REFER EPE R E D E F E R R O V I Á R I A N A C I O N A L

D I R E C Ç Ã O G E R A L D E P L A N E A M E N T O E E S T R A T É G I C A

D I R E C Ç Ã O D E G E S T Ã O D E A T R A V E S S A M E N T O S E P A S S A G E N S D E N Í V E L

Segurança no Atravessamento da Via-Férrea

2010

REFER-GCA RELATÓRIO de ACTIVIDADES CP00000071

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

ÍNDICE

Sumário …………..………………………………………………………………………………………….. 1

Introdução …………………………………………………………………………………………………... 3

1 - Acções Desenvolvidas …………………………………………………………………...…...... 4

1.1 – Supressão e Reclassificação de PN …………………………………………...... 4

1.2 – Medidas de Mitigação do Risco ………….……………………………………………... 7

1.3 – Acções Estratégicas ….. ………………………………………….……..……………….. 10

2 – Quantidade e Evolução das Acções em PN………………………………..………………...... 15

3 – Sinistralidade em PN ………………………………………………………….…………………..……. 18

3.1 – Registo em 2010 …………………… …………………………………..………………… 18

3.2 – Consequências estimadas para a sociedade…………………….………...………… 19

3.3 – Evolução da sinistralidade….. ……………………………………….…………………… 19

4 – Estratégia ………………………………..………………………………………………………………. 20

4.1 – Modelo de Risco …………………… ………………………………………….…………. 20

4.2 – Acções preponderantes em 2011 para a implementação da estratégia …….….. 20

5 – Conclusões ……………………………………………………………………………………………… 23

ANEXO 1 – Acções Realizadas – Quadros Globais

ANEXO 2 – Acções Realizadas – Pormenor

ANEXO 3 – Passagens de Nível Existentes em 31/12/2010

ANEXO 4 – Cálculo de Indicadores

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Sumário

A segurança em Passagens de Nível (PN) constitui uma das prioridades da REFER, enquadrada pelo Decreto-Lei nº 568/99 de 23 de Dezembro e pelos objectivos de redução da sinistralidade fixados nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário.

Em cumprimento do referido diploma legal, a REFER elabora anualmente um Plano de Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível. Na concretização do Plano de 2010 foram suprimidas 53 passagens de nível e reclassificadas 54, com um investimento global de cerca de 29,4 Milhões de Euros.

Destes, 25,7 Milhões foram suportados pela REFER que realizou 94 acções – a grande maioria (88%), à semelhança dos anos anteriores. As restantes 13 foram executadas por Entidades Externas, em parceria com esta Empresa.

Destas acções, 35 (14 supressões e 21 reclassificações) foram referentes a PN não enquadradas no Regulamento de Passagens de Nível (PN de 5ª Catª). Refere-se que, não sendo possível a adequação ao Regulamento de todas as PN de 5ª Catª no prazo legal (Janeiro de 2011), foi solicitada em Novembro de 2010 nova prorrogação deste prazo, cuja decisão se aguarda.

Em resultado das acções promovidas, o número de PN nas linhas em exploração (conforme a IET50) passou para 1107 em 31/12/2010, das quais 464 (41,9%) estão dotadas de equipamentos activos de protecção (automatização ou guarnecimento).

A estas acções de supressão e reclassificação acrescem ainda diversas acções de mitigação do risco, quer específicas para uma dada PN, quer de âmbito mais lato.

Cumprindo o determinado no Decreto-Lei nº 568/99, concluiu-se em 2010, com recolha dos dados de 718 PN, a nova caracterização das PN em linhas com exploração ferroviária, processo efectuado com meios internos e de forma mais abrangente, envolvendo também o levantamento dos dados inerentes ao risco em cada PN.

Deu-se igualmente seguimento ao procedimento de acordos com os Municípios para a supressão e reclassificação de PN, tendo-se desenvolvido os processos conducentes à celebração de protocolos que prevêem, no seu conjunto, a supressão de 53 PN e a reclassificação de 19.

No âmbito da campanha “Pare Escute Olhe” e associada ao lançamento do “Livro Verde sobre Segurança em Passagens de Nível”, decorreu até 31 de Março de 2010, uma Consulta Pública, com divulgação em diversos media. Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 1

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Na sequência da primeira iniciativa, em Junho de 2009, celebrou-se no passado dia 22 de Junho o “Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível”. Nessa data, a REFER apresentou o balanço de um ano da campanha “Pare Escute Olhe”, que decidiu prolongar por mais 1 ano, divulgou os resultados da referida Consulta Pública e as perspectivas para 2010-2015 sobre esta matéria.

Em 2010 ocorreram 38 acidentes em PN, de que resultaram 11 mortos, 3 feridos graves e 4 feridos ligeiros, a que corresponde um FWI1 de 11,32.

Este número é bastante inferior à meta para 2010 (menos de 46 acidentes), tendo em vista o cumprimento do objectivo de redução da sinistralidade fixado para 2015, representando uma redução de 22% face a 2009.

Os impactos económicos para a sociedade, resultantes dos acidentes registados em 2010, foram cerca de 9,5 milhões de euros, apurados tendo em conta o número de vítimas e os atrasos incorridos pelos clientes do caminho-de-ferro.

As acções havidas em PN têm tido repercussão positiva nos índices de sinistralidade verificados nos últimos onze anos, registando o número total de acidentes uma importante redução progressiva (de 154 em 1999 para 38 em 2010).

Contudo, regista-se que são as colhidas as responsáveis pelo maior número de mortos e que uma parte muito significativa dos acidentes (42%) ocorre em PN automatizadas ou guardadas, pelo que as campanhas de sensibilização nas escolas e nos “media” serão cada vez mais importantes.

Constituindo a redução da sinistralidade o objectivo central das acções em Passagens de Nível, é determinante para o cumprimento do mesmo objectivo que essas acções sejam suportadas numa estratégia baseada num Modelo de Risco.

Nesse sentido, e dando sequência ao projecto desenvolvido nos anos transactos, deu-se início em 2010 à avaliação do risco nas PN com recurso à Ferramenta de Avaliação do Risco, a qual possibilita o planeamento das acções com análise custo/benefício de cada intervenção, método este já empregue na elaboração do Plano para o triénio 2011-2013.

É intenção estender esta avaliação já em 2011 a todas as PN, tendo em vista uma avaliação global do risco, bem como a hierarquização das PN segundo o seu risco associado.

1 Fatalities and Weighted Injuries = mortos + feridos graves/10+ feridos ligeiros/200

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 2

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Introdução

As passagens de nível, constituem-se como uma das componentes mais perturbadoras do sistema de exploração ferroviário, sendo também pontos de conflito geradores de permanente insegurança.

O aumento dos fluxos do tráfego rodoviário e das velocidades das composições ferroviárias contribuem para o incremento do risco nas passagens de nível (PN), pelo que só através de uma política consertada de supressão e de reforço da segurança das que subsistem se poderá reduzir a sinistralidade.

Essa política de supressão e reclassificação de PN está enquadrada pelo Decreto-Lei nº 568/99 de 23 de Dezembro que estabelece a obrigação da REFER, da Estradas de e das Autarquias que tenham a seu cargo vias rodoviárias que incluam passagens de nível de elaborarem programas plurianuais de supressão, visando a redução do número de acidentes.

No que diz respeito à redução da sinistralidade em passagens de nível a REFER tem ainda fixados objectivos nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário.

O Grupo de Trabalho que preparou o Decreto-Lei nº 568/99 definiu como objectivo a redução do número de passagens de nível de modo a atingir-se a densidade de 0,5 PN/Km em 2006 – valor considerado de referência a nível europeu. Esse objectivo foi atingido em 2005, fruto do esforço da REFER na concretização do Plano de Supressão.

Contudo, porque não se revelava possível continuar com os níveis de intervenção que até então se vinham a registar, já que com a redução do número de passagens de nível as soluções para as que subsistem se tornam cada vez mais complexas, a REFER redefiniu a sua estratégia: Os objectivos foram fixados em termos da redução da sinistralidade e as acções a desenvolver passaram a ser baseadas em análises de risco,

No presente relatório faz-se o resumo das consequentes acções desenvolvidas em 2010 no âmbito da segurança nos atravessamentos de nível ao caminho-de-ferro, bem como a sua avaliação em face do objectivo central de redução da sinistralidade.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 3

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

1. Acções Desenvolvidas

Tendo por objectivo a redução da sinistralidade nos atravessamentos ao caminho-de-ferro, foram desenvolvidas as seguintes acções em 2010:

1.1. Supressão e Reclassificação de PN

1.1.1. Plano de 2010

Em concretização do Plano de Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível (PN) para 2010, Plano este a que a REFER está obrigada nos termos do artº 2º do Decreto-Lei nº 568/99 de 23 de Dezembro e cuja materialização está atribuída à REFER, às Autarquias e à Estradas de Portugal, foram executadas 107 acções, com a seguinte distribuição:

Passagens de Nível Suprimidas: 53

Passagens de Nível Reclassificadas: 54

Destas intervenções, 94 (88%) foram realizadas pela REFER e as restantes 13 por Entidades Externas, em parceria com esta Empresa.

O investimento total para a sua concretização foi de cerca de 29,4 Milhões de Euros, dos quais 25,7 Milhões de Euros foram suportados pela REFER, conforme se ilustra no quadro seguinte, discriminado por tipo de intervenção.

PN PN Custos Realizado (Euro) Obra Suprimidas Reclassificadas REFER EXTERNO TOTAL Automatização ‐ 42 2.215.208 ‐ 2.215.208 Caminho Alternativo 19 4 1.205.002 150.000 1.355.002 Passagem Desnivelada 33 4 22.283.756 3.564.808 25.848.564 Outros 1 4 3.032 ‐ 3.032 Total Geral 53 54 25.706.998 3.714.808 29.421.806 O Plano de Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível de 2010 contemplava um total de 151 acções (73 supressões e 78 reclassificações), com um investimento previsto de cerca de 34,7 Milhões de Euros.

