Orquestra 2016 Tonhalle de Zurique

REGÊNCIA Lionel Bringuier

PIANO Nelson Freire o ministério da cultura e a cultura artística apresentam

2016

CONCERTO GRATUITO AO AR LIVRE Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster REGÊNCIA Antonio Meneses VIOLONCELO 6 de novembro às 11 horas Plateia externa do Auditório Ibirapuera PROGRAMA Lalo Concerto para violoncelo

Mendelssohn Sinfonia n. 3 DIVULGAÇÃO

patrocínio realização

MINISTÉRIO DA CULTURA O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

2016

Orquestra Tonhalle de Zurique

REGÊNCIA Lionel Bringuier DIVULGAÇÃO PIAN O Nelson Freire

patrocínio

realização gioconda bordon 3 programa 4 notas sobre o programa 6 Mário Videira

biografias 12 SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA PRESIDENTE Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda Bordon DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Junior, Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart

CONSELHO CONSULTIVO Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz

PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL SUPERVISÃO GERAL EDIÇÃO Gioconda Bordon Silvia Pedrosa Marta Garcia PROJETO GRÁFICO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA ASSESSORIA DE IMPRENSA Paulo Humberto L. de Almeida Ludovico Desenho Gráfico Conteúdo Comunicação

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella

DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda

MARKETING Carlos Harasawa diretor

EVENTOS Mauren Stieven supervisora, Gabrielle Coelho, Graziela Fernanda Gaeta Tognetti APOIO A EVENTOS Felipe Lapa

DIVISÃO OPERACIONAL Analia Verônica Belli gerente

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Mônica Cássia Ferreira gerente, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra

DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina del Papa gerente, Aline Gurgel Siqueira, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides, Gerson da Silva ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Denilson Caroso Araújo, Edgar Paulo da Conceição, Emerson de Souza, Humberto Alves Coralino, José Carlos Ferreira, Júlio César Barreto de Souza, Kaique Ramos França, Marcio Dionizio, Nizinho Deivid Zopelaro, Rodrigo Batista Ferreira, Rodrigo Stevanin, Sandro Silvestre CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade

INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida encarregado realização

MINISTÉRIO DA CULTURA Gioconda Bordon [email protected]

Memória de grandes recitais

É uma grande alegria apresentar em nossa Temporada 2016 um artista tão prestigiado e querido como Nelson Freire, que forma com Guiomar Novaes — seu modelo e fonte de inspiração desde sempre — e Magda Tagliaferro o trio maior do teclado brasileiro. Desde sua fundação, em setembro de 1912, a Cultura Ar- tística inscreve em sua agenda de concertos os nomes dos mais célebres pianistas do Brasil e do mundo. Em 11 de abril de 1914, a então novata associação cultural paulista apresentou o primeiro recital de sua história com Antonieta Rudge. Imprimiu assim sua marca na vida musical de São Paulo — compromisso que vem sendo reafirmado ao longo de seus 104 anos de existência. Guiomar Novaes tocou pela primeira vez para a Cultura Artística em 29 de setembro de 1919. Voltou em 1926, 1933, 1962 e 1965. O concerto para piano e orquestra de Schumann, que Nel- son toca nessas duas noites, foi gravado por Guiomar, em 1951, com a Filarmônica de Viena, sob direção de Otto Klemperer — um registro histórico em todos os sentidos. Hoje, o refinamento do toque de Nelson ecoará em nossa memória a sutileza da leitura que Guiomar fez dessa peça, um dos mais belos concertos já es- critos para piano. Madalena Tagliaferro estreou na Cultura Artística em agos- to de 1923, voltou mais 10 vezes, a última em 1967. Personalidades totalmente opostas, Magda era exuberante, colorida; Guiomar, in- trovertida e serena. No entanto, iguais na magia e na excepcionali- dade, foram ovacionadas pelo público e pela crítica internacional. Nessas duas noites, Nelson Freire nos oferece mais dois grandes concertos para esta Temporada, uma das mais belas de nossa história. Bom espetáculo a todos!

3 SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 16 de outubro, domingo, 21h

Orquestra Tonhalle de Zurich Lionel Bringuier REGÊNCIA Nelson Freire PIANO

Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54 c. 31’ I. Allegro affettuoso II. Intermezzo: andantino grazioso III. Allegro vivace

intervalo

Peter Eötvös (1944- ) The gliding of the eagle in the skies c. 11’

Dmitri Shostakóvich (1905-1975) Sinfonia n. 6 em si menor op. 54 c. 32’ I. Largo II. Allegro III. Presto

Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

4 SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 18 de outubro, terça-feira, 21h

Orquestra Tonhalle de Zurich Lionel Bringuier REGÊNCIA Nelson Freire PIANO

Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54 c. 31’ I. Allegro affettuoso II. Intermezzo: andantino grazioso III. Allegro vivace intervalo

Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n. 1 em ré maior — Titan c. 53’ I. Langsam. Schleppend (Lento e arrastado) II. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell (Enérgico, mas não demasiadamente rápido) III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen (Solene e comedido, sem arrastar) IV. Stürmisch bewegt (Tempestuoso)

Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br

5 Notas sobre o programa Mário Videira

Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54

A origem deste concerto remonta ao ano de 1840: o primeiro movimento (allegro affettuoso) foi concebido originalmente como uma fantasia para piano e orquestra. Alguns anos mais tarde, Schumann retomou a obra, acrescentando um movimento lento e um finale, transformando a peça num concerto para piano. Mesmo assim, o concerto se destaca por sua unidade musical, uma vez que o mo- tivo derivado do tema principal do primeiro movimento reaparece e fundamenta também os outros dois movimentos. O fato de ter sido concebido originalmente como uma fantasia poderia explicar a forma pouco ortodoxa do primeiro movimento, que é bastante diferente da tradição clássica, contendo inclusive um episódio antes da seção de desenvolvimento — que se inicia com um diálogo de caráter camerístico entre o piano e o clarinete —, na qual o tema principal é apresentado com intenso lirismo (andante espressivo). A concepção musical da peça opõe-se a uma espécie de ultra-virtuosis- mo característico de muitos concertos escritos por volta dessa mesma época. Numa carta endereçada a Clara Wieck, Robert Schumann confessa: “Não posso escrever um concerto para virtuoses. Tenho que pensar em algo totalmente distinto”. Com efeito, Schumann acreditava que uma ênfase excessiva no aspecto virtuosístico poderia facilmente degenerar numa mera exibição de habilidades técnicas do instrumentista, desprovida de uma invenção composicional mais sofisticada. Como bem observou o musicólogo John Daverio, “a ascensão do virtuose colocava um problema para o compositor sério, a saber, o de como equilibrar o brilho técnico e a substância musi- cal”. Num artigo publicado em 1839, o próprio Schumann reflete a respeito dessas questões, defendendo a necessidade de se encontrar novas maneiras de unir o piano e a orquestra, de forma que o solista “possa ser capaz de desenvolver toda a riqueza de seu instrumento e de sua arte, sem que, contudo, a orquestra desempenhe um papel meramente coadjuvante”. Assim, o compositor defende que a forma tradicional do concerto seja substituída por formas mais livres, mas sem perder a dignidade da arte e, embora o aspecto do virtuosismo possa e deva ser explorado, para Schumann a música é que deve sempre possuir a primazia.

Peter Eötvös (1944- ) The gliding of the eagle in the skies

O compositor húngaro Peter Eötvös iniciou seus estudos musicais ao piano, tendo também aprendido violino, percussão e flauta. Aos 12 anos de idade ganhou seu primeiro prêmio como compositor, tendo sido aceito por Kodály na Academia de Música de Budapeste com apenas 14 anos. Participou dos célebres Cursos de Verão em Darmstadt e, com uma bolsa de estudos do DAAD (1966-1968), completou sua formação sob a orientação de Bernd Alois Zimmermann (composição) e Wolfgang von der Nahmer (regência). Foi diretor musical do Ensemble InterContemporain entre 1979 e 1991. Em sua atividade como regente destacou-se pela estreia mundial de obras de Stockhausen, Boulez, Birtwhistle e Steve Reich, dentre outros. A obra The gliding of the eagle in the skies (O deslizar da águia nos céus) foi escrita sob encomenda, por ocasião do trigésimo aniversário da Euskadiko Orkestra Sinfonikoa (Orquestra Nacional Basca), tendo sido estreada em outubro de 2012, sob regência de Andrés Orozco-Estrada. Apesar de não co- nhecer muito sobre a música basca até aquele momento — com exceção do “tamburo basco” (o qual, aliás, é utilizado nesta obra) —, o compositor buscou se familiarizar com as canções tradicionais por meio da coleção de Ximun Haran. O próprio Peter Eötvös relata o impacto que essas peças tiveram na concepção da obra: “Uma canção em particular ficou gravada em minha memória. Enquan- to ouvia essa canção, surgiu uma imagem em minha mente: uma

7 águia deslizando nos céus, flutuando no alto, sem fazer nenhum movimento, apenas com suas asas bem abertas no espaço infinito, dando-me um sentimento de completa liberdade”.

Dmitri Shostakóvich (1906-1975) Sinfonia n. 6 em si menor op. 54

Shostakóvich é, sem dúvida, uma das figuras mais proemi- nentes da música russa do século XX. Sua carreira foi marcada por conflitos com as diretrizes do partido comunista soviético. Nesse sentido, um dos episódios mais dramáticos ocorreu em janeiro de 1935, com a desaprovação de Stálin à sua ópera Lady Macbeth do distrito de Mtsensk. Poucos dias depois foi publicado no jornal Pravda um editorial intitulado “Caos em vez de música”, que daria início às acusações de “formalismo” contra o compositor: “Desde o primeiro minuto, o ouvinte fica desconcertado por uma confusa cor- rente de sons, deliberadamente dissonantes. Aparecem fragmentos de melodia e frases embrionárias, para logo perderem-se novamente nos ruídos. […] Esses jogos incompreensíveis podem acabar muito mal”. Nessa época, Shostakóvich estava trabalhando em sua Quarta sinfonia, que violava todas as normas artísticas fixadas pelo partido. Tendo em vista o delicado clima político, não lhe restou outra opção a não ser cancelar a estreia da obra. A reabilitação do compositor diante dos órgãos oficiais do partido veio apenas em 1937, com a estreia da Quinta sinfonia. Nas palavras do musicólogo Richard Taruskin, “ao seguir a forma tradicional em quatro movimentos, com uma orquestração desprovida de extravagâncias e harmonia bastante contida, a Quinta sinfonia tornou-se um paradigma do neoclassicismo stalinista, testemunhando a obediente submissão do compositor”. Uma das críticas publicadas à época afirmou que a obra constituía “a resposta criativa de um compositor a uma crítica justa”, e a obra foi considerada um modelo do realismo socialista. Dois anos mais tarde, em novembro de 1939, Shostakóvich estre- ava sua enigmática Sexta sinfonia, que em nada se assemelhava ao “otimismo” da sinfonia precedente. Com efeito, o primeiro movi- mento da sinfonia é marcado por uma atmosfera trágica e pessimis- ta, certamente influenciada pelas tensões políticas da época e pela ameaça da guerra. O movimento inteiro está baseado no intervalo

