Multiciencia Vol7.Pdf

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Multiciencia Vol7.Pdf Ana Cristina Carmelino ARTIGOS A RELAÇÃO ENTRE A POSIÇÃO DA ORAÇÃO HIPOTÁTICA ADVERBIAL TEMPORAL INTRODUZIDA POR ENQUANTO E AS CATEGORIAS TEMPO, ASPECTO, MODO E MODALIDADE Ana Cristina CARMELINO1 RESUMO: Este artigo visa apresentar os resultados da análise do estatuto informacional das orações hipotáticas adverbiais temporais introduzidas por enquanto nos textos romanescos do português escrito contemporâneo do Brasil, bem como da relação entre a posição desse tipo oracional e as categorias tempo, aspecto, modo e modalidade. PALAVRAS-CHAVE: Oração temporal; conjunção enquanto; posição da oração; estatuto informacional. Introdução A posição que as orações temporais podem ocupar no período – antepostas, pospostas e intercaladas à nuclear – está relacionada à organização discursiva. Certos autores afirmam que o falante é livre para organizar a informação de acordo com o seu interesse, bem como privilegiar certos constituintes, considerando os limites permitidos pelo sistema. Outros autores, no entanto, não são dessa opinião. Diante das diversas considerações ao assunto, algumas até desencontradas, pretendeu-se, com este trabalho, estudar a posição da oração hipotática adverbial temporal iniciada por enquanto em relação àquela que com ela se articula, a nuclear. Os principais objetivos foram verificar se há uma posição preferencial desse tipo oracional nos textos romanescos, constatar os efeitos relacionados às diferentes possibilidades da posição da oração de tempo, se e quando essa construção funciona como tópico e foco, bem como verificar se a ordem estabelece algum tipo de relação com as categorias tempo, aspecto, modo e modalidade. Referencial teórico A análise tem como referencial teórico a gramática funcional, que considera a língua em 2 Multiciência, São Carlos, 7: 7-16, 2006 A RELAÇÃO ENTRE A POSIÇÃO DA ORAÇÃO HIPOTÁTICA ADVERBIAL TEMPORAL INTRODUZIDA POR ENQUANTO E AS CATEGORIAS TEMPO, ASPECTO, MODO E MODALIDADE uso. Desse modo, as noções de distribuição de informação dentro de cada enunciado são avaliadas no que apresentam para o discurso em que aparecem. De acordo com Halliday (1985), o falante é livre para organizar a informação de acordo com o seu interesse bem como privilegiar certos constituintes, considerando-se, é claro, os limites permitidos pelo sistema. A oração é estruturada em tema, ponto de partida da mensagem, e rema, o que se comenta sobre o tema. Para Dik (1989), são as noções pragmáticas que determinam a ordem dos constituintes da cláusula, como é o caso do tópico, constituinte sobre o qual se predica alguma coisa, e foco, informação mais saliente, porção da cláusula sobre a qual recai a ênfase. Segundo Givón (1990), os efeitos relacionados às diferentes possibilidades da ordem das orações adverbiais são de domínio pragmático-discursivo. Ao analisar os estudos de Thompson (1985) e de Ramsay (1987), que comparam o comportamento pragmático-discursivo de orações adverbiais antepostas e pospostas em narrativas do inglês escrito, Givón verifica que as orações adverbiais antepostas operam na coerência pragmática dos discursos, enquanto que as orações adverbiais pospostas são mais relevantes ao estado ou evento codificado na oração nuclear. Como características das orações adverbiais pospostas e antepostas detectadas pelos estudos de Thompson e de Ramsay, Givón (op. cit., p. 847) observa que (i) as pospostas apresentam mais comumente coerência referencial com a oração nuclear, ou seja, correferencialidade do sujeito; são mais fortemente integradas à sua oração nuclear (e com pequena freqüência ocorrem separadas por pausa ou quebra entonacional) e tendem a aparecer em posição medial no parágrafo; já (ii) as antepostas têm base contextual anafórica, as suas ligações referenciais e