Assim, a concretização do Plano foi de 71% das acções previstas, com um desvio no investimento de cerca de menos 5,3 Milhões de Euros.

De entre as causas que contribuíram para este desvio, salientam-se:

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 4

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

− Condicionalismos exteriores à REFER (oposição das populações, disponibilização de terrenos por Autarquias e atrasos de obras de Entidades Externas); − Atrasos de obras da REFER; − Condicionamentos técnicos (homologação de equipamentos na automatização de PN da ).

Fig. 1 – Construção de Passagem Superior para supressão de PN

1.1.2. Plano de Adequação das PN ao Regulamento (PN de 5ª Catª)

Dando provimento ao pedido efectuado pela REFER, o Decreto-Lei nº 77/2008 de 23 de Abril veio estabelecer um novo período, de mais três anos, até Janeiro de 2011, do prazo previsto no Decreto-Lei nº. 568/99 de 23 de Dezembro, que publica em anexo o Regulamento de Passagens de Nível (RPN), para a adequação pela REFER, como entidade gestora da infra- estrutura ferroviária, das Passagens de Nível a este Regulamento.

Em suporte a esse pedido de prorrogação foi elaborado em 2007 o Plano de Adequação das Passagens de Nível ao RPN, definindo, para cada PN de 5ª Catª ainda existente, a respectiva solução prevista, custo estimado associado e sua programação.

Neste âmbito foi concretizada em 2010 a supressão de 14 PN e a reclassificação de 21.

Refere-se que não sendo possível a adequação ao Regulamento de todas as PN de 5ª Catª no prazo legal (Janeiro de 2011), foi solicitada em Novembro de 2010 nova prorrogação deste prazo, cuja decisão se aguarda.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 5

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

1.1.3. Automatizações Simplificadas de PN na Linha do Vouga

Para a efectiva redução da sinistralidade nas passagens de nível da Linha do Vouga, que em 2009 representou 36% do total dos acidentes em PN, e em alinhamento com os objectivos Nacionais, a REFER tem em curso um Plano específico que contempla a supressão de cerca de 50 PN e a automatização de 80, pretendendo-se com a sua implementação uma redução de 70% no número de acidentes até ao final de 2011, com referência ao ano de 2006, isto é, menos de 9 acidentes.

Neste âmbito, em 2010 foram materializadas as automatizações de 42 PN, adjudicadas à ALSTOM Transportes SA em 2008.

Com estas automatizações, dá-se sequência ao processo de instalação de soluções simplificadas de automatização que, enquadrando-se nas características, de infra-estrutura e exploração da Linha do Vouga, permitem uma redução significativa dos custos de investimento e de manutenção.

Fig. 2 – Sinal Ferroviário SPN

Refere-se que o citado contrato com a ALSTOM prevê igualmente o reforço das condições de segurança desta Linha no que se refere ao comando e controlo da circulação, através da implementação de um novo Fig. 3 – Automatização de PN na Linha do Vouga sistema denominado SISE, concebido por técnicos da REFER e que poderá vir a ser estendido a outras linhas com idênticas características.

1.1.4. “Piquetagens” para automatização de PN

Na sequência da adjudicação à EFECEC de um contrato para a automatização de 23 PN, procedeu-se em 2010 à respectiva “piquetagem” no terreno para a definição e disposição Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 6

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010 dos equipamentos constituintes dessas automatizações, acção esta que foi executada em articulação entre os vários órgãos intervenientes da REFER e o adjudicatário, na perspectiva da optimização dos equipamentos face ao risco.

1.2. Medidas de Mitigação do Risco

Para o alcançar dos objectivos definidos de redução da sinistralidade e em complemento das acções de supressão e reclassificação, é importante a adopção de outras medidas de menor custo e prazo de concretização que, actuando em factores identificados, conduzam à minimização do risco nos atravessamentos ao caminho-de-ferro, como sejam:

• Beneficiação das condições do atravessamento (melhoria de pavimentos, separação dos tráfegos rodoviário e pedonal, regularização das zonas de transição dotando as PN de patamares de acesso); • Reforço da sinalização rodoviária vertical e horizontal (colocação de sinalização avançada, bandas cromáticas na aproximação a PN); • Reforço da segurança em PN pedonais, incluindo a sua automatização, redução dos tempos de anúncio ou reforço da sinalética de “perigo”; • Maior separação dos ambientes ferroviário e rodoviário na zona da PN (pintura de “yellow box”, limites de paragem); • Reforço da iluminação pública na zona da PN.

Neste âmbito, realça-se em 2010:

1.2.1. Intervenções específicas por PN

− Reforço de segurança no atravessamento pedonal entre plataformas no Apeadeiro de Casais [], ao PK 212,562 da , incluindo a dotação de sinalização automática luminosa e sonora.

Fig. 4 – Atravessamento pedonal no Ap. de Casais (L. Norte) – mitigação do risco Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 7

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

− Intervenção na PN de Peões ao Km 213,790 da Linha do Norte (Espadaneira), incluindo beneficiação do pavimento, colocação de labirintos e reforço da sinalização.

Fig. 5 – PN ao Km 213,790 da Linha do Norte (Espadaneira) – mitigação do risco

− Intervenção na Passagem de Nível pedonal ao km 117,667 da , tendo por objectivo a mitigação do risco de “trespassing” e a melhoria da acessibilidade, incluindo a de pessoas com mobilidade reduzida.

Fig. 6 - PN de Peões ao Km 117,667 da Linha do Oeste – mitigação do risco

Observa-se que, como factor inovador, foram introduzidos nesta PN elementos dissuasores do “trespassing”, constituídos por piso intencionalmente irregular, contíguo ao pavimento da PN).

− Beneficiação da inserção na Passagem de Nível ao km 3,276 da Linha do Vouga (troço Sernada - Aveiro), tornando ortogonais os seus acessos imediatos face à via-férrea, com nova localização ao Km 3,405.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 8

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Fig.7 - PN ao Km 3,276 da Linha do Vouga (novo PK 3,405) – mitigação do risco

− Incremento da segurança na PN ao Km 50,274 da , incluindo a adequação e reforço da sinalização pedonal.

Fig. 8 - PN de Peões ao Km 50,274 da Linha do Douro – mitigação do risco

1.2.2. Instalação de novas campainhas de estado sólido

Deu-se continuidade à aplicação das novas campainhas de estado sólido, sem necessidade de manutenção, com possibilidade de regulação do volume sonoro e que apresentam ainda uma redução significativa do seu nível sonoro a partir de um raio de 20m, o que, não influindo no seu desempenho, as torna particularmente adequadas a zonas residenciais.

Neste âmbito, em 2010 procedeu-se à instalação destas campainhas em 2 PN de Peões da Linha do Norte - PN ao Km Fig. 9 – Campainha de Estado Sólido Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 9

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

300,581(Ovar) e PN ao Km 329,259 (Madalena) -, devendo as mesmas passar a ser utilizadas nas automatizações de PN situadas em zonas urbanas.

1.2.3. Sinalização em PN pedonais

Em 2010 foram aprovadas as novas placas de sinalização “Pare, escute e olhe” (PEO) a utilizar em PN de Peões para via única e dupla, bem como para locais com elevada utilização por turistas (placa bilingue), prevendo-se a sua aplicação progressiva na Rede Ferroviária Nacional.

Fig. 10 – Placas de Sinalização ”Pare, escute e olhe” (PEO)

1.3. Acções Estratégicas No âmbito das acções que, quer pelo seu carácter inovador, quer por permitirem um planeamento mais sustentado dos investimentos nos próximos anos, contribuem decisivamente para a redução na sinistralidade, foram desenvolvidas em 2010:

1.3.1. Acordos de Protocolo com Entidades Externas

Para a programação e desenvolvimento sustentado dos Planos de Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível, bem como de mitigação do risco, tem sido objectivo promover o acordo global das soluções definidas para as PN em cada Concelho, com as respectivas Câmaras Municipais.

Neste âmbito, em 2010 foram desenvolvidos os processos conducentes à celebração de Acordos de Protocolo, nos seguintes Municípios:

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 10

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

PN a PN a - Municípios - Suprimir Reclassificar Barcelos 23 - Caldas da Rainha 2 - Caminha 1 - Castro Verde 4 2 Covilhã 2 - Elvas 2 4 Espinho - 8 Évora 3 - 7 - Lisboa 1 - Ourique 2 1 Salvaterra Magos 4 1 Vila Franca Xira / Obriverca 1 - Santo António 1 3 Total Geral 53 19

Estes Protocolos prevêem, no seu conjunto, a supressão de 53 PN e a reclassificação de 19.

1.3.2. Avaliação do Risco em Passagens de Nível

Nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário encontra-se definida para o indicador de sinistralidade em PN uma exigente meta de redução de 60% em 2015, face à situação de 2005, o que impõe a necessidade de conhecimento dos riscos específicos inerentes a cada uma das PN, a definição de medidas mitigadoras desse risco e o recurso a uma análise mais selectiva dos investimentos na Supressão e Reclassificação de PN, de forma a garantir o sucesso no cumprimento deste objectivo.

Nesta área, e na sequência do projecto desenvolvido nos anos transactos, teve início em 2010 a avaliação do risco em Passagens de Nível com recurso à ferramenta de cálculo do risco em PN que permite determinar, para cada PN, os factores e índice global de risco, bem como o impacto no mesmo das possíveis intervenções.