8 de terça menor, e o segundo tema, com o salto de sétima diminuta concluindo com um trinado, faz referência direta à obra de J. S. Bach. O episódio central, exposto pelo corne inglês (Poco più posso e poco rubato), está baseado num motivo de marcha fúnebre que faz alusão à obra de Gustav Mahler. Seguem-se dois movimentos rápidos e marcados por um caráter quase grotesco, repletos de refe- rências jocosas e paródicas. A ausência de um allegro inicial causou estranheza no público e muitos críticos comparavam a sinfonia a uma escultura bizarra, desprovida de cabeça: o movimento inicial era excessivamente estático e com poucos contrastes, além de ser demasiadamente longo e desproporcional em relação aos dois úl- timos movimentos. Nas palavras do compositor e regente Leonard Bernstein, a obra poderia ser resumida da seguinte forma: “trata-se de uma confissão íntima, uma espécie de meditação, longa e lenta, seguida abruptamente por dois atos de comédia”: uma exibição de otimismo e felicidade da vida na União Soviética, que se constitui na mais dura crítica ao autoritarismo de Stálin, disfarçada com a capa da ironia.

Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n. 1 em ré maior — Titan

“Tudo o que irá caracterizá-lo já se encontra presente na Pri- meira sinfonia: aqui tem início a sua vida melódica […]. Aqui estão presentes sua devoção à natureza e seus pensamentos sobre a mor- te”. Foi nesses termos que, numa conferência proferida em 1912, Arnold Schoenberg expressou de maneira inequívoca sua admiração pelo compositor Gustav Mahler, que havia falecido pouco tempo antes. Schoenberg continua: “Os temas de Mahler são originais no sentido mais elevado, quando se observam enormes fantasia e arte, enorme riqueza de variações com as quais ele constrói uma melodia infinita a partir de poucos sons”. Ele também elogia a simplicida- de, a clareza e o refinamento de sua orquestração, cuja sonoridade “nunca se origina de propósitos ornamentais, nunca é meramente decorativa”: forma e conteúdo estão intimamente ligados. O filósofo Theodor Adorno — que, aliás, havia estudado composição com um discípulo de Schoenberg — dedica um livro inteiro a Gustav Mah- ler. Segundo Adorno, não é devido a nenhuma inovação tangível

9 ou ao uso de materiais avançados que Mahler pode ser considerado um compositor progressista: Mahler antecipa o futuro, utilizando os meios do passado, dotando a tonalidade de uma expressão moderna. Não é por acaso que, a partir dos anos 1960, muitos compositores de vanguarda irão se interessar por aspectos estilísticos de suas obras: György Ligeti, por exemplo, elogiava a ideia de “colagem”, já prefi- gurada nas obras do compositor: “Mahler trabalha frequentemente com resíduos de materiais do século XIX, que são incorporados à sua música no estilo de uma colagem. Já no jovem Mahler, no terceiro movimento de sua Sinfonia n. 1, encontramos essa técnica de colagem inteiramente desenvolvida”.

As origens da Primeira sinfonia datam, provavelmente, de 1884. A primeira versão, com cinco movimentos, teve sua estreia em 20 de novembro de 1889, em Budapeste, com o título: Poema sinfônico em duas partes. A segunda apresentação, no ano de 1893, em Hamburgo, mantinha os 5 movimentos, mas acrescentava um título programático que fazia referência ao romance Titan, do es- critor Jean Paul. Segundo testemunhos de Natalie Bauer-Lechner, “Mahler tinha em mente um personagem heroico que vive e sofre, lutando contra o destino e sucumbindo a ele”. Somente em 1896, por ocasião da primeira apresentação em Berlim, é que a obra ad- quiriu seu aspecto atual, com 4 movimentos. Todas as referências a um programa extra-musical são retiradas, e a peça passa a ser cha- mar simplesmente Sinfonia em ré maior. A introdução do primeiro movimento dessa obra apresenta elementos sonoros que procuram retratar a natureza — “Wie ein Naturlaut”, anota Mahler na parti- tura. De acordo com o programa da segunda apresentação da obra, a Introdução “representa o despertar da natureza depois de um lon- go sono de inverno”. Essa introdução desemboca diretamente na exposição, cujo tema se baseia na canção Ging heut’ morgens übers Feld, dos Lieder eines fahrenden Gesellen. O musicólogo Zoltan Ro- man ressalta o fato do primeiro movimento da sinfonia constituir-se numa peça musical especialmente complexa e problemática quanto à análise, uma vez que “as tradicionais fronteiras entre exposição, desenvolvimento e recapitulação não são nítidas aqui, e as conven- ções acadêmicas da forma sonata estão sujeitas a reinterpretações e modificações de longo alcance”. Ainda segundo esse musicólogo, Mahler mantém as relações tonais e estruturais da forma sonata

