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FARMACOPEIA À BASE DE PLANTAS DA ÁFRICA OCIDENTAL Organização de Saúde da África Ocidental Direitos autorais © 2013 Organização da Organização Mundial de Saúde Oeste Africano. Todos os direitos reservados. ISBN Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida por qualquer forma ou meio, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a prévia autorização da Organização Mundial de Saúde Oeste Africano. Concebido, impresso e encadernado por : KS PRINTCRAFT GH. LTD. P. O. BOX 1074 KNUST JUNCTION KUMASI, GHANA Tel: +233-277412577 FARMACOPOEIA HERBAL DA ÁFRICA OCIDENTAL FHAO İNDICE İNDICE………………………………………………………………………………………..……………..........I PREFÁCIO………………………………………………………………………………………………...........III PREFÁCIO…………………………………………………………………………………………..………......V İNTRODUÇÃO ...……………………………………………………………………………………....……...VII RECONHECIMENTO…………………………………………………………….…………………………….XI ACACIA NILOTICA…………………………………………………………………………………………..…1 ACACIA SENEGAL……………………………………………………………………………………............6 ADONSONIA DIGITATA…………………………………………………………………………………….…9 AGERATUM CONYZOIDES………………………………………………………………………………….14 ALCHORNEA CORDIFOLIA……………………………………………………………………………..…..18 ALLIUM SATIVUM………………………………………………………………………………………….....23 ALOE SCHWEINFURTHI……………………………………………………………………………………..29 ALOE VERA…………………………………………………………………………………………………....32 ALSTONIA BOONEI…………………………………………………………………………………………..36 ARGEMONE MEXICANA………………………………………………………………………………….....40 AZADIRACHTA INDICA……………………………………………………………………………………...44 BALANITES AEGYPTIACA………………………………………………………………………………….50 BRIDELIA FERRUGINEA……………………………………………………………………………….…....55 CARICA PAPAYA…………………………………………………………………………………………..…61 CINCHONA PUBESCENS……………………………………………………………………………………68 CRYPTOLEPIS SANGUINOLENTA ...…………………………………………………………………..….71 CYMBOPOGON CITRATUS………………………………………………………………………………....75 EUPHORBIA HIRTA………………………………………………………………………………………..…80 HALLEA STIPULOSA……………………………………………………………………………………..….84 HARRISONIA ABYSSINICA………………………………………………………………………………....87 HIBISCUS SABDARIFFA…………………………………………………………………………………….91 HYMENOCARDIA ACIDA ...…………………………………………………………………………….......95 KHAYA SENEGALENSIS ...…………………………………………………………………………………99 LAWSONIA INERMIS………………………………………………………………………………………..103 LIPPIA MULTIFLORA…………………………………………………………………………………..…...107 MITRAGYNA INERMIS……………………………………………………………………………………...111 MOMORDICA CHARANTIA………………………………………………………………………………...114 MORINDA LUCIDA………………………………………………………………………………………..…119 MORINGA OLEIFERA……………………………………………………………………………………….123 OCIMUM BASILICUM……………………………………………………………………………..………...129 OCIMUM GRATISSIMUM……………………………………………………………………………..…….133 OOAS Página i FARMACOPOEIA HERBAL DA ÁFRICA OCIDENTAL FHAO PHYLLANTHUS NIRURI…………………………………………………………………………………....138 PHYTOLACCA DODECANDRA…………………………………………………………………………...143 PTEROCARPUS ERINACEUS……………………………………………………………………………..148 RAUWOLFIA VOMITORIA……………………………………………………………………………….....151 SARCOCEPHALUS LATIFOLIUS………………………………………………………………………....155 SCLEROCARYA BIRREA………………………………………………………………………………..…159 SCOPARIA DULCIS……………………………………………………………………………………..…..165 SECURIDACA LONGEPEDUNCULATA……………………………………………………………........170 SENNA ALATA ...…………………………………………………………………………………………....175 SENNA ALEXANDRINA………………………………………………………………………………….....180 SENNA OCCIDENTALIS…………………………………………………………………………………....183 SENNA PODOCARPA………………………………………………………………………………….…...189 SOLANUM TORVUM.………………………………………………………………………………………..193 SORGHUM BICOLOR……………………………………………………………………………………….197 SPATHODEA CAMPANULATA …………………………………………………………………………...201 SPERMACOCE VERTICILLATA……………………………………………………………………..…….205 SPONDIAS MOMBIN......……………………………………………………………………………………208 TETRAPLEURA TETRAPTERA....………………………………………………………………………...213 TINOSPORA BAKIS…………………………………………………………………………………….......217 VERNONIA AMYGDALINA ……………………………………………………………………………......220 VERNONIA COLORATA ...…………………………………………………………………………….…...225 ZANTHOXYLUM XANTHOXYLOIDES ...………………………………………………………………....229 ZINGIBER OFFICINALE………………………………………………………………………………..…...234 ÍNDICE DE NOMES CIENTÍFICOS DE PLANTAS………………………………….…………………...240 ÍNDICE DE NOMES COMUNS……………………..……………………..………………………….…....244 ÍNDICE DE DOENÇAS…………..……………………………………………………….…...........247 APÊNDICE…………………………………………………….………………………….