No 24 | Ano 6

Publicação Bimestral da Unimed do Brasil

edmundo Castilho Conheça o legado do fundador do maior sistema cooperativista de saúde do mundo

Jeito de Cuidar Unimed: Novas formações Brasil se prepara a sensibilidade para familiares alteram a para receber os conquistar o consumidor configuração do lar Jogos Olímpicos

Capa_UBR_24.indd 1 15/07/2016 15:21:19 Seguro Responsabilidade Civil Diretores e Executivos. Para você que transformou competência em conquistas. E para o que der e vier.

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Miolo_UBR_24.indd 2 15/07/2016 17:39:17 EDITORIAL Seguro Responsabilidade Civil Diretores e Executivos. No 24 | ANO 6 Para você que transformou Obrigado, Edmundo Castilho competência em conquistas. A prática da medicina nos coloca, muitas vezes, em contato com a triste realidade de que, por mais que empenhemos todos os esforços E para o que der e vier. para prolongá-la, a vida é finita. Em junho, essa lição nos foi relem- brada de forma dolorosa: perdemos Edmundo Castilho, idealizador e A Revista Unimed BR é o órgão de informação um dos fundadores do Sistema Unimed. oficial da Unimed do Brasil. Digo perdemos, no plural, pois considero que seu falecimento deixa CONSELHO EDITORIAL muitas lacunas. Perdem o setor de saúde, o cooperativismo, o em- Eudes de Freitas Aquino (Unimed do Brasil) preendedorismo e as fileiras de cidadãos que acreditam que seu tra- Mohamad Akl (Central Nacional Unimed) balho pode influenciar positivamente a vida de outras pessoas, com Helton Freitas (Seguros Unimed) João Batista Caetano (Fundação Unimed) ética, solidariedade e responsabilidade. Nilson Luiz May (Unimed Participações) Essas qualidades, tão em falta neste momento delicado no qual vive- COMITÊ EDITORIAL mos, mostram o valor de um grande homem. Médico, gestor, visionário. Orestes Barrozo Medeiros Pullin Edevard J. de Araujo Edmundo esteve à frente da Unimed do Brasil por 25 anos. Foi pio- Luciana Langer neiro em muitas práticas que seguimos e aperfeiçoamos atualmen- Aline Cebalos te, como o Intercâmbio Nacional e o incentivo ao diálogo entre as cooperativas do Sistema com a promoção de eventos, como o maior Coordenação Geral Eudes de Freitas Aquino deles, a Convenção Nacional Unimed. Foi sob sua batuta que se construiu o firmamento para que, hoje, che- EDITORa responsável Aline Cebalos (Mtb 36.878) gássemos a 350 cooperativas em todo o País. Se a palavra Unimed é sinônimo de saúde – fato comprovado pela relevante quantidade de Redação prêmios Top of Mind recebidos por nossas coirmãs –, é seguro dizer Ana Carolina Giarrante que Edmundo Castilho é sinônimo de Unimed, assim como muitos Lauro Silva Marcela Murad homens e mulheres que agora, enlutados, uniram-se para lamentar a Michel Vita partida de nosso fundador. Moema Bonelli Colaborou Marina Telecki Seu nome está gravado na história do País, e cabe a nós, mais do que nunca, preservar esse legado. Cada passo dado, cada atendimento, Fotos levarão em consideração as intenções iniciais do já saudoso colega. Segurança na tomada de decisões Depto. de Comunicação Unimed do Brasil Um seguro que protege o seu Arquivo Sistema Unimed A Edmundo, estendo nossos agradecimentos por ter se levantado patrimônio pessoal e atos de gestão. Thinkstock em prol da dignidade da profissão médica, dos direitos dos pacien- tes e de uma gestão mais humanizada, igualitária e democrática da Produção Tranquilidade para grandes Depto. de Comunicação da Unimed do Brasil saúde no Brasil. responsabilidades Se sua falta é sentida, creio que sua presença o será ainda mais em A proteção e confiança que você Projeto Gráfico e Design Depto. de Marketing da Unimed do Brasil nosso cerne, em nosso cooperativismo. Seu sonho continuará. precisa em um mercado com tantos desafios. Tiragem 15.000 exemplares Obrigado, Edmundo Castilho!

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Eudes de Freitas Aquino Unimed do Brasil – Confederação Presidente da Unimed do Brasil Nacional das Cooperativas Médicas Alameda Santos, 1.827 – 15º Andar stos O

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CAPA Com o Unimed Fone, seus clientes podem curtir os 10. No Alvo melhores momentos da vida Obra literária destaca a importância da sem preocupações. verticalização para as operadoras de saúde Eles terão à disposição uma equipe de médicos de plantão 18. e stratégia sempre pronta para tirar Á rea da Unimed do Brasil aumenta representatividade do Sistema com dúvidas e dar conselhos a órgã os reguladores qualquer hora do dia ou da noite. 36 22. e stratégia Saiba mais em: holofote Aconselhamento médico por telefone auxilia na qualidade da prestação de serviço unimed.me/unimedfone S istema Unimed homenageia o seu fundador 24. atitude D ia dos Pais: confira histórias inspiradoras e emocionantes

40. sdaú e em pauta Multimorbidade: entenda o novo fenômeno na esfera da saúde

` 44. coop j Unimed do Brasil apresenta projeto à OCB v SOS UNIMED E UNIMED FONE `j 46. pelo brasil jv serviços essenciais para sua cooperativa Unimed Norte Fluminense realiza `v 6 entregas da campanha Eu Ajudo na Lata `jv No Alvo 52. de brasília h Prt oje o do Sistema VIIr Fó um de Cooperativismo Médico foca na eficiência e no identifica desafios do setor fortalecimento das relações com seus Brasil clientes 54. pelo mundo N úmero de diabéticos chega Com o atendimento a 400 milhões no mundo emergencial SOS Unimed seus clientes contam com 56. eventos equipes amparadas por UTIs S istema Unimed discute mudança móveis, aparelhadas com do modelo atual de atenção à saúde mais de 300 itens essenciais para o salvamento de vidas, 60. eventos S eminário proporciona aprimoramento além de cumprir a RN-347 de técnico para o Sistema Unimed transporte inter-hospitalar de

BRUNO MARTINS AB+ pacientes. 64. Nossa história 14 A trajetória bem-sucedida da Unimed-BH 32 No Alvo atitude Saiba mais em: No vas configurações Haja torcida! Maior unimed.me/sosunimed familiares trazem 66. com a palavra evento esportivo oportunidades para O que esperam dos planos de saúde? do planeta chega à as marcas por Mohamad Akl América do Sul

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A arte de encantar clientes As empresas precisam ser criativas e sensíveis para conquistar um novo perfil de consumidor. Mais exigente, ele quer ser compreendido emocionalmente pela organização

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Miolo_UBR_24.indd 6 15/07/2016 17:39:24 esde a Revolução Indus- No contexto social atual, a maior O que marcas bem-sucedidas têm trial, as empresas senti- acessibilidade à informação faz em comum? Elas sabem criar re- Dram a necessidade de se com que os novos consumido- lacionamentos verdadeiros com diferenciar no mercado. Com o res exijam marcas comprome- seus consumidores e têm neles surgimento de produtos e ser- tidas em todos os sentidos. Na seus próprios defensores. Essas viços similares, a concorrência busca por conexões emocionais, conexões extrapolam o amor pela acirrada levou as organizações a as pessoas também valorizam a marca; permitem que os usuários distinguirem-se pela excelência criação de vínculos verdadeiros vivenciem sua cultura. em busca de maior lucrativida- com as marcas que consomem. De acordo com Claudemir Oli- de e reconhecimento. Ano a ano, Suas expectativas precisam de veira, PhD e presidente funda- a exigência dos consumidores um estímulo que desperte as dor do Seeds of Dreams Institu- para com as marcas aumenta, e emoções na hora de tomar deci- te, empresa americana com foco cabe a elas acompanhar as mu- sões, e é nessa equação que em- em Clientologia – a arte de criar, danças de comportamento para presas mais estruturadas e com manter e fidelizar clientes –, o não ficar à deriva. foco no cliente se destacam. encantamento ao cliente começa Para entender essa necessidade, muito antes do atendimento foca- no livro Marcas: o valor do in- do na venda. Ele tem início ainda tangível. Medindo e gerenciando no processo de contratação dos seu valor econômico, os autores “Contrate um profissionais. Para ele, “muitas David Haigh e Gilson Nunes empresas enxergam a área de Re- defendem que a concepção de sorriso e depois cursos Humanos como um depar- marca sobrepõe qualquer de- tamento puramente operacional e finição simplificada sobre pro- ensinamos as secundário, e não percebem que o dutos e serviços, pois se trata encantamento ao cliente começa, da real preocupação em agre- técnicas” na verdade, bem antes da relação gar valor às necessidades das do colaborador com o comprador C laudemir Oliveira, PhD pessoas. É uma somatória de em si. Tem início na hora da con- e presidente fundador do qualidade, preço, ambientação, tratação. Se admitimos alguém Seeds of Dreams Institute gestão transparente, reputação, despreparado e sem atitude, não tecnologias utilizadas, acessi- tem como dar resultado.” bilidade, atendimento especia- Quando falamos em encantamen- lizado entre outros inúmeros Aqui, não estamos falando de to de clientes e marcas amadas, fatores. Portanto, a percepção foco no cliente apenas no simples logo nos vem a Disney à cabeça. da marca é muito mais ampla e sentido de preço, apresentação e Claudemir recorda a famosa frase envolve procedimentos e estra- comodidade. O que conta é com- dita por Walt Disney, idealizador tégias ocultas ao cliente. No fi- prometimento, sustentabilidade, da empresa: “Contrate um sorriso nal, o que vai fazer a diferença é concepção, dedicação e empatia. e depois ensinamos as técnicas”. o relacionamento que ela man- Ciente de que conquistar e reter Segundo ele, “na Disney, se tiver- tém com a empresa. clientes não são tarefas simples, mos dois candidatos, um com Com o intuito de criar relaciona- Philip Kotler – guru do marke- PhD (sem atitude) e uma pessoa mentos duradouros, muitas em- ting, é enfático ao afirmar que simples, sem tanto estudo, mas presas desenvolvem programas e conquistar um novo cliente custa com atitude, a preferência será padrões de atendimento a fim de de cinco a sete vezes mais do que sempre pelo segundo candidato”. serem reconhecidas pelo merca- manter os já existentes. Então, é O especialista acredita na máxima do. Para Kevin Roberts, autor do hora de prestar mais atenção da empresa: “Ensinar habilidades livro Lovemarks – o futuro além nisso, entender o consumidor é possível, mas transmitir atitude das marcas, “criar relaciona- e aprofundar o relacionamento é praticamente impossível.” mentos emocionais duradouros com ele. Um bom contato garan- ​Tendo a Disney como exemplo, envolve muito mais do que uma te não só que a marca seja bem precisamos nos atentar de que campanha, frase ou slogan. As vista e entendida em sua com- ela não é a única organização marcas precisam criar conexões pletude, mas também é preciso que preza pela experiência co- mais ricas e profundas”. Essas que exista alinhamento entre mo chave para o sucesso. Mar- conexões emocionais devem ser discurso e prática, prezando pela cas como Zappos, Starbucks e a base de todos os projetos. cultura da organização. Nordstrom​ também cumprem

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muito bem essa tarefa. Claudemir apresenta o mo- cooperativas, temos a necessidade de trabalharmos, delo – inusitado para a maioria das empresas – que juntos, uma fórmula de encantamento que se traduz é adotado pela Nordstrom: a empresa não treina em um atendimento de excelência e que se torna seus colaboradores. “Com foco nas atitudes de seus uma grande possibilidade para a maior cooperativa candidatos, acredita que a contratação está na atitu- de saúde do mundo. de deles, na sua formação de berço. Eles entendem A vastidão e a diversidade de realidades no Sis- que técnicas se ensinam, mas atitude, não. Ou eles tema Unimed também permitiram que muitos aprendem isso com os pais, ou nenhuma empresa modelos de padronização de atendimento fossem do mundo vai ensinar atitude a alguém.” criados sem um alinhamento, que se faz tão im- Esses são apenas alguns exemplos de organizações portante para uma marca como a Unimed – que que acertaram na fórmula. Independentemente da tem quase 50 anos de história, e há 23 anos é ven- estratégia adotada, é necessário compreender como cedora do Top of Mind. empresas que oferecem o mesmo serviço ou produto conseguem se distinguir tanto de seus concorrentes? Neste sentido, nos últimos anos as cooperativas do Como Lovemarks, podemos entender conexões emo- Sistema vêm trabalhando e unificando seus esfor- cionais genuínas com quem a organização se relacio- ços pela consolidação do posicionamento de marca na, tornando-se próxima e pessoal. “Vocação para cuidar das pessoas” e da assinatura “Cuidar de você. Esse é o plano.” Em concordância Mas você deve estar se perguntando como o Sistema a esse movimento, apresentamos uma iniciativa es- Unimed pode se destacar no disputado mercado de pecial, um projeto integrado que tem o propósito de saúde suplementar? Se a tendência for valorizar as aumentar a qualidade e a eficiência do atendimento características próximas e pessoais, isso significa que a fim de elevar o nível da percepção da essência da estamos no caminho certo, haja vista os atributos da marca Unimed perante o cliente, de modo a forta- marca: próxima, humana, especialista e cooperativa. lecer o relacionamento duradouro do Sistema com Apesar de os caminhos convergirem para o mesmo seus públicos de interesse. O Jeito de Cuidar Uni- sentido, é importante considerar a vastidão do Siste- med, em fase de finalização de diagnóstico e estru- ma, que está presente em 84% do território nacional. turação dos processos para implantação, será apre- Pensando em nossos atributos, na nossa capila- sentado em detalhes na próxima edição da Revista ridade e no valor que o ato de cuidar tem para as Unimed BR. Aguarde!

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Miolo_UBR_24.indd 8 15/07/2016 17:39:28 Qualidade e excelência comprovadas Unimed do Brasil é certificada pela DNV-GL

O reconhecimento do Sistema de Gestão da Qualidade da Confederação confirma o empenho e cuidado de todos para com o Sistema Unimed e seus usuários.

