1 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP

A trajetória de Tom Jobim durante o período que abrange a elaboração dos álbuns Matita Perê e Urubu (1971 – 1976).

Patricia de Almeida Ferreira Lopes USP - [email protected]

Resumo: Este trabalho pretende pesquisar a trajetória de Tom Jobim no período que compreende a elaboração dos álbuns Matita Perê (Nova Iorque, Columbia, 1973) e Urubu (Nova Iorque, WEA, 1976), com foco na música instrumental. Busca-se abordar a contribuição de Jobim na construção da sonoridade desses álbuns através de breves análises das peças que os compõem e a contextualização histórica e os fatores estéticos relevantes ao período em que os álbuns foram produzidos.

Palavras chave: Música Brasileira; Tom Jobim; Música Popular; Criação Musical.

The course of Tom Jobim during the period of elaboration of the albums Matita Perê and Urubu (1971 – 1976).

Abstract: This work aims at taking into consideration the course of Tom Jobim during the period of elaboration of the albums Matita Perê (New York, Columbia, 1973) and Urubu (New York, WEA, 1976), bringing into focus its instrumental music. This approach enables the evaluation of Jobim’s contribution in the construction of the sonority of theses albums through analyses of the songs and pieces that make part of them. The historical contextualization and aesthetic aspects concerning the period of elaboration of these albums led to the disclosure of main features of Jobim’s musical speech.

Keywords: Brazilian Music; Tom Jobim; Popular Music; Musical Creation.

1. Introdução

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, mais conhecido como Tom Jobim, foi visto no Brasil e no exterior como um dos mais importantes compositores da canção popular da segunda metade do século XX. Seu reconhecimento no exterior o colocou como membro do Popular Music Hall of Fame de Nova Iorque ao lado de Cole Porter e os irmãos Gershwin. Sua presença entre esses destacados nomes da música popular ressalta a importância da obra de Tom Jobim no cenário internacional. A definição dada à pelos promotores da apresentação do Carnegie Hall em 1962 de New Brazilian atraiu centenas de músicos em todo o mundo interessados em interpretar o gênero. Reconhecidos músicos do cenário musical norte- americano debruçaram-se sobre a obra de Tom. O álbum Getz, Gilberto – featuring Antonio Carlos Jobim vendeu mais de dois milhões de cópias em 1964. Jobim, deixou de ser patrimônio cultural brasileiro e alcançou uma posição de grande destaque como compositor no mercado internacional. Após este alto número de vendas, vários intérpretes, entre eles Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan, gravaram 2 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP canções de Jobim que incluíram , e (CASTRO, 1990: 317). Versões instrumentais também foram gravadas por músicos do estilo jazzístico como Gerry Mulligan e Coleman Hawkins. O álbum Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim gravado em parceria com em 1967 foi considerado pela crítica o melhor álbum vocal do ano. O sucesso dessas canções atraíram a indústria fonográfica e maestros em voga na época, como Frank Pourcel e Henri Mancini gravaram versões adaptadas aos mais diversos estilos, as quais proporcionaram a este mercado um retorno financeiro elevado. Além do reconhecimento da obra de Tom Jobim pelo mercado fonográfico nacional e internacional, sua importância é ainda hoje resguardada em inúmeros trabalhos artísticos e científicos.

2. A elaboração dos álbuns Matita Perê e Urubu (1971 – 1976)

O foco da nossa pesquisa nos álbuns Matita Perê e Urubu é fundamental para a compreensão das escolhas sonoras de Jobim. Por serem álbuns independentes, financiado pelo próprio Jobim, não houve exigências do mercado fonográfico (JOBIM, 2004: 15). Sendo assim, Jobim pôde ter maior liberdade para seguir caminhos mais livres e abstratos. As faixas desses álbuns são mais longas do que a média das produções da época e há uma valorização da parte instrumental em sua produção. Tom Jobim fez parcerias em arranjos e orquestrações com diversos músicos, entre eles Eumir Deodato, Dori Caymmi, Radamés Gnattali, Nelson Riddle e Claus Ogerman. Na gravação do álbum instrumental The Composer of ‘’ Plays em 1963, Jobim iniciou sua parceria com Ogerman. Este álbum foi lançado pela Verve Records e muito bem recebido pela crítica da época. Este foi o primeiro álbum no qual Jobim é o artista principal tanto do mercado fonográfico americano quanto brasileiro, o qual foi lançado durante uma época em que o gênero da bossa nova estava em alta nos Estado Unidos, devido aos sucessos de canções como Desafinado e Garota de Ipanema, como dito anteriormente. O disco contém alguns standards da bossa nova e que são, ainda hoje, algumas das músicas mais conhecidas de sua produção. Jobim gravou outros discos em parceria com Claus Ogerman, totalizando sete. São eles: The Composer of Desafinado Plays (1963), A Certain Mr. Jobim (1965), Wave 3 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP

(1967), Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967), Matita Perê (1973), Urubu (1976) e Terra Brasilis I / II (1980). A parceria com Ogerman foi a mais extensa do compositor se comparada aos outros parceiros de Jobim. Alguns aspectos sobre a forma como trabalhavam pode ser observado através da comparação entre o manuscrito de Jobim1, conforme mostra figura 1, e a partitura utilizada para a apresentação Jobim Sinfônico (2002)2 como mostra a figura 2. Observa-se que Jobim escrevia as composições na forma de melodia acompanhada com as linhas gerais das vozes, incluindo os contracantos; e Ogerman escrevia os arranjos, ampliando-os para uma formação com os instrumentos de orquestra. Nos exemplos abaixo vemos a criação de uma introdução para o , além de comentários musicais realizados pela mão direita do pianista no último compasso do trecho selecionado.

