ARAUJO FILGUEIRAS JU~IOR,, "Código Criminal do Imperw rel em direito, cujo original encontra-se na "Casa de Ruy Bar­ do Brasil", Rio, 1876, 370 pags.; pag. 1.. , a .... _ C bosa", no Rio de Janeiro. 1) RUY BARBOSA, "Collectânea Literária , 5. ~d1çao, 1944, _ om- (10) JOSÉ CARLOS RODRIGUES, "Constituição Política do Império (3 panhia Editôra Nacional, São .Paulo, 306 pags.; anotaçao de do· Brasil", seguida do Ato Adicional, da lei da sua interpretação BAPTISTA PEREIRA, a J?ág. 36:·, , . , . . . • e de outras, analisadas por um Jurisconsulto e novamente anota­ ) RUY BARBOSA "Collectanea Literana cit..:, pags.1 34/36. .., da com as leis regulamentares, decretos, avisos, ordens e porta­ g~) "O ·DIREITO'\'vol. 7.0 , págs. ,28/2~. - JOAO DA GAMA CER- 0 rias que lhe são relativas - Rio de Janeiro, em casa dos editôres QUEIRA, "Tratado", vol. .1. , P,ag. 3:J. · Eduardo & Henrique Laemmert, rua da Quitanda 77 - 1863 - (34) AFONSO CELSO, opus cit., pag. 9. , o 273 págs.; pág. 15- JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "Tratado da JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "Tratado",_l.0 vol., pag.. 3~, n:., 5,; Propriedade Industrial", vol. I, Edição da Revista Forense, Rio g~~ ALFREDO RUSSELL, "O Direito Col!le~ci.al ~'sua codificaça~ , de Janeiro, 1946, 538 págs.; pág. 31. · "Livro do Centenário dos cursos JUridicos , da Fac. de D1r. (11) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, opus cit., vol. I, pág. 31. 0 ~~ Univ. R. Janeiro, págs. 147/149, n: ~2., · . A T (12) A. TAVARES DE LYRA, "Os cursos jurídicos de São Paulo e (37) HERMES LIMA, "Notas· à vida brasileira , 19~5, J?dit?ra Brasi .I­ Olinda", in "Livro do Centenário dos cursos jurídicos, da Fa­ ense Ltda. _ São Paulo - 180 págs., --:- ~ citaçao e do e~1~a~? culdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro", 1927, "Ruy Barbosa como jornalista", prefaciO a Queda do. Imperw , pág. 443. vol. XVI das Obras Completa~ de ~uy B~rbosa, editado pela (13) ARAúJO FILGUEIRAS JúNIOR, "Código Criminal do Império do "Casa Rny" págs 70 e 71 do livro acima citado. Brasil" anotado com os atos dos poderes legislativo, executivo e 38 OBRAS COMPLETAS DE RUY BARBOSA", vol. VII. ,~880 .. T.on~o. I judiciário que têm alterado e interpretado suas disposições, des­ ( ) _ "Discursos Parlamentares. Câmara dos Deputa~.os · l\rbmsterw de que foi publicado, e com o cálculo das penas em tôdas as suas da Educação e Saúde, Hio de Janeiro, 1945, 378 pags. ,223/249. aplicações. - 2.a edição, Rio de Janeiro, em casa dos editôres (39) RUY BARBOSA Obras Completas, vol. VII, tomo I, pa7. 236S JOÃO DA GAMÀ CERQUEIHA, "Tratado'> vol. 1.0, p~g. 3 proprietários Eduardo & Henrique Laemmert, rua do Ouvidor, (40) 0 66, 1876, 370 págs.; págs. 272/297. (41) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "Tratad~:, 1~ vol., Pptg. 38/39. (14) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, opus cit., vol. I, pág 34- AFON­ (42) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "tratado , 1. vol., pa_g. 39 .. _ SO CELSO, "Marcas industriais e Nome comercial" - Lei n.0 (43) RUY BARBOSA "Oraçôes do Apóstolo", Rio de Janeiro, ed1çao 3.346, de 11 de outubro de 1887 e Regulamento n.0 9.828, de 31 da Revist~ de Lingua Portuguêsa", 1923, pág. 74. ~ "Obras Com- de dezembro de 1887 - B. L. Garnier, livr,eiro editor; rua do letas" vol IX 1882 _ tomo II - "Discursos e trabalhos parla- Ouvidor, 71 - Rio de Janeiro - Imprensa Nacional, 1888, 422 ~1entar~s. Centenário do M~rquês de .. Po.EUbal. C? Des~nho e ~ págs.; pág. 8 - ALFREDO RUSSELL, "O Direito Comercial e Arte Industrial". _ Ministéno da Edu caça o e Saude, Rw de J a sua codificação", in Livro do Centenário citado, págs. 147/149. neiro 1948 336 págs. -- pág. 240. (15) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "Tratado", 1.0 vol. pág. 31. RUY' BARBOSA, "Orações do Apósto~()" 9it.,, págs. 75/76. - (16) JOÃO DA GAMA CERQUEIRA, "Tratado", 1. 