News A revista do Grupo LET Recursos Humanos

N0 2 | Março / Abril / Maio | 2007 | Ano 1 www.grupolet.com

PESQUISA ENTREVISTA Segurança antes do Patrícia Monteiro - Emprego é prioridade Refrescos para jovens - Pag. 10 “Como RH amplia o nosso negócio” - Pag. 3

EXCLUSIVO Bernardinho, o técnico supercampeão, fala sobre Liderança e Superação - Pag. 12

RAIO-X Desvendamos detalhes de uma ENTREVISTA em processo seletivo - Pag.6

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 1 220/3/20070/3/2007 23:11:3023:11:30 INSTITUCIONAL

EDITORIAL - PAPO COM O LEITOR NOSSOS NEGÓCIOS “O otimismo do onhecer um pouco sobre os nossos Busca de novos talentos – Muito mais do Cnegócios irá orientá-lo na leitura da que triar currículos, entrevistar ou realizar crescimento” revista NEWS LET. O foco do Grupo LET dinâmicas, vamos às instituições de ensino Recursos Humanos é o de captar profi s- garimpar para as empresas os melhores ta- sionais para cargos de perfi s variados e lentos para trabalhar nelas como estagiários hegamos aperfeiçoar os negócios das empresas. e trainees. Cà segunda Desde março de 2000 recrutamos e sele- Executive Search – Vamos ao mercado edição de NEWS- cionamos mão-de-obra temporária, além e trazemos para as empresas profi ssionais LET com 16 pági- de terceirizarmos serviços para empresas prontos, experientes e com muitos valores a de pequeno, médio e grande porte em todo nas oferecendo agregar às suas novas empresas. a você, entre ou- o Brasil. Ao público oferecemos um leque de opções no mercado. Veja o que pode- Check Up Profi ssional – Reorientamos o tras novidades, mos fazer por você: profi ssional dentro do quadro de cargos e um raio-x espe- funções de sua empresa (e também dentro Recrutamento e Seleção – Adequamos cial de uma en- de sua própria carreira) para que ele aproveite os candidatos às necessidades de cada em- sempre o máximo possível de suas competên- trevista em pro- presa. Como? Por meio de profi ssionais de cias e de sua motivação para trabalhar. cesso seletivo, RH gabaritados e atualizados. A atuação do entrevistas com Grupo LET tem contribuído para o melhor e Treinamento de profi ssionais – Realizamos o técnico de vôlei Bernardinho e com a maior aproveitamento de profi ssionais pelas treinamento de profi ssionais e/ou de equipes Gerente de Gente e Gestão da Rio de empresas. que necessitem em suas empresas de aperfei- çoamento para tarefas chaves de seus cargos Janeiro Refrescos Patrícia Monteiro, Contratação e Administração de Mão-de- ou serviços. além de dicas culturais. Você não perde Obra temporária – Ao contratar profi ssionais por folhear. temporários a empresa limita sua preocupa- Administração de Banco de Dados e oferta ção apenas à atividade de origem, deixando de vagas para trabalho – Ampla estrutura e Quanto ao trabalho interno no Gru- conosco as tarefas de administração dos tecnologia para cadastramento eletrônico de po LET muitos poderiam nos pergun- encargos trabalhistas dos selecionados. currículos e casamento com o perfi l dos car- tar sobre as demandas do período de Terceirização de serviços - Temos uma gos exigidos. Por meio de nosso site oferece- fi m de ano, férias e festas. O fato é que rede de contatos com os profi ssionais certos mos vagas no mercado de trabalho. todos os meses do ano merecem a para específi cas atividades do mercado de Promoções culturais – Por meio da empresa mesma atenção. Nossa estrutura nos trabalho, assim como acesso a profi ssionais KL Produções e Promoções Artísticas, o Gru- permite atender a demandas diversifi - multifuncionais, que prestam serviços como po LET patrocina eventos culturais que dão cadas em qualquer época do ano. terceirizados. espaço aos novos talentos das artes cênicas. De qualquer forma, diria que 2007 EXPEDIENTE está sendo promissor. A cada dia ga- – São Paulo: Pedro nhamos mais expertise em alguma Grupo LET Recursos Humanos Diretor Regional LET Cardoso área da Gestão de Pessoas. Outro mo- Matriz Centro Empresarial Barra Shopping Gerência Regional LET – Macaé (RJ): Patrícia tivo de otimismo para o crescimento Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas Guerreiro vem do novo Governador do Estado do 302-A, 308-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ Planejamento: Guilherme Vidal Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho. Só tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102 Comercial: Julio César Mauro a fi gura dele já é muito positiva e sua Site: http://www.grupolet.com E-mail: [email protected] atuação já nos primeiros 90 dias nos e-mail: [email protected] News enche de esperanças de uma retomada Filial São Paulo - Rua James Watt 84, 2º Publicação do Grupo Let – Março / Abril / Maio 2007 andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São acelerada do crescimento econômico. Ano I – Nº 02 – Tiragem 1.500 exemplares Vamos trabalhar em 2007 com algu- Paulo (SP) – Brasil - Tel: (11) 5506-4299 Jornalista responsável (redação e edição): Filial Norte Fluminense - Avenida Rui mas empresas “pernas” do Grupo LET Alexandre Peconick (Comunicação Grupo LET) Barbosa 698, sala 110 - Tropical Shopping que deverão ter um crescimento consi- - Mtb 17.889 - [email protected] – Centro - Cep: 27910-362 - Macaé (RJ) derável, como Passenger Card, Institu- – Brasil - Tel: (22) 2772-6232 Diagramação e Arte: to Capacitare e KL Produções. Também Murilo Lins ([email protected]) Filial - Av. Winston Churchill 2.370, teremos este ano duas novas “pernas” Impressão: Gráfi ca Editora Stamppa Ltda. sala 406, 4o andar - Pinheirinho - Cep: 81150- Endereço: Rua João Santana 44, Ramos – Rio que eu deixo como surpresa para vo- 050 - Curitiba (PR) - Tel: (41) 3268-1007 de Janeiro – RJ – E-mail: comercial@stamppa. cês nas próximas edições. Boa leitura! Diretor Executivo: Joaquim Lauria com.br / Tel: (21) 3867-2555 Joaquim Lauria Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria Produção Gráfi ca: Juvenil de Siqueira Diretor Executivo do Grupo LET Capa: Montagem com fotos - Alexandre Peconick / Site Sxc.hu 2 | Março / Abril / Maio | 2007