Figura 1: O manuscrito de Jobim 4 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP

Chora Coração Jobim/V.Moraes A ritard Flute 5 ∑ 4 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ & 4 8 3 3 3 3 # 3 œ U U Alto Flute 1 5 ## # 4 œ œ œ œ œ œ j œ œ œ & b 4 ∑ n 8 J œ œ ˙ J œ œ ˙ œ œ œ œ œ œ. ‰ J 3 3 Alto Flute 2 # # & b 45 ∑ n # # 48 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑

Alto Flute 3 # # & b 45 ∑ n # # 48 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑

Alto Flute 4 # # & b 45 ∑ n # # 48 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑

con sord. # Violin 5 ## # 4 j & 4 ∑ # 8 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ j j j œ nœnœ œ œ œ œ # Violin II 5 ## # 4 j & 4 ∑ # 8 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ j j j œ nœnœ œ œ œ œ Viola B 5 ∑ #### 4 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ œ œ 4 # 8 œ œ œ œ J J œ Cello 1 ? 5 # # 4 œ œ œ œ 4 ∑ # ## 8 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ œ J J

Cello 2 ? 5 ∑ # ## 4 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ œ nœ 4 # # 8 œ œ J J con sord. œ œ œ œ œ Bass ? 5 # # 4 œ J J 4 ∑ # ## 8 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ‰ œ œ œ

Vocals # # & 45 ∑ # ## 48 ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ 6 C m7 G m add9 C m7 C m7/F B maj7 G G mD m/F 6 6 6 # # ( ) # # # # # # 6 ˜ # Guitar 5 œ œ ## # 4 @ œ ! ! ! ! & 4 #œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ # 8 g @ g@ g! g ! g gœ g ! ! ! ! ! œ œ œ œ œ œ œ g g g g g gœ g 3 g œ œ œ œ œ 3 g 5 #### 4 & 4 6 ∑6 6 # 8 ˙ œ j Œ ∑ 6 ˙ ˙ œ œ œ Piano ˙ ˙˙ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ ? 5 #œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ #### 4 ˙ œ œ œ œ œ Œ ∑ 4 œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ # 8 ˙ œ ˙ œ ‹œ œ 6

Figura 2: Partitura utilizada para a apresentação Jobim Sinfônico.

A elaboração do álbum Matita Perê contou com a participação de Dori Caymmi na preparação dos arranjos antes da viagem de Jobim aos Estados Unidos. Na contracapa do álbum, Jobim agradece ao colaborador. Posteriormente os arranjos foram refeitos e modificados por Ogerman, segundo depoimento de Paulo Jobim (MÁXIMO, 1995: 10). Porém há uma polêmica sobre o quanto foi utilizado da participação de Dori Caymmi aos arranjos e orquestrações pois não há informações precisas a respeito das autorias dos diferentes trechos. O trabalho coletivo é uma prática comum na música popular e frequentemente utilizado como parte do processo criativo. Os arranjos do álbum Matita Perê começaram a ser elaborados com Dori Caymmi, mas Jobim realiza sua gravação nos Estados Unidos com Ogerman. Muitos músicos da época procuravam os estúdios de Nova Iorque que ofereciam infraestrutura com tecnologia avançada bastante superior às oferecidas no Brasil. Jobim convidou Ogerman para este trabalho. A falta de perspectiva de remuneração não 5 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP impediu que Ogerman aceitasse a proposta. Mais uma vez, o apelo comercial parecia distante do álbum. Jobim e Ogerman escolheram alguns instrumentistas de cordas da New York Philarmonic para realizar as gravações. Apesar da inquietude do ambiente político nos Estados Unidos nesta época, o qual culminou com a renúncia do presidente Nixon em agosto de 1974 um ano após o lançamento do álbum, Jobim decidiu finalizar as gravações em Nova Iorque. Sair dos Estados Unidos para terminar as gravações no Brasil iriam subir em demasia os custos da produção. Já no Brasil, Jobim concluiu a capa, que contém desenhos do filho Paulo Jobim. O compositor dedicou este disco a três escritores: Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e Mário Palmério. O lançamento foi realizado no Clube Caiçaras localizado numa ilha na Lagoa Rodrigo de Freitas na Zona Sul do Rio de Janeiro em 8 de maio de 1973, local muito conhecido de sua infância. (JOBIM, 1996: 171). Nos anos 70 Jobim vivia um momento de grandes realizações na sua carreira e colhia os frutos do sucesso atingido por suas gravações na década anterior. Segundo Helena Jobim, porém, Tom brincava que se não gravasse suas novas músicas “acabaria sua carreira aos 80 anos cantando Garota de Ipanema num circo do interior e sendo vaiado.” (JOBIM, 1996: 170). Nesta declaração Jobim referia-se às novas composições dos álbuns Matita Perê e Urubu, o que demonstra uma inquietude do compositor e uma necessidade de expandir seus horizontes musicais, apesar do reconhecimento favorável do mercado nacional e internacional. Não era apenas os Estados Unidos que passavam por crises políticas. No Brasil o cenário político era o da ditadura militar. Uma grande parte da classe artística brasileira demonstrava sua indignação através de suas composições musicais como forma de protesto contra o golpe de 1964. Mesmo sendo claramente contrário à ditadura, Jobim optou por não disponibilizar sua obra a favor desta causa, diferente de muitos intelectuais e artistas da época. Jobim escolheu utilizar a linguagem poética para expressar-se artisticamente falando principalmente sobre o amor e a natureza e sua inquietação com relação a outro viés político, à destruição do meio ambiente. Apaixonado pela mata, pela fauna, pela paisagem do Rio de Janeiro, Jobim encontrou inspiração na própria cidade onde nasceu. Declarava-se “um mateiro incrível”. O mato que mais frequentava nesta época era o do sítio de Poço Fundo no qual entrava “para ficar ouvindo e conversando com os pássaros”. Foi neste cenário que Jobim compôs os álbuns Matitia Perê e Urubu. Sua fase mais ecológica iria além dos quatro anos entre 1972-1976 em que lançou estes dois álbuns com nomes de pássaros e com canções inspiradas na natureza 6 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP como Sabiá, Tempo do mar, Rancho das nuvens, Nuvens douradas, Boto e A correnteza (JOBIM, 2004: 14).

