OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 1 Cooperativismo, Empreendedorismo e Sustentabilidade. Só neste título você já tem três motivos para fazer o novo Mestrado Profissional da PUCPR. O único Mestrado Profissional em Gestão de Cooperativas do Brasil.

Um curso com muitos diferenciais:

bio rcâm te In Parcerias internacionais com universidades tradicionais na área do cooperativismo;

dad abili e lic p A Pesquisas aplicadas, realizadas por alunos e/ou professores, que geram resultados práticos e inovadores;

bilidad nta e te s u S Tema transversal presente em todos os aspectos do curso, considerando os pilares social, econômico e ambiental;

ia onom ut A Desenvolvimento constante da competência profissional e acadêmica de solucionar problemas complexos de maneira inovadora.

2 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO PALAVRA DO PRESIDENTE Reconhecimento ao ofício do jornalista

O segundo princípio do cooperativismo exalta o a importância do trabalho do jornalista e contribuir para caráter democrático das organizações cooperativistas. Por que as pessoas pudessem entender com mais profundi- sua vez, o quinto princípio trata da educação, formação e dade o que é o cooperativismo. Com o tempo, o Prêmio informação. É compromisso das cooperativas promover a acabou também se tornando um incentivo às assessorias capacitação de seus cooperados, colaboradores e familia- de imprensa das cooperativas, que participam na catego- res e também informar a população sobre a natureza e os ria Mídia Cooperativa, uma das mais disputadas e de difícil benefícios da cooperação. Portanto, informação e demo- julgamento, pela elevada qualidade dos trabalhos inscritos. cracia estão intrinsicamente ligadas ao movimento coo- É uma demonstração da crescente importância da comu- perativista. Nesse contexto, o trabalho dos profissionais de nicação na estratégia de atuação do setor. Há um processo imprensa é fundamental para de profissionalização e apri- que os princípios possam se moramento das assessorias materializar no dia a dia de de imprensa que deve ser cada cooperativista. Muito “ O jornalismo exercido intensificado, a partir de uma do que a população conhe- visão mais global do alcance ce sobre o cooperativismo se com responsabilidade estratégico da comunicação. deve a veiculação de matérias e plena liberdade Por todas essas razões, jornalísticas na mídia, seja ela o Prêmio Ocepar de Jorna- jornal, TV, rádio ou internet. de imprensa é lismo é uma iniciativa bem- Ciente desse papel essencial, -sucedida em seus objetivos a Organização das Coopera- imprescindível para o e que reafirma o compromis- tivas do Paraná decidiu criar, so do cooperativismo com a em 2004, o Prêmio Ocepar de desenvolvimento do país” transparência e a livre expres- Jornalismo, iniciativa que che- são do pensamento. O jorna- ga a sua décima edição, com lismo exercido com respon- entrega dos troféus aos vencedores prevista para acontecer sabilidade e plena liberdade de imprensa é imprescindível na próxima Assembleia da entidade, em abril de 2014. para o desenvolvimento do país. O Prêmio Ocepar busca Nesses dez anos de existência, O Prêmio Ocepar se valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais que se consolidou como um dos mais importantes do Brasil. Foi dedicam a esse ofício fundamental, que é um dos alicerces citado no site da Associação Nacional de Jornais (ANJ) en- da democracia. tre os dez principais realizados no país e, em 2013, além do importante apoio dado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor), desde 2004, também passou a contar com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Nas nove edições já realizadas, fo- ram inscritos 630 trabalhos que concorreram nas várias categorias do concurso. Por conta dessas matérias, o co- operativismo ocupou grande espaço em veículos de co- municação do Paraná e de outros estados, uma difusão maciça dos benefícios da cooperação, conforme preconi- za o 5º Princípio. É preciso enfatizar a parceria fundamental do Sicredi Central PR/SP e da Federação das Unimeds do Paraná, sem os quais o Prêmio Ocepar certamente não teria a força e abrangência que possui atualmente. Quando a ideia tor- João Paulo Koslovski nou-se realidade, em 2004, os objetivos eram reconhecer Presidente do Sistema Ocepar

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 3 SUMÁRIO 06 ENTREVISTA Para marcar a edição dos 12 10 anos do Prêmio Ocepar ESPECIAL de Jornalismo, a Revista Paraná Cooperativo Prêmio Ocepar entrevista José Hamilton de Jornalismo: Ribeiro, o mais premiado 10 anos repórter brasileiro divulgando o cooperativismo 22 COOPERJOVEM Mais de 600 pessoas participaram do Encontro Interestadual dos programas Cooperjovem e A União Faz a Vida, evento promovido pelo Sescoop/PR e a Central Sicredi PR/SP

24 NÚCLEOS Mais de 200 cooperativistas de todo o estado se reuniram em Mandaguari para discutir assuntos de interesse do setor com convidados especiais

26 OCB Novo planejamento estratégico do sistema será concluído em 2014 e implantado em 2015. Trabalho prioriza as demandas das unidades estaduais de acordo com o planejamento de cada instituição

28 SESCOOP/PR Investimento em formação melhora qualidade de vida das pessoas ligadas ao cooperativismo. Somente em 2013, recursos aplicados em ações de capacitação e promoção social irão totalizar R$ 19,8 milhões no Paraná

4 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO SISTEMA OCEPAR

DIRETORIA DA OCEPAR

Presidente João Paulo Koslovski

Diretores José Aroldo Gallassini Jorge Karl Manfred Alfonso Dasenbrock Orestes Barrozo Medeiros Pullin Paulino Capelin Fachin Renato José Beleze Valter Vanzella Alfredo Lang Carlos Yoshio Murate José Fernandes Jardim Júnior Luiz Roberto Baggio Marino Delgado Renato João de Castro Greidanus Ricardo Silvio Chapla

Conselho Fiscal INFRAESTRUTURA Titulares 30 Paulo Roberto Fernandes Faria José Rubens Rodrigues dos Santos G7, Fórum Futuro 10 e Governo do Estado se Lauro Osmar Schneider mobilizam com o objetivo de aprimorar a Suplentes proposta de arrendamento do Porto de Paranaguá Paulo Henrique Cariani Tácito Octaviano Barduzzi Junior Urbano Inácio Frey

Superintendente José Roberto Ricken

Superintendente Adjunto: Nelson Costa 32 EMPREGOS DIRETORIA DO SESCOOP/PR Presidente O Paraná é o segundo no ranking João Paulo Koslovski nacional de geração de empregos Conselho Administrativo em micro e pequenas empresas. Titulares Jorge Karl Estudo mostra que 92% dos Jaime Basso postos de trabalho criados em Soraya Galvão agosto no estado foram nos Wilson Thiesen Suplentes pequenos negócios Alvaro Jabur Valter Vanzella Prentice Balthazar Junior Renato Nóbile

Conselho Fiscal Titulares Luiz Humberto de Souza Daniel COCAMAR Edvino Schadeck 34 Amilton Pires Ribas Cooperados aprovam mudanças no Suplentes Luiz Roberto Baggio estatuto. As alterações mudaram Sebaldo Waclawosvky o perfil da Administração, visando Marcos Antonio Primão profissionalizá-la e assegurando a Superintendente perpetuidade da corporação José Roberto Ricken

EXPEDIENTE

Revista Paraná Cooperativo: HISTÓRIA Assessoria de Imprensa do Sistema Ocepar/Sescoop/PR. 35 Editor Responsável: Samuel Zanello Milléo Filho (DRT/ PR 3041) Edição e Redação: Ricardo Rossi, Marli Vieira e Sicredi Vale do Piquiri Lucia Massae Suzukawa. Conselho Editorial: João Paulo Koslovski, José Roberto Ricken, Nelson Costa, Flávio completa 25 anos Turra, Gerson Lauermann, Leonardo Boesche, Samuel homenageando os pioneiros Zanello Milléo Filho. CTP e impressão: Gráfica Graciosa. Licitação – Pregão: 05/2012. Redação: Av. Cândido de que acreditaram no sonho de Abreu, 501, CEP 80530-000, Centro Cívico, - Paraná. Telefone: (41) 3200-1100 / (41) 3200-1109. construir uma cooperativa Endereço Eletrônico: [email protected] Página na Internet: www.paranacooperativo.coop.br para atender as demandas dos As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, produtores da região desde que citada a fonte.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 5 ENTREVISTA

José Hamilton Ribeiro Jornalista

O repórter quer Por: Ricardo Rossi mudar o mundo

- Globo Rural? É do Globo Rural? nha a ação das tropas americanas numa – Pergunta-lhe um rapaz no quase sor- região chamada de “estrada sem alegria”. riso do palpite confirmado. Ele não se Ao correr para verificar a movimenta- deteve, mas com o olhar assentiu. Não ção em torno de um soldado ferido, o havia dúvidas, o rapaz pôde sorrir aber- repórter pisa numa mina. Com a explo- tamente, antes de seguir no fluxo apres- são, perde parte da perna esquerda. O sado dos pedestres. O homem reconhe- relato de sua dolorosa recuperação em cido, que caminha pelas ruas do bairro hospitais de campanha, ao lado de de- Aclimação, em São Paulo, é José Hamil- zenas de amputados, queimados, cegos ton Ribeiro, 78 anos, 58 deles dedicados e baleados, muitos deles crianças e civis, ao jornalismo. Sereno, acolhedor, bom é uma das mais pungentes reportagens de papo, Zé Hamilton repele de imedia- já escritas sobre a guerra e suas trágicas to qualquer tratamento formal. Recusa- consequências. Recuperado, com per- -se a ser chamado de senhor, o certo é na mecânica, nem pensou em parar. “O “você”. Tem um quê de mineiro no jeito repórter tem uma certa ilusão de que tranquilo de falar, talvez por ter nascido pode mudar e melhorar o mundo”, resu- em Santa Rosa do Viterbo, interior de me, sobre o que o motiva a prosseguir São Paulo, cidade próxima à divisa com na profissão. Minas Gerais. Nos anos 80, foi para o Globo Ru- O jornalismo Filho de agricultores, interessou- ral, onde continua trabalhando e nos pre- -se por jornalismo durante a adolescên- miando com suas reportagens perfeitas - brasileiro está cia, na escola, escrevendo o jornal do texto brilhante e rigor jornalístico talhado grêmio estudantil. Mudou-se para a ca- com a simplicidade de um bom causo numa fase ruim. pital do estado e, em 1955, entrou para do interior do Brasil. Como diz um amigo, Alguns jornais o curso de jornalismo da Faculdade Cás- telespectador de Globo Rural, até matéria per Líbero, que não completou. Por co- sobre um galo garnisé fica interessante e telejornais mandar uma greve de estudantes, aca- quando é feita pelo Zé Hamilton. Para bou expulso. Décadas depois voltaria marcar a edição que trata dos dez anos até fazem bom à mesma instituição para ser professor. do Prêmio Ocepar de Jornalismo, a revis- Ainda em 55, inicia sua carreira jornalís- ta Paraná Cooperativo entrevistou o mais jornalismo, mas tica trabalhando como redator na Rádio premiado repórter brasileiro. Aproveite. não é a regra Bandeirantes. Passa a atuar também na Paraná Cooperativo – O Prê- imprensa escrita, na Folha de S. Paulo. mio Ocepar de Jornalismo está em sua Em 1962, já na Editora Abril, é redator- décima edição. Você é o jornalista mais -chefe da revista Quatro Rodas e ganha premiado do Brasil. Qual a importância seu primeiro Prêmio Esso, um dos mais de um prêmio de jornalismo para a car- importantes do jornalismo do país. Pre- reira profissional? miação que venceria outras seis vezes José Hamilton Ribeiro – Tem ao longo da carreira, número de con- gente na imprensa que gosta de dimi- quistas não alcançado por nenhum ou- nuir o valor de um prêmio de jornalista, tro jornalista. Assume, em 1966, o posto geralmente quem não ganha. Ganhar de editor-chefe da revista Realidade, um prêmio pode ser um acaso, uma publicação considerada uma referência coincidência, não é uma prova definiti- de qualidade e inovação na história da va de que se é um bom jornalista. Mas imprensa brasileira. a existência de um prêmio sempre é um Em 1968, Zé viveria o momento fator de estímulo ao profissional, no sen- mais dramático de sua carreira. Corres- tido de aprimorar a informação que ele pondente de guerra no Vietnã, acompa- vai transmitir. Participar de um concur-

6 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO “O produtor rural que não tem cooperativa não tem a quem recorrer, fica solto. E, no capitalismo, quem fica desagregado torna-se uma presa fácil, um ser isolado e vulnerável”

so faz com que o jornalista cuide mais de seu trabalho para fazer uma matéria melhor e mais elaborada. Paraná Cooperativo – Um dos objetivos da Ocepar é incentivar a pro- Rossi/Ocepar Ricardo Fotos: fissionalização das assessorias de im- prensa das cooperativas. Você é a favor da volta da obrigatoriedade do diploma de jornalista, atualmente em discussão no Congresso? José Hamilton Ribeiro – Um país se constrói com bons profissionais em todas as áreas e não vai ser no jorna- lismo que vamos ter profissionais com baixa formação. Eu penso que a obri- gatoriedade do diploma de jornalista é Paraná Cooperativo – E o ad- Paraná Cooperativo – Há uma necessidade momentânea. Assim vento das novas mídias, como avalia seu quem tenha decretado o fim dos veí- que o Brasil melhorar sua qualidade impacto no jornalismo? culos impressos, que serão substituídos de educação, quando a média de cul- José Hamilton Ribeiro – O ad- pelos conteúdos de internet. tura escolar for melhor, talvez se possa vento das novas mídias trouxe uma tur- José Hamilton Ribeiro – É dispensar o diploma específico e exigir bulência no mundo das publicações, da muito comum dizer, quando aparece que, para ser jornalista, será preciso ter mídia em geral. Por muitos anos ficou uma mídia nova, que a mídia velha um curso superior de qualquer área, estabelecido que mídia era jornal, revis- vai morrer. Quando surgiu a máquina fazendo estágio de um ou dois anos na ta, rádio e televisão. Agora há uma mídia fotográfica disseram que a pintura ia área de jornalismo. Talvez a gente che- nova que está interpenetrando os vários acabar. Ao contrário, a existência da gue lá. É bom para o país que o jorna- setores e conturbando esse ambiente. fotografia aumentou o campo de tra- lista tenha a melhor formação possível. O momento é de pesquisa, de análise, balho dos pintores e artistas plásticos, No momento, não tem lugar melhor de ajustamento. Eu acho que vai se che- porque a leitura deles é outra. É uma para isso no Brasil do que a escola de gar a um ajustamento, porque a ideia de leitura poética e artística. Quando sur- jornalismo. Eu digo que para ser bom que a internet vai substituir o jornalismo giu a televisão, falaram que o rádio ia jornalista é preciso de duas coisas: voca- é muito vaga. A internet não tem filtro, acabar. E agora com a internet e as mí- ção e formação. Se não tiver uma destas aceita tudo e o leitor e espectador não dias sociais. Não acaba nada. São con- duas características será um profissional sabe se aquela informação tem credibi- quistas da humanidade, são ganhos e incompleto. Para o país interessa que lidade ou não, ao passo que, por exem- avanços, ferramentas que surgem para os seus profissionais, em todas as áreas, plo, numa informação lida em jornal, o as pessoas usarem em benefício de seu sejam os mais competentes possíveis. leitor sabe quem é o responsável, sabe conhecimento e até para seu entrete- Veja o exemplo da Alemanha. Por que a seriedade daquele veículo, não é uma nimento e curtição. É um mundo novo esse país dá tão certo? Porque os pro- informação leviana, jogada e pescada que está sedimentando, como um vul- fissionais lá, em todos os setores, são os no ar, sem nenhuma confirmação e cre- cão que expele lavas que vão solidifi- melhores possíveis. dibilidade. cando até propiciar, em alguns casos,