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 2 220/3/20070/3/2007 23:12:0023:12:00 ENTREVISTA

ENTREVISTA ESPECIAL

PATRÍCIA MONTEIRO Rio de Janeiro Refrescos Foto: Divulgação Coca-Cola Foto: “Como a gestão de pessoas amplia o nosso negócio”

trair, desenvolver e reter talen- tos para a Rio de Janeiro Re- Afrescos, empresa fabricante e distribuidora dos produtos da marca Coca-Cola nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, é uma das maiores expertises da sua Gerente de Gestão de Gente, Patrícia Montei- ro. Aos 29 anos, sete de uma carreira em ascensão, ela é mais uma profi s- sional graduada em outra área (Eco- nomia, Gama Filho 1998) com MBA em Engenharia Econômica e Admi- nistração Industrial na UFRJ e MBA em Gestão de Recursos Humanos na FGV - Rio, que se encanta e migra para Recursos Humanos. Meritocracia nos procedimentos de trabalho e na remuneração, pla- no de carreira, plano de sucessão e sido o de contribuir para uma trans- colaboradores nas unidades Jaca- um ambiente que valoriza a qualida- formação cultural na empresa. repaguá - Rio (RJ), Cariacica(ES) e de do colaborador são os principais Há cerca de três anos a Rio de em outros 13 escritórios de venda e pontos desenvolvidos por esta pro- Janeiro Refrescos criou um sistema distribuição. fi ssional trazida à empresa por indi- de consultoria interna que facilita o cação de um head hunter em evento RH a intensifi car sua participação NEWSLET – O motivou a sua mi- de RH há exato um ano, em março em cada uma das áreas. “O pro- gração da Economia para o RH? de 2006. Antes de chegar à Rio de fi ssional de RH em geral precisa Janeiro Refrescos, Patrícia traba- vivenciar os problemas onde eles Patrícia Monteiro – Encantamen- lhou por quase oito anos no Metrô acontecem, mas as áreas precisam to. Quando trabalhava no Metrô Rio Rio, onde entrou como estagiária enxergar esse RH como facilitador tomei contato com a maneira como em 1998 e passou por todas as áre- para a gestão de cada equipe, fe- Recursos Humanos pode ajudar na as da Gestão de Pessoas até chegar lizmente isso acontece na Rio de condução de um negócio e me en- à Gerência de RH. Na Rio de Janeiro Janeiro Refrescos”, confi rma Patrí- cantei. Enxergo o RH como uma área Refrescos o seu maior desafi o tem cia Monteiro que atua junto a 2.156 totalmente integrada e muito próxima Março / Abril / Maio | 2007 | 3

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das decisões que são fundamentais P. M . – Estamos fazendo um trabalho em que você sente que o seu re- e estratégias para a empresa. de parcerias produtivas com a UFRJ torno fi nanceiro é proporcional ao e o IBMEC. Por meio dessas parce- trabalho e à contribuição que você NEWSLET – Como a sua atuação rias mostramos, entre outros pontos, dá para a organização, a sua produ- ajuda a Rio de Janeiro Refrescos a que esta fabricante e distribuidora tividade é sempre alta. Aqui na Rio ampliar o seu negócio? dos produtos Coca-Cola é uma em- de Janeiro Refrescos isso é clara- presa que vem crescendo acima do mente mensurado em um sistema P.M. – Dentro da Gerência de Ges- esperado. A Rio de Janeiro Refrescos de avaliação de desempenho com tão de Gente há os setores de De- investe com seriedade no seu negó- metas claras. Nossa transparência senvolvimento, Comunicação Interna cio, ampliando as oportunidades, e clareza de procedimentos geram e Responsabilidade Social. Hoje os desenvolvendo e aprimorando novas retenção porque as pessoas se sen- maiores desafi os de minha área são técnicas e contribuindo fundamen- tem recompensadas. a atração, desenvolvimento e reten- talmente para o desenvolvimento da ção de talentos para a organização. sociedade em que está inserida. NEWSLET – Como se estrutura o Estamos vendo um movimento mui- RH da Rio de Janeiro Refrescos? to forte do mercado na atração e na “Primordialmente, retenção dos talentos. Os profi ssio- P.M. – Temos uma Diretoria de RH e, nais têm expectativas com relação à trabalhamos com abaixo dela, três gerências: Planeja- empresa e um de nossos principais mento de Remuneração, Qualidade, papéis é o de entender essas expec- a meritocracia. Na Gestão de Gente. As gerências atu- tativas e corresponder a elas. medida em que você am em um sistema de consultoria. Por sua vez, os consultores atuam NEWSLET – É muito difícil atrair e sente que o seu dentro das gerências e interligando reter talentos? retorno fi nanceiro as mesmas, participando das reuni- ões, decisões e identifi cando a ne- P.M. – Cada vez mais difícil! Para é proporcional cessidade de ferramentas de gestão isso nós estruturamos um plano de ao trabalho e à de cada uma das gerências. carreira e um plano de sucessão. Oferecemos ao colaborador oportu- contribuição que NEWSLET – Dentro dessa visão nidades para que ele se veja na em- você dá para a estratégica, a parceria com o Grupo presa daqui a alguns anos com cres- LET ajuda a Rio de Janeiro Refres- cimento profi ssional. Mais do que organização, a sua cos a estar focada em seu negócio? isso, preocupamo-nos com a capa- produtividade é citação de lideranças e acompanha- P.M. – Com certeza. Esse foi o nosso mos o passo a passo de cada um, sempre alta.” grande objetivo ao buscar uma con- avaliando as diferenças individuais Patrícia Monteiro sultoria que pudesse manter a qua- para determinadas competências. lidade dos profi ssionais que traze- Isso faz com que eles se sintam bem mos para dentro da nossa empresa. atendidos. Temos também o Progra- NEWSLET – De que forma o RH da Mais do que isso, a vinda do Grupo ma Trainee, cujo índice de retenção Rio de Janeiro Refrescos atua na re- LET – responsável por recrutamento em 2006 foi de 100%, e o Programa tenção de talentos? e seleção de candidatos – deu mais de Estágio, que tem tido bom apro- espaço aos nossos consultores in- veitamento. Em 2006 admitimos 55 P. M . – Hoje temos um programa ternos para que eles pudessem estar estagiários. de qualidade de vida que vem se mais mergulhados dentro das áreas, aprimorando. Primordialmente, tra- identifi cando oportunidades e neces- NEWSLET – Que outras ferramen- balhamos também com a meritocra- sidades de cada uma delas. Já senti tas vocês do RH oferecem para cia. Este ponto é muito importante em 2007 uma diferença considerável atrair os talentos? em uma organização. Na medida na agilização de novos projetos. 4 | Março / Abril / Maio | 2007