Esta avaliação, que possibilita o planeamento das acções com análise custo/benefício de cada intervenção, direccionando-as para a diminuição efectiva do risco e consequentemente para a optimização dos recursos envolvidos, foi já empregue na elaboração do Plano para o triénio 2011-2013.

1.3.3. Peritagens Técnicas em PN

Tendo em vista a avaliação de factores de risco e a consequente apresentação de propostas de medidas mitigadoras desses riscos, deu-se continuidade às peritagens técnicas

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 11

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010 de PN na sequência de acidentes, ou de outras PN que, mesmo sem registo de acidentes, revelaram factores de risco passíveis de mitigação.

Neste âmbito, realizaram-se em 2010 as seguintes peritagens técnicas em PN:

− PN ao km 74,552 da Linha do Norte (Estação de Santarém); − PN ao km 4,768 do Ramal do Louriçal; − PN ao Km 329,259 da Linha do Norte (Apeadeiro de Madalena).

Fig. 11 – Acções de Mitigação do Risco na PN 74,552 da Linha do Norte (Santarém) – Esquema

1.3.4. Caracterização das Passagens de Nível, 2009-2010

Nos termos do Regulamento de Passagens de Nível (Decreto-Lei nº 568/99), cumpre à REFER a actualização periódica, de 5 em 5 anos, dos dados de todas as PN existentes, compreendendo as suas características físicas e de utilização.

Em cumprimento desta disposição, efectuou-se em 2010 a caracterização de 718 PN, com o que se concluiu o novo processo de caracterização das PN existentes em linhas com exploração, iniciado em 2009 e que incidiu num total de 933 PN.

Com o actual processo de análise do risco das PN, é necessária a determinação de um novo conjunto de dados, tanto da própria PN, como da sua utilização e envolvente, a utilizar como “inputs” na ferramenta de cálculo do risco.

Assim, o referido processo de caracterização foi desta feita mais abrangente, acrescendo aos dados que já vinham sendo recolhidos em actualizações anteriores, os novos elementos Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 12

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010 necessários ao cálculo do risco, aumentando assim quer o volume de informação adstrito, quer o know-how específico requerido para este trabalho.

Neste contexto, a caracterização foi efectuada por meios internos da REFER, com equipas formadas por elementos da Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível (DGPE/PN) e das Unidades Operacionais, garantindo-se desta forma quer a qualidade do trabalho face ao Know-how detido pela DGPE/PN, quer o pretendido alargamento desse mesmo know-how aos órgãos operacionais da REFER. Para este processo havia sido previsto um custo total de 600.000 €, tendo por referência o custo da última campanha semelhante, realizada em 2004/2005 com recurso a prestação de serviços. Efectivamente, mesmo com a posterior entrada em vigor da IET 77 que implicou um reforço dos meios humanos para cumprir as normas de segurança, o custo total afecto à Direcção PN para a globalidade da caracterização, incluindo remunerações, alojamento, combustíveis e portagens, foi de 121.181 €, ou seja cerca de 130 €/PN.

Apesar do esforço suplementar requerido por este trabalho - repartido por todos os colaboradores da Direcção PN ao longo do ano e meio da sua duração, e que está patente nos 4130 Homens-hora associados e cerca de 57.000 km percorridos na sua realização -, o resultado é amplamente positivo, quer em termos de economia para a empresa, quer do Know-how consolidado e transmitido.

1.3.5. Atravessamentos não autorizados no canal ferroviário (“Trespassing”)

À semelhança de outras Redes da União Europeia, a sinistralidade devida ao atravessamento ou circulação não autorizada do canal ferroviário, vulgo “trespassing”, assume valores elevados na Rede Ferroviária Nacional (RFN), quer em número de acidentes, quer sobretudo nas suas consequências.

Face a essa realidade foi desenvolvido em 2009 por Grupo de Trabalho transversal à Empresa, a análise do “trespassing” na RFN, de que resultou a definição de uma estratégia de actuação global para a redução da sinistralidade resultante.

No âmbito desta estratégia, foi dado continuidade em 2010 ao processo de identificação e análise dos locais de “trespassing”, bem como à definição das soluções para a sua resolução.

Em sequência, foi efectuada também em 2010 uma primeira hierarquização, segundo o risco, dos locais de “trespassing” identificados. Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 13

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

1.3.6. Avaliação do risco de atravessamentos de nível em Estação

Aproveitando a experiência adquirida na avaliação do risco em Passagens de Nível, bem como nas acções desenvolvidas no processo referente ao “trespassing”, alargou-se também este procedimento a atravessamentos de nível pedonais, situados entre cais de estações ou apeadeiros, tendo-se efectuado em 2010:

− Estudo dos atravessamentos de nível de todas as Estações e Apeadeiros da Linha do Norte com serviço comercial; − Atravessamentos pedonais na zona do Apeadeiro de Canal Caveira, na .

1.3.7. Campanhas de Sensibilização para a segurança em PN

Fazendo parte da campanha de sensibilização “Pare Escute Olhe” e associada ao lançamento do “Livro Verde sobre Segurança em Passagens de Nível” decorreu até 31 de Março de 2010 uma Consulta Pública com o objectivo de lançar o debate público sobre esta problemática e colher contributos para a implementação de novas medidas que permitam combater a sinistralidade nestes atravessamentos da linha-férrea.

Esta Consulta Pública foi divulgada no Portal do Cidadão e Portal da Empresa, na rede Multibanco, entre 15 e 28 de Fevereiro, através de anúncios na televisão, entre 6 e 12 de Março, na imprensa, na rede interna de televisão presente nalgumas estações ferroviárias e através da distribuição de folhetos informativos junto dos passageiros dos comboios e Intercidades da CP e junto dos habitantes de freguesias onde existem passagens de nível particularmente problemáticas.

Na sequência da primeira iniciativa lançada à escala europeia, em Junho de 2009, com o propósito de chamar a atenção para a problemática da segurança em passagens de nível, celebrou-se, no passado dia 22 de Junho, o “Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível”, com o apoio das Nações Unidas, da Comissão Europeia, das associações ferroviárias europeias e internacionais e das associações rodoviárias, entre outros, que envolveu 45 países.

Para assinalar a data, a REFER apresentou o balanço de um ano da campanha de sensibilização e segurança “Pare Escute Olhe”, campanha esta que decidiu prolongar por mais 1 ano, divulgou os resultados da referida Consulta Pública associada ao “Livro Verde sobre Segurança em Passagens de Nível” e as perspectivas para 2010-2015 sobre esta matéria.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 14

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

2. Quantidade e Evolução das Acções em PN

No final de 2010 existiam 1107 PN no universo das Linhas com Exploração Ferroviária (IET50), com a seguinte tipologia:

Tipo de PN Quantidade

Automáticas (Rodoviárias): Automatizadas com duplas meias barreiras 2 Automatizadas com meias barreiras 332 345 Automatizadas sem obstáculo 11 Com Guarda 89

PN Públicas Sem Guarda Tipo D 276 396 5ª Catª 120 Peões Automáticas 23 152 Não Automáticas 129 Total de PN Públicas 982 Automáticas 7 PN Particulares 125 Não Automáticas 118 TOTAL DE PN 1 107 Nota: As PN de 5ª catª são as que não dispõem da distância de visibilidade mínima exigida pelo Regulamento de Passagens de Nível, anexo ao Dec.-Lei nº 568/99.

Destas 1107 PN, 464 (41,9%) encontram-se dotadas de equipamento de protecção activa (automatização ou guarnecimento).

A consequente densidade média de PN na Rede Ferroviária Nacional no final de 2010 era de 0,389 PN/Km, sendo a sua distribuição por Linha conforme a Fig. 10.

Fig. 12 – Densidade de PN por Linha Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 15

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

O gráfico seguinte (Gráfico 1) reflecte a evolução do número de passagens de nível e das acções desenvolvidas nos últimos 11 anos, após a entrada em vigor do DL 568/99:

Gráfico 1 – Número de PN e acções desenvolvidas – Evolução

Nº de PN à data de entrada em vigor do DL 568/99: 2494 Nota: Para além das supressões ocorridas, o número de PN em 2010 reflecte também a exclusão das PN do Ramal da Lousã da RFN, bem como a regularização do cadastro de PN.

Para além das acções constantes deste quadro, há a salientar as várias acções de beneficiação das condições de segurança de PN efectuadas em 2010, com resultados visíveis ao nível da redução da sinistralidade mas que, por não levarem à reclassificação das mesmas PN, não se contabilizam nesta estatística.

Apresenta-se nos gráficos seguinte (Gráfico 2) a distribuição, por tipo, das PN existentes à data da entrada em vigor do DL 568/99 e no final de 2009, verificando-se comparativamente:

- A redução (956 PN) do número de PN de 5ª Catª, não enquadradas no Regulamento de Passagens de Nível, verificada nos últimos onze anos;

- O considerável aumento do número das PN automatizadas com meias barreiras, bem como o valor hoje quase residual das PN automáticas sem obstáculo.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 16

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

- O aumento da percentagem global das PN públicas rodoviárias dotadas de protecção activa (automatizadas e com guarda), acompanhando semelhante redução percentual das PN sem guarda (de tipo D e 5ª Catª).

Gráfico 2 – PN por tipo – distribuição comparativa 1999/2010

ANO Autom. MB Autom. s/MB Com Guarda Tipo D 5ª Catª Peões Particulares Total 1999 211 139 291 179 1076 260 338 2494 2010 334 11 89 276 120 152 125 1107

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 17

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

3. Sinistralidade em PN

3.1. Registo em 2010

Em 2010 ocorreram 38 acidentes em PN, sendo 29 colisões e 9 colhidas, de que resultaram 11 mortos, 3 feridos graves e 4 feridos ligeiros, a que corresponde um FWI2 de 11,32.

