O Samba Em Pessoa Dissertação Versão Corrigida
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL O samba em pessoa: narrativas das Velhas Guardas da Portela e do Império Serrano Fernanda Paiva Guimarães São Paulo 2011 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL O samba em pessoa: narrativas das Velhas Guardas da Portela e do Império Serrano Fernanda Paiva Guimarães Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em História Social. Versão corrigida Orientador : Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy São Paulo 2011 Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Guimarães, Fernanda Paiva O samba em pessoa: narrativas das Velhas Guardas da Portela e do Império Serrano. / Fernanda Paiva Guimarães ; orientador José Carlos Sebe Bom Meihy. – São Paulo, 2011. 219 f. : il. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de História. Área de concentração: História Social. 1. História oral. 2. Samba. 3. Música popular – Brasil. 4. Memória social - história. 5. Escolas de samba. I. Título. II. Meihy, José Carlos Sebe Bom. CDD 907.2 780.420981 GUIMARÃES, Fernanda Paiva O samba em pessoa: narrativas das Velhas Guardas da Portela e do Império Serrano Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em História Social Aprovado em: 16 de março de 2011 Banca Examinadora Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy Universidade de São Paulo – USP Prof. Dr. José Geraldo Vinci de Moraes Universidade de São Paulo – USP Prof. Dr. Mauricio Barros de Castro Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ AGRADECIMENTOS Agradeço, em primeiro lugar, a José Carlos Sebe Bom Meihy, meu orientador, que apostou na entrada deste projeto no Núcleo de Estudos em História Oral – NEHO/USP e acompanhou com atenção o desenvolvimento desta pesquisa. Carlos Magalhães, Olga Futemma e Patricia de Filippi, diretores da Cinemateca Brasileira, apoiaram a minha presença no mestrado por palavras e por gestos de grande generosidade. Dentre os muitos colegas de trabalho aos quais sou grata, Lígia Farias foi quem me deu fundamental “cobertura” nos últimos meses do mestrado, com um bom humor quase alienígena. Pela estimulante convivência, agradeço aos colegas do NEHO: Ricardo Santhiago, Maria Aparecida Blaz, Maurício Barros de Castro, Juniele Rabêlo de Almeida, Vanessa Generoso Paes, Cássia Milena Nunes de Oliveira, Marcel Diego Tonini, Marcela Boni Evangelista, Marta Rovai, Eduardo Meinberg, Fabíola Holanda Barbosa e Suzana Lopes Salgado Ribeiro. Os colegas de Pós-Graduação, especialmente Ricardo Cardim e Rosane Pavam, bem como os Professores José Geraldo Vinci de Moraes, Elias Thomé Saliba e Sara Albieri, contribuíram para meu movimento de retomada dos estudos, no decorrer das disciplinas. Pelas importantes sugestões durante o exame de qualificação, agradeço aos Professores José Geraldo e Marcos Napolitano. Miguel Soares Palmeira, meu lugar no mundo, com paciência e grandeza foi meu interlocutor constante e ajudou até quando não sabia que estava ajudando. Meus pais, Roberto e Angela, e meus irmãos, Rodrigo e Juliana, estão em tudo que faço. José Guerra Neto chegou depois, mas assumiu com desembaraço uma posição de destaque no meu panteão de pessoas mais importantes do mundo. Daltony Nóbrega e Bia Peine, meu casal preferido de crianças em corpo de adulto, me encheram de música, humor e chocolate. Rita Palmeira e Flávio Moura, vizinhos “à moda antiga”, são presença marcante, afetiva e intelectualmente. Maria Izaias Guedes talvez seja a razão principal do meu interesse por cultura popular. Registro aqui o meu carinho e um especial agradecimento. A ela devo uma vida de trabalho. Eduardo Gallotti, Aluízio Maranhão e Tutu têm grande influência no meu repertório musical. Deixo um agradecimento pelas muitas noites de samba que me enchem de alegria. Contei, ao longo da pesquisa, com a ajuda dos “guias” Eli Briareu e Jorge Luiz Amaral (Doutor Bigu), que literalmente abriram caminhos para a pesquisa. Angela Paiva, Augusto Lima, Elielma Ayres, Fernando Paulino, Nely Silveira, Simone Dubeux e Roberto Guimarães ajudaram com indicações ou com os ouvidos. Agradeço a Carlos Monte pela esclarecedora entrevista e a Áurea Maria, Balbina, Ivan Milanez, Jussara, Lindomar, Monarco, Noca da Portela, Serginho Procópio, Surica, Wilson das Neves, Zé Katimba e Zé Luiz do Império Serrano pelas histórias de vida. Espero honrar o tempo e as palavras que me emprestaram. RESUMO: A presente dissertação trata das narrativas de experiências