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 4 220/3/20070/3/2007 23:12:1423:12:14 PARCEIROS LET

PASSENGER CARDFotos: Alexandre Peconick Vender seguro Luiz Eduardo Balthazar quer aos viajantes estar ainda mais perto de também deve ser seus clientes preocupação da em 2007 área de Recursos Humanos empresa que vende segu- ros de qualidade aos via- jantes em aeroportos já adicionou bases nos ae- Aroportos de Confi ns ( – MG) e Salgado Filho (Porto Alegre – RS), que realizam os mesmos ser- viços já prestados há três anos ao passageiros que chegam aos ae- roportos do Galeão (Rio de Janeiro – RJ) e Guarulhos (São Paulo – SP). A Passenger Card, empresa parcei- ra do Grupo Let pretende, ainda em amplo sucesso. “Esta área nos ajuda 2007, ampliar o número de aeropor- a conhecermos melhor quem compra tos atendidos. Mas as metas de 2007 os nossos serviços para que assim não se restringem à quantidade. possamos evitar dores de cabeça a Grupo LET e Passenger Card bus- quem viaja para dentro ou para fora cam conscientizar os gestores de do Brasil”, explica Luiz Balthazar. pessoas da importância em se ad- A Passenger Card se preocupa quirir seguros de viagens para cola- em cobrir com seus seguros todas boradores de organizações que pre- as situações de imprevistos em via- cisam se deslocar constantemente. gens; tais como, extravio de baga- Mais do que isso, o Diretor Admi- gem (o mais comum), assistência nistrativo da Empresa, Luiz Eduar- médica, farmacêutica e odontológi- do Balthazar informa que qualidade ca; seguro de acidentes pessoais; atenderá, principalmente, pela cria- assistência jurídica, adiantamento ção de um seguro específi co para a de fundos para pagamento de fi ança perda e localização bagagens, pelo em caso de acidente; diferença de atendimento especial às solicitações tarifas aéreas; cobertura para gastos e reclamações dos clientes, além da extras em hotéis em caso de conva- criação de pacotes fl exibilizados para lescença; cobertura fi nanceira para empresas. O Serviço de Atendimento gastos por atraso ou cancelamento ao Cliente já vem funcionando com de vôo; entre muitos outros. Março / Abril / Maio | 2007 | 5

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 5 220/3/20070/3/2007 23:12:1423:12:14 CAPA Fotos desta reportagem: Alexandre Peconick Fotos

Entrevista coletiva realizada em um dos auditórios do Grupo LET FIQUE POR DENTRO DAS ENTREVISTAS EM PROCESSOS SELETIVOS RAIO-X COMPLETO tenção empresas e candi- o perfi l do cargo. Já um candidato mal se esta empresa está adequada aos datos: encontrar as pessoas preparado para uma entrevista poderá seus objetivos profi ssionais. certas para as funções de- desperdiçar suas competências e per- O que fazer depois? Entrevistamos Amandadas pelo mercado é der oportunidades de construção de aqui as Analistas de RH do Grupo LET, tarefa que requer extrema preparação uma sólida carreira. profi ssionais já acostumadas a uma e competência. Dentro de um proces- O primeiro passo para não “meter série de processos seletivos para car- so de recrutamento e seleção de can- os pés pelas mãos” é o candidato sa- gos distintos. Priscilla Monteiro, Elisa- didatos para vagas em determinada ber escolher uma empresa. Ele toma beth Paiva, Blanche Albuquerque, empresa, uma entrevista mal prepara- essa atitude antes que a empresa, em Silvia de Souza e Vivian Tenuta nos da pode repercutir lá na frente quando processo seletivo, possa escolhê-lo. dão alguns caminhos para uma entre- essa organização sofrer algum prejuí- Avalia se os valores da empresa têm a vista sem surpresas desagradáveis. zo com um colaborador que não tem ver com os seus e, mais do que isso, Além da postura tranqüila e do uso

