110 Anos Da Academia Brasileira De Letras

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110 Anos Da Academia Brasileira De Letras D I S C U R S O S 110 anos da Academia Brasileira de Letras Proferidos na Sessão Comemorativa pelos 110 anos da ABL 2007 Academia Brasileira de Letras Presidente da ABL Marcos Vinicios Vilaça Uma casa não é nunca / só para ser contemplada; / melhor: somente por dentro / é possível contemplá-la / seduz pelo que é dentro, / Ou será, quando se abra: / pelo que pode ser dentro dessas paredes fechadas. stes versos do pernambucano João Cabral de Mello Neto sugerem bem Eo que vem a ser a Academia Brasileira de Letras. Indicam o que nela é o aconchego da sacralidade da tradição e a aragem dos ventos da sua modernidade. Dos quarenta fundadores, eram apenas dezesseis os nossos antecessores que se reuniram no dia 20 de julho de 1897, em sala do Pedagogium, para realizar a sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras. Uma ata singela serve como certidão de nascimento. Lúcio de Mendonça, adoentado, mandou uma breve carta ao primeiro-secre- tário, lamentando não poder comparecer. Mas sem declinar seu nome, o Presi- dente Machado de Assis destacou-o como o “moço” iniciador da Casa. De fato, naquela semeadura começava o respeitável percurso que hoje celebramos. 3 110 anos da ABL Um olhar imaginoso para esta sala leva-nos a convidar os 197 Acadêmicos aos quais nós, os quarenta de agora, nos somamos. E, claro, gentilmente, cede- ríamos nossas Cadeiras aos patronos. Então, 277 escritores extrapolariam o cadeiral dos Acadêmicos. Desse pequeno grupamento, vindo de séculos passados e projetado no sécu- lo XXI, fez-se a Academia, para atingir uma idade que já transcende a da exis- tência humana. Feição e corpo cheios de energia, da juventude cada vez mais renovada pelo empenho de ser quem foi, quem é e quem saberá perdurar como um luzeiro da nossa cultura e da nossa sociedade. É o Brasil multifário – este Brasil, brasis – o tônico de uma instituição venerável entre as venerandas, em terra de recentes cinco séculos. Trata-se de um tônico cujo princípio tem por nome Língua Portuguesa. Disto quero que tome boa nota o querido confrade Eduardo Romano de Arantes e Oliveira, Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, presença que nos honra. Uma boa medida de como a língua faz a continuada união de brasileiros e portugueses está em Chico Buarque de Holanda ao promover síntese e fusão, cantando: “Avencas na caatinga, alecrins no canavial, / Licores na moringa, um vinho tropi- cal / guitarras e sanfona / jasmins, coqueiros, fontes. / Sardinhas, mandiocas, / Num suave azulejo. / E o rio Amazonas, que corre trás os montes / E numa pororoca, deságua no Tejo”. Seria tentador citar aqui o que sobre a nossa Língua escreveram e falaram os membros da Academia. Mas isso ocuparia muitas páginas, ou, como ordena a contemporaneidade, inúmeros arquivos digitais. Tenho por certo que a Língua Portuguesa é nosso melhor ativo. E se já foi afirmado que mais de duzentos milhões de pessoas sonham em portu- guês, a dimensão dos sonhos só pode ser conhecida por Aquele que “de an- temão” conhece suas criaturas – como avisou o Apóstolo Paulo na Epísto- la aos Romanos. Mas o português concreto, fator de união e comunicação ao longo da nossa História, é o próprio capital de uma cultura efervescente, e aí surge a Academia Brasileira de Letras como guardiã confirmada pelos Estatutos que já fizeram 4 Presidente da ABL Marcos Vinicios Vilaça 110 anos, iniciados nos tempos fascinantes em que migramos de Monarquia para República. Não esquecemos a advertência, em forma de pergunta, que faz Gertrude Stein: “A que distância tem que estar uma data para que nos preocupemos com ela?” A consciência dessa guarda permite-nos dar à Língua Portuguesa estatuto de assunto de profunda identificação com o próprio ser nacional e transnacio- nal. Tratar a língua de forma estratégica parece-nos um modelo conveniente de buscar protagonismo internacional para construir diálogos. Diálogos não se fazem com monólogos. Temos que dialogar, nomeadamente em português, e não só no mundo luso-afro-brasileiro. Temos a tarefa patriótica de defesa da língua, investida por Machado de Assis naqueles começos. Obedientes a sua alocução, cultivamos a constância no compromisso de que a obra de todos fosse e sempre seja “contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira”. Agora, para mostrar o esforço de preservação, a guarda da língua é vigilante atenção para tudo o que nos reserva o futuro, em representação do ponto má- ximo de extensão e consciência humana, como sugere Bergson. E o elo entre ele e o passado não seria suficientemente forte se não servisse de alicerce à Lín- gua Portuguesa, o vasto chão das Humanidades. A tarefa da Academia Brasileira de Letras não é apenas da rígida preserva- ção, mas de preservar enriquecendo, fortalecendo, alongando, pelo tanto que o passado nos dá no presente. Por esta razão, louvando o empenho do contribu- to à tarefa nacional da Educação iremos entregar hoje a alta condecoração da Medalha João Ribeiro à Fundação Roberto Marinho, à Fundação Bradesco e a Antonio Oliveira Santos, exaltando-os pela relevância do patriótico serviço que prestam aos brasileiros. Nosso louvor, nossa gratidão. 