pessoais de “velhos sambistas”. O corpus documental é constituído de sambas e narrativas feitos por participantes dos conjuntos musicais chamados Velha Guarda da Portela e Velha Guarda do Império Serrano. As histórias de vida de sambistas e pastoras, produzidas adotando os procedimentos da história oral, expõem temas polêmicos afeitos à tradição e à modernização dos desfiles. Sambas gravados por essas duas “Velhas Guardas” funcionam como apoio e complemento, tomados como documentos que permitem acessar o discurso mnemônico vinculado a um discurso dominante sobre o samba no contexto cultural carioca dos anos 2000. A partir das vivências e das visões dessas pessoas sobre a “evolução” das escolas de samba, procura-se entender o papel dos grupos aos quais pertencem, localizados simbolicamente entre as “raízes” e os desafios da atualização das agremiações carnavalescas. Palavras-chave: Samba, Velha Guarda, História Oral, Memória, Música popular brasileira. ABSTRACT: This dissertation deals with personal experiences narrated by “old sambistas ”. Its document corpus consists of sambas and narratives made by participants in musical ensembles called Velha Guarda da Portela and Velha Guarda do Império Serrano . The life stories of samba men and women, which were produced following oral history procedures, expose controversial issues that relate to the tradition and modernization of samba school parades. The songs that were recorded by those two samba “Old Guards” are regarded as complementary documents, that allow access to a mnemonic speech linked to a dominant discourse about samba in Rio de Janeiro’s cultural context of the 2000s. By observing the life experiences and visions of those people about the “evolution” of samba schools, the purpose is to understand the role of the groups to which they belong, symbolically positioned between the “roots” and the challenges of the adjustment of carnival groups to new times. Key-words : Samba, Old Guard, Oral History, Memory, Brazilian popular music. SUMÁRIO AGRADECIMENTOS .............................................................................................................5 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................8 PARTE I 1. Histórico e procedimentos de pesquisa ................................................................14 1.1. Narrativas musicais ..................................................................................................19 2. Entrevistas ...............................................................................................................26 2.1. Produção .................................................................................................................30 2.2. Análise ....................................................................................................................41 3. Temas .......................................................................................................................60 3.1. Velha Guarda e velha guarda ...................................................................................60 3.2. Mediações e jornalismo cultural ...............................................................................65 3.3. Velho e novo ...........................................................................................................68 PARTE II .................................................................................................................................73 MONARCO “O meu samba não tem agrotóxico, é um samba tirado do coração” .............................................75 SERGINHO PROCÓPIO “A Velha Guarda é maior que a gente. Temos a responsabilidade de guardar os sambas dos antigos” 88 TIA SURICA “Eu gosto é de ser independente” ...........................................................................................99 ÁUREA MARIA “Só tenho a aprender a cada dia” ........................................................................................104 WILSON DAS NEVES “Você pode melhorar aquilo que está fazendo sem deturpar, como diz o Paulinho da Viola – não me mexe no samba tanto assim, né?” ........................................................................................108 IVAN MILANEZ “Agora quem vai falar de mim sou eu” ................................................................................118 LINDOMAR “Quero ter tempo para curtir mais a vida” ............................................................................136