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Verticalizar para crescer

Investir em hospitais, laboratórios, centros de atenção domiciliar e de imagem, entre outros recursos, é uma tendência no segmento de planos de saúde. Com o propósito de avançar no tema, Walter Ney Junqueira, presidente da Unimed Criciúma, lança livro em que compartilha o sucesso na construção e na administração de um Complexo Hospitalar e o processo de gestão desse serviço

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Miolo_UBR_24.indd 10 18/07/2016 11:50:16 om o propósito de reduzir área. “A verticalização é o futu- custos e assegurar aten- ro das operadoras de saúde que Cdimento de qualidade, as querem permanecer no merca- operadoras de planos de saúde do por mais tempo”, afirma o passaram a investir em redes autor em entrevista para a Re- próprias. Segundo um levanta- vista Unimed BR. Confira. mento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), rea- lizado em 2014, ao menos 40% O que é a verticalização da dos planos de saúde têm rede saúde suplementar? própria de atendimento, forma- A verticalização suplementar da por hospitais, ambulatórios ocorre quando os planos de e centros de exames laborato- saúde constroem recursos pró- riais, representando 80% das prios, como hospitais, labora- opções de serviço ofertadas aos tórios e outros serviços na área clientes. Nas últimas décadas, de saúde. Ou, ao contrário, os empresas de saúde têm inves- hospitais criam planos de saú- tido em modelos que buscam a Walter Ney Junqueira, de. A verticalização vem cres- integração vertical, ou seja, gru- presidente da Unimed cendo muito nos últimos anos pos de prestadores de serviço, Criciúma, é autor do livro A em virtude dos altos custos, principalmente hospitais, que Verticalização no Setor de justamente, para reduzir esses desenvolvem suas próprias em- Saúde Suplementar: o Caso números. A verticalização é an- presas operadoras de planos de dos Recursos Próprios tiga; em 1988, alguns hospitais saúde para atender às suas de- começaram a criar seus planos mandas, e operadoras de planos de saúde, mas ganhou força dos de saúde que passam a oferecer anos 2000 para cá, quando as serviços próprios aos seus be- saúde, traz um apanhado mi- operadoras de saúde passaram neficiários, incluindo hospitais, nucioso com dados riquíssimos a ver vantagem em ter os seus laboratórios etc. sobre investimentos em qualifi- próprios serviços. Hoje, há uma Para entender os desafios e os cação de pessoas, certificações, gama enorme de operadoras impactos desse movimento, o estrutura, gestão e controle, que que compraram hospitais, cen- presidente da Unimed Criciú- permitiram aos serviços pró- tros oncológicos, laboratórios. ma, Walter Ney Junqueira, es- prios obterem sucesso financei- creveu o livro A verticalização ro, e orientações para quem já está no setor ou deseja investir Por que você escolheu no setor de saúde suplementar: abordar o tema em um livro? o caso dos recursos próprios, em em recursos próprios. que conta o case do Hospital Em sua trajetória, Walter dei- Eu pesquisei bastante e tem Unimed Criciúma e o processo xou o consultório de pediatria pouca literatura sobre isso. En- de gestão desse serviço. Com e aceitou o desafio de liderar tão, as pessoas que resolvem 15 anos de experiência à fren- uma cooperativa médica. Para entrar nesse ramo têm dificul- te da Unimed Criciúma e na tanto, buscou a qualificação de dades em verificar, pesquisar, construção de uma cooperativa um administrador e hoje soma fazer um programa. E um pro- com serviços que são referência vitórias que são compartilhadas grama malfeito pode não ter no setor de saúde catarinense, nesse livro. Ao título de médico uma conotação positiva. Eu Walter relata seu conhecimento pediatra, agregou os diplomas conheço os dois lados, quem na construção e na administra- de pós-graduação em Admi- se deu bem e quem se deu mal. ção de um complexo hospitalar, nistração de Planos de Saúde, O livro é um roteiro para quem analisa os fatores positivos e MBA Executivo em Saúde pela pretende verticalizar e quem já negativos sobre a construção de FGV, Administração Hospitalar está verticalizando. As pessoas hospitais, laboratórios e clínicas pelo IAHCS de Porto Alegre e podem ler, seguir o roteiro, dis- de imagem pelas operadoras de muitas outras qualificações na cutir. É uma orientação.

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Como identificar que a Catarina, por exemplo, nas cida- ou mais devagar, de acordo com instituição tem necessidade des de Joinville, Chapecó, Criciú- a disponibilidade financeira. Te- e deve investir em recursos ma, Itajaí e Camboriú a verticali- mos exemplos de operadoras zação foi um sucesso. Existe tam- que planejaram em dois anos e próprios? bém o risco da qualificação dos construíram um parque hospita- Para isso, é preciso saber se o profissionais, pois encontrar pes- lar também em dois anos; outras, local está bem servido, se tem o soas treinadas e capacitadas é ex- demoraram cinco anos. Também serviço no local e se atende à de- tremamente difícil no Brasil, além existem operadoras que já com- manda. Existem operadoras que das exigências burocráticas dos pram o negócio pronto, como a estão em locais que apresentam órgãos governamentais e, muitas Amil, que possui uma disponibili- dificuldade de hospitais e labo- vezes, se monta uma estrutura dade financeira enorme e adquire ratórios. Assim, você percebe a sem aprovação, podendo implicar o hospital pronto e funcionando. necessidade de verticalizar. Além outros problemas. Mesmo assim, disso, quando se tem os serviços, a verticalização tem mais vanta- mas são dispendiosos, montar o gens do que desvantagens. Como obter uma correta seu serviço pode custar menos. E operacionalização? também para se firmar no mer- É preciso ter uma equipe mon- cado, construir e fortalecer insti- Você considera a tada e treiná-la para fazer exata- tucionalmente, pois a instituição verticalização como mente aquilo que se pretende. A fica mais estabelecida. o futuro da saúde verticalização não vem para so- suplementar no Brasil? mar, mas sim para substituir. E, Qual o principal benefício E no mundo? Por quê? para substituir, é preciso ser mui- da verticalização da saúde Eu não tenho dúvida em rela- to melhor do que o concorrente. privada? A verticalização ção a isso. Acho que as operado- Por isso, tem de treinar as pes- soas para fazer muito melhor do é realmente um método ras de saúde no Brasil que não se verticalizarem nos próximos que já é feito; requer treinamento de redução de custos no dez anos passarão por extremas e uma equipe muito competen- sistema? Por quê? dificuldades. Já as que se verti- te, conscientizando as pessoas calizaram vão sobreviver com de que uma estrutura pode dar Se a verticalização for bem mon- mais facilidade, porque há outra prejuízo nos três primeiros anos tada e administrada, realmente fonte de renda com o seu parque e, portanto, fazer um provisiona- reduz custos. Outro benefício é a diversificado: do plano de saú- mento para cobrir esse prejuízo imagem que a operadora fica no de e da verticalização (centro de de forma a não impactar na ope- mercado, pois se fortalece. O mer- imagem, laboratório, hospital). radora do plano de saúde. cado aceita esse serviço muito Dessa forma, têm-se duas fontes bem. Sabemos que o setor de saú- de renda e não apenas uma. Hoje, de é deficitário no Brasil e, quan- E como lidar com o retorno a lucratividade das operadoras do se tem tal serviço, a sociedade de plano de saúde não chega a do investimento em longo vê com bons olhos, além de a ver- 3% em nível nacional. Portanto, prazo? ticalização criar muitos empregos se não houver mudança, haverá na região onde é estabelecida. O início é traumático, pois você bastante dificuldade. sabe que vai operar serviços e ter custos fixos pelos quais só vai re- E quais são os riscos para Qual é a importância ceber 90 dias depois. Até chegar os que seguem essa nova de um planejamento para ao ponto de equilíbrio, leva, em empreitada econômica da as cooperativas que visam média, três anos. Logo, vale pro- verticalização? investir nesse nicho? visionar esse valor para compen- sar o déficit operacional nesse O principal risco é ser realizado Um bom planejamento vai levar período inicial. É muito difícil em às pressas e não dar o resultado de 18 a 24 meses. Já a constru- qualquer setor, seja produtivo, se- econômico esperado, levando a ção depende da parte econômi- ja de serviços, começar uma ope- operadora à falência. Em Santa ca, podendo seguir mais rápido ração com lucro. Há um período

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Miolo_UBR_24.indd 12 18/07/2016 11:50:25 C onfira as 10 lições que Walter Ney Junqueira pontua em seu livro para quem deseja investir em que você vai ter de assumir os em recursos próprios: custos de serviço. Então, a minha orientação é começar devagar e 1. Seja transparente. Comunique ao investidor (pessoa física, pessoa pelas áreas que, normalmente, jurídica ou cooperado) que o retorno sobre o investimento leva, são mais lucrativas, como no mínimo, cinco anos. O médico é imediatista e não tem visão de retorno em longo prazo. laboratórios, centros oncológicos, e centros de imagem, que 2. Analise os reais motivos para o investimento – manutenção de marca, apresentam uma lucratividade necessidade de mercado, dificuldade de parceria com os prestadores, mais rápida do negócio, numa concorrência, mau atendimento, monopólio local com preços média de 5 a 6 meses. Diferente- exorbitantes. Se você conseguir três motivos, vá em frente. mente de um hospital completo, 3. Se as suas condições de investimento forem pequenas, inicie por que demora a chegar ao ponto de fases, pois o impacto econômico no balanço é menor. As unidades a equilíbrio e pode comprometer a serem iniciadas deverão ser as que darão retorno em menor tempo – operadora. laboratório, centro cirúrgico, imagem, centros oncológicos, entre outras. 4. Se sua instituição for uma cooperativa, comunique aos cooperados O investimento das que muitas especialidades utilizarão pouco a estrutura – operadoras nos setores de dermatologistas, por exemplo –, no entanto, quando o recurso próprio estiver lucrativo, mesmo esses cooperados receberão dividendos lucratividade mais rápida conforme a produção geral e não conforme a produção hospitalar. pode desequilibrar a disponibilidade de serviços? 5. Cuidados com a logística geográfica. Se o centro médico – consultórios – ficar próximo ao hospital concorrente, normalmente O que eu oriento no meu livro os clínicos não darão apoio ao recurso próprio, a não ser que tenham é começar com um laboratório, vantagens. Seria interessante priorizar a construção de consultórios por exemplo, e, com a lucrativi- próximo do local de investimento para oferecer aos médicos dade desse investimento, expan- credenciados ou cooperados. dir os serviços. Portanto, se inicia 6. deixe o pronto-atendimento para o final. Essa estrutura, além de ser com a lucratividade mais rápida, altamente deficitária, é complexa, necessita de apoio e é o foco de mas com esse retorno criam-se conflitos e problemas administrativos. outros serviços. Em Criciúma, 7. Monte a estratégia de negociação de equipamentos e visite sempre começamos com laboratório, de- a Feira Hospitalar. É lá que você fará bons negócios. Nunca se pois centro cirúrgico e, aos pou- esqueça de que o barato sai caro. Procure comprar equipamentos cos, fomos abrindo as unidades. com boas indicações e lembre-se de pesquisar, no mercado, a Já são 9 anos de verticalização. qualidade e o valor das manutenções. 8. É condição essencial você ter a assessoria de um engenheiro E de que forma a clínico com conhecimento e experiência na área. Você terá maior verticalização afeta o assertividade com ganhos tecnológicos e financeiros. usuário do plano de saúde 9. Evite conflitos com grupos de médicos. Procure buscar o apoio e demais serviços? desses profissionais. Muitas clínicas que foram parceiras durante anos não podem simplesmente ser deixadas de lado. Converse, A verticalização afeta o servi- negocie e procure o melhor entendimento possível com todos. ço que você oferece, já que é de Se toda a cadeira do negócio for bem, você também estará bem. qualidade superior. O usuário fica Não pense em crescer sozinho. satisfeito, pois ele sente que com- prou um plano de saúde que está 10. Cuidados com as informações. Normalmente as pessoas que já oferecendo mais qualidade e mais passaram por esse processo adoram falar dos fatores positivos – serviços. A fidelização dos usuá- “o meu sempre é melhor”. É raro citarem as dificuldades e as barreiras encontradas. Visite outras estruturas em funcionamento rios não é 100%, mas aumenta e questione sempre sobre os problemas. Os erros e os fatores consideravelmente com a verti- negativos fornecerão melhores conhecimentos e aprendizagem calização, afinal, ele encontra to- do que os fatores positivos. dos os serviços de que precisa em uma única operadora.

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A grande

14 famíliaREVISTA UNIMED BR • No 24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

Miolo_UBR_24.indd 14 15/07/2016 17:39:37 Agrupamentos atuais estão asais sem filhos, pessoas morando sozinhas, três gerações sob o mesmo teto, famílias homoafe- mudando funções dos Ctivas, mães sozinhas com filhos, pais sozinhos com filhos, netos vivendo com os avós… Essas forma- membros na composição ções são apenas algumas das muitas que compõem o moderno mosaico da família em todo o mundo. “Po- da receita, na distribuição de-se dizer que as novas configurações familiares fo- ram tomando forma de acordo com as mudanças na das despesas e nas sociedade, principalmente a partir da década de 1980. decisões de consumo, Os avanços na medicina, as reestruturações da legis- lação e a quebra de muitos preconceitos são elemen- representando, assim, tos que vêm motivando os novos passos da família”, comentou Ana Helena Meirelles Reis, presidente da oportunidades para marcas MultiFocus Inteligência de Mercado.

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Miolo_UBR_24.indd 15 15/07/2016 17:39:40 NO ALVO

A família brasileira se multiplicou, e o modelo tradi- cional deixou de ser dominante no País. De acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os casais com filhos ti- veram uma redução na proporção: de 51%, em 2004, passou a 42,9% do total, em 2014, e, consequente- mente, houve um aumento no número dos outros tipos de arranjos familiares, como os casais sem fi- lhos e as pessoas que vivem sozinhas – que ganha- ram importância nas estatísticas. O arranjo familiar formado por casal sem filho se tornou, nos últimos anos, o segundo em participação, chegando a 19,9% em 2014. No ano anterior, o número estava em 19,4% e, dez anos antes, em 14,7%. Em 2004, as pessoas que viviam sozinhas eram 10% dos arranjos familiares. Em 2014, eram 14,4%. Assim, o perfil da família brasi- leira continua se transformando, no ritmo dos novos tempos. Já em 2010, o IBGE havia listado 19 laços de parentesco, contra 11 em 2000. O número dos novos lares, naquele ano, somavam 28.647 milhões, ou seja, 28.737 a mais do que a formação clássica.

Divisão de tarefas Com as novas formações dentro de casa, a tradicio- nal divisão de responsabilidade também mudou e se molda de acordo com a configuração do núcleo fa- miliar. Isso foi o que mostrou um estudo conduzido pela MultiFocus Inteligência de Mercado, a partir de 441 entrevistas em painel online com chefes de fa- mílias, separando os arranjos em cinco tipos: Paren- tal – formado por casais hétero, com ou sem filhos, e sem filhos de casamentos anteriores; Pluriparental – casais com filhos de outros relacionamentos moran- do na mesma casa; Anaparental – pessoas sem filhos que dividem apartamento com amigos ou parentes sem filhos; Uniparentais – pai ou mãe que vivem com

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Miolo_UBR_24.indd 16 15/07/2016 17:39:43 U ma análise do gerenciamento do consumo nos diferentes arranjos familiares aponta para quatro tendências importantes. Fique de olho!

1. A fragmentação dos papéis do homem e da mulher nas decisões de consumo e nos papéis de shopper (comprador, em inglês, e que, no universo do marketing refere-se ao cliente que pensa, pondera e decide a sua compra a partir de avaliação criteriosa). Categorias, antes, claramente dirigidas ao homem ou a mulher, hoje podem estar com os papéis invertidos se considerarmos, por exemplo, o crescimento dos núcleos Monoparentais masculinos seus filhos em casa, sem a presença do companhei- ou Homoparentais. ro ou ex-companheiro; e Homoparental – pessoas do mesmo sexo vivendo em união amorosa, com ou 2. Uma tendência cada vez maior sem filhos morando junto. “Os resultados do estudo de necessidades e preferências indicam que os novos agrupamentos familiares estão individuais dentro de uma mesma mudando não somente a forma que a renda familiar família, gerando uma procura por é composta, mas como ela é alocada para as despesas produtos porcionados, ofertas de da vida em família e quem exerce o papel de decisor serviços mais modulares e adequados de consumo nos diferentes núcleos”, complementou. a composições, como as dos núcleos Pluriparentais ou Anaparentais. Os novos decisores 3. Famílias plurais trazem novas e “Sem dúvida, a estruturação do consumo está rela- diferentes composições da receita e cionada a vários fatores, mas é influenciada, princi- das despesas. Com isso, a demanda palmente, pelas particularidades de estilo de vida, por diferentes soluções de custeio composição demográfica e estrutura das famílias. As e investimento compartilhado deve características gerais de cada um dos arranjos fami- ser crescente nos próximos anos em liares, como a relação entre as pessoas que os cons- todos os setores: serviços de saúde, tituem, a presença de pessoas dependentes e ativas entretenimento, tecnologia, serviços economicamente, o perfil de sexo do seu ‘chefe de financeiros e transporte seriam família’, entre outras, podem influenciar de maneira alguns deles. decisiva o perfil de consumo das unidades familia- res”, explicou. Por isso, as companhias estão de olho 4. Finalmente, os novos arranjos nos comportamentos para conseguir segmentar suas familiares representam uma mudança ofertas e entregar valor genuíno ao target (público-al- de costumes e paradigmas. O grande vo), sem recair em preconceitos e estereótipos que já desafio do futuro é a priorização – por foram ultrapassados. “Essas novas composições de parte das empresas – de práticas não receita familiar, compartilhamento das despesas e preconceituosas ou de pré-julgamento poder de decisão sobre o consumo abrem portas para no atendimento ao cliente. E, aqui, não se pensar na necessidade de um olhar mais segmen- estamos nos referindo somente ao tado para a oferta de produtos, serviços, formas de núcleo Homoparental, mas a todos os comercialização, sistemas de pagamento e caminhos novos perfis de clientes identificados de conexão com aqueles que compõem os novos nú- no estudo. cleos familiares”, completou a executiva.

