A Trajetória Da Internet No Brasil: Do Surgimento Das Redes De Computadores À Instituição Dos Mecanismos De Governança
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A TRAJETÓRIA DA INTERNET NO BRASIL: DO SURGIMENTO DAS REDES DE COMPUTADORES À INSTITUIÇÃO DOS MECANISMOS DE GOVERNANÇA Marcelo Sávio Revoredo Menezes de Carvalho DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS E COMPUTAÇÃO. Aprovada por: ______________________________________________ Prof. Henrique Luiz Cukierman, D.Sc. ______________________________________________ Prof. Cláudio Thomas Bornstein, Dr.Rer.Nat. ______________________________________________ Prof. Ivan da Costa Marques, Ph.D. ______________________________________________ Prof. Michael Anthony Stanton, Ph.D. RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL SETEMBRO DE 2006 CARVALHO, MARCELO SÁVIO REVOREDO MENEZES DE A trajetória da Internet no Brasil: do surgimento das redes de computadores à instituição dos mecanismos de governança [Rio de Janeiro] 2006 XX, 239 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia de Sistemas e Computação, 2006) Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE 1. História da Internet 2. Estudos de Ciência e Tecnologia 3. Redes Sociotécnicas 4. Internet. 5. Informática I. COPPE/UFRJ II. Título (série) ii DEDICATÓRIA Ao professor Nery Machado Filho ( in memorian ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que insistia em dizer que eu “tinha jeito” para contar histórias da informática, e acabou por me fazer acreditar... iii AGRADECIMENTOS A minha filha Ângela Cristina, pela paciência e amor incondicional que demonstrou pelo pai que decidiu fazer mestrado no ano que ela veio ao mundo. A minha esposa Márcia, pelo grande apoio, compreensão e conforto carinhosamente oferecidos ao longo da elaboração deste trabalho. Aos meus pais, pelo incentivo ao desenvolvimento da minha carreira na área de Informática, a qual me proporcionou vivenciar parte das experiências aqui relatadas. To my friend John Maas, who helped me to get most of the books I’ve used during my bibliographical research (Ao meu amigo John Maas, que me ajudou a conseguir a maioria dos livros que usei durante minha pesquisa bibliográfica). Aos professores Henrique Cukierman e Ivan Marques, que me mostraram uma nova forma, sociotécnica, de se olhar Ciência & Tecnologia, e sobre a qual ainda tenho muito que aprender. A todos os entrevistados, pela colaboração e boa vontade no fornecimento de informações sem as quais esse trabalho teria sido impossível. Em especial ao Paulo Aguiar e Michael Stanton que, além das entrevistas, me confiaram seus arquivos e registros pessoais, verdadeiras relíquias que tentei, ao máximo, aproveitar. Ao Benito Piropo, Carlos Afonso e Michael Stanton, que através da divulgação de alguns dos meus trabalhos anteriores, estimularam-me, ainda mais, a seguir na pesquisa que resultou nessa dissertação. A Creuza Stephen pela competência e paciência nas inúmeras revisões, e por ter desempenhado o papel de personal firewall paras as normas técnicas de redação. Ao meu orientador, professor Henrique Cukierman, pela aposta que fez ao aceitar um aluno com dedicação em tempo parcial, e também por toda a colaboração e boa vontade dispendiados ao longo de quase quatro anos de trabalho em conjunto. iv Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.) A TRAJETÓRIA DA INTERNET NO BRASIL: DO SURGIMENTO DAS REDES DE COMPUTADORES À INSTITUIÇÃO DOS MECANISMOS DE GOVERNANÇA Marcelo Sávio Revoredo Menezes de Carvalho Setembro/2006 Orientador: Henrique Luiz Cukierman Programa: Engenharia de Sistemas e Computação Descreve a implantação da Internet no Brasil como uma construção sociotécnica, a saber, como resultado, de um conjunto de técnicas, atos regulatórios, iniciativas acadêmicas, investimentos estratégicos do Estado e seus agentes, ações mercadológicas de empresas e esforços do terceiro setor. Inicia com um histórico das redes de computadores, desde o seu surgimento nos Estados Unidos nos anos sessenta, ainda nos domínios do “mundo fechado” dos projetos militares, descreve as questões acerca do movimento de padronização das redes, apresenta as mais diversas iniciativas de conectividade, em vários setores da sociedade brasileira, e chega à implantação da Internet comercial, em meados dos anos noventa, culminando com a instituição dos mecanismos de governança da rede no Brasil. v Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.) THE INTERNET TRAJECTORY IN BRAZIL: FROM THE DAWN OF COMPUTER NETWORKING TO THE INSTITUTION OF ITS GOVERNANCE MECHANISMS Marcelo Sávio Revoredo Menezes de Carvalho September/2006 Advisor: Henrique Luiz Cukierman Department: Systems