O Que Faz a Velha Guarda, Velha Guarda?
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO O QUE FAZ A VELHA GUARDA, VELHA GUARDA? NILTON RODRIGUES JUNIOR ORIENTADORA: YVONNE MAGGIE RIO DE JANEIRO 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA O QUE FAZ A VELHA GUARDA, VELHA GUARDA? NILTON RODRIGUES JUNIOR Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Antropologia Cultural Orientadora: Yvonne Maggie RIO DE JANEIRO 14 de Fevereiro de 2008 3 FOLHA DE APROVAÇÃO O QUE FAZ A VELHA GUARDA, VELHA GUARDA? NILTON RODRIGUES JUNIOR Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Sociologia, com concentração em Antropologia Cultural BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________________ PROFA. YVONNE MAGGIE – PRESIDENTE _____________________________________________________________________ PROFA. MARIA LAURA VIVEIROS DE CASTRO. CAVALCANTI (PPGSA-IFCS- UFRJ) ______________________________________________________________________ PROF. JEAN-FRANÇOIS VÉRAN (UNIVERSIDADE LILLE III) SUPLENTES: PROF. PETER HENRI FRY (PPGSA-IFCS-UFRJ) PROFA. MÔNICA GRIN (PPHIS-IFCS-UFRJ) 4 FICHA CATALOGRÁFICA JUNIOR RODRIGUES, Nilton O que faz a velha guarda, Velha Guarda? /Nilton Rodrigues Junior Rio de Janeiro, PPGSA/IFCS/UFRJ, 2008 xii, 124 p., il. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro 1. Samba. 2. Cultura Popular. 3. Escola de Samba Portela. 4. Maggie, Yvonne. 5 Dedicatória À amizade Jairo Santiago e Flávio Leal À paixão Ilka Amaral À paternidade Davi Amaral Rodrigues 6 Agradecimentos Da escrita de uma tese, apesar de um ato solitário, participam muitas pessoas que acabam se tornando marcas que não são apagadas e que nos permitem expandir nossa capacidade criativa de colocar em palavras aquilo que, inexplicavelmente, experimentamos no drama da vida cotidiana. Não quero deixar todos essas pessoas no anonimato, pois me move um sentimento de gratidão e de reconhecimento pela presença amiga, dialogal e instigante delas nesta Dissertação que sei que é de pura responsabilidade minha. Mais que um agradecimento, tenho uma divida para com Yvonne Maggie, minha orientadora, que desde minhas primeiras “inquietações antropológicas”, antes mesmo de ser seu aluno no mestrado, vem me incentivando. Com ela aprendi a ser antropólogo, a inquietar-me diante da vida e das explicações consensuais e a não submeter minha interpretação aos ditames da obviedade. A ela mais do que meu obrigado, minha cumplicidade. Durante o ano de 2006 cursei os seminários no Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde o clima fecundo e criativo tem no corpo docente seu maior rendimento, aos meus professores meu agradecimento: Luiz Antonio Machado, Marco Antonio Gonçalves, Mirian Goldenberg, Maria Laura Cavalcanti, Michel Misse, Elsj Lagrou, Bila Sorj, Peter Fry e Jean-François Véran com eles aprendi muito mais que Sociologia ou Antropologia, aprendi o exercício do pensar. Minha turma de mestrado tem demonstrado vitalidade e as cumplicidades necessárias para enfrentar os desafios acadêmicos: Andréa Nascimento, Bernardo Curvelano, Carolina Grillo, Catharina Eppecht, Edílson Pereira, Heloisa Helô Helena, João Reis, Leonardo Campoy, Luciana Almeida, Maria Cristina, Marina Cordeiro, Olivia von der Weid, Paula Menezes, Sabrina Galeno, Suzana Mattos, Thais Danton, Thais Nascimento e Tiago Carminati. Prof. Fred Góes, do curso de Ciência da Literatura, da UFRJ, pelos debates em sala de aula e pelas sugestões que deu na minha banca de qualificação e que muito me ajudaram. 7 Um agradecimento especial a Maria Laura Cavalcanti e Jean-François Véran por terem se disponibilizados a percorrem comigo esse ritual de passagem da defesa de minha Dissertação. Roberto Augusto DaMatta que através de seus trabalhos acabou por me “oferecer” o titulo dessa Dissertação. Marquinhos de Oswaldo Cruz que me levou a conhecer a Velha Guarda da Portela e, constantemente, nos brinda com o som de sua bela música. Enelram “Any” Rodrigues que imprimiu e formatou meus originais. Claudia Vianna e Denise Alves, secretarias do PPGSA, que sabem misturar competência com alegria. Cristina Fernandes que agüentou, como ninguém, minhas “malices” e meus pedidos de socorro. Às bolsistas de iniciação cientifica do projeto de pesquisa de Yvonne Maggie, especialmente, Ludmila Freitas e Giselle Lage, hoje minhas colegas de pós-graduação e a Marcelo Ramos pela ajuda inestimável. A todos vocês meu obrigado. 