Acidentes Número Mortes Feridos Graves Feridos Ligeiros

Colhida9710

Colisão 29 4 2 4 Total Geral 38 11 3 4

Este número total de acidentes é bastante inferior à meta para 2010 (menos de 46 acidentes), tendo em vista o cumprimento do objectivo de redução da sinistralidade fixado para 2015 nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário, representando uma redução de 22% face a 2009.

A distribuição destes acidentes por tipo de PN, bem como as suas consequências em FWI e atrasos nas circulações ferroviárias foi a seguinte:

Guardada ACMB D 5ª Xa X Total

Acidentes 21110103 238

Atrasos Circulação 231 2447 2228 967 750 467 7090 (m)

FWI 0,01 3,20 2,01 1,11 3,00 2,00 11,32

Nota: ACMB – Automatizada com meias barreiras; X – Peões; Xa – Peões automatizada

Estes dados confirmam que é nas PN sem equipamentos activos de protecção (PN sem guarda dos Tipo D e 5ª catª e de Peões não automatizadas) que ocorrem mais acidentes (58%).

Porém, os acidentes ocorridos em PN com equipamentos activos (guardadas e automatizadas) representam ainda assim uma parte muito significativa dos acidentes (42%), confirmando o desrespeito dos utilizadores (peões e automobilistas) pela sinalização que proíbe o atravessamento aquando da aproximação do comboio, comportamento este que só poderá ser ultrapassado com o recurso a campanhas de educação cívica e aplicação de coimas.

Verifica-se ainda que as colhidas de peões, embora representando apenas 24% dos acidentes, foram responsáveis em 2010 por quase dois terços dos mortos em PN (64%).

2 Fatalities and Weighted Injuries = mortos + feridos graves/10+ feridos ligeiros/200 Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 18

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

3.2. Consequências Estimadas para a Sociedade

Tendo por referência os indicadores para o cálculo do impacto económico dos acidentes definidos no DL n.º 62/2010 de 9 de Junho e na IET 79 “Definições para o apuramento de Indicadores Comuns de Segurança”, obtêm-se as seguintes consequências materiais para o total dos acidentes ocorridos nas PN em 2010:

Valor total de Prevenção das Vitimas - (VPV total): 9.092.355,96 Euros 3 em que VPV é o “Valor de Prevenção de uma Vítima” que, conforme a IET 79, traduz o valor que a sociedade atribui à prevenção de ocorrência de vítimas de acidente.

Custo atrasos comboios devidos acidentes nas PN - (CAC): 415.072,09 Euros 3 em que CAC significa o valor monetário dos atrasos incorridos pelos utilizadores, passageiros e clientes do transporte ferroviário, como consequência dos acidentes.

Junta-se, em anexo 3, o cálculo dos indicadores.

3.3. Evolução da Sinistralidade A sinistralidade em Passagens de Nível registou nos últimos anos a seguinte evolução:

Gráfico 3 – Sinistralidade – Acidentes e Consequências nos últimos 12 anos 250 40,0

225 35,7 35,0 200 30,0 175 28,2 28,4 27,3 26,5 25,0 150 24,8 25 20,9 125 20,0 20,0 17 15 18,1 17,5 18 100 15 18 14,5 15,0

75 11,3 129 14 11 10,0 106 17 50 104 95 11 90 84 11 9 58 57 5,0 25 49 44 38 29 0 0,0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Colisões Colhidas

FWI - Fatalities and weighted Injuries=Mortes+(Feridos Graves / 10)+(Feridos Ligeiros / 200)

Observa-se que a política de supressão e melhoria das condições de segurança nas PN tem contribuído para a redução continuada da sinistralidade.

3 Valor provisório: Índices (pk e tk) e taxa de crescimento do PIB per capita – Dados de 2009 Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 19

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

4. Estratégia

4.1. Modelo de Risco

Para a continuidade da redução da sinistralidade e cumprimento dos objectivos definidos para 2015 sobre a matéria nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário, é necessária a continuidade de uma estratégia para as acções em PN baseada num Modelo de Risco, ilustrada na fig.13.

Essa estratégia fará recurso às ferramentas de avaliação do risco e apoio à decisão desenvolvidas e compreenderá, para além das acções de supressão e reclassificação, intervenções de minimização do risco, de menor prazo e custo de concretização, bem como campanhas de sensibilização do público em geral.

Fig. 13 – Estratégia baseada num Modelo de Risco

4.2. Acções preponderantes em 2011 para a implementação da estratégia

4.2.1. Caracterização das PN 2009/2010 – Aferição das condições de segurança

Com base nos resultados da caracterização das PN concluída em 2010, proceder-se-á em 2011 à aferição da classificação das PN face ao Decreto-Lei, de forma a fazer face às possíveis alterações ocorridas no terreno, com a consequente regularização cadastral e

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 20

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010 previsão de eventuais reforços nas condições de segurança do atravessamento face ao previsto no Regulamento.

Proceder-se-á igualmente à avaliação caso a caso de factores de risco concretos, identificados durante aquele processo de caracterização, tendo em vista a execução de peritagens técnicas e/ou apresentação de propostas de intervenção para a mitigação dos riscos identificados.

Em balanço do processo de caracterização agora concluído, refere-se que é intenção manter a metodologia adoptada com recurso a meios internos, desenvolvendo porém doravante este processo de forma faseada, repartido pelos 5 anos de validade de cada caracterização e somente durante os meses de Março a Outubro, tendo em vista a melhor gestão dos recursos disponíveis e uma maior frequência na execução deste tipo de trabalhos, com benefício da consolidação do know-how específico junto dos órgãos operacionais da Refer.

4.2.2. Avaliação do Risco nas Passagens de Nível

Dando continuidade ao trabalho já desenvolvido em 2010 na elaboração do Plano para o triénio 2011-2013, com os dados recolhidos na caracterização e fazendo uso da ferramenta de avaliação do risco, será avaliado para cada PN o seu risco, bem como a avaliação do impacto no mesmo das várias acções possíveis de implementação na PN.

Este procedimento conduzirá, já em 2011, a uma determinação global do risco, bem como à hierarquização das PN segundo o seu risco associado.

A referida avaliação permitirá o planeamento das acções com análise custo/benefício de cada intervenção, direccionando-as para a diminuição efectiva do risco e, em paralelo, decidir sobre as medidas de mitigação dos factores de risco mais eficazes em cada caso, conduzindo à optimização dos recursos envolvidos.

4.2.3. Medidas mitigadoras do risco

As acções de mitigação do risco em PN, sejam por actuação nos equipamentos e demais características das PN, sejam por intervenção nos seus acessos em articulação com as entidades gestoras da via rodoviária, são determinantes para o atingir dos objectivos de redução da sinistralidade.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 21

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Também neste campo o uso da ferramenta de avaliação do risco em PN permitirá em 2011 uma avaliação abrangente das diversas intervenções de mitigação numa óptica custo/benefício, prevendo-se o consequente reflexo ao nível da concretização.

Para além desta actuação global, dar-se-á continuidade em 2011 às peritagens técnicas nas PN com acidentes, ou de reconhecida perigosidade, determinando possíveis factores de risco e propostas para a respectiva mitigação.

4.2.4 - Participação das Autarquias Locais

A fraca adesão das Autarquias Locais ao desenvolvimento de acções de supressão de passagens resulta, em nosso entender, maioritariamente da sua falta de capacidade financeira para assumir os compromissos resultantes da construção de passagens desniveladas e seus restabelecimentos.

Contudo, o estabelecimento de parcerias, materializadas através da celebração de protocolos, tem-se revelado como medida eficaz no envolvimento das Autarquias, quer na definição das soluções, quer na repartição do montante do investimento, pelo que será estratégia a seguir.

4.2.5. Aplicação informática para gestão integrada da informação

Dado o grande volume de informação que resulta dos processos já definidos, a que se junta o já de si elevado e diversificado universo dos dados anteriormente existentes, a eficaz gestão da informação, de forma a possibilitar o melhor planeamento das acções e sua monitorização, deverá passar pela criação, de uma nova aplicação informática que estruture e interligue todos os dados de PN e respectivas soluções previstas, eliminando redundâncias e garantindo a permanente actualidade e acessibilidade desses mesmos dados.

Em articulação com os Sistemas de informação (SI) e Recursos Humanos (RH) da REFER, está em curso processo para o desenvolvimento desta aplicação informática, em parceria com universidades ou politécnicos da área dos sistemas de informação.

Não sendo porém expectável a conclusão para breve desta aplicação, dada a complexidade do processo, encontra-se igualmente em curso, com meios internos e através da ferramenta informática “sharepoint”, uma outra solução que possibilitará no curto prazo, ainda que de forma não optimizada, a referida gestão da informação sobre as PN.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 22

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

5. Conclusões

Apesar da obrigatoriedade legal das Estradas de Portugal e das Autarquias promoverem a realização de acções de supressão de passagens de nível, regista-se que, à semelhança dos anos anteriores, também em 2009 a grande maioria das acções foram realizadas em exclusivo pela REFER.

O desenvolvimento dos Planos de Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível, bem como as acções mitigadoras dos factores de risco, têm tido repercussão positiva nos índices de sinistralidade verificados nos últimos dez anos, com o número de acidentes e sinistrados a apresentar uma importante redução progressiva, não obstante o constante aumento do parque automóvel e da mobilidade, com o inerente aumento da utilização dos atravessamentos ao caminho-de-ferro.

Gráfico 4 – Sinistralidade em PN / Sinistralidade Rodoviária

60.000 180

160 50.000 140

40.000 120

(*) 100 30.000 80 Acidentes em PN em Acidentes Acidentes Rodóviários Acidentes 20.000 60

40 10.000 Acidentes Rodoviários 20 Acidentes em PN 0 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano (*) Nota: O Relatório Anual de Sinistralidade Rodoviária de 2010 publicado pela ANSR não foi divulgado à data deste documento.

