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Disco apresenta o mundo concertante de Claus Ogermann 3/13/03 4:32 PM

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Domingo, 3 de fevereiro de 2002 Disco apresenta o mundo concertante de Claus Ogermann

Conhecido como arranjador de Jobim, maestro é autor de belas peças eruditas

MAURO DI AS Quem gosta de Tom Jobim a ponto de ler a écnica de seus discos, conhece - e ficha t é o ant erior admira - Claus Ogermann. Ele O movimento no arranjador de boa parte dos discos que 'Estado' ídos aí o seu primeiro próxim a Reprodução Tom gravou, inclu Ogermann, à frente da orquestra: disco-solo, The Composer of Desafinado A receita do brilho ao trabalhar com músicos Plays, aqueles com Frank Sinatra, o sucesso de 'O de jazz e pop e autor fabuloso A Certain Mr. Jobim e ainda Wave, Senhor dos Anéis' reverenciado por Gould Terra Brasilis, Urubu, para dar alguns exemplos. índice de notícias ôs as cordas sobre violão e voz de João Gilberto caderno 2 Foi Ogermann quem p ão, do início dos anos 90. Parte da crítica capa Estado (gravados antes) no disco Jo ária, aquela (re)vestimenta orquestral: o violão de considerou desnecess ão bastaria. O que é fato. Mas nem por isso as cordas de Ogermann Jo estariam sobrando. ão é apenas um arranjador alemão radicado nos Estados Mas Ogermann n ção especial pela música brasileira. Ele é uma grife Unidos que tem predile úsica sofisticada - o de Wes Montgomery e no mundo internacional da m é, também, compositor Fred Hubbard, de Stanley Turrentine e Betty Carter - e ônicas. de uma penca de obras populares ou sinf área A gravadora Universal acaba de importar seu mais recente trabalho na erudita: Two Concerts, que saiu nos Estados Unidos, no ano passado, pelo ça é o Piano Concerto (assim mesmo, Concerto, selo Decca. A primeira pe do italiano), obra curta, de pouco mais de 19 minutos, em que o autor atua ês movimentos, 40 como pianista e regente; e Concerto for Orchestra, em tr ção. Aqui, o autor é só regente, da National Philharmonic minutos de dura ças. O Piano Concerto foi escrito em 1993, Orchestra, que atua nas duas pe ão para dois pianos, e o Concerto for Orchestra, de 1991, aparece em vers aqui na forma em que foi orginalmente concebido. Nascido em Ratibor, Alemanha, em abril de 1930, Claus Ogerman foi aluno ência). Mudou-se de Erst Groeschel Jr (piano) e Karl Demmer (teoria e reg á compositor e arranjador conhecido, para os Estados Unidos em 1959, j çou a produzir música de concerto mas foi a partir dos anos 70 que come com mais intensidade. Escreveu para o American Ballet Theatre, de Nova York, para o Cleveland Ballet e para o Ballet of Canada. Bill Evans gravou sua concertante Simbiosis, escrita para piano e orquestra, em 1974. ças Musicou poemas de Rabindranath Tagore e de Georg Heym; teve pe cantadas por Judith Blegen, Brigitte Fassabaender; Gidon Kremer registrou seu Preludio and Chant, e Aaron Rosand, a Sarabande-Fantasie. Regeu a http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/02/03/cad030.html Page 1 of 2

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Disco apresenta o mundo concertante de Claus Ogermann 3/13/03 4:32 PM ças como Symphonic Dances, Lyric London Symphony Orchestra em pe úsica que ele faz é o meu tipo de música", disse, uma vez, Suite, Elegia. "A m Glenn Gould. ções são fantásticas e pouca coisa me impressiona tanto." "Suas constru úsica erudita, paralelamente à qual Ogermann gravou Gould falava da m dezenas de discos, como autor e arranjador, trabalhando com as melhores çoes diversas - orquestras, cantores e cantoras, instrumentistas de gera Sinatra, Diana Krall, a brasileira Joyce, Stan Getz, Astrud Gilberto, Michael Brecker, Connie Francis, The Drifters (!), Burt Bacharach, Jimmy Smith, Grant ão Donato, George Benson, Peter Nero, Barbra Green, Bill Evans, Jo Streisand, Jerry Ross, Oscar Peterson, Kate Smith, Kai Winding, Winton é, Herbie Hancok, Jim Hall, Hank Jones, Grady Tate - os Kelly, Mel Torm grandes. óbrio, respeitoso com o estilo do autor (ou com as maneiras do Arranjador s érprete), Claus Ogerman é também um compositor sóbrio, apontado int ós-serialismo. O Piano Concert adota o formato como autor exemplar do p á usado por Alban Berg. O curtíssimo pouco usual de dois movimentos, j ça primeiro movimento exige muito do pinista e apresenta certa semelhan ão sete pares de notas, em escala formal com o minimalismo: s ão sendo repetidas em tons diferentes, ascendente-descendente, que v sobre cortina explicativa de cordas. údio n.º 1, de Ogermann diz que o conceito abstrato do movimento sai do Prel ó Maior, do primeiro livro do Cravo Bem Temperado, de Bach.O segundo D é levemente debussyano, movimento - Tranquillo, Maestoso, Tranquillo - ástica, efeito expressionista, que com tema central de grande beleza pl integra linguagem tonal com passagens soltas na atmosfera. ók, Kodály, Tippet são referências possíveis para a elaboração da Bart ão linguagem brilhante, incandescente, do Concerto for Orchestra, em que s íveis os pesos iguais que têm o compositor e o orquestrador. percept ção é criação. Ogerman cria com a orquestra na Korsakov dizia que orquestra ão e traduz um mundo de maravilha intensa. m

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Maestro for Hire. Retratos do arranjador/compositor Claus Ogerman. Joshua Dunn, Dezembro 2010.

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