8 Epígrafe É preciso por em questão, novamente, essas sínteses acabadas, esses grupamentos que, na maioria das vezes, são aceitos antes de qualquer exame, esses laços cuja validade é reconhecida desde o início; é preciso desalojar essas formas e essas forças obscuras pelas quais se tem o hábito de interligar os discursos dos homens; é preciso expulsá-las da sombra onde reinam [...] é preciso também que nos inquietemos diante de certos recortes ou agrupamentos que já nos são familiares. (M. Foucault, Arqueologia do Saber) 9 Resumo O que faz a velha guarda, Velha Guarda? Nilton Rodrigues Junior Orientadora: Yvonne Maggie Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do titulo de Mestre em Antropologia. Essa Dissertação é um estudo antropológico sobre um conjunto musical de uma Escola de Samba: a Velha Guarda Show da Portela. E tem como objetivo responder a seguinte questão: o que faz a velha guarda, Velha Guarda? A Velha Guarda Show da Portela foi fundada em 1970 por iniciativa do musico Paulinho da Viola e agrupa homens e mulheres para representarem a Escola de Samba Portela. No meu trabalho de campo além das entrevistas com integrantes do grupo e das observações participantes, li jornais e revistas da década de 1970, na tentativa de responder a questão por mim formulada. Todo esse material de campo e da elaboração da história de vida de seis integrantes do grupo levou-me a compreender um paradoxo fundamental na lógica de organização do grupo que é o paradoxo da autenticidade versus sucesso. Esse paradoxo aliado a um drama vivido na Portela na década de 1970 entre dois projetos, dos compositores e da diretoria, que tinham entendimentos diferenciados a cerca do papel da Escola no cenário do samba carioca, me levaram a entender melhor a fundação e formação das fronteiras da Velha Guarda Show da Portela. Palavras-chave: Escola de Samba Portela; Autenticidade; Sucesso; Velha Guarda da Portela Rio de Janeiro 14 de Fevereiro de 2008 10 Abstract O que faz a velha guarda, Velha Guarda? Nilton Rodrigues Junior Orientadora: Yvonne Maggie Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do titulo de Mestre em Antropologia. This dissertation is an anthropological study of a samba school's musical group: The Old Guard Show of Portela. Its objective is to answer the following question: what makes the old guard the Old Guard? A Velha Guarda Show da Portela was founded on the initiative of Paulinho da Viola. It brings together men and women who, collectively represent the Portela Samb School in public presentations. The present work is based on participant- observation field work, interviews with band members and archival research into media sources from the 1970s. Fieldwork and the construction of life histories for six members of the group has allowed me to comprehend a paradox which lies at the formation of the Old Guard and which pits authenticity against success. This paradox must be understood in the context of Portela in the 1970s, when a struggle took place between two projects - one pushed by the school's directorate and the other by its composers - which saw the school's role in Rio's samba scene in completely different lights. Exploring and explaining this paradox has allowed me to better understand the foundation and formation of the Velha Guarda Show da Portela. Kew-words: Portela Samb School; authenticity; success; The Old Guard Show of Portela Rio de Janeiro 14 de Fevereiro de 2008 11 Sumário Dedicatória Agradecimentos Epigrafe Resumo Abstract Sumário Introdução Começando do começo .......................................................................................... 13 O trabalho de campo e as fontes ............................................................................. 18 Entre a autenticidade e o sucesso ........................................................................... 19 Plano dos capítulos ................................................................................................. 21 Capítulo 1 Estamos velhos, mas ainda não morremos .................................................................. 22 O bairro Oswaldo