Acresce que, conforme o gráfico 4, esta tendência de decréscimo que se verifica nos acidentes em Passagens de Nível é muito mais acentuada da que se verifica nos acidentes apenas rodoviários.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 23

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

O número de acidentes em resultado da colhida de peões não tem porém acompanhado a redução que se registou no número de colisões, pelo que as campanhas de sensibilização nas escolas e nos “media” serão cada vez mais importantes.

No gráfico seguinte (Gráfico 5) evidencia-se que, com as acções desenvolvidas, se regista uma evolução da sinistralidade no sentido de, após ter sido superada a meta definida para 2009 nas Grandes Opções do Plano 2005/2009 (50% da sinistralidade em 2009 face à registada em 2004), se alcançarem também os objectivos definidos nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário, que preconizam para 2015 a redução desta sinistralidade em 60% face a 2005.

Gráfico 5 – Sinistralidade – Evolução e Objectivos

No entanto, para o cumprimento da meta fixada, é determinante a continuidade da política de definição e prioritização dos investimentos baseada num Modelo de Risco, com recurso às ferramentas de avaliação do risco e apoio à decisão, e compreendendo, para além das acções de supressão e reclassificação, intervenções de mitigação dos factores de risco, bem como o reforço das campanhas de sensibilização, de acordo com a estratégia constante da fig. 13.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 24

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Anexo 1

Acções Realizadas – Quadros Globais

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 25

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Quadro 1 – Acções de 2010 – Quantidades e Custos por Linha

PN Suprimidas PN Reclassificadas Custo Total (Euros) Linha Planeado Realizado Planeado Realizado Planeado Realizado ALENTEJO 751 - 2.703.242 1.425.220 ALFARELOS 1 - - - 250.000 ‐ ALGARVE 44 - - 823.424 911.087 BEIRA ALTA 11 - - 660.000 650.000 BEIRA BAIXA 5531 1.337.000 5.354.799 CÁCERES - -1 - 30.000 ‐ CASCAIS 11 - - 2.281.000 2.300.000 CINTURA - -22 20.000 2.032 CORGO 01 - - ‐ 1.000 DOURO 8593 4.247.373 3.456.397 FIGUEIRA DA FOZ 32 - - 250.000 166.229 LEIXÕES - -1 - 40.000 ‐ LESTE 1 -12 65.000 ‐ LOURIÇAL 11 - - 40.000 26.900 LOUSÃ - - - - ‐ MINHO 12 8 - 1 5.793.830 3.602.891 NEVES CORVO 01 - - ‐ 1.000 NORTE 13 9 - - 10.107.760 7.042.055 OESTE 32 -1 1.730.000 1.276.800 TÂMEGA -1 - - ‐ 152.544 VENDAS NOVAS 1 -1 - 228.952 ‐ VOUGA 12 7 59 44 4.051.573 3.052.852 TOTAL 73 53 78 54 34.659.155 29.421.806

Quadro 2 – Acções em 2010 – Quantidades e Custos por Executante

PN Suprimidas PN Reclassificadas Custo Total (Euros) Executante Planeado Realizado Planeado Realizado Planeado Realizado Direcção de Coordenação da Construção (CR) - Passagens Desniveladas Norte (PDN) 15 13 56(a) 2 8.524.521 4.632.989 - (LC) 1 1 2.281.000 2.300.000 - Linha do Norte (PLN) 12 7 9.707.760 7.040.055 - Area Metropolitana de Lisboa (AML) 1 1 750.000 750.000 - (LBB) 5 4 1 1.247.000 5.353.799 - Ligação Sines-Elvas (LSE) 7 4 2.122.194 675.220 - Gestão Técnica de Sinalização e Telecomunicações (GST) 12 42(a) 370.000 2.215.208 - Passagens Desniveladas Sul (PDS) 11 8 1 2.128.424 1.731.016 REFER, E.P - Variante da Trofa (VT) 32 (b)(b) (CR) - Total 55 40 69 45 27.130.900 24.698.287 Direcção - Geral de Planeamento e Estratégia (DGPE) - Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível (PN) --- 4 4426.000 6.032 REFER, EPE - Total 55 44 73 49 27.156.900 24.704.319 Entidades Externas (c) 18 9 5 5 7.502.255 4.717.487 Total Geral 73 53 78 54 34.659.155 29.421.806 (a) - Inclui Automatização de PN na Linha do Vouga (52 planeadas, 42 realizadas em 2010). (b) - Custo incluído na Empreitada. (c) - Obras construidas por Entidades Externas, em particular Câmaras Municipais, com Protocolos celebrados com a REFER

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 26

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Quadro 3 – Acções em 2010 – Custo Realizado por Executante

Custo Custo Custo Executante REFER Externo Total Direcção de Coordenação da Construção (CR) - Passagens Desniveladas Norte (PDN) 4.183.786 449.203 4.632.989 - Linha do Norte (PLN) 7.040.055 7.040.055 - Area Metropolitana de Lisboa (AML) 750.000 750.000 - Linha de Cascais (LC) 2.300.000 2.300.000 - Linha da Beira Baixa (LBB) 5.353.799 5.353.799 - Ligação Sines-Elvas (LSE) 675.220 675.220 - Gestão Técnica de Sinalização e Telecomunicações (GST) 2.215.208 2.215.208 - Passagens Desniveladas Sul (PDS) 1.731.016 1.731.016 REFER, E.P - Variante da Trofa (VT) (a) 00 (CR) - Total 24.249.084 449.203 24.698.287 Direcção - Geral de Planeamento e Estratégia (DGPE) 0 - Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível (PN) 6.032 6.032 REFER, EPE - Total 24.255.116 449.203 24.704.319 Entidades Externas (b) 1.451.882 3.265.605 4.717.487 Total Geral 25.706.998 3.714.808 29.421.806 (a) - Custo incluído na Empreitada. (b) - Obras construidas por Entidades Externas, em particular Câmaras Municipais, com Protocolos celebrados com a REFER.

Quadro 4 – Acções em 2010 – Quantidades e Custos por tipo de Obra

PN PN Custos Realizado (Euro) Obra Suprimidas Reclassificadas REFER EXTERNO TOTAL Automatização ‐ 42 2.215.208 ‐ 2.215.208 Caminho Alternativo 19 4 1.205.002 150.000 1.355.002 Passagem Desnivelada 33 4 22.283.756 3.564.808 25.848.564 Outros 1 4 3.032 ‐ 3.032 Total Geral 53 54 25.706.998 3.714.808 29.421.806

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 27

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Quadro 5 – Acções em 2010 – Quantidades por tipo de PN

Futura PN Reclassificada em: Actual Suprimida Automáticas Sem Guarda Tipo D Peões Particular Total Com Guarda 511 2 13 Automatizadas com meias barreiras 11 3 3 sem obstáculo 2 Sem Guarda 5ª catª 14 18 3 21 Tipo D 615 217 Peões 12 Particulares 3 44 0 8 2 Total 53 54

Quadro 6 – PN não conformes com o Art.º 9º do RPN (PN de 5ª Catª) Acções em 2010 – Evolução da Existência

Existência em Acções em 2010 Existência em Linha 31-12-2009 PN Suprimidas PN Reclassificadas 31-12-2010

ALENTEJO 61 5

ALGARVE 41 3

BEIRA BAIXA 11 1 10

CÁCERES 11

CINTURA 220

CORGO 67

DOURO 11 1 2 9

ÉVORA 22

FIGUEIRA DA FOZ 21 0

LESTE 22

LOUSÃ 30

MINHO 15 2 1 12

OESTE 66

TÂMEGA 13 1 12

TOMAR 22

TUA 13 13

VENDAS NOVAS 55

VOUGA 52 5 16 31

TOTAL 156 13 21 120

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 28

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Anexo 2

Acções Realizadas – Pormenor

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 29

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Quadro 1 – Quantidade de PN Suprimidas e Reclassificadas por Linhas e Concelhos PN PN Linha Concelho Suprimidas Reclassificadas Barreiro 1 --- ALENTEJO Montemor-o- Novo 2 --- Vendas Novas 2 --- Lagôa 1 --- ALGARVE Tavira 3 --- BEIRA ALTA Carregal do Sal 1 --- Castelo Branco 2 1 BEIRA BAIXA Fundão 2 --- V. Velha Rodão 1 --- CASCAIS Cascais 1 --- CINTURA Lisboa --- 2 CORGO Vila Real 1 --- Amarante 2 1 Baião --- 2 DOURO Marco de Canavezes 1 --- Penafiel 1 --- Peso da Régua 1 --- Figueira da Foz 1 --- FIGUEIRA FOZ Mealhada 1 --- Elvas --- 1 LESTE Odemira --- 1 LOURIÇAL Figueira da Foz 1 --- Sabrosa 1 --- MINHO Trofa 2 --- Viana do Castelo 5 1 NEVES CORVO Castro Verde 1 --- Coimbra 6 --- Montemor-o-Velho 2 --- NORTE Ovar 3 --- Santarém 1 --- Alcobaça 1 --- OESTE Caldas da Rainha 1 --- Sintra --- 1 TÂMEGA Marco de Canavezes 1 --- Espinho --- 4 VOUGA (E-S) Oliveira de Azemeis --- 8 3 13 Águeda 1 12 VOUGA (S-A) Aveiro --- 6 Oliveira de Azemeis --- 1 Total 53 54

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 30

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Quadro 2 –PN Suprimidas e Reclassificadas de 2010

Situação Alterada Data da Custo ENT.s Linha PK Obra RealizadaExecut. REFER Total EXTERNAS De Para oficialização (Euro)

