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A MARCA MAIS VENDIDA NO MUNDO N.0 344 « FEVEREIRO 1958 . ANO XXX • PREÇO 2150 FUNDADOR: ENG. ALVARO DE UMA HENRIQUES DIRECTOR I ENG." ROBERTO DE ESPREGUEIRA MENDES EDITORj DR. ÉLIO CARDOSO Propriedade da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses I Estação de Santa Apolónia / Lisboa Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da 'Gazeta dos Caminhos de Ferro» — R. da Horta Seca, 7 — Tel. 20158 - Lisboa l!ll|NNinillllll|l|||||||||||||||l|||||||l|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||i|||||||I||||||||||||||||||||||||||||||i||||||||||||||||||||^

O COMBOIO PENDULAR

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O comboio não é, de modo algum, um transporte do passado, como algumas pessoas menos esclarecidas crêem — e por vezes pretendem fazer outras crer. Seu aperfeiçoamento é constante e perma- nente é a preocupação dos seus técnicos para a sua sucessiva adaptação às crescentes exigências de ransporte das gentes de hoje. Entre os muitos exemplos de auspiciosas realizações do momento, apre- sentamos o comboio pendular experimental, dos Caminhos de Ferro Franceses. 0 engenhoso sistema de lnc 'naÇõo do veículo nas curvas, diminuindo os efeitos da força centrífuga, permite ao comboio manter, "lesmo em linhas sinuosas, velocidades da ordem de 180 hm. horários, sem qualquer incómodo para o Possageiro. Como corolário destas e de numerosas outras experiências no domínio ferroviário, uma evidente certeza se infere, que importa justamente realçar—o comboio continuará progredindo e, consequente- mente, bem servindo todos os seus utentes de hoje e de amanhã I 1 Fomento Económico e Planea-

mento de Transportes internos

Pelo Dr. ROGÉRIO TORROAIS VALENTE

u? EDITAR sobre alguns pro- por exemplo no capítulo de electrificação fer- blemas dos transportes in- roviária. No entanto, em nosso entender, não ternos nacionais, aíigura- basta manter ou mesmo aumentar certas ver- -se-nos digno de interesse bas de investimento; o esforço será tanto com "este novo começo mais reprodutivo quanto mais forem tidas em de ano. A justificá-lo está, linha de conta determinadas realidades. E além do mais, o facto de em 1958 finalizar o não se deve perder de vista, como alguém o período previsto para as realizações do ainda há pouco acertadamente escreveu num primeiro plano de fomento económico posto dos nossos quotidianos, que «a valorização em prática no País (relativo ao sexénio 1953- dos transportes é suporte essencial do cres- -1958) e se terem de ultimar os estudos e cimento económico do País». propostas para o plano do sexénio subse- Limitada a apreciação ao campo dos trans- quente (1959-1964). portes internos do Continente — e nesta desi- É por demais sabido que o plano de fo- gnação compreendemos o conjunto dos trans- mento em decurso interessa à actividade dos portes ferroviários, rodoviários, da navega- transportes não só pelos vultosos investi-_ ção interior, da navegação costeira nacional e mentos que a estes foram dedicados, como é da aviação interna—podem salientar-se alguns o caso da electrificação ferroviária, como aspectos que conviria estivessem presentes em ainda pelos reflexos que a intensificação do futuros planos de fomento económico ou que, a ritmo económico, implícita no mesmo plano, par destes, fossem enquadrados em conjunto deverá ter na intensificação do tráfego. de providências complementares. Agrupá-los- Por seu turno, os investimentos ém trans- -emos nos quatro números que seguem. portes e a melhoria do serviço têm implicado ou implicarão em futuro próximo correlativo 1. Reapetrechamento maciço benefício para os restantes sectores econó- micos nacionais, que vêem assim impulsiona- É do conhecimento geral que em vários das as suas actividades (é o caso das indús- sectores de transportes, e não obstante o trias produtoras de bens de equipamento de esforço e obra realizados, são consideráveis transportes) ou aperfeiçoadas as condições os atrasos de reapetrechamento. Há ainda em que funciona o mercado dos transportes. grandes extensões de infra-estruturas enve- Quanto ao futuro plano de fomento já fo- lhecidas e desactualizadas, seja pelo próprio ram expostos oficialmente alguns princípios desgaste, seja pelo evoluir de novas técnicas orientadores; todavia ignoram-se ainda o seu ou pelo surgimento de novas exigências da verdadeiro âmbito e quais os sectores em vida hodierna; igualmente elevado número que os investimentos serão mantidos ou in- de unidades de equipamento móvel têm idade tensificados. avançada e muito embora de bom fabrico e Tudo leva a crer que em matéria de trans- resistentes já não proporcionam o conforto portes o esforço não será abrandado, como que o Público cada vez mais ambiciona, ao ftlesrno tempo que O seu emprego se reveía, cala, tudo segundo uma óptica de íarguezd dia a dia, anti-económico. de vistas e de sã coordenação. Em relação ao caminho de ferro, por 2. Harmonização do sistema de trans- exemplo, ainda há 5 anos, em documento portes com o ritmo económico na- tornado público O) se dava conta da estima- tiva de 7 500 000 contos para levar a cabo cional u transformação e o reapetrechamento da Não basta reapetrechar o que existe a rede, ao que corresponderia, supondo um pro- contar com o ritmo económico do presente grama sexenal, 1 250 000 contos de dispêndio nem tão-pouco com o esperado aumento po- anual. Alguma coisa é certo já se empreen- pulacional. Há que prever a intensificação do deu desde então e recentemente várias pro- ritmo económico da Nação e com ela a inten- vidências governamentais parece finalmente sificação do tráfego. A industrialização que tentarem encarar o problema de frente. Toda- se processa no País implicará, dentro de ele- via muito há ainda a fazer e tudo que se mentar lógica, e a par do acréscimo do ren- empreenda num sentido de um verdadeiro dimento nacional, a subida das capitações do reapetrechamento — diremos mesmo, de um tráfego de passageiros e do tráfego de mer- reapetrechamento maciço—yara nos pormos cadorias (■*). Tal implicará a expansão do trá- em dia e eliminarmos os atrasos, à seme- fego global a níveis que, em certos casos, lhança das redes estrangeiras mais progres- exigirão aumento da dimensão de vários fac- sivas, tem inteira razão de ser. tores produtivos, sobretudo material rolante. E a propósito de reapetrechamento ferro- Devem por conseguinte os investimentos viário importa citar que têm sido adoptados a título de reapetrechamento ser acrescidos dltimamente nalgumas dessas redes planos dos que têm de acorrer ao acréscimo de di- plurienais para as respectivas modernização mensão de tais factores, a fim de se manter e valorização, que movimentarão elevadíssi- a harmonização do sistema de transportes mas somas, como é o caso dos Caminhos de com o ritmo económico. berro Franceses (plano quinquenal 1957-1961), dos Caminhos de Ferro Britânicos e dos Ca- 3. Valorízaçãc regional minhos de Ferro Italianos (primeiro plano Um dos princípios que julgamos vai es- quinquenal a começar em 1957). tar presente nos próximos planos de fomento Noutros países, embora na ausência de do País é o da valorização regional. Con- planos tão formais, o esforço de renovação firmou-o, por exemplo, o Sr. Ministro da é notável (2). Presidência quando disse : Nuns e noutros encontrar-se-ão bons «No planeamento deverá igualmente ser exemplos a adoptar consoante as preferên- cias e os critérios. Mas o problema, ante o incentivo do cres- p) As nossas capitações, no que respeita ao trá- cmiento económico do País, é de ordem mais fego ferroviário, por exemplo, são de resto das mais vasta e deve atender a todos os meios de baixas do quadro europeu. Temos em , in- cluída a linha de Lisboa-Cascais, em tráfego de pas- transporte internos; transportes rodoviários, sageiros, a capitação de 8,8 (expressa em viagens- navegação interior, navegação costeira e, -ano por habitante), manifestamente inferior à da Porventura, aviação interna devem igualmente Suíça (41,3), Alemanha Ocidental (28,8), Bélgica (25,8), reneficiar do reapetrechamento em larga es- Dinamarca (24,9), Áustria (19,2), Grã-Bretanha (20), Holanda (16,1), Suécia (15,3), França (11,6) e Noruega (11,5). Da mesma forma, em tráfego de mercadorias, em Portugal temos a capitação de carga expedida de (') Cfr. Relatório do Conselho de Administra- 0,5 (expressa em toneladas-ano por habitante), tam- ção da C. P.t exercício de 1952. bém nitidamente inferior à da Bélgica (8,0), Áustria (*) A este respeito merece se salientem, entre (6,5), Suécia (5,7), Grã-Bretanha (5,5), Suíça (5,4), outros, os Caminhos de Ferro Holandeses: a par da Al emanha Ocidental (5,2) Finlândia (4,6), França (4,5), 0 ra vasta que já realizaram no domínio da electrifi- Noruega (4,1) e Holanda (2,4). cação, dieselização e automação, são os primeiros (Cfr. Industrialização e Transportes no Con- 'lue no Ocidente da Europa efectuam o transporte de tinente Português, por J. Faria Lapa e R. Torroais Passageiros exclusivamente em material de aço. Valente; Lisboa, 1957). estudada a situaçáo das diversas regiões do rapidez e a cúsíos, dado o recurso imperiosô País, de maneira a considerar quanto possí- a transportes terminais. vel a sua posição económica no conjunto e a Evidentemente — e sem evitar o agrava- favorecer o desenvolvimento das mais atra- mento da duração do percurso e dos custos sadas, tendo sempre em consideração a con- — este afastamento pode ser por vezes corri- veniência de reter a população rural no seu gido com a existência de carreiras de camio- meio originário mediante uma política de nagem. No entanto é frequente tal não suce- melhoramento das condições de vida, de faci- der, sobretudo quanto a transporte de merca- lidade de comunicações e de localização de dorias, sendo por isso elevado o número de indústrias» (4). freguesias carecidas de transportes regulares Ora, para se atingir tal desiderato, devem e rápidos (7), seja para relações locais ou os transportes ser objecto de atenção muito regionais seja para relações de longa dis- cuidada. tância. Há hoje, na realidade, vastas áreas com Dentro da relatividade das coisas é meri- nítida carência de transportes públicos — tório o papel desempenhado pelos já nume- aqueles que, pelas suas características e fun- rosos serviços combinados com o caminho de ções, têm de ser o motivo das preocupações ferro, mormente os que têm surgido, sem im- mais instantes dos dirigentes. posições legais, de uma feliz conjugação de Por exemplo, no tocante ao caminho de esforços da C. P. com alguns pioneiros das ferro — que muitos números demonstram que regiões. No entanto reconhece-se que a va- ainda é em Portugal e nos outros países a lorização regional exige muito mais. via fundamental da circulação de pessoas e Assim, teria inteira justificação um amplo bens —sabe-se que só 35% da população do planeamento de transportes interiores que Continente Português está satisfatoriamente encarasse a rectificação do traçado de algu- servida, considerando como tal a que se en- mas linhas férreas, incompreensivelmente contra a 1 km ou a menos de 1 km de qual- afastadas dos centros importantes, e bem quer estação ou apeadeiro, situando-se 30,6 % assim o fechamento de certas malhas abertas a distâncias superiores a 1 km e inferiores e o preenchimento das lacunas da rede, ao ou iguais a 10 km e 34,4% a distâncias que mesmo tempo que, a par da construção e excedem 10 km (5). „ classificação das estradas, classificasse os A distribuição da população segundo es- itinerários com vista à prestação do serviço tas percentagens já é significativa, mas o público regular de transporte rodoviário. facto assume maior relevo quando verifica- A programação de razoável investimento mos que em 7 distritos mais de metade ou para a constituição de empresa ou empresas metade da respectiva população está afas- com vista à utilização em larga escala de ino- tada mais de 10 km da via férrea: nos da vações da técnica ainda fracamente ou nada Guarda (69,3%), de Bragança (63,3%), de divulgadas entre nós para o transporte de Beja (61,6%), de Castelo Branco (59,1%), mercadorias (reboques e semi-reboques, con- de Viana do Castelo (57,5%), de Vila Real tentores, etc., apropriados para utilização si- (56,8%) e Portalegre (50,0%) í0). multânea em caminho de ferro e estrada) (?) Todas estas percentagens são bem revela- também não parece descabida. Tais empre- doras de quanto é afectada uma enorme massa populacional de várias regiões nas suas rela- C) Cfr. Anuário Estatístico 1955, do I. N. E.: ções com os maiores centros do País, seja só 12,5 "/o das estradas do País são pisadas por car- de produção seja de consumo, no tocante á reiras interurbanas de mercadorias, algumas aliás com reduzidíssimo número de circulações semanais. Nos distritos alentejanos de Beja e Portalegre as exten- sões de estradas servidas por tais carreiras não vão ('') Cfr. Conclusões da Exposição ao Conselho além de 32 km (2% do total do distrito), e 54 km Económico sobre o Plano de Fomento 1959-1964. (4,4% do total do distrito). No distrito de Évora não (5) e (6) Cfr. Industrialização e Transportes no há qualquer carreira de mercadorias. Continente Português, por J. Faria Lapa e R. Tor- (#) Como é o caso do sistema que está a expan- reais Valente; Lisboa, 1957. dir-se em vários países denominado piggy-back. sas, que poderiam ser de economia mista e fiscal (10) até a limitação severa dos raios de agrupar a C. P. e os actuais camionistas de acção dos veículos, ao mesmo tempo que de- aluguer e os de serviço combinado, recebe- veriam apelar para que as empresas não trans- ria o encargo de actuar também nos itinerá- portadoras se cingissem, sempre que possí- rios hoje desprovidos de carreiras regrares vel, ao investimento colaborante (ramais par- de mercadorias, em afluência ao caminho de ticulares, contentores, vagões particulares, íerro, sempre que possível. etc.), estimulando-o mesmo através de isen- E até, quanto ao transporte rodoviário de ções ou facilidades fiscais e até, sendo viá- mercadorias, porque não encarar a actuação vel, com concessões tarifárias aceites pelas dos C. T, T. nas zonas desprovidas de car- empresas transportadoras. reiras regulares, alargando por conseguinte o Mesmo em relação a certas empresas de âmbito do serviço que já praticam ? (9) economia mista e a empresas que desfrutam Por sua vez, as vias aquáticas interiores de regimes especiais, inclusive empresas ao abrigo do condicionamento industrial, teriam convenientemente desassoreadas e completa- das com canais poderiam desempenhar uma os Poderes Públicos autoridade bastante para íunção muito interessante na valorização re- ir mais além e impor, no que se refere a prá- gional do continente. tica de transportes, e por identidade de ra- zões, o princípio do investimento colaborante Enfim, conforme as regiões, as soluções que preconizamos. a tomar seriam naturalmente diferenciadas ; to- Por outro lado, o regime de transporte de davia preconizamos que deveriam articular-se com uma revisão radical da coordenação dos mercadorias em veículos de aluguer está lon- ge de servir de suporte ao crescimento eco- transportes vigente, assunto que abordaremos em seguida. nómico do País e sobretudo à valorização das regiões atrasadas. Converter a multiplicidade de empresas existentes, de carácter artesanal, 4- Revisão radical da coordenação dos em empresas devidamente dimensionadas e transportes estruturadas, destinando-as a um verdadeiro serviço público regular, com actuação geográ- Tanto no transporte de passageiros como fica bem definida (por itinerários ou regiões), "o transporte de mercadorias os princípios da e regido por salutares princípios de coordena- coordenação hoje vigente no domínio dos ção, é providência que cada vez mais se vai transportes terrestres necessitam de -ampla impondo. revisão. Finalmente, alargar em altura oportuna a Seria longa a enumeração de todos os coordenação (hoje limitada aos transportes pontos, pelo que só alguns serão aflorados. terrestres) à escala dos transportes internos, Assim, um dos grandes males de que so- englobando por conseguinte os transportes re a indústria dos transportes de mercadorias pelas vias navegáveis interiores pela navega- e a concorrência dos particulares. Este seria ção costeira nacional e pela aviação interna, pois um primeiro ponto a atacar. igualmente nos parece aconselhável, sobre- tudo se se pretender que também estes últi- De muitos meios se poderiam servir os mos sectores de transporte tenham participa- oderes Públicos para tal, desde a tributação ção crescente no mercado de transportes do Continente Português. 9 ( ) A actuação dos Correios em transportes por (l0) Temos a este respeito o exemplo da França, rada não seria inédito : na Suíça, por exemplo, efec- que há cerca de um ano passou a tributar os trans- uam transportes rodoviários de passageiros. portes particulares de mercadorias. (Página de memórias de Efigênia Camelo,

