Revista Dissertar
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Parnasianismo E Simbolismo
Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos. Na prosa, surgiu o Realismo/Naturalismo e na poesia, o Parnasianismo e Simbolismo. ) Parnasianismo: contexto O Parnasianismo surge na França, na década de 1860, com a publicação do coletivo de poetas: Le Parnasse Contemporain. Romantismo – afasta-se por conta da superação da subjetividade, da idealização e não apresenta exageros (as lamúrias românticas); afasta-se do desejo de liberdade Aproximação e formal do romantismo. >> iguala-se por buscar as afastamento das sensações e por ser popular. estéticas românticas e Realismo – aproxima-se pelo objetivismo, materialismo e realistas preocupação formal com o “método” (o fazer) >> afasta-se por conta da ausência de crítica às instituições (à burguesia), não há uma preocupação ideologizada. Uma poesia acrítica, com uma abordagem superficial, musicalidade e imagens graciosas – um texto de fácil Interesse da classe leitura. burguesa nessa poesia A poesia é um objeto de consumo que pode ser “usado” em ocasiões especiais e serem “trocados” entre as pessoas – utilitarismo da poesia. Parnasianismo: aspectos formais Surge como resposta moderna ao Romantismo, que já estava desgastado, visto como a “velha escola”. Mais próximo do Objetivo dos Realismo, busca no estilo e nas técnicas poéticas um método Parnasianos franceses que os afaste do universo sentimentalista, de intensa subjetividade e idealização. Todo o esforço de Gautier foi, no campo da arte, a procura pela forma ideal da Beleza, da Palavra, minuciosamente Concepção de arte e de escolhida, dos ritmos, dos sons, rimas, que deveriam primar, sua finalidade segundo antes de tudo, pelo rigor da forma, pelo apuro da linguagem. -
VIDA E OBRA DO “MAIOR ARTISTA DO VERSO” NO BRASIL BREVES NOTAS NO CENTENÁRIO DE SEU FALECIMENTO Antônio Martins De Araújo (UFRJ/ABRAFIL) [email protected]
FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES VIDA E OBRA DO “MAIOR ARTISTA DO VERSO” NO BRASIL BREVES NOTAS NO CENTENÁRIO DE SEU FALECIMENTO Antônio Martins de Araújo (UFRJ/ABRAFIL) [email protected] 1. O contexto histórico Tantas e tão diversas as forças motrizes da fermentação social nas três décadas compreendidas entre 1870 e 1900, que a ela bem se pode a- plicar, segundo já disseram, o epíteto de Renascença Brasileira. No plano político-social, o perfil da nação brasileira se transformou com a Aboli- ção da Escravatura e a proclamação da República. No plano da literatura, de um lado, assistiu-se à quase total substi- tuição do Romantismo pelo Naturalismo, pelo Realismo e pelo Parnasia- nismo; e, de outro, pelo Simbolismo. No plano da filosofia e da sociolo- gia, o chamado Idealismo Romântico deu lugar ao Racionalismo e ao Po- sitivismo nas ideias. Desde os pródromos desse período, nos centros universitários do eixo Rio-São Paulo, assistiu-se ao advento do que se convencionou cha- mar “Ideia Nova”, trazendo em seu bojo o realismo, o socialismo, o re- publicanismo, o anticlericalismo, o objetivismo e o determinismo de base tainiana. Participando ativamente tanto das lides acadêmicas paulistas, co- mo, depois, colaborando intensamente com suas ideias nos periódicos da cidade mineira e das fluminenses por onde exerceu com a integridade de sempre a magistratura, Raimundo Correia pôde divulgar para as mentes idealistas suas progressistas posições. 206 SOLETRAS, Ano XI, Nº 22, jul./dez.2011. São Gonçalo: UERJ, 2011 DEPARTAMENTO DE LETRAS 2. Um nome nobre Conforme nos mostra seu principal biógrafo e editor, crítico, o a- cadêmico Waldir Ribeiro do Val, Raimundo Correia. -
