ESPAÇO JOEL SILVEIRA: LUGAR DE MEMÓRIA

Sayonara Viana1

A Universidade Tiradentes recebeu em agosto de 2018 o acervo do jornalista e escritor sergipano Joel Magno Ribeiro da Silveira (1918- 2007) que uniu jornalismo e literatura, os leitores e a notícia. O acervo foi organizado em duas coleções: a bibliográfica e a museológica, perfazendo um total de seis mil objetos. Publicações de autoria consideradas raras, exemplares com anotações manuscritas importantes, edições de tiragem reduzida, exemplares numerados e assinados, obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, como Manuel Bandeira e Rubem Braga; e uma coleção em parceria com Carlos Drummond de Andrade, fotografias, bilhetes, obras de arte e objetos pessoais do escritor. O acervo foi higienizado e catalogado pela equipe do Sistema de Bibliotecas do Grupo Tiradentes coordenado pela bibliotecária Maria Eveli Pieruzi de Barros Freire, adotando-se a conservação preventiva objetivando preservar, resguardar e difundir a memória coletiva no presente e projetá-la para o futuro para reforçar a sua identidade cultural. Após esse processo foi escolhido um local onde essa coleção pudesse ser exposta ao olhar do público, acondicionada e oferecesse possibilidade de transformar esse acervo em objeto de estudo e em conhecimento. Em 15 de outubro foi inaugurado o Espaço Joel Silveira, localizado na Biblioteca Jacinto Uchôa de Mendonça, Campus Farolândia, pensado desde a sua origem como “lugar de memória” com intenção memorialista. A solenidade oficializou a doação do acervo à Unit com a presença da família do escritor, sua filha Elisabeth Silveira e seu neto Rodrigo Silveira Monte e do amigo, o jornalista Zevi Ghivelder. Na ocasião foi concedida a Medalha do Mérito Tiradentes aos homenageados e foi inaugurada também a exposição Centenário Joel Silveira: Tempo de Contar que celebra o centenário do seu nascimento

1 Licenciada em História/UNIT; bacharel em Museologia/UFS; pós-graduada em Educação e Patrimônio Cultural de Sergipe e pesquisadora do Grupo de Estudo “Culturas, Identidades e religiosidades”/UFS. 19 | REV.ALL.N.3/V.1 - 2 0 1 8

e revela a trajetória do jornalista e escritor, o mundo do jornalismo brasileiro e as conexões jornalísticas vivenciadas na sua época. Com as memórias e as linhas de Joel Silveira, revela-se uma época de efervescência cultural e política. Precursor do jornalismo literário, Joel Silveira marcou a imprensa com uma série de obras de caráter memorialístico. Conviveu com o mundo da cultura do escritores, jornalistas e artistas como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos, Dorival Caymmi, Di Cavalcanti, Geneton Moraes, Zevi Ghivelder e Rubem Braga. Famoso pela sua mordacidade na sua construção narrativa destacou-se em seu ofício literário e jornalístico com suas histórias e memórias.

Espaço Joel Silveira/ Unit Foto: Luiz Dinarte

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O jornalista Joel Magno Ribeiro da Silveira nasceu em 23 de setembro de 1918. Filho do comerciante de Lagarto/SE Ismael Silveira e de Jovita Ribeiro Silveira. Estudou nos colégios Tobias Barreto e Atheneu Pedro II.

Joel Silveira aos 4 anos com seus irmãos Paulo e Janoca Coleção Joel Silveira/Unit.

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Familiares de Joel Silveira Coleção Joel Silveira/Unit.

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Atheneu Pedro II Acervo Coleção Rosa Faria (Memorial de Sergipe)

Aos 14 anos começou a trilhar pelo universo da imprensa e aos 16 anos trabalhou como diretor na redação do impresso estudantil A Vóz do Ateneu, primeira versão do jornal do Grêmio Literário Clodomir Silva, em Aracaju. Atuou também no jornal A voz Operária e no Sergipe Jornal.

A Vóz do Ateneu, ano I, nº 5, 13 de julho de 1934. Acervo IHGSE

Em 1936, publicou a novela Desespero e ganhou o prêmio literário “Clodomir Silva”.

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Em 13 de janeiro de 1937, embarcou no navio Itanajé para o Rio de Janeiro.

Ainda em 1937 ingressa na Faculdade de Direito e começa a trabalhar como datilografo na redação da Revista Ferrovia e publicou a novela Desespero na revista “Vamos Ler”. Ainda em 1937 publica “Quantos caminhos há no mundo”, em homenagem ao seu irmão Paulo no jornal “A voz do Ateneu”. Ano IV, número 2, 01/09/1937.

