Arranjos Produtivos Locais, Políticas Públicas E Desenvolvimento Regional
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Ministério da Integração Nacional Governo do Estado do Pará Arranjos Produtivos Locais, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional Eduardo José Monteiro da Costa Mais Gráfica Editora Brasília/2010 Arranjos Produtivos Locais, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL Ministro de Estado da Integração Nacional João Reis Santana Filho Secretário-Executivo Marcelo Pereira Borges Secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional Henrique Villa da Costa Ferreira Governo do Estado do Pará Governadora Ana Júlia de Vasconcelos Carepa Vice-governador Odair Santos Corrêa IDESP – Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Presidente José Raimundo Barreto Trindade 2 Endereço para correspondência: SBN quadra 02, lote 11, Ed. Apex Brasil, portaria B, 2º subsolo, sala 201, CEP: 70041-907, Brasília, DF Esta publicação é uma realização do MI/SDR, tendo sido produzido no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Governo do Estado do Pará, e IDESP. Prefácio Prefácio o âmbito da retomada da chamada “questão regional” no Brasil, o Ministério da Integração Nacional tem pautado sua atuação nos territórios Npriorizados pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional por meio de dois pilares básicos: organização social dos atores regionais e geração de emprego e renda, utilizando-se para tal, de sistemas e arranjos produtivos locais. Nos primeiros contatos que mantive em 2007 com o então Secretário- Adjunto de Integração Regional do Estado do Pará, Eduardo José Monteiro da Costa, soube que o autor da obra que ora tenho a satisfação de prefaciar se encontrava em processo de elaboração de tese de doutorado junto ao Departamento de Economia da Unicamp, debruçado sobre tema de grande interesse do Ministério. Sinalizamos, de imediato, o interesse em publicar sua obra como contribuição à discussão sobre a temática das políticas públicas em geral e do desenvolvimento regional em particular. Ao encontro do que o autor se refere no resumo da obra, que “nos últimos anos os arranjos produtivos locais (APLs) vêm se constituindo como um importante instrumento de política econômica”, o Ministério da Integração Nacional considera os APLs como um dos mais importantes instrumentos de geração de emprego e renda para a estratégia de redução das históricas desigualdades regionais brasileiras. A publicação desta obra é, portanto, uma contribuição do Ministério, em parceria com o Governo do Estado do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP, para ampliar a compreensão do papel dos APLs como instrumentos catalisadores de políticas públicas em geral. A obra oferece discussão absolutamente atual e importante para a construção de referenciais teórico-práticos em processos de criação de modelos para o desenvolvimento regional. Levantar os limites e as possibilidades de intervenção do setor público nas aglomerações produtivas industriais brasileiras, visando estabelecer uma agenda de ação para o desenvolvimento nacional por meio de arranjos produtivos locais consolidados, é fundamental para o trabalho que nos move, especialmente em um momento em que o Estado brasileiro se volta para a consolidação de agendas de desenvolvimento regional e local. O autor ordena de forma precisa conceitos fundamentais para a compreensão do tema, da primeira ruptura industrial e o surgimento do sistema industrial moderno ao regime macro institucional da chamada “era de ouro”. Aborda com profundidade a era da flexibilidade e os novos espaços produtivos a partir da ascensão das atividades produtivas aglomeradas de pequenas e médias empresas e o nascimento de um novo paradigma, com novos espaços produtivos e regime Arranjos Produtivos Locais, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional macro institucional da chamada “era flexível”. Mergulha na teoria contemporânea do desenvolvimento: cultura, instituições, governança, território e aglomerações de empresas e os primórdios do debate desenvolvimento e espaço. Discute a teoria do desenvolvimento econômico endógeno, tão em voga na estratégia das nossas políticas regionais, amplamente referida na Política Nacional de Desenvolvimento Regional, a partir das teorias contemporâneas das aglomerações de empresas. Tão importante quanto toda a obra, mas particularmente atraente à missão que move o Ministério da Integração Nacional, o livro apresenta ainda, uma análise dos fundamentos da teoria de arranjos produtivos locais e a sua operacionalização no âmbito da elaboração de políticas públicas, fazendo amplo aprofundamento sobre a definição operacional. A radiografia sobre a geografia dos APLs no Brasil a partir de