Mapa Parcial Trecho 07
R. PEDRO SANCHES AV. 19 DE DEZEMBRO R. SANTO AMARO R. CAMPOS SALES R. ITA $9&$51(,52/(2 791$=$5e R. DA PENHA ZONA 6 R. CARAMURU R. SANTA JOAQUINA DE VEDRUNA R. VER. ARLINDO PLANAS R. MACHADO DE ASSIS AV. BRASIL R. GUARANI 5-26e-25*($%5$2 R. LAFAIETE TOURINHO R. CARAMURU 5/23(675292 R. PRINCESA ISABEL R. SANTA JOAQUINA DE VEDRUNA 58$'20+e/'(53(662$&Æ0$5$ $9,1'(3(1'Ç1&,$ $9-223(5(,5$3,21 R. VICTAL POSSANI R. ANTONIO OCTAVIO5-26e-25*($%5$2 SCRAMIN 5-229(5&(6, AV. COLOMBO CENTRAL AV. BRASIL R. LAFAIETE TOURINHO PARQUE R. NASSIB HADDAD 3d-26e,'$6,/9$ R. VITORIO BALANI R. CERRO CORA CERRO R. ROD PR 317 AV.RIO BRANCO AV. HARRY PROCHET R. ANTONIO CARNIEL LG GEN. OSORIO R. CASTRO ALVES R. SAINT HILAIRE R. FAGUNDES VARELA FAGUNDES R. R. NASSIB HADDAD R. ANTONIO OCTAVIO SCRAMIN 59(51(/621$%52 R. PIRES PARDINHO PQ.IND.BANDEIRANTES II ZONA 6 R. ALFREDO PUJOL AV. BRASIL R. VITORIO BALANI R. CARLOS CHAGAS AV. HARRY PROCHET R. COELHO NETO R. MIGUEL COUTO MIGUEL R. R. RODRIGO SILVA RUA ALUIZIO NUNES COSTA R. ELEOTERIA C. DA SILVA DA C. ELEOTERIA R. AV.RIO BRANCO R. DIRCEU PALMA/PION. AV. PARANAVAI AV. PARANAVAI R. EMILIO DE MENEZES R. ZOALDO REGINATO/PION. 5-26e'23$752&,1,2 AV. HARRY PROCHET R. RAIMUNDO CORREIA AV. PARANAVAI 59,2/$1'$0$5&21'($66803d2 R. BORBA GATO 5&2521(/&$0,62 58$212)5$$3$5(&,'$'(0$*$/+(6 R. -
RAIMUNDO CORREIA (Breves Notas No 1.º Centenário De Seu Falecimento) ANTONIO MARTINS DE ARAUJO (ABRAFIL E UFRJ)
29 VIDA E OBRA DO “MAIOR ARTISTA DO VERSO” NO BRASIL: RAIMUNDO CORREIA (Breves notas no 1.º centenário de seu falecimento) ANTONIO MARTINS DE ARAUJO (ABRAFIL e UFRJ) 1. O contexto histórico. Tantas e tão diversas as forças motrizes da fermentação social nas três décadas compreendidas entre 1870 e 1900, que a ela bem se pode aplicar, segundo nação brasileira se transformou com a Abolição da Escravatura e a proclamação da República. No plano da literatura, de um lado, assistiu-se à quase total substituição do Romantismo pelo Naturalismo, pelo Realismo e pelo Parnasianismo; e, de outro, pelo deu lugar ao Racionalismo e ao Positivismo nas ideias. Desde os pródromos desse período, nos centros universitários do eixo Rio- São Paulo, assistiu-se ao advento do que se convencionou chamar “Ideia Nova”, trazendo em seu bojo o Realismo, o Socialismo, o Republicanismo, o Anticlericalismo, o Objetivismo e o Determinismo de base tainiana. Participando ativamente tanto das lides acadêmicas paulistas, como, depois, colaborando intensamente com suas ideias nos periódicos da cidade mineira e das Correia pôde divulgar para as mentes idealistas suas progressistas posições. 2. Um nome nobre Conforme nos mostra seu principal biógrafo e editor, crítico, o acadêmico Waldir Ribeiro do Val, Raimundo Correia foi dado à luz em plenas águas maranhenses numa rede de algodão, a bordo do navio São Luís, em 1.º de maio de 1859. Seu nome de batismo foi Raimundo de São Luís da Mota de Azevedo Correa. Em sendo assim, nenhum escritor maranhense, que eu saiba, teve inserido no Em seu elegante ensaio Raimundo Correia e o seu sortilégio verbal, que exorna a edição crítica de que ora nos ocupamos, o poeta pernambucano Manuel Bandeira, depois de lembrar o curioso nascimento do poeta em uma rede, a bordo do navio São Luís, na baía de Mangunça (MA), a 13/05/1859, lembra que nosso poeta declarou haver vivido “uns restos de infância e toda a adolescência em Cabo Frio 30 (RJ), onde leu à beira-mar Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. -
O ESTETICISMO E AS REPRESENTAÇÕES SÁDICAS NO PARNASIANISMO BRASILEIRO Aline Pereira (UERJ) [email protected]