Para meu irmão Paulo

Velas enfumadas. Velas. Velas que vão. Velas que chegam. Velas que voltam com o ar vencido das rotas perdidas. Quantos caminhos há no mundo? Sol!

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Há no mar um alvoroço De cristais partidos. O homem loiro diz que na sua terra A neve cai E que meninos vestidos de lã pelo gelo liso. A mulher de olhos grandes Canta uma dolência triste. Velas. Chegarão sempre. Trazendo figuras extranhas(cif). Homens loiros. Mulheres de olhos tristes como um ronco de navio. Quantos caminhos há no mundo? O tombadilho é um mundo pequeno. Alaúdes. Violas. Violinos. Tenôres e sopranos. As lágrimas se misturam com a luz do sol e ficam brilhando na manhã clara A quilha enorme tem o poder De abrir no mar nova estrada, novo caminho. O homem loiro espalma as mãos sobre os olhos. Olha a serra. Olha o novo mundo. Há leques verdes acenando. Quantos caminhos há no mundo?

Rio - agosto de 37

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Em maio de 1938 passou a trabalhar no semanário Dom Casmurro, no qual colaboravam jovens intelectuais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e outros eruditos da época, marcando a história da imprensa carioca.

Na foto jornalistas e colaboradores do Dom Casmurro: da esquerda para direita: Joel Silveira, Dante Costa, Mário Martins, Marly Peixoto, Joracy Camargo, Ione Stamato, Brício de Abreu e Sílvio Peixoto. Agachados: Jorge Amado, Danilo Bastos e Franklin de Oliveira.

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O escritor Aos 21 anos escreveu Onda raivosa, coletânea de contos publicada em 1939. “Estava linda ao sol, as faces esbraseadas, o cabelo negro luzindo’. Ao atravessar o rio, antes de chegarem à mata, a jovem torce o vestido molhado, com decote que ‘deixava ver o começo dos seios morenos’. A amada embrenha-se pelas matas, corre do jovem que se perde em pensamentos, sentado na ‘sombra do cajueiro’, encostado no ‘velho tronco resinoso e enxertado de parasitas bravias e úmidas”.

De 1940 a 1944, trabalhou na Revista Diretrizes, até seu fechamento pela Censura, devido à repercussão de uma entrevista que fez com o escritor Monteiro Lobato. A Revista Diretrizes cumpriu importante papel no jornalismo político da época.

SILVEIRA, Joel. Os rios correm para aquele mar. Diretrizes. Rio de Janeiro, ano VII, n. 207. Junho, 22, 1944.

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Publicou em 1940 o livro Roteiro de margarida, uma coletânea de contos.

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1943 Publicação da reportagem “Grã finos em São Paulo” na Revista Diretrizes. ao ler a matéria declara: “Quem escreveu isto não é um repórter, é uma víbora!”. 1944 publicou o livro Os homens não falam de mais, em coautoria com Francisco de Assis Barbosa. No mesmo ano foi trabalhar nos Diários Associados. Foi designado por Assis Chateaubriand para cobrir as ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi repórter de guerra por dez meses, trabalhando ao lado de jornalistas como Rubem Braga, então repórter do Diário Carioca.

“Seu Silveira, me faça um favor de ordem pessoal. Vá para a guerra, mas não morra. Repórter não é para morrer, é para mandar notícias”.

Assis Chateaubriand

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O jornalista chegou à Europa no terrível inverno de 1944, e durante dez meses acompanhou a luta dos brasileiros até a rendição alemã. Descreveu momentos cruciais do combate com um texto ao mesmo tempo lírico e informativo: "Confesso que não foi exatamente por delicadeza que naqueles nove meses perdi uma parte da minha mocidade, ou o que restava dela" (SILVEIRA, Joel).