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RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 6 220/3/20070/3/2007 23:12:2323:12:23 CAPA de roupas sem exageros (decotes ou de um espelho. Saiba o quê dizer so- sofi sticação demais) o ideal é que o bre cada uma das informações des- Como as Analistas candidato estude dados do cargo ou critas em seu currículo sem inventar, de RH em consultoria da empresa para a qual será entrevis- aumentar ou omitir nada. Responda se preparam para tado. “Em entrevista a uma consulto- por escrito a perguntas como; “Onde ria o candidato ainda não sabe a em- eu quero chegar?”; ou “Que exemplos uma entrevista presa para a qual se destina o cargo, marcantes da minha vida pessoal ou Para começar a garantir uma mas se já estiver sendo entrevistado profi ssional eu posso citar que com- entrevista qualitativa e efi ciente, a pela empresa o ideal é que entre no provem a minha aptidão parta este Analista de RH de uma consultoria site dela, procure saber sua missão, cargo?”. deve buscar conhecer a fundo a valores e negócios, seu público alvo Estatisticamente já fi cou comprova- cultura e os valores de seu clien- e como ela está no mercado”, explica do que em uma entrevista as primei- te. Deve ir até a empresa, obser- Priscilla Monteiro. Também é manda- ras impressões de um recrutador em var o ambiente de trabalho, como tório que o candidato faça uma auto- relação ao que mostra um candidato crítica de suas habilidades pessoais e são 55% de aparência, 38% do modo os funcionários se relacionam. profi ssionais antes de comparecer a de falar e 7% das palavras. Então, an- Também deve ter noções acerca uma entrevista. “Sinceridade e trans- tes mesmo da entrevista começar o do estilo de entrevista do gestor parência contam muito, não adianta candidato deve estar atento a cada da empresa com o qual vai lidar, tentar ser aquilo que você não pode detalhe de sua aparência. Além dis- sabendo se é uma pessoa objeti- ser”, argumenta Vivian Tenuta. so deve chegar no horário marcado va ou metódica, pois a este gestor Se o candidato está concorrendo e demonstrar bom humor e jogo de irá encaminhar os candidatos. Por a um cargo que nunca exerceu, uma cintura, mesmo se a entrevista atra- exemplo: um gestor dinâmico não boa dica é a de ele conversar com al- sar. “O atraso proposital pode ser uma irá apreciar um candidato sem gum profi ssional que já exerça essa estratégia do recrutador, focado em energia. “Aqui no Grupo LET que- atividade, procurando extrair deste, preencher uma vaga cujo perfi l exija remos poupar ao máximo o tempo informações sobre as habilidades paciência”, esclarece Silvia de Souza, do gestor da empresa, que antes imprescindíveis à função. Também é Analista de RH que retornou ao Grupo de realizar a sua entrevista recebe interessante se treinar fl uência verbal LET em 2006 após coordenar os ser- por escrito da consultoria um per- antes de uma entrevista, bem como o viços de recrutamento e seleção para fi l comportamental do candidato”, tom de voz. Tente fazer um tom nem uma rede de hospitais. garante Silvia de Souza. alto e nem baixo demais, levante a As organizações muitas vezes con- A condução de uma entrevista cabeça e olhe para si mesmo diante tratam os serviços de uma consultoria também é criteriosa. De acordo com o perfi l do cargo, avaliam- Da esquerda para a direita, as Analistas de RH da matriz do Grupo LET: Silvia de Souza, Vivian Tenuta, Blanche Albuquerque, Elisabeth Paiva, Carla O`Dwyer e Flavia Viegas se nesta ordem, as competências técnicas, escolaridade, formação necessária e específi ca, cursos extras, tempo de experiência e trabalhos anteriores realizados. “Recebemos o perfi l do cargo, e triamos os currículos; durante a entrevista vou defi nindo um mapa de competências que preciso ve- rifi car em relação a determinado candidato, uma analista que está começando pode anotar as per- guntas no papel”, orienta Priscilla Monteiro.

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para que possam focar sua atividade Na “Entrevista por sões. Tal atitude vai passar ao recruta- em outras áreas do RH. A consultoria dor que eles querem “vestir a camisa” de Recursos Humanos serve como um Competência” o recrutador onde quer que trabalhem. fi ltro ao encaminhar à empresa can- faz perguntas ao candidato Mas cuidado com o que dizer. O didatos já aptos a ocupar a vaga. “O acerca de exemplos uso de gírias, erros gramaticais como que vai defi nir quem vai ocupar esta concordância, erros de dicção e falar vaga ou não é um ajuste fi no chama- profi ssionais e pessoais rápido demais são extremamente pre- do empatia, ou seja, o cliente procura que comprovem as judiciais a um candidato. Também é identifi car no candidato aquele que competências exigidas conveniente o candidato usar mais o tem uma personalidade mais parecida “nós fi zemos isso” do que o “eu fi z”, com a dele para que melhor se har- para o cargo ao qual se mesmo que tenha realizado a maior monize com o ambiente de trabalho”, destina a vaga parte do trabalho.”As empresas pe- afi rma Priscilla Monteiro. Muitas vezes formance? São perguntas comuns dem profi ssionais com vocação para o candidato tem a competência exata da “Entrevista por Competência”. De servir porque hoje é praticamente para exercer determinado cargo, mas acordo com as Analistas de RH do impossível o seu trabalho não depen- na entrevista o RH da empresa per- Grupo LET “a entrevista por compe- der ou não afetar o de outra pessoa”, cebe que seu comportamento não se tência extraí de atitudes do passado afi rma Sílvia de Souza. Contar sobre encaixa com o da equipe com a qual comportamentos futuros, fatos que grandes experiências que, por exem- ele iria trabalhar naquele setor. podem vir a ocorrer e é uma forma efi - plo, demonstrem que o candidato tem Hoje predomina nos processos caz que detectar mentiras”. grande capacidade de dar a volta por seletivos a “Entrevista por Competên- A chamada “mentira útil” tem que cima sobre um problema pode igual- cia” na qual o recrutador faz pergun- ser evitada. Candidatos que estão fora mente ser decisivo em uma entrevista tas ao candidato acerca de exemplos do mercado de trabalho não precisam de processo seletivo. profi ssionais e pessoais que compro- se sentir intimidados a omitir este fato. Nem todo “falar errado”, porém, vem as competências exigidas para Ao contrário, devem mostrar ações elimina um candidato. É claro que o cargo ao qual se destina a vaga, pró-ativas neste período que passem existem diferenças no linguajar como Liderança, Espírito de Equipe, uma idéia de empreendedorismo. E entre entrevistas para cargos que Inovação, Pró-atividade, entre outros. para aqueles que concorrem ao pri- exijam apenas o nível técnico ou Que projetos você já meiro emprego, vale a pena saber o também o nível médio e para desenvolveu? Que que falar de sua vida pes- aqueles que não prescin- atitudes de lide- soal e de sua forma- dam do nível superior. O rança você já teve ção acadêmica, ba- recrutador tem que se em sua equipe de ses para que eles se adaptar ao candidato até trabalho? Que tornem grandes pro- para que o candidato se conquistas você fi ssionais. Os “debu- sinta à vontade e possa teve e como usou tantes” preferencial- apresentar o seu os pontos positivos mente podem potencial. dela para que pesquisar Mesmo as- sua equipe sobre suas sim, para as mantivesse futuras Analis- alta per- profis- tas

Um candidato que comprova interesse em “vestir a camisa” da empresa pode encantar o recrutador 8 | Março / Abril / Maio | 2007

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O Grupo LET tem Analistas de RH locadas em alguns De acordo com pesquisas confi ra de nossos clientes, como Priscila Monteiro (à direita) abaixo as perguntas mais ouvidas nas entrevistas para emprego – prepare-se para respondê-las:

TRABALHO – (1) Faça um rela- to de sua experiência profi ssional relacionando suas responsabili- dades nos principais cargos ocu- pados / (2) Qual o motivo de saída de seus três últimos empregos? / (3) Qual seu ponto forte? E o fraco? / (4) Quais são suas pers- pectivas profi ssionais? / (5) O que sabe sobre nossa empresa? EDUCAÇÃO – (1) Como foi sua de RH não é muito difícil detectar em oportunidades de crescimento e vida acadêmica? / (2) Você pre- mentira em entrevista. Um mentiroso estrutura de trabalho. A pergunta do tende dar continuidade à sua edu- geralmente transmite a informação candidato tem que ser coerente com cação? Como e por quê? / (3) Por de forma muito enrolada, podendo o momento da entrevista e com os que optou por esse curso? / (4) O morder os lábios ou gaguejar. “Para limites do bom senso. É interessante que mais se destacou no seu pro- identifi car alguma mentira fazemos para o entrevistador saber que o can- cesso educacional? / perguntas nas quais o candidato pos- didato está interessado em como vai SOCIAL - As perguntas veri- sa cometer deslize ou contradição. se encaixar em sua equipe de traba- fi cam, mesmo em momentos in- Alguns alteram data de admissão ou lho. “Muitos analistas deixam candida- formais, aptidões de liderança e de desligamento”, informa Blanche Al- tos à vontade em uma entrevista para convivência em grupo – (1) Quais buquerque. medir ética profi ssional pelas atitudes são suas atividades sociais ou em Em uma entrevista, além de res- de reação do candidato”, acredita Eli- grupo? / (2) • Prefere trabalhar ponder o candidato também tem es- sabeth Paiva do Grupo LET. E se for sozinho ou em grupo? Por quê? paço para perguntar. Muitos gestores perguntado por seus “pontos fracos” / (3) É difícil para você lidar com acreditam que o melhor candidato o candidato deve admitir a defi ciência, pessoas de formação e interesses não é apenas aquele que responde mas esclarecer que fará o possível diferentes dos seus? melhor, mas também o que pergunta pelo aprimoramento. SAÚDE – Aqui podemos sa- com mais discernimento. Mas o quê É bom ressaltar que a linguagem ber se o candidato é ansioso ou e como perguntar? O ideal é que ele corporal também é avaliada em uma nervoso – (1) Poderia falar breve- espere o recrutador solicitar essas entrevista. Uma postura confortável, mente sobre sua saúde? / (2) Al- perguntas e que não se desespere. A mas comportada ao se sentar e o olhar guma vez já teve problemas car- primeira pergunta não deve ser sobre fi xo nos olhos do recrutador são bons díacos ou úlcera no estômago? / salário. Nenhuma empresa quer con- indicadores de um candidato que de- (3) Quantas horas dorme normal- tratar um colaborador cuja primeira seja avaliação positiva antes mesmo mente? Acha sufi ciente? / (4) Se preocupação seja a salarial. Para as de começar a ouvir ou falar. Dicas julga uma pessoa preocupada? analistas a explicação é simples: Esse como estas são ainda poucas, mas Que tipo de coisa o preocupa? tipo de profi ssional tende a não fi car valem muito em um universo onde METAS - (1) Qual o cargo que muito tempo na empresa e a sair se proliferam os conselheiros “disso ou pretende ocupar no prazo de cin- receber uma proposta apenas um daquilo”. O principal é que o candi- co anos? Por quê? / (2) Como pouco acima da apresentada. dato considere que sua entrevista já pretende alcançar esse objetivo? As empresas, na verdade, procu- é um procedimento de trabalho e por / (3) Quais são seus planos para ram candidatos que se interessem isso ele precisa estar impecável. o futuro? Março / Abril / Maio | 2007 | 9

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 9 220/3/20070/3/2007 23:12:4423:12:44 PESQUISA JOVENS QUEREM SSEGURANÇAEGURANÇA À FRENTE DE DDESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTO EECONÔMICOCONÔMICO NO RIO DE JANEIRO juventude de hoje que do este mesmo construirá o mercado de 2º grau. São jo- trabalho de um futuro vens nitidamen-

bem próximo está sitiada, te com medo Alexandre Peconick Foto: Aquase não estuda porque tem que de sair às ruas trabalhar, vive insegura e não confi a e que, em suas na polícia e nas autoridades que te- vidas, colocam riam que salvaguardar a segurança o item “Segu- pública. Este quadro alarmante foi a rança” bem à conclusão da primeira pesquisa rea- frente dos itens lizada pelo Instituto Capacitare (IC), “Desenvolvimento Econômico” e nova empresa parceira do GRUPO “Geração de Empregos” – veja abai- LET, que formará lideranças para o xo nas perguntas 5 e 7. A pesquisa mercado em parceria com empre- ouviu 76 jovens no Rio de Janeiro, sas e instituições de ensino. Grande Rio (Baixada) e Niterói, que Dado preocupante para essa for- responderam a 11 perguntas entre mação de lideranças no Estado do os dias 4 e 7 de janeiro, primeira se- Rio de Janeiro é que 45% desses jo- mana do novo Governador do Rio, Leyla Nascimento vens não estão estudando, míseros Sérgio Cabral Filho e do segundo 7% já são formados pelo menos no mandato presidencial de Lula. ca Leyla, uma profi ssional com mais 2º grau e apenas 14% estão cursan- De acordo com a Diretora Execu- de 30 anos de experiência na forma- Foto: sxc.hu tiva do IC, Leyla Nascimento, pes- ção de jovens para o mercado. quisas como essa terão a vantagem Oitenta e quatro por cento dos de proporcionar um atendimento jovens entrevistados apóiam a che- imediato ao cliente (jovem) e às em- gada da tropa nacional no controle presas, pois possibilitam ao Instituto da segurança do Rio, pois 61% não Capacitare (www.institutocapacita- acreditam na polícia. O curioso é re.com.br) o conhecimento das difi - que apenas 33% se mostraram inte- culdades pelas quais passam esses ressados em servir às forças arma- jovens. “O nível de insegurança que das. Para Leyla Nascimento a pes- tomou conta de nosso Estado cau- quisa mostra claramente que temos sa prejuízo nos negócios e impede hoje uma juventude de shopping a entrada de recursos. Como con- centers, de ambientes fechados e seqüência as empresas vão sofrer que não sabe se locomover em sua efeitos negativos porque se cresce cidade ou em seu Estado. o número de jovens à mercê de situ- “É uma juventude sitiada, que Jovens da “geração ações de violência isso não impacta depois vai para uma organização condomínio” somente na formação acadêmica, (empresa) que fala justamente se sentem mas também no preparo desse jo- no contrário, em integração, em inseguros vem para a vida profi ssional”, expli- relacionamento, em fl exibilida- 10 | Março / Abril / Maio | 2007