O ESTETICISMO E AS REPRESENTAÇÕES SÁDICAS NO PARNASIANISMO BRASILEIRO Aline Pereira (UERJ) [email protected] O parnasianismo brasileiro, proeminente da década de 1880 até o advento modernista, apresentou aspectos diversos, mesclados com as “escolas de transição” francesas, sobre as quais incide a ten- dência esteticista do fin de sciécle. Os nossos parnasianos explora- ram os efeitos da criação artística, como seus contemporâneos deca- dentistas e simbolistas na França, exaltando os valores estéticos. Para Afrânio Coutinho (1995, p. 179), o Parnasianismo foi um dos gran- des “movimentos” da literatura brasileira. O autor associa o amor parnasiano à forma ao “espírito de precisão e objetividade científica” (Ibidem, p. 186) que coincidiu com o “advento da civilização bur- guesa, democrática, industrial e mecânica” (Ibidem, p. 181). Contu- do, a postura parnasiana é de oposição cultural, pois ela rompe com os fundamentos poéticos da burguesia. E é justamente após a defini- ção do movimento antirromântico no espírito e na forma dos parna- sianos franceses, afirma Manuel Bandeira (p. 91), que o Parnasia- nismo se cristaliza entre nós. Entretanto, a complexidade das manifestações nomeadas par- nasianas na literatura brasileira é sublinhada por um contexto social peculiar, comparado à realidade europeia, como assinala Fernando Cerisara Gil. “Parece estar longe no Brasil do final do século XIX, a possibilidade de os nossos poetas poderem articular um discurso poético [com envergadura crítica antiburguesa], uma vez que não havia condições históricas”. (GIL, 2006, p. 31) Assim, para Cerisara Gil, ainda que exista uma reprodução do sentimento de repúdio à ba- nalização do mundo burguês, o sustentáculo da relação do poeta [de geração parnasiana no Brasil] com o “público virtual” [antiburguês] é o seu “desejo de se ver diferenciado da incultura, da miséria e do atraso geral do país” (Ibidem, p. -
Fundação Universidade Regional Do Cariri — Urca Centro De Humanidades Departamento De Línguas E Literaturas Curso De Licenc
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI — URCA CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURAS CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS DISCIPLINA: Literatura Brasileira II Professor: Edson Soares Martins Créditos: 04 Carga horária: 60 h/a Semestre: 2016.2 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA 1. EMENTA: A disciplina compreende o contexto sociocultural e histórico da produção literária brasileira ao longo do século XIX. Pressupõe a leitura seletiva de autores, obras e temas relevantes para a compreensão do Oitocentismo no Brasil, além da análise das principais características estilísticas dos textos produzidos no período. A disciplina também permite a situação da literatura brasileira no quadro das referências internacionais. São autores prioritários: Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida, Martins Pena, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Olavo Bilac, Raimundo Correia. 2. OBJETIVO GERAL: Construir com os futuros professores de Literatura Brasileira as condições satisfatórias para a compreensão, análise e interpretação do texto literário, na perspectiva do trabalho pedagógico. 1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Permitir uma aproximação crítico-reflexiva da literatura brasileira do século XIX, desde o início das manifestações do romantismo literário até o complexo realismo-naturalismo-parnasianismo; Refletir sobre procedimentos teórico-crítico-metodológicos, a partir da melhor produção teórico-crítica sobre o período em questão; Transpor o conjunto de conhecimentos construídos pelo grupo para o contexto do exercício da docência; Refletir sobre os procedimentos teórico-estéticos, a partir dos textos literários mais representativos do período enfocado, com destaque para as subdivisões esboçada no conteúdo programático. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Aula 1: Apresentação da disciplina. Romantismo europeu. Sondagem. Apreciação da sondagem: seção de leitura comentada. -
