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O FIM DOS LCD SOUNDSYSTEM SE É UM FUNERAL ... QUE SEJA O MELHOR DE

SEMPRE! Sinopse Curta

A 2 de Abril de 2011, os LCD Soundsystem deram o seu último concerto no Madison Square Garden. “Shut Up And Play The Hits – O Fim dos LCD Soundsystem” é, simultaneamente, uma narrativa cinematográfica que docu- menta esta actuação única e um retrato íntimo de James Murphy, antes do concerto e no dia seguinte, bem como as ramificações pessoais e profissionais da sua decisão.

Sinopse

A 2 de Abril de 2011, os LCD Soundsystem deram o seu último concerto no Madison Square Garden. O líder dos LCD, James Murphy, tomou a decisão de acabar com uma das mais célebres e influentes bandas da sua geração no auge da popularidade, assegurando que a mesma se retirava em grande, com o maior e mais ambicioso concerto da sua carreira. Rapidamente esgotada, a extravagância de quase quatro horas foi isso mesmo, levando os milhares de espectadores às lágrimas, de alegria e de tristeza, com a revista “New York” a apelidar o acontecimento de “uma maravilha de puro ofício” e a revista “Time” a lamentar-se de que “podemos nunca mais voltar a dançar”. “Shut Up And Play The Hits – O Fim dos LCD Soundsystem” é, ao mesmo tempo, uma narrativa cinematográfica que documenta esta actuação única e um retrato íntimo de James Murphy, antes do concerto e no dia seguinte, bem como as ramificações pessoais e profissionais da sua decisão. Declaração dos realizadores

“Shut Up And Play The Hits – O Fim dos LCD Soundsystem” não é o filme que tínhamos imaginado que iríamos fazer antes de abordar James Murphy pela primeira vez com a ideia de realizar um projecto em conjunto no Verão de 2010. Embora a decisão de acabar com os LCD Soundsystem estivesse tomada e o último álbum tivesse sido editado meses antes, nada se sabia sobre um con- certo de despedida no Madison Square Garden. Não fazíamos ideia do que a banda tinha guardado para o último adeus e, naquela altura, ainda não havía- mos pensado muito na grande mudança que o líder da banda estava a preparar na sua vida. Na nossa primeira reunião acabámos por falar de que estávamos interessados no James como personagem, não só como músico, também como figura que representa um certo aspecto da cultura popular contemporânea. Estávamos interessados no tipo de fama muito específico que ele conseguira alcançar nos curtos dez anos de história da sua banda. Não tanto um nome popular entre as massas mas uma figura conhecida dos entendidos. Atraía-nos o facto de ter começado a banda e ganhado popularidade a uma idade relativamente tardia, aos 30 anos, ter alcançado o sucesso segundo as suas próprias condições e, agora, ao chegar à meia-idade, numa altura em que a popularidade da banda era maior que nunca, desistia e afastava-se disso tudo. Tínhamos acabado de realizar outro filme de música, estreado no princípio desse ano, “No Distance Left To Run”, sobre a carreira, desintegração e recente reunião da banda inglesa Blur. Estávamos desejosos de agarrar outro projecto e andávamos às voltas com várias ideias para documentários, mas não está- vamos muito seguros de querer fazer outro filme de música – as histórias para contar são limitadas e o caminho de como a banda nasceu/atingiu o sucesso/e caiu devido a drogas/mulheres/egos pareceu-nos bastante gasto. No entanto, havia qualquer coisa na história do James e dos LCD que nos atraía. Parecia-nos a antítese do cliché – uma banda de pessoas que ainda gostavam umas das outras, cujos relacionamentos não se haviam desintegra- do, que continuavam a fazer música fantástica, que não se haviam esgotado mas tinham tomado a decisão de acabar calma e silenciosamente. O “porquê” pareceu-nos um grande ponto de partida para a nossa história. Uma decisão que parecia típica de James e da sua abordagem idiossincrática ao seu tra- balho. Pouco depois da nossa primeira reunião, James falou-nos da possibilidade de um último concerto no Madison Square Garden. A notícia acrescentou rapida- mente toda uma nova dimensão aos nossos planos para o filme. Sendo esta uma das melhores bandas ao vivo do mundo, sabíamos que se tratava de uma grande oportunidade para igualmente captar um acontecimento realmente es- pecial. Tínhamos uma ideia muito específica sobre como abordar a filmagem do último concerto – para gravar esse momento muito específico no tempo em vez de apenas “gravar um concerto”. Como já tinha trabalhado com os LCD antes, Spike Jonze ofereceu-se para fazer parte da equipa, e apanhou uns mo- mentos fantásticos. Através do uso narrativo das câmaras podemos mostrar os relacionamentos entre os membros da banda, a relação entre o público e o grupo e a emoção no rosto de todos à medida que se dão conta de que é a úl- tima vez que tocam as canções ao vivo. Imediatamente nos apercebemos que o concerto captado dessa forma ajudaria a história, reforçando a comparação entre a ascensão ao estrelato de James Murphy e a sua vida depois do último concerto dos LCD Soundsystem. A decisão de estruturar o filme com cortes entre o concerto e o dia seguinte ad- veio da vontade de explorar as razões por trás da decisão de James de pôr um ponto final nos LCD e as ramificações dessa decisão. Pensávamos que mostrar James a adaptar-se ao primeiro dia da sua vida pós-LCD era um bom ponto a partir do qual explorar algumas das ideias da narrativa. Essencialmente, era uma forma de dissecar a sua decisão à medida que enfrentava o primeiro dia da sua suposta vida normal. O objectivo: contrastar a figura do músico James Murphy no palco, dando um grande concerto num espaço icónico, com James Murphy, o tipo que tem de levar o cão a mijar à rua ou tem de responder aos seus emails. Era nossa intenção fazer um filme que explorasse algumas das razões pos- síveis que James Murphy tinha para desistir e, ao fazê-lo, fazer um filme que fosse a crónica do fim de uma banda que também nos desse, a partir da ex- periência pessoal de James, ideias universais sobre a idade e as decisões que tomamos em relação às nossas vidas.

