Castro Alves

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Castro Alves Castro Alves BRASI LIANA Serie 5.' VoJ. 212 BIBLJOTECA PEDAGOCICA BRASILE IRA AFRÂNIO PEIXOTO + Castro Alves o Poeta e o Poema + 1.• EDIÇÃO COMPANHIA EDITORA NACIONAL SÃO P,\ULO - R!O oc JASEIJIO - IIEC lrE - rOltTO-AUO!'E 1942 O POETA CASTRO ALV ES Vida efémera e ardente de Castro Alves Eu sinto cm mim o borbu//1;ir do gini!J! C,,.s-n,;o ALVES. No cl:.ío d.1 Himjri.1 o p.mo teu 'I..W,ÍII Clsnto AL\'ES. ASCEU António de Castro Alves do Dr. Antó• N nio José Alves e de D. Clélia llrasília da Sika Castro, sua mulher, a 14 de i\larço de 1847, um domingo. às I o horas da manhã, na fazenda Ca­ baceiras, à mnrgcm do rio P:uaguassú (sete léguas distante do Curralinho, hoje Cidade Castro Alves) então freguesia de i\luritiba (cuja sede era a qua­ tro e meia légu:is de distância), comarca de Ca­ choeira, na Bahia. OS PAIS Era o Dr. António José Alves da capital da província, onde nascera a 16 de i\laio de 1818 (1), (t) A.~•Q:-10 PACÍF ICO PEJU".tR...\ - fabUc:o biag,.í/ico do Dr. 0 11,iuínio JosJ A/;.:cJ" - G,1:;ct.1 Médica d.t 11.ifo, n. 14, J:m. 1669 8 Afrârúo Peixoto filho de pai ponuguês, t:unbêm de nome Antó• nio José Alves, e de baiana D. Ana Joaquina Alves de Sá. Depois dos estudos primários, ini­ ciados em 26 e preparatórios concluídos cm 33, matriculou-se no curso de farmácia (35), depois no de medicina ( 36) que interrompeu no segundo ano, cm 37, por ter rebentado a revolta dita ds "Sabinada"1 na qual ofcrcccu os seus serviços ao govêmo legal, nomeado cadete, destacado para Cachoeira, onde tomou parte no combate de Campina, sendo, pelo Presidente da P rovín• cia, clogjado, quando tcrnlinou a Juta. Antes de formar-s e, no comêço de 41, indo ao sertão cm busca de bons ares para a sua débil saúde, viu ai, cm Curralü1 ho, uma interessante menin a., formosa e prendada, pela qual se apaixonou. Era D. Clélia, filha do sargento-mor José António da Silva Castro, um dos heróis da Lidepenclên­ cia na Baía, do 3 .º Batalhão ( d 1amado dos "Pe­ riquitos", pelo distintivo que usa,·a na farda), o qual tivera pôsto saliente nas ações que antes de , de Julho de 23, nos arredores ela Bahia, dcscoroçoa• ram as tropas do General Madeira. Em 2 5 casara com uma jovem espanhola, cujo pai era abastado negociante na Capital, e dêsse enbce nasceu-lhes, a 14 de /lfarço de 26, D. Clélia, que, vinte e um anos mais rardc, dla por dia contados, vi ria a ser mãe de Castro Alves. E ducada na capital, com os estudos e prendas das meninas nobres, fôm ter cm 4r ao senão, a Curra!inho, entregue aos Castro Alves, o poeta e o poema 9 cuidados de parentes seus, talvez cm busca de rcfôrço :\ saúde, pouca e delicada. Foi aí, rambêm oriundo da Baía, que a encon­ trou o doutorando Amónio José Alves, logo apai­ xonado e correspondido, que a pediu e logrou cm casamento. Ames disso, porêm, tinha de formar­ sc, o que realizou a e8 de Novembro de 4r, aper­ feiçoar-se na sua arcc, cm uma viagem à Europa, que conseguiu de facto, pm:i.ndo da Bahia na cor­ veta ponugucsa D. João l, q uc o levaria a Por­ tugal. Em carta a sua noi,·a ( 1) , escrita de Paris cm 2 3 de Novembro de 43 se colhe que viajou pela França, Bélgica, Holanda e Alemanha, des­ crevendo a vida que lc,·ava de estudos e curiosi­ dades de ,·iagcm; manda-lhe músicas e antcgoza ouvir-lhe tocá-las ao piano; espera tornar cm Setembro de +1- para estar na Bahia cm fins de Outubro ou comêço de ?--:ovcmbro; coma que us seus esforços eram dedicados a adquirir uma instrução que o recomendasse e desse honras, tudo consagrado à felicidade dela. De facto, apro­ veitaram-lhe os estudos e a frequência dos mes­ tres e dos hospitais, cspcci:1.Iiz.1 ndo-sc cm ci­ rurgia, distinguido não mro por Malgaignc, o célebre operador francc.s, que lhe confiara o bis­ turi cm in tcn·ençõcs arriscadas. Tomando à füía iniciou a vid.1 profissional, na docênci:1. ensinando, na clínica operando, com o que (1) lnétlit::i. Comunicada por D. Améli:i de Ci.stro Ah·cs Ri­ beiro d:i. Cunh;r, úmi do Poct:i. (O Afrâruo Peixoto veio a debilitar-se tanto, que