10 tradicional “apenas como uma espécie de moldura geral e muito flexível”. O segundo movimento corresponde a um scherzo, com um Trio intermediário. Também aqui Mahler reaproveita material temático da canção Hans und Grethe (1880). Já o terceiro movi- mento (“Marcha fúnebre à maneira de Callot”) baseia seu material temático inicial na canção Frère Jacques, porém em modo menor. Segundo o autor, a inspiração para esta peça teria vindo de uma ilustração infantil bastante conhecida à época, na qual os animais da floresta acompanham o caixão de um caçador morto. Na seção central da peça, Mahler reutiliza fragmentos da canção Die zwei blauen Augen von meinem Schatz, também do ciclo Lieder eines fahrenden Gesellen. Por fim, o último movimento, cujo programa original descreveria o caminho do inferno ao paraíso, utiliza todos os recursos da orquestra pós-wagneriana numa roupagem formal derivada livremente da forma-sonata.

Mário Videira é professor de piano, Estética Musical e História da Ópera no Departamento de Música da USP. Publicou o livro O romantismo e o belo musical (Ed. Unesp, 2006), além de diversos artigos em revistas especializadas no Brasil e no exterior. Desde 2013 é o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Música da ECA/USP.

11 Orquestra Tonhalle de Zurique

Fundada em 1868, a Orquestra Tonhalle de Zurique é a mais an- tiga orquestra sinfônica da Suíça, hoje formada por mais de 100 músicos provenientes de 20 países. Seu primeiro regente foi o compositor, violi- nista e maestro , que liderou o grupo desde sua criação até 1906. Foi sucedido por vários dirigentes conceituados, como (1967-1971); (1982-1986) e David Zin- man, responsável pela direção da Tonhalle de 1995 até 2014, quando passou o bastão para o francês Lionel Bringuier. Durante os dezenove anos em que liderou a orquestra, Zinman abriu espaço para os instrumentos historicamente informados, expan- diu a agenda de gravações do grupo, assim como o número de apre- sentações internacionais. A Tonhalle de Zurique fez sua estreia no Proms em 2003. Em 2014, ainda na programação do festival londrino, Zinman despediu-se oficialmente da orquestra da qual é hoje regente honorário, reconhecido por seu papel fundamental no desenvolvimen- to de sua sonoridade. Dentre os mais 40 CDs da discografia da Tonhalle destacam-se os ciclos completos das sinfonias de Beethoven, Brahms e Schubert. O conjunto já angariou premiações de prestígio, como o German Record Critic’s Prize, pelas sinfonias de Beethoven; o Midem Classical Award, pelo concerto para violino e orquestra, também de Beethoven, com in- terpretação de Christian Tetzlaff; o Echo Klassik Prize, e o Record Aca- demy Award, pela gravação da Canção da Terra, de Gustav Mahler, com o tenor Christian Elsner. A Orquestra Tonhalle de Zurique promove uma intensa progra- mação de concertos — mais de 100 apresentações por ano — e de ativi- dades educacionais em todos os estágios de formação, além de programas especiais para o público infantil e para a família. No escopo de suas ati- vidades para a formação de público, a Tonhalle criou o TOZjung, um conjunto de atrações para os jovens. Um dos destaques desse programa é o tonhalleLATE, que combina dança com música erudita e eletrônica. Em suas turnês internacionais conta com solistas consagrados como , Yo-Yo Ma, Victoria Mullova, Julia Fischer e Maria João Pires. PRISKA KETTERER

Saiba mais O compositor húngaro Peter Eötvös e o percussionista Martin Grubinger ocupam respectivamente os cargos de Creative Chair e Artist in Resident da Temporada 2016/2017 da Orquestra.