temáticas são com o discurso precedente; normalmente são separadas da oração nuclear por pausa ou quebra entonacional e tendem a aparecer em posição inicial no parágrafo. A partir dessas características, depreende-se que além de as orações adverbiais pospostas apresentarem maior integração sintática e semântica à oração nuclear do que as orações antepostas, desempenham um papel menor na coerência pragmático-discursiva do que as orações antepostas, uma vez que não estabelecem relação anafórica com um segmento precedente do discurso. Thompson e Longacre (1985) observam que as orações adverbiais, cuja função é manter a coesão discursiva, atuam como um tópico em relação à oração à qual se vinculam. Neves (2001), em oposição, afirma que se a construção subordinada funciona como satélite, é regra que “o satélite apresente a informação saliente, focal, de primeiro plano” (p. 60), pois “os satélites têm um certo grau de ‘focalidade intrínseca’ porque se a informação do satélite não fosse importante, não haveria por que acrescentá-lo” (ibidem). Mateus et al. (1983) consideram, ao tratarem das construções de tempo, que a posição da oração temporal depende de fatores de estrutura temática do texto e de distribuição de informação: “se a oração temporal contém uma informação já conhecida, é topicalizada e ocupa a posição inicial na construção; se a oração temporal contém uma informação nova e é focalizada, ocupa a posição final. Se é nova toda informação contida nas duas proposições, a construção não inclui pausa e a oração temporal é normalmente posposta” (p. 482). Multiciência, São Carlos, 7: 7-16, 2006 3 Ana Cristina Carmelino Diante das diversas considerações ao assunto, algumas até desencontradas [como é o caso da de Thompson e Longacre (1985) e de Neves (2001)], é que se justifica o estudo aqui proposto. Procedimentos metodológicos Para a realização deste estudo, foram selecionadas duzentas e cinqüenta (250) orações a partir do Banco de Dados informatizado pelo Laboratório Lexicográfico do Departamento de Lingüística da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Araraquara (SP). Constituíram exemplos do estudo, portanto, as orações plenamente realizadas – ou seja, as que são introduzidas por conectivo temporal enquanto e apresentam verbo explícito (na forma finita) –, oriundas dos textos romanescos na modalidade escrita do português contemporâneo do Brasil. Por opção terminológica, na análise, adotaram-se critérios e conceitos provenientes da teoria funcionalista proposta por Dik (1989), o qual considera que a ordem dos constituintes é feita pelas noções pragmáticas de tópico e foco. Acrescente-se que, além dessas noções, há casos em que as duas proposições apresentam uma informação nova. Análise das orações e resultados Considerando a disposição da oração hipotática adverbial temporal introduzida por enquanto, observou-se que tais orações podem vir intercaladas, antepostas ou pospostas à nuclear. Ressalte-se, também, que pode ou não existir pausa entre a oração nuclear e a temporal anteposta ou posposta. Essa pausa é representada na língua escrita por meio de um sinal de pontuação, geralmente uma vírgula. Desse modo, há cinco tipos de construções temporais: as pospostas com pausa, as pospostas sem pausa, as antepostas com pausa, as antepostas sem pausa e as intercaladas, que nos exemplos estudados vêm sempre entre vírgulas. a) orações antepostas (com ou sem pausa) Ao se analisar os exemplos em que a oração temporal ocupa a posição inicial na sentença, observa-se que as antepostas com pausa geralmente funcionam como tópico em relação à oração nuclear, retomando uma informação mencionada anteriormente (1). Já as orações temporais antepostas sem pausa atuam como tópico (2) ou foco (3). Há casos, no entanto, em que as duas proposições, temporal e nuclear, apresentam informação nova, como se observa