O Pré-Modernismo
Literatura Rodrigo Nóbrega Martins “A rotina arrota amargo, trava a boca. Torna comum o tempo, ‘Acostumiza’”. Marta Sousa. 16/10/14. O Pré-modernismo As marcas da transição entre o Simbolismo e o Modernismo Primeiras Palavras pré-modernismo foi um periodo stravam íntima relação com a realidade brasileira ano Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte rea- cultural brasileiro, que marca a e as tensões vividas pela sociedade do período. ção à exposição de Anita Malfatti expõe o confron- transição entre o simbolismo e o Contudo, mesmo os ’renovadores’, apesar de to que redundaria na Semana de Arte Moderna de movimento modernista. O termo iniciarem um rompimento com a temática dos 1922. Ganham destaque os periódicos O Malho, O pareceO ter sido criado por Tristão de Athayde, para períodos anteriores, não avançaram o bastante Tico tico e a revista Fon-Fon, ambas da primeira designar os "escritores contemporâneos do neo- para serem considerados modernos. década do século XX, que, por apresentarem uma parnasianismo, entre 1910 e 1920". No ambiente literário estão ativos autores linguagem mais objetiva e cotidiana, fortaleciam o momento histórico brasileiro interferiu na parnasianos, como Olavo Bilac, Raimundo Correia as estéticas de vanguarda, que pretendiam romper produção literária, marcando a transição dos e Francisca Júlia da Silva; neo-parnasianos como com os modelos clássicos, tal como buscavam os valores éticos do século XIX para uma nova reali- Martins Fontes e Goulart de Andrade. Simbolistas pré-modernistas. dade que se desenhava, pautada por uma série de como Emiliano Perneta e Pereira da Silva, con- novos movimentos de cunho religioso, como, por vivem com escritores pré-modernistas: Graça exemplo, o Padre Cícero e Antônio Conselheiro, Aranha, Lima Barreto e Euclides da Cunha, estuda- bem como o cangaço, no Nordeste; as revoltas da dos a seguir. -
Poetas Esquecidos SÂNZIO DE AZEVEDO
POETAS ESQUECIDOS Sânzio de Azevedo Ompante da tadeira no 1 da Academia Cearense de Letras. Doutor em Letras pela UFRJ. En.ra!sta, historiador e poeta. Projú.ror ,,isifanfe na U niller.ridade Federal do Ceará. 1. Introdução O TÍTULO deste despretensioso trabalho foi roubado a um livro publicado no Rio de Janeiro, em 1938, pelo poeta e crítico cearense Márw Linhares. Entretanto, aqui só serão vis tos autores que um dia chegaram a ter fama nacional. Não serão contemplados, portanto, aqueles cujos nomes se destacaram apenas em sua própria terra natal, como, para nos basearmos no mencionado livro, Bonfim Sobrinho, conhecido apenas no Ceará; Antônio Lobo, no Maranhão; Honório Monteiro, em Pernambuco; Deraldo NeYile, na Bahia, e tantos outros. Aqui pretendemos relembrar apenas alguns dos muitos cultores da poesia, cujos nomes cada vez mais se esfumam na memória dos pósteros, tendo eles em comum o fato de pos sivelmente seus contemporâneos, diante de sua glória, jamais terem tido a premoniçào de que eles fossem esquecidos um dia. 2. Os Poetas Sigamos a ordem cronológica de nascimento dos auto res escolhidos, começando por DUTRA E MELO, natural do Rio de Janeiro, nascido em 1823 e falecido em sua terra em 1846, com menos de Yinte e três anos de idade, "vitimado pelo dever, esmagado pelo trabalho", como disse Sílvio Romero, pensando em quantos morreram em conseqüência da boêmia da época.1 Fagundes Varela deixou um poema, "Elegia", que repete várias vezes o dístico "Tempo, tempo voraz, pára um momento! 1 R01\1ERO, .Sílvio. Ui.ftónú tlfl !itrm!Nm lmwlúm. (l.cd. -
