Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO MARCIO TELLES DA SILVEIRA A RECRIAÇÃO DOS TEMPOS MORTOS DO FUTEBOL PELA TELEVISÃO: MOLDURAS, MOLDURAÇÕES E FIGURAS TELEVISIVAS Porto Alegre, maio de 2013. Marcio Telles da Silveira A RECRIAÇÃO DOS TEMPOS MORTOS DO FUTEBOL PELA TELEVISÃO: MOLDURAS, MOLDURAÇÕES E FIGURAS TELEVISIVAS Dissertação apresentada à banca examinadora do Programa de Pós- Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM-UFRGS) como requisito parcial para obtenção do título de mestre. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Rocha da Silva Porto Alegre, maio de 2013. Marcio Telles da Silveira A Recriação Dos Tempos Mortos Do Futebol Pela Televisão: Molduras, Moldurações e Figuras Televisivas Dissertação apresentada à banca examinadora do Programa de Pós- Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM-UFRGS) como requisito parcial para obtenção do título de mestre. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Rocha da Silva BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________________ Prof. Dr. Alexandre Rocha da Silva __________________________________________________________________ Profa. Dra. Sandra de Deus __________________________________________________________________ Profa. Dra. Sara Alves Feitosa __________________________________________________________________ Profa. Dra. Suzana Kilpp __________________________________________________________________ Profa. Dra. Nísia Martins do Rosário (suplente) AGRADECIMENTOS Nenhum trabalho é composto solitariamente. Muitos ajudaram ao longo deste intricado percurso que se revelou o mestrado, e esta pesquisa não estaria completa sem eles. Agradeço a Anderson David Gomes dos Santos, que se revelou um ótimo interlocutor para debater as ideias aqui contidas – e cujo trabalho excepcional também influenciou este trabalho; a André Araujo, que comprou muitas das minhas teses antes mesmo do que eu, e que me instigou a continuar perseguindo uma direção que, do contrário, não teria força de vontade para seguir; aos colegas de pós-graduação Jamer Mello, Felipe Diniz, Ana Maria Acker e, especialmente, Marcelo B. Conter, pelos conversas “acadêmicas” e os debates “esportivos” na Tia Vilma; a Luciana Fumagalli, por acreditar mais em mim do que eu; a Guilherme Daroit, cuja paixão por futebol me inspirou a continuar admirando o esporte, inclusive nos momentos em que a saturação do tema fez disto uma prova duríssima; aos colegas de GPESC, TCAV e do GP Comunicação e Esporte da Intercom, cujos debates refletem neste trabalho; às turmas de Teorias da Comunicação 2011/2, 2012/1, 2012/2, que me acolheram de braços abertos e despertaram em mim a paixão em lecionar – em verdade, a compreensão e a reflexão sobre os estudos aqui apresentados refletem muito a visão e as críticas destes grupos de alunos. Quero deixar também agradecimentos especiais a Suzana Kilpp, pela constante inspiração; Alexandre Rocha da Silva, pelas críticas e conselhos valiosos; meus pais, Marco Aurélio e Vera Regina, pelo apoio; e Adriana Leonel, pela curiosidade que tanto admiro e, sobretudo, pelo amor e carinho sem o qual este trabalho não veria a luz do dia. Por último, a meus amigos Antônio Xerxenesky, Bruno Mattos, Diego Amorim, Fernando Silva e a meu irmão Pedro Telles: “Que época para se viver!”. RESUMO O objetivo desta dissertação é pensar a transmissão direta via televisão a partir do que aqui se denomina tempo morto, períodos menos concentrados de fluxo do evento transmitido. Em toda teletransmissão, há embates entre dois fluxos informativos distintos – o do evento e o da televisão –, que são resolvidos segundo processos (moldurações) que expressam figuras (molduras) propriamente televisivas. Ao circunscrever a observação aos tempos mortos, pode-se compreender com maior clareza que estratégias televisivas são empregadas nesta transposição. O objeto de estudo é o futebol televisivo, a partir da observação das onze últimas finais de Copas do Mundo (1970-2010). Nelas, são identificadas algumas figuras de tempo morto, como imagens de personas e figuras de manipulação temporal, analisadas sincrônica e diacronicamente. Palavras-chave: televisão, jornalismo esportivo, linguagem audiovisual, futebol, transmissão direta. ABSTRACT The aim of this work is to think direct broadcast television from what is called dead time herein, periods less concentrated of flow of the event broadcast. Throughout teletransmission there is clashes between two different information flows - the event and the television - which are resolved in accordance with processes (moldurações) expressing television figures (molduras). When observing the dead time, one can understand more clearly what strategies are employed in this transposition of an event to the television. The object of study is football, based on the observation of the eleven last World Cups final games (1970-2010). Palavras-chave: television, sports journalism, cinema, soccer, direct broadcast. ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Esquema de planos da Copa de 1982 ............................................................. 40 Figura 2 Evolução no Número de Cortes ..................................................................... 42 Figura 3 Esquema de planos da Copa de 1982 ............................................................. 61 Figura 4 Rosto Reflexivo, de cima para baixo: Xavi, Zidane, Taffarel e Graziani ........ 68 Figura 5 O rosto intensivo em diálogo (de cima a baixo, da esquerda para a direita) .... 70 Figura 6 Ramos e as fases expressivas do rosto intensivo ............................................ 72 Figura 7 A afecção do futebol impressa no rosto dos treinadores holandeses, em relação a um objeto (lance de jogo) externo ............................................................................. 73 Figura 8 A evolução nas escalações: a Holanda de 1978 (esquerda) contra a Holanda de 2010 (direita) .............................................................................................................. 77 Figura 9 Pelé (esquerda) e Müller (direita) em duas imagens antológicas .................... 79 Figura 10 Exemplos de rostos ancorados na bola ......................................................... 81 Figura 11 Zidane na Copa de 1998 .............................................................................. 84 Figura 12 Zidane na Copa de 2006 .............................................................................. 84 Figura 13 As lentes das câmeras procuram os craques nas Copas 1982-2010 ............... 86 Figura 14 O torcedor centralizado nas Copas de 1998, 2006 e 2010 (da esquerda para a direita) ........................................................................................................................ 89 Figura 15 A torcida plural nas Copas de 1978, 1982 e 1986 (da esquerda para a direita) ................................................................................................................................... 90 Figura 16 O exotismo dos torcedores também é exaltado pela teletransmissão ............ 92 Figura 17 Técnicos enquadrados de baixo para cima, em 1994 e 1998......................... 98 Figura 18 Evolução da persona técnico inclui gestos a seu repertório .......................... 99 Figura 19 A televisão aproxima-se do técnico, enquanto este ‘pensa’ e ‘reflete’ sobre o jogo, como se quisesse ‘entrar’ em sua cabeça .......................................................... 100 Figura 20 Em raro momento, persona quebra a 'quarta parede' e encara a câmera de televisão (ao centro) .................................................................................................. 100 Figura 21 O técnico, em replay, e suas diversas fases de expressão após a tentativa frustrada de um de seus jogadores ............................................................................. 101 Figura 22 O técnico e suas instruções aos jogadores – que podem ou não escutá-las .. 101 Figura 23 O treinador Aimé Jacquet e seu caderninho: que segredos ele esconde? ..... 101 Figura 24 As substituições torna-se instrumento visível da ação do técnico sobre o jogo – porém a televisão não ousa, apesar da possibilidade técnica, escutar estas instruções ................................................................................................................................. 103 Figura 25 O árbitro é a presença física da autoridade ................................................. 105 Figura 26 Os gestos dos árbitros ................................................................................ 106 Figura 27 Auxiliar precede e sucede replay de lance duvidoso .................................. 107 Figura 28 Iniesta olha para o árbitro, fora de quadro, para confirmar seu gol ............. 108 Figura 29 Os closes dos árbitros não são apenas em seus rostos, mas também em seus instrumentos de trabalho (da esquerda para a direita, cenas de 1986 a 1998) ............. 110 Figura 30 Coelho e sua vaidade, que chegam ao limite na imagem do topo à esquerda e na imagem de baixo, à direita, momentos em que chama os olhares para si ............... 109 Figura 31 Usos de imagens de celebridades nas Copas de 1970, 1986, 1998, 2002, 2006 e 2010 ....................................................................................................................... 111 Figura 32 O ator hollywoodiano Morgan Freeman assiste à final da Copa de 2010 .... 112 Figura 33 Pertini