em (4). (1) “Irma só não esbofeteou o homem por falta de força. Mas teve a energia para empurrá-lo e empurrar os outros, que já lhe davam passagem boquiabertos, para finalmente, sozinha, perdida do Rodezindo, reconquistar a solidão, entre um grupo de árvores onde só lhe 4 Multiciência, São Carlos, 7: 7-16, 2006 A RELAÇÃO ENTRE A POSIÇÃO DA ORAÇÃO HIPOTÁTICA ADVERBIAL TEMPORAL INTRODUZIDA POR ENQUANTO E AS CATEGORIAS TEMPO, ASPECTO, MODO E MODALIDADE chegava um rumor confuso, em lugar das palavras do marido. Sentou-se no chão e deixou que os sentidos lhe escapassem pelas pontas do corpo. Enquanto o rumor confuso persistiu, Irma deixou-se ficar no seu meio desmaio e quase sono”(ASS) (2) “O significado, se existe algum, é puramente sexual, daí o fato de durante séculos o beijo público ter sido proibido por lei, sendo passível até de multa. Enquanto esteve banido foi motivo de muita controvérsia no Japão” (FH) (3) “A casa regurgitava. Todos queriam saber como tinha acontecido e D. Maria chorava sem parar a relatar sua desgraça. Havia duas horas que seu filho, jovem de 25 anos, sofrera um acidente, estando em estado grave em cidade distante. Enquanto aguardava um parente que deveria conduzi-la ao lado do filho a pobre senhora não podia dominar seus nervos” (PCO) (4) “Eu estava escutando o discurso que você fazia àquela gente. Salviano não respondeu nada. Mas enquanto tirava o chapéu de carnaúba e desenrolava do pescoço o lenço vermelho dos dias de caminhada, fez uma coisa que ainda não fizera na frente de Irma. Foi apanhar num canto da sala a Bíblia que Mr. Wilson tinha deixado, sob protestos seus, e começou a folheá-la” (ASS) b) orações pospostas (com ou sem pausa) As orações temporais pospostas à nuclear, com ou sem pausa, podem ser topicalizadas (5) ou focalizadas (6) e (7). Há também casos em que as duas proposições apresentam uma informação nova, como em (8) e (9). Ressalte-se, porém, considerando os exemplos estudados, que a maior parte das
Recommended publications
  • Diogo Rossi Ambiel Facini
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM DIOGO ROSSI AMBIEL FACINI CHARLES CHAPLIN ATOR: A ESPECIFICIDADE NA MULTIPLICIDADE CAMPINAS, 2020 DIOGO ROSSI AMBIEL FACINI CHARLES CHAPLIN ATOR: A ESPECIFICIDADE NA MULTIPLICIDADE Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas para a obtenção do título de Doutor em Linguística Aplicada, na área de Linguagem e Sociedade. Orientadora: Profa. Dra. Daniela Palma Este exemplar corresponde à versão final da Tese defendida pelo aluno Diogo Rossi Ambiel Facini e orientada pela Profa. Dra. Daniela Palma CAMPINAS, 2020 Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas Biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem Leandro dos Santos Nascimento - CRB 8/8343 Facini, Diogo Rossi Ambiel, 1991- F118c FacCharles Chaplin ator : a especificidade na multiplicidade / Diogo Rossi Ambiel Facini. – Campinas, SP : [s.n.], 2020. FacOrientador: Daniela Palma. FacTese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. Fac1. Chaplin, Charlie, 1889-1977. 2. Atores. 3. Atores e atrizes de cinema. 4. Pantomima. 5. Cinema mudo. I. Palma, Daniela. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem. III. Título. Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: Charles Chaplin actor : the specificity in the multiplicity Palavras-chave em inglês: Chaplin, Charlie, 1889-1977 Actors Motion picture actors and actresses Pantomime Silent films Área de concentração: Linguagem e Sociedade
    [Show full text]
  • Data Hora Música Intérprete Compositor Programa Vivo Mec. 01/06/2019 00:04:54 Em Cima Do Tempo Flávio Venturini Flávio Venturini
