Projeto De 60 Milhões Transforma Loulé Numa Pequena Hollywood
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O SEMANÁRIO DE MAIOR EXPANSÃO DO ALGARVE Prioritário O SEMANÁRIO DE MAIOR EXPANSÃO DO ALGARVE FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis quinta-feira I 27 de fevereiro de 2020 I ANO LXIII - N.º 3283 I Preço 1,30 PORTE PAGO -TAXA PAGA www.jornaldoalgarve.pt Projeto de 60 milhões transforma Loulé numa pequena Hollywood O concelho de Loulé vai ter uma Cidade do Cinema, graças a um investimento de 60 milhões de euros por parte de duas entidades britânicas ligadas à Sétima Arte e TV. Pretendem construir estúdios de cinema, TV e uma plataforma de streaming P 5 NESTE NÚMERO Valorizar património local dá 80% a fundo perdido P 19 Turismo: Ciclismo: Alcoutim Gastronomia: Algarve e Andaluzia Belga Evenepoel debate problemas Feira dos Enchidos criam rede de ganha Volta e desafios rurais regressa veículos elétricos ao Algarve do Baixo Guadiana a Monchique P 4 P 21 P 24 JA magazine RADIS Dr. Jorge Pereira JORNALJORNAL do do ALGARVE ALGARVE - -COBRANÇA COBRANÇA DE DE ASSINATURAS ASSINATURAS Está a decorrer a COBRANÇA de ASSINATURAS do JA, pelo que apelamos aos nossos assinantes Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário que procedam ao seu PAGAMENTO de acordo com a carta de cobrança enviada no princípio de dezembro Acordos - Convenções ou consultando o valor indicado no canto inferior direito da etiqueta de direção que envolve o jornal. ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA PROPONHA 2 ASSINANTES E USUFRUA DE 1 ANO GRÁTIS! 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Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 CAIXA GERAL DEPÓSITOS PT 50 0035 0909 0001 6155 3303 4 em frente à farmácia do Montepio (Tavira) CRÉDITO AGRÍCOLA PT 50 0045 7043 4000 6213 1353 7 Lojas 2.02 a 2.05 – 8700-137 Olhão - Tel. 289 722 535 Para mais fácil identificação da transferência, solicitamos envio comprovativo de pagamento para: [email protected] E.N. 125, Algarve Outlet, nº 100 27 I fevereiro I 2019 www.jornaldoalgarve.pt »DOIS [2] JORNAL do ALGARVE [AVARIAS] SMS 842 Carlos Albino A realidade Pânico prevenido vale por duas serenidades é uma chatice Embora ainda não se considere uma pandemia, o pande- cia já existente, está a ser finalizado um Plano Nacional de Fernando Proença mónio provocado pelo Covid-19, obviamente que força o Algar- Preparação e Resposta à Doença por Covid19, o qual será o ve a ter de refletir antes que seja surpreendido. Primeiro, por referencial específico para a atualização de planos regionais, Esta semana temos a eutanásia, o racismo no futebol e o ser uma região fortemente marcada pelo turismo; segundo, locais e institucionais. E aqui bate o ponto. coronavírus. Com tudo isso os noticiários dos canais gene- porque o aparelho de saúde pública, pelo que se conhece e ralistas têm com que se entreter. Sobre a eutanásia tenho sente, não é famoso e não inspira confiança de vida. Digamos Plano regional no Algarve e para a especificidade do Algar- uma opinião (sou a favor), mas aceito outros pontos de vista, que a nível de diagnóstico ou de avaliação dos casos que even- ve, como? Planos locaiseaquehoras? E planos institucionais, desde que pouco profundos, como o meu . Apesar de ser a tualmente sejam detetados, o esquema montado e centraliza- com que recursos materiais e humanos? As dúvidas sobre esta favor, palavra que tenho medo do que o Estado possa fazer do na Direcção-Geral de Saúde inspira aparente confiança ver- matéria são muitas, sendo por demais conhecido o panorama com o caso. A ideia de que no futuro, os velhos possam ser bal. No princípio desta semana, enquanto o País se divertia da rede hospitalar e centros de saúde do Algarve. A rede de considerados como um empecilho e por isso descartáveis, com carnavais e a Itália os cancelava, os responsáveis da DGS médicos de Saúde Pública e de Autoridades de Saúde no Al- porque não existem camas de hospital disponíveis, faz-me estavam de facto reunidos para decidirem se avançam ou não garve não cobre o território com eficácia e segurança, as Uni- espécie e devolve-me ao lugar de quem pede, pelo menos, com novas orientações técnicas e medidas de segurança fa- dades Locais de Saúde e os Centros de Saúde estão longe de que os cuidados paliativos melhorem muito. Também sei que ce ao surto galopante cada vez mais na proximidade. Mas, apresentarem condições de resposta a um surto que surpre- as duas coisas podem coexistir (cuidados e eutanásia) e que como é óbvio, as possíveis portas de entrada do Covid-19 no enda o Algarve, e os hospitais com que contamos longe estão decidamos de uma forma ou outra, a nossa grande ambição País não são uniformes, nem tal entrada obedece a pro- de garantirem a componente