13 Lionel Bringuier

Lionel Bringuier nasceu Nice, em 1986. Iniciou seus estudos de violoncelo aos 5 anos de idade, aos 13 ingressou no Conservatório de Paris como aluno do violoncelista Philippe Muller e do maestro Zsolt Nagy. Sua estreia como regente profissional deu-se aos 14 anos, quan- do dirigiu um concerto ao vivo, transmitido pela televisão francesa. Em 2007, aos 21 anos, atuou como maestro assistente do Ensemble Orquestral de Paris e também como regente associado da Orquestra da Bretanha, até ser escolhido por Esa-Pekka Salonen para assumir o posto de assistente na Filarmônica de Los Angeles. Três anos mais tar- de, já maestro assistente da orquestra, tornou-se o mais jovem regente da história do Walt Disney Hall. Em 2012, aos 26 anos, assumiu a direção da Tonhalle, substi- tuindo , que conduzira o grupo por vinte anos. Além de seu empenho na continuidade da tradição da orquestra, Bringuier vem se mostrando bastante comprometido em expandir o papel educacio- nal da instituição, divulgando a música erudita entre o público jovem. Sua atuação como incentivador da música contemporânea in- clui um diálogo intenso com os compositores da atualidade, como Pe- dro Amaral, Marc-André Dalbavie, Bruno Mantovani, Kaija Saariaho, Steven Stucky e Erkki Sven Tüür — alguns dentre tantos autores que tiveram obras inéditas estreadas por Bringuier à frente da Tonhalle. Apresenta-se como regente convidado de várias orquestras reno- madas, tais como as Filarmônicas de Nova York, Los Angeles e Muni- que; a Sinfônica da Rádio da Baviera; a Gewandhaus de Leipzig e a Royal Concertgebouw de Amsterdã. Algumas estreias recentes de Bringuier como regente convidado merecem destaque, como a atuação junto à NHK Symphony Orchestra; à Filarmônica de Seoul e à Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia. Não menos importantes são as estreias das peças Karawane, de Esa-Pekka Salonen, com a Filarmônica de Los Angeles, e o concerto para corne inglês de Bernhard Rand, com a Orquestra de Cleveland. Ao lado de Nelson Freire, em 2010, Bringuier apresentou-se pela primeira vez no festival londrino BBC Proms, à frente da orquestra da BBC — espetáculo gravado ao vivo e lançado pela Bel Air Classiques. DIVULGAÇÃO

Saiba mais Lionel Bringuier e a Tonhalle de Zurique lançaram este ano, pela Deutsche Grammophon, uma caixa contendo três CDs com a obra orquestral completa de Maurice Ravel. Os solistas são o pianista e o violinista Ray Chen. Nelson Freire

Nascido em Boa Esperança, Minas Gerais, em 1944, aos cinco anos Nelson Freire mudou-se para o Rio de Janeiro. Aluno de Lúcia Branco e Nise Obino, venceu, aos 12 anos, o Primeiro Concurso Internacional do Rio de Janeiro, interpretando o Con- certo do Imperador, de Beethoven, distinção que lhe valeu uma bolsa para estudar em Viena, com Bruno Seidlhofer. Considerado pela crítica internacional como um dos gran- des pianistas do nosso tempo, Nelson tem seu nome na lista das maiores estrelas do teclado, ao lado de Martha Argerich, Vladimir Horowitz e Guiomar Novaes, a grande inspiração de sua carreira. Sua vida profissional teve início em 1959, com recitais e con- certos nas cidades mais importantes da Europa, Estados Unidos e América Latina. Em 1964, venceu o Concurso Internacional Vianna da Motta, em Portugal, e a medalha Dinu Lipatti, em Londres. Apresentou-se ao lado dos mais celebrados maestros do mundo: Pierre Boulez, Eugen Jochum, Riccardo Chailly, Charles Dutoit, Seiji Ozawa, Yuri Temirkanov, Lionel Bringuier e Fabio Luisi; e acompanhou-se de todas as grandes orquestras, tais como as Filarmônicas de Berlim, Israel, Viena e São Petersburgo, a Or- questra da BBC, a Filarmônica da Rádio France, as Orquestras de Paris e de Toulouse e as americanas de Cleveland, Boston, Chica- go, Los Angeles e Nova York. Sua discografia exibe registros fundamentais da obra de Chopin, Schumann, Debussy, Rachmaninov, Liszt e Brahms, in- terpretações consideradas como referências para pianistas e ouvin- tes. Ao longo de uma brilhante carreira, Nelson recebeu as mais notáveis premiações, entre elas o Prix Edison, o Diapason d‘Or, o Grand Prix de L’Académie Charles Cros, o Choc du Monde de la Musique e o Grammy Awards. Em março deste ano, lançou pelo selo Decca um CD com peças de Bach: Partita n. 4, Suíte Inglesa n. 3, Concerto em sol menor, Fantasia cromática e Fuga em ré menor. O álbum foi acla- mado pela crítica internacional. Nelson Freire é detentor de títulos ilustres: doutor honoris causa pela Faculdade de Música da UFRJ, Cavaleiro da Ordem do Rio Branco, Comandante de Artes e Letras da França. HENNEK

Saiba mais O CD Brasileiro, Villa-Lobos & friends, lançado em 2012, ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Clássica. Além de Villa-Lobos, Freire gravou obras de Camargo Guarnieri, Cláudio Santoro e Francisco Mignone.