nafural da Lourinhã)

Pelo Dr. ARY DOS SANTOS

M 1^/51 ^ 171611,101116 Efigênia Ca- outros, penso que os outros não tenham o melo e nasci na Lourinhã. Es- direito de exigir que eu me vista como eles tas duas circunstâncias têm querem. Aliás, como já vos disse, em matéria feito que toda a gente diga que de vista eu sou estrábica, e respeitando assim j eu sou «camelos e da «Lou- os direitos alheios, com um olho em cada sí- rinhã», o que, estando certo, tio, consigo ser também democrática, isto é, no entanto, certa forma de me inferioriza- é claro, na medida em que na Lourinhã rem. Mas quem assim pensa e assim age es- ainda pode haver democracia e na medida, quece que já houve, pelo menos, um minis- mais apertada, em que uma Camelo pode ser tro Camelo: o ilustre Camelo Lampreia; o que lhe apetece. esquece que ninguém pode escolher a terra Posto isto, referirei ainda que entrei para na qual é posto, e esquece ainda que havendo bilheteira da «Empresa Fluvial dos Trans- muito vinho do Dão fabricado no Poço do portes de Terra» exclusivamente por méritos Bispo, nunca dissse o Bispo que fosse do próprios. Não fui de avião, nem de bote; Poço, tal como jamais disse o Dão que fosse ninguém me recomendou e nada me recomen- do Bispo... dava. Sabia fazer contas; era, como ainda Sendo Camelo o meu pai e, consequente- sou, uma mulher honesta; possuía diploma mente, sendo esse o meu apelido, é claro de ter feito, por correspondência, um curso que não posso nem devo deixar de o usar. de natação e, à cautela, tinha-me inscrito só- Na minha família—graças a Deus !—ainda não cia dos três principais clubes de futebol houve necessidade de inventar genealogias, porque, sendo três os membros do júri de de alterar apelidos, ou de fazer uso daquela exame e cada um do seu clube, julguei que partícula «de», que algumas vezes é o cheque como sócia dos três (mas pensando cada sem cobertura com o qual se paga o luxo de qual que o era apenas do seu) conseguiria, ser «de»... ma/s nada. por unanimidade, a classificação de «muito Devo dizer-lhes, porque quero falar ver- bem». O subterfúrgio não deu resultado, visto dade, que sou feia maior largura que al- que o júri era de gente honesta, mas o certo tura ; um olho na direita e outro na esquerda é que «muito bem» fui nomeada bilheteira. — o que os meus inimigos classificam de E, a partir dessa altura, começou o meu tor- oposição, mas o meu doutor diz ser apenas es- mento, por ter passado a ver as coisas... de trabismo. Eles lá sabem... dentro para fora. Visto mal por três razões : a primeira por- É natural — quase certo mesmo — que os que não tenho dinheiro para vestir bem ; a senhores já tenham ido ao Jardim Zoológico segunda porque as que se vestem muito bem para, através de grades e redes, mais ou me- são, quase sempre, as que se querem despir nos espessas, se deleitarem com a beleza, a o melhor possível; a terceira razão porque, ferocidade, ou o simples ridículo dos bichos 6 não tendo eu o direito de mandar despir os que, por ferros e arames, estão separados de um convívio que poderia ser mais ameno, tivesse sido quem foi, poderiam ser aplicados posto que menos seguro. na compra de amendoim, de cenouras, de O visitante do Jardim Zoológico tem o alpista, ou de qualquer outra comida própria direito, mediante o preço da respectiva en- de animais. Mas, felizmente, eu tinha tam- trada, de estar dez minutos a olhar para um bém, lá dentro do guichet, o que muitos não chimpanzé, de lhe dizer tudo quanto queira possuíam cá fora. E todos sabíamos — eu e e até, mesmo, se lhe apetecer, de lhe cuspir eles — que se não fossem as grades, seria o no focinho. Tem o direito de achar ridícula a homem a comer o leão, seria o macaco a triste decadência do leão, de rabo meio pe- cuspir na cara do visitante, e seria o elefante lado, e de considerar que o casaco de peles a dar trombadas tais que a sineta tocaria.. . (de coelho) que ofereceu à sua querida, bem por ser badalo o franzino corpo do foras- vistas as coisas é mais limpo e faz maior teiro. inveja que a natural vestimenta do urso da As grades e as redes que me separavam Sibéria, ou da pele que os leopardos compram dos outros só uma casa as fabricava, e essa barato, por a comprarem em lojas onde as se- casa chamava-se honestidade. Era uma casa nhoras não vão, dado o receio de lá encon- muito antiga, que ainda hoje existe, posto trarem algum lobo da Alsácia. que já um tanto ou quanto fora de moda. Toda aquela bicharia, olhada por grades Como vos disse, sou feia, sou de meu c redes, sofre em silêncio. Mas porque é nome Camelo, sou da Lourinhã, passei a vida niuito mais inteligente que os visitantes, cala. dentro de uma grade, mas — louvado seja Não diz nada; pensa e, pelo seu lado, olha Deus! — fui eu, bicho em gaiola, a única a cá para fora, como talvez nunca, de fora, rir, mas também a única a chorar pelo que se tenha podido olhar lá para dentro.. de ridículo ou de torpe viu, de dentro para Quando eu era bilheteira, sentia-meum «bi- fora das grades, nos visitantes do grande cho» separado do «público» pelas grades do Jardim Zoológico da Vida. guichet. Eu tinha ali centenas de bilhetes Não me lamentem. A vossa piedade seria que me permitiriam, se eu não fosse bicho, ofensa, porque eu nunca fiz sacrifício, sendo fazer as mais deliciosas viagens. Eu tinha tal qual sou: dos Camelos, da Lourinhã, e ali milhares de escudos que, se meu pai não para vos servir!

■ Por motivo da saída do nú- mero especial da «Revue de Voyages» dedicado a Portu- -V- ■ •••». •• • • ■ ■ j». ... -v ; gal, edição da Companhia de Wagon-Lits, a Casa de Por- ■■ tugal, em Paris, ofereceu em 31 de Outubro último um Por- .. ■ to de Honra a numerosas personalidades portuguesas e Ssíéí francesas. À festa estiveram presentes entre outros o Em- baixador Marcelo Matias, MargotNoblemaire, Director- -Geral da Wagon-Lits, José Augusto dos Santos, Suzanne Chantal, Christine Garnier, Cor. Rémg, etc. O Ministro das Comunicações de Portu- gal e o Director-Geral da C. P. visitaram antes do serviço festivo a Casa de Portugal e felicitaram Jean-Paul Cara- calla. Director da «Revue de Voyages» pelo seu excelente número. o c R O

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BOM

HUMOR...

Sem palavras Na infindável planície alentejana, a vila de Moura, pelos seus encantos e belezas naturais, é justamente considerada centro privilegiado de turismo

0 ramal de Moura e a paisagem alentejana

Por MANUEL DUARTE GOMES

O ramal de Moura situa-se em pleno vegetação, mas sim, vincadamente, no colo- Baixo-Alentejo, delimitado entre a rido variável da planura imensa, quase sem vetusta e histórica cidade de Beja,— fim, que ora emergindo dos tons verdes das a Pax-Júlia romana—, e" a simpá- searas a crescerem ao desafio, ora cobrin- tica e antiquíssima vila de Moura, relicário do do-se de espigas, em que grãos de oiro vão desafortunado idílio de Salúquia. tomando formas, a refulgir, e que raios de A sua extensão não é grande; somente sol ofuscantes queimam a «céu aberto», sem uns escassos 60 quilómetros. comiseração, ou ainda, quando a nudez dos Servida excelentemente por um razoável restolhos minguados e ressequidos, parecem número de automotoras, — nada menos que dez erguer-se a implorar um pouco de piedade, à circulações diárias, em ambos os sentidos, fornalha abrasiva e constante do intenso vul- — pode gabar-se, com orgulho, de ser uma das cão alentejano. regiões alentejanas inegàvelmente melhor «É de espraiar os olhos a ermo, na lon- provida de transportes ferroviários. jura imponente do mar de espigas ondulantes, Por isso, toda a região compreendida a afogar corpos e corações, que, de bocas nesse trajecto está de parabéns, e o passa- ressequidas, labutam sobre-humanamente, em geiro ávido de conhecimentos, encontra nele espasmos de dor». motivos caracteríscos de pura feição regio- É paisagem alentejana; ora rica, exube- nalista, que prendem e cativam. rante e farta; ora escalvada, nua, quase de- De mês para mês, de estação para esta- sértica, a contrastar e a cortar a alma ! ção, a fisionomia multiforme da paisagem, Des.de Casa Branca ou Funcheira a con- cinzela-se em quadros naturais de beleza, vergir para a capital do Baixo Alentejo, a não no aspecto surpreendente e luxuriante da planície imensa projecta-se nos seus ilimita- difícil, solitária, com expressão própria e inconfundível — é o Alentejo! * * *

O viajante chegado de Lisboa ou Algarve e que se destine ao Ramal de Moura, utili- zando o Caminho de Ferro, tem na estação 4 de Beja que mudar de comboio e de linha, excepção feita para a automotora «directa» m que o conduz vinda de Barreiro. - >14 As pessoas desejosas de conhecimentos, wmm MT"5' ^ ávidas de estudos etnográficos e regionalis- ■ mm tas, encontram, ao percorrer o Ramal, motivos m ■ f; ■ s suficientemente dignos de aproveitar. Sobre o aspecto turístico ou paisagístico, é certo que «ele» não lhes proporciona, como visão panorâmica, um colorido vivo, rico de Í.Í, . •;;....: ' ; vegetação, atapetado de verdura quase vir- 1 1 r gem, à semelhança de uma linha do Vale do Vouga; ou a presença de vales abruptos de penedias gigantescas, com encostas selváti- cas, onde pululam florestas bravias, de efei- tos estonteantes, à semelhança de um Vale do Tâmega; ou então a luminosidade res- • i plandecente de cromáticas cores, de civilizada e burguesa como a conhecidíssima linha de ■ Cascais. Aqui no Ramal é bem diferente! É Alen- tejo de pastores, ganhões, ceifeiros, podado- res, mondadeiras, rebanhos, vastidão sem fim! Do Arco do Castelo, vê-se a Praça de Sacadura Cabral É paisagem alentejana campesinha, impres- sionante, de monotonia própria, sem par. dos horizontes, e o espectáculo que propor- Percorremo-lo e apreciemo-lo nas suas bele- zas típicas e encantos de puro regionalismo. ciona é grandioso e solene. A extensão, sempre a extensão, incomen- * * * surável à vista, parece não ter fim ! Ali e além, vencendo a monotonia, salpi- Fere os ouvidos o apitar da automotora. cando o espaço, árvores excessivamente dis- A viagem inicia-se em direcção a Baleizão. persas, agora frondosas, depois definha- A cidade de Beja afasta-se como a fugir das e ressequidas das agruras do Estio, de nós, e agora vislumbra-se, já distante, imploram em prece; água, só água, que fica alcandorada e confusa, na colina que a sus- a pairar nos ares, ou a ecoar perdida na vas- tenta. O castelo mourisco, sobressai altaneiro tidão, sem apelo possível... e senhoril, a dominar a longitude em todos Rebanhos mansamente apascentados, cor- os sentidos. tam a solidão do ermo, com soar de balidos A Aldeia das Neves apostada em montí- tristes. Pastores, homens fitando a extensão, culos de casario transparece espelhada na hirtos e secos como prumos de mármore, sua alvura genuinamente alentejana. vivendo no íntimo, um mundo seu, somente A circundar a via férrea, mesmo a tocar-lhe, seu, de sofrimento e resignação. Casas dis- oliveiras centenárias, carcomidas pelo tempo, persas, emolduradas em fresca brancura, são lutam com teimosia por sobreviver. Ao lado, pontos brilhantes como estrelas no firma- outras pujantes de vida, cheias de seiva a 10 mento, e lembram que a vida existe ; rude, brotar fertilidade. Caminhando-se sempre, chega-se à estação de Baleizão. A aldeia, lá ao longe, como que envergonhada, não dá ares da sua presença. Quintos não tarda, e o Guadiana milenário e de águas quase paradas, está já à vista. A linha férrea distende-se preguiçosamente em escassos quilómetros à sua beira, e circun- dada pelos penhascos que a marginam, o ambiente da paisagem parece deslocado, sem estação possível com a planura, dadas as m ■: irregularidades acentuadas do relevo. Ponte do Guadiana, de construção simples, :r abraçando o rio, como elo de ligação entre as duas margens. Inédita na função de servir as duas vias de comunicação : — a ferroviária e a rodoviária. [ 1 } Lá em baixo o rio. Suas águas serenas, meio adormecidas, seguem tranquilas, vaga- rosas, sem pressas. Ultrapassando-o, deixemo- ■ -lo envolvido nos murmúrios e lamentos da toalha líquida que o emoldura, linfa preciosa a perder-se sem aproveitamento, e a correr i na eternidade dos tempos em direcção ao mrr... ■ Sempre a subir, direito a Serpa, atinge-se m a estação do mesmo nome. A vila, afastada alguns quilómetros, destaca-se sem porme- nores definidos, linha esbatida do horizonte. m A ermida da Veneranda Senhora do Guada- lupe distingue-se no alto, a dominar o lugar Torre de Salúquia e redondezas. Continuando a subir pela linha férrea, bram gigantescos cogumelos erguidos ao Céu. conduz-se ao planalto que antecede a aldeia É um espectáculo surpreendente, excepcio- de Pias, com sua conhecida «recta», ladeada nalmente belo visto em toda a extensão. por estendais de oliveiras que, vestidas de O Ramal está a chegar ao seu términus. verde carregado, dão à paisagem um aspecto Moura — a bela adormecida, como alguém lhe monótono, pesado e igual. chamou —, de ruas limpas e ares lavados, Pias avista-se já. O casario rasteiro, estende-se a querer abraçar o Ardila. Seu prestes a beijar o chão, aparece apinhado castelo medieval de rugas fundas cavadas como cachos de madresilvas. Seu semblante pelo tempo, parece meditar solitário e triste é sóbrio, vincadameute rústico. Os arredores na sua lendária e fidelíssima Salúquia. Das aldeãos de terrenos pobres, ressequidos, ccm fontes que o circundam, a água que cai lembra pouca vegetação, parecem condenados a copiosas lágrimas de evocação saudosa, de suplício de Tântalo, implorando sua gota de eterno luto pela desdita de sua «princesa água. amada». Não podemos parar por muito e, pros- Os arredores da vila caprichosamente seguindo, atingimos Machados. O panorama abandonados nos montes que a circundam e a que se disfruta, rico de vegetação, deleita os distenderem-se para além do Ardila, são dignos olhos do observador. Milhares e milhares de de recomendar. É paisagem alentejana exces- oliveiras, dispostas em linhas geométricas, sivamente agreste, imponente, expressiva e arredondadas nas suas formosas copas, lem- bela ! 11

