Questionamentos Às Representações Femininas Na Minissérie Maysa: Quando Fala O Coração E No Poema Maísa
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ VALDINÁ GUERRA FÉLIX SOB O OLHAR DE MAYSA: QUESTIONAMENTOS ÀS REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA MINISSÉRIE MAYSA: QUANDO FALA O CORAÇÃO E NO POEMA MAÍSA ILHÉUS-BAHIA 2011 VALDINÁ GUERRA FÉLIX SOB O OLHAR DE MAYSA: Questionamentos às representações femininas na minissérie Maysa: quando fala o coração e no poema Maísa Dissertação, para obtenção do título de mestre no Mestrado em Letras: Linguagem e Representação da Universidade Estadual de Santa Cruz Área de concentração: Literatura e Cultura. Orientadora: Prof.ª Drª Sandra Maria Pereira do Sacramento. Co-orientadora: Profª Drª Marlúcia Mendes da Rocha ILHÉUS-BAHIA 2011 F316 Félix, Valdiná Guerra. Sob o olhar de Maysa: questionamentos às repre- sentações femininas na minissérie Maysa: Quando fala o coração e no poema Maísa / Valdiná Guerra Félix. – Ilhéus, BA: UESC, 2011. 109f. ; anexos. Orientadora: Sandra Maria Pereira do Sacramento. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Santa Cruz, Mestrado em Letras: Linguagens e Representações. Inclui bibliografia. 1. Mulheres - Linguagem. 2. Mimese na literatura. 3. Mulheres artistas. 4. Identidade de gênero na lite- ratura. I. Título. CDD 401.41 9 VALDINÁ GUERRA FÉLIX SOB O OLHAR DE MAYSA: QUESTIONAMENTOS ÁS REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA MINISSÉRIE MAYSA: QUANDO FALA O CORAÇÃO E NO POEMA MAÍSA Ilhéus,21/07/2011. Sandra Maria Pereira do Sacramento - Drª UESC (Orientadora) Cláudia Lima Costa – Dr.ª UFSC Marlúcia Mendes da Rocha – Dr.ª UESC 10 11 Aos anjos da minha vida: mainha, Maria de Lourdes, e painho, Valdemar José, por me ensinarem o valor das conquistas difíceis e dos prêmios adquiridos depois de cada batalha. Por serem meus exemplos de pessoas, por me mostrarem a discernir entre os caminhos e escolher aqueles que me levam sempre a melhor escolha: a felicidade. Ao meu eterno namorado, meu anjo, Samuel, pela paciência, companheirismo e amor. Por ser o meu oposto e ao mesmo tempo minha completude. Por ser a pessoa que me mostra outros lados da vida. Por ser o meu amado, meu parceiro, meu marido. Às Tainás, primeiros raios de sol das manhãs, por iluminarem minha vida: Andreina, filha, afilhada, sobrinha e menina dos meus olhos; e Marcelle, à minha menina dos inquietantes porquês. Às irmãs Valmara e Valdineide por serem minhas metades, por me ensinarem como é bom sermos diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas, todo o respeito por elas serem quem são. A todas as mulheres da família Guerra e Félix, em especial minhas avós Isabel e Francisca ( in memorian ) por me ensinarem a questionar sempre, e as queridas amigas-atrizes, que passaram pelo palco da minha vida (Elane e Jó). AGRADECIMENTOS Ao Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz, pela oportunidade da realização do Curso. Ao Colegiado do Mestrado em Letras: Linguagem e representação pela organização do Curso. À minha Prof.ª Drª Sandra Maria do Sacramento, pela orientação, confiança e apoio. À querida Malú pelas considerações e pela amizade. Aos amigos- irmãos e dindos: Carlos, por ser aquele que vibra sempre comigo; Cláudia, pelas posições contrárias que nos fazem eternas amigas; Rodrigo, pela construção de nossa amizade; Alex e Valquíria pelo belo caminho na graduação e pela amizade que ultrapassou as cercas da UESC. À todos e todas, que direta ou indiretamente, possibilitaram o meu crescimento pessoal e intelectual: Tio Carlito ( in memoriam ), D. Zezé, Grupo Angeluz, Grupo Perna-de-pau, dinda Miralva, dindo Sirlam, dinda Soélia, mãe Ivone, Tia Geovane, Padre Pio. À todos os meu professores e professoras: Tio Jair, Tia Nerilda, Tia Geovane, Norma, Dilma, Áurea, Roseli, Tia Tuca, Sônia, Tio Gegê, Galdino, José Raimundo, Raimundão, Flávio Lima, Renighei Rhem, Marialda Jovita, Odilom Pinto, Patrícia Pina, Patricia Argôlo, Marlúcia Rocha, Graça Gões, Siomária Castro, Ana Maria, John Ribeiro, Ricardo Farias, Vânia Torga, D’Ajuda Alomba, Rute, Cláudia Martins, Maria das Graças, Lindinei, Ruy povoas, Jorge Araújo, Siomária Castro, Padre Tota, e aqueles que esqueci os nomes, mas se fazem presentes na minha (des)construção de sujeito. EPÍGRAFE Ninguém pode calar dentro em mim Esta chama que não vai passar É mais forte que eu E não quero dela me afastar (...) E só digo o que penso, só faço o que gosto E aquilo que creio Se alguém não quiser entender E falar, pois que fale (...) E se alguém interessa saber Sou bem feliz assim Muito mais do que quem já falou Ou vai falar de mim (MONJARDIM) SOB O OLHAR DE MAYSA: QUESTIONAMENTOS ÀS REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA MINISSÉRIE MAYSA: QUANDO FALA O CORAÇÃO E NO POEMA MAÍSA RESUMO As representações femininas feitas pela metafísica ocidental diferenciam sexo e