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 7 ENTREVISTA

grandes campos de cultura e terras de repórter, ele é parte de uma estrutura lhorar o mundo. E junto com isso uma alta fertilidade. Mas na hora em que o que não está existindo. Alguns jornais ideia de que esse negócio de morrer vulcão entra em erupção parece que e telejornais até fazem bom jornalismo, na guerra comigo não vai acontecer, só existe morte. Depois surgem cam- mas não é a regra. não serei eu a pisar na mina. É parte do pos de cultura e lavouras. Paraná Cooperativo – O que perfil psicológico essa ilusão de que Paraná Cooperativo – A leitu- você diria a um jovem que se decide com o repórter vai dar tudo certo. O ra das notícias em sites de jornais está pela profissão de jornalista? jornalista que não tiver essa ilusão sai cada vez mais restrita, pois as empresas José Hamilton Ribeiro – Jor- logo da profissão, vai para um trabalho de mídia estão cobrando pelo acesso nalismo é uma profissão de mercado mais seguro, seguindo horários. Du- aos conteúdos. muito restrita e são poucas empresas rante a ditadura não podia fazer nada José Hamilton Ribeiro – Tem que podem empregar jornalistas. É na imprensa por causa da censura, uma frase que o Delfim Netto (ex-mi- um mercado muito competitivo. Mas, e trabalhei um tempo em jornais do nistro da Fazenda durante o governo nessas dezenas de anos em que estou interior. Em Ribeirão Preto, interior de ditatorial) costumava citar: “no capita- acompanhando o jornalismo, posso São Paulo, o dono do jornal era tam- lismo não tem almoço de graça”. dizer que nenhum bom jornalista ficou bém proprietário de uma grande fábri- Paraná Cooperativo – Você sem trabalho. Às vezes é difícil encon- ca de autopeças. Um dia ele me per- participou de reportagens marcantes trar o primeiro emprego, mas depois guntou: “Mas Zé, o pessoal da fábrica, e trabalhou na revista Realidade (1966- disso, se ele for bom, vocacionado e depois das 6 horas da tarde, vai para 1976), até hoje considerada uma publi- formado, ele tem um caminho no jor- casa, academia, clube, vai jantar em cação jornalística referencial no país. nalismo, mas não tem moleza não. casa, ver novela. Já o pessoal do jorna- Como está o jornalismo hoje no Brasil? Paraná Cooperativo – O que lismo, termina o trabalho e vão todos José Hamilton Ribeiro – O jor- caracteriza uma boa reportagem? para o bar e ficam discutindo até de nalismo brasileiro como um todo, pa- José Hamilton Ribeiro – Uma madrugada. Por que vocês fazem isso?” pel, revista, televisão, rádio, está numa boa reportagem tem que ser como um Eu respondi que a gente faz isso por- fase ruim. O pessoal do papel, por con- bom filme. Você está dentro do cine- que quer mudar o mundo, e não tem ta das novas mídias, passa por um de- ma, acabou o filme e continua ainda melhor lugar pra mudar o mundo que sajustamento, que já tratei antes, não colado na tela, pensando que o filme um bar. Você planeja a mudança para sei se momentâneo ou duradouro. E poderia seguir mais alguns minutos. o amanhã, e no bar dá certo. o jornalismo não é a praia da televisão Uma boa reportagem é aquela em que Paraná Cooperativo – São aberta. O prato principal da TV aberta, se lê e se tem dó de terminar. quase 60 anos de carreira, 16 livros escri- o horário nobre, dá um espaço peque- Paraná Cooperativo – Ima- tos, prêmios e reconhecimentos. O que no para o jornalismo. Não é o forte da ginemos que você pudesse voltar no o motiva a prosseguir? TV. O jornalismo de TV e o de rádio não tempo, antes de sua ida ao Vietnã. Par- José Hamilton Ribeiro – estão num bom momento, claro que tiria novamente para a guerra? Quando morreu o jornalista Tim Lopes com algumas exceções. Mas o que o José Hamilton Ribeiro – Eu (assassinado por traficantes), o Globo Brasil tem de bom são repórteres. E a iria. Porque um dos traços psicológicos Repórter fez um programa inteiro per- reportagem, a grande reportagem, a da profissão de jornalista, sobretudo guntando o que leva um repórter a tra- reportagem investigativa, é um pro- de repórter, é um pouco da ilusão de balhar em áreas de risco. Fui um dos en- duto que não depende somente do que ele está ajudando a mudar e me- trevistados e respondi que um pouco é

“Não tenho medo da morte, lido com ela, apenas faço torcida para morrer de um jeito bom. Não é um assunto que me deprima, mas não tenho nenhuma pressa”

8 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO “No Brasil ainda vigora muito essa filosofia da malandragem, que não é construtiva. Se você está levando vantagem, alguém está sendo lesado”

vaidade, não conheço nenhum repórter querda são piores que não tenha algum tipo de vaidade, porque demoram mas é uma característica da agressivi- mais a apodrecer, dade humana. Até certo ponto, se não veja o exemplo de tiver vaidade você não tem autopreser- Cuba e da China -, vação e se oferece ao perigo. Um pouco não tem para quem reclamar, onde ele colega ao lado está ganhando também, também é espírito de aventura, ambi- (cidadão) for vai levar “bolacha”. E aconte- todos estão crescendo juntos. ção profissional, no sentido de ganhar ce algo similar ao produtor rural que não Paraná Cooperativo – E o Brasil, Zé? pontos na carreira, outro tanto é falta tem cooperativa: ele não tem a quem José Hamilton Ribeiro – O de juízo, enfim, todas essas coisas nes- recorrer ou pedir orientação, fica solto. E, Brasil é um país retardado. As coisas ta receita são em pequena proporção. no capitalismo, se você estiver desagre- acontecem aqui 50, 100 anos depois E o grosso da receita é, como já disse, gado torna-se uma presa fácil. Ao passo que aconteceram em outros países. uma certa ilusão - a pessoa é jornalista que a cooperativa protege seus coopera- Tem sido assim na história. O Brasil foi porque acha que pode, exercendo sua dos. O produtor rural ligado a uma coo- um dos últimos países da América do profissão, melhorar o mundo. O bom perativa tem uma cobertura para si e sua Sul a ter universidade, a ter jornal, a de- repórter está sempre ao lado do mais família. O agricultor fora da cooperativa clarar a independência e a abolir a es- fraco. O jornalista que se encosta no po- recebe mais tarde ou recebe mal as infor- cravidão. E o povo é muito massacrado der, seja econômico ou político, deixa mações sobre novidades tecnológicas, por maus governos. O analfabetismo no de ser jornalista. Porque o repórter tem ouviu a respeito das novas técnicas, mas país é muito grande, até aumentou nos a obrigação e ilusão de que a profissão não sabe direito como utilizá-las. Torna- últimos anos, a educação é fraca, então dele existe para denunciar a ignomínia, -se um ser isolado e vulnerável. o nível cultural do brasileiro é muito a prepotência, a crueldade, o autoritaris- Paraná Cooperativo – E o co- baixo. Somos a 7ª economia mundial mo. O jornalista é, antes de tudo, contra operativismo traz a perspectiva do co- e, no entanto, não temos nenhuma o totalitarismo, qualquer tipo de totali- letivo. universidade entre as 100 melhores do tarismo. Ele convive bem com a liberda- José Hamilton Ribeiro – Tem mundo. Nossas universidades são muito de, com a livre iniciativa, com a oportu- um samba antigo que diz “primeiro eu, atrasadas, a geração de conhecimento nidade para todos. segundo e terceiro eu também, eu não científico é quase nula. O único campo Paraná Cooperativo – Você vou por azeitona na empada de nin- da pesquisa científica brasileira que tem conhece o país todo e já esteve em inú- guém”. Quer dizer, essa mentalidade do reconhecimento no mundo é o campo meras cooperativas. Qual sua percepção primeiro eu, que não é cooperativista, é da agricultura tropical. De certa forma, o sobre o cooperativismo? individualista, é um pouco da mentalida- Brasil avança na medida em que o go- José Hamilton Ribeiro – Faço de do brasileiro de levar vantagem em verno não atrapalha. Se não houvesse uma analogia entre a democracia e o tudo. No Brasil ainda vigora muito essa fi- tanto imposto, tanta regulação, tanta cooperativismo. Se o cidadão vive numa losofia da malandragem, que não é cons- mordomia e marajá, o Brasil seria outro. democracia, ele tem a quem reclamar. trutiva. Se você está levando vantagem, A gente lê nos jornais que a Europa está Essa é a chave. Se estiver numa ditadura alguém está sendo lesado. No coopera- em crise e o Brasil não está. Que ma- - seja de direita ou esquerda, e as de es- tivismo, você está ganhando, mas o seu ravilha! No entanto, a Europa em crise

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 9 ENTREVISTA

oferece muito mais aos seus cidadãos pessoas comprarem carro, tudo em americano dar o subsídio aos seus agri- que o Brasil - mais qualidade de vida, função dessa filosofia rodoviária. Ne- cultores e vamos ver aqui, no Brasil, que educação, segurança, saúde, transporte, nhum país importante aposta no trans- tipo de subsídio o homem do campo saneamento, infraestrutura. porte rodoviário, aposta em trem ou está precisando para manter uma so- Paraná Cooperativo – O cresci- navio. O Brasil já teve trem de primeira, ciedade firme, o solo ocupado, para não mento econômico não eliminou as de- escola pública de qualidade em mui- haver vazios demográficos no país, que sigualdades e os problemas históricos tas regiões, e já teve música caipira de a ocupação no campo seja feita em ba- do país? alta qualidade. O trem acabou, a escola ses firmes e sólidas, que a pessoa não José Hamilton Ribeiro – Exis- pública foi sucateada em todo o país, precise ir procurar emprego na cidade. tem as ilhas de excelência, principal- e a música caipira está vivendo com a Paraná Cooperativo – Zé, qual mente na agricultura, mas ainda temos segunda geração de seus criadores, já a melhor coisa da vida? grotões de subdesenvolvimento. E há idosos, e quando morrerem, quem vai José Hamilton Ribeiro – A me- sérios problemas de infraestrutura e criar música caipira? lhor coisa da vida é ter saúde para tra- transporte. Quando eu era jovem, a Paraná Cooperativo – Além balhar. Com atraso de muitos anos vou nossa curtição era viajar nos trens da da música caipira, muita coisa mudou ter netos, que nascem em novembro. Companhia Paulista de Estrada de Fer- no campo. As pessoas param para foto- Vai ser um fim de ano especial. Vou di- ro, que tinha os horários marcadinhos e grafar quando encontram um carro de zer uma coisa, eu não tenho medo da pontuais. A população das cidades re- boi ou uma carroça puxada por junta de morte, lido com ela, apenas faço torcida gulava seus relógios pelo apito do trem. bois, uma raridade hoje. para morrer de um jeito bom. Não é um “Olha, chegou o trem da tarde, então já José Hamilton Ribeiro – Quan- assunto que me deprima, mas não te- são 16:35 horas”. O Brasil, na minha ju- do eu comecei a trabalhar em jornalis- nho nenhuma pressa. ventude, tinha trens de primeira classe mo a maior parte da população brasi- Paraná Cooperativo – Deixe comparados aos melhores do mundo. leira vivia no campo. Hoje, é o contrário. uma mensagem para as pessoas que E eram trens da iniciativa privada. E aos Esse êxodo rural tão intenso só ocorreu admiram seu trabalho. poucos foram estatizando, estatizaram porque a vida no campo estava ruim. Se José Hamilton Ribeiro – Acre- a Paulista, a Mogiana, e todas as de- houvesse apoio, viabilidade, infraestru- ditem em vocês! Às vezes receberá um mais companhias. Criaram uma super tura e crédito, o agricultor não deixaria não aqui, um não ali, porque as circuns- repartição pública com as ferrovias, e sua terra. O Brasil tinha que ter subsídio tâncias não te levaram para a pessoa o que aconteceu? Acabaram com os ao agricultor, como acontece na Europa que te dissesse sim. Não pode desani- trens brasileiros. Hoje, o Brasil é um dos e nos Estados Unidos. Vejo pessoas ata- mar, tem que acreditar em si, mas não poucos países em desenvolvimento no cando os subsídios e penso que a luta esperem moleza, se preparem e bus- mundo que não tem uma infraestrutu- deveria ser diferente: deixa o governo quem sempre a melhor formação. ra ferroviária importante. Toda a aposta vai em cima do asfalto, do caminhão, da gasolina, um complô em função da valorização do petróleo e da indústria automobilística. Sobra crédito para as

“Acreditem em vocês! Não pode desanimar, tem que acreditar em si, mas não esperem moleza, se preparem e busquem sempre a melhor formação”

10 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 11 ESPECIAL

Valorização e Texto: Ricardo Rossi e reconhecimento Lucia Massae Suzukawa

Valorizar e reconhecer o tra- Samuel Z. Milléo Filho, coordena- balho dos jornalistas e, ao mesmo dor de Comunicação do Sistema Há dez anos, o tempo, contribuir para a difusão do Ocepar e idealizador do Prêmio. Se- cooperativismo nos meios de co- gundo Milléo, a ideia foi ganhando Prêmio Ocepar municação. Esses foram os objetivos forma em conversas que teve com de Jornalismo que motivaram a Organização das os profissionais que atuavam na as- reconhece o trabalho Cooperativas do Estado do Paraná sessoria de imprensa da Ocepar, os dos profissionais a criar o Prêmio Ocepar de Jornalis- jornalistas Eloy Setti e Giovani Fer- mo, que chega a sua décima edição reira. Em 2003, durante discussões de comunicação, consecutiva. “Desde o princípio, a no Fórum de Comunicação, que incentivando a ideia da criação deste concurso teve reuniu assessores de cooperativas boa reportagem por intuito reconhecer o importan- paranaenses, o projeto teve ampla e a difusão do te trabalho realizado pelos profissio- aceitação. Com o apoio da diretoria nais de imprensa ao divulgar para a da Ocepar e o patrocínio da Central cooperativismo população o que representa o co- Sicredi PR/SP e da Federação das operativismo, seus avanços econô- Unimeds do Paraná, o Prêmio Oce- micos e sociais”, afirma o jornalista par de Jornalismo foi lançado em