0 vol., págs. 31 e 33. (44) "Obras. Completas", vol. IX, tor~o II,,cl~., pap. 241. "Obras (17) ALFREDO RUSSELL, "O Direito Comercial e sua codificação", RUY BARBOSA "Orações do Apostolo c1t., pags.85/87- in Livro do Centenário dos cursos jurídicos", da Fac. de Dir. da (45) Completas" vol. IX; tomo II cit., J?ágs. ~47 {248., 98 - "Obras 08 Univ. do Rio de Janeiro, pág. 147, n. 49/50. ( 46) HUY BARBOSA, "Orações I~ o .~pos~~lo'1'" ~1t., pag. (18) "0 DIREITO", revista mensal de legislação, doutrina e juris­ Completas'.' vol. IX, tor~o Cl ., pao· ~::>· •• • 97 _ "Obras prudência; propriedade de João José do MONTE Júnior; ano II, 47 HUY BARBOSA "Oraçoes do Apostolo çit., pag. · · 1874 5.0 vol.; pág. 649. ( ) c letas" vol: IX, tomo II cit., pá.g ..2~5. · , . . .· d (19) RUBEM NOGUEIRA, opus cit., pág. 84 - JOÃO DA GAMA CER­ ( 48 ) J8~l CARLOS RODRIGUES, "Conshtmçao Politica do Impeuo o QUEIRA, opus cit., pág. 34. Brasil" cit., pág. 151. . , (20) "O DIREITO", vol. 5.0, págs. 649, e seguintes. ARAúJO FILGUEIRAS JúNIOR, opus cit., _pag. 31~. . , 0 ,.. 0 (21) "0 DlllEITO", vol. 5. , págs. 651/663. ( 49) ADAUTO FEHNANDES, "Direi~o. Industnal Braslleir~ ' n. F ~ (22) RUBEM NOGUEIRA, opus cit., pág. 84. "O DIREITO", vol. (50) da Biblioteca Jurídico-Universitar.Ia; 1938, ~: ~o4ef~o f~ancopág. 0 5. , págs. 663/665. (editor), Rua da Quitanda, 9 - Rw de J aneu o, P g · (23) RUBEM NOGUEIRA, opus cit., pág. 84. "O DIREITO", vol. 0 5. , págs. 665/672. 327. . - O CIVIL BRASil EIRO - Trabalhos da Co- 0 11 (24) "0 DIREITO", vol. 5. , págs. 672/688. <51) ::;~~l~t~s~~c~~~~G Câmara dos Dep~tados" (m~nd~do)5 im;~~ i{ 0 (25) "O DIREITO", vol. 5. J págs. 688/689 .. elo ministro do Interior, Dr. Sa~mo Barro.so umor - ~io~ (26) RUBEM NOGUEIRA, opus cit., pág. 86. Projetos primitivo e revisto - Rw de .Jan~Iro, Imprensa Na (27) RUY BARBOSA, "Crime contra a Propriedade Industrial" - I 1902 396 págs: - Págs. 94, art.os 757 !774. Questão' Meuron & Cia., Bahia, Tip. do Diário, 1874, 110 págs. (52) ~~~;ojeto,'' citado, vo1. I, págs. 211/216. (apud: FONTE:NELE, "Ruy e o Vernáculo", edição comemorativa ,,, t:.s ·.. ·)lh:'""·} , ...... ;...... ~ • Dll t:IC DtiiHIHY'e IW•LIOTf.'CA ...... # .....--.. ___ 1/ 122 REVISTA DA FACULDADE DE D IREITO DE PôRTO ALEGRE

(53) "Projeto" citado vol III · rs 57 1 a (54)c~, C.fuQ'VIS BEVII AQU . " ',P,~o· ·' . . colun.a. sil Comentado'-;' volA'Inc(g~go dC:I':Il/ol· Esta?os Unidos do Bra­ Rio de Janeiro '1923. 45 : e IÇ~~ ' Ivrar~a Francisco Alves, art.o 649. ' ' 2 pags. - ag. 184, n.o 4, comentários ao (55) " v~roj;to" ~1t~~~C~TJ·abalhoJ da Comissão Especial do Senado" ção. do proj~to da Câ~~~~~g~ ~~~;u~a~~s~~a ~s defesas ~a reda~ prensa Nacional, 1904, págs. 423/424 no 9t' ~~~ od~5~anei~! I!fit­ EXTENSÃO DA AÇÃO DECLARAXóRIA Autoral) - FERNANDO NERY "R' .B b . . .--: Irei o ou O C· d' c· ·1 ' uy ar osa e o Codigo Civil . ? ,Igo IVI Brasileiro com apostilas de Ruy Barbosa · vis Bevi_laqua, Carneiro Ribeiro e outros" (crítica e defesa)' CRl?