Controlo Tático Do Treino: O Conhecimento Declarativo Do Modelo De Jogo
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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA CONTROLO TÁTICO DO TREINO: O CONHECIMENTO DECLARATIVO DO MODELO DE JOGO Relatório de uma experiência como treinador adjunto na equipa técnica de Juniores B (Sub-17) do Sport Lisboa e Benfica – Futebol de Formação Relatório de Estágio elaborado com vista à obtenção do Grau de Mestre em Treino Desportivo Orientador: Mestre João Filipe Aroso Lopes da Silva Júri: Presidente Doutor Fernando Paulo Oliveira Gomes Vogais Mestre João Filipe Aroso Lopes da Silva Mestre João Paulo Azevedo da Costa João Faria Rodrigues 2019 Relatório de Estágio em Futebol apresentado à Faculdade de Motricidade Humana, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Treino Desportivo, sob a orientação técnica e científica do Mestre João Aroso. II AGRADECIMENTOS Neste acontecimento importante que marca a conclusão de mais uma etapa da minha vida académica e profissional gostaria de deixar os meus agradecimentos a todos aqueles que de uma forma ou de outra estiveram presentes e contribuíram para que os objetivos a que me propus fossem atingidos. Ao Sport Lisboa e Benfica, mas principalmente a todos aqueles que intervêm diretamente no Departamento de Futebol de Formação, por terem possibilitado a realização deste estágio num contexto de excelência a nível europeu e por todas as conversas informais, mas igualmente enriquecedoras. Ao Renato Paiva pela forma como me integrou na sua equipa técnica, pelas aprendizagens proporcionadas, pela paixão e valorização do treino e do jogo e pelas reflexões induzidas por um espírito de partilha e curiosidade constante – por ser uma referência; A toda a equipa técnica, em especial ao Luís Martins, ao Nuno Cardoso e ao Ricardo Leite, pelo encorajamento, pelos conselhos, pelos ensinamentos e pela confiança depositada. Ao Carlos Fernandes e ao Rui Suzano pelo enorme contributo. Aos jovens jogadores, pelo caráter, autoexigência e qualidade inegáveis, caraterísticas que permitiram desenvolver um processo que a todos os envolvidos orgulhou. Aos professores João Aroso e Óscar Tojo pela orientação em diferentes momentos do processo, marcada pela abertura, simplicidade e paciência invulgares, evidenciadas mesmo em alturas em que outras responsabilidade se acumularam; Juntamente com eles, aos professores Ricardo Duarte e Francisco Silveira Ramos pelos ensinamentos técnicos e científicos, fomentando diariamente e de um modo sempre entusiasta o gosto pelo jogo e pelos seus reais valores. Aos meus familiares e amigos pelos valores transmitidos e pelo apoio constante, sobretudo aos meus pais pelo rigor incutido, pela capacidade de trabalho e por me incentivarem a “ver à frente”, à minha irmã por ser um escape mesmo sem se aperceber, aos meus avós pela preocupação que os carateriza e ao Manel Zé! À Inês, por tudo um pouco! III RESUMO O futebol é atualmente o fenómeno desportivo mais popular do mundo. Trata-se também de um meio que envolve um infindável número de agentes com diferentes áreas de intervenção e consequentemente com diferentes graus de conhecimento e de influência sobre o jogo propriamente dito, elemento verdadeiramente essencial e pelo qual milhões de pessoas se apaixonam. No âmbito do Mestrado em Treino Desportivo, e tendo em consideração a abrangência de funções e responsabilidades que uma equipa técnica tem, o presente relatório visa numa primeira parte apresentar a prática do estagiário enquanto treinador adjunto na equipa técnica dos Juniores B (Sub- 17) do Sport Lisboa e Benfica – Futebol de Formação. Numa segunda área é apresentado um estudo que pretende tirar conclusões sobre o conhecimento declarativo que os jogadores possuem acerca do modelo de jogo da própria equipa. E porque é importante fomentar a curiosidade e o espírito de partilha, que se assumem como pressupostos fundamentais para a evolução do jogo, do treino e do treinador de futebol, na terceira e última área é apresentado um evento de relação com a comunidade – Vetores do Modelo de Jogo. Assim, o presente relatório foi realizado com o propósito último de produzir e aumentar o conhecimento sobre o treino, em permanente relação com o jogo, procurando contribuir de alguma forma para o enriquecimento da área de intervenção do treinador de futebol, tendo por base o paradigma da formação e do desenvolvimento contínuo do jovem jogador, nunca esquecendo, contudo, que este está invariavelmente inserido numa dinâmica coletiva. Palavras-chave: Futebol; Futebol de Formação; Treino; Exercício; Modelo de Jogo; Tática; Conteúdo; Aprendizagem; Conhecimento Tático; Conhecimento Declarativo. IV ABSTRACT Football is currently the most popular sporting phenomenon in the world. It is also an environment that involves an endless number of agents with different areas of