Dylan Southern e Will Lovelace Uma conversa com os realizadores Dylan Southern e Will Lovelace

O que os inspirou a fazer este filme? O nosso primeiro filme foi um documentário musical, “No Distance Left To Run”, que registava a história, desintegração e eventual reunião da banda britânica Blur. Foi bem recebido por fãs e não fãs e até foi nomeado para um Grammy. Terminado o projecto, estávamos totalmente convencidos que o nosso filme seguinte não seria sobre música. Havia outras histórias que gostávamos de contar. Começámos a trabalhar numa série de ideias mas, de repente, surgiu a oportunidade de conhecer o James Murphy. Somos fãs da banda e achávamos o James interessante como personagem, mas, à medida que avançávamos com a ideia do filme, o que mais nos fascinava era o facto de que muito calma- mente havia tomado a decisão de acabar com a sua banda na altura de maior sucesso. Parecia uma decisão tão contra-intuitiva e ao mesmo tempo tão típica dele e da sua abordagem ao trabalho e à vida.

Esta é a história da jornada de um homem depois de tomar a decisão de deixar uma vida para trás. Como é que chegaram a este fio condu- tor? O fio condutor pareceu-nos óbvio. A decisão de acabar com a banda no mo- mento em que chegava ao auge do sucesso foi tão arrojada e tomada sem lhe dar muita importância que nos fascinava. A maioria das bandas acaba por se desintegrar, seja por causa de mulheres, drogas ou outra coisa qualquer. Mas aqui estava um grupo de pessoas que continuavam amigas, que continuavam a fazer música fantástica, a decidir que chegara a altura de pôr um ponto final. Por isso, queríamos que a história explorasse aquilo que tinha levado a essa decisão contra-intuitiva de desistir de tudo e as suas repercussões.

Como é que conheceram o James Murphy e o que inicialmente lhes interessava filmar no último concerto do Madison Square Garden? Conhecemos o James através de um amigo comum e mantivemos uma série de conversas. A nossa intenção original era fazer um documentário muito mais convencional mas acho que acabámos por fazer um híbrido: uma parte filme de um concerto, outra parte documentário e outra parte ainda de história. Quan- do conhecemos o James, o fim da banda já tinha sido anunciado e o último disco estava nas lojas – mas a decisão de dar o último concerto no Madison Square Garden ainda não tinha sido tomada. A partir do momento em que ou- vimos falar do concerto soubemos que iria ser uma parte muito importante do filme que estávamos a fazer. Captar o concerto mais importante da história da banda era uma oportunidade e queríamos aproveitá-la bem. Muitos concertos parecem filmados da mesma maneira e nós queríamos captar o ambiente do Madison Square Garden de uma maneira que evitasse as posições de câmaras habituais, as gruas, etc. Queríamos filmar o espectáculo no mesmo espírito dos filmes-concerto de que gostamos e de fazer um filme que fosse mais o registo de um momento no tempo que a “gravação de um concerto”. Juntámos uma equipa com quem já tínhamos trabalhado ou de pessoas que gostávamos – o Spike Jonze até foi o operador de uma das câmaras, o que foi fantástico.