and Computer Engineering This work describes the deployment of the Internet in Brazil, as a sociotechnical construction, result of a set of regulatory acts, academic initiatives, strategic investments of the government and its agents, marketing actions of companies and efforts of the third sector. It initiates with a historical account of computer networks, starting from their roots in the United States in the sixties, still within the domain of the “closed world” of military projects, examines the issues of the networking standards movements, describes a variety of networking initiatives in Brazil and reaches the deployment of the commercial Internet in the mid-nineties, culminating in the institution of governance mechanisms of this network in Brazil. vi SUMÁRIO INTRODUÇÃO . 1 CAPÍTULO 1 − Computadores de todo o mundo: Uni-vos! . 6 CAPÍTULO 2 − As batalhas de padronização . 37 CAPÍTULO 3 - A formação da Sociedade da Informação no Brasil . 51 CAPÍTULO 4 − O enredamento da academia brasileira. 74 CAPÍTULO 5 – O Empurrão do Terceiro Setor . 107 CAPÍTULO 6 − A Web, a Internet comercial e a regulamentação da rede no Brasil . 126 CONCLUSÃO . 154 REFERÊNCIAS . 156 NOTAS ADICIONAIS E DE TRADUÇÃO . 170 ANEXO I – Polêmica: inventores reivindicam paternidade da rede . 185 ANEXO II – Cópia da ata da primeira reunião do Conselho Diretor da BRISA em 1988. 186 ANEXO III – Cópia do Certificado de participação da Professora Liane Tarouco no Seminário de Redes de Computadores, 1973 . 187 ANEXO IV – Ata de reunião na USP . 188 ANEXO V – Carta da NSF e da DARPA autorizando o Acesso da UFRJ à Internet, 1987 . 206 ANEXO VI – Cópia de documento sobre a RCT. 207 ANEXO VII – Grafo de atividades da RNP para o segundo semestre de 1990 . 209 ANEXO VIII – Estratégia de desenvolvimento em espiral da RNP. 210 ANEXO IX – Guia preparatório para a reunião da conferência da ONU . 211 ANEXO X – A rede APC em 1997 . 217 ANEXO XI - O controle do namespace no ciberespaço . 218 ANEXO XII – Lista de entrevistados . 239 vii LISTA DE SIGLAS ABC Agência Brasileira de Cooperação ABIA Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS ABICOMP Associação Brasileira da Indústria de Computadores ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ACM Association for Computing Machinery ACTP Advanced Computer Techniques Project ADS Advanced Decision Systems ADURGS Associação das Universidades do Rio Grande do Sul AHC Internet Ad Hoc Committee AIM Association for Interactive Marketing AIRDATA Serviço Internacional de Comunicação de Dados Aeroviários AIU Conferência da Associação Internacional de Universidades ALICE America Latina Interconectada con Europa AMB Associação Médica Brasileira AMRC Asia Monitor Research Centre ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações ANPI Associação Nacional dos Provedores Internet ANS Advanced Network and Services ANSP Academic Network at São Paulo ANT Actor-Network Theory ANTIOPE Acquisition Numérique Télévisée d'Images Organisées em Pages d'Ecriture ANV Associação Nacional de Fornecedores de Serviço de Videotexto AOL America On-Line AP Ação Popular APC Association for Progressive Communications APNIC Asia Pacific Network Information Centre ARC Augmentation Research Center ARIN American Registry for Internet Numbers ARPA Advanced Research Projects Agency AS Autonomous System ASCII American Standard Code for Information Interchange viii ASN Autonomous Systems Number ASO Address Supporting Organization ASTA Advanced Software Technology and Algorithms AT&T American Telephone and Telegraph AUP Acceptable Use Policy AUTODIN Automatic Digital Newtork BARRNet Bay Area Regional Research NETwork BBN Bolt Beranek and Newman BBS Bulletin Board System BGP Border Gateway Protocol BIREME Biblioteca Regional de Medicina; Centro Latino-Americano de Informações em Ciência da Saúde (a partir de 1982) BITNET Because It’s Time Network BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BoF Birds of a feather BOL Brasil on-line BRAINS BRAzilian Information Network for Science BRASCII Código Brasileiro para Intercâmbio de Informação BRHR Basic Research and Human Resources BRISA Sociedade Brasileira para Interconexão de Sistemas Abertos BSD Berkeley Software Distribution BSI British Standards Institute BVRJ Bolsa de Valores do Rio de Janeiro CACEX Carteira de Comércio Exterior CalTech California Institute of Technology CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPRE Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico de Dados CAT Comitê de Assessoramento Técnico CBBS Computer Bulletin Board System CBT Código Brasileiro de Telecomunicações CCE Centro de Computação Eletrônica CCIRN Coordinating Committee for Intercontinental