17 Criatividade para enxergar além Orquestra Tonhalle de Zurique dos problemas Lionel Bringuier REGENTE E DIRETOR ARTÍSTICO Dedicação em apoiar nossos clientes PRIMEIROS VIOLINOS Felix Naegeli OBOÉS TROMBONES Klaidi Sahatçi Paul Westermayer Simon Fuchs David Bruchez-Lalli em suas maiores questões Julia Becker Isaac Duarte Seth Quistad VIOLONCELOS George-Cosmin Banica Martin Frutiger Bill Thomas Thomas Grossenbacher Thomas Garcia Kaspar Zimmermann Rafael Rosenfeld TUBA David Goldzycher Benjamin Nyffenegger CLARINETES Simon Styles Andrzej Kilian Christian Proske Michael Reid Marc Luisoni TÍMPANOS/PERCUSSÃO Gabriele Ardizzone Felix-Andreas Genner Sayaka Takeuchi Benjamin Forster Anita Federli-Rutz Diego Baroni Christopher Whiting Christian Hartmann Andreas Sami Florian Walser Isabelle Weilbach-Lambelet Andreas Berger Mattia Zappa Muriel Quistad FAGOTES Klaus Schwärzler Vanessa Hunt Russell Angela Golubyeva Staub Matthias Racz Thomas Büchel Ioanna Seira Alexia Fouilloux Martin Hösli Matthias Kern Mira Mäkäräinen CONTRABAIXOS Jasen Atanasov HARPAS Romaine Bolinger Frank Sanderell TROMPAS Sarah Verrue Melinda Stocker Ronald Dangel Ivo Gass Anna le Dantec Peter Kosak SEGUNDOS VIONINOS Mischa Greull Gallus Burkard PIANO Kilian Schneider Nigel Downing Oliver Corchia Peter Solomon Cornelia Angerhofer Karl Fässler Ute Grewel Sophie Speyer Robert Teutsch Kamil Losiewicz Josef Gazsi Paulo Muñoz-Toledo Ivo Schmid Keiko Hashiguchi Tomas Gallart Seiko Morishita FLAUTAS TROMPETES Beatrice Mössner Matvey Demin Philippe Litzler Mari Parz Haika Lübcke Heinz Saurer Luzia Meier Jessica Dalsant Herbert Kistler Mio Yamamoto Sakura Kindynis Olivier Koerper Enrico Filippo Maligno Jonas Moosman Dorothee Eychmüller Arlette Meier-Hock Ursula Koelner DIREÇÃO DA ORQUESTRA Ilona Schmiel, Diretora Executiva e Artística da Tonhalle Society Zurich Valores que inspiram nossa VIOLAS Michel Rouilly Michaela Braun, Gerente de Marketing e Comunicação Gilad Karni Marc Barwisch, Gerente do Departamento Artístico trajetória há mais de 40 anos N.485. OAB/SP David Greenlees Ambros Bösch, Tour Manager Johannes Gürth Amélie Fibicher, Assistente do Tour Manager Micha Rothenberger Friedemann Dürrschnabel, Bernhard Kopp, Martin Kozel, Técnicos de palco Ursula Sarnthein REALIZAÇÃO DA TURNÊ INTERNACIONAL: HARRISONPARROTT Antonia Siegers-Reid Rafi Gokay-Wol, Diretor de Turnês Siga-nos Michel Willi Viola Frankenfeld, Gerente Sênior de Turnês e Projetos Andrea Wennberg Veronika Ruppenstein, Gerente de Turnês e Projetos Katarzyna Losiewicz Sarah Bruce, Tour Manager

São Paulo | Rio de Janeiro | Porto Alegre | Belo Horizonte | Brasília | New York www.machadomeyer.com.br 18 Criatividade para enxergar além dos problemas Dedicação em apoiar nossos clientes em suas maiores questões

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trajetória há mais de 40 anos N.485. OAB/SP

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MINISTÉRIO DA CULTURA AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.