12 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 2004. “Na primeira edição tivemos boa receptividade e dezenas de tra- balhos concorreram ao Prêmio. Mas, ainda tínhamos muito a avançar, pois a iniciativa era pioneira e sabía- C.Vale Assessoria Foto: mos que poderíamos aperfeiçoá-la”, lembra Milléo. Naquele ano, em 2004, não havia separação de categorias (Rá- dio, TV e Jornal), apenas a classifica- ção de 1º, 2º e 3º lugares e também o Prêmio de Honra ao Mérito como reconhecimento ao trabalho reali- zado pelas assessorias de imprensa das cooperativas. No ano seguinte (2005) foram criadas as categorias Jornalismo Impresso (jornais e revis- tas), Telejornalismo e Mídia Coope- rativa e apenas os primeiros lugares eram premiados. Em 2006, o prêmio passou a contar com a categoria Radiojornalismo e incluíram-se as premiações de 1º, 2º e 3º lugares. Samuel Z. Milléo: evolução perceptível na qualidade dos trabalhos inscritos No ano de 2008 foram criadas as categorias especiais Ramo Saúde e plena liberdade de imprensa é nalistas, o Prêmio Ocepar tem sido e Ramo Crédito e iniciaram os lan- imprescindível para o desenvolvi- um incentivo à difusão do coopera- çamentos regionais, em mais de 10 mento do país. Por isso, o Prêmio tivismo em todas as mídias, contri- cidades do interior do Paraná. “Em Ocepar tem por objetivo valorizar buindo também para a melhoria do uma década de existência, o Prêmio o trabalho dos profissionais que se trabalho das assessorias de impren- Ocepar de Jornalismo se consolidou dedicam a esse ofício fundamental, sa das cooperativas. “Há uma evolu- como um dos mais importantes do que é um dos alicerces da demo- ção perceptível ao longo dos anos, país. No ano passado, o Prêmio Oce- cracia”, afirma. De acordo com o e a categoria Mídia Cooperativa tem par foi citado no site da Associação dirigente, por meio da imprensa, há gerado disputas acirradas entre ma- Nacional de Jornais (ANJ), entre os uma difusão do cooperativismo e térias diferenciadas. Alguns mem- dez principais realizados no país e, seus diferenciais. “Se hoje boa parte bros da comissão de julgamento em 2013, além do importante apoio da população paranaense conhece destacaram que ano após ano fica dado pelo Sindicato dos Jornalistas o que é este sistema chamado de mais difícil julgar os trabalhos pela Profissionais do Paraná (Sindijor), cooperativismo, muito se deve ao qualidade”, explica. Em nove edi- desde 2004, também passamos a trabalho desses profissionais que ções já realizadas, os concorrentes contar com o apoio do Sindicato atuam nas mais diversas mídias de ao Prêmio Ocepar produziram 630 dos Jornalistas Profissionais do Nor- comunicação”, explica. Para Koslo- matérias sobre o cooperativismo te do Paraná e da Federação Nacio- vski, o Prêmio Ocepar de Jornalismo paranaense, veiculadas em jornais, nal dos Jornalistas (Fenaj), o que é também uma demonstração da revistas, programas de TV e rádio, para nós é motivo de muito orgu- crescente importância da comuni- sites e blogs na internet. lho”, afirma Milléo. cação na estratégia de atuação das Para o presidente do Siste- cooperativas. “Há um processo de ma Ocepar, João Paulo Koslovski, profissionalização e aprimoramen- Saiba mais... o Prêmio Ocepar de Jornalismo é to das assessorias de imprensa que As inscrições para a 10ª uma maneira de reconhecer a im- deve ser intensificado, a partir de edição do Prêmio Ocepar de portância do trabalho do jornalista uma visão mais global do alcance Jornalismo estão abertas até que, por meio de suas reportagens, estratégico do trabalho de comuni- 28 de fevereiro de 2014. Mais contribui para o aperfeiçoamento cação”, enfatiza. informações no site www. da democracia brasileira. “O jornalis- Difusão – Segundo Milléo, paranacooperativo.coop.br. mo exercido com responsabilidade além do reconhecimento aos jor-

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 13 ESPECIAL

Apucarana Campo Mourão

Cascavel Francisco Beltrão

Marechal C. Rondon Toledo Na capital e no interior Nos últimos seis anos, o Prê- cerca de 2.500 quilômetros por tem sido bastante significativo. Ao mio Ocepar de Jornalismo passou ano. Os eventos são realizados longo de nove anos, tivemos 630 a ser divulgado em diversos muni- com apoio da Unimed Paraná, trabalhos inscritos”, afirma. cípios paranaenses, além da capi- Central Sicredi PR/SP e coopera- Em sua 10ª edição, a progra- tal do Estado, por meio dos lança- tivas locais. Segundo Milléo, os mação não foi diferente. O Prêmio mentos regionais. Desde 2008, o lançamentos regionais têm contri- foi lançado primeiramente em coordenador de Comunicação da buído para estimular os profissio- Curitiba, no dia 24 de setembro, Ocepar, Samuel Milléo Filho, tem nais da imprensa a inscrever seus e em outubro foi apresentado em organizado um roteiro composto trabalhos no concurso. “Cada ano, Cascavel, Toledo, Palotina, Francis- por 13 cidades paranaenses, per- notamos que a participação au- co Beltrão, , Apuca- corrido a cada edição, somando menta e o interesse pelo prêmio rana, Londrina, Marechal Cândido

14 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Londrina Palotina

Curitiba Pontra Grossa Maringá

Pato Branco Guarapuava

Rondon, Maringá, Campo Mourão, Na opinião do presidente da prensa das pequenas cidades o que Pato Branco e Guarapuava, tota- Unimed de Francisco Beltrão, Mau- representa o cooperativismo”, frisou. lizando 495 participantes, entre rício Alves, essa sistemática adotada “É importante sair da ca- profissionais da imprensa, assesso- pela Ocepar é uma forma de pres- pital e vir falar com o interior. É res e dirigentes das cooperativas, tigiar o trabalho exercido pela im- um processo de transparência, a além de convidados. prensa local e, também, as coope- partir do momento em que a or- “Este prêmio é um case de rativas singulares. “Para nós, é uma ganização se conscientiza que é sucesso comprovado. Outro fator honra poder receber o lançamento preciso incentivar os jornalistas de destaque é a forma transparente do Prêmio Ocepar. Sentimo-nos para que eles se sintam seguros e correta com que ele é divulgado, prestigiados e dedicamos esse nos- em participar do Prêmio, com re- sempre com a preocupação de reu- so dia em receber os profissionais ais condições de ganhar. Isso faz nir jornalistas nas principais cidades das entidades e também os jorna- com que o concurso tenha credi- do Paraná”, afirmou o diretor da rá- listas para esse congraçamento. É bilidade”, disse a assessora de im- dio CBN de Ponta Grossa, Roberto uma forma inteligente de mostrar prensa da Unimed Costa Oeste, Mongruel. também para os veículos de im- Michele Matsuo.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 15 ESPECIAL Parceiros importantes

Ao longo de uma década de estímulos, pois exemplos, lições, também de prestar contas à socie- história, o Prêmio Ocepar de Jor- tudo isso existe de sobra no esta- dade”, frisou. nalismo tem contado com o apoio do e, com certeza, será inspirador Caminho certo – A partir financeiro da Central Sicredi PR/ para todas as categorias do jorna- desse ano, a Unimed Paraná dei- SP e da Unimed Paraná. “Para nós, lismo”, acrescentou Dasenbrock. xou de promover o seu Prêmio de é muito importante estar junto Para o presidente da Uni- Jornalismo, passando a reforçar o e, durante todo esse período, ser med Paraná, Orestes Medeiros apoio ao concurso da Ocepar. “A parceiro, apoiador e incentivador Pullin, o concurso tem contribuído importância que esse prêmio ad- do Prêmio. É uma iniciativa que para disseminar os vários ramos quiriu no decorrer dessa década tem nos proporcionado um gran- do cooperativismo de forma bem junto aos jornalistas e, inclusive de aprendizado. Trata-se de uma sucedida. “É uma oportunidade às suas representações de classe, forma inteligente e saudável de de premiar os melhores trabalhos nos mostra que estamos no ca- disseminação do cooperativismo, jornalísticos que tratam do coo- minho certo. Tanto que neste ano por meio dos mais variados veí- perativismo paranaense, seja do fizemos um reforço no prêmio, culos de imprensa”, disse Manfred agronegócio, da saúde, do crédito valorizando algumas categorias Dasenbrock, presidente da Central ou dos demais ramos que com- e criando outras. Esperamos que Sicredi PR/SP. põem o nosso setor. A Unimed Pa- possamos mais uma vez bater re- “Chegar aos 10 anos mons- raná é parceira desde a primeira corde de inscrições nesta edição”, tra que o Prêmio já existe há um edição. Nesses 10 anos, acredita- completou Pullin. bom tempo e promete longevida- mos que o estímulo à discussão Referência - “O Prêmio da de porque tem consistência. Espe- sobre o cooperativismo trouxe Ocepar é uma referência, não só ramos que as inscrições deste ano bons resultados. Isso se reflete para os profissionais que atuam superem as da edição passada e no conhecimento que as pessoas com jornalismo no Paraná, mas que possamos, assim, permitir que vêm obtendo mais sobre o assun- também para outros estados se essa reflexão sobre o cooperativis- to. É uma forma do movimento inspirarem e promoverem a mes- mo no Paraná possa gerar novos cooperativista ser conhecido, mas ma ideia. Vocês estão de para- béns”, afirmou o presidente da Organização das Cooperativas Bra- sileiras, Márcio Lopes de Freitas, ao participar do lançamento regional ocorrido em Maringá, no dia 24 de Foto: Arquivo Ocepar Arquivo Foto: outubro. Freitas enumerou ainda outros aspectos que considera re- levantes em relação ao concurso. “Ele tem um valor muito for- te por sua perenidade pois já exis- te há 10 anos e tem uma história, está consolidado e é reconhecido. Além disso, é uma iniciativa que vem reconhecendo os bons traba- lhos de profissionais da imprensa que abordam o tema cooperati- vismo. Acredito que, ao fazer isso, cria-se um espaço de divulgação cada vez mais intenso, despertan- do o interesse sobre as coopera-

O presidente da Central Sicredi, Manfred Dasenbrock, e o presidente da Unimed tivas e contribuindo para que a Paraná, Orestes Medeiros Pullin, com o presidente da Ocepar, João Paulo população nos conheça cada vez Koslovski, na solenidade de entrega do Prêmio ocorrida em 2009 melhor”, ressaltou.

16 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Comissão julgadora avalia trabalhos na edição de 2012 Foto: Ricardo Rossi/Arquivo Ocepar Valorização do profissional de comunicação

A valorização do jornalista de produção e qualidade diferen- telespectadores. Por outro lado, é apontada por Guilherme Carva- ciada”, avalia. incentivados pelo prêmio, os jor- lho, presidente do Sindicado dos Evolução – O jornalista An- nalistas também passaram a com- Jornalistas Profissionais do Paraná dré Franco, que há nove edições preender de forma aprofundada o (Sindijor-PR), como o principal participa da comissão julgadora que é o cooperativismo”, explica. benefício dos concursos que pre- do Prêmio Ocepar, afirma que Reconhecimento – Na opi- miam o trabalho jornalístico. “Ini- houve uma evolução da quali- nião do jornalista Roberto Montei- ciativas como o Prêmio Ocepar dade dos trabalhos ao longo dos ro, que também faz parte da co- de Jornalismo demonstram tam- anos. “Lembro que nas primeiras missão julgadora, o Prêmio Ocepar bém a importância que a entida- edições do concurso havia certa é um reconhecimento ao trabalho de que representa o cooperativis- similitude das matérias inscritas. dos profissionais de comunicação. mo dá à atividade do jornalismo e Houve uma melhora qualitati- “Além de chamar a atenção para o a seus profissionais”, afirma. Para va, a cada edição do concurso, cooperativismo, um setor impor- Carvalho, o Prêmio Ocepar tam- com reportagens mais criativas tante para a economia do Paraná bém é um estímulo aos profissio- e aprofundadas”, afirma. O jorna- e do Brasil, o concurso valoriza o nais que atuam nas assessorias de lista ressalta também a evolução bom trabalho jornalístico e é um imprensa (inseridas na categoria dos trabalhos das assessorias de estímulo à reportagem”, avalia. Mídia Cooperativa), que ganham imprensa das cooperativas. “Na Segundo ele, há casos em que co- importância na estratégia de categoria mídia cooperativa foi operativas participaram durante atuação das cooperativas. Outro expressiva a melhoria das repor- alguns anos sem classificar seus aspecto, segundo o dirigente do tagens inscritas. O Prêmio Ocepar trabalhos entre os melhores. “Os Sindijor, é o incentivo à reporta- foi e é um importante estímulo assessores de imprensa dessas gem, gênero que exige pesquisa, para a melhoria das matérias das cooperativas se mobilizaram, ava- apuração, consulta a inúmeras cooperativas”, analisa. liaram em quais pontos poderiam fontes e texto mais elaborado. Para Franco, o Prêmio Oce- melhorar e continuaram a partici- “A imprensa está muito objetiva par de Jornalismo é uma iniciativa par e conquistaram premiações. e factual, e as reportagens mais bem-sucedida. “O concurso deu Uma clara demonstração da carac- aprofundadas estão escassas nos visibilidade ao setor cooperativis- terística de incentivo à qualidade grandes veículos. O Prêmio Oce- ta, que ficou mais conhecido pela do Prêmio Ocepar de Jornalismo”, par é um incentivo ao jornalismo população - leitores, ouvintes e conclui.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 17 ESPECIAL Os vencedores Em nove edições já realizadas, 630 matérias jornalísticas foram inscritas ao Prêmio Ocepar de Jornalismo. A concorrência aumenta a cada ano, com a participação de profissionais de veículos de comunicação de todas as regiões do Paraná e também de outros estados. Abaixo, a lista dos vitoriosos

I PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2004 1º Lugar: Solange Riuzim - TV Cul- Honra ao Mérito: A Comissão Julgado- tura (RPC) ra decidiu conferir duas homenagens de 2º Lugar: Pedro Ribeiro - Site Docu- Honra ao Mérito. Uma delas foi para a mento Reservado matéria Alternativas de Renda, do Jornal 3º Lugar: June Meireles - Rede Inde- C.Vale, de autoria de Almir Trevisan. A ou- pendência de Comunicação (RIC-TV) tra foi publicada pelo Jornal Coamo, com tema O lado humano do cooperativismo, Veículo de Cooperativa: O Jornal de Ser- de Ilivaldo Duarte, Vanderlei Camargo e viço Cocamar - Jornalista Rogério Recco Wilson Bibiano.

II PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2005 Jornalismo Impresso Mídia Cooperativa 1º Lugar: Andréa Lombar- 1º Lugar: Rogério Recco - Jornal De Serviço Cocamar do - Jornal Folha de Lon- 2º Lugar: Márcio Pereira Slompo - Jornal Coopavel drina 3º Lugar: Elis Rejani da Silva Viana - Revista Frimesa 2º Lugar: Lígia Meira Mar- toni - Jornal O Estado do Telejornalismo Paraná 1º Lugar: Rose Machado - GPP Rural/SBT. Os demais trabalhos 3º Lugar: Marly Aires - Jor- desta categoria foram desclassificados por estarem fora das nor- nal Paraná Açúcar & Álcool mas ou com problemas técnicos que impediram sua avaliação.

III PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2006 Mídia cooperativa Jornalismo Impresso 1º Lugar: Almir Trevisan - Jornal C. Vale 1º Lugar: Giovani Ferreira E Valmir Denar- 2º Lugar: Elis D’alessandro - Revista dim - Gazeta do Povo Frimesa 2º Lugar: Rosângela Oliveira - O Estado 3° lugar: Lariessa Mergener Revista do Paraná Copagril 3° lugar: Rogério Recco - O Diário do Nor- te do Paraná Radiojornalismo 1º Lugar: Joice Hasselmann - Rádio Band News Telejornalismo 2º Lugar: Jurandir Ambonatti - Rádio CBN 1° lugar: Sérgio Mendes - TV Tibagi 3° lugar: Sara Ferneda Messias - Rede 2° lugar: Solange Riuzim -TV Cultura (RPC) de Emissoras do Oeste do Paraná 3° lugar: Sérgio Mendes - TV Tibagi

18 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO IV PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2007 Jornalismo Impresso Radiojornalismo 1º Lugar: Rogério Recco - O Diário do Norte do Paraná 1º Lugar: Joice Hasselmann - BandNews 2º Lugar: Olavo Pesch - Revista Dimensão 2º Lugar: Everton Barbosa - CBN 3º Lugar: Giovani Ferreira e José Rocher - Gazeta do Povo 3º Lugar: Joice Hasselmann - BandNews

Telejornalismo Mídia Cooperativa 1º Lugar: Rose Machado - SBT/Maringá - GPP Rural 1º Lugar: Elis D´Alessandro - Revista Frimesa 2º Lugar: Sérgio Mendes - SBT/Maringá - GPP Rural 2º Lugar: André Tottene - Jornal Integrada 3º Lugar: Lúcia Dub e Cliceu de Almeida – TV Esplanada (RPC) 3º Lugar: Lariessa Mergener - Revista Copagril

V PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2008 Jornalismo Impresso Radiojornalismo 1º Lugar: Erika Zanon Romeiro - Folha de 1º Lugar: Denise de Mello - Rádio Band News Londrina 2º Lugar: Wilson Bibiano Lima - Rádio Informativo Coamo 2º Lugar: Rogério Recco e Marly Aires - Jornal Paraná 3º Lugar: Luciana Peña - Rádio CBN Açúcar & Álcool 3º Lugar: Criselli Montipó - Revista Geração Mídia Cooperativa Sustentável 1º Lugar: Elis D´Alessandro - Revista Frimesa 2º Lugar: Almir Trevisan e Sara Ferneda - Jornal C.Vale Telejornalismo 3º Lugar: Lurdes Tirelli Guerra - Jornal Coopavel 1º Lugar: Andressa Missio e Equipe - TV Oeste do Paraná (RPC) Prêmio Especial Ramo Saúde 2º Lugar: Cristiane Costa Guimarães e Equipe TV Edson Honaiser - Rádio Celinauta Iguaçu (Rede Massa/SBT) 3º Lugar: Rosangela Aparecida Servilheire e Equipe Prêmio Especial Ramo Crédito (TV Tarobá/Band) Everton Barbosa - Rádio CBN

VI PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2009 Jornalismo Impresso Radiojornalismo 1º Lugar: Juliana Cristina Sartori - Revista Geração 1º Lugar: Fábio Tomich Buchmann - Rádio CBN Sustentável 2º Lugar: Luciana Peña e Everton Barbosa - Rádio CBN 2º Lugar: Giovane Ferreira, José Rocher e Luana Go- 3º Lugar: Denise de Mello - Rádio Banda B mes - Gazeta do Povo 3º Lugar: Cynthia Calderon - Boletim Informativo Mídia Cooperativa FAEP 1º Lugar: Vanderlei Maciel Camargo - Jornal Coamo 2º Lugar: Almir Trevisan e Sara Ferneda Messias 3º Lugar: Elis D’Alessandro - Revista Frimesa Telejornalismo 1º Lugar: Marilena Chociai - TV Sudoeste - Rede Celi- Prêmio Especial Ramo Saúde nauta de Comunicação Edson Honaiser - Rádio Celinauta 2º Lugar: Priscila Luparelli, Edna de Souza e Luiz Haab - TV Oeste (RPC) Prêmio Especial Ramo Crédito 3º Lugar: Sérgio Mendes - RIC TV Guido Orgis - Jornal Gazeta do Povo

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 19 ESPECIAL

VII PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2010 Jornalismo Impresso Radiojornalismo 1º lugar: Erika Zanon Romeiro - Folha de 1º lugar: Denise de Mello - Rádio Banda B Londrina 2º lugar: Fábio Tomich Buchmann - Rádio CBN 2º lugar: Omar Nasser Filho / Co-autores: Paulo 3º lugar: Edson Honaiser - Rádio Celinauta Ricardo Torres Silveira, Natália Martins Besagio e Ana Cláudia Gambassi - Revista Observatório da Mídia Cooperativa Indústria (Fiep) 1º lugar: Vanderlei Maciel Camargo – Jornal Coamo 3º lugar: Diogo Cavazotti - Folha de Londrina 2º lugar: Sara Ferneda Messias - Revista C.Vale 3º lugar: André Luiz Tottene - Jornal Integrada Telejornalismo 1º lugar: Solange Riuzim - TV Cultura (RPC) Prêmio Especial Ramo Saúde 2º lugar: Rose Machado - RIC TV Marcos Garcia Tosi - Rádio CBN 3º lugar: Marta Ortega Pitta / Co-autores: Alex Fer- nando Magosso e Otávio Henrique Rossi Rede Massa Prêmio Especial Ramo Crédito - TV Tibagi Edison Costa - Jornal Tribuna do Norte - Apucarana

VIII PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2011 Telejornalismo 2º lugar: Rejane Martins Pires - Revista Aldeia de Cascavel 1º lugar: Wilson Kirche - RPC 3º lugar: Ricardo Maia Barbosa - Folha de Londrina 2º lugar: Sérgio Mendes - RIC TV 3º lugar: Marilena Chociai e Equipe - TV Sudoeste - Mídia Cooperativa Rede Celinauta de Comunicação 1º lugar: Sara Ferneda Messias e Almir Trevisan - Re- vista C.Vale Radiojornalismo 2º lugar: Elis D’Alessandro - Revista Frimesa 1º lugar: Denise de Mello - Rádio Banda B 3º lugar: Fernanda Vacari e João Paulo Triches - Re- 2º lugar: Wilson Bibiano Lima - Informativo Coamo vista Copacol 3º lugar: Germano Aparecido de Oliveira / Co-auto- res: Claudenir Honório da Silva e Willian Lara Borges Prêmio Especial Ramo Crédito - Rádio Jornal de Assis Chateaubriand Rose Machado - RIC TV

Jornalismo Impresso Prêmio Especial Ramo Saúde 1º lugar: Rogério Recco - Jornal do Povo de Maringá Edson Honaiser - Rádio Celinauta

IX PRÊMIO OCEPAR DE JORNALISMO – 2012 Telejornalismo 2º Lugar: Leandro Czernaski - Revista do Empresário 1º lugar: Fernando Aparecido Ripoli e 3º Lugar: Ricardo Maia Barbosa - Folha de Londrina Equipe - TV Tibagi – Rede Massa (SBT) 2º Lugar: Ari Inácio de Lima e Equipe - TV Mídia Cooperativa Sudoeste – Rede Celinauta de Comunicação 1º Lugar: Fernanda Vacari e João Paulo Triches - Re- 3º Lugar: Sérgio Mendes e Equipe - RIC TV vista Copacol 2º Lugar: Pedro Henrique Teixeira Crusiol e André Luiz Radiojornalismo Tottene - Revista Integrada 1º Lugar: Denise de Mello - Rádio Banda B 3º Lugar: Sara Ferneda Messias/ Almir Trevisan e Re- 2º Lugar: Edson Honaiser - Rádio Celinauta AM nan Tadeu Martins - Revista C.Vale 3º Lugar: Everton Barbosa - Rádio CBN Prêmio Especial Crédito Jornalismo Impresso Marilena Chociai - TV Sudoeste – Rede Celinauta de 1º Lugar: Norberto Staviski - Revista Globo Rural Comunicação

20 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Foto: Arquivo Ocepar Profissional de referência

Na opinião do jornalista Nor- vas. Hoje, a maioria dos veículos é o privilégio de acompanhar a trans- berto Staviski, que conquistou o pautada pelo acaso e o factual, e formação do produtor em gestor Prêmio Ocepar em 2012, na cate- os prêmios incentivam reportagens rural, com o apoio das cooperativas, goria Jornalismo Impresso, vencer mais elaboradas aprofundadas”, do Sescoop (Serviço Nacional de um concurso jornalístico torna-se conclui. Aprendizagem do Cooperativismo), um referencial para o trabalho dos Na opinião do diretor pre- que impulsionou a capacitação dos profissionais. “São importantes (os sidente da Rede Celinauta de Co- jovens e a preparação da sucessão prêmios) para o currículo e carreira municação, sediada em Pato Bran- familiar”, relata o jornalista Sérgio do jornalista. Os veículos de comu- co, Clésio Tadeu Wiggers, grupo Mendes, oito vezes entre os vence- nicação são muito parecidos, é cada que já conquistou diversos troféus dores do Prêmio. vez mais difícil ocorrer um “furo” de do Prêmio Ocepar, estar entre os Segundo a jornalista Rose reportagem (quando uma informa- principais vencedores é motivo Machado, a cada ano aumentam ção é noticiada com exclusividade). de orgulho para todos os profis- os desafios para quem participa do As premiações valorizam quem faz sionais. “Vemos como um grande concurso. “A concorrência está cada um trabalho diferenciado, com um desafio anual para nossa equipe vez maior, com nomes importantes texto mais elaborado, mais fontes, de profissionais, os quais, tem se do jornalismo disputando o Prêmio pesquisa e apuração. Além de in- esmerado para participar com Ocepar. Isso faz com que tenhamos centivar a qualidade, os prêmios trabalhos de qualidade, dentro de cada vez mais esmero na realização também têm o papel de revelar no- critérios jornalísticos e com ética. dos trabalhos que inscreveremos”, vos talentos”, analisa. Sabemos que o Prêmio Ocepar é afirma. Rose venceu três vezes o Para a jornalista Denise de hoje um título que engrandece concurso. “O mais importante do Mello, três vezes vencedora do não só o profissional, mas também que o Prêmio são as histórias das Prêmio Ocepar na categoria Radio- as empresas jornalísticas onde eles pessoas que fazem a diferença no jornalismo, a premiação dá visibili- atuam”, destaca. dia a dia, no trabalho no campo, na dade aos jornalistas. “É um reconhe- Evolução - “A cada maté- ação cooperativista e no desenvol- cimento ao esforço e trabalho dos ria que inscrevi ao Prêmio Ocepar vimento do Paraná. Sinto-me muito profissionais e também traz, para o constatei a evolução do cooperati- orgulhosa de participar e já ter ven- público, principalmente das cidades vismo, sua força nos mais variados cido o Prêmio Ocepar de Jornalis- maiores, a realidade das cooperati- ramos da economia. No campo, tive mo”, conclui.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 21 EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA Fotos: Ricardo Rossi/Ocepar Ricardo Fotos:

A partir da esquerda: Marcos Alexandre Schwingel (Fundação Sicredi), Mara Rúbia (Sescoop Nacional), Fabianne Ratzke (Sescoop/ PR), Rejane Farias de Andrade (Central Sicredi), Manfred Dasenbrock (Central Sicredi) e José Roberto Ricken (Sistema Ocepar)

Encontro Interestadual reúne mais de 600 integrantes dos programas Parceria pela Cooperjovem e A União Faz a Vida

cooperação Texto: Marli Vieira

Nos dias 30 e 31 de outubro, tegrantes do programa A União Faz O presidente da Central Sicre- o Sescoop/PR e a Central Sicredi PR/ a Vida, secretários de educação, pro- di PR/SP falou sobre a importância SP promoveram a quarta edição do fessores, assessorias pedagógicas, e da parceria com o Sescoop/PR, e Encontro Interestadual PR/SP do Coo- presidentes e demais representantes destacou o empenho das entida- perjovem e A União Faz a Vida, evento das cooperativas participantes do des em investir em iniciativas que que visa promover a aproximação e a programa Cooperjovem. promovem uma mudança de com- integração entre os participantes dos “Os dois programas eviden- portamento. “O fato do Cooperjo- dois programas, otimizando os esfor- ciam os objetivos do nosso S do co- vem e A União faz a Vida estarem ços em torno da promoção do coo- operativismo”, enfatizou José Roberto juntos novamente em um Encontro perativismo e da . Ambos Ricken. Segundo ele, as iniciativas vão Interestadual é uma demonstração têm como objetivo disseminar a edu- além de trabalhar questões relaciona- clara de que todos nós estamos en- cação cooperativista para estudantes das ao cooperativismo. “O conteúdo gajados para a construção de um de ensino fundamental das escolas foca a construção da cidadania, a di- mundo melhor. A causa em prol da municipais. No Paraná, os dois progra- fusão de valores e da cultura da coo- educação de crianças e adolescentes mas contam com a participação de peração. Essa abordagem humanista nos move e nos estimula a ser apoia- 2.786 educadores e de mais de 40 mil permite que estudantes cresçam dores constantes deste movimento”, alunos, de 426 escolas. com mais consciência do seu papel disse. O encontro reuniu, no peque- no mundo e com mais condições de “Juntos a gente pode fazer no auditório da Escola de Negócios melhorar a qualidade de vida de sua algo mais grandioso”, ressaltou da Universidade Positivo, em Curiti- família”, disse. Ricken destacou ainda Mara Rúbia Lobo, do Sescoop Na- ba, mais de 600 pessoas. Estiveram o empenho dos professores, os quais cional, ao avaliar a parceria entre o presentes o superintendente do Sis- ajudando a melhorar a sociedade bra- Sescoop/PR e a Central Sicredi PR/ tema Ocepar, José Roberto Ricken, sileira. “Vocês estão construindo uma SP. “A participação das cooperati- o presidente da Central Sicredi PR/ obra coletiva que jamais será esque- vas passa a ser muito mais efetiva, SP Manfred Dasenbrock, a analista cida, porque prega a solidariedade e quando elas enxergam o compro- da gerência de Promoção Social do a cooperação para que essas crianças metimento do sistema”, comenta. Sescoop Nacional, Mara Rúbia Lobo, e jovens tenham uma melhor forma- Além disso, completa a analista, a além de presidentes das Sicredis in- ção”, frisou. parceria amplia os esforços em tor-

22 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO no da disseminação dos princípios Programação – Na noite de 5º Prêmio Nacional Professor Coo- e dos valores do cooperativismo. quarta-feira (30/10) também foi re- perjovem. Na sexta-feira (31/10), a “Diante disso eu acredito que a alizado o lançamento da 4.ª edição programação prosseguiu com pa- gente consiga realmente consoli- da Revista Vida Cooperativa, pro- lestra do consultor organizacional dar a organização cooperativista duzida pela Central Sicredi, e a pre- e especialista em desenvolvimento como um instrumento de desen- miação dos finalistas paranaenses humano, Eduardo Shinyashiki. Ele volvimento econômico e de trans- do 7º Prêmio Nacional de Redação falou sobre Educação na Sociedade formação social”, frisou. do Programa Cooperjovem e do do Conhecimento. Criatividade e consciência de preservação

