Orquestra Tonhalle De Zurique REGÊNCIA Lionel Bringuier PIANO Nelson Freire

Orquestra Tonhalle De Zurique REGÊNCIA Lionel Bringuier PIANO Nelson Freire

Orquestra 2016 Tonhalle de Zurique REGÊNCIA Lionel Bringuier PIANO Nelson Freire O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM 2016 CONCERTO GRATUITO AO AR LIVRE Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster REGÊNCIA Antonio Meneses VIOLONCELO 6 de novembro às 11 horas Plateia externa do Auditório Ibirapuera PROGRAMA Lalo Concerto para violoncelo Mendelssohn Sinfonia n. 3 DIVULGAÇÃO PATROCÍNIO REALIZAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM 2016 Orquestra Tonhalle de Zurique REGÊNCIA Lionel Bringuier DIVULGAÇÃO PIAN O Nelson Freire PATROCÍNIO REALIZAÇÃO GIOCONDA BORDON 3 PROGRAMA 4 NOTAS SOBRE O PROGRAMA 6 Mário Videira BIOGRAFIAS 12 SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA PRESIDENTE Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda Bordon DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Junior, Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart CONSELHO CONSULTIVO Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL SUPERVISÃO GERAL EDIÇÃO Gioconda Bordon Silvia Pedrosa Marta Garcia PROJETO GRÁFICO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA ASSESSORIA DE IMPRENSA Paulo Humberto L. de Almeida Ludovico Desenho Gráfico Conteúdo Comunicação GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa DIRETOR EVENTOS Mauren Stieven SUPERVISORA, Gabrielle Coelho, Graziela Fernanda Gaeta Tognetti APOIO A EVENTOS Felipe Lapa DIVISÃO OPERACIONAL Analia Verônica Belli GERENTE DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Mônica Cássia Ferreira GERENTE, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina del Papa GERENTE, Aline Gurgel Siqueira, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides, Gerson da Silva ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Denilson Caroso Araújo, Edgar Paulo da Conceição, Emerson de Souza, Humberto Alves Coralino, José Carlos Ferreira, Júlio César Barreto de Souza, Kaique Ramos França, Marcio Dionizio, Nizinho Deivid Zopelaro, Rodrigo Batista Ferreira, Rodrigo Stevanin, Sandro Silvestre CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida ENCARREGADO REALIZAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA Gioconda Bordon [email protected] Memória de grandes recitais É uma grande alegria apresentar em nossa Temporada 2016 um artista tão prestigiado e querido como Nelson Freire, que forma com Guiomar Novaes — seu modelo e fonte de inspiração desde sempre — e Magda Tagliaferro o trio maior do teclado brasileiro. Desde sua fundação, em setembro de 1912, a Cultura Ar- tística inscreve em sua agenda de concertos os nomes dos mais célebres pianistas do Brasil e do mundo. Em 11 de abril de 1914, a então novata associação cultural paulista apresentou o primeiro recital de sua história com Antonieta Rudge. Imprimiu assim sua marca na vida musical de São Paulo — compromisso que vem sendo reafirmado ao longo de seus 104 anos de existência. Guiomar Novaes tocou pela primeira vez para a Cultura Artística em 29 de setembro de 1919. Voltou em 1926, 1933, 1962 e 1965. O concerto para piano e orquestra de Schumann, que Nel- son toca nessas duas noites, foi gravado por Guiomar, em 1951, com a Filarmônica de Viena, sob direção de Otto Klemperer — um registro histórico em todos os sentidos. Hoje, o refinamento do toque de Nelson ecoará em nossa memória a sutileza da leitura que Guiomar fez dessa peça, um dos mais belos concertos já es- critos para piano. Madalena Tagliaferro estreou na Cultura Artística em agos- to de 1923, voltou mais 10 vezes, a última em 1967. Personalidades totalmente opostas, Magda era exuberante, colorida; Guiomar, in- trovertida e serena. No entanto, iguais na magia e na excepcionali- dade, foram ovacionadas pelo público e pela crítica internacional. Nessas duas noites, Nelson Freire nos oferece mais dois grandes concertos para esta Temporada, uma das mais belas de nossa história. Bom espetáculo a todos! 