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de, ousadia, interagir com outras de que o Governo precisa dialogar e sabe o quê precisa; querem opor- culturas, ter iniciativa”, analisa a mais com a juventude acerca de tunidades e não assistencialismo, Diretora Executiva do Instituto Ca- suas necessidades, caso contrário aliás, o governo deveria ouvi-los pacitare. haverá no futuro uma exclusão eco- mais, porque eles serão os respon- Leyla Nascimento acredita ainda nômica muito maior do que a atual. sáveis pelo desenvolvimento eco- que esta pesquisa seja um alerta “Esta juventude entende de política nômico de amanhã”, opina.

Relacionamos aqui os resultados de 7 das 11 perguntas sobre os temas Segurança e Violência

1ª Pergunta 4ª Pergunta 6ª Pergunta Você acredita na Polícia da sua cidade? Supondo que você pudesse optar Você concorda com o discurso de – se você fosse convocado a servir as posse do Presidente Lula, em que ele 70% forças militares no combate à violência afi rmou que o Rio de Janeiro vive um 60% do Rio de Janeiro, você iria? terrorismo? 50% 40%

30% CONCORDO 20% NÃO CONCORDO 10% NÃO SEI

0% 70% SIM NÃO 60% 50% • Concordo – 88% • Não – 61% SIM 40% NÃO • Não concordo – 11% • Sim – 39% 30% 20% • Não sabe – 1% 2ª Pergunta 10% 0% Qual a sua opinião sobre o apoio do 1 7ª Pergunta Governo Federal – Presidente Lula – no Se você tivesse a oportunidade de dar combate à violência no Rio de Janeiro? • Não – 67% um conselho para o Presidente Lula • Sim – 33% nesse novo mandato, qual dessas op- EXCELENTE BOM ções você escolheria? AINDA É POUCO 5ª Pergunta Qual área você acha que o novo Gover- 40% • Ainda é pouco – 59% nador do Estado – Sérgio Cabral Filho 35% 30% • Bom – 32% – deveria ter como prioridade no seu 25%

• Excelente – 9% primeiro ano de mandato? 20%

15%

3ª Pergunta 10%

5% O que você acha do uso das forças 30% 0% armadas – Exército, Marinha e Aero- 25% SEJA OLHE PELOS CRESCER PRIORIZE A OLHO VIVO NA SAÚDE COERENTE... JOVENS ECONOMIA EDUCAÇÃO CORRUPÇÃO náutica – no combate à violência do 20% EDUCAÇÃO Estado do Rio de Janeiro? 15% SEGURANÇA EMPREGO • seja coerente com tudo que prome- 10% TODAS AS ÁREAS teu durante a campanha – 37% 5% 90% • priorize a educação: ela é o mais im- 80% 0% 1 70% portante – 30% 60% Aprovo 50% Não Aprovo • cuidado com os que se dizem seus 40% 30% • Todas As Áreas – 29% amigos. olho vivo na corrupção! 20% 10% • Saúde – 22% – 22% 0% 1 • Segurança – 22% • olhe mais pelos jovens do país – 7% • Aprovo – 84% • Educação – 17% • faça o país crescer economicamen- • Não aprovo – 16% • Emprego – 9% te – 4%

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RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 1111 220/3/20070/3/2007 23:12:5223:12:52 PERSONAGEM BERNARDINHO As lições do líder de líderes

Fotos: Arquivo pessoal esmo diante das evidên- cias, ele não gosta de ser Mchamado de líder. Talvez porque viva saudavelmente se exi- gindo e esticando a corda até o limi- te dos profi ssionais que trabalham com ele. No inconformismo com a acomodação de estar no topo achou a química quase exata entre talento e obstinação. Este é Bernardo Ro- cha de Rezende, ou Bernardinho que, aos 46 anos, é um ícone do tema Liderança no Brasil e no mun- do. O treinador da seleção masculi- na de vôlei, que tem cerca de 1000 livros de pensadores e histórias de todos os tempos, levou sua equipe aos títulos mais cobiçados em sua área: Campeonato Mundial, Olim- píadas e Copa do Mundo. Que em- presário não gostaria de ser o maior vencedor em sua área?! NEWSLET desvenda aqui alguns de seus caminhos.

NEWSLET – Que coincidência há entre um treinador de vôlei e um profi ssional de RH?

Bernardinho – A mais importan- te é a de preparar as pessoas por meio da liderança e da motivação. O que o RH deve buscar realmente NEWSLET - Como defi ne as com- um histórico. Isso ocorre com um são pessoas que queiram e tenham petências de um gestor de pessoas? profi ssional que é visto por seus pa- capacidade real de estarem compro- res e comandados como uma pes- metidas com o objetivo da empresa. Bernardinho – Um gestor de soa capaz de realizar tarefas das Essas pessoas devem ter a capaci- pessoas deve desenvolver a capa- mais simples às mais complexas. dade de estar constantemente bus- cidade de convencer as pessoas de Para isto é fundamental que esse cando diferenciais e não de serem que aquele projeto é o melhor para gestor monitore suas próprias atitu- meros cumpridores de ordens. aquele momento. Isso requer suor, des, sua postura, o faça diariamen- 12 | Março / Abril / Maio | 2007