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O COMBOIO ft «PENDULAR» ' - Em 3 de Dezembro último a S. N. C. F. realizou na linha Melun-Montereau, via Hericy, a primeira demonstração pública de um pro- .v ^ ' i tótipo experimental de veículo: o comboio pendular. Este comboio foi construído nas oficinas da S. N. C. F,, em Sotteville, perto de Rouen. A sua designação jusíifica-se porque, nas cur- vas, a composição oscila à direita e à esquerda, O Veículo experimental em pleno ensaio: velocidade cons- para conseguir melhor adaptação a elas. O Veí- tante de 180 km/h, mesmo nas curvas. culo apresenta-se mais estável e ao passageiro é dada maior comodidade. centímetros, sob pena de o carril interior sofrer Nas curvas, para compensação da força uma sobrecarga perigosa. Esta e outras razões centrífuga, o carril exterior apresenta uma impediam a resolução do problema de circula- certa elevação, em relação ao carril interior. ção de comboios a mais de 140 km/h. em cur- Essa elevação, todavia, não pode exceder 15 vas de SOO metros de raio, ou manter regular a velocidade de 160 a 180 km/h. em todo um percurso, como o de Paris-Lyon, sem se ser obrigado a afrouxar nas curvas. O comboio pendular parece constituir solu- Í ção desse problema. Ele é a sequência da solução, mas em termos diferentes, experimen- tado pelos americanos em 1942, com um tipo ■vá de carruagens que designaram por Preco- pendalum. Na carruagem pendular, a caixa pode atin- gir 18 graus de inclinação. O passageiro fica libertado da força centrífuga, podendo escre- á ver normalmente e segurar um copo com água, sem que esta verta. Verá, é certo, os postes telegráficos com um ângulo de 10 a 12 graus. Há ainda dificuldades a Vencer pela téc- nica: o número de lugares, em primeira classe, é reduzido de 48 a 32, em virtude do espaço ocupado com os dispositivos apropriados, e o peso total de carga não poderá exceder 37 toneladas. Mas certamente estas dificuldades serão vencidas e o comboio pendular aparecerá um dia como mais uma realização feliz da técnica 12 Aspecto da caixa do comboio pendular ferroviária. Uma vez mais, como em cada ano, se fes- ' tejou em muitos escritórios, oficinas e esta- a ções da Companhia, a passagem do Natal. :a Aii, num âmbito mais vasto, acolá, numa for- ma mais reduzida, em todas essas confrater- nizações de ferroviários esteve bem patente o espírito de camaradagem que a todos une e o sentimento de solidariedade humana e es- pírito cristão que vive no coração de todos os portugueses. * * * m

Na Secretaria-Geral, as empregadas do de- J - partamento mecanográfico ergueram a sua Arvore de Natal, que encheram de brinquedos usa para oferta a filhos de ferroviários necessi- í tados. Como de costume, também confeccio- c naram roupas e agasalhos, formando «berços», .a#aãai:fiu com enxovais completos, que alegraram mui- tos contemplados. Desta vez, a festa da Cal- A empregada D. Palmira Colarinha explica o significado çada do Duque teve a valiosa colaboração da da cerimónia «Obra das Mães», cuja ilustre Presidente, a Senhora Condessa de Penha Garcia, a ela de alguns pequeninos seus familiares e de outros, fi- assistiu. lhos também de agentes da Companhia. * }|C Modestamente, apenas com os parcos recursos que cada uma de nós pôde dispor e dar, mas com a maior Na Direcção-Geral, as empregadas da boa-vontade, compreensão e carinho, também nós qui- secção de dactilografia fizeram também, mas Pela primeira vez, a sua festa de Natal — com a intenção de todos os anos a repetirem e cada C vez mais a ampliarem. Árvore de Natal boni- ta, muitos brinquedos, muitas guloseimas para distribuir a filhos de ferroviários e, nota curio- sa, um Pai Natal, de carne e osso, de longas barbas brancas e vestido a preceito... — a em- pregada D. Hermengarda Vinagre. A festa teve a presença de todo o funcio- nalismo superior de Santa Apolónia. A escri- turária do Departamento Dactilográfico, D. A Palmira Colarinha, explicou o significado da cerimónia dirigindo ao Director-Geral da Com- 1 panhia e demais assistentes, as seguintes pa- lavras : c;:v

«Pela primeira Vez fazem as empregadas da Dacti- lografia a sua árvore de Natal, para contentamento O grupo de dactilógrafas promo- 13 toT da festa em Santa Apolónia Durante a festa trocaram-se amistosas saudações. Á es- querda, o Director - Geral da C. P.

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semos realizar esta pequena, simples e modesta con- dos seus empregados que incondicionalmente fraternização familiar. aprova e apoia, e desejou que reuniões, com Alegramo-nos muito que V. Ex.8, Senhor Director- Geral, se tivesse dignado comparecer aqui — e bem o significado daquelas, se multipliquem, cada assim todos V. Ex.as — os nossos superiores — dando- vez mais, no seio da empresa que dirige. nos com a sua presença um amável significado de compreensão pele nosso intento e estimulando-nos a que, em anos seguintes, prossigamos, como é nosso desejo, com esta cruzada de boa-vontade que tanto nos comove e alegra e que, felizmente, tão profunda- Em muitos outros sectores se promoveram mente está arreigada, como tradição, nos nossos co- igualmente cerimónias do Natal, quer den- rações de portugueses. tro da própria C. P., quer em organismos E aproveitamos — já que de festa de Natal se trata afins — Ateneu Ferroviário, Grupos Despor- — para desejarmos a V. Ex.a, Senhor Director-Geral, e, bem assim, a todos V. Ex.as, um muito bom, um tivos, etc., etc. Em todas essas reuniões, re- muito feliz Natal.» pete-se, se festejou e viveu, da melhor forma e na caridade de Deus — como é tradição da O Sr. Eng.0 Espregueira Mendes respon- quadra —a data quente de Amor e Amizade deu, dizendo congratular-se profundamente ao próximo, que o Natal representa na com essa muito louvável e tocante iniciativa Vida.