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Miolo_UBR_24.indd 17 15/07/2016 17:39:43 orientação ao Sistema Área de Regulamentação de Planos de Saúde da Confederação ajuda a ampliar a representatividade com os órgãos reguladores, além de esclarecer dúvidas sobre a legislação dos planos de saúde

riada no ano 2000, a Agência Nacional de Planos de Saúde, vinculada à Diretoria de Integra- Saúde Suplementar (ANS) surgiu com o ob- ção Cooperativista e Mercado. Cjetivo de regulamentar o setor de planos de saúde no Brasil. Vinculada ao Ministério da Saúde, a O departamento está alinhado a dois importantes Agência tem como atividades criar normas, contro- objetivos da Unimed do Brasil – a sustentabilidade lar e fiscalizar o segmento, de modo a assegurar o do cooperativismo de saúde e a ampliação da sua interesse dos clientes. representatividade com os órgãos reguladores –, servindo de apoio e interface às cooperativas não Ao longo desses 16 anos de atuação, a ANS já elabo- apenas perante a ANS, mas também mediante rou mais de 400 Resoluções Normativas e centenas as entidades da Administração Pública Federal. de Instruções Normativas, a fim de estabelecer di- Além disso, tem como função esclarecer ao Siste- retrizes para as atividades das operadoras de planos ma dúvidas de cunho jurídico, assistencial, econô- de saúde privados no País. mico-financeiro e demais questões relacionadas à regulamentação das atividades das operadoras Para cumprir com seu papel institucional e auxi- de planos de saúde. liar as cooperativas do Sistema Unimed em relação à complexa normatização do setor, a Unimed do “A área de Regulamentação da Confederação trabalha Brasil implementou a área de Regulamentação de incessantemente para levar ao Sistema orientações

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Miolo_UBR_24.indd 18 15/07/2016 17:39:46 e esclarecimentos sobre a legislação regulatória, Natal e Dourados, além de ter atuação ativa em im- atuando de forma preventiva para evitar sanções do portantes eventos da Unimed do Brasil, como Fó- órgão regulador”, esclarece o advogado do departa- rum de Regulação do Sistema Unimed, Comitê Na- mento, Daniel Infante Januzzi de Carvalho. cional de Integração (Conai) e Seminário Jurídico, Contábil, Financeiro, Atuarial e Regulatório do Sis- Ao longo do ano de 2015, foram efetuadas 1.057 tema Unimed. consultas jurídicas de Unimeds sobre regulamen- tação dos planos de saúde – 27% a mais do que em No Canal do Colaborador, do Portal Unimed, é possível 2014 –, além de visitas técnicas e reuniões presen- encontrar diversos materiais de apoio às Unimeds, fa- ciais e por videoconferência com diversas opera- cilitando o dia a dia do corpo técnico das operadoras. doras do Sistema, a fim de sanar dúvidas e possí- veis dificuldades regulatórias. “Com transparência e competência, buscamos esta- belecer um departamento que ofereça às cooperati- Em 2016, a área já realizou workshops sobre atuali- vas do Sistema Unimed um serviço relevante de re- zação de normativas nas Federações Espírito Santo, presentação institucional e de resolução de dúvidas Estado da Bahia, Minas Gerais, Cerrado, Santa Ca- legislativas e regulatórias”, complementou o diretor tarina (durante o 14º Suesc), Intrafederativas Sul de de Integração Cooperativista e Mercado da Unimed Minas e Centro Oeste Paulista, e Unimeds Goiânia, do Brasil, Valdmário Rodrigues Júnior.

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Miolo_UBR_24.indd 19 15/07/2016 17:39:50 principais atividades da área de regulamentação de planos de saúde da confederação

• Respostas a consultas jurídicas e • Aplicação de treinamentos e palestras operacionais, por telefone e e-mail, sobre a legislação dos planos de saúde sobre a Lei nº 9.656/98 e normativas • Apoio em reuniões presenciais oriundas da Agência Nacional de Saúde com o órgão regulador Suplementar (ANS) • Reuniões com diretorias e conselhos (em • Emissão de pareceres sobre a legislação assembleias ou não) de operadoras de dos planos de saúde, bem como análise planos de saúde para esclarecimento da das normativas recém-publicadas legislação e elaboração de estratégias • Vistas e cópias de processos • Elaboração semanal de conteúdo administrativos em trâmite na ANS a ser veiculado no Boletim ANS (realizadas pelo escritório da Unimed do (em parceria com a área de Comunicação) Brasil, no Rio de Janeiro) • Relacionamento com advogados • Elaboração de modelos de documentos, e colaboradores das operadoras requerimentos, contratos e declarações do Sistema unimed para a agência reguladora, bem como apoio e assessoria para respostas a ofícios e defesas administrativas para a ANS

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Miolo_UBR_24.indd 20 15/07/2016 17:39:51 Ago/Set | 2016 • No 24 • Ano 6 • REVISTA UNIMED BR 21

Miolo_UBR_24.indd 21 15/07/2016 17:39:51 ESTRATÉGIA Alô. Em que posso ajudar?

Unimed do Brasil disponibiliza serviço de orientação médica por telefone

quela dúvida que surge após a ida ao mé- dico, quando se coloca em prática o que foi Aprescrito, ou a necessidade de um contato com um profissional que ajude a sanar a dor é mais comum do que pensamos. Quem nunca precisou esclarecer uma dúvida sobre um medicamento? Quem nunca almejou ter a segurança de um acon- selhamento ágil e sem precisar sair de casa?

A praticidade tornou-se necessária a qualquer ser humano. O que todos querem é se sentir seguros, se- ja em uma situação de urgência e emergência, seja em casos corriqueiros do cotidiano. A segurança de poder contar com orientação médica 24 horas por dia é quase um sonho. Na verdade, era um sonho, pois já se tornou realidade para os clientes do Sis- tema Unimed. A Unimed do Brasil disponibiliza para as suas coo- perativas o serviço Unimed Fone, que conta com uma equipe médica de plantão, altamente capacita- da para fazer o aconselhamento, em qualquer mo- mento do dia, por meio de um simples telefonema.

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Miolo_UBR_24.indd 22 15/07/2016 17:39:52 Os profissionais orientam des- Unimed Fone, tanto que voltei de acidentes pessoais até casos a entrar em contato. Na ocasião, mais complexos. a médica me tranquilizou em relação ao problema apresenta- “Como uma organização balizado- do e me orientou. Isso sem falar ra do Sistema, a Confederação tem que fui atendida imediatamente, a incumbência de prover meios mesmo ligando, em uma das ve- que possibilitem a inovação nas zes, de madrugada. Excelente!”, nossas cooperativas e viabilizar a constatou Rosani Barros Molina, marca Unimed para que continue cliente da Unimed Três Rios. sendo referência quando tratamos de saúde. Isso sem perder o foco O Unimed Fone conta com in- em nossa missão de valorizar o fraestrutura moderna e sofistica- trabalho médico. O Unimed Fone da central telefônica que permite tem compromisso com a melho- receber ligações do País inteiro. ria do atendimento, a partir da Ademais, o software é capaz de possibilidade de mais uma forma otimizar o atendimento ao trazer de atuação médica”, destaca Vald- mais celeridade e qualidade e ge- mário Rodrigues Júnior, diretor de rar mais segurança aos usuários. Integração Cooperativista e Mer- cado da Confederação. Importante ressaltar que o servi- ço visa à orientação, porém não Entre os benefícios do serviço, es- substitui a consulta médica, uma tá a redução da ida dos clientes ao vez que não faz diagnóstico. O pronto-socorro, já que a dúvida é Unimed Fone está de acordo com sanada por telefone. “Existe um as convenções mundiais de tele- número elevado de pessoas que medicina e o protocolo de con- vão para a urgência sem, neces- duta médica, além das normas do sariamente, precisar desse tipo de Conselho Federal de Medicina e atendimento. São casos que pode- do Ministério da Saúde. riam ser solucionados sem que o paciente enfrente o fluxo nessas unidades ou, até mesmo, saia do conforto da sua residência”, afir- ma Cíntia Martins, gerente da área Comercial, Produtos e Ope- B enefícios rações da Unimed do Brasil. • Médicos orientadores capacitados e treinados Essas situações são comprovadas • Orientações dos primeiros cuidados em casos de acidente em qualquer serviço de pronto • Suporte a pacientes crônicos, especialmente hipertensos, atendimento e é uma realidade tão comum, que ratifica a viabi- diabéticos e crônicos pulmonares lidade de adoção de um sistema • Orientação e apoio no salvamento de vidas de atendimento por telefone, ge- • Esclarecimentos sobre exames, diagnósticos, medicamentos rando mais conforto ao paciente, e efeitos colaterais, apoio na compreensão da bula alívio às unidades de pronto-so- corro e redução de custos. e esclarecimento dos riscos da automedicação • Orientações quanto ao período de jejum e ao preparo “Já utilizei o serviço em duas adequado para exames oportunidades: uma para minha filha e outra para mim. Fiquei • Auxílio na redução da ansiedade em situações difíceis extremamente satisfeita com o • Informações claras, diretas e precisas

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Miolo_UBR_24.indd 23 15/07/2016 17:39:52 Atitude Agora é que são eles!

A nita e Aurora “ensinaram” Marcos a ser pai

o 24 Gisa Sauer Foto: REVISTA UNIMED BR • N 24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

Miolo_UBR_24.indd 24 15/07/2016 17:39:53 Agora é que são eles! Ser pai pode parecer uma missão pra lá de difícil. Mas, sem dúvida, é um tanto recompensadora. Conheça algumas histórias inspiradoras e emocionantes para celebrar o Dia dos Pais, uma das datas mais prestigiadas no Brasil e no mundo

e há alguns anos era pou- de repórteres do programa En- co provável encontrar um contro com Fátima Bernardes, Spai na reunião da escola, na da Rede Globo. Porém, nada o sala do pediatra ou reclamando define mais do que dizer que é que chegou atrasado porque o pai da Anita e da Aurora. E é isso filho estava com febre, hoje essas que ele faz em seu livro recém- situações são mais comuns. Ser -lançado O Papai é Pop – volu- pai é uma dádiva, e eles fazem de me 2, em que narra as proezas de tudo para se dedicar à vida dos suas filhas e conta de si mesmo, filhos. Não só fazem como tam- um pai que não conheceu a pa- bém destinam seu tempo a re- ternidade de perto até o nasci- gistrar cada momento da desco- mento de suas herdeiras. berta pela paternidade. Marcos Piangers é um deles. “É um livro que fala da geração de pais que decidiu quebrar um ciclo. Pai em tempo integral, Marcos O pai de hoje quer ser participa- trabalha com comunicação jo- tivo, presente, atencioso. Pais que vem e plataformas digitais no levam os filhos pra passear, estão maior grupo de mídia do Sul do sempre abraçando, brincando, ar- Marcos Piangers é autor de Brasil, nas horas vagas. Nasci- rumando um tempo na agenda O Papai é Pop, volumes 1 e 2 do em Florianópolis, em 2006 pra passar preciosos segundos ao se mudou para Porto Alegre, lado dos pequenos”, comenta. de onde participa do programa Pretinho Básico, um fenômeno Confira o papo exclusivo da Re- de audiência e ganhador do prê- vista Unimed BR com Marcos mio Melhores 2014 do iTunes, Piangers sobre as emoções e as da Apple. Ele já cobriu Olimpía- aflições de ser pai e conheça ou- das e Copa do Mundo, e este ano tros pais que compartilham suas passou a fazer parte do quadro experiências na blogosfera.

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Miolo_UBR_24.indd 25 15/07/2016 17:39:54 Atitude

Como surgiu a ideia Qual era o seu maior medo sua vida, sua rotina e seus do livro? antes do nascimento de sua relacionamentos? O Papai é Pop surgiu do hábito primeira filha? Sempre que alguém me pergun- de anotar todas as histórias das Fora os temores óbvios relacio- ta: “E aí? Muita correria?”, eu res- minhas filhas – do nascimento nados à saúde do bebê e da sua pondo: “Não!”. A correria é o novo até hoje. A Anita tem 11 anos e a mulher, um pai tem medo de não normal. Portanto dizer que estou Aurora tem 4. Nesse tempo, pas- dar condições confortáveis para na correria é uma mentira. Estou sei a anotar frases engraçadas e a criança. Por isso, muitos pais no ritmo que todo mundo está. interessantes, visões de mundo acabam se confundindo: acham Sabendo que tenho pouco tem- com aquele frescor que só as que trabalhar mais, ganhar mais po para fazer tudo, tenho que ter crianças têm. Depois de um tem- dinheiro deve ser a prioridade prioridades, e a minha priorida- po, transformei essas frases em número um. Posso garantir que de número um é a família. Passo textos maiores e, em 2013, pu- um bebê passa muito bem os pri- todas as noites com as pequenas, bliquei as histórias no jornal Ze- meiros meses (quem sabe, anos) dou banho, conto história, brinco, ro Hora, de Porto Alegre. Assim, em um apartamento pequeno, ponho pra dormir. Depois que se formou uma comunidade no sem luxo. Esse medo que temos elas dormem, vou acabar de tra- jornal e no Facebook e, em 2015, de não conseguir dar tudo o que balhar no computador. Meu ce- lançamos O Papai é Pop, que já nosso bebê merece não pode se lular está sempre no silencioso, vendeu mais de 60 mil cópias. transformar em um consumo ce- para que nada interrompa nossa go, porque o que realmente im- relação. Não temos videogame, O que os pais podem porta para a criança é que você nem tablet em casa – nós mes- esperar do seu livro? esteja perto dela. mos fazemos nossos brinquedos. É um livro que fala da geração Assim, tenho saído muito pouco de pais que decidiu quebrar um Você se imaginava pai? com os amigos. Mas tenho certe- ciclo. O pai de antigamente era Não tive pai e sempre imaginei que za que daqui a um tempo, quando aquele cara que não abraçava poderia ser uma substituição in- as meninas ficarem adolescen- os filhos, não dizia “eu te amo”, consciente para aquilo que eu não tes e não quiserem mais saber o pai que tinha apenas o papel tive. Mas como não tive exemplo, de mim, poderei encontrar meus de pagar as contas. O pai de hoje aprendi a ser pai apenas sendo. amigos o tempo todo. quer ser participativo, presente, atencioso. Pais que levam os Como você descreveria Qual foi a sua maior filhos pra passear, estão sem- a emoção no nascimento realização na paternidade pre abraçando, brincando, ar- das suas filhas? até hoje? rumando um tempo na agenda As pessoas costumam romanti- Costumo dizer que nossos filhos pra passar preciosos segundos zar o momento do nascimento. são nossas obras primas. E obras ao lado dos pequenos. Esses Achei assustador e brutal. Minha primas dão trabalho, por isso são pais são revolucionários. esposa optou por fazer uma ce- apaixonantes. Dão tanto trabalho que você se emociona quando di- E aqueles que ainda sariana e aquilo foi tudo, menos mágico. É um pequeno ser que zem “obrigado” e “por favor”. Sem não são pais? precisa de você. O que acontece dúvida, estar doando o dinheiro Provavelmente também vão se em seguida é o que vai tornando do livro a instituições de caridade identificar com as histórias, lem- a paternidade mágica: o bebê se- e poder levar minhas filhas para brando de seus próprios pais. E, gura seu dedo, abre os olhos, vai conhecer as instituições têm sido na possibilidade de você não crescendo e te reconhecendo, uma experiência fantástica. conhecer seu pai biológico, sur- vai aprendendo a falar. Então, presa! Eu também não conheço. quando ele disser “papa” pela Você é o pai que Minha mãe foi mãe solteira e primeira vez, você já estará com- sempre imaginou? costumo dizer que essa é a histó- pletamente apaixonado. Não tive exemplo e nunca ima- ria mais comum do mundo: pais ginei que seria grande coisa co- que decidiram não ser pais. Eles Como a paternidade mo pai. Aprendi sendo. A falta de não imaginam o que perderam. impactou e influenciou expectativa me deixa bastante

