A Viagem E a Paisagem No Slow Cinema
UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS I don’t know what the people do all day: A viagem e a paisagem no slow cinema André Francisco Tese orientada pelo Prof. Doutor José Duarte e co-orientada pela Prof.ª Doutora Filipa Rosário, especialmente elaborada para a obtenção do grau de Mestre em Estudos Comparatistas 2020 Agradecimentos Agradeço a todos os que directa e indirectamente me ajudaram ao longo deste percurso, com um especial agradecimento à Professora Doutora Filipa Rosário pela contribuição fundamental para este trabalho e ao Professor Doutor José Duarte por todo o apoio, paciência e dedicação a um trabalho que, sem ele, não teria sido possível. i Resumo Este estudo tem como principal objectivo explorar o modo como a viagem e a paisagem se apresentam no slow cinema. Inicialmente será efectuada uma caracterização do slow cinema tendo como base alguns momentos importantes da história do cinema. Posteriormente, tentar-se-á compreender como é que essas características, bem como os conceitos de viagem e paisagem, surgem nos filmes Wendy and Lucy (2008) de Kelly Reichardt, Liverpool (2008) de Lisandro Alonso e Da xiang xi di er zuo (An Elephant Sitting Still, 2018) de Hu Bo. O slow cinema está associado a uma série de características formais, como os longos planos-sequência e a uma determinada temporalidade, bem como a certos aspectos temáticos, como o foco em figuras marginais que, através da viagem e da consequente relação com a paisagem, procuram alterar as suas condições de vida. Para além da relação que o slow cinema estabelece com o road movie, iremos também verificar como este estilo se relaciona historicamente com movimentos cinematográficos como o Neorrealismo Italiano, o “First Durational Cinema” e o Cinema Transcendental.
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