3. A importância de Guimarães Rosa no processo criativo de Tom Jobim

O escritor Guimarães Rosa foi uma das grandes paixões literárias de Jobim. Após longo período em seu sítio, depois de ter lido muito o autor, iniciou a gravação do disco. Segundo Tarik de Souza “a obra de Jobim embrenha-se no mato a partir do Guimarães roseano Matita Perê ” (SOUZA, 1994: 8). A citação a seguir comenta sobre o processo criativo de Jobim, inspirado pela natureza, e sua admiração pelo escritor Guimarães Rosa:

[...] É um problema conseguir botar na pauta uma coisa que já está lá dentro da alma da gente. Como dizer por exemplo, Matita Perê?.... Estou fazendo letras, coisa que nunca fiz com tanta força. Fiz letras, sim, mas falando de Corcovado etc. Matita fala outra linguagem, não é música romântica, não tem amor nem mulher..... Também foi importante para mim fazer a letra de Águas de março. Aí falo de um troço que eu estou vendo, que é mesmo, sem mentira. Claro que esta linguagem eu devo a muitas pessoas que eu admiro, a Guimarães Rosa, a Drummond, a Mario Palmério. Mas só se pode roubar a quem se ama. (JOBIM, 2004: 17)

A música de mesmo título do disco, Matita Perê, sofreu influência de Guimarães Rosa na construção de seu texto (JOBIM, 1996: 168), a qual é um poema sinfônico inspirada no conto Duelo, de Sagarana, do autor mineiro. Se traçarmos um paralelo da construção do texto de ambos, no conto de Guimarães Rosa, à medida que o personagem foge a paisagem se transforma. Na canção Matita Perê a música de Jobim modula acompanhando suas mudanças de nome e de montaria, passando por onze tonalidades diferentes e retornando à tônica no final. A sexta faixa do álbum Matita Perê intitulada Crônica da Casa Assassinada, é uma suíte composta de quatro peças denominadas: Trem para Cordisburgo, Chora Coração, O Jardim Abandonado e Milagre e Palhaços. Jobim compôs a trilha sonora do filme Crônica da Casa Assassinada, inspirado no livro do escritor Lúcio Cardoso, a pedido do diretor Paulo Cezar Sarraceni. (JOBIM, 1996: 148). É parte de uma trilogia de Lúcio Cardoso, iniciando com o filme Porto das Caixas e finaliza com o O viajante. A trilha da Crônica da Casa Assassinada é bastante pianística feita inicialmente com Dori Caymmi e depois modificada por Ogerman (JOBIM, 2004: 9). Trem para Cordisburgo, nome da primeira peça desta suíte, 7 II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP tem seu título emprestado da cidade onde nasceu Guimarães Rosa, Cordisburgo, Minas Gerais. Seria, talvez, um retorno à casa do mestre, reafirmando sua admiração pelo escritor. Este trabalho ainda propõe-se ampliar a bibliografia sobre o assunto e fomentar a discussão a respeito de tão importante nome para o cancioneiro brasileiro do século XX.

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1 Trecho da canção Chora Coração: segunda peça da suite Crônica da Casa Assassinada. 2 A partitura editada foi entregue à autora pelo filho de Tom, Paulo Jobim. Ela é o documento escrito mais próximo, que Paulo tem conhecimento, à partitura utilizada na gravação de Matita Perê.