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Miolo_UBR_24.indd 26 15/07/2016 17:39:54 Foto: Gisa Sauer Foto:

confortável. Eu diria que sou Hoje podemos perceber outro momento. As pessoas muito melhor do que eu jamais que o pai tem cumprido a se arrependem de ter passado imaginei, mas muito pior do que pouco tempo com as pessoas quero ser num futuro próximo. tarefa em tempo integral, que mais amam. Ainda sou duro demais com as enquanto a mãe assume meninas, ainda me pego no celu- outros compromissos na O que você pensa sobre lar enquanto estou com elas, ain- vida profissional e pessoal. o “apaideiramento” que da não consigo dividir direito as Você comenta sobre sua percebemos hoje na necessidades da mais nova com sociedade? a atenção para a mais velha. A experiência de ser pai gente aprende sendo pai. em tempo integral no Acho que é apenas uma im- pressão, já que é uma novidade seu livro? Como é assumir no comportamento masculino. Você cresceu sem a figura esse papel? paterna ao seu lado. Como A maioria dos pais ainda é au- A mulher entrou no mercado sente ou distante. No Brasil, 5 você avalia a importância milhões de crianças não têm o do pai no convívio, no de trabalho e nada mais justo do que o homem entrar na vi- nome do pai na certidão de nas- crescimento e na educação da familiar. Sou pai em tempo cimento. Acho que temos um dos filhos? integral, porque nunca deixo de longo caminho pela frente. Um pai presente implanta no ser pai: se precisar faltar do tra- imaginário infantil um porto se- balho, transferir uma reunião, E que dica daria guro, um herói, um exemplo. A cancelar um evento para aten- para os pais? criança se sente mais segura, tem der a uma demanda familiar, Estejam presentes. As crianças uma referência. Minhas filhas devo fazê-lo. Esses dias, a Globo não se importam com uma ca- me amam tanto que quase não me ligou pra fazer uma matéria sa grande, porque elas gostam veem minhas falhas. Elas apren- para o programa da Fátima Ber- mesmo é de dormir na sua cama. dem comigo sobre matemática, nardes, mas era no dia do show As crianças não se importam os astros e como fritar um ovo. da Clarice Falcão. Minha filha com a melhor escola, se você é o Sempre senti falta de um pai para estava esperando para irmos último a pegá-las lá. As crianças me ensinar a andar de bicicleta. juntos a esse show há meses. não se importam com brinque- Dormir em cima de uma barriga Então, lá estava eu, com a Anita dos caros. Elas só querem ter vo- gigante deve ser uma sensação nos ombros, rodeado por ado- cê por perto, prestando atenção, fantástica. Toda criança deveria lescentes. E tentarei recuperar conversando, ensinando e, prin- ter esse direito. o tempo do trabalho em algum cipalmente, aprendendo.

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Miolo_UBR_24.indd 27 15/07/2016 17:39:55 Atitude Os papais pop na blogosfera

tudo na minha vida. Os meus fi- de uma brincadeira com o meu lhos são a minha prioridade; eu filho, ele me olhou nos olhos e mudei literalmente o foco da mi- disse: ‘Desliga o celular’. Foi um nha carreira e passei a fotografar soco no estômago. Percebi que gestantes, famílias e crianças. não estava 100% com ele. Por is- Inclusive, fui convidado a foto- so, não importa a quantidade de grafar e assinar uma coluna na horas que você pode passar com revista Pais & Filhos, que rece- os seus filhos e sim a qualidade beu o mesmo nome do blog: no desse tempo. E, para finalizar, eu início, se chamava Fotografilha, não poderia deixar de agradecer e, com a chegada do Tony, vi- à Luciana. Meus filhos têm uma rou Fotografilhos. Até hoje me mãe maravilhosa.” emociono quando ouço os meus filhos dizendo: ‘Pai’. Mesmo sen- Ike Levy, 40 anos, pai da do um pai bastante presente, eu Nina e do Tony e do blog erro bastante. Outro dia, no meio www.fotografilhos.com.br

Depois de virar pai, Ike passou a fotografar gestantes e famílias

“Ser pai sempre fez parte dos meus planos. Quando fiz 33 anos, recebi o maior presente: o nasci- mento de minha primeira filha, Nina. Foram duas explosões de sentimentos impossíveis de des- crever. Fotografei os dois partos, e acho que olhar através da câ- mera me ajudou. Minha esposa, (a cantora) Luciana Mello, diz que no parto da Nina eu gritava ‘Minha filha, minha filha!’. Eu realmente não me lembro disso. Lembro-me como se fosse um filme em câmera lenta. A pater- “Ser pai sempre fez parte dos meus planos” nidade mudou completamente

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Miolo_UBR_24.indd 28 15/07/2016 17:39:56 criança sorria pra mim, eu fica- va todo sem graça, sem saber o que fazer! Eu tinha certo medo de ser assim com meu próprio filho, mas, mesmo durante os primeiros meses de gravidez, o vínculo que eu criei com o Davi, ainda na barriga da mamãe, já me mostrava que eu seria esse pai babão que sou hoje! Ser pai mudou meu jeito de ver as coi- sas, meu jeito de ver as horas. Mudou minha vida social: nos raros momentos em que saímos sozinhos, queremos voltar cor- rendo pra casa. E nem é por sau- dade da cria, é por sono mesmo! Ser pai me trouxe preocupações exageradamente diferentes, do tipo: ‘Será que ele está respiran- do?’. Ser pai pegou meu ego pe- los pés, arrastou-o e o chutou-o para bem longe! Sou um pai me- Jefferson trocou de emprego depois que Helena nasceu lhor do que eu imaginei que eu poderia ser. Hoje, sou melhor pai do que era ontem.” “Eu sempre tive vontade de ter “Eu nunca tive muito jeito filhos, em especial, uma me- com crianças. Lembro-me de Gabriel dos Santos, 30 anos, nina. Então, imaginava como não pegar bebês no colo de pai do Davi e do blog seria conversar com ela, como jeito nenhum, e quando uma www.papaisbananas.com.br seria o dia a dia. Eu sonhava em ser pai. No começo é sempre di- fícil. É muita coisa nova, e por mais que as pessoas neguem, um filho bagunça muito a vida, mas depois ela se arruma. Você precisa evoluir como homem e pai pra dar conta da avalanche de sentimentos e novas res- ponsabilidades. A rotina hoje é acordar sempre cedo, levar a pequena à escola e ir trabalhar. Até troquei de emprego para ter mais flexibilidade, estou mais próximo dos meus parentes e vivendo a melhor fase da vida. A maior realização que um ho- mem pode ter é arrancar sorri- sos dos seus filhos. Quero ser a melhor lembrança para a mi- nha filha.”

Jefferson Marinho, 32 anos, pai da Helena Catharina e do blog Pai de Davi, Gabriel é “pai babão” assumido www.papaidemenina.com.br

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Miolo_UBR_24.indd 29 15/07/2016 17:39:56 Atitude

“No primeiro momento, é um frio na barriga, aque- le medo de que tudo corra bem, de que a mamãe e o bebê passem pelo nascimento tranquilos. Depois, quando você coloca o filho nos braços, vem aquela paz, parece que o mundo todo para e o seu momen- to com ele é eterno... é mágico! Minha vida mudou totalmente. Eu era um desempregado/estudan- te e em poucos dias eu estava exercendo o maior trabalho da minha vida, o único que tem começo e não tem fim. Com a esposa, a mudança é ainda maior, tem que ter parceria e muita compreensão, pois as noites são difíceis. Até o bebê completar 3 meses, é um trabalho árduo, mas, dividindo as ta- refas e deixando a mamãe descansar sempre que puder, fica tudo mais fácil. Ouvir ‘papai’ a primeira vez é a maior conquista, é a recompensa por todo trabalho. Sou um pai realizado!”

Eduardo Jose Costa Neves Junior, 35 anos, pai da Maria Antonia e da Maria Eduarda e do perfil no Instagram @paidasmarias

Marcelo já está programando a chegada do segundo filho

“Sempre tive a vontade de ser pai, poder educar, cuidar, amar, mas nunca me imaginei tão próximo do meu filho como sou, imaginei que seria um pai um pouco distante, devido à rotina de trabalho. Claro que nossa vida muda muito com a chegada dos filhos, mas hoje procuro cumprir minha carga horária no trabalho e só fico até mais tarde se real- mente for inevitável, pois conto as horas para che- gar em casa. Eu e minha esposa também ficamos mais próximos, mais unidos e já estamos progra- mando o próximo filho! Minha maior realização é o Felipe falar ‘pai, eu te amo!’. O tempo passa e jamais voltará, então, dedique tempo de qualidade a seus filhos! Um abraço, um beijo e um carinho aquecem muito o coração deles. Eu amo ser pai, estar e cui- dar do meu filho.” Eduardo se diz realizado sendo pai de Marcelo Fernandes Oliveira, 33 anos, pai do Maria Antonia e Maria Eduarda Felipe e do blog www.papaionline.com.br

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Miolo_UBR_24.indd 30 15/07/2016 17:39:58 O conceito de distância mudou.

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Curiosidades sobre as O limpíadas

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro já estão chegando e prometem ser um dos maiores eventos da história. Conheça um pouco sobre as Olimpíadas e surpreenda-se com os números da Rio-2016

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Miolo_UBR_24.indd 32 15/07/2016 17:40:00 epois de 27 edições, o que viviam em guerra, apesar de Héstia – deusa do coração e da maior evento esporti- falarem a mesma língua e prati- chama sagrada – durante todo o Dvo do planeta chega à carem a mesma religião. As com- período das competições. Mais América do Sul pela primeira petições ocorriam em Olímpia – tarde, nos Jogos Olímpicos de vez. Os Jogos Olímpicos desem- a principal cidade de Elida –, na Verão de 1928, em Amsterdã, barcarão no Rio de Janeiro de 5 península do Peloponeso. o arquiteto holandês Jan Wils a 21 de agosto para dias de muita incluiu no desenho do está- disputa entre atletas de 206 paí- dio olímpico uma torre e teve ses. E o Brasil quer fazer bonito! Criador a ideia de acender uma chama O objetivo traçado pelo Comitê nela durante os jogos. Em 1936, Olímpico Brasileiro é o 10º lugar O criador dos Jogos Olímpicos da essa chama olímpica foi trans- em número total de medalhas, e era moderna, que teve início em portada de Atenas para a nova para isso estima-se que os atle- 1896, foi o Barão de Coubertin – sede das Olimpíadas pela pri- tas do País devam subir ao pó- seu nome verdadeiro era Pierre dio pelo menos 30 vezes. Haja de Fredy. Ele nasceu em Paris, meira vez nos Jogos de Berlim. torcida! Porém, antes, vale um na França, no dia 1º de janeiro de A ideia foi do alemão Theodo- aquecimento especial para co- 1863, e morreu em Genebra, na re Lewald – membro do Comi- nhecer a origem das Olímpiadas, Suíça, no dia 2 de setembro de tê Olímpico – e desde 1952 se relembrar marcos importantes e, 1937. Seu coração – lacrado em mantém em todos os Jogos. de quebra, saber algumas curio- uma urna de bronze – está sepul- sidades. Confira! tado em Olímpia. Aros Origem A bandeira olímpica simboliza a Fogo divino paz mundial. Seus cinco aros en- Os Jogos Olímpicos surgiram na Na Antiguidade, o fogo era con- trelaçados correspondem à união Grécia como homenagem aos siderado sagrado por muitos entre os cinco continentes, repre- deuses do Olimpo, em 776 a.C. povos, incluindo os gregos. Em sentados pelas cores: azul para a Os gregos encontraram nos jo- virtude dessa importância, a Europa; amarela para a Ásia; preta gos uma forma pacífica de reunir chama era mantida acesa per- para a África; verde para a Ocea- as populações de suas cidades, manentemente no templo de nia; vermelha para a América.

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Miolo_UBR_24.indd 33 15/07/2016 17:40:02 Atitude

Modalidades OS JOGOS OLÍMPICOS E O BRASIL Nos primeiros Jogos Olímpicos, era disputada uma única pro- Tocha va: a corrida de 170 metros. Em 724 a.C., foi introduzida uma A primeira passagem da tocha olímpica ao Brasil ocorreu em 13 de ju- nova modalidade, semelhante nho de 2004. Ela desembarcou no Rio de Janeiro, às 6h42, vinda da aos atuais 400 metros rasos, e Cidade do Cabo, na África do Sul. Essa foi também a primeira vez em o pentatlo, por exemplo, passou que a chama passou pela América Latina. a ser disputado em 708 a.C. O número de provas na Antigui- C omitê dade aumentou até se fixar nas A participação do Brasil no cenário olímpico começou em 1913, quan- seguintes modalidades: disco do o embaixador do Brasil na Suíça à época, Raul Paranhos do Rio (chegou aos nossos dias com Branco, filho do Barão do Rio Branco, foi convidado formalmente por poucas variações); hopolitódro- seu amigo Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin, para integrar o Comi- mo (corrida com os atletas equi- tê Olímpico Internacional (COI). A presença de um brasileiro no COI pados de modo militar); provas facilitou o início das articulações políticas para estruturar o esporte no hípicas (corridas de quadrigas e País. Em 8 de junho 1914, foi criado o Comitê Olímpico Nacional (CON) de cavalos); dardo (de madeira e, em seguida, surgiu a Federação Brasileira de Sports (FBS). Mais tar- com uma ponta de ferro); sal- de, o CON se transformou no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a FBS to em cumprimento ‘Skamma’ em Confederação Brasileira de Desportos (CBD) – embrião da atual (o atleta leva pesos nas mãos Confederação Brasileira de Futebol (CBF). enquanto salta); luta livre (o adversário devia ser tombado de costas); pankration (luta em Disputas que tudo era permitido, exceto A estreia das competições, entretanto, só aconteceu em 1920 nos Jogos morder); pugilismo (socavam- Olímpicos em Antuérpia, na Bélgica, onde a delegação nacional com- se com os punhos nus até a pareceu com 21 atletas. No início de 1920, começou a preparação para o rendição do adversário); corrida lançamento nos Jogos de Antuérpia, realizados no mesmo ano. Uma dele- e pentatlo – o dialum (400 m), gação com 21 homens foi formada para disputar provas em cinco moda- o dólico (1.500 m) e o stadium lidades olímpicas: natação; polo aquático; saltos ornamentais; remo; tiro. (192 m). Hoje são 42 modali- Sete atletas eram atiradores e outros 14 se distribuíram em quatro moda- dades, incluindo o golfe e o ru- lidades, inclusive, o polo aquático, disputado por oito integrantes de cada gby, que retornam após 112 e 92 equipe. Alguns se envolveram em até três modalidades. Como resultado, anos, respectivamente. três medalhas – ouro, prata e bronze – nas competições de tiro.