    Relatório de Execução Musical Razão Social: Empresa Brasil de Comunicação S.A. CNPJ: 09.168.704/0001-42 Nome Fantasia: Rádio MEC AM - Rio de Janeiro - Dial: 800KHz - Cidade: Rio de Janeiro - UF: RJ Execução Data Hora Música Intérprete Compositor Programa Vivo Mec. 01/06/2019 00:04:54 Em Cima do Tempo Flávio Venturini Flávio Venturini. Programação Musical X 01/06/2019 00:09:01 Folhetim Jane Duboc Chico Buarque Programação Musical X 01/06/2019 00:12:17 Acariocando Ivan Lins Ivan Lins/Aldir Blanc Programação Musical X 01/06/2019 00:16:24 Apenas Timidez Paula Toller Paula Toller/George Israel Programação Musical X 01/06/2019 00:21:21 Alguém Como Tú Marcelo Manzano José Maria de Abreu/Jair Amorim Programação Musical X 01/06/2019 00:25:06 Cabaré Ninah Jô João Bosco/AldirBlanc_. Programação Musical X Paulo Diniz 01/06/2019 00:28:38 Vou-me embora Paulo Diniz Roberto José X música inspirada em Gonçalves Dias Programação Musical 01/06/2019 00:31:12 Franqueza Zélia Duncan Denis Brian/Oswaldo Guilherme. Programação Musical X 01/06/2019 00:34:27 Rua Ramalhete Tavito Tavito/Ney Azambuja Programação Musical X 01/06/2019 00:38:15 Romaria Elis Regina Renato Teixeira Programação Musical X 01/06/2019 00:42:13 Contrastes Luiz Melodia Ismael Silva Programação Musical X 01/06/2019 00:46:21 Diz Que Fui Por Aí Maria Bethânia Zé Keti/Hortêncio Rocha Programação Musical X 01/06/2019 10:04:00 Acerto de Contas Djavan Djavan Programação Musical X 01/06/2019 10:07:59 A Canção Tocou Na Hora Errada Ana Carolina Ana Carolina Programação Musical X 01/06/2019 10:12:06 Flash Back Dalto Dalto/Claudio Rabello Programação Musical X 01/06/2019 10:16:04 Sabe Você Leila Pinheiro Carlos Lyra/Vinícius De Moraes Programação Musical X 01/06/2019 10:20:25 Querida Tom Jobim Tom Jobim Programação Musical X 01/06/2019 10:23:58 Dengosa Maria Rita Castro Perret Programação Musical X 01/06/2019 10:28:24 Depois dos Temporais Ivan Lins Ivan Lins/Victor Martins Programação Musical X 01/06/2019 10:36:01 Na Estrada Marisa Monte Marisa Monte/Nando Reis/Carlinhos Brown.
    [Show full text]
  • Mkt Politico
    marketing político em tempos modernos marketing político em tempos modernos RUBENS FIGUEIREDO Organizador Sumário Editor responsável 7 Apresentação Wilhelm Hofmeister Coordenação editorial 9 Onde tudo começou: uma noite em Chicago Reinaldo J. Themoteo NEY FIGUEIREDO Revisão Maria Carolina Arruda e Reinaldo J. Themoteo 25 Quatro cenas e uma verdade Capa e diagramação RUBENS FIGUEIREDO Cacau Mendes | Cereja atelier gráfico 41 Impressão Campanhas eleitorais e pesquisa de opinião Imprinta Express SÍLVIA CERVELLINI 59 Media training e gestão de crises OLGA CURADO 87 Quem se importa com o Horário Eleitoral? MARCOS COIMBRA 111 As novas tecnologias da comunicação: campo jornalístico, campo político e produção jornalística online CLÓVIS BARROS FILHO E SÉRGIO PRAÇA dados internacionais para catalogação na publicação (cip) 129 Eleições proporcionais: entendendo o jogo ??? Marketing político em tempos modernos. / Rubens Figueiredo, organizador. – Rio de Janeiro : Konrad- MARCELO TOGNOZZI Adenauer-Stiftung, 2008. 200 p. ; 17 x 24 cm. 149 ISBN 85-7504-???-? O político e o profissional de marketing: 1. ???. I. Figueiredo, Rubens. II. Konrad-Adenauer- uma relação em múltiplas dimensões Stiftung. HUMBERTO DANTAS CDD ??? 167 O papel da agência: compreender para colaborar Todos os direitos desta edição reservados: ANTONIO CARLOS ANDARI E SÉRGIO D´ALÉSSIO FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER Praça Floriano, 19 – 30º andar 20031-050 – Rio de Janeiro – RJ 183 Aspectos legais das campanhas eleitorais Tel.: (0xx 21) 2220 5441 · Fax: (0xx 21) 2220 5448 [email protected] · www.adenauer.org.br ALBERTO ROLLO E JOÃO FERNANDO LOPES DE CARVALHO Apresentação Não confunda marketeiro com marreteiro. As eleições contemporâneas podem ser consideradas grandes campanhas para influenciar a opinião pública. Em um curto espaço de tempo – algo em torno de três ou quatro meses –, os candidatos devem convencer seus eleitores de que são as melhores opções para os cargos em dis- puta.