Além das muitas reportagens, publicou os livros:

 SILVEIRA, Joel. Histórias de Pracinha. Rio de Janeiro: Companhia da Leitura, 1945;  SILVEIRA, Joel. Grã-Finos em São Paulo e Outras Histórias do Brasil. Rio de Janeiro: G.S.S, 1945

Por quase vinte anos, de 1946 até o fechamento do jornal, foi repórter e colunista do Diário de Notícias. Atuou no vespertino Última Hora, fundado por Samuel Wainer em 1951, nos jornais O Estado de São Paulo, Correio da Manhã, Diário Carioca, O Paiz e O Comício. Nas revistas, O Cruzeiro, Carioca, Manchete e na Revista da Semana. Destaca-se a sua atuação na Revista Manchete durante vinte anos em que foi repórter enviado especial ao exterior. 30 | REV.ALL.N.3/V.1 - 2 0 1 8

Nesse contexto, conquistou muitos amigos e estabeleceu relações com diversos intelectuais e políticos que fizeram parte da sua história. De 1954 a 1964 dirigiu o serviço de documentação do Ministério do Trabalho. Com Adonias Filho e Antônio Houaiss, tornou-se membro do conselho de redação da Revista Nacional, publicada sob a forma de encarte e incluída na edição de domingo de diversos jornais do país. Foi ainda redator-chefe da revista O Mundo Ilustrado.

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JOEL SILVEIRA COM O FOTÓGRAFO DA REVISTA MANCHETE GIL PINHEIRO

Renomado escritor com mais de 47 livros editados, muitos dos seus contos e crônicas foram incluídos em antologias organizadas por Graciliano Ramos, Raimundo Magalhães Júnior, Paulo Mendes Campos, Herberto Sales entre outros. Sempre foi atuante na área da cultura e entre 1987 e 1988 foi nomeado Secretário de Estado da Cultura em Aracaju. Durante o período vivido na cidade seu melhor amigo era o então Arcebispo da cidade, Dom Luciano José Cabral Duarte (1925-2018). Como se sabe o jornalista era agnóstico e é dele o depoimento: “cultíssimo, uma prosa maravilhosa, ele era a pessoa com quem eu conversava. nem eu falava de mulher, nem ele falava de Deus, e a gente se entendia a mil maravilhas” (entrevista concedida ao jornalista Geneton Moraes no documentário “Garrafas ao mar: a víbora manda lembranças”, 2013).

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Óleo sobre azulejo Rosa Faria

Atuou também como coordenador nacional de política cultural e como representante do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro. Recebeu os prêmios Líbero Badaró, Esso Especial, Jabuti, Golfinho de Ouro e Machado de Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo conjunto de sua obra. Faleceu em agosto de 2007, no Rio de Janeiro.

Demais livros publicados:

 SILVEIRA, Joel. O Petróleo do Brasil. Rio de Janeiro: Coelho Branco, 1954.  SILVEIRA, Joel. História de uma Conspiração. Rio de Janeiro: Coelho Branco, 1955.  SILVEIRA, Joel. Desaparecimento da Aurora. Rio de Janeiro: Revista Branca, 1954.

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Considerada na época a melhor novela do ano. No acervo 3ª. Edição, publicada em 1979.

 SILVEIRA, Joel. História de uma conspiração: Bolívia, Brasil e Petróleo. Rio de Janeiro: Coelho Branco, 1959.  SILVEIRA, Joel. O marinheiro na varanda. Rio de Janeiro: Coelho Branco, 1960.  SILVEIRA, Joel. Alguns Fantasmas. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 1962.  SILVEIRA, Joel. Meninos eu vi. Rio de Janeiro: Tribuna da Imprensa, 1965.  SILVEIRA, Joel. Um Guarda-Chuva para o Coronel. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1965.  SILVEIRA, Joel. As duas guerras da FEB. Rio de Janeiro: Idade nova, 1965.  SILVEIRA, Joel. Fatos e homens da segunda guerra. Rio de Janeiro: Bloch, 1966. Em coautoria com Caio de Freitas, Mário Martins, Raimundo Magalhães Junior e Zevi Ghivelder.  SILVEIRA, Joel. 20 horas de Abril. Rio de Janeiro: Saga, 1966.  SILVEIRA, Joel. A Guerra no Oriente Médio: 5 dias de junho. Rio de Janeiro: Bloch, 1967.

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O livro é um documentário das reportagens sobre a guerra dos autores Arnaldo Niskie, Murilo de Melo Filho, Joel Silveira e R. Magalhaes Junior.

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Obras da Década de 70 e 80:

 SILVEIRA, Joel. O Brasil na segunda guerra Mundial. Rio de Janeiro: Ediouro, 1973.  SILVEIRA, JOEL. As grandes reportagens de Joel Silveira. Rio de Janeiro: Codecri,1980 No Livro consta a primeira matéria de destaque "Grã-finos em São Paulo".  SILVEIRA, JOEL Vamos ler Joel Silveira. Rio de Janeiro: Cadetra,1982 (Contos)  SILVEIRA, JOEL O Marinheiro e a Noiva. Recife: Edições Pirata, 1983. POEMAS  SILVEIRA, JOEL. Milagre em Florença. Rio de Janeiro: Catedra, 1983  SILVEIRA, JOEL. A Luta dos Pracinhas. Rio de Janeiro: Record, 1983

Em A Luta dos Pracinhas, os autores Joel Silveira e Thassilo Mitke relatam com detalhes o desempenho de nossa Força Expedicionária Brasileira.