Na imaginação do estudante A criatividade de Filipe em a coordenadora do Cooperjovem Filipe Sepulveda Gouveia (foto), do abordar o tema “A cultura da coo- no Paraná, Fabianne Ratzke. “Esta 4.º ano B, da escola Municipal Dr. Ary peração pela água e pela vida”, ren- premiação, em âmbito estadual, da Cunha Pereira, existe no interior deu ao estudante o primeiro lugar é muito mais que um trabalho ou do Paraná uma cidadezinha cha- na categoria 4.º ao 5.º ano, na etapa projeto de sala de aula. É a compro- mada “Poluilândia”, onde moravam estadual do 7.º Prêmio Nacional de vação da dedicação e comprometi- Ana, Leonardo, Kaiky e o senhor João Redação do Programa Cooperjo- mento de educadores que sonham Furacão. O grande problema de Po- vem. Este ano, os organizadores re- com um mundo melhor para todos luilândia é a poluição do rio Alegria ceberam mais de 60 redações e 30 e fazem a sua parte para trans- que abastece a cidade. E o que fazer projetos das cooperativas parceiras formar esse sonho em realidade”, para ajudá-lo? Os amigos tiveram a do Programa Cooperjovem no Para- completa. ideia de criar uma cooperativa. Con- ná. Os três vencedores de cada uma vidaram os colegas da turma, pais de das categorias foram indicados ao seus amigos, professores e até o se- Prêmio Nacional. nhor João Furacão que jogava todo “Analisando todo o rico ma- o lixo da sua casa no rio. Ana, Kaiky e terial, tanto de alunos quanto de Leonardo ficaram conhecidos como educadores, pudemos notar o a turminha da cooperação, uma tur- quanto os técnicos, nossos coor- minha que não só salvou o rio Ale- denadores do programa nas Coo- gria, mas que proporcionou a todos perativas, se empenham para fazer conscientização e vida saudável na do Cooperjovem uma ação que re- antiga Poluilândia que agora passou almente contagia as pessoas com a se chamar Coopervida. a cultura da cooperação”, comenta

Vencedores – 4o ao 5o ano Vencedores – 6o ao 9o ano Prêmio do Professor - Projetos 1o lugar – Filipe Sepulveda Gouveia 1o lugar – Isabele Ferreira (Colégio (Cooperativa Cocari) Cooperativa Educacional de Foz do 1o lugar – Fabiana Moreno S. Batista /Projeto: Iguaçu) Musicooper (C.Vale) 2o lugar - Kaio Victor Rodrigues da Rosa o (Cooperativa Copagril) 2 lugar - Eduarda Leontino (Colégio 2o lugar – Inês Vogt / Projeto: O Cooperativismo Cooperativa Educacional de Foz do Quebrando Paradigmas (Copagril) 3o lugar – Kayo Henrique Sipp Iguaçu) (Cooperativa Sicoob Oeste/ Instituto 3o lugar – Andreia J. Bach/Projeto: o Sicoob) 3 lugar – Lara Lima de Lara (Cooperativa Cooperando por um Mundo Melhor (Copagril) Educacional da Lapa)

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 23 ENCONTRO DE NÚCLEOS

Evento em Mandaguari reuniu Informações mais de 200 cooperativistas de todo o estado, que discutiram compartilhadas assuntos de interesse do setor Foto: Assessoria Cocari Assessoria Foto:

Lideranças do cooperativismo e secretários de estado conduziram os debates sobre temas relevantes para o setor

Os secretários estaduais da agroecologia e assistência técnica porto, ou seja, a renda do america- Casa Civil, Reinhold Stephanes, e também foram abordados. O secre- no nesse caso é muito maior do que da Agricultura, Norberto Ortigara, tário destacou ainda a importância a renda do brasileiro, porque esse e o presidente da Organização das das cooperativas para o desenvol- custo sai da renda de quem produz, Cooperativas Brasileiras (OCB), Már- vimento. “Nós temos hoje coopera- já que o preço está estabelecido no cio Lopes de Freitas, foram os con- tivas pujantes em todos os ramos, mercado lá na frente”, disse. vidados especiais do Encontro de congregando pessoas e reciclando Stephanes tratou ainda de Núcleos Cooperativos, promovido recursos próprios. É um setor bem rodovias, mostrando a situação pelo Sistema Ocepar, no dia 24 de organizado, com capacidade de das duplicações dos trechos admi- outubro, em Mandaguari, noroeste gestão cada vez mais aperfeiçoada nistrados pelas concessionárias e paranaense. Eles estiveram reunidos e que traz resultados para seus asso- obras de melhorias previstas para com aproximadamente 230 coope- ciados”, afirmou o secretário. serem executadas nas estradas pa- rativistas de todas as regiões do es- Em sua apresentação, o se- ranaenses, por meio de parcerias tado que prestigiaram o evento. cretário da Casa Civil, Reinhold Ste- público-privadas. A construção de Ortigara discorreu sobre as phanes, discorreu sobre os proje- um gasoduto, o modal ferroviário e ações do governo do estado para tos prioritários em andamento no o complexo portuário paranaense o setor agropecuário. Ele falou dos âmbito do executivo estadual, com foram outros assuntos tratados pelo desafios da agricultura paranaense, enfoque especial para a área de in- secretário. ações e recursos destinados ao ma- fraestrutura. Ele apontou as dificul- Sistema OCB – O presiden- nejo de solos e água no meio rural dades enfrentadas atualmente pelo te do Sistema OCB, Márcio Lopes e programas como o Pró-Rural, Pa- setor agropecuário no escoamento de Freitas, apresentou detalhes do trulha do Campo, Fundo de Aval, Se- da produção. “O Brasil gasta três ve- novo modelo de governança ado- guro Rural e Morar Bem Paraná. Te- zes mais do que os Estados Unidos tado pela OCB que contempla uma mas ligados à defesa agropecuária, no caminho entre a porteira até o superintendência unificada. “Além

24 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO dos com apoio do Sescoop/PR. “No ramo crédito, os ativos das nossas cooperativas somam R$ 15 bilhões e já são mais de R$ 5 bilhões de

Fotos: Assessoria Cocari Assessoria Fotos: aplicações. No ramo saúde, o setor congrega dois milhões de usuários. Também estamos desenvolvendo um trabalho forte no ramo trans- porte e em outros setores”. Desafio –Segundo Koslovski, o principal desafio agora é avançar na preparação dos líderes que estão à frente das cooperativas. “Nos próximos três anos, queremos implantar um pro- grama de certificação de dirigentes. É uma iniciativa importante que deve proporcionar maior segurança em re- O secretário estadual da Casa Civil, Reinhold Stephanes, lação à gestão”, completou. apresentou os projetos prioritários do governo do estado Cocari - O presidente da Co- disso, a nova diretoria é composta Apesar disso, o setor deve alcan- cari, cooperativa anfitriã do evento, por um representante de cada re- çar nesse ano movimentação eco- Vilmar Sebold, apresentou a dire- gião. Com isso, é possível elaborar nômica de R$ 45 bilhões”. O pre- toria e os diretores conselheiros, projetos de acordo com as neces- sidente da Ocepar ressaltou que conselheiros fiscais, representantes sidades e particularidades de cada a infraestrutura representa uma da Comissão Central, da Liderança unidade estadual, bem como aten- grande preocupação para o setor. Jovem e alunos de MBA em Gestão der, de maneira especial, a cada es- “Está havendo um aumento na mo- de Cooperativas, que está sendo re- tado brasileiro”, frisou. Ele destacou vimentação de cargas, como grãos, alizado pelo Sescoop e FGV. “Temos ainda o trabalho de recomposição o que exige uma infraestrutura me- aqui quatro gerações e a definição dos conselhos consultivos nacionais lhor. As ações nesse sentido estão sempre é soberana dos associados, de cada ramo do cooperativismo. muito lentas”. por isso temos a responsabilidade Esforço – O presidente da Ele lembrou ainda que as de formar sucessores”, disse. Ele fa- Ocepar, João Paulo Koslovski, que cooperativas do Paraná continuam lou ainda de conquistas da Cocari, também faz parte da diretoria da investindo na formação de pessoas, que beneficiaram outras coopera- OCB, destacou o esforço que o Sis- sendo que este ano devem ser con- tivas, produtores e prestadores de tema OCB vem realizando na for- tabilizados seis mil cursos realiza- serviços do Paraná e do Brasil. matação de um planejamento es- tratégico com foco nas demandas regionais, na organização e profis- sionalização da entidade e no forta- lecimento dos ramos por meio dos conselhos especializados. “Estamos notando ainda um maior compro- metimento das organizações esta- duais em apoio às ações nacionais e participação ativa dos colaborado- res dos estados. Os resultados são visíveis e palpáveis”, afirmou. Em relação aos resultados obtidos pelo cooperativismo no Paraná, Koslovski disse que foi mais um ano positivo, apesar da retração dos preços agrícolas. “Houve uma quebra de safra que prejudicou o faturamento das cooperativas. Evento promoveu a integração de cooperativistas de todas as regiões do Paraná

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 25 SISTEMA OCB Pessoas no Texto: Daniela Lemke centro da estratégia Novo planejamento, que será concluído em 2014 e implantado em 2015, prioriza as demandas das unidades estaduais de acordo com o planejamento estratégico de cada instituição

O fortalecimento de uma ges- ais, em sintonia com as cooperativas nejamento Estratégico conta com tão cada vez mais sistêmica e parti- – todos comprometidos para que o os fóruns regionais de Presidentes, cipativa é a grande meta do Sistema cooperativismo brasileiro continue Superintendentes e Dirigentes do OCB, para atender os mais de 33 mi- crescendo e conquistando seu espa- Sistema OCB. É um órgão consultivo lhões de pessoas beneficiadas direta ço”, resume o presidente do Sistema de contribuição, orientação, integra- ou indiretamente, pelo movimento OCB, Márcio Lopes de Freitas. ção e de relacionamento institucio- cooperativista. Nestes últimos anos, O fortalecimento da visão sis- nal entre dirigentes e executivos do o cooperativismo brasileiro alcançou têmica contou com a constituição Sistema OCB. “Mais do que nunca é uma boa reputação e, no meio desse de uma diretoria executiva única para o momento de desenvolver e com- caminho, a instituição parou para re- as três instituições que compõem o partilhar estratégias, competências, pensar o seu planejamento estratégi- Sistema OCB. Ela é composta por um conhecimentos e tecnologias. Que- co. Este ano, um novo modelo come- presidente e um superintendente, remos promover a troca de experi- çou a ser construído e inclui, em um além da criação das duas gerências ências proativas e aproveitar essas único planejamento, a Organização gerais (OCB e Sescoop). “Nosso obje- boas práticas para prosseguirmos no das Cooperativas Brasileiras (OCB), tivo é garantir uma participação ain- caminho do desenvolvimento”, des- Serviço Nacional de Aprendizagem da mais ativa em todos os processos, taca Freitas. do Cooperativismo (Sescoop), Con- acompanhando de perto as deman- Agenda – Em outubro, a cida- federação Nacional das Cooperativas das e evoluções de cada ramo do co- de de Rio Branco (AC) sediou no dia (CNCoop). operativismo”. 16, a terceira rodada do Fórum Regio- O trabalho será concluído em O plano de trabalho da For- nal Região Norte. Dia 13/11, foi a vez 2014 e implantado em 2015. A partir mulação Estratégica é pautado em da região Sul reunir seus estados, na de agora todas as metas e ações são sete pilares principais: austeridade, cidade de Porto Alegre (RS) . No dia definidas por meio de um amplo pro- objetividade, tempestividade, comu- 25/11 acontece o Fórum da Região cesso participativo composto por fó- nicação, transparência, foco em re- Sudeste, em São Paulo (SP); no dia runs regionais e nacionais, unificação sultados e mensuração. Esses valores 27/11 reúnem-se os estados da re- das superintendências, reorientação são perseguidos por todos na Casa do gião Centro-Oeste, em Cuiabá (MT) de gerências e foco em resultados. Cooperativismo e em todo o Sistema. e, finalmente, o Nordeste promove o “Nosso desafio é trabalhar em con- Fóruns - Para elencar as de- seu encontro, no dia 11 de dezembro, junto – unidades nacional e estadu- mandas pontuais dos estados o Pla- em Salvador (BA). Foto: Andrea Marnière Andrea Foto:

Da direita para a esquerda: os diretores da OCB Petrucio Magalhães Junior (AM), João Nicédio Nogueira (CE) e Celso Regis (MS), Márcio Lopes de Freitas (presidente do Sistema OCB), Edivaldo Del Grande (SP) e João Paulo Koslovski (PR), ambos integrantes da diretoria da OCB

26 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 27 SESCOOP/PR Foto: Foto: Almir Trevisan

Maria da Assunção de Lima conta, cooperada da C.Vale, 121 treinamentos em 13 anos de cooperativismo

Abrindo as portas Texto: Marli Vieira e do conhecimento Sara Ferneda Messias/C.Vale Investimento em capital humano é um dos diferenciais do cooperativismo; somente em 2013, recursos aplicados em ações de capacitação e promoção social irão totalizar R$ 19,8 milhões no Paraná

Uma infância humilde mar- lho, o seu maior sonho era trabalhar A realização de um sonho - cou a vida de Maria da Assunção num mercado que tivesse muita co- A determinação, movida pelo sonho, de Lima, de 48 anos. A escola era mida, principalmente, doce. trouxe em 1999, o casal para Fran- uma utopia, um sonho distante Este era o cenário da vida de cisco Alves (PR). A entrada no aba- para quem morava na área rural, no Assunção, sem muitas perspectivas. tedouro de aves da C.Vale foi uma interior do município de Santa do Mas sua vida tomou um novo rumo questão de tempo. “15 de março de Ipanema, em Alagoas, no Nordeste quando, já adulta, mudou-se com o 2000. Essa é a data mais importante do Brasil. Aos seis anos, já ajudava marido, o mecânico Renato Soares na minha vida. Foi a partir desse dia a família na lida do campo. Sétima da Silva, para Marabá, no Pará (PA). que, de fato, a minha vida começou”, filha de uma família de dez irmãos, Lá conseguiu trabalhar num merca- fala orgulhosa. Mas a realização do Assunção perdeu a mãe aos 10 anos do com “fartura de comida” e cartei- sonho de menina, o de ler e escrever, de idade. O pai, dentro dos recursos ra assinada. Mas o início não foi tão só começou a tomar forma quando que dispunha na época, conseguia fácil. “Naquela época não tinha di- ingressou no Programa de Alfabe- garantir as principais refeições da nheiro nem pra comprar um balde tização de Jovens e Adultos, dentro família à base de farinha e feijão. Na e uma bacia pra lavar roupa, e hoje, do abatedouro da cooperativa. pureza de uma criança, que brinca- graças a C.Vale, eu tenho casa e car- Como boa aluna, de segun- va com boneca de sabugo de mi- ro”, comenta com a voz embargada. da a quinta-feira, das 19h15 até às