MECENAS Paulo Proushan Bruno Alois Nowak Regis Edouard Alain Dubrule Calçados Casa Eurico Adolpho Leirner Roberto Baumgart Carla e Jaime Pinsky Álvaro Luiz Fleury Malheiros Rosa Maria de Andrade Nery Carlos Chagas Rodrigues Ana Lucia e Sergio Comolatti Ursula Baumgart Carlos P. Rauscher Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel 6 Mecenas Anônimos Claudia Annunziata G. Musto Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Claudio Alberto Cury Anna Helena Americano de Araújo Claudio e Selma Cernea Antonio Corrêa Meyer MANTENEDORES Dario Chebel Labaki Neto Antonio Hermann D. M. Azevedo Dario e Regina Guarita Arsenio Negro Jr. Alexandre e Silvia Fix Edith Ranzini Beatriz Baumgart Tadini Antonio Ailton Caseiro Eduardo Secchi Munhoz Carmo e Jovelino Mineiro Antonio Kanji Eduardo Simplicio da Silva Claudio Thomaz Lobo Sonder Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Edward Launberg Cristian Baumgart Stroczynski Edy Gomes Cassemiro Elias e Elizabeth Rocha Barros Cristina Baumgart Erwin e Marie Kaufmann Elisa Wolynec Daniel Feffer Fernando Eckhardt Luzio Evangelina Lobato Uchoa Denise Pauli Pavarina Francisco Humberto de Abreu Maffei Fernando de Azevedo Corrêa Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Henri Philippe Reichstul Francisco J. de Oliveira Jr. Frédéric de Mariz Jayme Blay Francisco Montano Filho Gioconda Bordon Lea Regina Caffaro Terra Gerard Loeb Giovanni Guido Cerri Livio De Vivo Gustavo e Cida Reis Teixeira Hélio Seibel Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Heinz Jorg Gruber Henri Slezynger e Dora Rosset Maria Zilda Oliveira de Araújo Henrique Lindenberg Neto Israel Vainboim Mario Arthur Adler Humberto de Andrade Soares Jacques Caradec Michael Haradom Isaac Popoutchi Jean Claude Ramirez Neli Aparecida de Faria Israel Sancovski João e Odila Rabello Nelson Pereira dos Reis Issei e Marcia Abe Jorge José Proushan z”l Regina e Gerald Reiss Izabel Sobral Jorge Sidney e Nadia Atalla Ricard Takeshi Akagawa Jayme Sverner José Carlos Evangelista Ruy e Celia Korbivcher José e Priscila Goldenberg José E. Queiroz Guimarães Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato José Thales S. Rebouças José Luiz e Sandra Setúbal Silvia e Fernando Carramaschi Junia Borges Botelho José Roberto Opice Tamas Makray Katalin Borger Karin Baumgart Srougi Thomas Frank Tichauer Leo Kupfer Lázaro de Mello Brandão Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Marcelo Kayath Wolfgang Knapp Luiz Diederichsen Villares Marcos Baumgart Stroczynski 3 Mantenedores Anônimos Luiz Franco Brandão Marcos Braga Rosalino Luiz Henrique Martins Castro Marisa e Jan Eichbaum Luiz Marcello M. de Azevedo Filho Michael e Alina Perlman BENFEITORES Malú Pereira de Almeida Milú Villela Marco Tullio Bottino Minidi Pedroso Abram e Clarice Topczewski Marcos de Mattos Pimenta Nelson Nery Junior Alberto Whitaker Maria Adelaide Amaral Olavo Setúbal Jr. Alfredo Rizkallah Maria Bonomi Orlandia Andrea Sandro Calabi Maria Helena Peres Oliveira Otto Baumgart Antonio Carlos Marcondes Machado Maria Teresa Igel Paulo Bruna Arnaldo Malheiros Marta D. Grostein MV Pratini de Moraes João Baptista Raimo Jr. Nelson Vieira Barreira José Carlos Dias Oscar Lafer José Francisco Kerr Saraiva Oswaldo Henrique Silveira José Rubens Pirani Patricia de Moraes Lilia Katri Moritz Schwarcz Paula e Hitoshi Castro Luci Banks Leite Paulo Cezar Aragão Lucila Pires Evangelista Paulo Guilherme Leser Luiz Roberto de Andrade Novaes Paulo Roberto Pereira da Costa Luiz Schwarcz Percival Lafer M. Luiza Santari M. Porto Raphael Pereira Crizantho Marcello D. Bronstein Renata e Sergio Simon Marcos Pires Campos Roberto e Luizila Calvo Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Rosa Maria Graziano Maria Ines Galli Ruben Halaban Maria Joaquina Marques Dias Sergio Luiz Macera Maria Lucia Alexandrino Segall Thyrso Martins Maria Tereza e Rodolfo Antonio de Lara Campos Ulysses de Paula Eduardo Jr. Marilene Melo Vavy Pacheco Borges Mario Roberto Rizkallah Vivian Abdalla Hannud Mathias Eggers Gorab Walter Ceneviva Mauro André Mendes Finatti Wilma Kövesi (i. m.) Omar Fernandes Aly 11 Benfeitores Anônimos Patrícia Upton e Nelson Ascher Paulo Emilio Pinto Paulo Mordehachvili APOIADORES Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Alberto M.R. Barros Neto Raquel Szterling Nelken Alessandro e Dora Ventura Raul Antonio Correa da Silva Aluízio Guimarães Cupertino Relacionarte Marketing e Produções Culturais Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ana Maria Malik Ricardo Hering Anna Veronica Mautner Roberto Falzoni Arnoldo Wald Teli Penteado Cardoso Beatriz e Numa Valle Walter Jacob Curi Beatriz Garcez Lohmann 24 Apoiadores Anônimos Blue Travel Agência de Viagens Carlos Mendes Pinheiro Junior Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo e Rafaela Queiros Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku Eric Alexander Klug Flavio e M. Lucia de Oliveira Francisco, Mariana e Gabriela Turra Lista atualizada em 30 de setembro de 2016 Galícia Empreend. e Participações Ltda Geraldo Medeiros-Neto Para mais informações, Guilherme Ary Plonski ligue para (11) 3256 0223, Gustavo Henrique Machado de Carvalho escreva para Helio e Livia Elkis [email protected] Horacio Mario Kleinman ou visite Irente Kantor www.culturaartistica.com.br/amigos Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística.

PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais)