Construção de Passagem Desnivelada Pedonal na Estação Alentejo 2,311 Peões Suprimida 2010-02-18 AML 750.000 750.000 do Lavradio, ao Km 2,356

Alentejo 57,159 Peões Suprimida 2010-09-30 Construção da Passagem Superior ao Km 57,307 LSE 257.281 257.281

Alentejo 57,717 Tipo C Suprimida 2010-09-30 Construção da Passagem Superior ao Km 57,307 LSE 257.281 257.281

Alentejo 66,893 5ª Catª Suprimida 2010-10-13 Construção da Passagem Superior ao Km 66,830 LSE 159.658 159.658

Obras de modernização da via-férrea no troço, com Alentejo 77,938 Particular Suprimida 2010-07-13 desinteresse do titular na manutenção do atravessamento LSE 1.000 1.000 nas condições definidas (construção de PD alternativa)

Algarve 322,195 Tipo C Suprimida 2010-06-25 Construção de Passagem Inferior ao Km 322,178 PDS 391.000 391.000 (Tunes-Lagos)

Algarve 362,413 Tipo B Suprimida 2010-08-31 Construção da Passagem Superior ao Km 361,993 PDS 480.000 480.000 (Tunes-VRSA)

Algarve 379,793 5ª Catª Suprimida 2010-11-30 Construção de Caminho Alternativo PDS 20.044 20.044 (Tunes-VRSA)

Algarve 379,883 Particular Suprimida 2010-11-30 Construção de Caminho Alternativo PDS 20.044 20.044 (Tunes-VRSA)

Beira Alta 101,760 Tipo A Suprimida 2010-08-30 Construção de Passagem Inferior ao Km 101,592 PDS 650.000 650.000

Beira Baixa 63,373 Tipo A Suprimida 2010-08-17 Construção da Passagem Superior ao Km 63,472 LBB 1.446.654 1.446.654 (Abrantes - Guarda)

Beira Baixa Existência de alternativa pela Passagem Inferior ao Km 90,360 5ª Catª Suprimida 2010-12-31 PN 1.000 1.000 (Abrantes - Guarda) 91,350

Beira Baixa 107,028 Tipo A Suprimida 2010-12-31 Construção de Passagem Superior ao Km 107,048 LBB 2.187.524 2.187.524 (Abrantes - Guarda)

Beira Baixa 114,846 Tipo B Peões 2010-10-29 Construção da Passagem Superior ao Km 114,993 LBB 1.072.106 1.072.106 (Abrantes - Guarda)

Beira Baixa 124,506 Tipo B Suprimida 2010-12-31 Construção de Passagem Inferior ao Km 124,576 LBB 528.715 528.715 (Abrantes - Guarda)

Beira Baixa 147,183 Tipo C (g) Suprimida 2010-06-29 Construção de caminho alternativo LBB 118.800 118.800 (Abrantes - Guarda)

Construção de Passagem Inferior Pedonal na Estação de S. Cascais 21,140 Peões Suprimida 2010-11-30 LC 2.300.000 2.300.000 Pedro, ao km 21,170

Cintura Reclassificação a tipo A nos termos do artº 9º do RPN - DL 0,550 5ª Catª Tipo A (g) 2010-12-31 PN 1.016 1.016 (Alc. Terra - Alc. Mar) 568/99

Cintura Reclassificação a tipo A nos termos do artº 9º do RPN - DL 0,670 5ª Catª Tipo A (g) 2010-12-31 PN 1.016 1.016 (Alc. Terra - Alc. Mar) 568/99

Corgo 12,343 Particular Suprimida 2010-09-06 Contrato de licença caducado por iniciativa do Titular PN 1.000 1.000

Douro 50,274 Tipo A Peões 2010-09-28 Construção da Passagem Inferior ao Km 50,420 PDN 1.617.576 1.617.576

Douro 50,644 Tipo C (g) Suprimida 2010-09-28 Construção de caminho alternativo PDN 10.650 10.650

Douro 51,951 Peões Suprimida 2010-08-31 Conclusão da Passagem Inferior ao Km 51,951 PDN 706.060 706.060

Douro 52,560 Tipo D Suprimida 2010-08-31 Construção da Passagem Inferior ao Km 51,951 PDN 213.460 213.460

Douro 55,842 5ª Catª Suprimida 2010-06-15 Construção de Passagem Superior ao Km 55,962 PDN 355.936 355.936

Construção de Caminho Alternativo pela C.M. de Baião, no Douro 78,537 5ª Catª Peões 2010-11-16 CM/REFER 62.946 62.946 âmbito de protocolo com a REFER.

Construção de Caminho Alternativo pela C.M. de Baião, no Douro 78,662 5ª Catª Peões 2010-11-16 CM/REFER 62.946 62.946 âmbito de protocolo com a REFER.

Construção de Passagem Inferior Pedonal ao Km 101,822 Douro 101,822 Peões Suprimida 2010-11-30 pela C.M. de Peso da Régua, no âmbito de protocolo com a CM/REFER 256.094 170.729 426.823 REFER

Figueira da Foz 5,718 5ª Catª Suprimida 2010-03-30 Construção de caminho alternativo pela LACE/Ascendi EE 50.000 50.000

Figueira da Foz 49,355 5ª Catª Suprimida 2010-08-17 Construção de caminho alternativo PDS 116.229 116.229

Reclassificação a PN Particular nos termos do nº 3. do artº 4º Leste 259,342 Tipo D Particular 2010-11-30 PN ------do RPN - DL 568/99, por servir 1 só propriedade

Reclassificação a PN Particular nos termos do nº 3. do artº 4º Leste 260,512 Tipo D Particular 2010-11-30 PN ------do RPN - DL 568/99, por servir 1 só propriedade

Louriçal 5,385 Tipo D Suprimida 2010-01-26 Construção de Caminho Alternativo PDS 26.900 26.900

incluido na Minho 22,583 Peões Suprimida 2010-09-30 Variante da Trofa VT - empreitada

incluido na Minho 23,385 Tipo A Suprimida 2010-09-30 Variante da Trofa VT - empreitada

Minho 69,531 5ª Catª Peões 2010-08-31 Construção da Passagem Inferior ao Km 68,767 PDN/CM 759.609 30.000 789.609

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 31

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Situação Alterada Data da Custo ENT.s Linha PK Obra Realizada Execut. REFER Total EXTERNAS De Para oficialização (Euro)

Construção de Passagem Superior ao Km 69,959 pela Minho 69,872 Tipo B Suprimida 2010-05-03 CM 274.250 274.250 Câmara Municipal de Viana do Castelo

Construção de Passagem Superior ao Km 69,959 pela Minho 70,036 5ª Catª Suprimida 2010-05-03 CM 274.250 274.250 Câmara Municipal de Viana do Castelo

Minho 71,349 Tipo A Suprimida 2010-03-08 Construção de Passagem Inferior ao Km 71,269 PDN 449.203 449.203 898.406

Construção de Passagem Inferior ao Km 84,600 pela C.M. de Minho 84,251 Tipo A Suprimida 2010-11-30 CM/REFER 125.000 358.188 483.188 Viana do Castelo, no âmbito de protocolo com a REFER

Construção de Passagem Inferior ao Km 84,600 pela C.M. de Minho 84,534 Peões Suprimida 2010-11-30 CM/REFER 125.000 358.188 483.188 Viana do Castelo, no âmbito de protocolo com a REFER

Construção de Passagem Superior ao Km 119,290 pela Minho 119,290 5ª Catª Suprimida 2010-01-29 CM 400.000 400.000 Câmara Municipal de V.N. de Cerveira

PN enquadrada no nº 3. do artº 4º do RPN- DL568/99, com Neves Corvo 16,882 Tipo D Suprimida 2010-04-28 alternativa existente pela Ponte ferroviária ao Km 15,650 e UOS 1.000 1.000 com acesso já inviabilizado pelo proprietário.

Norte 76,606 Peões Suprimida 2010-09-30 Supressão - Alternativa existente pela PN ao Km 76,789 PN 1.000 1.000

Suprimida com a construção da PS ao Km 200,571. Prevista Norte 200,353 Peões Suprimida 2010-12-31 ainda a construção de PIP ao Km 200,338 pela CM de CM/REFER 1.000 1.000 Montemor-o-Velho

Norte 203,378 Peões Suprimida 2010-10-29 Construção da Passagem Inferior Pedonal ao Km 203,378 PLN 612.997 612.997

Norte 209,432 Tipo A (g) Suprimida 2010-06-25 Construção de Passagem Superior ao Km 209,342 PLN 750.000 750.000

Construção da Passagem Superior para Peões ao Km Norte 212,993 Peões Suprimida 2010-12-31 PLN 363.058 363.058 212,983

Norte 225,363 Tipo A Suprimida 2010-07-13 Construção da Passagem Superior ao Km 225,333 PLN 2.030.000 2.030.000

Norte 299,220 Tipo A Suprimida 2010-08-30 Construção da Passagem Superior ao Km 299,100 PLN 1.472.011 1.472.011

Norte 310,820 Tipo A (g) Suprimida 2010-08-30 Construção da Passagem Inferior ao Km 311,033 PLN 905.995 905.995

Norte 311,692 Tipo A (g) Suprimida 2010-08-30 Construção da Passagem Inferior ao Km 311,033 PLN 905.995 905.995

Construção da Passagem Superior ao Km 22,994 pela Oeste 22,890 Tipo A Peões 2010-05-31 CM/REFER 300.000 300.000 Ascendi, em parceria com a REFER

Conclusão da Passagem Inferior ao Km 105,384 pela Oeste 105,496 Peões Suprimida 2010-05-03 CM 950.000 950.000 Câmara Municipal de Caldas da Rainha