28 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO em funções da cooperativa (geren- cial, corpo técnico, executivos, dire- toria, etc.), entre outros projetos que visam o desenvolvimento profissio- nal e pessoal. Na área de promoção social, o Sescoop/PR desenvolve ativida- des voltadas à formação de lide- ranças femininas e jovens, além do Programa Cooperjovem, destinado a fomentar os ideais cooperativis- tas no ambiente escolar. Há ainda o Jovem Aprendiz Cooperativo, que contempla o público de 14 a 24 anos, com aprendizagem e inserção no mercado de trabalho, e o Inter- câmbio Cultural entre Cooperativas, destinado a promover a intercoope- ração e valorizar os talentos artísti- 22h15, Assunção trocava os ins- é o nosso bem mais importante. É cos das cooperativas. trumentos de trabalho por cader- um trabalho feito pelo Sescoop/PR, Na avaliação do gerente de nos, apostilas, lápis e borracha, e ia com apoio das cooperativas e par- Desenvolvimento Humano do Ses- para os estudos. Esta foi sua rotina ceria com as principais instituições coop/PR, Leonardo Boesche, o S do até realizar o seu sonho de criança: de ensino superior”, afirma o presi- cooperativismo vem cumprindo aprender a ler e escrever. Além dis- dente do Sistema Ocepar, João Pau- com êxito o seu papel que é pro- so, começou a participar de cursos lo Koslovski. mover o desenvolvimento do setor e treinamentos de capacitação, ofe- Segundo ele, o Sescoop/PR de forma integrada e sustentável, recidos pela C.Vale, com o apoio do deve fechar 2013 com um total R$ por meio da formação profissional, Sescoop/PR – Serviço Nacional de 19,8 milhões investidos em ações da promoção social e do monito- Aprendizagem do Cooperativismo, de formação profissional e pro- ramento das cooperativas, respei- o S do cooperativismo. Em 13 anos moção social. “Serão mais de 6 mil tando as diversidades, contribuindo de trabalho na C.Vale, foram nada eventos realizados, abrangendo um para a competitividade e melho- menos do que 121 treinamentos. O total de 40 mil participantes e tota- rando a qualidade de vida dos co- resultado do seu esforço foi além da lizando 85 mil horas/aula”, destaca. operados, empregados e familiares. realização do seu sonho. A criança Em 14 anos de atuação no Paraná, o “Além de qualificar o capital huma- pobre nascida no sertão alagoano e Sescoop já investiu mais de R$ 116,5 no para enfrentar os avanços velo- que começou no chão de fábrica, milhões em ações de capacitação zes que vêm ocorrendo no mundo, na seção de miúdos da cooperativa, e promoção social, contabilizando, o conhecimento proporcionado hoje trabalha na linha de eviscera- nesse período, 37.431 eventos reali- tem contribuindo para a profissio- ção, e em sua trajetória na coope- zados no estado, com 1,1 milhão de nalização da gestão”, enfantiza. rativa já chegou a comandar uma participantes. equipe de 14 mulheres. “Estou há O Sistema S do cooperativis- quase 14 anos na C.Vale. Se depen- mo foi implantado em 1999, com o der de mim, quero me aposentar objetivo de ser a base do processo O Sescoop/PR em 2013 aqui. A C.Vale é minha família”, fala de qualificação de pessoas e melho- orgulhosa. ria na prestação de serviço. As ações 6.275 eventos Investir em pessoas - “A pre- abrangem treinamentos, cursos de ocupação com a capacitação das curta e longa duração, cursos de 85.027 horas/aula pessoas, o crescimento profissional, graduação e pós graduação, pales- 39.437 participantes a melhoria de renda e, consequen- tras, workshops, encontros técnicos, temente, da qualidade de vida é o fóruns especializados na mais diver- 167.090 participações grande diferencial do cooperati- sas áreas (meio ambiente, jurídico, R$ 19,8 mi investimentos vismo do Paraná. Temos investido contábil, transporte, crédito, etc.), fortemente no capital humano, que formação nas mais diversas áreas e

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 29 INFRAESTRUTURA O futuro do Porto de Paranaguá

Paranaenses se mobilizam com o objetivo de aprimorar a proposta de Texto: Lucia Massae Suzukawa arrendamento do governo federal

Desde que foi anunciado, em Curitiba, que pretende arrendar a ministra-chefe da Casa Civil, Glei- no final de setembro, o segundo dez áreas do Porto de Paranaguá, si Hoffmann, no dia 10 de outubro, bloco de arrendamento portuário com previsão de R$ 2,6 bilhões quando lideranças paranaenses dis- do governo federal, que abrange em investimentos até 2019. Uma cutiram temas relacionados ao pro- o Porto de Paranaguá, tem estado audiência pública para debater a cesso de arrendamento portuário no foco de discussões técnicas, vi- proposta foi realizada pela Agência e entregaram um documento com sando o aprimoramento das me- Nacional de Transportes Aquaviá- propostas de ajustes ao processo didas planejadas inicialmente para rios (Antaq), no dia 21 de setembro, licitatório de arrendamento do go- o porto paranaense. A Ocepar e em Paranaguá, com a participação verno federal. demais entidades que integram o de 600 pessoas, entre elas o supe- Além da Ocepar, fazem parte G7 (grupo que reúne as federações rintendente adjunto da Ocepar, do grupo de trabalho representan- representativas do setor produtivo Nelson Costa, o diretor Jorge Karl, tes da Faep (Federação da Agri- paranaense) e Fórum Permanente o analista Gilson Martins e repre- cultura do Estado do Paraná), Fiep Futuro 10 Paraná, além do governo sentantes das cooperativas Coamo, (Federação da Indústria do Paraná), do Estado, estão mobilizadas para Agrária e Coonagro. Fetranspar (Federação das Empre- promover melhorias no plano do Sugestões sobre as regras do sas de Transporte de Cargas do Es- governo federal. A expectativa é de processo licitatório e as principais tado do Paraná), Administração dos que as propostas do Paraná sejam obrigações e direitos das futuras Portos de Paranaguá e Antonina incorporadas ao edital de licitação, arrendatárias também puderam ser (Appa), SEP (Secretaria Especial dos que deverá ser publicado na segun- encaminhadas por meio do site da Portos) e Antaq (Agência Nacional da quinzena de dezembro. Já a lici- Antaq durante a consulta pública, de Transportes Aquaviários), que tação está prevista para a segunda que ficou aberta de 30 de setembro passaram a se reunir para analisar quinzena de janeiro de 2014. até 25 de outubro. a viabilidade das sugestões apre- A Secretaria de Portos (SEP) Além disso, um grupo de tra- sentadas pelo setor produtivo pa- anunciou, no dia 27 de setembro, balho foi criado após reunião com ranaense.

Lideranças paranaenses estiveram com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir a proposta de arrendamento do porto paranaense. Também participaram da reunião, o ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira, o ministro-chefe da AGU, Luiz 30 OUTUBROInácio Adams, 2013 • PARANÁ e o diretor COOPERATIVO da Antaq, Mario Povia A produção de milhares de agricultores paranaenses é escoada atualmente Foto: Assessoria Coamo pelos terminais mantidos pelas cooperativas Cotriguaçu e Coamo, em Paranaguá Tratamento diferenciado O cooperativismo paranaen- tos com estrutura própria”, afirmou o tem como sócias a C.Vale, a Coopavel, se defende que o setor tenha trata- presidente do Sistema Ocepar, João a Copacol e a Lar, inaugurou novas mento diferenciado no processo de Paulo Koslovski. instalações no local. A Cotriguaçu in- arrendamento dos terminais do Porto “É uma posição que representa vestiu R$ 30 milhões para ampliar a de Paranaguá, propiciando condições milhares de agricultores ligados às co- capacidade do sistema de armazena- adequadas às cooperativas, de acor- operativas que são, ao mesmo tempo, gem, que passou de 150 mil para 210 do com as suas especificidades. “As sócios, donos e usuários do empreen- mil toneladas de grãos, e também em cooperativas têm dois terminais em dimento”, disse ainda. “O que nós es- melhorias na área de descarga e mo- funcionamento no porto e nós gos- peramos é que haja maior agilidade dernização do sistema administrativo. taríamos que elas não precisassem no processo para ampliar a capacida- Já a Coamo inaugurou sua participar das licitações que deverão de de embarque e estocagem, além estrutura portuária em Paranaguá ser realizadas pelo governo federal, de melhoria na estrutura existente no em dezembro de 1990. Fundada em porque elas são entidades sem fins Porto de Paranaguá para reduzir os 1970, conta com a participação direta lucrativos. Além disso, há interesse de custos operacionais”, acrescentou. de mais de 25.800 associados. O ter- novas cooperativas escoarem seus Presença - As cooperativas es- minal operado pela Coamo no Porto produtos por meio de Paranaguá, o tão presentes no Porto de Paranaguá de Paranaguá responde pela maior que poderá dar condições para re- desde 1977, quando a Cotriguaçu parte das exportações de grãos da duzir os custos para os cooperados, iniciou as operações de seu terminal. cooperativa, chegando a 3,5 milhões viabilizando o transporte dos produ- Em 2012, a cooperativa central, que de toneladas por ano.

Linha do tempo A proposta de arrendamento do passou a vigorar no Brasil a partir no 8.033, de 27 de junho de 2013. Porto de Paranaguá é consequência da publicação da Lei no 12.815, de Confira abaixo, os principais fatos que do novo marco regulatório, que 05 de junho de 2013, e do Decreto desencadearam esse processo.

06/12/2012 16/05/2013 27/06/2013 30/09/2013 25/10/2013 2a quinzena Editada a Medida Aprovação Publicação do Abertura da consulta Encerramento de janeiro Provisória no 595/2012, da MP Decreto Federal pública do segundo da consulta de 2014 a MP dos Portos, 595/2012 no no 8.033/2013, bloco de arrendamento, pública do Abertura da estabelecendo Congresso regulamentando do qual o Porto de segundo bloco licitação do novos critérios Nacional a Lei dos Portos Paranaguá faz parte segundo bloco para a exploração e arrendamento (por 05/06/2013 07/08/2013 2a quinzena meio de contratos de Sancionada Anúncio da consulta 21/10/2013 de dezembro cessão para uso) para a Lei Federal pública do primeiro Audiência de 2013 a iniciativa privada no 12.815, bloco de arrendamento pública sobre o Publicação de terminais de conhecida de nove áreas do Porto segundo bloco, em do edital de movimentação de carga como a Lei de Santos e de 20 áreas Paranaguá, com licitação do em portos públicos dos Portos de portos do Pará 600 participantes segundo bloco

2012 2013 2014

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 31 SEBRAE Foto: Gilson Abreu/AEN

À frente do Paraná aparece São Paulo, líder com a contratação líquida de empregos pelas micro e pequenas empresas, registrando, em agosto, saldo de 43.860 mil postos de trabalho

Estudo mostra que 92% dos postos de trabalho Pequenos negócios criados em agosto no Paraná foram nas empregam mais pequenas empresas O Paraná é o segundo no com 2.595 mil novas vagas, e a cons- “Os pequenos negócios são ranking de geração de empregos trução civil, com 1.102 postos de um dos segmentos que mais movi- em micro e pequenas empresas, de trabalho. Outro dado que se destaca mentam a economia. Respondem acordo com dados analisados pelo é o incremento de 17% na geração em média por 60% do total de em- Sebrae Nacional, com base num es- de empregos nas micro e pequenas pregos com carteira assinada, geram tudo do Cadastro Geral de Emprega- empresas instaladas no Paraná, na renda e dão dinamismo às cidades. dos e Desempregados (Caged), órgão comparação entre agosto deste ano O empreendedorismo também está vinculado ao Ministério do Trabalho e com o mesmo período do ano pas- fortemente presente no campo, com Emprego (MTE). De um total de 12.259 sado, quando foram abertos 9.620 agroindústrias cada vez mais profissio- mil novos postos de trabalho no esta- novos postos de trabalho. nalizadas”, destaca Tioqueta. do no mês de agosto, 92%, ou seja Força – A boa notícia para os A empresa MD Foods, insta- 11.307 foram criados por pequenos paranaenses chegou às vésperas do lada em Ponta Grossa, foi um dos negócios. À frente do Paraná aparece Dia Nacional das Micro e Pequenas negócios paranaenses que ajudou a São Paulo, líder com a contratação Empresas, comemorado no dia 5 de incrementar os números da geração líquida de empregos pelas micro e outubro, em todo o país. A data foi de empregos nas micros e pequenas pequenas empresas, registrando, no instituída simbolicamente, em co- empresas ao longo de 2013. “Somente mesmo mês, um saldo de 43.860 mil memoração ao início da vigência do neste ano, foram abertos quatro novos postos de trabalho. O primeiro Estatuto Nacional da Micro- postos de trabalho e a expectativa para assumiu o terceiro lugar, seguido pelo empresa e Empresa de Pequeno Por- 2014 é de abrir novas oportunidades”, Rio Grande do Sul. te, em 5 de outubro de 1999. Desde conta a empresária Eclair Medeiros. A O estudo aponta ainda o se- 2006, vigora no país um novo Esta- produção da MD Foods atende as re- tor de serviços como líder das con- tuto, também conhecido como Lei des supermercadistas do Paraná, Rio tratações no estado. Foram 3.789 Geral da Micro e Pequena Empresa. Grande do Sul e Santa Catarina. “Quere- postos de trabalho, o que significa “Os empregos gerados pelos peque- mos expandir nossa atuação para São 33% do total de empregos gerados nos negócios mostram a força do Paulo. Não descartamos a possibilidade pelos pequenos negócios. Em segui- empreendedorismo”, afirma o diretor- de contratar mais funcionários no pró- da, aparece o comércio, com 3.598 -superintendente do Sebrae/PR, Vitor ximo ano, bem como adquirir novos vagas, a indústria de transformação, Roberto Tioqueta. equipamentos”, projeta Eclair.

32 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO os especialistas em batatinha recomendam: use sempre óleo de soja refinado coamo.

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AfAnOleoVarejo210x280mm.indd 1 09/09/13 18:32 COCAMAR Foto: Assessoria Cocamar Assessoria Foto:

AGE foi realizada no dia 8 de outubro com a presença de 250 cooperados Profissionalizando a gestão Cooperados aprovaram mudança estatutária que vai permitir a adoção de um novo modelo administrativo, a partir de 2014

No último dia 8 de outubro, conduzidos há anos. O projeto foi de 2010. “Essa região já representa uma Assembleia Geral Extraordiná- aperfeiçoado com a experiência 45% do nosso quadro de associa- ria (AGE) realizada no salão social da de outras empresas e, após a fase dos”, justifica. Associação Cocamar, em Maringá, de discussões no âmbito interno, o Outra novidade é a criação noroeste do Paraná, com a partici- assunto foi levado entre o final de do Conselho Consultivo, formado pação de 250 cooperados, promo- julho e início de agosto para ser de- por representantes das unidades e veu uma histórica alteração no Esta- batido em reuniões que a diretoria ligado diretamente ao Conselho de tuto Social da cooperativa que, em organiza a cada seis meses com os Administração. Se tiver até 250 coo- síntese, mudou o perfil da Adminis- produtores associados em suas uni- perados, a unidade será representa- tração, visando profissionalizá-la. dades. da por um cooperado no Conselho Na oportunidade, o presiden- De acordo com o que foi Consultivo; até 450, por dois; acima te Luiz Lourenço explicou que as aprovado na AGE, a partir da Assem- de 450, por três. modificações têm a finalidade de bleia Geral Ordinária (AGO) prevista Também subordinada ao assegurar a perpetuidade da corpo- para o início de 2014, o Conselho Conselho de Administração, a Di- ração, evitando que pessoas sem o de Administração vai contar com 15 retoria Executiva vai ser constituída necessário preparo cheguem a car- ao invés de 12 integrantes, eleitos por profissionais não eleitos, mas gos executivos e acabem colocan- pela AGO para mandatos de qua- contratados, contando com um do as estruturas em risco. “Estamos tro anos, ficando sob a presidência presidente, um vice-presidente e tomando esse cuidado porque a de Luiz Lourenço. O Conselho terá, um vice-presidente de Negócios. administração de uma cooperativa também, um vice-presidente. Abaixo da Diretoria Exe- como a Cocamar, por ser bastante Lourenço destaca que o Con- cutiva, a estrutura de gestão da complexa, exige especialização”, selho de Administração passa a ser Cocamar é completada por três acrescenta. integrado, a partir de 2014, também superintendências: de Operações, Lourenço revela que estu- por representantes da região de de Negócios, e Administrativa e Fi- dos nesse sentido vinham sendo Londrina, onde a Cocamar atua des- nanceira.