 SILVEIRA, JOEL. Dias de Luto. Rio de Janeiro: Record, 1985  SILVEIRA, JOEL. Tempo de Contar. Rio de Janeiro: Record, 1985.

O livro de memórias e reportagens recebeu o Prêmio Jabuti.

 SILVEIRA, JOEL. O Dia em que o Leão Morreu. Rio de Janeiro: Record,1986.  SILVEIRA, JOEL. O Generalíssimo e outros Incidentes. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1987.  SILVEIRA, JOEL. Você nunca será um deles. Rio de Janeiro: Record, 1988.  SILVEIRA, JOEL. Segunda guerra mundial: todos erram, inclusive a FEB. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989.

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 SILVEIRA, JOEL; MORAES NETO, Geneton. Hitler/Stalin: o pacto maldito. Rio de Janeiro: Record, 1989.  SILVEIRA, JOEL. O presidente no jardim. Rio de Janeiro: Record,1991.  SILVEIRA, JOEL; ANDRADE, Jeferson de. Um jornal Assassinado: a última batalha do correio da manhã. Rio de Janeiro: José Olympio,1991.  SILVEIRA, JOEL. Não foi o que você pediu? Rio de Janeiro: José Olympio, 1991  SILVEIRA, JOEL; MORAES, Geneton. Nitroglicerina pura. Rio de Janeiro: Record, 1992.  SILVEIRA, JOEL. Conspiração da madrugada. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.  SILVEIRA, JOEL. Guerrilha noturna. Rio de Janeiro: Record,1994.  SILVEIRA, JOEL. II Guerra: momentos críticos. Rio de Janeiro: Mauad,1995.  SILVEIRA, JOEL. Viagem com o presidente eleito. Rio de Janeiro: Mauad,1996  Histórias bem-humoradas sobre Jânio Quadros, logo após sua vitória nas eleições para a Presidência da República.

 SILVEIRA, JOEL. Os melhores contos de Joel Silveira. Rio de Janeiro: Global, 1998.  SILVEIRA, JOEL. A camisa do senador. Rio de Janeiro: Mauad, 2000. O livro reúne mais de 400 histórias contadas por Joel Silveira.  SILVEIRA, JOEL Na fogueira: memórias, 1998. Esta edição marca os 80 anos de idade de Joel Silveira.  SILVEIRA, JOEL. Memórias de alegria. 2001. Relatos de momentos de sua vida pessoal e profissional.  SILVEIRA, JOEL. A Milésima segunda noite da Avenida Paulista. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2003. Coletânea de textos escritos ao logo da década de 1940.  SILVEIRA, JOEL. A feijoada que derrubou o governo. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2004.  SILVEIRA, JOEL. Diário do último dinossauro. Curitiba, Paraná: Travessa dos Editores, 2004. 37 | REV.ALL.N.3/V.1 - 2 0 1 8

 SILVEIRA, JOEL. O inverno da guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

O acervo bibliográfico, documental e iconográfico de Joel Silveira está disponível ao público, de modo geral, estudantes e pesquisadores que podem ter acesso à coleção e compreender o universo cultural ao qual pertenceu o jornalista/escritor. Visitar o Espaço Joel Silveira é conhecer a narrativa de vida de um sergipano a partir daquilo que o encantou: as letras e aproximando- se da sua escrita compreende-se a sua projeção e seus amigos no ambiente cultural brasileiro.

Fontes consultadas:

FERRARI, Danilo Wenseslau. A atuação de Joel Silveira na imprensa carioca (1937- 1944). 2011. 251p. (Dissertação de mestrado). Unesp. Assis, 2011.

SILVEIRA, Joel. O Estado novo e os Intelectuais. Entrevista concedida a Gonçalo Jr. Gazeta Mercantil. São Paulo, 4 abril 1999. Disponível em: http://observatório da imprensa.com.br/artigos/mt200499.

LIMA, Cleverton Barros de. Entre a ficção e a reportagem: a escrita de Joel Silveira nos anos 1930 a 1940. 2015. (Tese doutorado). Unicamp. Campinas, SP: [s.n.], 2015.

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