um exercício analítico, tendo como base levantamento efetuado junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), bem como uma introspecção sobre os arranjos produtivos locais e o desenvolvimento regional no Brasil, também é muito cara à discussão sobre o tema. Eduardo Costa brinda o leitor com uma digressão sobre a importância das políticas públicas para o desenvolvimento de regiões periféricas, discutindo limites e possibilidades das políticas públicas, estratégias de desenvolvimento e arranjos produtivos locais, em um contexto de agenda propositiva. Reitero a importância da publicação para o aprimoramento das nossas ações voltadas para a indução de desenvolvimento em regiões específicas que ora se descortina no cenário brasileiro, vindo ao encontro de todos os esforços do Ministério da Integração Nacional na concretização e inserção da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, e saúdo a expressiva contribuição do jovem pesquisador e professor universitário Eduardo José Monteiro da Costa à temática tão sensível e atual para o Brasil, seus Estados e regiões. Henrique Villa da Costa Ferreira Secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional Ministério da Integração Nacional Capitulo I Conceitos Fundamentais Sumário 7 SOBRE O AUTOR Professor Dr. Eduardo José Monteiro da Costa Programa de Pós-graduação em Economia da UFPA Presidente do Corecon - PA Eduardo José Monteiro da Costa pertence à nova geração de pesquisadores da área de Planejamento Regional no Brasil e é um dos maiores especialistas do país em Arranjos Produtivos Locais (APLs). Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará (2000), Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e Doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente é Professor Adjunto do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA/UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Pará (PPGE/UFPA). SUMÁRIO Introdução 15 Capítulo I 23 Conceitos Fundamentais 25 1.1. Apresentando conceitos fundamentais 25 Capítulo II 35 A Construção da Era de Ouro: o Sistema Industrial Moderno e o Modo de Regulação Keynesiano 37 2.1. A Primeira Ruptura Industrial e o surgimento do Sistema Industrial Moderno 37 2.2. O Regime Macroinstitucional da Era de Ouro 43 Capítulo III 51 A Era da Flexibilidade e os Novos Espaços Produtivos: a Ascensão das Atividades Produtivas Aglomeradas de Pequenas e Médias Empresas 53 3.1. O crepúsculo da Era de Ouro 53 3.2. O nascimento de um novo paradigma e os novos espaços produtivos 58 3.3. O Regime Macroinstitucional da Era Flexível 72 Capítulo IV 87 A Teoria Contemporânea do Desenvolvimento: cultura, instituições, governança, território e aglomerações de empresas 89 9 4.1. Observações iniciais à problemática do capítulo 89 4.2. Primórdios do debate desenvolvimento e espaço 92 4.2.1. A Teoria Neoclássica da Localização 92 4.2.2. A Escola de Sociologia Urbana de Chicago 95 4.2.3. A Economia do Desenvolvimento 97 4.3. A Teoria do Desenvolvimento Econômico Endógeno 102 4.4. Quatro teorias contemporâneas das aglomerações de empresas 116 4.4.1. A Teoria Neo-Schumpeteriana 116 4.4.2. A teoria dos estudiosos dos Distritos Industriais Italianos 118 4.4.3. A Teoria da Nova Geografia Econômica 120 4.4.4. A Teoria da Escola de Harvard 121 Capítulo V 123 Arranjos Produtivos Locais: Fundamentos para a Elaboração de Políticas Públicas 125 5.1. Definição operacional de Arranjo Produtivo Local 126 5.2. A geografia dos APLs no Brasil: um exercício analítico 129 5.2.1. A geografia dos APLs no Brasil com base no levantamento do MDIC 132 5.2.2. A geografia dos APLs no Brasil com base no levantamento do IPEA 142 5.3. Características estruturais de aglomerações produtivas industriais do Brasil 152 5.4. Os Arranjos Produtivos Locais e o desenvolvimento regional no Brasil 159 5.5. Vetores condicionantes do sucesso das experiências internacionais 166 Capítulo VI 183 Políticas Públicas e o Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais em Regiões Periféricas: construindo uma agenda propositiva 185 6.1. A importância das políticas públicas para o desenvolvimento de regiões periféricas: um debate inicial 185 6.2. Limites e possibilidades das políticas públicas no apoio ao desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais: uma agenda propositiva 189 6.2.1. Identificação de aglomerações produtivas 191 6.2.2. Diagnóstico das aglomerações identificadas 198 6.2.3. Classificação/taxonomia a partir dos diagnósticos 203 6.2.4. Elaboração e implementação de políticas de apoio em casos selecionados 213 Conclusão 225 10 Referências Bibliográficas 241 Anexos 271 Anexo I – Pesquisa de Levantamento de Arranjos Produtivos Locais – MDIC 273 Anexo II – Pesquisa de Levantamento de Arranjos Produtivos Locais – IPEA 368 LISTA