    [Show full text]
  • Syonara Fernandes
    CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE – UNIANDRADE MESTRADO EM LETRAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: TEORIA LITERÁRIA TEXTOS E CONTEXTOS: TEMPOS MODERNOS , DE CHARLES CHAPLIN, E “SENTIMENTO DO MUNDO ”, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE SYONARA FERNANDES CURITIBA 2015 CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE – UNIANDRADE SYONARA FERNANDES TEXTOS E CONTEXTOS: TEMPOS MODERNOS , DE CHARLES CHAPLIN, E “SENTIMENTO DO MUNDO ”, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Dissertação apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Mestre ao Curso de Mestrado em Teoria Literária do Centro Universitário Campos de Andrade – UNIANDRADE. Orientadora: Profa. Dra. Brunilda Tempel Reichmann CURITIBA 2015 Dedico este trabalho a todos que me fizeram acreditar que era possível. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Ailton Fernandes ( in memoriam) e Izoneia Fernandes, pelo amor e incentivo em todos os momentos de minha vida. Ao meu marido Herlon Rossi Ferreira e às minhas filhas Miriah Fernandes Ferreira e Claudia Fernanda dos Santos, pela paciência e apoio. Às minhas irmãs Ionara Aparecida Fernandes, Dionara do Rocio Fernandes e Angela Taline de Souza, pela cumplicidade. À minha orientadora Profa. Dra. Brunilda Tempel Reichmann, pela paciência e compreensão. Os executivos devem fazer os outros trabalhar melhor, e não apenas mais. William Edwards Deming LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Capas de DVD – Independência ou morte (1972) e Carlota Joaquina (1995). ....... 6 Figura 2 - Imagens do primeiro filme colorido 1902 ............................................................. 27 Figura 3 - Capa filme Nascimento de uma nação ................................................................ 28 Figura 4 - Filme SAFE TY-LAST! (O homem mosca ), de 1923 ............................................. 30 Figura 5 - Primeiro filme falado – The Jazz Singer (O cantor de jazz ) 1927. ........................ 31 Figura 6 - Imagem de Charles Chaplin ...............................................................................
    [Show full text]
  • Universidade Anhembi Morumbi Fábio De Amorim Santana
    UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI FÁBIO DE AMORIM SANTANA QUASE HUMANOS, QUASE MÁQUINAS O Inumano em Metropolis, Tempos Modernos e Cosmopolis e sua relação com a tecnologia SÃO PAULO 2016 0 FÁBIO DE AMORIM SANTANA QUASE HUMANOS, QUASE MÁQUINAS Dissertação de Mestrado em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. (a). Dr. (a) Laura Loguercio Cánepa SÃO PAULO 2016 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO – quase humanos, quase máquinas 6 CAPÍTULO 1 - O futuro, o tempo, as máquinas e os humanos inumanos 1.1 - Metropolis 12 1.1.1 Roteiro e Abertura 13 1.2 - Fritz Lang 18 1.3 - Charles Chaplin e Tempos Modernos 19 1.3.1. – Carlitos 23 1.4. – Cosmopolis (2012), de David Cronenberg 27 1.4.1. – O enredo 28 1.4.2. – As cosmópolis 32 1.5 - O tempo passado, presente e futuro 38 CAPÍTULO 2 – Metropolis, Tempos Modernos, Cosmopolis: o tempo e a tecnologia 2.1 - A religião das máquinas: A excitação tecnológica, o pós-humano, tecnologia digital em Cosmopolis, Tempos Modernos e Metropolis. 50 2.1.1. – A excitação tecnológica 51 2.1.2. – O pós-humano 53 2.1.3. – Tecnologia digital 56 2.1.4. – Os filmes: Cosmopolis 57 2.1.5. – Tempos Modernos 59 2.1.6. – Metropolis 64 2.2 - A decadência da Modernidade: Tempos Modernos e sua crise das relações de trabalho e da tecnologia 69 2.3 - A decadência da Modernidade: Metropolis e o papel da tecnologia no conflito entre trabalhadores e patrão 73 2.4 – O contemporâneo em Cosmopolis: a cultura do produto e o tempo multiplicado: 77 2 CAPÍTULO 3- O inumano e o tempo 3.1 – O inumano em Metrópolis (1927): o progresso tecnológico de Fredersen contra a pacificação de Freder 79 3.1.1.