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Miolo_UBR_24.indd 34 15/07/2016 17:40:03 Recorde RIO-2016 EM NÚMEROS Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro bi- 306 medalhas serão distribuídas no total campeão olímpico brasileiro, ganhando as pro- vas de salto triplo, em Helsinque (1952), e Mel- 42 modalidades de esporte estarão em disputa este ano, bourne (1956). Ao longo dos 12 anos de carreira, incluindo as novidades: rugby e golfe quebrou sete vezes os recordes do salto triplo, sendo sua melhor marca a de 16,56 metros, no R$ 37,6 bilhões de reais – valor referente ao orçamento Pan-Americano do México, em 1955. dos jogos 10.900 atletas, de 204 países, virão ao Brasil para disputar Mulher medalhas A nadadora Maria Lenk não foi apenas a pri- 10 mil carregadores em revezamento serão responsáveis meira mulher brasileira a participar de uma pela tocha olímpica edição das Olimpíadas, mas também a primei- ra sul-americana participante dos Jogos, em 27 estados do Brasil serão contemplados com a passagem Los Angeles, em 1932. À época com 17 anos, ela da tocha olímpica, em um revezamento de 100 dias era a única mulher na delegação – que contava 7,5 milhões de ingressos, divididos em quatro categorias com 66 homens. diferentes, serão comercializados por valores entre R$ 40 e R$ 4.600 Jovem 5 cidades vão receber as disputas do futebol: Rio de Janei- A mais jovem atleta brasileira a participar dos ro; Belo Horizonte; Brasília; Salvador; São Paulo Jogos Olímpicos foi Talita Rodrigues dos San- tos, que, com apenas 13 anos, integrou a equipe 5 mil carros e 1,6 mil ônibus compõem a frota oficial e vão finalista no revezamento 4x100 metros nado rodar 26 milhões de quilômetros durante os jogos livre nos Jogos de Londres, em 1948, terminan- do a prova na 6ª colocação. 16 mil celulares e 12 mil computadores serão utilizados pela equipe que vai trabalhar nos jogos Sênior 25 mil bolas de tênis e 8,4 mil petecas serão utilizadas O atleta mais velho de uma competição olím- 4 regiões da cidade do Rio de Janeiro contemplarão os pica foi Nelson Pessoa Filho, pai do medalhista 32 locais de competição (Deodoro, Barra, Maracanã e Rodrigo Pessoa, que aos 56 anos participou dos Copacabana) Jogos de Barcelona, em 1992, no salto por equi- pe, ficando em 10º lugar. 45 mil voluntários ajudarão o Comitê na organização

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Miolo_UBR_24.indd 35 18/07/2016 11:48:59 36 REVISTA UNIMED BR • No 24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

Miolo_UBR_24.indd 36 15/07/2016 17:40:14 Edmundo Castilho, idealizador e um dos fundadores do Sistema Unimed, morreu aos 86 anos, deixando como legado o maior sistema cooperativista de saúde do mundo e a maior rede de assistência médica do Brasil

édico, cooperativista, desbravador. Essas três distinções, juntas, têm o poder de revolucionar. MIsso ocorreu em 1967, quando um grupo de 22 médicos, liderado pelo ginecologista e obstetra Edmundo Castilho, decidiu que não era mais possível desempenhar a medicina com a excelência merecida pelos pacientes em um cenário de forte mercantilização do setor. Fazia-se necessário inovar e transformar. Uniram-se, então, e buscaram um modelo que resgatasse a ética e o papel social da medicina, garantindo a prática liberal da pro- fissão e a qualidade do atendimento. Nascia a União dos Médi- cos – Unimed, em Santos. Em junho de 2016, essa história perdeu seu nome mais im- portante: Edmundo Castilho morreu, aos 86 anos, na mesma cidade litorânea que, há quase 50 anos, serviu de berço ao que hoje é o maior sistema cooperativista de saúde do mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil.

Miolo_UBR_24.indd 37 15/07/2016 17:40:22 “Tenho orgulho e modéstia desse completava: “Fiz uma salinha e, feito. Fui determinado por Deus a quando arranjava tempo, aten- trazer renovação e, por meio des- dia aquela clientela que eu tive e Grandes sas mudanças, transformamos o que foi fantástica. Durante algum trabalho médico no Brasil”, afir- tempo, estava em São Paulo tra- mou o ginecologista e obstetra balhando, entrava uma gestante feitos de durante entrevista, em 2013. em trabalho de parto e eu vinha um grande O diferencial da Unimed é jus- com meu carro, fazia o parto e tamente o cooperativismo, em voltava. Uma vez, corri como um especial a gestão democrática doido, bati na serra e quase me homem por parte dos médicos coopera- quebrei todo.” dos. Nas palavras do fundador: Edmundo foi presidente da Uni- Durante o tempo em que “O cooperativismo é uma socie- med do Brasil por 25 anos, entre esteve à frente do Sistema dade aberta, sem fins lucrativos e 1975 (ano de sua fundação) e 2000. Unimed e da Unimed do que busca fazer justiça social. Ele À frente da Confederação, criada Brasil, Edmundo Castilho foi surge como um sonho da huma- para organizar institucionalmente responsável por iniciar vários nidade, como uma forma de hu- o Sistema, além de integrar e for- projetos que consolidaram manização do capitalismo.” talecer a marca Unimed, teve a o cooperativismo médico Nascido em Penápolis, interior oportunidade de propagar seus e a marca Unimed como de São Paulo, era filho de José valores internacionalmente, con- importantes partes do Castilho Sobrinho e de Alayde quistando papel de destaque nas setor de saúde no País. Rodrigues Castilho. Edmundo políticas de saúde e cooperati- foi criado em fazenda, mas sabia vismo desenvolvidas em outros • Idealização da União que seu destino não estava ali, países. Nesta época, foi o primeiro dos Médicos – Unimed, pois desde a infância brincava vice-presidente da Organização em Santos de tratar pessoas. “Eu nunca me Internacional das Cooperativas de adaptei ao gado e àquela vida. Saúde (IHCO, na sigla em inglês). • Fundação da Unimed do Enquanto meu irmão mais velho Por muitas vezes, viajou para a Brasil, da Central Nacional fazia tudo direitinho, eu fazia tu- Europa, Japão e outros países do Unimed do errado. E entendi que não era continente americano a fim de e da Seguros Unimed ali o meu lugar. Como tive várias compartilhar a experiência coo- doenças – malária, meningoen- perativista da Unimed. • Adoção do Intercâmbio cefalite, estreei a penicilina em Questionado, em 2007, sobre o Nacional Penápolis, depois tive tubercu- que é ser Unimed, o fundador lose –, convivi muito com mé- resumiu: “É ser gente. O mé- • Defesa de uma marca dicos. Em uma época na qual dico tratando o usuário como única, que se tornou a cura era ‘benzimento’, eu me gente, com respeito. O usuário referência e sinônimo apaixonei pela medicina”, afir- respeitando o médico. As duas de planos de saúde mou em entrevista. parcelas se beneficiando com isso e beneficiando a comuni- • Expansão e solidificação Formou-se em medicina pela dade. Respeitando o País, res- da marca no Brasil Universidade Federal do Paraná, fez residência na Santa Casa de peitando o mundo, respeitando • Criação do conceito Santos e também foi presiden- a vida.” de áreas de atuação te do Sindicato dos Médicos de Deixou a esposa, Lala, e os filhos, no Sistema Unimed Santos. Quando já estava à frente Edmundo Jr. e Roberto. Deixou da expansão do Sistema Unimed também 350 cooperativas, 113 • Difusão do cooperativismo no País – fenômeno iniciado pelo mil médicos cooperados e 19 de saúde em âmbitos interior de São Paulo –, encon- milhões de beneficiários em nacional e internacional trou muitos desafios para admi- todo o País. E deixou o mundo nistrar seus novos deveres e a mais cooperativo do que aquele prática da profissão que tanto o que encontrou.

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Miolo_UBR_24.indd 38 15/07/2016 17:40:22 P residentes homenageiam o pioneiro Edmundo Castilho foi, por muitos anos, o líder do Sistema Unimed. Os dirigentes atuais guardam recordações do fundador e asseguram que seu exemplo continuará sendo seguido. Veja abaixo alguns depoimentos compartilhados com a Revista Unimed BR:

“A união do cooperativismo, com podemos permitir que seu nome e a prática da medicina, foi essen- suas ações sejam esquecidos pe- cial para propiciar uma revolução los médicos cooperados.” no que era praticado, até então, no próprio relacionamento entre Nilson Luiz May, presidente médico e paciente e no modo co- da Unimed Participações mo o setor era administrado. So- “O principal feito do Dr. Edmundo mente um verdadeiro visionário Castilho à frente da Unimed do poderia estruturar tal conjunção Brasil foi seu empenho em tornar e promover o crescimento desse o setor de saúde brasileiro mais modelo, tornando a palavra Uni- igualitário, ético e digno, tanto para med sinônimo de medicina no médicos quanto para os pacien- Brasil. A Edmundo Castilho, nosso tes, e isso foi a força propulsora de fundador, estendo, em nome de transformação que culminou na todos os nossos dirigentes, coo- a obstinação em empreender. No criação do Sistema Unimed. Ele era perados e colaboradores, senti- final dos anos 1960, num mo- um daqueles realizadores que mu- mentos de admiração, respeito e mento em que o setor de saúde dam o mundo para melhor. Ajudou agradecimento.” estava sendo reestruturado, foi a criar e a desenvolver o Sistema Eudes de Freitas Aquino, extremamente inovadora a ideia e nos ensinou várias lições. Seus presidente da Unimed do Brasil de organizar os médicos em coo- exemplos continuam a nos guiar perativas, como forma de eliminar na condução dos destinos das “Tive a honra de conviver e traba- a intermediação do seu trabalho Unimeds e somos gratos por sua lhar com o fundador da Unimed. e assegurar o atendimento direto contribuição à medicina, à saúde Percebi, desde o início de nosso aos pacientes, no próprio consul- privada e ao País.” convívio, que sua determinação, tório. Com esse conceito, Dr. Cas- paixão pelo cooperativismo e pela tilho sustentou um forte debate João Batista Caetano, presidente medicina foram e continuam sen- com as entidades médicas à épo- da Fundação Unimed do os esteios da Unimed. Tenho a ca, decisivo para disseminar as “Ao criar o Sistema Unimed, Ed- certeza de que, sem a Unimed, a cooperativas médicas pelo País. mundo Castilho abriu um novo saúde suplementar não teria atin- Isso fez do cooperativismo uma caminho para os médicos brasilei- gido a maior parte dos municípios estratégia de defesa da categoria: ros que, na época, dependiam das brasileiros, especialmente os de nos mercados em que as coope- empresas de medicina de grupo e pequeno porte, mais distantes das rativas são mais fortes, o trabalho do INPS; hoje, SUS. Suas realiza- grandes capitais. Talvez, portanto, médico é mais valorizado.” esse tenha sido o maior legado ções no cooperativismo médico do Dr. Castilho: a democratização H elton Freitas, presidente foram reconhecidas mundo afora. da assistência privada à saúde, da Seguros Unimed Ele foi um dos maiores defensores o que só foi possível devido às do trabalho médico neste País. Eu, “Seu legado será eterno, bem co- como ex-presidente da Unimed características e aos valores do mo sua lição de determinação e cooperativismo.” do Brasil, sinto-me honrado por resiliência. Não há dúvidas de que ter sucedido Edmundo Castilho. Mohamad Akl, presidente sua passagem foi brilhante. Como Seus ideais continuarão vivos.” da Central Nacional Unimed poucos, conseguiu mostrar que é possível fazer diferente, pensar e Celso Barros, ex-presidente “Edmundo Castilho unia duas agir para o bem coletivo. Por de- da Unimed do Brasil e presidente qualidades: o caráter visionário e ver de honra, ante sua morte, não da Unimed Rio

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Miolo_UBR_24.indd 40 15/07/2016 17:40:24 atenção total A estimativa até 2030 é de que haja um crescimento de 50% no índice de doenças crônicas no Brasil. Entenda as complicações da ocorrência de duas ou mais doenças crônicas, simultaneamente, e como o cuidado integral à saúde pode auxiliar na prevenção desses casos

tualmente, as doenças crônicas são a prin- crônicas afeta cerca de 50% das pessoas com mais cipal causa de mortalidade no mundo, re- de 60 anos de idade, chegando a 80% aos 85 anos Apresentando 60%. No Brasil, essa realidade de idade”, acrescenta André Cassias, coordenador do não é diferente: de acordo com dados da Agência eixo do Comitê de Atenção Integral à Saúde (CAS) e Nacional de Saúde Suplementar (ANS), existem no consultor da Unimed do Brasil. País quase 53 milhões de pessoas com pelo menos uma doença crônica, e as estimativas do Instituto O aumento da expectativa de vida e os fatores de ris- Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) apontam co, como obesidade, sedentarismo e estresse, apon- que 75% das pessoas com mais de 60 anos são por- tam para uma estimativa de 50% de crescimento tadoras de alguma doença crônica. do índice de doenças crônicas até 2030, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A multi- A multimorbidade é um novo fenômeno na esfera da morbidade destaca-se como um problema de saú- saúde dos idosos, que se caracteriza por um conjunto de pública, pois seu manejo adequado é um desafio de condições crônicas de saúde e suas implicações. para os profissionais e os serviços de saúde de todo As estatísticas de dois anos atrás apontavam que 50% o mundo. Observa-se também que indivíduos com dos idosos possuíam três ou mais condições crô- multimorbidade apresentam maior número de inter- nicas de saúde e 20% apresentavam cinco ou mais. nações hospitalares e necessidade de unidades hos- Os impactos na saúde são diversos, como hospitali- pitalares de alta complexidade, o que eleva bastante zação, mortalidade, institucionalização, readmissão o custo de tratamento. Entre as suas consequências, hospitalar, entre outros. Também está presente na enquadram-se também maior risco de morte e de- multimorbidade a polifarmácia, que se caracteriza clínio funcional, fatores que pioram a qualidade de pela utilização de diferentes medicamentos para as vida. Portanto as estratégias de medicina preventiva diversas morbidades presentes e que podem implicar são aliadas ao controle da multimorbidade e devem efeitos adversos. “A multimorbidade – estado de duas ocupar um local de destaque nos serviços de saúde e ou mais enfermidades crônicas afetando um indiví- nas políticas públicas”, comenta Inês Cláudia Rodri- duo – é progressivamente mais prevalente em idosos, gues Costa, médica geriatra e coordenadora técnica sendo que a presença de duas ou mais enfermidades de Medicina Preventiva da Unimed Fortaleza.

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De olho nas estimativas e nas perspectivas, o CAS da Unimed do Brasil promoveu o 3o Congresso Nacional Unimed de Atenção Integral à Saúde, em Belo Horizonte (MG), de 1o a 3 de junho, com foco no aprimoramento de processos e na capacitação de pessoas para vencer grandes desafios e enfren- tar o fenômeno da multimorbidade, visando a um manejo adequado das condições crônicas de saú- de cada vez mais prevalecentes na população lon- geva. “A preocupação do CAS para esse congresso foi discutir o tema e quais os desafios que essa condição traz ao Sistema Unimed. Acredita-se que nosso sistema fragmentado de atenção à saú- de não seja capaz de responder adequadamente a essa realidade crescente. É preciso um novo pa- radigma, e espelhar-se nos melhores modelos de assistência à saúde no mundo é a forma mais inte- ligente de formatar propostas para a mudança. A Principais doenças resposta para o problema da multimorbidade leva à necessidade de um sistema de saúde organizado, As doenças crônicas que mais afetam pacientes com criação de redes de assistência, orientação do per- multimorbidade são doenças cardíacas (hiperten- curso assistencial, formas de remuneração médica são e insuficiência cardíaca), diabetes, doenças pul- e equipe orientada para melhores resultados, re- monares (enfisema e asma), além de enfermidades dução de desperdícios e cuidados desnecessários mentais comuns (depressão e ansiedade). “Inúme- que podem ser até danosos. A Unimed do Brasil já ras patologias crônicas podem ocorrer simultanea- conta com expertise e conhecimento aprofunda- mente no idoso: doenças cardíacas, dislipidemia, dos para a implantação desse modelo ao qual está osteoartrite, osteoporose, depressão, demências, sendo chamado de Atenção Integral à Saúde e pro- dificuldades visuais e auditivas, câncer etc. Em um piciou esse congresso para embasar de forma cien- estudo recente realizado pela Universidade Federal tífica e tornar a mudança de modelo uma realidade de Pelotas (RS), com 1.593 pessoas, a prevalência no Sistema todo”, afirma André Cassias. de multimorbidade foi de 81,3% para duas ou mais doenças e 64% para três ou mais. Hipertensão arte- rial e alterações degenerativas na coluna foram as doenças mais prevalentes. Somente 6% dos idosos entrevistados não tinham doenças”, conta Roberto Bigarella, médico geriatra da Unimed Nordeste-RS.