assistencial do dispositivo de é que nunca sejamos postos, pessoalmente (e este não é balidades estatísticas, e muito menos o Covid-19 precisa de Saúde Pública, seja em regime ambulatório ou em inter- um lugar-comum), perante o objectivo desta discussão (ba- passaporte ou de visto – entra e instala-se, podendo dar início namento. ter três vezes na madeira). ao pandemónio. Há regiões mais sensíveis que outraseoAl- O coronavírus anda a fazer das dele: escrevo numa al- garve é uma destas, pelo que a prevenção do pânico vale por Antes que seja tarde, há que prevenir, pois esse vírus, assim tura em que dizem que a epidemia tem tendência a perder duas serenidades. que entrar ou se entrar, não obedece a listas de espera, nem fulgor (isto visto na perpectiva do tal vírus), mas não estou tem carteira para consulta num hospital ou clínica privada... E muito convencido. Penso, não penso, sinto que, a chamada Sabe-se que está constituída uma task force de 71 peritos, pode não vir a ser uma pandemia, mas pandemónio vai de situação ainda vai piorar na Europa, porque não temos a e que podem ser chamados a colaborar no combate à infeção certeza provocar numa região com estrutura económica tão capacidade nem o carneirismo (que, às vezes, é bom) dos por Covid-19 outros especialistas, quer a título individual quer periclitante e dependente. chineses. Como nos momentos em que se têm que tomar como representantes de serviços ou organismos dependentes decisões que impliquem perda de liberdade, temos proble- do Ministério da Saúde, ou de outras instituições. Esta task mas (a Europa ocidental tem esse bom problema) mas es- Flagrante alternativa: Como não foi bem recebida em Faro, como lógi- pero que não cheguemos a esses limites. Já bati três vezes force destina-se a centralizar toda a informação epidemiológica ca, a designação do aeroporto por Aeroporto Internacional do Algarve, na madeira, no parágrafo anterior. Agora sugiro a encomen- e evidência científica para a avaliação e gestão do risco de mais do que lógica será a atribuição do nome do Almirante Gago Coutinho da a uma mãe de santo. surto. Também foi anunciado que além do plano de contingên- a essa infraestrutura regional. Só engradeceria Faro. O caso Marega é daqueles que não tem espinhas, ou tem espinhas só na zona da barriga. Há um caso de racismo por parte de pessoas da claque do Vitória (que convinha pre- cisar quem, para que não se cometam injustiças), há que CRÓNICA DE FARO encontrar os culpados, fazê-los pagar por isso e verificarmos que no futuro seremos mais vigilantes e interventivos. Mas parecemos umas madalenas ofendidas: é vulgar que nos Carência de monumentos estádios de futebol do nosso país se tratem muito mal os intervenientes do jogo em geral e as claques têm mestrado A cidade, capital sulina, tem uma notória carência de mo- monumentos honrando as memó- e doutoramento nessa matéria. Há já muito que os clubes numentos, de relevante valia artística. Não obstante a exis- rias dignas e valorosas de Dr. Fer- deviam ter acabado com essas excrescências mas todos têm tência de uma dezena de estátuas, o que á partida poderia reira de Almeida (Jardim da Ala- medo, apesar de que, pensando nas declarações dos anular, por razoável quantidade, estas, salvo raras exceções, goa), Coronel Rodrigo Aboim Ascen- João Leal escuteiros que invadiram Alcochete a única função das não atingem grandes ex-pressões de qualidade artística ou são (Largo de São Sebastião), pin- claques é agitar bandeirinhas e ajudar a polícia a apreender monumental ou o sejam de modo a captar as atenções. tor Carlos Lyster Franco (praceta homónima), escritor Assis droga. Penso que não somos (em geral, penso eu de que) Por outro lado existem dívidas de gratidão da cidade para Esperança (Jardim de São Pedro) e Dr. Silva Nobre (largo de especialmente racistas e como navegamos na zona dos bran- com figuras históricas ou referências que bem podiam motivar o idêntica denominação), obra do artista farense Sidónio de dos costumes (cada vez com mais escolhos e baixios), não erguer de obras de arte que dignificassem e valorizassem os Almeida. Fogem a esta generalidade de «formas e modos»: sustentaremos a discussão muito mais tempo, e isso talvez vários e amplos espaços citadinos. «Os adoradores do Sol» (rotunda do Aeroporto) e aos Milita- não seja tão mau como parece. Há que ter cuidado com os Três monumentos, quanto a nós, se evadem desta referên- res, no Largo de São Francisco. Faro tem memórias para cum- justiceiros identitários que por aí pululam. Pensem no caso cia. São elas o obelisco em memória do Almirante Ferreira de prir: não existe qualquer monumento nem nos topónimos lo- de Bernardo Silva (que numa rede social – parvo! – brincou Almeida, junto á doca, obra do austríaco Adolfo Haus-mann cais a D.