Um aspecto das variedades promovidas peio Ateneu Fer- > * roviário, por ocasião do Na- m tal, na calçada do Duque * «

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Como eu vi Francforl e Colónia —A casa de dral não se modificou; a Casa de Goethe, hoje «Goe- Goethe — A Catedral Maravilhosa themuseum», foi reconstruída no mesmo local onde derruíra a antiga, ou seja, na «Grosser Hirschgraben». Entre as cidades alemãs mais flageladas pelos Ali nasceu o poeta, que a ela se refere na sua auto- bombardeamentos aéreos durante a última guerra biografia «Poesia e Verdade». Tornada, em 1863, pro- contam-se Francfort (Main) e Colónia. priedade da «Freies Deutsches Hochistift», e, durante Todavia, mercê da indomável vontade de ressurgi- mais de noventa anos, lugar de peregrinação dos ami- mento do povo alemão, ambas têm recuperado, não a gos de Goethe espalhados pelo mundo inteiro, vivi sua anterior fisionomia, mas uma fisionomia diferente. nela momentos de pura emoção espiritual, sobretudo Saindo da estação ferroviária de Francfort, a ca- diante duma coroa de louros junto do pedestal do minho do hotel, na «Hauptwache» (o centro da cidade), busto do poeta, coroa mandada colocar ali por inte- encontrei artérias completamente renovadas. Ruas in- lectuais ingleses, enquanto outros homens ingleses e teiras, cujos edifícios as bombas pulverizaram, foram alemães se defrontavam nos campos de batalha na alargadas em muitos metros. Novos edifícios construí- última guerra. Com que emotiva alegria constatei que

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WM O novo edifício da Ópera, em Colónia WM ,4

dos de harmonia com as mais modernas concepções não existem fronteiras para o pensamento nem obstá- arquitectónicas, edifícios horizontalmente imensos mas culos para a capacidade humana de admirar e não desmesuradamente altos (há, no entanto, vários amar 1 arranha-céus) com as fachadas quase inteiramente de O antigo Teatro da Ópera foi destruído interior- vidro ou com amplas janelas, tomaram o lugar dos mente por bombas incendiárias. As paredes exteriores antigos imóveis. e algumas estátuas que as ornamentam ficaram de pé. Mas a estátua de Gutenberg conserva-se erguida O Município quis demoli-lo para o reconstruir. Mas o numa praça perpetuando a sua memória ; o «Rõmer», povo opôs-se. Entregou à cidade uma soma importante antiga Câmara Municipal, curiosíssimo edifício, onde, com a condição de deixarem ao Teatro as mutilações no passado, decorriam todos os actos solenes da sofridas. Meditarão no horror das guerras as futuras cidade, mantém-se como outrora ; a velha e bela Cate- gerações ? 15 Páfá a fécônsfruçâo da Universidade frabaltiaram tavam alegria na expectativa da surpresa que oá os próprios estudantes. aguardava. Francfort é atravessada pelo Main. Cidade muito De Beja o autocarro levou-os através da planície comercial, os seus belos e enormes estabelecimentos alentejana. Deixando para trás a curiosa vila de Serpa multiplicam-se por toda a parte. e ultrapassada a fronteira, viram, interessados, o Também Colónia é importantíssima pelo seu desenrolai da paisagem espanhola. comércio e indústria. Ambas as cidades, colocadas na A primeira paragem do itinerário maravilhcu-os; rota da antiga estrada romana, por onde há milénios a visita às «Grutas de Ias Maravibas», nome que, em era feito o tráfego desde o Mar do Norte e o Báltico absoluto, corresponde à beleza das suas fantásticas até o Mediterrâneo, estão actualmente nas vias de salas, corredores e lagos. comunicação mais intensas da Alemanha. Ei-los, ao cair da noite, avistando ao longe as Colónia, porque ficou mais destruída do queFranc- primeiras lucilações de Sevilha. fort, conserva mais profundas cicatrizes do que esta Previra-se que a cidade tão característica, tão última. colorida, tão diferente, tão singular na história como Ao chegar à grande cidade renana não pude domi- pitoresca nos costumes, na indumentária e na índole nar o vivo desejo de ver a sua Catedral. E, ainda do do povo entusiasmaria os excursionistas. A previsão comboio, consegui lobrigar as agulhas góticas daquela fora acertada. Assim aconteceu, de facto. maravilha que parece desafiar as leis do equilíbrio, Na noite da chegada assistiram no «Pátio Anda- Vê-la-ia nas suas harmoniosas proporções nesse mes- luz» à exibição de bailados gitanos e flamengos. mo dia. A manhã seguinte foi dedicada à visita ao sum- Mas as ruínas que se me depararam logo à saída ptuoso e rendilhado «Alcazar» e aos seus paradi- da estação converteram em desolador abalo a alegria síacos jardins, à Catedral magnifica e á linda Torre sentida. Encontrava-me, é certo, num dos locais mais da Qiralda. Vista lá do alto, a cidade inteira muito atingidos pelas bombas. Depois de percorrida a cidade, branca, cintilando ao sol e salpicada de grandes man- avaliei melhor o trabalho reconstrutivo. chas verdes, estendia-se em redor. Igrejas e edifícios característicos foram fielmente Na claridade alacre da tarde, percorreram de reconstruídos segundo o primitivo estilo, continuando tipóias o encantador Bairro de Santa Cruz, de ruas a testemunhar a antiga vida de Colónia. Mas outras estreitíssimas, belos pátios e janelas gradeadas e reconstruções, como o Teatro da Ópera (as ruínas do floridas. A sensação da paragem do tempo foi tão antigo ainda existem), deixam-nos perplexos em face viva que pareceu, num momentâneo regresso ao da sua arquitectura ousada e singular. passado, ver surgir, ao dobrar duma esquina, a figura O Reno de águas turvas, trazendo consigo o pres- embuçada de D. Miguel de Manara, a sombra subtil tígio das lendas e da história, transmite-o à cidade. de Murillo ou a gloriosa imagem de Colombo. A ponte do caminho de ferro é constantemente Continuando o passeio pela cidade, admiraram a percorrida por comboios; uma ponte rodoviária existe grandiosa perspectiva da Praça de Espanha, a Praça próximo; mas também os barcos sulcam com frequên- da América e o Parque Maria Luísa. Atravessado o cia o rio, uns descendo-o ou subindo-o, outros atra- Guadalquivir, surgiu-lhes Triana, o decantado Bairro vessando-o. dos Ciganos, velhíssimo e pobre. Al m da Catedral, tão subtil e aérea qual mila- Divertimento da noite: assistência, num Pátio de grosa renda para adornar o infinito, outras igrejas de Triana, a bailados típicos e canções folclóricas anda- valor arquitectónico e de grande riqueza estão espa- luzas. lhadas pela cidade. O Tesouro da Catedral tem um O programa da manhã do dia 7 foi cumprido: relicário célebre. Também na bela igreja está instalado visitaram a Igreja de Macarena, quedaram-se emocio- o Museu Qermano-Romano. Uma galeria de pintura, nados junto do impressionante túmulo de «Gallito» que inclui obras do século XIV até ao século XX, faz e admiraram o Templo a Cristo (igreja ao ar livre) parte do património artístico da cidade, assim como em S. Juan de Aznalfarache, cuja situação em anfitea- o Museu da Renânia, etc. tro lhe dá inusitado aspecto. Existem ainda restos das antigas muralhas. Ladeia A tarde foi reservada ao roteiro das lojas; e, à o rio, pela margem direita, uma longa avenida. Na noite, à luz dum luar estupendo que entornava poeira margem esquerda há grandes parques e jardins. O de prata sobre as ruas e becos, um grupo de excursio- maior aglomerado populacional fica na margem direita. nistas voltou a percorrer de tipóia o Bairro de Quando, daqui a poucos anos, Colónia tiver as Santa Cruz. suas feridas cicatrizadas, retomará o esplendor do seu Eram 7 horas do dia seguinte quando se puseram antigo aspecto (modificado pela arquitectura) de urbe a caminho de Portugal. Pararam em Huelva. Depois comercial e industrial de extraordinária importância. de Ayamonte e da pitoresca travessia do Guadiana Tanto basta para a tornar grandiosa. almoçaram em Vila Real de Santo António. Dali segui- Arminda Gonçalves ram para Tavira, subiram à Pousada de S. Brás donde se desfruta um lindo panorama e jantaram em Faro. Excursão a Sevilha Foi nesta cidade que substituíram o autocarro pelo Resultou um inegável êxito a excursão a Sevilha e comboio para o regresso a Lisboa. Todos se confes- Grutas de Aracena, organizada pelo «Boletim da C. P.». saram encantados com a linda viagem que lhes fora Já à partida de Lisboa os excursionistas manifes- proporcionada. Como se conservam as flores Sabe-se com que rapidez murcham as flores na- turais empregadas como acessórios de «toilette» das FEM/JV/JVOS senhoras, sobretudo nos bailes e «soirées». Para remediar este inconveniente, mergulha-se notas £ modas durante alguns minutos a extremidade do pé em ál- cool e em seguida numa dissolução de goma-arábica, e depois deixa-se secar. Por CAROLINA ALVES Parece que, depois de terem sofrido esta pequena preparação, as flores conservam o seu frescor em certo número de dias ou mesmo semanas. Um equívoco A evolução da mulher actual não dispensa as É bom saber... como se tira o lustro atenções e deferências do homem, como erradamente ã roupa muitos julgam. Depois de limpa e cuidadosamente escovada a E um lamentável absurdo pensar que, por a mu- peça, esfrega-se com uma escova molhada numa so- lher estar candidata a certos direitos que assistem ao lução de alúmen (3 gramas de alúmen para cada litro homem, este despreze as regras da cortesia junto de água). dela. A mulher é hoje como era há duzentos anos — Se o tecido for de cor deve juntar-se a esta mis- toda coração, sentimento e delicadeza... tura um pouco de álcool desnaturado. O seu desenvolvimento intelectual e até moral, Também pode tirar-se o lustro esfregando leve- Veio acrescentar-lhe às virtudes que já possuía, novos mente com papel de lixa fina, fazendo-o com muito predicados que muito a valorizam; e, ao mesmo cuidado. tempo, criar vastos horizontes onde actua com cora- Para os tecidos de lã pura, excelente processo gem, dignidade e proficiência. consiste em escová-los com uma escova molhada Eis aqui a diferença entre esta e a mulher antiga, numa solução de alcali muito diluída em água. Se o tímida, romântica, mas... ignorante ! lustro tornar a aparecer, repete-se a operação. Graças à evolução dos tempos, a mulher está a atingir um período de vida mais compreensivo, mais Creme em taça racional e justo para ela e proveitoso para a humani- dade. Embora o homem ainda não esteja muito con- Batem-se três gemas de ovos até engrossarem vencido do seu valor, não lhe nega contudo a cora- Juntam-se-lhes, pouco a pouco, setenta e cinco gem, a habilidade, chegando mesmo a admirá-la no gramas de açúcar e uma colher das de chá (mal cheia) trabalho, na universidade, nas artes, etc. de farinha saluzena. Por isso, é muito compreensível que o homem a Depois de bem ligado, deitam-se dois decilitros e estimule como camarada, mas que não se esqueça meio de leite quente, mexendo sempre. Leva-se a sobretudo de a apreciar como mulher e lhe dispense lume brando, mexendo até ferver e engrossar. a cortesia que tanto satisfaz e encanta a sua alma Deita-se o creme em taças, polvilha-se coni ca- eternamente feminina. nela e serve-se ao natural ou gelado. Na verdade, a inteligência e o sentimento são Acompanha-se com bolachas de manteiga em forma coisas distintas, mas reais e verdadeiras na mulher de leques. actual. Seria bom notar que dentro dos seus novos hori- zontes de vida, a mulher de hoje tem o coração Leques das suas avós. Como elas aprecia certos — pequenos Cento e Vinte cinco gramas de farinha de trigo, nadas — próprios da consideração do homem. Basta quinze gramas de manteiga de meio sal, cinquenta uma modesta flor, um sorriso, um carinho, uma pala- gramas de açúcar e uma gema de ovo. vra amável para a tornar feliz. Peneira-se a farinha para um alguidar, pôe-se Não as dispenseis, pois, das vossas atenções e ficai certos que uma simples homenagem masculina em cima todas as outras coisas e amassa-se tudo tem para a sua alma emotiva muito valor. muito bem até ficar ligado. Afastai a ideia que a mulher vos quer igualar ou Depois de pronta coloca-se em cima da pedra da destronar na vossa autoridade, ou no vosso emprego mesa, faz-se uma bola e, em seguida, estende-se com ou missão. O que ela pretende é elevar-se sim, mas o rolo deixando-a um pouco grossa. para cooperar convosco. Nunca com o espírito de Corta-se com corta-bolachas do feitio de leque usurpar, deprimir ou ultrapassar-vos, porque o seu e vão-se dispondo em tabuleiros prêviamente polvi- maior desejo é tornar-se útil a si própria e ao pró- lhados com farinha. ximo, suavizando com o seu auxílio a Vida da família e Os bocados de massa que ficam quando se cor- tornando-se para isso, muitas vezes, verdadeira már- tam as bolachas tornam-se a amassar e a estender até tir do trabalho, da dedicação e do amor se acabarem. !