C omo prevenir Há muito tempo que estudos demonstram uma associação de enfermidades crônicas, como hiper- tensão, diabetes, enfisema e até mesmo depressão com hábitos de vida pouco saudáveis, como tabagis- mo, etilismo, má alimentação e falta de exercícios. “A prevenção da multimorbidade se faz com inter- venções de prevenção e promoção de saúde visan- do à eliminação ou ao controle de fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis, com alimenta- ção saudável, cessação do tabagismo, realização de atividade física regular (mínimo de 150 minutos por semana, divididos em três ou mais vezes), cessação do etilismo e controle do estresse”, explica Inês Cláudia

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Miolo_UBR_24.indd 42 15/07/2016 17:40:38 Rodrigues Costa. “Outro ponto discutido atualmente é como lidar com esse estado complexo de enfermi- dades e prevenir justamente o excesso de medicação e exames desnecessários que podem ser danosos ao paciente”, complementa André Cassias.

C omo tratar Pessoas em condição de multimorbidade usam simul- taneamente mais medicamentos e, consequentemen- te, são suscetíveis a um número maior de seus efeitos adversos. “A multimorbidade transforma o paciente em um paciente complexo, que não pode ser tratado A tenção médica como a simples somatória de enfermidades, pois es- Cada vez mais a ciência médica cria protocolos para sa complexa coexistência de enfermidades múltiplas orientar o manejo a pacientes, porém ao colocá-los no paciente leva a um risco maior do que se somasse em prática se percebe que é necessária uma indivi- cada enfermidade separadamente”, comenta André dualização para que o resultado seja realmente uma Cassias. “O tratamento da multimorbidade é realizado vida mais saudável e feliz. “A multimorbidade está por meio de uma abordagem multidisciplinar integra- diretamente associada a inúmeros desfechos negati- da das diversas doenças e suas especificidades tera- vos, como aceleração do declínio funcional, incapa- pêuticas, e sempre se deve tratar primeiro o que causa cidades, redução da qualidade de vida e mortalidade. mais sofrimento, especialmente no início do acompa- Quanto maior o número de patologias, mais aumenta nhamento médico. Inclui-se também no tratamento a o risco de hospitalização e institucionalização. Com o realização de ações preventivas e a reabilitação para a envelhecimento populacional e o aumento da expec- manutenção de uma boa capacidade funcional. Exis- tativa de vida, que deverá continuar crescendo pelo tem casos de tratamento de uma doença que podem menos até 2050, teremos uma verdadeira epidemia impactar em uma piora específica de outra doença ou de idosos com multimorbidade. Caso não sejam to- até agravar o seu sintoma, portanto cabe à equipe mé- madas medidas urgentes para a prevenção de doen- dica tentar alternativas terapêuticas, ou menos dano- ças crônicas, formação de profissionais capacitados sas ao paciente, fazer também uma avaliação de risco para atender esses pacientes e remunerados de ma- e benefício da estratégia terapêutica e somente depois neira justa, investimento em pesquisas e educação, tomar a decisão da conduta”, esclarece Inês. em breve, teremos mais um elemento desestabiliza- dor do nosso já deficitário sistema de saúde”, apon- ta Roberto Bigarella. “Para um problema complexo, necessitamos de uma resposta complexa, e é aí que precisa-se discutir nossa atenção médica. Precisa-se ofertar maior acessibilidade até mesmo no próprio domicílio, de envolvimento familiar e do cuidador, muitas vezes, até de interação com outros recur- sos sociais, além de um trabalho em equipe, multi e transdisciplinar para o cuidado desses pacientes, que tenha longitudinalidade, isto é, que acompanhe o máximo de tempo esse paciente e também que haja uma coordenação do cuidado, pois o que temos hoje é um sistema fragmentado de atenção ao paciente. Então, é necessário que o paciente com multimorbi- dade tenha um médico e uma equipe que o auxilie a integrar os cuidados que necessita obter, por vezes, de diversos especialistas. Devido a essa complexida- de, é necessário que esse paciente tenha um cuidado individualizado por esse determinado médico e equi- pe com um vínculo e atenção personalizada para que não ocorram medicações, exames e hospitalizações desnecessários, que podem causar ainda mais mal ao paciente já fragilizado”, finaliza André Cassias.

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Miolo_UBR_24.indd 43 15/07/2016 17:40:43 Unimed do Brasil apresenta projeto à Organização das Cooperativas Brasileiras

O presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, e o superinten- dente Regulatório-Operacional da Confederação, Adriano Leite Soares, apre- sentaram recentemente à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília, projetos em âmbito nacional para posterior compartilhamento com a Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP) e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). As iniciativas incluem educação a distância (com treinamentos sobre cooperativismo, gestão financeira, gover- nança, cultura exportadora, gestão da marca e RH, dentre outros), cursos de imersão, realização de uma feira de intercooperação, rodada de negócios en- tre cooperativas e construção de uma plataforma cooperativista de e-com- merce. Na ocasião, também expuseram o Programa Qualifica Unimed, o tra- balho de governança cooperativa e as ações de sustentabilidade promovidas pelo Sistema Unimed. A Unimed propôs ainda o incentivo à participação das cooperativas de todos os ramos para o projeto multipatrocinado, que seria Eudes de Freitas Aquino capitaneado pela OCB.

Países de Língua Especialistas Portuguesa mapeiam discutem criação de rede o futuro das estatísticas internacional do cooperativismo

Representante do cooperativismo brasileiro, o su- A Aliança Cooperativa Internacional (ACI), os representantes de perintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, par- cooperativas, os especialistas em estatísticas nacionais e glo- ticipou do primeiro Congresso de Economia Social bais e as agências da Organização das Nações Unidas (ONU) se e Solidária dos Países Lusófonos, organizado pela reuniram em Roma, na Itália, para discutir as estatísticas coope- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em rativistas e desenvolver um roteiro para melhorar a qualidade e Cabo Verde, na África. O objetivo é a criação de um a consistência de dados. Com a Agenda para o Desenvolvimento quadro de referência comum para políticas públi- Sustentável de 2030 fazendo parte da estratégia de cada país, cas de promoção de economia social e solidária no dados confiáveis e de qualidade serão prova de valor inestimá- âmbito dessas comunidades. “Se a sociedade civil vel para a comunidade global de como as cooperativas con- organizada, por meio das associações da economia tribuem para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento social e solidária, participa da criação de condições Sustentáveis. Os participantes aprenderam sobre os resultados político-institucionais, jurídicas e econômicas, essas e os desafios de iniciativas em curso para recolher informações organizações poderão contribuir para o processo de sobre as cooperativas, incluindo estudos de casos e trabalho desenvolvimento das nações”, avalia Jacinto Santos, de mapeamento realizados pela Organização Internacional do presidente do Citi-Habitat, entidade organizadora Trabalho e Organização para a Alimentação e Agricultura das do congresso. Segundo Santos, essa rede lusófona Nações Unidas (FAO). Eles também refletiram sobre a importân- de economia social e solidária será a entidade cujas cia de progressos a respeito das estatísticas antes da 20a Con- funções envolverão desde coordenar a implementa- ferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho (ICLS), que ção das deliberações nos parlamentos até o apoio às acontece em outubro de 2018, e encerraram a sessão com um redes nacionais na sua afirmação em articulação com roteiro para prosseguir os trabalhos, com itens como a criação os governos. Além das discussões, os congressistas de definições estatísticas e operacionais para apresentar à con- tiveram a oportunidade de fazer parte das três visitas ferência e de um grupo de trabalho sobre a questão, coordenado técnicas que apresentaram as boas práticas cabo- pela Comissão para a Promoção e Progresso das Cooperativas verdianas em matéria de economia social e solidária. (Copac), dos quais a ACI é atualmente parte integrante.

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Miolo_UBR_24.indd 44 15/07/2016 17:40:44 Aliança Cooperativa Internacional assina acordo de parceria com Comissão Europeia

Em março deste ano, representantes da Aliança Coope- rativa Internacional (ACI) e da Comissão Europeia assi- naram um acordo de parceria com um programa de de- senvolvimento global para beneficiar o avanço do setor cooperativo no mundo todo e melhorar a inclusão social e a capacitação econômica – áreas em que as cooperativas desempenham um papel fundamental. Intitulado Co-ope- ratives in Development – People-centered Businesses in Action, o programa é válido até 31 de agosto de 2020 e Pa pa diz que as cofinanciado pelaU nião Europeia como parte de seu com- promisso de apoiar organizações da sociedade civil ativas cooperativas no desenvolvimento. “As cooperativas são altamente re- levantes na realização dos objetivos de desenvolvimento devem promover a sustentável das Nações Unidas. Fornecem acesso ao cré- dito, eletrificação rural, serviços de saúde, produção de economia da honestidade alimentos, marketing, habitação, apoio a novos negócios Os participantes da 39a Assembleia Nacional da Confe- – os quais contribuem para o desenvolvimento de renda deração das Cooperativas Italianas, realizada no último e segurança. “O apoio da Europa em nosso programa é um mês de maio, receberam uma videomensagem do Papa novo passo na implementação dos objetivos de desenvol- Francisco na qual ele recordou as palavras de incentivo vimento sustentável das Nações Unidas. Estamos orgu- proferidas no encontro realizado em fevereiro do ano pas- lhosos e ansiosos para lançar as cooperativas no programa sado, no Vaticano: “É preciso continuar ainda hoje sendo o de desenvolvimento”, disse Monique Leroux, presidente motor que ergue e desenvolve a parte mais vulnerável de da ACI. “Agradecemos a Comissão Europeia por eleger a nossas comunidades e de nossa sociedade civil, sobretu- Aliança como uma parceira da sociedade civil. Estamos do fundando empresas que fornecem trabalho. Com Amo- satisfeitos com a estrutura global da Aliança Cooperativa ris laetitia, indiquei uma perspectiva de alegria e respon- Internacional, seus membros, seu governo, sua organiza- sabilidade, mas as pessoas e as famílias não devem ser ção, mas também o propósito e o impacto de suas ações deixadas sós. Deve haver harmonia entre trabalho e famí- convenceram a Comissão Europeia de que as cooperativas lia”, disse, conclamando o combate das “falsas cooperati- são uma alavanca para o desenvolvimento sustentável”, vas, porque as cooperativas devem promover a economia completou Charles Gould, diretor geral da Aliança. da honestidade, do desenvolvimento, da justiça e da paz. Esses aspectos valem ainda hoje num tempo de migra- ções, terrorismo e desaceleração da economia mundial”. O papa também ressaltou que “criar uma empresa par- tindo das necessidades é o talento de vocês. Conservem essa riqueza na construção de uma perspectiva comum com outras associações, a fim de tornar evidentes a todas as cooperativas os valores comuns”. Recomendou, ainda, que os cooperados sejam guiados pelo bem comum. “Se a cooperativa funciona, faz crescer a solidariedade entre os sócios, reforça a responsabilidade comum, a capacidade de reconhecer generosamente o que os outros sabem fa- zer e também de aceitar os limites. Na cooperativa cresce a fraternidade como os cooperadores sempre souberam. Não é somente um capital de confiança, é algo mais: é fra- ternidade, é um recurso do qual o mundo hoje tanto preci- sa. Vocês testemunham como a fé anima o compromisso concreto na história humana e sustenta iniciativas gene- rosas que podem melhorar as coisas. Essa missão, vocês devem viver e partilhar com os outros”, ressaltou.

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Unimed Sergipe recebe Selo Social no I Encontro Estadual dos ODS

Aconteceu, no Museu da Gente Sergipana, o I Encontro Estadual dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovido pelo Movimento Nacional Nós Pode- mos, que visa a alcançar os Objeti- vos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), com a chancela da Orga- nização das Nações Unidas (ONU). O movimento é uma iniciativa da sociedade civil, composta por em- presas, governos e organizações Descerramento da fita do estabelecimento, que tem capacidade para 136 leitos sociais para envolver toda a socie- dade no cumprimento dos ODM e, na prática, reúne iniciativas sociais espontâneas, de diferentes setores da sociedade brasileira. Solenidade marca Em seu discurso, Sandra Sena, re- presentante estadual no Colegiado inauguração do Hospital Nacional dos ODS e coordenadora estadual do Nós Podemos Sergipe, Unimed Governador Valadares destacou a parceria da Unimed Ser- gipe nas ações desenvolvidas pela C erca de 250 convidados prestigiaram a solenidade de inauguração do Hos- iniciativa ao longo dos anos. “O Selo pital Unimed Governador Valadares na manhã de 20 de maio. Estiveram pre- Social é uma forma de reconhecer o sentes autoridades locais do Executivo, Legislativo e Judiciário, diretores do empenho da Unimed e sua equipe, Sistema Unimed, médicos cooperados, colaboradores, empresários e repre- que nunca medem esforços para es- sentantes de entidades da classe e da área da saúde. tarem presentes em todos os nossos “Ao decidirmos em nosso planejamento estratégico pela construção do Hos- projetos”, afirmou Sandra. Ela ainda pital Unimed, levamos em conta o deficitário quadro geral da assistência mé- pontuou o trabalho de conscientiza- dico-hospitalar oferecida à população, especialmente em relação à carência ção que a cooperativa promove com de leitos para as várias especialidades. Ao edificarmos esse grandioso com- relação à postura sustentável de plexo hospitalar, supriremos boa parte dessa demanda e consolidaremos o cooperados, colaboradores, clientes município como polo regional em saúde suplementar”, destacou o presiden- e demais integrantes da sociedade. te da cooperativa, Manoel Arcísio Rocha Araújo. Marcos Andrade, superintendente Com investimentos de R$ 100 milhões, a unidade hospitalar é de média e alta executivo da Unimed Sergipe, re- complexidade, com uma área total construída de mais de 28 mil m2. Ao todo, presentou a cooperativa e recebeu são nove pavimentos e 136 leitos, que compreendem internação pediátrica, o certificado do Selo Social, um im- clínica médica, cirurgias, maternidade, UTIs adulto, infantil e neonatal, além portante reconhecimento a todos de hemodinâmica, centro de diagnóstico por imagem com ultrassonografia, os projetos e programas da Singular ressonância magnética, tomografia computadorizada e serviços de raio X. ligados à área de Sustentabilidade, Contempla, ainda, auditório com capacidade para 120 pessoas, lanchonetes, o que inclui a recente distribuição área de estacionamento para 250 vagas e heliponto. de mais de mil mudas e sementes.

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Miolo_UBR_24.indd 46 15/07/2016 17:40:47 Farmácia Unimed Lençóis Paulista realiza sorteios em comemoração aos seus 25 anos

Ao longo de 2016, a Farmácia Unimed Lençóis Paulista realizará mensalmente sorteios em comemoração aos seus 25 anos. Em junho, a vencedora foi a cliente Aman- da Foganholi, que levou um forno elétrico para casa. Para participar, basta adquirir R$ 50 em mercadorias, in- cluindo um produto de perfumaria. Os sorteios são reali- zados sempre na primeira terça-feira do mês. Unimed Londrina inaugura Pronto-Atendimento

No último dia 15 de junho, a Unimed Londrina inaugurou seu Pronto-Atendimento (PA). Cerca de 150 profissionais da área da saúde foram contratados para trabalhar no local, La boratório da que foi reestruturado para receber, com segurança e con- forto, os pacientes que precisarem de atendimento médico. Unimed Catanduva O PA vai funcionar 24 horas e terá capacidade para atender é referência para pesquisa 13 mil pessoas por mês. A estrutura conta com dez con- sultórios direcionados para clínica geral e pediatria, além premiada em congresso de 24 leitos para internação e observação de pacientes. O serviço ainda possui aparelhos de radiografia e ultrasso- internacional nografia para realização de exames rápidos. Exames labo- ratoriais também poderão ser feitos no local. C ooperados da Unimed Catanduva e estudantes de me- “Estamos inseridos em um sistema. Vamos trabalhar co- dicina tiveram seu projeto premiado durante o Congres- nectados com outros prestadores”, afirmou o diretor de so Mundial de Osteoporose e Osteoartrite, realizado na Promoção em Saúde da Unimed Londrina, Omar Taha. Espanha. A pesquisa, referente à utilização de marcado- O objetivo do PA é possibilitar o rápido atendimento de res ósseos para detectar o funcionamento precoce das pacientes em situações menos graves e, ao mesmo tem- medicações antirreabsortivas empregadas no tratamen- po, desafogar os prontos-socorros dos hospitais, possi- to da osteoporose, contou com o apoio do laboratório da bilitando que eles atendam as pessoas em situação de cooperativa, que dispunha de material e equipamentos emergência com ainda mais agilidade. necessários para a realização dos exames. De acordo com o ortopedista e traumatologista Ale- xandre Felipe França, orientador da pesquisa ao lado do também ortopedista e traumatologista Américo Pinto de Freitas, “a organização do Congresso é muito exigen- te e, sem um laboratório que apresentasse a qualificação e a padronização adequadas para o exame exigido, não seria possível a participação e, muito menos, a premia- ção. Eles reconheceram o laboratório da Unimed Catan- duva como uma unidade referenciada”. Os participantes da pesquisa e do estudo dos pacientes foram os estudantes Alexandre Felipe França Filho, Ga- briela Felipe França e Priscila Dellantonia Zardetto. To- dos foram laureados com o prêmio Jovem Pesquisador. O estudo durou um ano e, com o apoio do laboratório, C apacidade para atendimento de 13 mil pessoas por mês, tornou possível a análise da eficácia do tratamento de é um dos benefícios do serviço osteoporose precoce.