Qual foi a coisa mais importante que descobriram sobre o James Murphy quando estavam a fazer o filme? Que é um grande fã de “Ultimate Fighting”.

O que querem que as pessoas levem deste filme? Antes de mais, esperamos que as pessoas se divirtam. Tivemos a sorte de filmar uma actuação absolutamente extraordinária e é uma experiência real- mente visceral. Passámos tempos divertidos durante a mistura do som com o James, garantindo que a música soava tão fantástica e BARULHENTA quanto possível – portanto, há esse aspecto. A nossa esperança é que aqueles que não puderam lá estar possam ter a oportunidade de sentir o que foi o concerto. Mas também esperamos que o filme possa funcionar como mais do que ape- nas um filme-concerto. O último espectáculo foi uma experiência emocionante para todos os envolvidos e também o deve ser para os espectadores. Além de ser um filme sobre música, aflora algumas ideias universais sobre a idade e as decisões que tomamos em relação às nossas vidas. Também olha para o relacionamento entre os fãs e as bandas, desde o James criança que ouvia Bowie e Lou Reed até um dos momentos mais marcantes para nós – a última imagem de um jovem fã inconsolável que é dos últimos a abandonar o recinto.

Biografias

Dylan Southern e Will Lovelace Southern e Lovelace formam a parceria de realização thirtytwo. Em 2011, o duo estreou no cinema o seu documentário de longa-metragem “No Distance Left To Run”, nomeado para o Best Long Form Music Video nos 53ºs Grammy Awards e fez parte dos nomeados para o prestigiado Grierson Documentary Award. Retrato íntimo dos Blur, o filme conta a história definitiva da banda britânica e foi filmado durante a sua famosa e triunfante tournée de reunião em 2009. O filme foi aclamado pela crítica pelos seus “lindíssimos instantâneos ao vivo” (“Vulture”) e pelos “extraordinários apontamentos sobre as dinâmicas psicológicas internas da banda” (“Guardian”). A sua obra conjunta inclui anúncios, vídeos musicais, concertos ao vivo e docu- mentários. O duo trabalhou com numerosos artistas, incluindo Elbow, Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, The Kills, The Fall, Richard Hawley, Jack White, Lemmy e Bjork.

Lucas Ochoa – Produtor A produção mais recente de Lucas Ochoa é o documentário “No Distance Left To Run”, estreado internacionalmente nos cinemas em 2010 com excelentes críticas. O filme conta a história da banda britânica Blur e foi filmado durante a tournée de reunião de 2009. Nomeado para os Grammy, fez também parte dos nomeados para o prémio Grierson. Ochoa está actualmente a produzir o documentário ficcionado “Who is Dayani Cristal?” com Gael Garcia Bernal. O filme revela a história por trás de um cadáver com uma tatuagem onde se lia Dayani Cristal, descoberto no deserto do Arizona, junto à fronteira entre os EUA e o México. Antes, Ochoa foi produtor executivo do documentário “Look Back, Don’t Stare”. Também foi produtor associado em “Car Bomb”, um documentário sobre como a guerra assimétrica está a redefinir os conflitos no século XXI. Entre outras produções em que participou figuram “Werewolves Across America” e “Cult of The Suicide Bomber III”. Thomas Benski – Produtor Thomas Benski é o director executivo da Pulse Filmes, uma empresa de gestão de talentos e de conteúdo integrado que cria conteúdos para diversas plata- formas. Junto com Ochoa, Benski produziu recentemente o documentário “No Distance Left To Run”, nomeado para os Grammy e para o prémio Grierson, e está actualmente a produzir o documentário ficcionado “Who is Dayani Cris- tal?” com Gael Garcia Bernal. Benski também liderou a produção do documen- tário ficcionado de longa-metragem “Look Back, Don’t Stare”, transmitido no Reino Unido depois de “X-Factor”, atraindo uma audiência de cinco milhões de pessoas. Além disso, Benski produziu mais de 60 vídeos de música e anún- cios, uma dúzia de curtas-metragens, quatro séries de televisão e duas longas- metragens.