    [Show full text]
  • Capítulo 1 Introdução
    Edward E. Telles O Significado da Raça na Sociedade Brasileira Edward E. Telles O Significado da Raça na Sociedade Brasileira Tradução para o português de Race in Another America: The Significance of Skin Color in Brazil. 2004. Princeton e Oxford: Princeton University Press. Versão divulgada na internet em Agosto de 2012. Tradução: Ana Arruda Callado Revisão Técnica e Formatação: Danilo França i Sumário Agradecimentos .......................................................................................................... iii Capítulo 1 Introdução .................................................................................................................... 2 Capítulo 2 Da supremacia branca à democracia racial ............................................................ 20 Capítulo 3 Da democracia racial à ação afirmativa ................................................................. 40 Capítulo 4 Classificação Racial ................................................................................................... 65 Capítulo 5 Desigualdade Racial e Desenvolvimento .................................................................. 89 Capítulo 6 Discriminação racial ................................................................................................ 115 Capítulo 7 Casamentos Inter-raciais......................................................................................... 143 Capítulo 8 Segregação residencial ............................................................................................. 161 Capítulo
    [Show full text]
  • ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS CAMILA MARIA BUENO SOUZA Ziembisnski, O Encenador Dos Tempos Modernos
    ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS O ENCENADOR DOS ZIEMBISNSKI, ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS A CONSTRUÇÃO DE UMA TRAJETÓRIA NA CRÍTICA DE DÉCIO DE ALMEIDA PRADO (1950-1959) CAMILA MARIA BUENO SOUZA CAMILA MARIA BUENO SOUZA ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS Ziembinski__(MIOLO)__Graf-v3.indd 1 27/01/2016 17:37:44 Conselho Editorial Acadêmico responsável por esta publicação Lúcia Helena Oliveira Silva – Coordenadora (titular) Andréa Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho Rossi – Coordenadora (suplente) Hélio Rebello Cardoso Junior – Vice-Coordenador (titular) Paulo Cesar Gonçalves – Vice-Coordenador (suplente) Milton Carlos Costa (titular) Carlos Alberto Sampaio Barbosa (suplente) José Luís Bendicho Beired (titular) Wilton Carlos Lima da Silva (suplente) Ziembinski__(MIOLO)__Graf-v3.indd 2 27/01/2016 17:37:44 CAMILA MARIA BUENO SOUZA ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS A CONSTRUÇÃO DE UMA TRAJETÓRIA NA CRÍTICA DE DÉCIO DE ALMEIDA PRADO (1950-1959) Ziembinski__(MIOLO)__Graf-v3.indd 3 27/01/2016 17:37:44 © 2015 Editora Unesp Cultura Acadêmica Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242-7171 Fax: (0xx11) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br www.livrariaunesp.com.br [email protected] CIP – BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ S715z Souza, Camila Maria Bueno Ziembinski, o encenador dos tempos modernos: a construção de uma trajetória na crítica de Décio de Almeida Prado (1950-1959) / Camila Maria Bueno Souza. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. Recurso digital Formato: ePub Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-7983-702-9 (recurso eletrônico) 1.