intervention and consequently with different degrees of knowledge and influence on the game itself, the truly essential element and which millions of people fall in love for. Under the Master in Sports Training and considering the range of functions and responsibilities that a technical staff has, this report aims firstly to present the trainee's practice as an assistant coach in the technical staff of the Sport Lisbon and Benfica’s Under-17 team. In a second part is presented a study that intends to get some conclusions about the declarative knowledge the players have about the game model of their own team. And because it is necessary to promote curiosity and a spirit of sharing, which are assumed as fundamental presuppositions for the evolution of the game, the training process and the football coach itself, in the third and last part is presented a community relationship event – Vectors of the Game Model. Thus, this report was carried out with the ultimate purpose of producing and increasing knowledge about the training process, in permanent relation with the game, seeking to contribute somehow to the enrichment of the intervention area of the football coach, based on the paradigm of the formation and continuous development of the young players, never forgetting, however, that it is invariably embedded in a collective dynamic. Keywords: Football; Youth Soccer; Training; Exercise; Game Model; Tactic; Content; Learning; Tactical Knowledge; Declarative Knowledge. V ÍNDICE DE CONTEÚDOS 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1 1.1. OBJETIVOS DO PROCESSO DE ESTÁGIO ..................................................................... 2 1.2. ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO................................................................. 3 1.3. CARATERIZAÇÃO GERAL DO CONTEXTO DE ESTÁGIO ......................................... 4 1.3.1. O SPORT LISBOA E BENFICA .................................................................................. 4 1.3.2. CAIXA FUTEBOL CAMPUS – CASA DO FUTEBOL DE FORMAÇÃO ................ 5 1.3.3. CARATERIZAÇÃO DO QUADRO COMPETITIVO ................................................. 5 1.3.4. CARATERIZAÇÃO DA EQUIPA TÉCNICA ............................................................. 7 1.3.5. FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELO TREINADOR ESTAGIÁRIO NO SEIO DA EQUIPA TÉCNICA ..................................................................................................................... 8 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................... 10 2.1. A NATUREZA DO JOGO DE FUTEBOL ........................................................................ 10 2.2. CARATERIZAÇÃO DO JOGO ATUAL ........................................................................... 13 2.3. FORMAÇÃO DESPORTIVA DO JOVEM FUTEBOLISTA ........................................... 18 2.4. TOMADA DE DECISÃO – O REFLEXO DO CONHECIMENTO DO JOGO ............... 21 2.5. MODELO DE JOGO – UMA PERSPETIVA COMUM .................................................... 24 2.6. O TREINO E O EXERCÍCIO COMO VETORES DE DESENVOLVIMENTO .............. 28 3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO PROCESSO DE TREINO E COMPETIÇÃO .................. 34 3.1. CARATERIZAÇÃO DO PLANTEL .................................................................................. 34 3.2. CARATERIZAÇÃO E PARTICULARIDADES DO ESCALÃO DE JUNIORES B (SUB- 17)........................................................................................................................................... 36 3.3. OBJETIVOS DO ESCALÃO PARA A ÉPOCA ................................................................ 37 3.4. MODELO DE JOGO .......................................................................................................... 37 3.4.1. ORGANIZAÇÃO OFENSIVA.................................................................................... 38 3.4.2. TRANSIÇÃO DEFENSIVA ........................................................................................ 41 3.4.3. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA ................................................................................. 41 3.4.4. TRANSIÇÃO OFENSIVA .......................................................................................... 42 3.4.5. PERSPETIVAS RELACIONADAS COM O MODELO DE JOGO .......................... 43 3.5. PLANEAMENTO E OPERACIONALIZAÇÃO DO TREINO ......................................... 45 3.5.1. O PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO ............................................................................ 46 3.5.2. O PERÍODO COMPETITIVO .................................................................................... 48 3.5.3. O MICROCICLO-PADRÃO ......................................................................................