James Murphy – Produtor Embora mais conhecido como líder dos agora defuntos LCD Soundystem, James Murphy foi-se mantendo activo em diferentes papéis antes, durante e para lá da existência dos LCD, também eles nomeados para os Grammy. Há muito figura da cena musical downtown de Nova Iorque, Murphy é co- fundador do selo DFA, que editou os LCD Soundsystem e cujo catálogo actual inclui os The Rapture, Holy Ghost!, YACHT, os Juan Maclean, e outros. Murphy continua a trabalhar a partir do escritório da DFA, localizado na West Village, em Nova Iorque, como director da editora e como produtor/ remixer dos seus infames estúdios Plantain, situados na sede da DFA. Como DJ, Murphy andou pelo mundo inteiro, como cabeça de cartaz em discotecas e festivais de todo o planeta, quer sozinho quer com o seu companheiro dos LCD Patrick Mahoney, como Specialdiscoversion. As suas misturas de DJ para gente da DFA, Colette e YSL (para a qual compõe e interpreta música para os desfiles) são famosas pela sua energia e originalidade. O lendário último concerto dos LCD Soundsystem de 2 de Abril de 2011 no Madison Square Garden, em Nova Iorque, foi notícia em todo o mundo e assinalou um fim tri- unfante para uma banda que criou com sucesso o seu nicho próprio e original dentro – ou, se calhar, fora – da indústria musical moderna. Durante os seus dez anos de existência, os LCD Soundsystem editaram três aclamados discos de estúdios; o álbum homónimo de 2005, “” em 2007 e “” de 2010; além de extraordinárias composições separadas como “45:33” e, mais recentemente, “The London Sessions”. Murphy também foi o autor da banda sonora original do filme “Greenberg”, realizado em 2010 por Noah Baumbach. Críticas

Rob Nelson, na “Variety” Aquilo que “A Última Valsa” foi para os Band e os hippies envelhecidos, “Shut Up and Play the Hits” é para o dance-rock indie dos LCD Soundsystem e os adolescentes que andavam no liceu por alturas do 11 de Setembro. Onze can- ções do épico concerto de despedida do grupo no Madison Square Garden na Primavera de 2011 entram na mistura, embora os co-realizadores Dylan Southern e Will Lovelace estejam menos interessados no estilo de documen- tário de concerto e mais em reflectir sobre o significado da decisão do líder, James Murphy, de desligar a tomada dos LCD e encenar o “funeral” da ban- da. Uma distribuidora sagaz poderá comercializar a imagem de que estamos perante o tributo a uma geração em vez de uma recordação destinada apenas aos fãs. Tal como esse pop de sintetizadores deliberadamente consciente de si mesmo, “Shut Up” começa por ser satírico para finalmente desarmar com a sua res- sonância emotiva. Sequências demasiado longas de Murphy fazendo a barba ou passeando o seu buldogue francês vão dando lugar, com a ajuda das per- guntas que vamos ouvindo em off do jornalista Chuck Klosterman, a uma re- flexão da estrela rock de 41 anos sobre se o seu gesto de despedida não se tra- ta afinal de uma forma pública de lidar com a mortalidade. Apropriadamente, os espectadores exponenciam as sequências do concerto, onde canções como “” e “All My Friends” lhe dão um tom eufórico e elegíaco. O som é agradavelmente intenso.

Ty Burr, no “Boston Globe” “Shut Up and Play the Hits – O Fim dos LCD Soundsystem” é um documentário rock que celebra com vestimenta dance-punk o esgotado concerto de despe- dida dos LCD Soundsystem no Madison Square Garden, em Abril de 2011, bem como a ambivalência sonolenta e comovente em relação à fama do seu líder, James Murphy. Como lembrança que fica de um grupo adorado e da sua última apresentação, é por vezes tocante, algumas vezes barulhenta e amiúde as duas coisas. “VISUALMENTE ARREBATADOR E GRANDIOSO; UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA” Spin

“É O “A ÚLTIMA VALSA” PARA A GERACÃO DA MÚSICA ELECTRÓNICA” Twitch Film

“ESTA MISTURA DE CEREBRAL COM CINÉTICO É PRECISAMENTE AQUILO POR QUE OS LCD LUTARAM AO LONGO DOS SEUS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA ” Time Out Nova Iorque

“MELHOR DO QUE VER O FILME, SÓ MESMO TER ESTADO NO CONCERTO” The Independent

“[O FILME] DESARMA COM A SUA RESSONÂNCIA EMOTIVA. ” Variety

Reino Unido | 2012 | 108 min. | Cor | Digital Distribuído por Alambique www.alambique.pt