­ de .1 aneiro Imprensa Nac·10 n I 1931 592 , ' Io (56) FERNAND'b N • a' . ' pags. - págs. 276/278. Galeno Lacerda (57) F p LAC ERY, opus cit., pag. 278, n.o 221 "in fine". ~ ,; . "E~DA DE ,ALME,II~A, "O Direito Civil e sua Codifica­ Ra0ob m Livro do Centenarw" citàdo págs 174/177 1. - Ensinam os autores que o exer~í~io da ação declaratória (58) ras completas de RUY BARBOSA"' vol XL 1913 · T I está sujeito ao concurso dos seguintes reqms1tos: "As cessôes d Cl' t 1 · ' • ' - mno -: _ e Ie~ e a e a interdição de concorrência nas a) incerteza quanto à existência ou inexistência da relação ju­ a~Ie~a9oes de estaJ:elecime.ntos comerciais e industriais" _ Mi- rídica; (59) ~~~~~M t~EGdUtEiclaRçAao e Saud.e, Ri? de Janeiro, 414 págs.; 1948. , , opus c1t., pag. 383. b) possibilidade de o autor sofrer um dano, se a incerteza não ( 60) RuBEM NOGUEIRA, opus ,cit~; págs. 385/386. fôr eliminada pela coisa julgada, e (61) HUB.~M NOGUEIRA, opus cit., pág. 393. c) aptidão da sentença declaratória para eliminar a incerteza (62) HtTF BARBOSA, "A Esfola· da Calúnia" Rio 1931, (prefácio e e impedir o dano. ~o.ta2s58de .Fer.na~do1N40ery), Editôra Americana: Rua dos Ourives 9 v, pags., pag. . ' Nossos Tribunais, na prática, têm superestimado êstes requisitos, (63) HUBEM NOGUEIHA op 't ' 408 de tal sorte que se pode afirmar, sem receio de contestação, que gran­ VALHO DE MENDONÇAus. ci,;RPa_g. - Ver, também, CAH­ d I" I I . , ' m evista do Supremo Tribunal Fe­ de parte das ações declaratórias termina~m pela rejeição preliminar. der~. '.r° C' I, pa~s. 480118~; vol. III, págs. 187/194 e "Tratado As mais das vêzes, concluem os acórdãos "não ser caso da ação". -= r Irei o _.,ornercial Bras~~eiro", vot VI, 2.~ parte, n.Os 763 a 767. . TULL~O ASCAHELLI, Panorama do Direito Comercial" Sa­ Em verdade, o problema da extensão da ação declara tória vem ~~f~JI t~·· ~UPaulf, !947, 230 págs.; págs. 187/213. _ HEHNANI sendo enfrentado com angústia e avareza não apenas pela doutrina, D' . CJ __, ' A ma Içao de Huy", in "Hevista da Faculdade de mas mais ainda pela jurisprudência. ( ) Ireito de Porto ,~legre::. a~o I, n.o 1, 1949, págs. 145/149. Enquanto aquela submete o interêsse de agir a condições de di­ 64 O~AVO BILAC, Tarde , Livraria Francisco Alves Hio de Ja ~~Iro,. S.,Pau!o, B~lo ~orizonte, 1919, 214 págs.; pág;, 166/167 -= fícil apreciação, esta é tentada a considerar a declaratória sob o crité­ pá;.e~~~~ ' Cit. Livraria, 1921 (7.a edição revista), 392 págs.; rio estreito de um procedimento especial, esquecida de que a decla­ ração é função principal do processo. (65) HUY. BAit~<)SA, "C:ollectanea Literaria", 5.a edição, 1944 Com­ Via de regra, as sentenças que rejeitam a ação na preliminar panhia Editora Nacwnal, São Paulo, 306 págs.; págs. 192/193. destoam das modernas concepções do direito processual, olvidam-se de que o processo existe para a realização da justiça mediante a solu­ ção ou prevenção da lide e que, assim, o cuidado exagerado das ques­ tões instrumentais compromete fundamentalmente aquela finalidade. A jurisdição se exaure de forma frustra, atraiçoando a seus próprios objetivos e servindo-se ao papel de acirrar ódios e paixões. Nunca será bastante o louvor à nova teoria das nulidades pro­ cessuais, ao sadio relativismo que a domina, à clara noção de meio e de fim que trouxe à atividade jurisdicional. A facilidade em repudiar-se a declaratória, que ainda ensaia seus primeiros e tímidos passos no universo dos remédios processuais, não parece manter, assim, perfeita consonância com os princípios básicos do direito judiciário. 123