    [Show full text]
  • Sobre Livros Didáticos De Sociologia Para O Ensino Médio
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPGE FABIO BRAGA DO DESTERRO SOBRE LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO Rio de Janeiro JULHO DE 2016 0 FABIO BRAGA DO DESTERRO SOBRE LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Orientadora Anita Handfas (UFRJ) Banca Examinadora: _______________________________________________ Profª Drª Anita Handfas – Orientadora (PPGE/UFRJ) ______________________________________________________ Prof. Dr. Antonio Flavio Barbosa Moreira (PPGE/UFRJ) ______________________________________________________ Profª Drª Glaucia Kruse Villas Boas (PPGSA/UFRJ) Rio de Janeiro JULHO DE 2016 1 2 3 Para minha sobrinha, Maria Luiza 4 Agradecimentos À minha orientadora, Anita Handfas, a quem admiro pela seriedade, generosidade intelectual e dedicação ao trabalho. À professora Maria Margarida Pereira de Lima Gomes pelos comentários e sugestões apresentados no meu exame de qualificação. Aos membros da banca de mestrado, professores Antonio Flavio Barbosa Moreira e Glaucia Villas Boas, que gentilmente se dispuseram a avaliar esta dissertação. Aos membros do Laboratório de Ensino de Sociologia Florestan Fernandes (LABES), pelos dois últimos anos de convívio e fecunda troca de ideias. Aos colegas da equipe de Sociologia do Colégio Pedro II, campus Duque de Caxias, que no dia a dia me ensinaram muito sobre currículo, avaliação e material didático: Beatriz Gesteira, Breno Seixas, Gabriela Montez, Ludmila Freitas e Martha Nogueira. Aos meus amigos Daniel Maksud, Diogo Tubbs, Frank dos Santos, Gustavo de Oliveira e Rafaelle de Castro que, desde os tempos de graduação na Universidade Federal Fluminense, me incentivam a fazer o mestrado.
    [Show full text]
  • O Anticomunismo Na Repercussão Da Filmografia Política De Carlitos Em Porto Alegre (1936 – 1949)
    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS MESTRADO EM HISTÓRIA A MÁSCARA E O ROSTO DE CHAPLIN: O ANTICOMUNISMO NA REPERCUSSÃO DA FILMOGRAFIA POLÍTICA DE CARLITOS EM PORTO ALEGRE (1936 – 1949) EDUARDO DE SOUZA SOARES PORTO ALEGRE, JULHO DE 2008. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS MESTRADO EM HISTÓRIA A MÁSCARA E O ROSTO DE CHAPLIN: O ANTICOMUNISMO NA REPERCUSSÃO DA FILMOGRAFIA POLÍTICA DE CARLITOS EM PORTO ALEGRE (1936 – 1949) EDUARDO DE SOUZA SOARES Dissertação apresentada como requisito parcial e último para a obtenção do grau de Mestre em História das Sociedades Ibéricas e Americanas, sob orientação da Professora Doutora Claudia Musa Fay. PORTO ALEGRE, JULHO DE 2008. 2 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) S676m Soares, Eduardo de Souza A Máscara e o rosto de Chaplin: o anticomunismo na repercussão da filmografia política de Carlitos em Porto Alegre (1936 – 1949). / Eduardo de Souza Soares. – Porto Alegre, 2008. 139 f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, PUCRS. Orientação: Profa. Dra. Claudia Musa Fay. 1. Porto Alegre – História Política – Século XX. 2. Anticomunismo – Porto Alegre. 3. Comunismo – Porto Alegre - História. 4. Chaplin – Filmografia Política. I. Fay, Claudia Musa. II. Título. CDD 981.06 Ficha elaborada pela bibliotecária Cíntia Borges Greff CRB 10/1437 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................8
    [Show full text]
  • Ziembisnski, O Encenador Dos Tempos Modernos a Construção De Uma Trajetória Na Crítica De Décio De Almeida Prado (1950-1959)