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Unimed Guarulhos vai à Suécia para Fórum Internacional de Qualidade e Segurança na Saúde

O programa Cuidado Perfeito aos Pa- cientes com Diabetes Mellitus, que desde 2013 vem sendo desenvolvido O evento reuniu profissionais de oito Singulares do Estado pela equipe do Núcleo de Atenção Primária à Saúde (Naps) da Unimed Guarulhos, mais uma vez foi desta- que em um evento internacional. Unimed Federação Rio Em abril, a médica cooperada An- drea Gushken, líder do projeto, realiza encontro de RH e Fernando Faraco, coordenador médico do Naps, apresentaram o A Federação Rio realizou mais uma reunião do Grupo Estadual dos Profissio- trabalho na 21a edição do Fórum nais de Recursos Humanos das Singulares fluminenses (UNIRH), que acon- Internacional de Qualidade e Se- teceu na sede da Unimed Barra Mansa e visou à aproximação, troca de ex- gurança na Saúde, realizado entre periências e ao compartilhamento de cases de melhores práticas em Gestão 12 e 15 de abril, em Gotemburgo, de Pessoas entre todas as Singulares do Estado. Participaram do encontro as na Suécia, e que contou com a par- Unimeds Nova Iguaçu, Centro Sul Fluminense, Três Rios, Resende, Valença, ticipação de cerca de 3 mil profis- Volta Redonda, além da Federação Rio e da própria anfitriã. sionais de mais de 80 países. A Federação pautou os seguintes temas: a parceria com o Sescoop-RJ para A palestra abordou os resultados al- promover a capacitação e o desenvolvimento do corpo funcional da coo- cançados com o programa, que coloca perativa e Como Desenvolver Talentos na Crise – Fazer Mais com Menos, o paciente com diabetes mellitus no quando foram apresentadas as ações focadas no crescimento dos colabo- centro do cuidado por meio de aten- radores. O evento também contou com uma palestra de Fabiola Palo, repre- dimento preventivo, coordenado por sentante do Great Place to Work (GPTW), e com a exposição dos projetos da equipe multiprofissional, baseando- Unimed Barra Mansa. se na melhor evidência científica. O objetivo é aumentar o percentual de pacientes diabéticos que recebem todos os cuidados anuais recomen- Unimed São José do Rio dados pela literatura médica, o cha- mado cuidado perfeito. Preto celebra 45 anos Ao fim da conferência, entre os elo- gios feitos ao trabalho, destaca-se A Unimed São José do Rio Preto está prestes a completar 45 anos e tem a fala da médica brasileira Roberta realizado uma série de iniciativas. O início das comemorações foi marcado Lindemann, com residência em ge- por um coquetel que contou com palestra do especialista Domingo Braile. neral practioner (correspondente Durante o encontro, também foi entregue o projeto de acessibilidade feito ao médico de família no Brasil) na pela Singular para a Sociedade de Medicina, que consiste em uma plataforma Escócia, onde vive há 10 anos: “O de acesso e elevador instalados no auditório local. que vocês fizeram foi uma obra de A Unimed São José do Rio Preto foi fundada em 18 de outubro de 1971, por arte. Dá pra ver na fala dos pacien- 127 médicos rio-pretenses. Hoje, conta com aproximadamente 1,3 mil médi- tes, que mudaram o jeito de lidar cos cooperados e mais de 850 colaboradores. com a doença”.

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Miolo_UBR_24.indd 48 15/07/2016 17:40:49 Unimed Vale do Sinos realiza ação do Dia Mundial sem Tabaco

Para lembrar o Dia Mundial sem Tabaco, comemora- do em 31 de maio, a Medicina Preventiva da Unimed Vale do Sinos esteve presente na Praça do Imigrante de Novo Hamburgo com uma ação lúdica: um cigarro gigante para alertar os clientes e a comunidade sobre os malefícios do tabaco. A ação contou com profissionais de enfermagem, que dis- tribuíram material explicativo sobre os malefícios do hábito de fumar, como aumento do risco de infarto, AVC, câncer, doenças do sistema respiratório, dentre outros. A cooperativa também promove o Grupo Viva a Vida sem Fumo, voltado aos clientes da Singular. As inscrições são feitas pelo telefone: (51) 3584-1840 ou pelo site http://[email protected].

Atletas mostram fôlego no projeto Corridas Unimed

Unimed Regional da Baixa Mogiana promove corrida

O departamento de Medicina Preventiva da Unimed Re- gional da Baixa Mogiana realizou, em 15 de maio, a pri- meira edição do Corridas Unimed. O evento contou com o engajamento de 215 corredores e 146 caminhantes, que abrilhantaram todo o percurso com suas superações e desafios.

Cooperativa promove ação em praça de Novo Hamburgo Todos os participantes receberam kits atleta compostos por camiseta, chip, número de peito e medalha. Unimed Presidente Prudente promove treinamento com rede prestadora

A Unimed Presidente Prudente pro- cooperativas para certificações, e o intuito de tornar nosso atendi- moveu um treinamento sobre a Re- que afetam também o relacionamen- mento mais ágil e eficaz. Essa é solução Normativa no 277, da Agên- to com a rede prestadora. Entre as uma oportunidade para estreitar- cia Nacional de Saúde Suplementar necessidades de melhoria apontadas mos nosso relacionamento com (ANS), que institui o programa de está a padronização do atendimento a rede prestadora. Sanamos dúvi- acreditação de operadoras dos pla- ao beneficiário da cooperativa. “No das e abrimos as portas para que nos privados de assistência à saúde. treinamento, pudemos conhecer a possam buscar a Unimed Prudente Durante o encontro, foram apre- realidade de quem atende nosso sempre que necessitarem”, con- sentadas as principais mudanças beneficiário na ponta e o presta- cluiu a coordenadora de Relação ocorridas desde a implantação do dor também pôde acompanhar as com o Prestador, Silvana Pereira programa Qualifica, qua capacita as mudanças já implementadas, com Salles Alves.

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Colaboradoras da cooperativa recebem o prêmio durante o evento

Além de um espaço amplo e moderno, o centro médico oferece tecnologia, assistência de qualidade e humanização Unimed Americana Hospital Unimed é premiada Piracicaba comemora no encontro cinco anos de olho no futuro estadual do Sescoop D urante a comemoração dos cinco anos do Hospital Unimed Piracicaba, o dirigente da Singular, Carlos Joussef, compartilhou os planos de ampliação A Unimed Santa Bárbara d’Oes- do local: “Expandir e transformá-lo em um complexo hospitalar com clínicas, te, Americana e Nova Odessa, re- ambulatórios e centro administrativo integrados”. presentada pelas colaboradoras Para os próximos meses, está prevista a implantação de serviços cardiológi- Rafaela Santos e Loraine Paquola, cos, compostos por UTI, hemodinâmica, unidade coronariana e Pronto-Aten- participou do Encontro Estadual de dimento especializado, além de investimentos em modernização na área de Desenvolvimento Social do Servi- informática, adequações estruturais e expansão do atendimento pediátrico. ço Nacional de Aprendizagem do Mensalmente, o centro médico realiza, em média, 160 partos, 1,6 mil cirur- Cooperativismo (Sescoop) para o gias e mais de 15 mil consultas no Pronto-Atendimento. O número de cola- lançamento dos programas Circui- boradores também aumentou. Hoje, a unidade mantém mais de 1,2 mil pos- to Sescoop/SP de Cultura e Dia de tos diretos, além de inúmeros indiretos por meio da rede de atendimento. Cooperar 2016. As colaboradoras receberam tro- féus em reconhecimento das ações Dia C e Mosaico na Estrada, realiza- das em 2015. No Dia C, funcionários 23 anos de Unimed Lins e pessoas de outras cooperativas Nascida em 1992, com 38 médicos, a criação da Unimed Lins foi um marco locais realizaram ações voluntá- na cidade como opção de medicina de grupo. Um ano depois já contava com rias na Associação Beneficente Re- 880 beneficiários. sidencial Evangélico Benaiah, em Americana. O Mosaico na Estada Em 1994, a Unimed Lins se tornou uma Singular da Federação das Unimeds permitiu a troca de brinquedos em do Estado de São Paulo. Neste ano, comemora 23 anos de história e também bom estado por ingressos para o de presença na trajetória de muitas vidas. espetáculo Pinocchio, realizado A meta da Unimed Lins é seguir sempre em frente, lutando para promover avan- no Teatro Municipal de Americana ços na medicina local e oferecer ao beneficiário o atendimento que ele merece. Lulu Benencase.

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Miolo_UBR_24.indd 50 15/07/2016 17:40:51 Unimed Norte Fluminense realiza entregas da campanha Eu Ajudo na Lata

Participante da campanha desde a primeira edição, a Unimed Norte Fluminense continua a receber doa- ções de lacres de alumínio, visando à compra de cadeiras de rodas e doa- ção para entidades assistenciais. Em junho, foram recebidas duas doações: da Escola Municipal Lin- coln Barbosa de Castro, de Itaperu- Colaboradores comemoram a nova conquista da Singular na (RJ), 14 kg de lacres; e do benefi- ciário Ivan Alberoni, 8,5 kg. A campanha Eu Ajudo na Lata já Unimed Nordeste-RS arrecadou, em todo o Brasil, mais de 15 milhões de lacres, que foram é acreditada pela RN 277 revertidos em mais de 40 cadeiras de rodas e outros equipamentos a A Unimed Nordeste-RS foi acreditada em Nível 1, maior grau de avaliação entre instituições assistenciais parceiras as operadoras de planos de saúde, na RN no 277, que corresponde ao Programa das cooperativas. de Acreditação para Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O resultado coloca a Singular entre as sete cooperativas médicas acreditadas no Brasil. Para o presidente da cooperativa, Carlos Castellano Silveira, “essa cer- tificação confirma os objetivos do nosso planejamento estratégico, centrado na qualificação dos nossos serviços, colocando a Unimed Nordeste-RS como re- ferência nacional na área da saúde suplementar”. O resultado foi comemorado com confraternização e emoção das equipes presentes no auditório do Hospital Unimed Caxias do Sul. As operadoras de planos de saúde acreditadas com a RN no 277 garantem um acréscimo de 12% da nota do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), que é o grau de classificação global utilizado pela ANS para monitorar as operadoras de planos de saúde no Brasil. Em 2015, a Unimed Nordeste-RS se classificou como a melhor operadora do País entre as maiores empresas do setor (acima de 100 mil beneficiários).

M ovimentar o corpo é o objetivo da Unimed Porto Alegre com o programa Saúde em Movimento

A caminhada tem se tornado uma prática cada vez mais procurada por pessoas de todas as idades. É um exercí- cio fácil de ser praticado e apresenta muitos benefícios, como a perda de peso, o fortalecimento dos músculos e o combate à osteoporose. Pensando em garantir o bem-estar da população, a Unimed Porto Alegre promove as Caminhadas Orientadas. A atividade é aberta a todos que queiram cuidar da saúde e ocorrem gratuitamente em Canoas, Guaíba, Cachoeirinha e Porto Alegre. Para se inscrever, basta entrar em contato pelo telefone (51) 3316-7177, pelo e-mail viverbem@unime- dpoa.com.br ou pelo blog http://bemestar.unimedpoa.com.br.

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Miolo_UBR_24.indd 51 15/07/2016 17:40:53 DE BRASÍLIA Colaborou Moema Bonelli

VII Fórum de Cooperativismo Médico identifica desafios do setor

Segundo Orestes, “ao longo das sete edições, as rela- ções entre as entidades médicas e a Unimed foram se estreitando. Este evento já trata de assuntos mais fo- cados e técnicos, como órteses, próteses e materiais especiais. É importante que o CFM participe desses diálogos para que qualquer ato e processo sejam fei- tos de acordo com normas éticas e profissionalismo.” A programação destacou os seguintes temas: Novas Perspectivas e Regulamentação do Mercado de OP- Mesa de abertura do evento MEs: em que Podemos Avançar?; Custo Assistencial versus Autonomia do Médico: o Impacto nos Hono- rários Médicos; A Ética e os Mecanismos de Com- pliance na Comercialização de Produtos Médicos; Desafios na Judicialização da Saúde – o Judiciário como Gestor em Saúde. José Cláudio Ribeiro Olivei- ra, superintendente Jurídico da Unimed do Brasil, foi um dos debatedores. A o final, foi apresentado um manifesto com o posicio- namento das instituições médicas sobre as questões discutidas, apontando prioridades e compromissos para a atuação. Após a homologação do documento em sessão plenária do CFM, as entidades – no âmbito da Comissão de Cooperativismo Médico do Conselho José Abel Ximenes contribuiu para a organização do Fórum – vão trabalhar na formulação de um plano estratégi- co, visando enfrentar os principais desafios do setor. Para José Abel Ximenes, superintendente Político-Ins- N os dias 29 e 30 de junho, aconteceu, em Brasília, o VII titucional da Confederação, integrante da Comissão de Fórum de Cooperativismo Médico do Conselho Federal Cooperativismo Médico e atuante na organização do de Medicina (CFM), realizado com o apoio da Unimed do evento, a sétima edição foi uma das mais importantes Brasil. Cerca de 140 pessoas participaram do evento, en- tre lideranças médicas e dirigentes do Sistema Unimed. A mesa de abertura contou com as presenças de Carlos Vital Corrêa Lima, presidente do CFM, Orestes Barrozo Medeiros Pullin, vice-presidente da Unimed do Brasil, Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Hiran Gallo, coordenador da Co- missão de Cooperativismo Médico do CFM, e Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. O modelo de organização cooperativista foi reconheci- do como o melhor para a sustentação do sistema de saúde brasileiro, sobretudo para o exercício da medici- José Cláudio Orestes Barrozo na com dignidade e autonomia. No entanto, os debates Ribeiro Oliveira, Medeiros Pullin foi um alertaram para a necessidade de criação de alternativas superintendente Jurídico dos representantes do e propostas concretas a fim de solucionar entraves. Os da Confederação, foi um Sistema princípios cooperativos devem se consolidar como di- dos debatedores retrizes das ações a serem implementadas.