Adolpho Leirner Eurofarma Affonso Celso Pastore Fabio de Campos Lilla Agência Estado Fanny Ribenboin Fix Aggrego Consultores Fernando Eckhardt Luzio Airton Bobrow Fernando Lohmann Alexandre e Silvia Fix Fernão Carlos Botelho Bracher Alfredo Egydio Setúbal Festival de Salzburgo Alfredo Rizkallah Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Álvaro Luís Fleury Malheiros Francisca Nelida Ostrowicz Ana Maria Levy Villela Igel Francisco H. de Abreu Maffei Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Frédéric de Mariz Antonio Carlos de Araújo Cintra Frederico Lohmann Antonio Corrêa Meyer Fundação Filantrópica Arymax Arnaldo Malheiros Gerard Loeb Arsenio Negro Jr. Gioconda Bordon Aurora Bebidas e Alimentos Finos Giovanni Guido Cerri Banco Pine Heinz J. Gruber Banco Safra Helga Verena Maffei Bicbanco Henri Philippe Reichstul Bruno Alois Nowak Henri Slezynger Calçados Casa Eurico Henrique Meirelles Camargo Correa Idort/SP Camilla Telles Ferreira Santos Israel Vainboim Carlos Nehring Netto Jacques Caradec CCE Jairo Cupertino Center Norte Jayme Blay Cláudio e Rose Sonder Jayme Bobrow Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Jayme Sverner Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Jorge Diamant Dario Chebel Labaki Neto José Carlos e Lucila Evangelista Dora Rosset José E. Queiroz Guimarães Editora Pinsky Ltda. José Ephim Mindlin Elias Victor Nigri Jose Luiz Egydio Setúbal Elisa Wolynec José M. Martinez Zaragoza EMS José Roberto Mendonça de Barros Erwin e Marie Kaufmann José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho Theodoro Jorge Flank Katalin Borger Thomas Kunze Lea Regina Caffaro Terra Thyrso Martins Leo Madeiras Unigel Livio De Vivo Ursula Baumgart Luís Stuhlberger Vale Luiz Diederichsen Villares Vavy Pacheco Borges Luiz Gonzaga Marinho Brandão Vitor Maiorino Netto Luiz Rodrigues Corvo Vivian Abdalla Hannud Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Mahle Metal Leve Wolfgang Knapp Maria Adelaide Amaral Yara Baumgart Maria Alice Setúbal 3 Doadores Anônimos Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Gostaríamos de agradecer também as doações de mais Marisa e Jan Eichbaum de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até Martha Diederichsen Stickel R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de Michael e Alina Perlman espaço, citá-los nominalmente. Milú Villela Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin realização Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Suzano Tamas Makray UMA OBRA-PRIMA

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A - Z DISTÂNCIA MAPA MY Cabaña Villegas Alicia Moreau de Justo 1050 (Puerto Madero) 7164 km Barney Greengrass 541 Amsterdam Ave(Upper West Si... 7686.7 km Paladar Desnível Defensa 855 ( San Telmo) 7165 km Carnegie Deli 854 7th Ave.(Midtown West) 7684.6 km CY Don Julio Guatemala 4691, esq. Gurruchaga (Palermo Katz’sDelicatessen Viejo) 7168 km 205 E. Houston St.(Lower East Side) 7684.6 km

El Obero Mile End 97A Hoyt St. (Brooklyn) 7677.3 km CMY Agustín R. Caffarena 64 (la Boca) 7164 km Russ and Daughters El Pobre Luis 179 E. Houston St. (lower East Side) 7680.8 km Arribeños 2393, esq. Blanco Encalada (Belgrano) 7169 km

K La Brigada (San Telmo) Buenos Aires Londres

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Próximos destinos Hereford Road Frenchie

AA - -Z Z DISTÂNCIA MAPA A - Z DISTÂNCIA MAPA 10 Greek Street Abri 10 Greek Street (Soho) 9487.3 km 92, rue du Faubourg-Poissonnière (10... 9393.9km São Paulo Itália Anchor & Hope Espanha 36 The Cut (Southwark) 9487.5 km Bigarrade 106, rue Nollet (17ème) 9393.2 km Fox & Anchor 115 Charterhouse Street (Clerkenwell) 9489.2 km Chatomat 6, rue Victor Letalle (20ème) 9394.9 km Great Queen Street 32 Great Queen Street (Covent Gard... 9487.8 km Chez L’Ami Jean 27, rue Malar (7ème) 9390.3km Hereford Rood 3 Hereford Road (Westbourne Grove) 9484.4 km Frenchie 5-6, rue du Nil (2ème) 9393.0 km Hix Letter_compromisso_145x210.pdf 1 3/12/2015 10:08:26 AM

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Rael | foto: Chris Rufatto Espaço Olavo Setubal | foto: Edouard Fraipont Exposição Sergio Camargo: Luz e Matéria | foto: André Seiti Evento || Entre || Arte e Acesso | foto: Ivson Miranda Ilú Obá de Min | foto: Ivson Miranda O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística. credit-suisse.com/sponsoring /itaucultural Realização avenida paulista 149 são paulo fone +55 11 2168 1777 [email protected] Letter_compromisso_145x210.pdf 1 3/12/2015 10:08:26 AM

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8 E 9 DE MARÇO Orquestra Filarmônica de Viena REGÊNCIA Valery Gergiev

7 E 8 DE MAIO Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia REGÊNCIA Sir Antonio Pappano PIANO Beatrice Rana

17 E 18 DE MAIO Quatuor Ebène

4 E 5 DE JUNHO VIOLONCELO Jean-Guihen Queyras

18 E 19 DE JUNHO Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble PIANO Elena Bashkirova

23 E 24 DE AGOSTO PIANO

10 E 11 DE SETEMBRO Soloists DIREÇÃO ARTÍSTICA Øyvind Gimse TROMPETE

26 E 27 DE SETEMBRO Orquestra Filarmônica de Hamburgo REGÊNCIA Kent Nagano VIOLONCELO Gautier Capuçon MEZZOSOPRANO Mihoko Fujimura

16 E 18 DE OUTUBRO Orquestra Tonhalle de Zurique REGÊNCIA Lionel Bringuier PIANO Nelson Freire

7 E 8 DE NOVEMBRO Orquestra Gulbenkian REGÊNCIA Lawrence Foster VIOLONCELO Antonio Meneses

Programação e datas sujeitas a alterações.