gênero, pautando-se numa visão biológica e essencializada. Para esta concepção, as mulheres são marcadas por modelos, que representam a docilidade, a maternidade e a submissão. Estas representações se perpetuam no tempo através da cultura, que as repetem como uma matriz. Porém, o que pode ser observado é que as (des)construções das identificações do sujeito não podem ser colocadas como simples repetição, pois elas são (de)formadas a partir de lugares e interstícios culturais, que nem sempre, se coadunam com o estatuído, revelando outras identificações fora dos padrões ditados pelo falocentrismo. Neste sentido, a minissérie Maysa : quando fala o coração de Manoel Carlos e Angela Chaves, exibida pela TV Globo e o poema Maísa, escrito por Manuel Bandeira mostram identificações, construídas pela personagem Maysa que, ao mesmo tempo em que corroboram, questionam as representações atribuídas às mulheres da época. Assim, é possível verificar que alguns modelos identitários ocidentais são afirmados por Maysa, como a mulher sedutora e a menina romântica. Enquanto outras representações, típicas das décadas de 1950-1970, são contestadas como: o protótipo de esposa, de artista, de profissional e de mãe, mostrando como a personagem constrói identificações no entre-lugar da representação, criando outras identificações, que mesmo dentro do discurso falogocêntrico, deslocam as identidades fixas do gênero. Palavras-chave: representação, entre-lugar; gênero; identificação. UNDER THE MAYSA: INQUIRIES TO FEMALE REPRESENTATION IN A MINISERIES MAYSA: WHEN THE HEART SPEAKS AND POEMA MAÍSA . ABSTRACT The female representations made by Western metaphysics distinguish sex and gender, guiding vision is a biological and essentialized. For this conception, women are marked by models, which represent the sweetness, motherhood and submissiveness. These representations are perpetuated over time through culture, that repeat like a matrix. But what can be observed is that the (mis) constructions of the identifications of the subject can not be placed as a simple repetition because they are (a) formed from places and cultural interstices, not always, in line with the requirements laid revealing other identifications outside the standards dictated by phallocentrism. In this sense, the miniseries Maysa: When the heart speaks of Manoel Carlos and Angela Keys, broadcasted by TV Globo and Maísa poem, written by Manuel Bandeira show IDs, built by Maysa character at the same time in corroborate that they question the representations assigned for women of her time. Thus, we can see that some Western models of identity are affirmed by Maysa, as the temptress and romantic girl. While other representations typical of the decades of 1950-1970 are challenged as the prototype of his wife, artist, professional and mother, showing how to build character identifications in-between place of representation, creating other IDs that even within the discourse phallogocentric, moving the fixed identities of gender. Keywords: representation; between-place; gender; identification. SUMÁRIO INTRODUÇÃO. ...................................................................................................................... 1 1. DIALOGANDO. ................................................................................................................ 4 1.1 (Des)construindo o sexo e (des)construindo o gênero: forjando uma identificação. 13 1.2 Repre sentações femininas na cultura ocidental: o patriarcad o, o público e o privado. ............................................................................................................................ 19 2. QUESTIONAMENTO DA CATEGORIA DO GÊNERO NA MINISSÉRIE MAYSA QUANDO FALA OCORAÇÃO. ......................................................................... 28 2.1. O Jogo ou relação de poderes: imposição e resistência. .............................................. 28 2.2. Corpos femininos ou corpos moldados para o feminino?. .......................................... 40 2.3 Quebra de paradigmas ou outra representação de mulher?. ...................................... 47 3. MAÍSA : O ENTRE-LUGAR COMO ESPAÇO DE INDETERMINAÇÃO. ................58 3.1. A indeterminação influenciando a composição poemática. ....................................... 60 3.2. A apropriação validando a indeterminação ................................................................. 69 CONCLUSÃO. ....................................................................................................................... 80 ANEXOS ................................................................................................................................. 82 REFERÊNCIAS. .................................................................................................................... 98 INTRODUÇÃO As representações feitas sobre as mulheres na sociedade ocidental estão