A Atuação De Joel Silveira Na Imprensa Carioca (1937-1944)

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A Atuação De Joel Silveira Na Imprensa Carioca (1937-1944) A ATUAÇÃO DE JOEL SILVEIRA NA IMPRENSA CARIOCA (1937-1944) DANILO WENSESLAU FERRARI A ATUAÇÃO DE JOEL SILVEIRA NA IMPRENSA CARIOCA (1937-1944) CONSELHO EDITORIAL ACADÊMICO Responsável pela publicação desta obra Áureo Busetto (Coordenador) Carlos Eduardo Jordão Machado (Vice-Coordenador) Milton Carlos Costa Wilton Carlos Lima da Silva DANILO WENSESLAU FERRARI A ATUAÇÃO DE JOEL SILVEIRA NA IMPRENSA CARIOCA (1937-1944) © 2012 Editora UNESP Cultura Acadêmica Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242-7171 Fax: (0xx11) 3242-7172 www.culturaacademica.com.br [email protected] CIP – BRASIL. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ F427a Ferrari, Danilo Wenseslau A atuação de Joel Silveira na imprensa carioca (1937-1944) / Danilo Wenseslau Ferrari. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7983-348-9 1. Silveira, Joel, 1918-2007. 2. Imprensa – Rio de Janeiro – História. I. Título. 12-9386. CDD: 079.8153 CDU: 070(815.3) Este livro é publicado pelo Programa de Publicações Digitais da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Editora afiliada: A meus pais e ao pequeno Eduardo. AGRADECIMENTOS Esta obra é resultado de alguns anos de pesquisa (graduação e mestrado), realizada na Universidade Estadual Paulista (Unesp/ Assis). Durante esse tempo, algumas pessoas me acompanharam e a elas registro estes agradecimentos. Sou imensamente grato à professora Tania Regina de Luca, minha orientadora, pela oportunidade que me concedeu de partici- par de seus projetos de iniciação científica, possibilitando o surgi- mento da pesquisa de pós-graduação. Além da orientação rigorosa, agradeço pelo incentivo e pelo entusiasmo com que acolheu minha ideia de estudar Joel Silveira. Agradeço também aos professores da banca de qualificação e defesa de meu mestrado, Áureo Busetto e Célio José Losnak. A leitura atenta e cuidadosa de vocês e os apon- tamentos fundamentais na finalização de minha dissertação foram muito importantes para este livro se tornar realidade. A meus pais, José Roberto Ferrari e Iunci Wenseslau Ferrari, por serem minha base e por me ensinarem a valorizar a educação como caminho de mudança e a curiosidade como meio de conhecer o mundo. Cresci vendo meu pai ler suas revistas semanais de in- formação antes de dormir e minha mãe lendo os jornais diários de nossa cidade, no café da manhã, e talvez isso tenha despertado meu interesse por esses produtos culturais. A meu irmão Bruno Wenseslau Ferrari, pela preocupação com minha estada em Assis e pelos conselhos nos momentos difíceis. À Suellen, por nos acompanhar e fazer parte de nossa família. A minha avó Maria Aparecida Ferrari, pelo carinho e por todos os potes de Toddy, sabonetes e pastas de dente que consumi nos anos de graduação e mestrado. Aos tios Sérgio e Hildete, pelo incentivo e pelo socorro material quando foi necessário. A minha avó Ilda dos Santos Wenseslau, em memória, que sempre torceu, com muito carinho, por seu neto, que lhe tem muita saudade. Agradeço aos amigos dos tempos de São José do Rio Preto, Luiz Celso Madi Rodrigues e Rosana Garcia Lopes, sempre presen- tes, mesmo na distância. Aos companheiros da “República Pá!”, onde morei nos anos de Unesp/Assis, Eduardo Toshio, Kwame Yoanatan e Diego Andrade, pelas longas conversas na cozinha de nossa casa e por tantos momentos que passamos juntos, dividindo experiências e ajudando uns aos outros. À Larissa Bergamo Zanar- do, pela atenção que só uma grande amiga pode proporcionar. Aos amigos que conheci em Assis, seja por intermédio de estu- dos e pesquisas, seja pelos caminhos inesperados pelos quais acon- tecem as amizades: Dagmar Buziquia, Renata Santos Silva, Juliana Brombim, Suzana Lopes, Ciro Monteiro, Larissa Ponce, Helton Corrêa, Priscila Miraz, Aline Maluf, Roberta Pires, Alexandre An- drade, Fernanda Coelho, Giane Giacon, Anelize Vergara, Camila Bueno Souza, João Arthur Franzolim, Helder Held, Patrícia Tri- zotti, Deivid Costruba, Wellington Amarante e todos aqueles que, por ventura, posso ter me esquecido de mencionar. Com vocês, o caminho foi bem mais prazeroso! Ao amigo Miguel Zioli, pela leitura, pela correção dos rascu- nhos e pelas sugestões sobre a redação e o conteúdo da pesquisa. Sou grato aos funcionários da Biblioteca Acácio José Santa Rosa, da Unesp/Assis, Auro Sakuraba, Ana Paula da Silva, Heloísa Milani e Milene de Almeida Rosa, sempre dispostos a atender da melhor forma possível e a ajudar um estudante correndo para cumprir seus prazos. Aos funcionários do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (Cedap), Marlene Aparecida de Souza Gasque, Isabel A ATUAÇÃO DE JOEL SILVEIRA NA IMPRENSA CARIOCA (1937-1944) 9 Mano Neme, Ana Eliza Paziam dos Santos, pela agilidade no aten- dimento e pela confiança com que me receberam diariamente, para que eu me encontrasse com Joel Silveira nos microfilmes. Às funcionárias do Departamento de História da Unesp/Assis, Clarice Gonçalves e Regina Truchlaeff, pelo auxílio e por me dei- xarem tomar sempre um cafezinho, preparado pela Zazá e pela Cida, nas manhãs e nas tardes de estudo na sala 3 do departamento. Aos funcionários do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), Thaís Estruc e Johennir Janotti, que não mediram esforços em me ajudar a encontrar o que precisava. A meu sobrinho, o pequeno Eduardo, afilhado querido, cuja existência sempre me fez sorrir e esquecer um pouco as dificulda- des da vida. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pelo apoio material e financeiro. Não tenho jeito para fazer versos. O assunto vai assim mesmo, sem rimas e sem ritmo, liber- to como asas, pois foram como asas que os qua- dros passados acudiram-me à memória. E se por acaso essas páginas morrerem bruscamente em meio do caminho, que me perdoem. A lem- brança é muito fugidia e há mesmo momentos antigos que ficarão melhores no esquecimento. Além disso, a realidade da hora presente fere muito. Fere muito e exige tudo de mim. Joel Silveira (Onda raivosa, 1939) SUMÁRIO Prefácio 15 Introdução 17 1 Joel Silveira: biografia e memórias 27 2 Nasce um jornalista: a experiência em Dom Casmurro 61 3 Nasce um repórter: a atuação em Diretrizes 135 4 Um jornalista no Estado Novo 187 Conclusão 239 Imagens 245 Referências bibliográficas 249 PREFÁCIO A ATUAÇÃO DE JOEL SILVEIRA NO ESTADO NOVO Joel Silveira tornou-se nome emblemático do nosso jornalismo, um ícone associado à cobertura da participação do Brasil na Se- gunda Guerra Mundial e à oposição ao Estado Novo e à ditadura militar, regimes de força que abalaram a trajetória republicana ao longo do século XX. É certo que a grande quantidade de livros que publicou desde os idos de 1939, quando ainda sonhava com uma carreira literária, desempenhou papel importante na difusão do seu trabalho, que ganhou nova vida em várias antologias, ao qual se somam obras de cunho memorialístico, especialmente numerosas a partir do final dos anos 1970. A decisão de analisar de forma sistemática os primeiros escritos de Joel, que aportou no Rio de Janeiro em 1937 e logo encontrou espaço na imprensa da capital, resultou da participação de Danilo W. Ferrari, ainda na graduação e como aluno de iniciação científica, num projeto que objetivava estudar publicações literárias e cultu- rais que circularam no primeiro governo de Getúlio Vargas, com destaque para a segunda fase da Revista do Brasil (1938-1943), Dom Casmurro (1937-1946) e Diretrizes (1938-1944). A pesquisa evidenciou a importância da presença de Joel Silveira nas duas úl- timas publicações e forneceu instrumental analítico e perspectivas teórico-metodológicas para o trato, sob a perspectiva do historia- 16 DANILO WENSESLAU FERRARI dor, dos impressos periódicos, encarados como importantes espa- ços de sociabilidade e de organização do mundo letrado. A Dissertação de Mestrado de Danilo, apoiada pela Fapesp e agora transformada em livro, revela um pesquisador cuidadoso e arguto, que soube explorar suas fontes, articulá-las à vasta biblio- grafia sobre o período e seguir caminhos instigantes do ponto de vista interpretativo. Estruturado em quatro capítulos, o trabalho inicia-se com a apresentação e análise do esforço de construção de si, pacientemente tecida em livros e nas muitas entrevistas que Joel concedeu ao longo da vida, e prossegue investigando os primórdios de suas atividades na imprensa, Dom Casmurro, veículo que aco- lheu suas primeiras produções, e Diretrizes, revista na qual forjou sua identidade de repórter, que o distinguiu por toda a vida, e con- clui com um esforço para discernir a maneira como se posicionou nos debates do seu tempo. O leitor tem a oportunidade de avaliar o peso dessas experiên- cias para a trajetória profissional e política de Joel Silveira e acom- panhar as batalhas nas quais se envolveu, em um contexto marcado pela radicalização das posições ideológicas, em âmbito nacional e internacional, e que impunha a tomada de posições, como bem demonstra a reconstituição levada a efeito no decorrer do livro. Note-se, ainda, a atenção dedicada às publicações e seus responsá- veis, em um registro que não as toma como suportes neutros para os textos de Joel Silveira. É corrente a postura que torna o pesquisador das Ciências Hu- manas uma espécie de monge, a tecer seu trabalho na solidão da cela. De fato, o peso autoral continua a ser a pedra de toque da produção do conhecimento em uma área em que os resultados al- cançados, como no caso desta dissertação, provêm, sobretudo, de esforços e méritos do autor que, nem por isso, precisa renunciar aos dados e à reflexão acumulada pelo trabalho coletivo. Tania Regina de Luca Universidade Estadual Paulista (Unesp) INTRODUÇÃO Em agosto de 2007, o jornalista Joel Silveira morreu envolto numa aura de heroísmo e de glória. Seu nome traz à lembrança a figura do correspondente que acompanhou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) à Itália, nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, e do repórter reverenciado por seus pares como precursor de determinadas práticas jornalísticas.
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