    Ziembisnski, o encenador dos tempos modernos a construção de uma trajetória na crítica de Décio de Almeida Prado (1950-1959) Camila Maria Bueno Souza SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SOUZA, CMB. Ziembinski, o encenador dos tempos modernos: a construção de uma trajetória na crítica de Décio de Almeida Prado (1950-1959) [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, 229 p. ISBN 978-85-7983-702-9. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS O ENCENADOR DOS ZIEMBISNSKI, ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS A CONSTRUÇÃO DE UMA TRAJETÓRIA NA CRÍTICA DE DÉCIO DE ALMEIDA PRADO (1950-1959) CAMILA MARIA BUENO SOUZA CAMILA MARIA BUENO SOUZA ZIEMBISNSKI, O ENCENADOR DOS TEMPOS MODERNOS Ziembinski__(MIOLO)__Graf-v3.indd 1 27/01/2016 17:37:44 Conselho Editorial Acadêmico responsável por esta publicação Lúcia Helena Oliveira Silva – Coordenadora (titular) Andréa Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho Rossi – Coordenadora (suplente) Hélio Rebello Cardoso Junior – Vice-Coordenador (titular) Paulo Cesar Gonçalves – Vice-Coordenador (suplente) Milton Carlos Costa (titular)
    [Show full text]
  • O ESSENCIAL SOBRE Charles Chaplin
    O ESSENCIAL SOBRE Charles Chaplin O Essencial_Charles_Chaplin.indd1 1 18-08-2015 17:39:16 O Essencial_Charles_Chaplin.indd2 2 18-08-2015 17:39:16 O ESSENCIAL SOBRE Charles Chaplin José-Augusto França O Essencial_Charles_Chaplin.indd3 3 18-08-2015 17:39:16 O Essencial_Charles_Chaplin.indd4 4 18-08-2015 17:39:16 Índice 9 Introdução 1 17 Vida de Charles Chaplin 2 25 71 Curtas-metragens 3 41 De Opinião Pública a Luzes da Cidade 4 57 Tempos Modernos 5 65 O Grande Ditador 6 73 Monsieur Verdoux 7 85 Luzes da Ribalta e Um Rei em Nova Iorque 8 101 O último gag de Charles «Charlot» Chaplin 113 Filmografia de Charles Chaplin 115 Bibliografia selecionada (cronológica) O Essencial_Charles_Chaplin.indd5 5 18-08-2015 17:39:16 O Essencial_Charles_Chaplin.indd6 6 18-08-2015 17:39:16 À memória de Manoel de oliveira Páscoa de 2015. J.-A. F. O Essencial_Charles_Chaplin.indd7 7 18-08-2015 17:39:16 O Essencial_Charles_Chaplin.indd8 8 18-08-2015 17:39:16 Introdução Em 1914 nasceu Charlot, em imagens de uma sétima arte que na América terminava uma pro- longada infância de vinte anos já: uma personagem que dela seria emblema e, na cultura ocidental, último mito. Na cultura — ou da cultura? Finjo hesitar, por retórica, mas é dela, da nossa cultura, que temos que falar, por entendimento da Histó- ria, e sacrifício nosso, no coração do século xx que Charles Chaplin preencheu — com Picasso, e mais ninguém, em artes de criação. Assim se disse à sua morte, quatro anos depois da do Outro — que não «faltava morrer mais ninguém, dos sagrados monstros do nosso século».
    [Show full text]
  • Monografia Chaplin 4.Pdf
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS ESCOLA DE COMUNICAÇÃO JAQUELINE VALLES COSTA A INFLUÊNCIA DA MÚSICA DE FILME NA NARRATIVA DE CHAPLIN UFRJ/CFCH/ECO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS ESCOLA DE COMUNICAÇÃO JAQUELINE VALLES COSTA A INFLUÊNCIA DA MÚSICA DE FILME NA NARRATIVA DE CHAPLIN Rio de Janeiro 2009 Jaqueline Valles Costa A INFLUÊNCIA DA MÚSICA DE FILME NA NARRATIVA DE CHAPLIN Monografia submetida à Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de bacharel em Comunicação Social, habilitação em Radialismo Orientador: Ivan Capeller Rio de Janeiro 2009 C837 Costa, Jaqueline Valles A influência da música de filme na narrativa de Chaplin / Jaqueline Valles Costa.- Rio de Janeiro, 2009. 77 f.:il. Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, 2009. Inclui videos: 286 min Orientador: Ivan Capeller 1. Música no cinema. 2. Cinema – Música e imagem. 3. Charlie Chaplin – Obras. I. Capeller, Ivan. II Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação. III. Título. CDD 780 Jaqueline Valles Costa A INFLUÊNCIA DA MÚSICA DE FILME NA NARRATIVA DE CHAPLIN Monografia submetida à Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de bacharel em Comunicação Social, habilitação em Radialismo. Rio de Janeiro, ....... de julho de 2009. _________________________________________________ Prof. Mestre Ivan Capeller, ECO/UFRJ _________________________________________________ Prof. Dr. Mauricio Lissovsky, ECO/UFRJ _________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Salis, ECO/UFRJ _________________________________________________ Prof a Dr a Fátima Sobral Fernandes, ECO/UFRJ RESUMO COSTA, Jaqueline Valles.
    [Show full text]