Oeste 143,998 Tipo D Suprimida 2010-06-25 Construção de caminho alternativo PDS 26.800 26.800

Tâmega 0,793 5ª Catª Suprimida 2010-06-15 Construção de Passagem Superior ao Km 0,793 PDN 152.544 152.544

Vouga Construção de caminho alternativo pela CM de Oliveira de 32,522 Tipo B (g) Peões 2010-03-25 CM/REFER 59.287 100.000 159.287 (Espinho - Sernada) Azeméis, em parceria com a REFER

Vouga 20,395 5ª Catª Suprimida 2010-09-06 Beneficiação de caminho alternativo PDN 33.493 33.493 (Espinho - Sernada)

Vouga 1,606 Tipo D Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 45.753 45.753 (Espinho-Sernada)

Vouga 2,531 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 57.556 57.556 (Espinho-Sernada)

Vouga 3,463 5ª Catª Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 49.459 49.459 (Espinho-Sernada)

Vouga 4,424 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 52.278 52.278 (Espinho-Sernada)

Vouga 5,574 5ª Catª Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 46.569 46.569 (Espinho-Sernada)

Vouga 6,689 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 56.449 56.449 (Espinho-Sernada)

Vouga 6,964 Tipo D Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 42.321 42.321 (Espinho-Sernada)

Vouga 8,073 5ª Catª Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 57.938 57.938 (Espinho-Sernada)

Vouga 10,090 5ª Catª Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 52.692 52.692 (Espinho-Sernada)

Vouga 10,981 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 49.188 49.188 (Espinho-Sernada)

Vouga 12,908 5ª Catª Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 48.977 48.977 (Espinho-Sernada)

Vouga 14,111 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 47.576 47.576 (Espinho-Sernada)

Vouga 14,952 Tipo B (g) Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 51.338 51.338 (Espinho-Sernada)

Vouga 15,138 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 47.268 47.268 (Espinho-Sernada)

Vouga 15,440 Tipo D Suprimida 2010-12-14 Beneficiação de caminho alternativo PDN 7.110 7.110 (Espinho-Sernada)

Vouga 20,947 5ª Catª Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 53.025 53.025 (Espinho-Sernada)

Vouga 21,518 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 46.059 46.059 (Espinho-Sernada)

Vouga 22,365 5ª Catª Suprimida 2010-12-16 Construção de caminho alternativo PDN 36.883 36.883 (Espinho-Sernada)

Vouga 22,875 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 49.778 49.778 (Espinho-Sernada) Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 32

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Situação Alterada Data da Custo ENT.s Linha PK Obra Realizada Execut. REFER Total EXTERNAS De Para oficialização (Euro)

Vouga 27,312 5ª Catª Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 49.211 49.211 (Espinho-Sernada)

Vouga 29,148 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 63.463 63.463 (Espinho-Sernada)

Vouga 33,936 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 49.030 49.030 (Espinho-Sernada)

Vouga 35,182 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 48.865 48.865 (Espinho-Sernada)

Vouga 38,658 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 58.785 58.785 (Espinho-Sernada)

Vouga 40,308 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 59.041 59.041 (Espinho-Sernada)

Vouga 41,398 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 54.329 54.329 (Espinho-Sernada)

Vouga 44,716 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 46.771 46.771 (Espinho-Sernada)

Vouga 1,102 Tipo D Suprimida 2010-12-16 Construção de caminho alternativo PDN 86.985 86.985 (Sernada - Aveiro)

Vouga 1,588 5ª Catª Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 72.585 72.585 (Sernada - Aveiro)

Vouga Melhoria da inserção viária na PN ao Km 3,405, conforme 3,000 Tipo C (g) Peões 2010-12-31 PDN 96.815 96.815 (Sernada - Aveiro) protocolo com a C.M. de Águeda.

Vouga 3,621 5ª Catª Suprimida 2010-12-31 Construção de caminho alternativo PDN 96.315 96.315 (Sernada - Aveiro)

Vouga 5,152 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 48.298 48.298 (Sernada - Aveiro)

Vouga 6,450 Tipo D Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 44.764 44.764 (Sernada - Aveiro)

Vouga 7,213 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 55.962 55.962 (Sernada - Aveiro)

Vouga 9,658 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 59.900 59.900 (Sernada - Aveiro)

Vouga 10,316 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 56.317 56.317 (Sernada - Aveiro)

Vouga 11,441 Tipo D Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 53.885 53.885 (Sernada - Aveiro)

Vouga 12,936 5ª Catª Suprimida 2010-11-02 Construção de Caminho Alternativo PDN 132.010 132.010 (Sernada - Aveiro)

Vouga 14,668 5ª Catª Suprimida 2010-11-16 Beneficiação de caminho alternativo PDN 188.746 188.746 (Sernada - Aveiro)

Vouga 16,790 5ª Catª Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 59.151 59.151 (Sernada - Aveiro)

Vouga 17,610 Tipo D Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 51.601 51.601 (Sernada - Aveiro)

Vouga 18,326 Tipo B (g) Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 50.910 50.910 (Sernada - Aveiro)

Vouga 19,350 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 48.904 48.904 (Sernada - Aveiro)

Vouga 25,695 Tipo D Tipo B 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 52.556 52.556 (Sernada - Aveiro)

Vouga 26,702 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 64.312 64.312 (Sernada - Aveiro)

Vouga 29,660 Tipo D Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 52.287 52.287 (Sernada - Aveiro)

Vouga 31,241 Tipo D Tipo C 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 51.309 51.309 (Sernada - Aveiro)

Vouga 31,840 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 60.632 60.632 (Sernada - Aveiro)

Vouga 32,601 Tipo A (g) Tipo A 2010-12-31 Automatização com meias barreiras GST 48.117 48.117 (Sernada - Aveiro) Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 33

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Legenda:

Executante:

REFER

CR - Direcção de Coordenação da Construção Á GST - Gestão Técnica de Sinalização e Telecomunicações LBB - Linha da Beira Baixa LSE - Ligação Sines-Elvas PDN - Passagens Desniveladas do Norte PDS - Passagens Desniveladas do Sul PLN - Linha do Norte VT – Variante da Trofa DGEI – Direcção Geral de Exploração da Infra-Estrutura

DGPE – Direcção Geral de Planeamento e Estratégia

PN – Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível

CM – Câmara Municipal

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 34

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

Anexo 3

Passagens de Nível Existentes em 31.12.2010

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 35

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

RESUMO DA QUANTIDADE DE PASSAGENS DE NÍVEL REDE FERROVIÁRIA NACIONAL CONFORME I. E. T. 50 SITUAÇÃO EM 31.12.2010

CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADES

Automatizadas com duplas meias barreiras (1) 2 Automatizadas com meias barreiras (2) 332 Automatizadas sem obstáculo (3) 11 PNs Públicas Com Guarda (4) 89 Sem Guarda (5) 396 Peões 152

FERROVIÁRIA Total de PNs Públicas 982 Total de PNs Particulares 125

LINHAS COM EXPLORAÇÃO TOTAL DE PNs 1 107 PNs Públicas Com Guarda (6) 91 Sem Guarda (5) 1 148 Peões 62 Total de PNs Públicas 1 301

LINHAS SEM Total de PNs Particulares 646 FERROVIÁRIA EXPLORAÇÃO TOTAL DE PNs 1 947 Automatizadas com duplas meias barreiras (1) 2 Automatizadas com meias barreiras (2) 332 Automatizadas sem obstáculo (3) 11 PNs Públicas Com Guarda 180 Sem Guarda (5) 1 544 Peões 214 FERROVIÁRIA

TOTAL DA REDE REDE DA TOTAL Total de PNs Públicas 2 283 Total de PNs Particulares 771 TOTAL DE PNs 3 054

Observações: (1) PNs automatizadas com duplas meias barreiras e sinalização luminosa e sonora, complementado com sistema de detecção de obstáculos (SDO) (2) PNs automatizadas com meias barreiras e sinalização luminosa e sonora (3) PNs automatizadas com sinalização luminosa e sonora (4) PNs Tipo Ag, Bg e Cg. (5) PNs de 5ª Catª e de Tipo D (6) PNs desguarnecidas face à ausência de circulações ferroviárias

- Actualizado ao 50º Aditº à IET 50

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 36

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

RESUMO DA QUANTIDADE DE PASSAGENS DE NÍVEL

LINHAS OU TROÇOS COM EXPLORAÇÃO FERROVIÁRIA CONFORME IET 50 SITUAÇÃO EM 31.12.2010

CLASSIFICAÇÃO CONFORME O DL 568/99 de 23/DEZ (Artº 9º do RPN)

CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADES PN Públicas Tipo A 178 Tipo B 135 Tipo C 121 Tipo D 276 5ª Catª (*) 120 Peões 152 Total PN Públicas 982 PN Particulares 125 Total 1 107

(*) 5ª Categoria - PN sem guarda ainda não conforme com o Artº 9º do RPN CLASSIFICAÇÃO CONFORME A IET 79

CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADES PN ACTIVAS 1. Com Aviso e/ou Protecção Automática aos Utilizadores 375

I. Aviso automático aos utilizadores (AAU) 35

II. Protecção automática aos utilizadores (PAU) 0

III. Aviso e protecção automática aos utilizadores (APAU) 340 IV. Protecção e aviso automático aos utilizadores e 0 protecção automática dos comboios (PAAUPAC) 2. De Comando Manual com Aviso e/ou Protecção dos Utiliz 89