34 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO ANIVERSÁRIO Do sonho à realidade

Comemoração de aniversário da Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP homenageou os seus pioneiros Texto: Lucia Massae Suzukawa que, há 25 anos, acreditaram ser possível ter uma e Claudia Bonatti alternativa ao sistema financeiro tradicional

A Sicredi Vale do Piquiri ABCD em São Paulo. Na última reunião da Koslovski lembrou também PR/SP completou no mês de outu- rodada, em Palotina, uma parte do que muitos desafios foram enfren- bro 25 anos de fundação. Em sua evento foi reservada para homena- tados desde a criação, na década trajetória, construiu uma base forte, gear os 35 associados responsáveis de 1980, do Comitê para a consti- fundamentada no sonho dos pio- pela fundação da Credicoopervale, tuição das cooperativas de crédito. neiros em obter uma alternativa ao em 1988. De acordo ele, a ideia era montar sistema financeiro que, na época, Na ocasião, o presidente do uma estratégia para que o setor ti- não conseguia atender a demanda Sistema Ocepar, João Paulo Koslo- vesse condições de competir com dos produtores na região e também vski, ressaltou a importância de par- conglomerados e vencer obstácu- tinha precariedade no atendimento ticipar dessa celebração. “É muito los junto ao Banco Central. “Mudar nacional. Para comemorar as bodas significativo para nós, que fazemos normas ou resoluções é compli- de prata, foram realizadas 30 reuni- parte do cooperativismo do Paraná cado e isso foi vencido com mui- ões de prestação de contas e alusi- e como representantes do setor no ta determinação por uma gama vas aos 25 anos. Estado, participar da homenagem muito grande de pessoas que tra- Os eventos encerraram em pelos 25 anos de uma cooperativa balham no cooperativismo de cré- Palotina, no dia 08 de outubro, data de crédito como essa. Quem ima- dito e na área de representação do de fundação da cooperativa, e reu- ginaria que hoje a gente pudesse setor. Foram grandes os desafios, niram, entre os meses de agosto e comemorar aqui mais de R$ 700 mi- mas felizmente todos superados. outubro, mais de 13 mil pessoas, lhões de ativos dessa Sicredi, uma Novos virão e, com certeza, serão entre convidados e associados. As carteira superior a R$ 500 milhões enfrentados com determinação.”, diversas reuniões facilitaram a par- e mais de 400 colaboradores. Isso ressaltou. ticipação dos associados, de todas ocorreu pela determinação, ousadia Agradecimento – “Por isso, as unidades da área de atuação da e vontade de fazer acontecer dos Basso (Jaime Basso, presidente do cooperativa no Paraná e também pioneiros”, afirmou. Sicredi Vale do Piquiri), quero, em nome do Sistema Ocepar, em pri- meiro lugar, agradecer a vocês pelo cooperativismo sério e responsável que praticam, voltado a defender os interesses dos cooperados. Tam- bém, parabenizo pela organização de vocês, que têm um presidente como o Manfred Dasenbrock. Que- Foto: Assessoria Sicredi/Vale do Piquiri Sicredi/Vale Assessoria Foto: ro ainda parabenizar os diretores e colaboradores do Sicredi, porque são eles que fazem acontecer a vontade dos cooperados. E para- benizar a todos os cooperados, especialmente os pioneiros que, com determinação e valentia, constituíram essa cooperativa que é orgulho para o cooperativismo de crédito do Paraná e do Brasil”, Associados têm expressiva participação na reunião comemorativa completou Koslovski.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 35 WINTERSHOW 2013

Evento teve cerca de 4 mil visitantes, que puderam Inovação e desfrutar de maior comodidade e conferir recorde de público novidades na programação

Entre as novidades da edi- referência nacional em culturas de ção 2013, estiveram o aumento de inverno”, acrescentou. dois para três dias de WinterShow Em 2012, cerca de 2.200 pes- e a cobertura sobre as ruas, a fim soas estiveram presentes nos dois

Foto: Assessoria Agrária Assessoria Foto: de proteger os visitantes de sol e dias de evento. O aumento de pú- chuva. A “Boutique Agrária” comer- blico, superando os 3.100 visitantes cializou produtos com logotipo da entre o primeiro e o segundo dia cooperativa, com renda revertida ao desta edição, foi outro indicador de Hospital Semmelweis, localizado na sucesso do formato atual, destacou Colônia Vitória. E a assessoria de im- Karl. “As exigências dos nossos clien- prensa foi realizada em parceria en- tes crescem e nós temos que nos tre a Agrária e a Unicentro (Univer- adequar a isso. E o WinterShow traz sidade Estadual do Centro-Oeste), essa a conexão entre fornecedores, Na vitrine tecnológica a céu aberto, visitantes a qual também originou o Prêmio produtores e clientes”, avaliou. puderam conferir as últimas novidades Franz Jaster de Comunicação, que Ao todo, foram mais de seis relacionadas às culturas de inverno premiará as melhores reportagens meses de preparativos, desde contato Todas as expectativas fo- sobre o WinterShow 2013. com parceiros, preparação das vitrines ram superadas no WinterShow Outra inovação foi o terceiro tecnológicas, plano de divulgação e 2013, promovido pela Cooperativa dia dedicado ao balcão de negócios, definição do programa. Após três dias, Agrária. Com recorde de público e possibilitando aos produtores testar o WinterShow manteve seu propósito em quantidade de empresas ex- equipamentos agrícolas. A presença de ser referência e maior evento relati- positoras, a décima edição trouxe de instituições financeiras facilitou vo a cereais de inverno do Brasil. inovações tecnológicas, melhoria as negociações. “O WinterShow O WinterShow 2013 foi reali- na estrutura e programação incre- cresceu muito nos últimos anos e, zado em Guarapuava (PR), no Dis- mentada. Entre os dias 16 e 18 de principalmente, nesta edição. Rece- trito de Entre Rios, e contou com o outubro, cerca de 4.000 pessoas vi- bemos visitantes de outros estados patrocínio ouro do Banco do Brasil, sitaram o evento, que contou com e até do exterior”, explicou o diretor além de três patrocinadores prata: a 63 estandes. presidente da Agrária, Jorge Karl. Caixa Econômica Federal, a UPL e o As palestras técnicas dos “O evento, cada vez mais, se torna Sindicato Rural de Guarapuava. pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecu- ária), bem como de convidados nacionais e do exterior difundiram novidades relativas a cereais de in- verno. As pesquisas apresentaram, entre outros temas, nova variedade de cevada; comparações sobre o manejo de trigo; resultados da pes- quisa com cultivares de aveia tole- rantes à geada; manejo de doenças e de plantas daninhas; adubação nitrogenada em cereais de inverno e o desempenho dos mecanismos de dosagem de fertilizantes em se- meadoras.

36 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 37 RAMO CRÉDITO

Local próximo ao Colégio Sesi, de Praça ganha Bocaiuva do Sul, é revitalizado por alunos que participaram de ação social apoiada pela Central vida nova Sicredi PR/SP Vinte e cinco alunos do en- A Central Sicredi PR/SP parti- contemplou o conserto dos bancos sino médio do Colégio Sesi, de Bo- cipou como apoiadora da ação, já da praça, a pintura do chafariz, dos caiúva do Sul (PR), mostraram que que o #ChangeBocaiuva surgiu nas brinquedos do parque infantil e das é possível mudar a realidade dos oficinas do programa A União Faz A árvores do entorno. As atividades municípios por meio de ações da Vida, desenvolvido em todo o país foram desenvolvidas pelos alunos comunidade. O projeto #Change- pelas cooperativas de crédito filia- da escola, com apoio de empresas, Bocaiuva, coordenado pelo profes- das ao sistema. Por meio de uma que doaram ou emprestaram diver- sor de Educação Física Cassio Batis- parceria assinada no ano passado sos itens, e da prefeitura da cidade, ta da Silva e por Elves Schweppe, com a Federação das Indústrias do que fez a recuperação dos postes de do Sesi, revitalizou a praça Santo Estado do Paraná (Fiep), as ativida- iluminação e da bomba de água do Antônio, que circunda a igreja da des estão sendo desenvolvidas em chafariz. cidade, com o envolvimento não algumas unidades do Colégio Sesi, “A praça estava um pouco apenas dos estudantes – mas tam- em 11 municípios. abandonada. Como o colégio fica bém de representantes da iniciati- A oficina #ChangeBocaiuva, ali do lado e passamos todos os dias va privada. que é resultado dessa iniciativa, pelo local, nada melhor que esco- lher esse logradouro para realizar a ação social”, argumenta Cassio, que fez questão de parabenizar os alu- nos pelo engajamento ao projeto.

Foto: Assessoria Sicredi Assessoria Foto: Ele lembra que a primeira atividade foi a realização de uma ex- pedição investigativa, que consistiu na observação do espaço e as reais necessidades. E, como gesto sim- bólico da iniciativa, a Oficina fez um mutirão de limpeza nos espaços da praça, fazendo a coleta seletiva do lixo que estava no local. “Ao todo, a turma coletou mais de dez quilos de detritos, incluindo alguns mate- riais exóticos, como um vidro com cobras e aranhas mergulhados em formol, um rato em estado de de- composição, entre outros materiais”, revela o professor. O evento de conclusão do projeto aconteceu no início de ou- tubro e contou com a participação de alunos da escola, além da vice- -prefeita e secretária de Assistência Social de Bocaiúva do Sul, Débora Fonseca, representantes de órgãos públicos e privados e do assessor de comunicação da Central Sicredi PR/ Projeto envolveu 25 alunos do ensino médio que deram vida nova à praça SP, André Alves de Assis.

38 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Foto: Assessoria Sicoob PR Assessoria Foto:

Assembleia Geral Extraordinária do Sicoob Norte PR, no Crystal Palace Hotel, em Londrina, aprovou alterações no Estatuto Social e novo Regulamento Eleitoral Boas práticas de governança

Sicoob Paraná adota Sistema de Representação por Delegados, eleitos por cooperados, que será implantado nas cooperativas com mais de 3 mil associados

Para implantar boas práticas cooperativas singulares que implan- O Sistema Sicoob Paraná de governança corporativa, o Banco tassem o Sistema, naquelas com contará com aproximadamente 700 Central do Brasil recomendou que as mais de três mil associados, com de- delegados em suas cooperativas cooperativas de crédito adotassem, legados representantes de todos os singulares, escolhidos por eleição de forma voluntária, o Sistema de Re- pontos de atendimento. direta pelos cooperados, e que terão presentação por Delegados, sendo Para Marino Delgado, diretor mandato de três anos, com direito à este um conjunto de mecanismos presidente do Sicoob Central Pa- reeleição. Os eleitos têm a obrigação e controles, internos e externos, que raná, a adoção deste Sistema trará de representar os cooperados nas permite aos cooperados definir e as- diversos benefícios para as singu- Assembleias, acatando as necessida- segurar a execução dos objetivos da lares, que terão mais facilidade em des levantadas por eles e passando o cooperativa, garantindo sua conti- reunir os delegados e discutir os resultado das decisões. nuidade e os princípios cooperativis- assuntos da cooperativa de forma O Sistema não limita a parti- tas. Essa é uma prerrogativa que está mais profissional, técnica e que re- cipação dos cooperados em Assem- na Lei nº 6.981/82, que regulamen- verta em benefícios para os coope- bleias de sua cooperativa. “Os coope- tou o artigo 42, da Lei 5.764/71. rados. rados podem comparecer à reunião, Segundo o presidente do A adoção do Sistema de Re- porém, sem direito a voz e voto, já Conselho de Administração do Si- presentação por Delegados começa que serão representados por seu de- coob Paraná, Jefferson Nogaroli, o com a aprovação da alteração do Es- legado”, frisa Delgado. Sistema de Representação por Dele- tatuto Social e do Regulamento Elei- Neste processo, os associados, gados é uma evolução da governan- toral, que deve ocorrer em Assem- pessoas físicas, maiores de 18 anos, ça das cooperativas de crédito em bleia Geral Extraordinária, convocada em dia com as obrigações estatutá- todo o país. “Isso trará uma melhor pelas cooperativas interessadas e rias e que atendam às exigências do capacitação dos delegados que re- com o número mínimo exigido de Estatuto Social podem ser candida- presentam os associados e a adoção cooperados. O Sistema prevê uma tos. Qualquer associado pode parti- de práticas que aumentam a trans- Comissão Eleitoral e Comissão Re- cipar da eleição, desde que esteja em parência e o controle”, completa. cursal, ambas determinadas pelo dia com suas obrigações estatutárias, De sua parte, o Sicoob Central Conselho de Administração da coo- votando no ponto de atendimento Paraná recomendou a todas as suas perativa. no qual está vinculado.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 39 RAMO SAÚDE

Especialistas em economia Em busca de e gestão apontam desafios e possíveis soluções para a saúde sustentabilidade pública e suplementar no Brasil

Se de um lado os pacientes re- de recursos disponibilizados para o clamam da baixa qualidade, das filas, sistema de saúde. demora para conseguir um atendi- Mudar essa situação exige mento, da falta de insumos e medi- uma força tarefa que passa pela par- camentos, do outro lado há médicos ticipação tanto do governo, como insatisfeitos com as condições de tra- do sistema, dos médicos e da po- balho, com a remuneração incompa- pulação para que se consiga uma tível, além de também relatarem falta mudança efetiva. Para André Medici, de insumos, tecnologia apropriada e especialista em economia e gestão condições físicas adequadas nos hos- de saúde, no que se refere aos mé- pitais e postos de saúde. Mas afinal dicos, a contribuição passa por uma quais são os caminhos que as saúdes reorientação da forma como traba- pública e suplementar devem seguir lham nos serviços de saúde. “Do meu para superar tais desafios? ponto de vista, deveriam estar mais Para Marcos Bosi Ferraz, co- atentos a toda a cadeia do cuida- ordenador do Grupo Interdeparta- do, que passa por maior ênfase aos obesidade, tabaco, álcool e sedentaris- mental de Economia da Saúde da temas de promoção e prevenção. mo e contribuindo para cobrar do Go- Universidade Federal de São Paulo Quanto à qualidade, aconselho aper- verno condições de vida adequadas (UNIFESP), tanto a saúde pública feiçoamento e realização de exames nas cidades e melhores condições de quanto a suplementar possuem dois periódicos de recertificação”, orienta. oferta da saúde – não somente curati- grandes desafios: transformar a visão Já a população deveria estar va, mas também preventiva. de apagar incêndio para se ter um inserida em um sistema em que fos- Médicos estrangeiros - Ou- sistema público e suplementar de se melhor informada pelos serviços tra discussão que ganhou destaque médio e longo prazo sustentáveis; sobre questões relativas à sua saúde, na mídia ultimamente foi a contra- e conciliar as expectativas ilimita- buscasse meios para realizar sua auto- tação de médicos estrangeiros para das dos cidadãos no que tange à prevenção em relação a esses proble- suprir a falta de profissionais em al- assistência à saúde com a escassez mas, evitando os fatores de risco como gumas localidades. Ambos profis- sionais entendem que essa medida populista não resolve o problema, já que a questão não é a escassez de profissionais e sim a má-distribuição. De acordo com pesquisa do Conse-

Foto: Banco de Imagens Foto: lho Federal de Medicina de 2013, o Brasil tem dois médicos para cada 1.000 habitantes, o que é similar ao que existe no Canadá e no Japão. Os desafios são grandes e o debate acerca do assunto é amplo. Apesar do cenário complicado, já é possível tomar algumas atitudes como exemplo, tendo sempre em mente que o resultado virá em mé- dio e longo prazo. A sustentabilidade no setor de saúde só será possível se

Falta de condições de trabalho e de insumo, remuneração incompatível, tecnologia todos tiverem consciência de que atrasada e falta de condições físicas adequadas nos hospitais e postos de saúde são pequenas atitudes podem fazer toda alguns dos problemas enfrentados pelos profissionais da área médica a diferença no futuro.