3 SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 16 de outubro, domingo, 21h Orquestra Tonhalle de Zurich Lionel Bringuier REGÊNCIA Nelson Freire PIANO Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54 c. 31’ I. Allegro affettuoso II. Intermezzo: andantino grazioso III. Allegro vivace intervalo Peter Eötvös (1944- ) The gliding of the eagle in the skies c. 11’ Dmitri Shostakóvich (1905-1975) Sinfonia n. 6 em si menor op. 54 c. 32’ I. Largo II. Allegro III. Presto Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos. 4 SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 18 de outubro, terça-feira, 21h Orquestra Tonhalle de Zurich Lionel Bringuier REGÊNCIA Nelson Freire PIANO Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54 c. 31’ I. Allegro affettuoso II. Intermezzo: andantino grazioso III. Allegro vivace intervalo Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n. 1 em ré maior — Titan c. 53’ I. Langsam. Schleppend (Lento e arrastado) II. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell (Enérgico, mas não demasiadamente rápido) III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen (Solene e comedido, sem arrastar) IV. Stürmisch bewegt (Tempestuoso) Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br 5 Notas sobre o programa Mário Videira Robert Schumann (1810-1856) Concerto para piano em lá menor op. 54 A origem deste concerto remonta ao ano de 1840: o primeiro movimento (allegro affettuoso) foi concebido originalmente como uma fantasia para piano e orquestra. Alguns anos mais tarde, Schumann retomou a obra, acrescentando um movimento lento e um finale, transformando a peça num concerto para piano. Mesmo assim, o concerto se destaca por sua unidade musical, uma vez que o mo- tivo derivado do tema principal do primeiro movimento reaparece e fundamenta também os outros dois movimentos. O fato de ter sido concebido originalmente como uma fantasia poderia explicar a forma pouco ortodoxa do primeiro movimento, que é bastante diferente da tradição clássica, contendo inclusive um episódio antes da seção de desenvolvimento — que se inicia com um diálogo de caráter camerístico entre o piano e o clarinete —, na qual o tema principal é apresentado com intenso lirismo (andante espressivo). A concepção musical da peça opõe-se a uma espécie de ultra-virtuosis- mo característico de muitos concertos escritos por volta dessa mesma época. Numa carta endereçada a Clara Wieck, Robert Schumann confessa: “Não posso escrever um concerto para virtuoses. Tenho que pensar em algo totalmente distinto”. Com efeito, Schumann acreditava que uma ênfase excessiva no aspecto virtuosístico poderia facilmente degenerar numa mera exibição de habilidades técnicas do instrumentista, desprovida de uma invenção composicional mais sofisticada. Como bem observou o musicólogo John Daverio, “a ascensão do virtuose colocava um problema para o compositor sério, a saber, o de como equilibrar o brilho técnico e a substância musi- cal”. Num artigo publicado em 1839, o próprio Schumann reflete a respeito dessas questões, defendendo a necessidade de se encontrar novas maneiras de unir o piano e a orquestra, de forma que o solista “possa ser capaz de desenvolver toda a riqueza de seu instrumento e de sua arte, sem que, contudo, a orquestra desempenhe um papel meramente coadjuvante”. Assim, o compositor defende que a forma tradicional do concerto seja substituída por formas mais livres, mas sem perder a dignidade da arte e, embora o aspecto do virtuosismo possa e deva ser explorado, para Schumann a música é que deve sempre possuir a primazia. Peter Eötvös (1944- ) The gliding of the eagle in the skies O compositor húngaro Peter Eötvös iniciou seus estudos musicais ao piano, tendo também aprendido violino, percussão e flauta. Aos 12 anos de idade ganhou seu primeiro prêmio como compositor, tendo sido aceito por Kodály na Academia de Música de Budapeste com apenas 14 anos. Participou dos célebres Cursos de Verão em Darmstadt e, com uma bolsa de estudos do DAAD (1966-1968), completou sua formação sob a orientação de Bernd Alois Zimmermann (composição) e Wolfgang von der

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