V. Aviso manual aos utilizadores (AMU) 2

VI. Protecção manual aos utilizadores (PMU) 70

VII. Aviso e Protecção Manual aos Utilizadores (APMU) 17 Total de PN Activas 464 PN PASSIVAS 643 TOTAL DE PNs 1 107

- Actualizado ao 50º Aditº à IET 50

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 37

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

QUANTIDADE DE PASSAGENS DE NÍVEL LINHAS OU TROÇOS COM EXPLORAÇÃO FERROVIÁRIA CONFORME I. E. T. 50

Situação em 31.12.2010

Linha ou Categoria ou Tipo TOTAL Indice Ramal Km Ag Bg Cg A B C D Peões Part ic. 5ª PNs PNs/ Km VIA LARGA 133,577 13105517112 63 0,472 Concordância S. Gemil 3,812 11 2 4 1,049 15 , 5 0 8 Linha de Leixões 18 , 8 5 2 217 51 16 0,849 L. do Douro (Ermesinde a Pocinho) 164,420 1 3242813309 72 0,438 Linha do Norte 336,079 132 171214 58 0,173 L. Guimarães (Lousado a Guimarães) 30,514 8 8 0,262 201,851 23124 12 0,059 R. da Lousã (Coimbra B - Coimbra) 1, 6 6 9 1 1 0,599 14 , 6 8 0 25 1 8 0,545 Linha do Oeste 196,947 124318271456 116 0,589 14 , 8 0 9 2212 7 0,473 L. da Beira Baixa (Entronc.-Guarda) 239,755 1131081712710 78 0,325 Ramal de Cáceres 72,443 2710161 27 0,373 140,692 126331 82 53 0,377 27,265 11, 3 10 51 6 0,531 Linha de Cascais 25,450 11 2 0,079 69,375 234151 5 30 0,432 215,862 17123465 47 0,218 Linha do Sul (Ponte Santana a Tunes) 272,504 863373 30 0,110 50,688 122953 22 0,434 L. de Évora (C. Branca a Estremoz) 85,349 54 24 2 35 0,410 (Bif. de Sines a PK 3,195) 3,195 2 2 0,626 L. do Algarve (Lagos a V. R. S. Antº.) 139,900 27 1781418153 102 0,729 Concordância do Poceirão 8,162 Ramal Petrogal-Asfaltos 3,520 2 2 0,568 Concordância da Funcheira 2,374 1 1 0,421 Concordância de Ermidas 0,945 Ramal EDP - Cinzas (Sines) 1, 6 7 9 Concordância de Verride 2,753 1 1 0,363 Concord. de Agualva 2,048 Concord. de Águas de Moura 3,684 1 1 0,271 Concordância de Bombel 3,112 Concordância de Xabregas 1, 6 5 5 11 2 1,208 Concordância de Sete Rios 3,144 Ramal do Louriçal 5,510 12 3 0,544 50,400 623 11 40 0,794 2,800 114 6 2,143 Variante de Alcácer 28,776 Concordância Norte de Setil 0,987 Ramal de Neves Corvo 31,217 1214 17 0,545 Ramal da Siderurgia Nacional 2,569 Ramal Terminal de Mercadorias do Fundão 0,600 21 3 5,000 Ramal de de Aveiro 8,750 TOTAL VIA LARGA 2.651,191 21 15 31 123 105 65 224 131 103 57 875 0,330 VIA ESTREITA L. do Tâmega (Livração a Amarante) 12 , 7 7 0 1222612 25 1,958 L. do Corgo (Régua a Vila Real) 25,069 132117 7 31 1,237 (Tua a Carvalhais) 58,200 11 91213 27 0,464 Linha do Vouga 95,760 1534161116397 7 31 149 1,556 (Espinho a Aveiro, via Sernada do Vouga) TOTAL VIA ESTREITA 191,799 15 3 4 19 12 21 52 21 22 63 232 1,210 TOTAIS GERAIS 2.842,990 36 18 35 142 117 86 276 152 125 120 1 107 0,389

Nota: Ag, Bg, Cg - Com guarda; A, B, C - Automatizadas

Obs.: - Não se incluem as PNs do troço M irandela - Carvalhais da Linha do Tua, dado o mesmo se encontrar sob gestão do M etro Ligeiro de M irandela

- Actualizado ao 50º Aditº à IET 50

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 38

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

QUANTIDADE DE PASSAGENS DE NÍVEL

LINHAS OU TROÇOS SEM EXPLORAÇÃO FERROVIÁRIA CONFORME I. E. T. 50

Situação em 31.12.2010 Linha ou Categoria ou Tipo TOTAL Ramal Km A* 1ª 3ª 4ª 5ª D Peões Partic. PNs VIA LARGA Ramal de Monção 16,383 2 148133 58 L. do Douro (Pocinho a Barca d' Alva) 26,672 21 2 5 Ramal de Alfândega 3,896 253 10 Ramal de Vila Viçosa 16,446 3121 16 10,866 11131 28 44 12,891 1121 14 Linha de Évora (Estremoz a Portalegre) 63,070 51 43 9 58 60,209 643316 59 40,826 32057 35 R. de Sines ( Km 3,195 a Sines) 6,299 31 4 59,046 339511 49 8,276 16 7 L. da Matinha (2,800-Lisboa Matinha) 1,900 2 2 Ramal Petrogal Asfaltos (3,100-Asfaltos) 0,360 1 1 TOTAL DA VIA LARGA 327,140 6 16 4 2 243 18 11 62 362 VIA ESTREITA L. Tâmega (Amarante a Arco do Baúlhe) 38,927 1502136 189 (Vila Real a Chaves) 71,400 1297614142 316 L. do Tua (Carvalhais a Bragança) 75,300 111108 1 77 198 Linha do Sabor 105,504 72167 1 109 286 Ramal de Famalicão 29,242 12 621815 98 Ramal de (Sernada-Viseu-Stª Comba) 128,299 1733937105 498 TOTAL DA VIA ESTREITA 448,672 60 3 823 64 51 584 1 585 TOTAIS GERAIS 775,812 6 16 64 5 1066 82 62 646 1 947

* - Classificação atribuida às PNs guardadas do Ramal de M ora em data anterior à entrada em vigor do Dec.-Lei nº 568/99 de 23 de Dezembro

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 39

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

ANEXO 4

Cálculo de Indicadores

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 40

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

- Cálculo do Valor total de Prevenção das Vitimas (VPV total) -

Sendo VPV o “Valor de Prevenção de uma Vítima” que, segundo a IET 79 - Definições para o apuramento de Indicadores Comuns de Segurança -, traduz o valor que a sociedade atribui à prevenção de ocorrência de vítimas de acidente,

define-se VPV (total) = VPV x FWI em que

FWI “Fatalities and Weighted Injuries”, ou seja, mortos e feridos ponderados, é a medida internacionalmente usada no sector ferroviário para representar o nível de dano humano devido a acidentes, sendo FWI = nº de Mortos + nº de Feridos Graves/10 + nº Feridos Ligeiros/200.

Segundo a IET 79, o valor de VPV para Portugal em 2002 cifrava-se em 803.000 Euros, devendo o mesmo ser actualizado em cada ano de acordo com o PIB per Capita (pela nova base das Contas Nacionais (base=2006)). Obtém-se assim para 2009 (ainda não disponível o valor de 2010):

VPV (2009) = 803.211,66 Euros.

FWI (2010) = 11,32.

Desta forma, obtém-se para os acidentes ocorridos no ano de 2010:

VPV (total) = 803.211,66 x 11,32 = 9.092.355,96 Euros.

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 41

Segurança no Atravessamento da Via Férrea – Relatório de Actividades 2010

- Custo atrasos comboios devidos acidentes nas PN - (CAC) -

Com base na IET 79, o custo global dos atrasos de comboios devido a acidentes (CAC), significando o valor monetário dos atrasos incorridos pelos utilizadores, passageiros e clientes do transporte ferroviário, como consequência dos acidentes, é calculado do seguinte modo:

CAC = Cmp x (Minutos de atraso dos comboios de passageiros) + Cmf x (Minutos de atraso dos comboios de mercadorias) em que Cmp é o custo médio de 1 minuto de atraso de um comboio de passageiros e Cmf o custo médio de 1 minuto de atraso de um comboio de mercadorias.

Sendo por sua vez dado por: Cmp = 2.5 x ( VT1 / 60 ) x pk / ck

e Cmf = 2.15 x ( VT2 / 60 ) x tk / ck em que: VT1 é o valor do tempo para um passageiro de um comboio (por hora), em que se considerou uma afectação da Percentagem Média Anual de Passageiros em Viagens de Trabalho de 70%. VT2 é o valor do tempo para um comboio de mercadorias por hora; pk o valor de passageiros quilómetro no período em referência; ck o valor de comboios quilómetro no mesmo período.

sendo VT1(2002)=(19,34x70%+1/3x19,34x30%)=15,47 Euro, obtêm-se VT1(2009) = 15,44 Euro;

VT2 (2002) = 1,06 Euro, obtêm-se VT2 (2009) = 1,06 Euro;

ck = Comboios.km (Fonte: REFER 2010) = 39.669.645;

pk = Passageiros.km (CP +; 2009) = 4.152.000.000;

tk = toneladas.km (apenas CP Carga; 2009) = 2.049.000.000;

virá que Cmp = 67,33 Euro

e Cmf = 1,96 Euro

Nota1: O valor apresentado para VT1 e VT2 tem como referência o valor definido para o ano de 2002, actualizado para 2009 de acordo com o crescimento do PIB per Capita (não disponíveis à data valores para a actualização para 2010).

Assim, e tendo em conta o total de minutos de atraso devidos a acidentes em comboios

CAC = Cmp x (Minutos de atraso dos comboios) + Cmf x (Minutos de atraso dos comboios de mercadorias)

CAC (2010) = 67,33 x 6137 + 1,96 x 953 CAC (2010) = 415.072,09 Euros

Direcção Geral de Planeamento e Estratégia Direcção de Gestão de Atravessamentos e Passagens de Nível 42