5 110 anos da ABL SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA: A Academia abriga e até estimula o contraditório. É esta a razão de termos chegado até hoje a enfrentar mudanças e transformações. Aliás, Vossa Exce- lência sabe que é mais ou menos fácil mudar, o difícil é transformar. Somos in- dividualidades de um coletivo, tal como o governante há de entender o povo. Prefiro sempre falar de povo, que é a representatividade político-social, em vez do termo população, mais adequado à linguagem da geografia. Essa pluralida- de é que dá mais relevo à nacionalidade. OBrasil não teme, em razão de sua vo - lumetria, valorizar a diversidade. A identidade nacional respira em especial pela sua língua e pela forma como a utilizamos para fazer cultura. A ABL apóia governante que se empenhe no resgate da hipoteca da justiça social e lute pela eqüidade. Não falo de equalitarismo, que isso é mera teoria. De outra parte, o governo sempre terá da Academia a palavra de categóri- co estímulo a tudo que vise à melhoria das condições de ensino. De ensino, em particular, do português. De ensino, sobretudo, básico, onde tudo princi- pia. Depois chega o momento adequado da valorização do convívio com a Literatura. Só poderemos proceder à necessária consolidação e ao conveniente desfrute da democracia se zelarmos pelo aperfeiçoamento da educação e dos seus enla- ces com diferentes contextos culturais – sem ideologizar, é claro, pois isto leva ao risco de deslizar para totalitarismo. Com testemunho de respeito ao Chefe de Estado, recebemo-lo hoje e agra- decemos por ter vindo. Acredite, esta não é uma Casa de brasilcéticos, porque não convive com ati- tudes de ausência. É da nossa tradição respeitar princípios e buscar ideais com uma noção realista das possibilidades. A Academia não é uma fábrica de ilu- sões nem nunca será depositária de desilusões. Seja bem-vindo. Oferecemos-lhe os saudares do nosso sagrado. Já os segredos, permita, es- ses, ficam conosco. 6 Presidente da ABL Marcos Vinicios Vilaça SENHORAS, SENHORES Nosso fazer diário pode ser modesto como convém à Academia e austero como é do gosto dos Acadêmicos, mas isto não quer dizer ausência, repito, de intimidade com o quotidiano do povo brasileiro, inclusive de suas aspirações no plano do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Temos ido ao encontro do Brasil juntando-nos – como o fizemos pela primeira vez na história – à Corte Suprema que nos acolheu ou, por exemplo, subindo aos morros e chegando às veredas dos sertões para doar livros a meninos que vivem em favelas e pontas de rua. A Academia vive atenta aos versos de Gonzaguinha a nos ensinar: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças / É a vida! É bonita e é bonita! / Viver e não ter a vergo- nha de ser feliz / Cantar, e cantar e cantar / A beleza de ser um eterno aprendiz.” Somos, assim, fiéis à memória de Machado, menino pobre nascido no Mor- ro do Livramento. Aliás, amanhã, 29 de setembro, assinalaremos os 99 anos do seu falecimento. EXCELÊNCIAS, SENHORAS, SENHORES: Mestre Raymundo Faoro lembra que rebentamos com a suposta tradição de absenteísmo, na noite solene de 1906, quando aqui ingressava Euclides da Cunha, recebido por Silvio Romero. Naquela noite também ingressou no sa- lão a emoção pública e o debate político. José Sarney, nosso querido decano e orador oficial desta sessão, já observou, com a sua reconhecida sabedoria, que se Machado de Assis foi o líder que nos deu as normas, que insuflou a vida perdurável, a constituição da Academia foi um ato político, realizado por um grande líder. Teremos que dar constância a tudo isto. Uma Academia nova, observava Nabuco, é como uma religião sem misté- rios: falta-lhe solenidade. A Casa já tem solenidade. Há muitos mistérios, de- certo, nos seus anos de vida. E convém não desvendá-los todos. 7 110 anos da ABL Ocuidado para que tudo isto fosse assim está desde o instante seminal, quando se formatou sem facciosismos e sem preconceitos. Um olhar na nomi- nata dos fundadores revela os grandes espíritos da época. Muito tempo passou. Gerações se sucederam na parceria de relevantes ser- viços à cultura. Houve dor na partida e sorriso na chegada de confrades. Há re- gistros de poentes e alvoradas. Premiou-se iniciante e deu-se aval a consagra- dos, em prêmios e concursos literários. Publicaram-se obras, realizaram-se cursos. As bibliotecas implementadas por tecnologia de ponta são de uso pú- blico. O trabalho corre para as ruas como pão da vida. Indiscutível que a Literatura é a central das preocupações acadêmicas, mas impossível desconhecê-la como o grande instrumento de interpretação das formas de vida humana, de percepção da história.
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