QUADRO DE HONRA DOS AMIGOS DO BOLETIM DA C. P. À semelhança dos anos anteriores, esteve fechado ao trânsito de pessoas e carros, desde as 13 às 14 ho- PROPONENTES DE ASSINATURAS ras, de 2 do mês findo, o Largo do Duque de Cadaval, junto à estação do Rossio, em Lisboa, para garantia Constituiu, como prevíramos, um autêntico dos direitos de propriedade da C. P. êxito, o «Concurso dos Amigos do Boletim», destinado a distinguir todos os assinantes que — A Wagons-Lits elevou, desde 1 de Janeiro últi- propuseram novos assinantes. Para tal su- mo, os preços das refeições nos comboios, tanto nos cesso, contribuiu não só o alto valor e signi- serviços nacionais (Pequeno almoço 71150): almoço ou ficado dos prémios atribuídos — os excelentes jantar 40$00), como nos serviços internacionais (Peque- livros editados pela Companhia por ocasião no almoço 12S50; almoço ou jantar 60$00). Como con- do centenário — (num valor total distribuído trapartida, a Wagons-Lits oferece um mais largo ser- viço de refeições «a lista». de Esc. 9 255$00), como, e sobretudo, a compreensão de todos pela nossa iniciativa e — Em 30 de Dezembro findo, partiu da estação pelo nosso intento — o desejo de cada vez de Santa Apolónia o primeiro comboio eléctrico para mais divulgarmos uma revista que é de fer- serviço do público, — o comboio n.0 2925 que estabe- roviários e para ferroviários. lece ligação, na , entre Lisboa e Vila A todos os proponentes, o «Boletim» agra- Franca de Xira. Outros mais comboios foram poste- dece. riormente postos ao serviço do público na linha do Norte. Número de Nomes assinaturas propostas — A Sorefame projecta iniciar a fabricação em Portugal de bogies para material circulante,tipo «Budd- 1 — João Alves Mendes, chefe -Pionneer», segundo modelo americano. A concreti- da estação da Cruz Que- zar-se este intento, ele será mais um decisivo passo brada 52 ■ para se atingir a meta que a indústria nacional e to- 2 Octávio Faustino Gomes, dos nós desejamos: o fabrico completo, em Portugal, factor de l.a classe em Cam- de material tractor e circulante ferroviário. panhã • . 37 3 Jerónimo Teixeira, factor de ].a classe em Campanhã. 32 — O «Bureau International des Containers» (B1C) 4 —Cândido Lopes de Brito, reuniu-se em Paris, em sessão plenária, em 31 do mês chefe de l.a classe em Cam- findo, para discussão de assuntos normais apresenta- panhã 24 dos. Por parte da C. P. esteve presente o Represen- 5 —Manuel Gotinho Palma, ins- tante Geral da Companhia em Paris, Georges Boirard. pector na Figueira da Foz . 24 6 António L. Simões do Ro- sário, nosso prezado cola- — O Sr. Júlio Godinho, Subchefe dos Serviços borador 23 Gerais da Divisão de Material e Tracção, foi recente- 7 — João Gomes de Araujo, ope- mente homenageado na Moita do Norte (Barquinha), rário de l.a classe das Obras por numeroso grupo de amigos e colegas, por motivo Metálicas 18 da sua reforma, após 53 anos de serviço na C. P.. 8 — Alfredo Henrique Barlaven- to, do Caminho de Ferro de — O Montepio Ferroviário elegeu para Gerência Angola 17 do corrente ano os seguintes membros ; Assembleia 9 — Albano Henriques da Cunha, (jera/_ Presidente, Alfredo Júlio dos Santos; Secre- Subchefe de Escritório na tários, António Almeida Sobreira e Augusto Pedro Figueira da Foz .... 17 Fernandes; ZVrecpdo — Presidente, Pedro Alberto 10 — Cassiano de Oliveira Mar- Costa; Secretário, José da Costa Aires; Tesoureiro, tins da Silva, fogueiro de Manuel Joaquim Vaz; Vogais, Alfredo Isidoro Ribeiro 2.a classe de Campanhã . . 17 e Eurico Pacheco de Lemos; Conselho Fiscal — Camilo Lopes, Joaquim Grácio Simplício e José J8 (Continua no próximo número) Mourinha. r- E POS

Por CARVALHO DOS SANTOS

Nota de Abertura —Quando começaste a praticar desporto ? Estão decorrendo no País, com normali- —Nos torneios infantis de futebol da Liga dade, os campeonatos das diversas modali- Alcantarense, em 1912, e na mesma data dades e com mais ou menos brilho essas também fiz natação e remo nas antigas competições vão despertando o interesse docas de Alcântara e Santo Amaro. geral dos desportistas portugueses. —Tens pena de não teres sido internacio- Este Novo Ano de 1958 decorrerá, certa- nal como jogador de futebol ? mente, com o mesmo entusiasmo do de 1957: —Não cheguei a ter pena, porque no os estádios cheios de juventude ciosa por meu tempo os Jogos internacionais eram vitórias. Desejamos constatar, que, quer nos praticantes, quer nos espectadores, se verifi- que sempre o maior civismo e compostura, para que se mantenha assim íntegro o ideal desportivo. E que no Novo Ano se alcance maior pro- gresso nas modalidades desportivas e me- lhores resultados nas representações nacio- nais, são os nossos votos.