A Reforma Ortográfica Da Academia Brasileira De Letras, Em 1907
206 A REFORMA ORTOGRÁFICA DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, EM 1907. MANOEL P. RIBEIRO (ABRAFIL, UERJ E UNISUAM) ATAS DA ABL – REFORMA ORTOGRÁFICA DE 1907 Em maio de 1906, a Academia Brasileira de Letras nomeou uma comissão conforme já vimos no artigo . No prefácio ao livro Atas da Academia Brasileira de Letras (HENRIQUES, 2001: XIX), Evanildo Bechara salienta: No capítulo propriamente sobre a língua, a Academia conseguiu, as hostes entre os fonetistas, com Medeiros e Albuquerque à frente, comparativa de proposta a proposta, com os votos a favor e contra, dá- nos uma ideia de como os acadêmicos estavam longe de chegar a um acordo que palidamente honrasse os princípios de uma sistematização do porte de um Silva Ramos, um João Ribeiro, um Carlos de Laet, presentes à discussão. utilizada, principalmente, para as publicações da Academia Brasileira de Letras. principais pontos desse trabalho, que passamos a analisar a seguir. ATA DA SESSÃO DE 05 DE MAIO DE 1906 Na sessão de 5 de maio de 1906, com a presença de Machado de Assis, Rodrigo Otávio, Sousa Bandeira, Euclides da Cunha, Silva Ramos, João Ribeiro e Inglês de Sousa, procedeu-se à nomeação de uma comissão incumbida de propor a reforma Veríssimo e Silva Ramos. Na sessão de 25 de abril de 1907, mandou-se publicar em avulso o projeto, para ser distribuído pelos acadêmicos, “devendo ser discutido por ordem cada um dos seus itens e depois do estudo de todos eles, votada a matéria em 207 sessão que seria previamente anunciada, de modo que pudessem comunicar o seu parecer aos acadêmicos ausentes” (HENRIQUES, 2000: 126/7). -
Augusto Sérgio Bastos Sérgio Augusto 2
Centenário de Raimundo Correia Augusto Sérgio Bastos 2 No dia 13 de setembro de 1911, em Paris, morria Raimundo Correia. Tinha 52 anos e acabara de publicar a 3.ª edição portuguesa do livro Poesias. O Brasil perdia um de seus grandes poetas, que, na opinião de Manuel Bandeira, “é o maior artista do verso que já tivemos”. Sua vida e sua obra, o homem e o poeta, são exemplares. A estreia literária foi com o livro Primeiros Sonhos, em 1879. Eram versos da adolescência, influenciados pelo romantismo, que, a rigor, desde a morte de Castro Alves, já entrara em franco declínio. Quase todos os grandes poetas românticos haviam morrido. Ele os admirava, espelhava-se neles, pois também começaram a produzir ainda muito jovens. O livro contém 45 poemas, escritos quando tinha entre 16 e 19 anos. Antes, já escrevera outros que nunca chegaram a ser publicados. Muitos anos depois, em entrevista a João do Rio, lembrou dessas tentativas poéticas, confessando que para ele “o fazer versos não passava então de uma brincadeira, de um meio cômodo e inofensivo de gracejar com os camaradas da mesma idade.” Assim nasceram os primeiros poemas. Raimundo nasceu em 13 de maio de 1859, a bordo do vapor São Luís, em águas do município de Cururupu, no Maranhão. Seu nome completo: Raimundo de São Luís da Mota de Azevedo Correia Sobrinho. Mais tarde, o poeta suprimirá o São Luís, que lembrava o nascimento no navio, e também o Sobrinho, uma homenagem a um tio paterno. Seus pais foram o juiz José da Mota de Azevedo Correia, advogado formado na Universidade de Coimbra, e Maria Clara Vieira da Silva, ambos maranhenses. -