…………249 OOAS Página ii FARMACOPOEIA HERBAL DA ÁFRICA OCIDENTAL FHAO PREFÁCIO O uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças data da antiguidade. Através da combinação do instinto, observação, paladar e experiência, homens e mulheres da antiguidade trataram doenças através do uso de plantas, partes de animais e minerais que não eram parte da sua dieta habitual. O homem da antiguidade aprendeu por tentativa e erro a distinguir plantas úteis com efeitos benéficos das que eram prejudiciais ou ineficazes e também cuja combinações ou métodos de processamento tinham de ser utilizados para conseguir resultados consistentes e ideais. Este conhecimento de remédios derivados de plantas desenvolveu-se gradualmente e foi passado boca a boca de geração em geração. Ao longo do tempo, cada comunidade/tribo recolheu informações metodicamente sobre plantas e ervas medicinais e desenvolveu farmacopeias herbários bem definidas. De facto, até o século XX, a maioria da farmacopeia da medicina convencional era derivada do conhecimento herbário das populações nativas e ainda hoje muitos medicamentos geralmente usados são de origem vegetal. Portanto, as plantas medicinais representam um recurso vital que pode ser aproveitado para benefícios sanitários e socioeconómicos. No entanto, a não ser pelo alto custo dos medicamentos modernos, orçamentos nacionais limitados e instalações sanitárias inadequadas, que obrigaram muitos governos a reconsiderar as vantagens de sistemas de cuidados de saúde tradicionais, o sector permaneceu amplamente ignorado. Curiosamente, com o renovado interesse na medicina herbário, existe agora uma preocupação crescente acerca da sua qualidade, segurança e eficácia devido aos parcos métodos de preparação, a pesada carga de micróbios característica de plantas colhidas nas florestas, dosagens não padronizadas e limitadas evidências científicas. Em 1978, a Assembleia Mundial da Saúde adoptou a resolução WHA31.33 sobre plantas medicinais que apelou à OMS para coordenar os esforços dos Estados membros em desenvolver e aplicar critérios e métodos científicos para prova de segurança e eficácia de produtos de plantas medicinais e desenvolver padrões internacionais e especificações para identidade, pureza e potência, especialmente galénicos e práticas de fabrico. A Resolução WHA41.19 sobre a medicina tradicional e plantas medicinais adoptada em 1988 realçou a necessidade da cooperação e coordenação internacionais para estabelecer a base de conservação de plantas medicinais, de modo a assegurar que quantidades adequadas estejam disponíveis para o uso de futuras gerações. Estas resoluções trouxeram formalmente o uso e conservação racional e sustentável de plantas medicinais para a arena da política da saúde pública. Foram também levantadas questões sobre a exploração desregulada dos recursos biológicos da África, degradação ambiental, desflorestação, queimadas descontroladas e fracas práticas conduzindo à diminuição de espécies de plantas medicinais raras e ameaçadas. Infelizmente, para muitos países na Região Africana da OMS, a legislação necessária para produção local sustentável, conservação e protecção de plantas medicinais é limitada e mesmo quando necessário, não é aplicada. Por sua parte, a OMS forneceu alguns instrumentos e directrizes que os países poderiam adaptar às suas situações específicas para desenvolver e utilizar os seus sistemas de saúde indígenas. De particular relevância aqui são as Directrizes da OMS sobre as Boas Práticas Agrícolas e de Colheita; Directrizes sobre a conservação de plantas medicinais e as Monografias da OMS sobre plantas medicinais. Alguns países na Região Africana desde então usaram esses instrumentos, adoptaram políticas nacionais sobre a conservação de plantas medicinais e novas variedades de plantas medicinais cultivadas e inventários compilados de informações científicas sobre plantas medicinais. Preservar os recursos de plantas medicinais da Região Africana vis-à-vis a promoção do uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças necessita de uma estratégia eficaz, sustentável e coordenada. OOAS Página iii FARMACOPOEIA HERBAL DA ÁFRICA OCIDENTAL FHAO É contra este pano de fundo que eu endosso esta farmacopeia herbário desenvolvida pela Organização Oeste Africana da Saúde, uma instituição sanitária especializada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que resume e avalia a base de evidência para algumas plantas medicinais seleccionadas comuns aos Estados membros da CEDEAO e também define o critério de controlo de qualidade necessário para garantir a sua identidade, pureza e qualidade. É minha esperança que a Farmacopeia Herbário da CEDEAO receberá o mais alto nível de auxílio de todos os Estados membros para melhorar o acesso a cuidados de saúde de qualidade para as populações da sub-região. Dr. Luís Gomes Sambo Director Regional da OMS para a África Brazzaville-Congo OOAS Página iv FARMACOPOEIA HERBAL DA ÁFRICA OCIDENTAL FHAO PREFÁCIO A importância da medicina tradicional na prestação de cuidados primários da saúde (PHC) foi reconhecida pela Declaração de Alma Ata adoptada pela Conferência Internacional sobre PHC realizada em Alma Ata, URSS, em Setembro de 1978. A Declaração de Alma Ata apelou para a “saúde para todos até o ano 2000”. Esta conferência