A cntrevbtâ do mês Para encerrarmos esta rubrica que, desde Março do ano findo, vimos mantendo no Bo- letim da C. P., escolhemos uma figura des- portiva bem conhecida no País : Carlos Ca- nuto, chefe de secção dos Serviços da Con- tabilidade e Finanças. Parece-nos que finali- zamos assim o melhor possível. Carlos Canuto, antigo jogador do Sport Clube Império (já não se lembram deste clube, Carlos Canuto, em 1948, com certeza) e do Carcavelinhos, do qual foi árbitro de futebol fundador, em 1912, quando tinha apenas 14 anos de idade, árbitro internacional de fute- bol, árbitro de polo aquático, dirigente da raros, pois segundo me lembra só se reali- Antiga Liga Portuguesa dos Amadores de zava o Portugal-Espanha. Natação e do Carcavelinhos, tem uma longa Fiz, porém, parte dalguns Jogos inter- folha de serviços prestados à causa despor- -associações e Jogos com estrangeiros em tiva, pelo que uma conversa com este nosso grupos mistos. colega sobre assuntos de desporto tem sem- —Tens saudades dos tempos em que pre bastante interesse. foste árbitro de futebol ? Não precisa, pois, de mais qualquer apre- —Algumas, pelo menos, porque era mais sentação o nosso entrevistado de hoje e por- novo e pelas amizades, conhecimentos, pas- tanto vamo-lo ouvir: seios e os proventos adquiridos, que me proporcionavam mais alegria em viver. Bem vês, tudo isto faz saudades !.,. ^Que me dizes do progresso do futebol ? —Sem dúvida que a modalidade tem pro- m gredido e bastante, pois além dos técnicos portugueses que já temos, outros estrangei- f ros têm vindo para Portugal, nestes últimos tempos, tornando assim possível haver maior soma de conhecimentos. mm —Conta-me um episódio interessante da tua vida desportiva,.. —São tantos que não sei qual escolher. Lembro-me que, já lá vão trinta anos, era eu então dirigente da secção de natação do Carcavelinhos e estávamos disputando o campeonato de polo aquático, quando nos ■ cabia em certo dia defrontar o Adicense, salvo erro. O nosso adversário faltou e nós só tínhamos quatro jogadores !... Ora, para marcarmos pontos eram necessários cinco ■ homens. Passava-se isto na doca de Belém, onde tínhamos um posto náutico e andavam ali vários sócios a aprender a nadar. Cheguei- Carruagem com assentos inclináveis -me a um deles e disse-lhe: atira-te à água e vai fazer número ! i-Mas eu nado pouquíssimo», respon- deu-me ele. Como ele não atava nem desatava e eu necessitava de mais um elemento, quando o Delegação Turíslíca apanhei distraído dei-lhe um empurrão para dentro de água. dos Ferroviários Não queiras saber! O tipo esbracejava, com aflição, mas lembrando-se que podia ser útil ao clube, lá conseguiu ir até ao AVISO rectângulo do Jogo e assim marcámos os três pontos regulamentares. Estão sendo ultimados os programas O pior foi depois... Para ele vir para deste ano para passeios e excursões no terra tivemos de mandar um bote buscá-lo. País e no estrangeiro de ferroviários e No entanto o rapaz não se zangou, pois suas famílias. Roga-se, por isso, a todos tudo se fizera para bem do clube... aqueles que estejam interessados em par- ticipar em quaisquer viagens a realizar, o Assim damos por terminadas as entrevis- favor de, o mais breve possível, se ins- tas que viemos fazendo com ferroviários des- creverem na Delegação Turística dos portistas, a quem agradecemos a atenção que Ferroviários — Estação de Santa Apolónia nos foi dispensada. — Lisboa, Os programas totais e bem assim as Os indecisos perdem metade da sua condições e preços reduzidos das viagens, vida, os enérgicos duplicam-na. ser-lhes-ão directamente comunicados. V ?• 1 %«•í > „ % í<-"$ Ç:?" é 1. A' £?; J.®'i "'; ^tt'. ^o' ^ yCv0 ^ tf1 í 0 Pf?, ' P e\ P < O í cD cfO ^"W5 v«%< ■ W

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A automotora mais moderna extensos estudos preparatórios efectuados por do Mundo comissões constituídas por peritos dos Cami- nhos de Ferro Federais, das universidades Na linha férrea entre Munique e Augsburgo técnicas e das grandes firmas construtoras de a automotora mais moderna do Mundo segue locomotoras eléctricas e de motor Diesel, pela noite fora a uma velocidade incrível. iniciou-se a renovação do material em grande Luzes verdes, vermelhas e amarelas passam escala. Os Caminhos de Ferro Federais já Vertiginosamente. De repente ouve-se um encomendaram muitas locomotivas eléctricas comando: «Paragem imediata!!> A automotora e com motor Diesel. Não deve estar longe o ET 30, um bólide vermelho, não obedece ao dia em que, na Alemanha, a locomotiva a horário normal. Está em experiência. Até Vapor só exista nos museus. Os dirigentes dos mesmo os peritos falam de uma aventura, pois Caminhos de Ferro Federais Alemães não trata-se de verificar as capacidades máximas escondem um dos motivos imperiosos da nas mais diferentes condições. modernização e racionalização: a competição Os freios não fazem o mínimo ruído. A cada Vez mais forte entre a via férrea e a automotora de três carruagens pára no meio estrada. A aceleração dos transportes de pas- da linha. Ouve-se novo comando: «Estão sageiros passou a ser factor importante da prontos? Larga!» O taquimetro mostra 20, 40, conjuntura económica. Quanto mais eficiente, 80, 100 e, finalmente, 120 km/h. Um engenhei- cómodo e rápido for o transporte dos operá- ro carrega neste momento no botão do seu rios e empregados das suas residências para as cronometro e exclama, sorridente: «47segun- fábricas e para os escritórios, tanto menor será dos». De 0 para 120 km/h apenas em 47 segun- o desgaste de energias e tanto maior o ren- dos significa a maior aceleração até agora dimento do seu trabalho. For outro lado, o atingida por uma automotora eléctrica. operário manifesta hoje relutância em viver à Por enquanto só estão em serviço, mas a sombra das chaminés da fábrica em que tra- título de experiência, 24 automotoras deste balha, dando preferência aos arrabaldes, às tipo que foram devolvidas expressamente zonas semi-rurais, com jardins e parques. Para a região do Ruhr onde se tenciona elec- Para a electrificação da rede ferroviária no trificar toda a rede e racionalizar os serviços. Ruhr os Caminhos de Ferro Federais encomen- A nova automotora percorre numa hora 76 km daram 340 locomotivas eléctricas dos seguin- parando cada quatro quilómetros, ou sejam 18 tes tipos: uma locomotiva de rápido com Vezes. Dispuseram-se as portas de forma a motores a quatro eixos; uma locomotiva permitir a saída simultânea de 16 passageiros- pesada para comboios de mercadorias; uma As portas abrem e fecham automaticamente. locomotiva leve com uma Velocidade de 120 Os corredores são largos; as molas são exce- km/h; uma locomotiva para comboios de lentes; as carruagens são todas estofadas, mal mercadorias com uma Velocidade de 100 km/h, se notando uma diferença entre a primeira e com motor a seis eixos. a segunda classe. No ano de 1957 os Caminhos de Ferro Os peritos estão satisfeitos. Depois de Federais gastaram na reparação e substituição 21 de trilhos e de agulhas 65Ó milhões de marcòs. minam-se lanternas atómicas em vírtúde de Por vários processos de racionalização pou- usarem krypton radioactivo, um produto de param-se 50 milhões de marcos por ano. Para aplicação a fins pacíficos da energia atómica- materiais de construção gastaram-se cerca de Trata-se de um gás tornado radioactivo. 200 milhões de marcos. O krypton radioactivo é encerrado hermè- Como as super-estruturas da rede ferroviá- ticamente na lanterna, onde reage com cristais ria alemã são excelentes, poder-se-á viajar, de fósforo tratados, forrando o interior da lente. em breve, nos Alpes bávaros a uma velocidade Esta reacção origina a luz. de 140 km/h. O processo de produção de luz é inteira- mente automático e dura por muito tempo. Os Caminhos de Ferro da Grã-Bretanha técnicos da «United States Radium Corpora- tion» calculam que a lanterna se manterá em Foi posto ao serviço do público, este funcionamento, sem qualquer intervenção, du- ano, o primeiro expresso de luxo entre Lon- rante 10 anos ou mais. dres e Manchester, Birmingham, Wolver- hampton e Bristol — anunciam os caminhos Locomotiva atómica russa de ferro da Inglaterra. Esta é a primeira tentativa dos dirigentes Foi há pouco revelado que os técnicos rus- britânicos para recuperarem os passageiros sos teriam construído uma locomotiva accio- que o barulho, a sujidade e a falta de como- nada a energia atómica, de 8.000 HP. Esta didade e de rapidez dos antigos comboios locomotiva, que pesa 3.000 toneladas, é cons- afugentaram para os tranportes aéreos ou tituída por duas partes: uma, contendo o rea- rodoviários. Os novos expressos alcançam a ctor atómico e a caldeira; a outra, isolada por Velocidade de 160 quilómetros à hora, a loco- meio de espessas paredes, tem a turbina a motiva é movida a motor diesel e servem-se Vapor e o resto dos utensílios. Segundo as refeições aos passageiros nos seus lugares. informações prestadas, esta locomotiva estaria em condições de percorrer uma distância de Dez anos durará a luz de uma 960 quilómetros com 14 gramas de combustível lanterna atómica nuclear, e só pararia 4 dias por ano, para efeitos de reabastecimento. Algumas das mais importantes companhias de Caminhos de Ferro dos Estados Unidos Marcações de bilhetes ferroviários ensaiam, presentemente, um novo tipo de lan- pela TV ternas atómicas numa tentativa de se aperfei- çoar um sistema de sinalização perfeito. A grande estação ferroviária de Pensilvâ- Tal sistema, segundo afirmam os técnicos nia, em Nova Iorque, tem instaladas máquinas dos Caminhos de Ferro, teria de usar lanter- de distribuição de bilhetes equipadas com nas que não necessitassem de ser reabasteci- televisão. Carrega-se num botão e surge a das, como as de petróleo, ou de qualquer imagem de uma carruagem com a indicação fonte de energia exterior, como as eléctricas. dos lugares disponíveis. Premindo-se outro As lanternas atómicas, agora em ensaio, botão, obtém-se o bilhete desejado. Estão são construídas pela «United States Radium sendo instalados aparelhos semelhantes nas Corporation» de Morristown, New Jersey. Deno- agências de Viagens.