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te, anotando seus erros e acertos. Bernardinho – Sim, por isso aquele jogador que consegue levar Mais do que isto que inspire por sua é necessário um monitoramen- a sua equipe à vitória usando suas ética. to constante de todos os proce- habilidades pessoais para o cresci- dimentos. Assim também deve mento do grupo. NEWSLET - Que estratégias ser na empresa. Você não pode você usa para identifi car talentos? se permitir cair na “armadilha do NEWSLET – Você fala de “mo- sucesso”. E para isso deve-se ter tivação”, “espírito de equipe”, “li- Bernardinho – O grande “talen- talento para criar “Zonas de Des- derança”. Por que foi tão difícil na to” das pessoas não é apenas ter conforto”, elevando o nível da pró- história do vôlei colocar isso em um dom natural, mas é ter a capa- xima meta a ser atingida. Sempre prática? cidade de trabalhar duro em bus- observo brechas para intensifi car ca dos seus objetivos. Possuir um o treinamento com difi culdades di- Bernardinho – O sucesso pre- dom sem usar de obstinação não ferentes. O “inconformismo” é um maturo de algumas equipes cau- nos leva ao sucesso. Você tem que outro elemento muito importante sou rupturas do espírito de equipe ter uma capacidade de estar sem- que acredito ser comum a todos de conjuntos vencedores, porque pre dando o seu máximo. É uma os ambientes de sucesso. Profi s- eles não tinham a referência de questão de se pensar em quê situ- sionais não se conformam com aprender com os erros do passa- ação estará trabalhando duro, por os resultados anteriores e querem do. Estudar o passado é passo quanto tempo, com quais obstá- melhorá-los. fundamental para crescer. Todos culos, objetivos e ferramentas de os grandes treinadores são gran- trabalho. NEWSLET – De que forma po- des conhecedores da História da demos reter talentos criando “Zo- Humanidade. Ali eles aprendem NEWSLET – Explique o conceito nas de Desconforto”? sobre estrategistas, pessoas que da Roda da Excelência que você levaram nações ao brilho ou à desenvolveu. Bernardinho – O grande profi s- desgraça. Tudo isso é fonte de sional vai conhecendo aos pouco informação para desenvolver co- Bernardinho – Temos a “busca as pessoas, usando de extrema nhecimento. constante pela excelência” no cen- sensibilidade para extrair delas o tro de uma circunferência. Nas ex- máximo. Quando sinto que exagero, NEWSLET - Você entende seus tremidades estão os fundamentos: peço desculpas. O mais importante liderados nas entrelinhas. Como trabalho em equipe, liderança, mo- é você desenvolver um ambiente se atinge esse nível de controle e tivação, perseverança, superação, de confi ança que permite aos seus de comprometimento? comprometimento, cumplicidade, liderados perceber que apesar da disciplina, ética e hábitos positivos fórmula ser dura existe um propósi- Bernardinho – Me questiono so- de trabalho. A roda se movimento to de engrandecimento profi ssional bre tudo, o tempo todo. Quando sobre a estrada do “Planejamento” fazendo que cada um seja o melhor observo alguém, percebo uma re- rumo ao objetivo, a meta. Na me- possível naquela função. ação e construo sempre na minha dida em que a roda gira e avança mente algumas alternativas e possí- rumo à meta cada um dos valores NEWSLET - Como podemos veis respostas para aquela reação. citados entra em contato com o pla- combinar liderança servidora com Existe até um trabalho sobre este nejamento de forma que apenas o empreendedorismo? aspecto que fala da “insegurança conjunto desses valores, todos eles que gera uma dedicação maior ao bem executados, é que nos levar a Bernardinho – O grande profi s- trabalho”. No fundo sou um pouco alcançar a meta planejada. sional deve equilibrar isso o tempo inseguro em relação às coisas; tan- todo. O fato de você querer “vestir a to que me questiono, busco solu- NEWSLET – Não há perigo de sua camisa” não deve confl itar com ções melhores. Devemos buscar a cair na tentação de se acomodar o objetivo em comum da equipe, ou lapidação por meio da correção das com os louros do sucesso? da empresa. O que faz a diferença é imperfeições. Março / Abril / Maio | 2007 | 13

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 1313 220/3/20070/3/2007 23:13:0523:13:05 SAÚDE GINÁSTICA LABORAL A manutenção da forma e do bem-estar no ambiente de trabalho

s organizações se preocu- nástica Laboral para empresas com musculatura que está envolvida no pam com qualidade de vida quatro exercícios de alongamento movimento, facilitam a circulação Ae NEWSLET também. Por que podem ser feitos em qualquer do sangue e evitam as lesões por isso conheça a Ginástica Laboral ambiente de trabalho. São exercí- esforços repetitivos; as chamadas uma das formas de se enfrentar le- cios que alongam os braços, dedos, D.O.R.T. (Doenças Osteomusculares sões fruto da overdose de trabalho e toda a região dos ombros e pescoço Relacionadas ao Trabalho). pressões diárias. Com a orientação e o prolongamento da coluna. Bra- Cada um dos quatro movimentos do Prof. Osvaldo Stevano, Diretor ço, pescoço, ombros e coluna são deve ser mantido por um tempo en- da Maratona Qualidade de Vida e a partes do corpo extremamente so- tre 15 e 30 segundos, repetidos três participação de nosso Colaborador, licitadas no trabalho em escritório vezes por semana, geralmente em Gustavo Costa, descrevemos aqui por pessoas que trabalham ao com- dias eqüidistantes, ou seja, segun- um resumo de um programa de Gi- putador. Estes exercícios relaxam a da, quarta e sexta-feira. Entre um exercício e outro faça 30 segundos Fotos: Alexandre Peconick de pausa com respiração lenta e Entrelaçar os dedos das Com um dos braços estendidos na horizontal, profunda. 1 mãos estendendo o má- 2 dobrar o outro braço por debaixo e puxar o om- ximo que puder os bra- bro até o limite do esforço do músculo. Repita Sobre o nosso ORIENTADOR ços esticados para cima, o mesmo exercício com o outro braço. Trabalha Professor de Educação Física, com pós- com as plantas das mãos ombro, bíceps e tríceps. graduação em Administração Esportiva, voltadas para o teto (ou Osvaldo Stevano foi um dos pioneiros na para o céu). implantação de programas de qualidade de vida (que incluem ginástica laboral) em empresas no Brasil. Dirige a Mara- tona Qualidade de Vida (www.maratona- qv.com.br), empresa associada à ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida – www.abqv.org.br). A Maratona tem entre seus clientes, empresas como Coca-Cola, Globosat, Petrobrás e Avon.