Volume I Volume
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I VOLUME O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 UNIOESTE – UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ESTADO DO PARANÁ A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE TEXTOS POÉTICOS NA ESCOLA Professor PDE: Valdevino Maria dos Santos Orientador(a): Profª. Maria Beatriz Zanchet Trabalho desenvolvido como requisito final para o cumprimento do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná PDE 2009. Foz Do Iguaçu Agosto/2010 1 A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professor PDE: Valdevino Maria dos Santos Área PDE: Língua Portuguesa NRE: Foz do Iguaçu Professor(a) Orientador(a): Maria Beatriz Zanchet IES vinculada: UNIOESTE: Campus de Marechal Cândido Rondon Escola de Implementação: Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves Tempo Estimado para aplicação: 20 horas Público objeto da intervenção: Uma Turma de Alunos do Primeiro Ano do Ensino Médio. B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE Estratégias de leitura de poesia: Do envolvimento do leitor aos aspectos formais. C) TÍTULO DO ARTIGO FINAL A importância da leitura de textos poéticos na escola. 2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE TEXTOS POÉTICOS NA ESCOLA RESUMO: O presente artigo constitui um relato do estudo desenvolvido com alunos do Ensino Médio, cujo objetivo centrou-se na elaboração e execução de estratégias de leitura de poesia. Especificamente, as estratégias de leitura de textos poéticos evidenciaram a proposta de um estudo temático comparativo, ou seja, a discussão de poemas com temas semelhantes, mas pertencentes a épocas distintas. Através do estudo comparativo, foi possível discutir tanto a estrutura que informa os textos poéticos, os níveis formais – semânticos, fônicos, sintáticos, icônicos e lexicais – quanto as categorias contextuais e de produção: autor, estilo de época e mundo social subjacente ao tema. -
São Paulo 2016 2
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA EMMANUEL SANTIAGO A MUSA DE ESPARTILHO O erotismo na poesia parnasiana brasileira São Paulo 2016 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA A MUSA DE ESPARTILHO O erotismo na poesia parnasiana brasileira Emmanuel Santiago Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Orientador: Prof. Dr. Vagner Camilo São Paulo 2016 3 A Tatiane Aoke Toumouchi, pelo amor diligente. 4 AGRADECIMENTOS A Vagner Camilo, referência de rigor analítico e elegância estilística, pela orientação, generosidade, gentileza e confiança. Aos professores Jefferson Agostini Mello e Ricardo Souza de Carvalho, pela arguição competente e pelas sugestões preciosas no exame de qualificação. Aos funcionários do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Júlio, Rosely e Vera, pela prontidão e pelo auxílio. À querida Tati A. Toumouchi, companheira infalível, por todo o amor, atenção, cuidado e paciência durante o processo de confecção desta tese. Obrigado por deixar a vida mais leve, sempre! A Dalila, Frida, Jimmy, Pagu, Peter e Tulipa, pela companhia felina. À irmã Clara Matera, que chegou de surpresa e se tornou essencial. Aos amigos Aldair Carlos Rodrigues, Aline Paiva e Bruno Gianez, às vezes distantes, mas nunca ausentes. Aos comparsas Ana Paula Carvalho, Fabiana Legnaro, Isabella Esteves, Juliana Bolanhos, Marcelo Ricci, Mário Bolpoto, Murilo Cruz, Ricardo Arte, Rodolfo Oliveira e Simone Estácio, pelas tardes/noites regadas à cerveja, vinho, fábulas e confabulações.