As Políticas Públicas Nos Transportes Ferroviários Portugueses Desde 1974

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As Políticas Públicas Nos Transportes Ferroviários Portugueses Desde 1974 AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SECTOR DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS PORTUGUESES DESDE 1974 Agradecimentos O presente trabalho é fruto da colaboração de determinadas pessoas e instituições, que foram importantes na presente investigação, desde a REFER, CP, DGTT e várias Bibliotecas, que destaco aqui, a Biblioteca da Assembleia da República. Agradeço ao meu Orientador, Professor Doutor Joaquim Filipe Ferraz Esteves de Araújo, da Universidade do Minho, pela sua compreensão, dedicação e ajuda imprescindível, nos momentos mais decisivos da elaboração deste trabalho de investigação. Agradeço as orientações e conselhos do Professor Doutor José Manuel Viegas do Instituto Superior Técnico, pelos ensinamentos transmitidos e que me foram tão importantes. iii AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SECTOR DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS PORTUGUESES DESDE 1974 Resumo O presente trabalho enquadra-se no Mestrado em Administração Pública e, trata-se de um trabalho de investigação que tem por objectivo central, identificar e analisar as políticas públicas delineadas e efectivamente adoptadas, pelo poder político, no sector dos transportes ferroviários portugueses desde 1974, avaliando o seu impacto na rede de transportes. Procura entender as posições dos diversos Governos, dentro de um contexto social e económico específico à época, mas também da idealização e concepção do modelo de desenvolvimento para o país. Em Portugal a aposta no caminho-de-ferro foi feita especialmente após 1974 até aos anos 90, de uma forma tímida, dominando alguma complexidade do ponto de vista do modelo conceptual e da política de financiamentos da empresa ferroviária tutelada, dando prioridade a outros investimentos de cariz social e da expansão e modernização da rede rodoviária. Analisando as políticas dos vários Governos, os mesmos, consideraram o transporte ferroviário como um vector importante para o desenvolvimento do país, embora na prática, apenas alguns lhe imprimiram alguma dinâmica. A entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia em 1986, teve consequências positivas no sector ferroviário, com a afectação de recursos comunitários para a sua modernização, como é o caso da modernização do Eixo Braga – Faro. O sector do transporte ferroviário nacional e europeu tem hoje grandes desafios, quer pela aposta nos transportes de alta velocidade, quer pelo desenvolvimento das redes transeuropeias de transportes e da sua interoperabilidade, captando mais clientes para o caminho-de-ferro e fomentando políticas de mobilidade, de coesão social e de desenvolvimento dos países. O objectivo de analisar a adopção e implementação das políticas públicas, incorporado num conceito mais lato no que concerne à relação política, à relação institucional e, à prestação do serviço público, foi crucial para testarmos a pergunta de partida e a hipótese formulada. A questão de partida que presidiu a esta investigação foi tentar saber, que políticas públicas têm sido formuladas e implementadas desde 1974 no sector do transporte ferroviário português. Verificou-se da existência da corroboração da hipótese formulada para este estudo. Com efeito, concluímos que os resultados das políticas públicas no sector ferroviário após 1974 têm sido pouco consistentes, não imprimindo um verdadeiro desenvolvimento estratégico para a rede nacional de transportes. iv AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SECTOR DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS PORTUGUESES DESDE 1974 Abstract The following presentation is part of a Masters Degree in Public Administration. It is an investigation which aims to identify and analyse the public policies outlined and adopted by the railways sector since 1974 and evaluate its impact on the transport network. Taking into consideration the position of different Governments, within the social and economic context of the time, but also the realization and conception of a developing model for the country. In Portugal the development of the railways between 1974 and the 90s was very diffident. The conceptual model was complex and subject to the financial policies of the company, which gave priority to other investments such as social aspect and the expansion and modernization of the road network. Analysing the policies of various Governments, they all considered the railways to be an important asset in the development of the country. However, in practice few gave it any dynamic effort. The entrance of Portugal into the European Economic Community in 1986 had positive consequences in the sector of railways as some of the Community resources were used for its modernization, such as the modernization of the line between Braga and Faro. Nowadays, National and European railways transport have huge challenges, not only with the gamble of high speed transport but also developing the Trans-European networks and their ability to inter-operate and bring more clients to the railways, as well as developing policies of mobility, social cohesion and developing countries. The aim of analysing the adoption and implementation of the public policies, incorporating a more extensive concept, which incorporates policy relation, the institutional relation and public service, was crucial to test the first question and the formulated hypothesis. The first question that started this investigation tries to discover which public policies have been undertaken and implemented since 1974 in the sector of Portuguese Railways. We can corroborate the formulated hypothesis for this study. With effect we conclude that the public policies in the railways transport system after 1974 have not been very consistent, and have never given a real strategic development for the national transport system. v AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SECTOR DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS PORTUGUESES DESDE 1974 Índice Agradecimentos ........................................................................................................................ iii Resumo .................................................................................................................................... iv Abstract ..................................................................................................................................... v Índice ....................................................................................................................................... vi Lista de Abreviaturas e Siglas ..................................................................................................... x Lista de Ilustrações .................................................................................................................. xiii Lista de Quadros ..................................................................................................................... xiv Lista de Gráficos ...................................................................................................................... xv Introdução ................................................................................................................................ 1 Capítulo I: Teoria e Políticas Públicas ........................................................................................ 3 1. Introdução ....................................................................................................................... 3 1.1 Abordagens teóricas das políticas públicas ................................................................. 4 1.1.1 Definição de política pública ............................................................................... 4 1.1.2 Estudo das políticas públicas ............................................................................. 6 1.1.3 O processo político ............................................................................................ 6 1.1.4 Externalidades ................................................................................................. 10 1.1.5 Formação das políticas públicas - A agenda política (agenda setting) ................ 12 1.1.6 Implementação da política pública ................................................................... 13 vi AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SECTOR DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS PORTUGUESES DESDE 1974 1.1.7 Avaliação e impacto das políticas públicas ....................................................... 15 1.1.8 Formas de avaliação das políticas públicas ...................................................... 18 1.2 Conclusão ............................................................................................................... 19 Capítulo II: Orientações Políticas Internacionais no Sector dos Caminhos-de-ferro .................... 21 2. Introdução ..................................................................................................................... 21 2.1 O serviço público internacional e os Caminhos-de-ferro na Europa ............................ 22 2.1.1 O Caminho-de-ferro em Espanha...................................................................... 27 2.1.2 O Caminho-de-ferro em França ........................................................................ 30 2.1.3 O Caminho-de-ferro na Noruega ....................................................................... 34 2.1.4 A performance dos Caminhos-de-ferro europeus – Indicadores estatísticos ....... 37 2.2 Conclusão ............................................................................................................... 42 Capítulo III: O Caminho-de-ferro em Portugal ........................................................................... 45 3. Introdução ....................................................................................................................
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