Alongamento da coluna – Ide- Flexão lateral do pescoço – Com um 3 al para quem trabalha muito 4 dos braços puxe a cabeça levando a tempo sentado, pois trabalha orelha em direção ao ombro. Repita o a parte inferior da coluna. Evi- exercício trocando de lado. Trabalha ta problemas na coluna como com o pescoço e com a região supe- “bico de papagaio”, provoca- rior da coluna. Exercício muito bom dos por má postura. Sentado, para as pessoas que precisam baixar deite o tronco encostando o a cabeça para ver o monitor do com- queixo entre os joelhos e esti- putador. O ideal é que cada um traba- que os dois braços procuran- lhe olhando para o computador com a do segurar com os dedos a tela na direção dos olhos, ou seja, sem ponta dos pés. ter que baixar ou elevar a cabeça.

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RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 1414 220/3/20070/3/2007 23:13:0723:13:07 SERVIÇO

NEWSLET

partir desta edição oferece- A abordagem deste livro cita tópicos Paulo e Rio de Janeiro). Além de ser A mos aos nossos leitores di- fundamentais para que os gestores muito bela, com numeroso elenco, cas culturais que não se dirigem de pessoas estejam antenados às toda musicada, pela primeira vez somente aos profi ssionais de Re- velozes mudanças do mercado de será inteiramente traduzida. A te- cursos Humanos. trabalho. A autora, Presidente da mática traduz muito bem o espírito ABRH-RJ analisa as diversas leitu- de equipe necessário para que uma Livros ras da sociedade de consumo. Ofe- organização chegue ao sucesso. “Refl exões Sobre o Exemplo” rece também uma visão aprofunda- – de Nelson Savioli (Editora Quali- da sobre Educação nas empresas. Cinema tymark – www.qualitymark.com.br) “Os Infi ltrados” – Muito mais do – Uma obra curta, de linguagem “Inovação e Espírito Empreen- que faturar o mais cobiçado Oscar simples e de fácil leitura que cita dedor – Práticas e Princípios” – de da Academia este fi lme, este fi lme grandes exemplos para procurar- Peter F. Drucker (Livraria Pioneira transmite ao profi ssional de RH como mos extrair lições de vida. O que Editora – 3ª edição 1991) – É um as entrelinhas das políticas das orga- é gerenciar no limite? O que são livro antigo, mas que mantém con- nizações funcionam de uma forma competências-âncoras? Este livro ceitos ainda muito atuais diante das quase imperceptível a muitos de seus do Superintendente Executivo da situações que vivemos. Vale a pena colaboradores. “Os Infi ltrados” contri- Fundação Roberto Marinho respon- ser lido várias vezes com o olhar crí- bui para que os gestores de pessoas de estas, entre muitas perguntas e tico. A obra prova o quanto o profi s- tenham uma visão mais crítica sobre cabe bem na estante do profi ssional sional precisa ser inovador para se fatos que não devem acontecer a um que busca conquistas. manter como um empreendedor. ambiente organizacional.

“Gestores de Pessoas – Os Im- Teatro TV pactos das Transformações no “My Fair Lady” – A peça que fez “ Brasil 7” – É inte- Mercado de Trebalho” – de Leyla amplo sucesso em Nova York (EUA) ressante observar como as situa- Nascimento (Editora Qualitymark) – já está em cartaz no Brasil (São ções de confl ito levam as pessoas à transformação e ao limite do es- tresse físico e mental. A reação das pessoas às situações de tensão são cada vez mais surpreendentes. É importante os psicólogos e pedago- gos se debruçarem analisando este programa, porque esta é a nossa vida. Exemplos do BBB deveriam ser muito bem olhados pelos profi s- sionais de RH para tratar situações dentro das empresas, como a pres- são para realizar tarefas e o julga- mento dos outros. Março / Abril / Maio | 2007 | 15

RRevistaevista LETLET n2.inddn2.indd 1515 220/3/20070/3/2007 23:13:1823:13:18 CULTURA ULTURA Peça “Um Inimigo do Povo” abre alas para em alta debate sobre política e opinião pública brasileira que o teatro e a consci- ético em fi nal do século 19. Ele ência sobre a importân- contesta toda a elite política local ao cia do termo “opinião pú- descobrir contaminação nas águas blica” têm em comum? de um estância hidromineral. Por TudoO e mais um pouco. A releitura conveniência decidem considerá- da peça “Um Inimigo do Povo”, tex- lo um “inimigo”. A interpretação do to do escandinavo Henrik Ibsen, uma elenco dirigido por Marcus Vinícius realização da KL Produções, com Faustini deixa claro que as questões apoio do Grupo LET, mostra que o como a da “falta de ética”, “convivên- grande público adora espaços para cia por interesse” e “pressão política” debate. Integrante do projeto “Verão ainda existem em nossa sociedade e e Pensamento” a peça foi enriqueci- merecem ser fruto de debate. da com debates acerca dos temas “Trazer Ibsen de volta aos palcos “Opinião Pública”, “Povo na Arte” e tem tudo a ver com o atual momen- “Povo como Discurso”. No debate to do país que precisa de espaços sobre “Opinião Pública” o público para a refl exão, por isso queremos Foto: Guilherme Vidal Foto: teve a oportunidade de avaliar o cada vez mais levar a política aos panorama formador de opinião eventos culturais com discussões com o jornalista político enriquecedoras”, comenta Marcus Franklin Martins. Vinícius Faustini. Pegando gancho na “Um Inimigo do temática da peça, o jornalista Franklin Povo” esteve em Martins defi ne a opinião pública atu- cartaz no Espaço al como um movimento plural e não Cultural Sérgio mais vindo de um centro formador Porto durante os de opinião: a classe média. “A so- meses de janei- ciedade brasileira está se tornando ro e fevereiro mais sofi sticada e não respeita mais e mostrou a padronização política. Há formadores história de opinião hoje em todas as classes de um sociais e em todas as regiões”, acre- Cena da peça médi- dita o jornalista, que após palestra “Um Inimigo do Povo” co hi- respondeu a perguntas do público per- sobre os rumos da classe média, da imprensa e da política nacional.

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