outra vez o recurso dos ares sertanejos lhe foi imposto. Recobrando a saúde, cm 30 de Novembro de 44 realizou-se o seu casamento com D. Clélia, cm Curralinho, onde continuou a morar, até que cm fins de 45 yic ram ter a Cabaceiras, fazenda de criação, a meia légun da margem do Paraguassú, de posse da família da espôsa. O BERÇO Indo de S. Félix ou i\foritiba, c:iminho de Santo Estêvão de Jacuhipc, a qumo léguas de distância, encontra-se o Tabuleiro de Pindoba, vasta planície na qual se acha si rnada a fazenda Cabaceiras, peno do Pôrto do Papa-gente, no i;ío Paraguassll A vegetação rasteira é salteada uricur ís e t."'actos mandacarú, nlên1 de umbús e ca juciros, estendidos pela campino, até as ma­ t1s fcd,adas das vertentes da Serr:1 do Aporá, do lado do poente, que num abraço encerra dêste lado a paisagem. Aí, nesra explanada, a frente parn o nascente, ergueu-se a casa rústica da fazenda, hoje totalmente arrniJiada, que foi o ninho de Castro Alves. Sim­ ples, tôsca, modesta, de telha va e atijolada, amplo avarandado na frente, duas salas separadas por um vestíbtúo ou alpendre, que da va entrada para a sala de jantar, com a qual comuuicavam dois quartos la- Castro Alves, o pocm e o poema 11 tcrais, outros cómodos e dependências para o fun­ do. tal a casa, descrita por biografos de poeta . .. ( 1). Aí nasceram os primeiros filhos do casa l- José António, Amónio e Guilherme, n:ío contando o malog rado João, guc seria o re rcciro. Entre o nascimento do primogénito e o do segundo cs[i­ verarn os esposos na capital da lhhia, onde o Dr. A lves cenrou de no,·o o ensino e a clinica desen­ ganado logo pela saúde, c1ue o forçou a rotnar ,10 scrtÜOj nesse mesmo ano cst,wam ele novo n:1 fa­ zenda: 110 ano imediato, a q de Março de +7, nascia-lhes, em C1bacciras, Castro Alves (z). Mais (1) Pu:rnrnt.\ r n~sco - Castro 11!:.·cs (\'isit"l. à c$1 onde nasceu o Poeta), füb, !\'o\·cmbro de 19:0 - in XAVIE.R i\1.\RQCES - l'i,1.t de Cmro .-11::cs, ll:ti3, 1911, p. 1S - A1.,·ts Gl!C\t,\RÃES - O {;Crfa di: C.mro 1Jt:.·::-s - l)i,íri!J ,/.J B.rí.1, 1.1 .\brço ,8'];. (~} Em Sr, Lui1. fcrrcir:t .\bcicl Pinheiro, ::intiio colega de ~llt:i~oAJ~~~' ;~,?~:J~uc::r:!t~~irot~.!'~.uJi:i;~:/~3ll~i~[~h~<l~ id:idt! com que êlc se m:'.ltricuh~ cm 6+ no primeiro :mo do re­ fe rido cun;o. E' a ccrtidfo do ÚJpUSlno, primeiro public:ufa por Guilhemic Hcllcg:i.rdc (Cunfe,ir.ei.1 no Gn:-mio Ütler.uio Castro ,IJ::es - llío 18S! p. 1 :) que J cfa obcc,·e cópi.:l, rr.:mscrir.t de- pois t~' o ~-~n~: s~~:~:-;,,tbt ado de 9 de Julho c!c 47, :né :1go­ t:l p1Ll>l ic3do sl>b rc o n:iscimenco <lo F oct::l, ~O.--i$ddo 3 qu3trO mcsts", pumnto, cm M.uço dCS!ic :i. oo. Na fomífü, e d:il p:i.I'l o púb1ieo, :a d:1.u conhecida cn 1,i. de ).brço de 47. Confirnn.­ ç:Ío :i.uc~ntie1, e :.tt é :.tgor:i inédita, posso public:ir. Vem do pró• prio punho do Dr. Anrónio José :\hcs, p:.ti de üst.ro .:\l\'eç, e me foi comunil::l<la por uma d.'.l.S irm:is dêstc. D. Améli:z de Cts­ tro Ah ·cs Ribeiro cl:r Conh:i. ~um peq uenino C'3 derno fo n11:1Jo <lc ccCS fôllus d,: plpd de c:irr.1, sõft:ts., nus sobrcposr:is cscre,·cu o Dr. Akcs o ~uinrc: (,.ri p.igi,1.1): N'or:is d:i su:i ,·i:igcm :.t Europ:i, p:u-tidl tb Il:,hh :i. JJ de ;\1:Uo de ~. ru concci. ponugucs.i D. Jo:io J, toc:mdo 12 Afrâoio Peixoto dois filhos teriam aí; aí passariam os mais tenros anos da infância do poeta, acalentado pelos cuida­ dos de sua ama, a mueama Leopoldina, que lhe contaria as histórias rudes e fant:isiosas do sertão, primeiro cnc:mco para -a imaginação :u:dcncc do seu filho de criação: dessa Leopoldina, um fifüo, Gregório, serviria de pagem, mais tarde, a Castro Alves. ;\fas, já cm 1852 estava. a fomília cm S. Fé1ix, ?t margem do Parnguassú, onde, cm ;3 1 lhes nasceu a primeira filh a, Elisa. no Recife e nos Açores; (.z.ª p.igimr): '·Vim do Curr-.:alinho pln :i.s C:i l>:i. ccir:is no dia 5 de Dezembro de 18.H. 7':o dia u Jc De~ zcml,ro do mesmo :mo, '\'cio :i Cléli:i, conduz.icb pelo T:1.01jur:i e o Jo:ío E1r·:i.ngclisu, p :ir:i :is C'lb:tccims.
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