40 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 41 NOTAS E REGISTROS Perspectivas econômicas para 2014

Durante o Fórum, o econo- mista-chefe do Banco Votorantim, Leonardo Sapienza, que também é responsável pelo departamento de Pesquisas Macroeconômicas, falou sobre as perspectivas da economia para 2014, e fez uma retrospectiva do ambiente internacional, desde a crise de 2008/2009. Destacou ainda os fatores de risco para o ambiente doméstico, em função das turbu- lências internacionais, com foco nos principais desafios para o crescimen- to do país, principalmente, aqueles atrelados ao Custo Brasil. Na sequên- cia, o analista de mercado da AgRural, Fernando Muraro, ministrou palestra O que esperar da economia enses. “O Fórum foi uma oportuni- sobre o mercado de soja, milho e tri- mundial e brasileira em 2014? Quais dade para se desenhar os cenários go na safra 2013/14. Ele apresentou a as tendências de mercado para soja, econômicos interno e externo. Tam- conjuntura dos principais países pro- milho e trigo? Estas e outras ques- bém foi um momento em que ana- dutores, as perspectivas de preços, rit- tões foram tratadas durante o Fórum lisamos as principais culturas – soja, mo de comercialização, financeiriza- Financeiro e de Mercado promovido milho e trigo -, e traçamos perspec- ção dos mercados agrícolas, cenários pelo Sistema Ocepar e que reuniu tivas de plantio e comercialização”, para oferta e demanda de alimentos. na sede da entidade, em Curitiba, 60 disse o superintendente do Sistema Muraro também comentou sobre a profissionais das áreas financeiras e Ocepar, José Roberto Ricken (foto), colheita da safra norte-americana e o comercial das cooperativas parana- ao abrir o evento. plantio de grãos no Brasil e Argentina.

Secretárias buscam aperfeiçoamento

Nos dias 10 e 11 de outubro reuniu cerca de 40 profissionais preciso que ela tenha seu espaço foi realizado, na sede do Sistema que atuam em cooperativas do para refletir, trocar experiências e Ocepar, em Curitiba, o Encontro Paraná, que tiveram treinamento se atualizar. Esse é objetivo do En- Estadual de Secretárias. O evento em gramática e língua portugue- contro”, afirmou. O evento iniciou sa, além de palestra sobre neuro- com um treinamento de gramá- marketing pessoal. O gerente de tica e língua portuguesa minis- Desenvolvimento Humano do trado pela professora Íris Gardino, Sescoop/PR, Leonardo Boesche, abordando questões gramaticais, fez a abertura do Encontro, ressal- construção de textos adminis- tando a importância do profissio- trativos, concordância nominal e nal de secretariado. “O Sescoop/ verbal, redação de cartas, comuni- PR busca a atualização constante cados e memorandos, qualidades dos colaboradores das cooperati- de estilo, entre outros. O Encontro vas, em todas as áreas e setores. foi encerrado com a palestra do A secretária tem um papel funda- professor Marcelo Peruzzo sobre mental na cooperativa, por isso é neuromarketing.

42 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Cooperativismo integrado

Representantes do coopera- sistema tão integrado aqui como em tivismo de crédito da Bolívia, Brasil, outros importantes lugares do mun- Chile, Paraguai, Uruguai e Alemanha do. Um exemplo é o próprio Sicredi elogiaram a integração do cooperati- que reúne 100 cooperativas com a vismo do Paraná. Dezesseis coopera- mesma identidade, o que deixa as tivistas do Cone Sul conheceram um cooperativas mais fortes. Em outros pouco mais sobre o cooperativismo países da América Latina, infelizmen- do estado durante visita ao Sistema te, as cooperativas estão mais dis- Ocepar, no dia 18 de outubro, num tantes, menos integradas. Que está intercâmbio promovido pelo Sicredi experiência sirva de referência para e pela DGRV (Confederação Alemã todos os cooperativistas do Cone de Cooperativas). “Estou muito feliz Sul”, disse o diretor regional da DGRV e surpreso de saber que existe um para a América Latina, Oliver Thomas. Paraná na Expo Paraguai Brasil

O cooperativismo parana- co Alexandre Amorim. O presidente ense foi representado pelo Sistema do Paraguai, Horário Cartes, abriu Ocepar na Expo Paraguai Brasil 2013, a feira e percorreu os estandes. A realizada dias 24 e 25 de outubro, Expo Paraguai Brasil 2013 reuniu em Assunção, no Paraguai. A entida- representantes de diversos setores de participou com um estande no com o objetivo de promover o in- evento, juntamente com as demais tercâmbio comercial, cultural e turís- federações paranaenses que inte- tico entre os dois países. “A ideia foi gram o G7 (ACP, Sistema Faep, Fe- mostrar que o Paraguai é hoje um transpar, Fiep, Fecomércio e Faciap. bom país para se investir e que pode A divulgação do setor foi feita pelo representar uma oportunidade para superintendente adjunto da Ocepar, os brasileiros estabelecerem novas Nelson Costa, e pelo assessor técni- parcerias”, disse Alexandre Amorim. Leite não nasce na caixinha Entre 03 e 11 de outubro, a De acordo com o presi- Fazendinha Frimesa recebeu mais dente da Frimesa, Valter Vanzela, de 1.500 estudantes de 30 escolas a cooperativa tem por objetivo do ensino fundamental de Curi- unir informação com diversão tiba e Região Metropolitana. As e ampliar o consumo de produ- crianças, na faixa etária de 5 a 8 tos lácteos. “Muitas das crianças anos, conheceram em detalhes o vivem em apartamentos e não funcionamento da cadeia produ- conhecem o processo da cadeia tiva do leite, como são produzidos produtiva do leite e suas várias e quais os produtos procedentes etapas até o momento em que da atividade. A Fazendinha foi ins- o produto e seus derivados che- talada numa área no bairro CIC gam às gondolas dos supermer- (Cidade Industrial de Curitiba). cados”, explicou.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 43 NOTAS E REGISTROS Tratamento justo

e tentar diminuir o preconceito que existe”, disse o presidente da Unicam- po, Nivaldo Barbosa de Mattos, que estava acompanhado do gerente administrativo, José Willami da Silva. De acordo com Nivaldo, é frequente a publicação de editais de licitação ou de tomada de preços que vedam explicitamente a participação de co- operativas do ramo trabalho. No Paraná, existem oito coo- perativas de trabalho registradas na Ocepar. Fundada em 1992 e com sede em Maringá, Noroeste do Es- tado, a Unicampo possui 4.000 co- operados, sendo que 82% deles são engenheiros agrônomos. Há ainda A dificuldade enfrentada pelas rida na manhã no dia 29 de outubro, técnicos em agropecuária e demais cooperativas de trabalho, que estão na sede do Sistema Ocepar, em Curi- profissionais ligados ao agronegócio, sendo impedidas de participar de tiba. “Viemos discutir esse assunto como médicos veterinários, biólo- processos licitatórios em órgãos pú- para tentar traçar uma estratégia que gos, zootecnistas e tecnólogos em blicos, foi tema de uma reunião ocor- nos leve a solucionar essa questão meio ambiente.

Certificação para Conselheiros

A Copagril foi escolhida para “Temos que ter cada vez mais pesso- meiro módulo, foram abordados os receber o projeto-piloto do Programa as preparadas para as atividades da temas cooperativismo, pelo gerente de Certificação para Conselheiros de cooperativa. Por isso, estamos opor- de Desenvolvimento Humano do Cooperativas. É a primeira coopera- tunizando ao nosso quadro social a Sescoop/PR, Leonardo Boesche, au- tiva paranaense do ramo agropecu- profissionalização”, destacou o dire- togestão, com o gerente de monito- ário a receber o curso, desenvolvido tor-presidente da Copagril, Ricardo ramento e autogestão do Sescoop/ em parceria com o Sescoop/PR e o Silvio Chapla, durante a abertura do PR, Gerson José Lauermann, e direi- Instituto Superior de Administração curso. Também participou da aber- to cooperativo, com o coordenador e Economia (Isae), que é conveniado tura o vice-presidente da ISAE/FGV, jurídico da Ocepar, Paulo Roberto à Fundação Getúlio Vargas (FGV). No Roberto Pasinato. No módulo pri- Stöberl. ramo crédito, o Programa está sendo realizado em parceria com o Sicoob. O primeiro módulo foi inicia- do no dia 23 de outubro, no centro administrativo da Copagril. Participa- ram 42 associados líderes. Ao todo, serão oito módulos, todos aplicados com o objetivo de desenvolver as competências e conhecimentos dos membros de conselhos da coope- rativa, proporcionando uma visão estratégica na tomada de decisões.

44 OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO Cuidando das finanças pessoais Cerca de 30 profissionais da OCB no relacionamento do cooperado com o atuarmos em parceria. É um trabalho (Organização das Cooperativas Brasilei- sistema financeiro. Os projetos nos esta- realizado em conjunto pelo BC, OCB ras), Sistema Ocepar e cooperativas de dos do Paraná e Ceará servirão como re- e Ocepar. Vamos trabalhar com a OCB crédito participaram, entre os dias 14 ferência na formulação conjunta de ma- para apoiar o Programa e implantá-lo e 18 de outubro, do curso piloto para teriais didáticos”, disse, em mensagem em todo o país”, afirmou. o Programa de Educação Financeira – gravada em vídeo, o diretor do Banco Gestão de Finanças Pessoais do Banco Central, Luiz Edson Feltrim. Central (BC). O objetivo foi aprimorar a O superintendente do Siste- metodologia e capacitar multiplicadores ma Ocepar, José Roberto Ricken, fez a para o lançamento nacional do Progra- abertura do curso, juntamente com a ma. “A formação de facilitadores deverá analista de Desenvolvimento e Gestão prepará-los para ministrar o curso nas do Sescoop Nacional, Nêmora Paim, cooperativas do país a partir do segundo e os representantes do Banco Cen- semestre de 2014. O treinamento tem tral Marcos Pimenta e Rodrigo Matta. ênfase na gestão de finanças pessoais e “Agradecemos pela oportunidade de

BIBLIOTECA DO SISTEMA OCEPAR

ANDERSON, Chris. A Cauda Longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 8a reimpressão. 240 p

O autor descreve o novo universo este caminho e as imensas oportuni- criado pela internet, em que a re- dades que se abrem tanto para no- ceita total de uma imensidão de vos produtores e novos agregado- produtos de nicho, com baixos vo- res, quanto para novos formadores lumes de vendas é igual à receita de preferências. Analisa a economia total de pouco grandes sucessos. de reputação, o fim dos estoques, o operativas de outros municípios Para descrever esta situação, cunhou efeito Wal-Mart, o poder da produ- poderão encaminhar seu pedido via a expressão “Cauda Longa” (long tail) ção colaborativa, a ascensão de uma e-mail para sigrid.ritzmann@siste- que tem sido usada pela alta gerên- grande cultura paralela e demonstra maocepar.coop.br, indicando nome cia das empresas e pelos meios de que a economia da Cauda Longa se completo, cooperativa, função, comunicação de todo o mundo. aplica às mais diferentes indústrias, telefone e e-mail para contato, res- Citando o próprio autor, “embora sugerindo nove regras para atuar ponsabilizando-se pelas despesas ainda estejamos obcecados pelos nesta economia. advindas do envio e devolução das sucessos do momento, estes hits já À disposição para empréstimo na obras via sedex, comprometendo-se não são mais a força econômica de Biblioteca da Ocepar. (Colaboração: com a devolução do livro incólume, outrora. Mas, para onde estão de- Sigrid U. L. Ritzmann). bem como aceitação dos prazos bandando aqueles consumidores A Biblioteca do Sistema Ocepar está estipulados. Acadêmicos externos e volúveis, que corriam atrás do efê- à disposição para empréstimo de professores serão atendidos quan- mero? Em vez de avançarem como obras para dirigentes, cooperados do a publicação for sobre o assunto manada numa única direção, eles e colaboradores de cooperativas “Cooperativismo”, através de em- agora se dispersam ao sabor dos registradas na Ocepar. Para as co- préstimo interbibliotecário, ficando ventos, à medida que o mercado se operativas localizadas em Curitiba, a responsabilidade pelo empréstimo fragmenta em inúmeros nichos”. No o empréstimo é por atendimento a cargo do profissional bibliotecário livro, Cris Anderson mostra como foi direto no local. Interessados de co- da respectiva instituição de ensino. A Biblioteca do Sistema Ocepar está informatizada e seu acervo poderá ser consultado no site da Ocepar, (www.paranacooperativo.coop.br) no menu Biblioteca.

OUTUBRO 2013 • PARANÁ COOPERATIVO 45 ENTRE ASPAS

A pessoa que não conhece o cooperativismo paranaense, precisa caprichar mais. Precisa ser bem mais bem informado. O cooperativismo Pessoal Arquivo Foto: no Paraná é fortíssimo. É conhecido no Brasil inteiro e é modelo, acredito, para o mundo... Mas já não é mais um caso de desconhecimento. É um caso de você saber a grandiosidade que o cooperativismo tem. Todos conhecem as cooperativas, mas muitos não sabem a importância econômica que elas têm. Por isso é importante que o jornalista participe

Ricardo Torquato, Coordenador do Curso de Jornalismo da Cesumar, durante o lançamento regional do Prêmio Ocepar de Jornalismo, em Maringá

Quem constrói o cooperativismo é gente, e nós só vamos oxigenar nosso capital se tivermos a juventude entrando, assumindo o seu papel Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, em discurso no Encontro de Núcleos Cooperativos, promovido pelo Sistema Ocepar, ao fazer um cumprimento especial à juventude da Cocari presente ao evento

“Se quisermos continuar crescendo e cumprir efetivamente o que propõe a “O Brasil é um país retardado. As Década do Cooperativismo, precisamos coisas acontecem aqui 50, 100 anos ter uma representação forte, com pessoas depois que aconteceram em outros comprometidas com as bandeiras do nosso países. Tem sido assim na história. movimento. Temos um compromisso, não O Brasil foi um dos últimos a ter com partidos, mas com parlamentares que universidade, jornal, a declarar a defendem a nossa pauta independência e a abolir a escravidão” Deputado federal Dr. Ubiali (SP), integrante da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), José Hamilton Ribeiro, jornalista, em escolhido para representar o Brasil na comissão de entrevista à revista Paraná Cooperativo parlamentares das Américas

“Temos visto que as cooperativas do Paraná são muito desenvolvidas em comparação a outros países e, assim, os outros países podem aprender com a experiência do Brasil. Um sistema tão integrado como o da Ocepar e das cooperativas paranaenses não existe em outros países da América Latina”

Oliver Thomas, diretor regional da DGRV - Confederação Alemã das Cooperativas para a América Latina, durante visita com cooperativistas do Conesul ao Sistema Ocepar

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