Seja outro quem te louve e não a tua boca; seja um estra- nho e não os teus próprios lábios. Salomão

22 a I — Dírecção-Geral 1." aditamento à Instrução n. 2487 de 17-10-957 0 Sinalização da estação de Mercês. Ordem da Direcção-Geral n. 333, de 22-8-957— 1 Cedência ao Público dos Ingares ocupados por agen- l.° aditamento à Instrução n. 2495 de 7-9-957 tes da Companhia. — Prémios por descobrimento de mercadorias rou- 2.° aditamento ã Ordem da Direcção Geral n.0 badas ou prisão dos seus autores. 289, de 23-7-957 — Uniformes do Pessoal Menor da 3." aditamento à Instrução n." 2508 — Sinaliza- Secretaria da Direcção Geral. ção da estação de Figueira da Foz. 3.° aditamento à Instrução n.0 2517 de 30-9-957 II —Divisão da Explorafão — Sistema de numeração de circulações da Rede Serviço do Movimento Geral. Ordem do Dia n." 4605 de 24-9-957 — Mudança C) — Divisão (D. P. M.) da hora legal. 0 Comunicação-Circular n. 2 de 22-8-957 Arcos A—Comunicação-Circular n.° 893 de 10-8-957 para colocação de encerados (Experiência). e n." 894 de 2-10-957 — Encerados afectos ao trans- porte de adubos. D) —Servifo Comercial e do Tráfego 1.° aditamento à Comunicação-Circular n.0 891 de 28-9-957 — Nomenclatura dos modelos da série M. Comunicação-Circular n." 125 de 30-10-957 — Estações e apeadeiros que servem as cidades de Lis- Ordens de Serviço da série M de n.° 563 de boa e . 2-8-957 ao n° 653 de 28 11-957. Carta-Impressa n.° 7^0 de 22-10-957 — Rectifi- cação de erro tipográfico no 233° Complemento à B) Serviço do Movimento (Estudos) Tarifa de Camionagem. Instrução n.0 2675 de 2-8-957 — Sinalização da Aviso ao Público B n.° 244 de 9-8-957 — Bilhe - estação da Amadora. tes especiais, para várias estações da Linha de Gui- Instrução n.° 2676 de 2-8-957 — Sinalização da marães. estação de V. R. de Santo António e do apeadeiro de Aviso ao Público B n.0 245 de 22-8-957 — En- V. R. de Santo António-Guadiana. cerramento do Despacho Central de Margem. Instrução n° 2677 de 7-8-957 — Sinalização do A viso ao Público R n." 246 de 22-8 957 e 16-9-957 apeadeiro-resguardo do Paraimo e do ramal parti- — Transporte de mercadorias destinadas ao Algarve. cular, «Paraimo-Gessos». Aviso ao Público B n.0 241 de20-9-947 — Trans- Instrução n.a 2678 de 20-8-1957 — Levantamento porte de carvão vegetal. do Ramal particular «Óbidos-Cuf». A viso ao Público B n." 248 de 1-10-957 — Agru - Instrução n.° 26 79 de 23-8-957 — Levantamento pamento de mercadorias abrangidas pelo Capitulo I do ramal particular «Sabugo-Baptista» e sinalização da Tarifa Especial Interna n.0 1. do desvio inserido ao quilómetro 29,840-Oeste, para Aviso ao Público B n." 249 de 11-10-957 — En- serviço privativo da Divisão de Via e Obras. cerramento de Despacho Central de Lixa. Instrução n.0 2680 de 27-8-957 - Sinalização 7.", 8.° e 9." aditamentos aos Quadros das Dis- provisória da estação de Braço de Prata. tâncias de 20-8-957, 13-9-957 e 13-9-957, referente a Instrução n." 2681 de 3-9-957 — Sinalização das Paraimo, vários apeadeiros da Linha de Oeste e estações de Azambuja, Reguengo e Setil. Pereira do Campo, Ameal e Espadaneira. Instrução n.a 2682 de 26-9-957 — Sinalização do 53.°, 54." e 55." aditamentos ao Indicador Ge- desvio de Setúbal-Mar. ral das Estações de 20-8-957, 3-9-957 e 26-10-957. Instrução n.0 2683 de 10-10-957 e I.0 aditamento 26." aditamento ao Indicador Geral dos Ra- de 8-II-957 _ Sinalização da estação de Setil. mais e Cais de 23-11-957. Instrução n." 2684 de 10-10-957 - Sinalização Tarifa Geral de Transportes—Tabelas de Pre- da estação de Livração (Via estreita). ços. Reimpressão (em vigor desde 1-4-952). Instrução n." 2685 de 18-11-937 — Cantonamento Anexo à Tarifa Internacional de Cupões T. /. automático entre Lisboa-R e Campolide. C. de 28-10-957. Instrução n.o 2686 de 18-11-957 — Levantamento I.0 aditamento à Tarifa Internacional (Ao de desvios para serviço da Divisão de Via e Obras, na Anexo 2) entre Portugal, França e o Sarre de . 29-8-957. 4.° aditamento à Instrução n." 2076 de 22-11-957 I.0 aditamento ao Anexo 3 à Tarifa Interna- —Sinalização da estação de Pampilhosa (lado Sul). cional, entre Portugal e Itália de 29-8-957. 23 PROMOÇOES

Foram promovidos a Engenheiros de 5.a classe, os Engenheiros Ajudantes Eduardo Ferrugento Gon- çalves, António Ribeiro Góis, Tiago Moura Ferreira, Ernesto Maria Salvado, Francisco Ribeiro Bernardo, Jayme Henriques de Vasconcelos, Joaquim Trindade de Almeida, Franklin de Matos Torres e Joaquim Duarte das Neves.

AGENTES QUE COMPLETARAM 40 ANOS DE SERVIÇO

Artur Joaquim José — Chefe Cândido Lopes de Brito — de estação de 2." classe em Ven- Chefe de estação de 1 .a classe em das Novas. Admitido como carre- Contumil. Admitido como prati- gador auxiliar em 31 de Outubro cante em 12 de Outubro de 1917, de 1917, passou a conferente em nomeado aspirante em 30 de No- m 11 de Junho de 1919, nomeado as- vembro de 1923, foi promovido a pirante de estação em 17 de Maio factor de 3." classe em 8 de Ja- m de 1920, foi promovido a factor neiro de 1925, a factor de 2.a clas- mm de 3." classe em 21 de Junho de se em 1 de Março de 1928, a fac- 1923, a factor de 2.a classe em 18 tor de l.a classe em 1 de Janeiro I de Agosto de 1925, a factor de l.a de 1931, a chefe de 3.a classe em í classe em 1 de Janeiro de 1930, e 1 de Janeiro de 1945, e a chefe de a chefe de 3.a classe em 1 de Julho de 1948. Em Virtu- 2.a classe em 1 de Janeiro de 1952. Em virtude do de do A. C. T., passou a chefe de estação de 3.a classe A. C. T., passou a chefe de estação de 2.a classe a a partir de 1 de Julho de 1955, e a chefe de 2." classe partir de 1 de Julho de 1955, e a chefe de estação em 1 de Outubro de 1956. de l.a classe em Outubro de 1956. Francisco Esteves dos Santos Alexandre dos Santos Crujo — Chefe de estação de l.a classe — Escriturário de l.a classe Fis- em Estremoz. Admitido como calização das Receitas em Figuei- praticante em 1 de Outubro de ra da Foz. Admitido como prati- 1917, promovido a factor de 3.a . cante em 20 de Novembro de 1917, -V classe em 28 de Novembro de passou a Amanuense praticante 1919, a factor de 2.a classe em 21 em 26 de Janeiro de 1920, a ama- de Junho de 1923, a factor de l.a nuense de 3.a classe em 19 de De- classe em 12 de Fevereiro de zembro de 1921, a amanuense de a 2.a em 1 de Outubro de 1925, e 1926, a chefe de 3. classe em 1 a % de Janeiro de 1940 e a chefe de empregado de 2. cl. em 1 de Ja- 2." classe em 1 de Janeiro de neiro àe 1947, e empregado de l.a 1952. Em virtude do A. C. T., passou a chefe de estação cl. em 1 de Janeiro de 1952. Em virtude do A. C. T., de 2.a classe a partir de 1 de Julho de 1955, e a chefe passou a escriturário de l.a classe, a partir de 1 de de estação de 1.a classe em 1 de Outubro de 1955. Julho de 1955.

SUMÁRIO

O COMBOIO PENDULAR * FOMENTO ECONOMICO E PLANEAMENTO DE TRANSPOR- TES INTERNOS, pelo Dr. Torroais Valente * DE DENTRO PARA FORA, pelo Dr. Ary dos Santos * OS NOSSOS CONCURSOS O RAMAL DE MOURA E A PAISAGEM ALENTEJANA, por Manuel Duarte Gomes * NOVIDADES FERROVIÁRIAS - O COMBOIO «PENDULAR» J4 FESTEJOS DO NATAL NA C. P. ^ DELEGAÇÃO TURÍSTICA DOS FERROVIÁRIOS « APONTAMENTOS FEMININOS - NOTAS E MODAS, por Carolina Alves * RESULTADO DUM CONCURSO * NOTICIÁRIO DIVERSO * PÁGINA DESPORTIVA, por Carvalho dos Santos DELEGAÇÃO TURÍSTICA DOS FERROVIÁRIOS - AVISO *4 DOS JORNAIS ■* REGULÀMENTAÇÂO DISPERSA * PESSOAL NA CAPA: Força e poder — Foto de Vitor Manuel Chagas dos Santos J. WIMMER & Co. PENSÃO AVENIDA Av. 24 de Julho, 34 — Caixa Postai 243 Classificada de l.a classe pelo S. N. I. Telf. £6 0127 — 66 0128 — 66 0129—Estado 48 CAFÉ TURISMO LISBOA Telefones 7626 e 7642

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