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Miolo_UBR_24.indd 52 15/07/2016 17:40:55 e concorridas desde que a Unimed do Brasil passou a integrar a ins- Manifesto do Cooperativismo tância, há seis anos, e, consequen- temente, a auxiliar na organização, M édico em Defesa da Qualidade na priorizando importantes questões e garantindo a presença de gran- Assistência à Saúde* des lideranças do Sistema. Diante dos inúmeros desafios que afetam a assistência oferecida pelas insti- “ Contamos com a presença de tuições atuantes no segmento da saúde suplementar à população brasileira, os participantes do VII Fórum de Cooperativismo Médico – organizado pelo Con- praticamente todos os Estados selho Federal de Medicina (CFM) – vêm a público manifestar suas preocupações da Federação. E o trabalho conti- com as políticas regulatórias voltadas ao setor, reafirmando o compromisso nua. O manifesto exibido ao final com a sociedade, os pacientes e o exercício da medicina com ética e qualidade. do evento traz diretrizes de ações Para tanto, com base nos debates realizados por especialistas e representan- a partir das propostas apresenta- tes de cerca de 400 cooperativas médicas de todo o País – que reúnem apro- das pelas diversas mesas de de- ximadamente 115 mil médicos e outros profissionais da saúde e respondem bate. Agora vamos, no âmbito da pelo atendimento de mais de 20 milhões de brasileiros –, os participantes do Comissão de Cooperativismo do VII Fórum de Cooperativismo Médico defendem: CFM, construir um plano de tra- 1. a instituição urgente de marcos regulatórios – pelo Governo e Congres- balho para cada uma dessas prio- so Nacional, com a participação ativa das entidades de representação das ridades levantadas.” cooperativas médicas, das operadoras de planos de saúde e dos médicos – a fim de impedir abusos na prescrição e na comercialização dos disposi- Ximenes formalizou uma pro- tivos médicos implantáveis (DMI), como órteses e próteses. posta para que o CFM estimule 2. O conceito de que a autonomia dos médicos não pode ser confundida os Conselhos Regionais de Me- com soberania, e seu valor deve ser legitimado por meio de uma atitu- dicina a criarem Comissões de de correta, racional e cientificamente embasada. Existe a necessidade de Cooperativismo e que também maior equilíbrio dos custos assistenciais, gerando sustentabilidade ao se- promovam Fóruns Regionais de tor, porém sem que ocorra o cerceamento para o acesso aos meios neces- Cooperativismo. sários a fim de melhorar os padrões de saúde da população. A lexandre Bley, presidente da Uni- 3. A valorização dos honorários médicos, os quais devem ser dignos e adequa- med Curitiba e integrante da Co- dos diante da responsabilidade e da dedicação exigidas dos profissionais. missão de Cooperativismo Médico, 4. que cabe à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fazer a adequa- disse que “o Fórum de Cooperati- da regulação entre profissionais, prestadores hospitalares e operadoras de planos de saúde, especialmente com relação aos possíveis conflitos de vismo Médico alcançou singular interesse, entre esses atores, que afetam a sustentabilidade do setor e o importância no contexto atual. Po- atendimento dos beneficiários. demos observar que a necessidade 5. a adoção e o fortalecimento de códigos de conduta pelas empresas na sua de maior aproximação do Sistema relação com médicos e outros profissionais da saúde, na melhor tradição Unimed com as outras entidades do compliance, valorizando a ética, a transparência e a legalidade com o médicas é fundamental para que objetivo de evitar distorções que comprometam todos os elos da cadeia temas, como judicialização da saú- assistencial e penalizem, de forma acentuada, o paciente. de, autonomia profissional e racio- 6. a sensibilização do Poder Judiciário na busca por critérios cientificamente nalização dos custos assistenciais aceitos, para subsidiar os magistrados nas tomadas de decisão em pedi- possam sair do mero diagnóstico dos relacionados à cobertura assistencial em saúde, por meio da opera- para as ações práticas”. cionalização do Núcleo de Apoio Técnico (NAT). A importância do sistema coope- As propostas definidas noV II Fórum de Cooperativismo Médico trarão equi- rativista – em especial a Unimed líbrio às relações dentro do segmento e contribuirão de forma positiva para superar desafios que surgem no horizonte da assistência em saúde suple- – dentro da medicina foi ressaltada mentar no País. por Carlos Vital. “O cooperativismo permite ao médico manter sua iden- Dessa forma, juntos, médicos e suas entidades representativas, cooperativas médicas, gestores, Ministério Público, Poderes Executivo, Legislativo e Ju- tidade e autonomia. Temos a obri- diciário devem comprometer-se mutuamente com a busca da qualidade da gação de zelar para que o coopera- assistência à saúde. tivismo seja cada vez mais sólido e próspero, mantendo a dignidade de nossa categoria. Essa é a crença que Brasília, 30 de junho de 2016 tenho em relação ao Sistema Uni- med, estendendo a outros segmen- * O documento foi lido e aprovado durante o VII Fórum de Cooperativismo Médico do Conselho tos do cooperativismo de saúde.” Federal de Medicina e deverá, ainda, ser submetido em sessão plenária do CFM.

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Miolo_UBR_24.indd 53 15/07/2016 17:40:55 PELO MUNDO

Núm ero de diabéticos chega a 400 milhões no mundo

O número de adultos com diabetes quadruplicou em todo o mundo em menos de quatro décadas, chegan- do a 422 milhões de casos. Um estudo da Organi- zação Mundial de Saúde (OMS), divulgado em abril, mostra que a situação está ficando especialmente grave nos países mais pobres. Publicada pela revis- ta científica Lancet, a pesquisa utilizou dados de 4,4 milhões de adultos em diferentes regiões do mundo para estimar a prevalência de diabetes em 200 paí- ses. De 1980 a 2014, constatou-se que a doença tor- nou-se mais comum entre os homens do que entre as mulheres, e as taxas de diabetes aumentaram sig- nificativamente em países de renda per capita baixa ou média, incluindo China, Índia, Indonésia, Paquistão, Egito e México. Foi atestado ainda que o noroeste da Europa tem os menores índices de diabetes para am- bos os sexos, com prevalência ajustada por idade in- ferior a 4% entre as mulheres e em torno de 5% a 6% entre os homens na Suíça, Áustria, Dinamarca, Bélgi- Exercício pode ca e Holanda. Nenhum país viu qualquer diminuição significativa na prevalência de diabetes nos últimos anular efeito anos, e o aumento mais acentuado se deu nas ilhas nocivo da poluição do ar do Pacífico, no Oriente Médio e no Norte da África, em países como Egito, Jordânia e Arábia Saudita. Os Mais de 5,5 milhões de pessoas morrem de forma dados também mostraram que, em 2014, metade da prematura, todo ano, devido à poluição do ar, segun- população mundial de adultos diabéticos vivia em do dados do projeto Global Burden of Disease (Peso apenas cinco países: China, Índia, Estados Unidos, Global das Doenças, em tradução livre). Muitas pes- Brasil e Indonésia. soas deixam de se exercitar, pois temem inalar gases nocivos durante a prática de exercício e prejudicar sua saúde. Porém, um estudo da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, sugere que os benefí- cios de ações ao ar livre para saúde, como andar de bicicleta ou caminhar, são maiores do que os danos causados pela eventual exposição. Os pesquisadores, ao usarem simulações em computador para comparar dados sobre tipos de atividades físicas e níveis dife- rentes de poluição do ar em lugares espalhados pelo mundo, descobriram que, para a média de concentra- ção em áreas urbanas, o ponto de virada – quando os riscos dos exercícios começam a superar os benefí- cios – acontece depois de sete horas de ciclismo ou 16 horas de caminhada por dia. Atualmente, apenas 1% das cidades que estão no banco de dados da Or- ganização Mundial de Saúde (OMS) sobre poluição atmosférica têm níveis de poluição altos o bastante para começar a anular os benefícios das atividades físicas depois de meia hora de bicicleta, todos os dias.

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Miolo_UBR_24.indd 54 15/07/2016 17:40:58 Homens que fazem mais Escovar sexo teriam menos risco de os dentes desenvolver câncer de próstata logo após as Uma vida sexual ativa pode estar ligada à boa saúde dos homens. Prin- refeições pode cipalmente para aqueles que prezam pela frequência. Segundo um estu- do da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, publicado na revista prejudicá-los científica European Urology, homens que afirmaram ejacular pelo menos Dizem que o sorriso é como uma 21 vezes por mês apresentaram um risco até 22% menor de desenvolver carta de apresentação. O que mui- câncer de próstata, em comparação aos que ejaculavam menos. O estu- tos não sabem é que vários hábi- do, porém, só apresenta dados estatísticos, sem constatação científica. De tos corriqueiros podem ter conse- 1992 a 2010, os pesquisadores acompanharam 31.925 indivíduos. Todos quências sobre nossa saúde bucal. responderam a questionários relatando a frequência com que ejaculavam, O esmalte dental é a parte mais no ano anterior ao estudo e em dois períodos da vida — entre 20 e 29 anos dura de nosso organismo e a única e entre 40 e 49 anos. Ao longo desses 18 anos, 3.839 foram diagnosticados proteção real que os dentes têm de com o tumor. A estatística mostrou que homens entre 20 e 29, que afirma- ataques externos, principalmente ram ejacular 21 ou mais vezes por mês, tiveram o risco diminuído em 19%, da placa bacteriana. Por isso, pre- enquanto aqueles entre 40 e 49 anos, que ejaculavam nessa frequência, servá-lo é fundamental. Desde pe- diminuíram a probabilidade em 22%. quenos, aprendemos que devemos escovar os dentes logo após uma refeição. Isso porque alguns ali- mentos, como batatas fritas, sucos cítricos, bebidas gasosas e alcoóli- cas são ácidos. Mas, ao ingerirmos alimentos como esses, o esmalte começa a perder cálcio imediata- mente, deixando o dente menos rígido e a escovação pode piorar a situação. Assim, o recomendado é esperar de 20 a 30 minutos para escovar os dentes, dando o tempo necessário para que o ácido seja neutralizado e o cálcio que se en- contra dissolvido na saliva volte a Brasileiros estão se prender ao esmalte. entre os que menos dormem

B rasileiros, japoneses e cingapurianos têm as noites de sono mais curtas do mundo, enquanto holandeses e neozelandeses desfrutam das mais longas, segundo novo estudo publicado pela revista Science Advances. Com base em dados coletados por meio de um aplicativo de smartphone, a pesquisa também mostrou que mulheres costumam dormir mais do que homens e que o sono de homens de meia idade tem a menor duração de todos os grupos analisados. Em 2014, os cientistas disponibilizaram o aplicativo Entrain para ajudar as pessoas a combater o jetlag — conjunto de reflexos sobre o funcionamento do organismo enfrentados quando se viaja entre regiões com diferentes fusos horários. Assim, os usuários da ferramenta podiam compartilhar os dados de seus hábitos de sono com o grupo de pesquisadores. A partir desse conjunto de informações, eles mostraram que os cidadãos de Cingapura têm a noite de sono mais curta do mundo, com 7h24. Os japoneses ficaram em segundo, com 7h30, e os brasileiros em terceiro, com 7h36. Já os holandeses, campeões em horas de sono, costumam passar 8h16 dormindo.

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Paulo César de Araújo Rangel, João Batista Caetano, Antonio Cesar Azevedo Neves, Edevard J. de Araujo e Samuel Flam

Multimorbidade é debatida no 3º Congresso Unimed de Atenção Integral à Saúde

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Miolo_UBR_24.indd 56 15/07/2016 17:41:03 articiparam da mesa de abertu- ra Edevard J. de Araujo, diretor de PMarketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil; Antonio Cesar Azevedo Neves, diretor de Tecnologia e Sistemas da Confederação; Samuel Flam, presidente da Unimed Belo Horizonte; Paulo César de Araújo Rangel, diretor de Controle da Fede- ração Minas; e João Batista Caetano, presi- dente da Fundação Unimed. “Não estamos reunidos para debater indicati- vos políticos das nossas cooperativas. Quere- mos fomentar o modelo de atenção integral à saúde, que está diretamente ligado ao que buscamos e ao que o nosso Sistema precisa. Estamos sendo visionários”, ressaltou Ede- vard, enfatizando que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) finalmente ade- riu ao movimento e lançou um programa de atenção integral, mas com a dicotomia de privilegiar somente a faixa etária dos idosos. Samuel Flam destacou que “a Unimed BH é uma das maiores incentivadoras da aten- ção integral à saúde. Os nossos beneficiá- rios contam com seis centros que praticam o modelo. E é justamente por entender a importância desse movimento que esta- mos honrados em receber as Singulares para debatê-lo.” Paulo César de Araújo Rangel, João Batista Caetano, Antonio Cesar Azevedo Neves, Edevard J. de Araujo e Samuel Flam Um dos tópicos abordados pelo evento foi o Registro Eletrônico de Saúde (RES) – pla- taforma de gestão de saúde que contribuirá para a continuidade do cuidado por meio Com o objetivo de consolidar da tecnologia. “O modelo de atenção inte- o modelo de atenção integral gral à saúde é o futuro do segmento. É com otimismo que, na Diretoria de Tecnologia à saúde e afirmar a eficácia do da Confederação, acompanhamos de perto a mudança que está sendo proposta, procu- movimento na sustentabilidade rando oportunizar a parte tecnológica para do Sistema, a Unimed do Brasil o desenvolvimento completo desse modelo. Que possamos difundir essa ideia e enfren- realizou, nos dias 2 e 3 de junho, o tar o desafio de avançar como uma opera- dora de médicos precursora, oferecendo o 3º Congresso Nacional Unimed de que há de melhor para os seus clientes”, fri- Atenção Integral à Saúde. O evento sou Antonio Cesar Azevedo Neves. Paulo Rangel declarou que o modelo inte- aconteceu em Belo Horizonte (MG) gral é a solução para a saúde suplementar e para o SUS. “Temos plena consciência de e contou com oficinas pré-congresso que o modelo atual exercido em nosso País no dia 1º junho é insustentável e que precisamos buscar

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alternativas. Evidentemente, a Precisamos ver a pessoa como mudança não será da noite para um todo”, enfatizou. o dia. Na Federação Minas, por Segundo ele, o exercício de ver exemplo, estamos trabalhando a pessoa integralmente é mui- a informação e divulgando para to mais difícil, porém é essen- todas as Singulares, no intuito de cial devido à nova realidade do conscientizá-las da importância modelo de saúde. “A população de se refletir sobre a mudança e está envelhecendo e, conse- a economia que ela gerará.” quentemente, surgirão mais ca- sos de doenças. Isso não é uma Multimorbidade novidade. Precisamos ir além das partes do corpo e começar A palestra magna do Congresso, a enxergar o dono daquele cor- ministrada por Rui Artur No- po”, disse. gueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Na sequência da palestra magna Familiar (APMGF), abordou o te- foi formada a mesa A Multimor- Rui Artur Nogueira ma O Impacto da Multimorbida- bidade e a Economia em Saúde de no Sistema de Saúde. – Necessidade de Estruturação de Sistema que Busque Melho- Mary destacou a relevância da Nogueira destacou a necessidade res Resultados, que reuniu André de desenvolver novos modelos integração multidisciplinar no Medici, economista especializa- de prestação de cuidados e apon- tratamento do paciente, salien- do em gestão da saúde e políticas tou as perspectivas futuras e os tando a importância do prontuá- sociais; Luis Carneiro, superinten- obstáculos a serem enfrentados rio eletrônico para gerenciar es- dente executivo do Instituto de com a multimorbidade, que cor- sas necessidades e compartilhar Estudos de Saúde Suplementar responde à presença de duas ou as informações. “A segurança do (IESS); Luiz Gustavo Escada, coor- mais doenças crônicas, de forma paciente é um processo que re- denador do grupo de Educação simultânea, em um indivíduo e já quer tempo para ser aprimorado. em Saúde do Comitê de Atenção atinge dois terços da população Mas, um dos pontos primordiais Integral à Saúde da Confederação; idosa. “Temos que desenvolver e para ela existir, é a integração clí- e Guilherme Santos Crespo, dire- adotar um novo paradigma. Os nica. Se os profissionais não con- tor de Provimento em Saúde da pacientes não são mais a parte do versam, fica difícil assegurar que Unimed Vitória. Eles debateram corpo que se encontra debilitada. erros não aconteçam”, salientou. sobre o sistema de saúde e anali- O evento promoveu ainda a mesa saram a necessidade de mudança A Multimorbidade e a Estrutu- do modelo e das políticas do setor. ração de um Elemento Central e Em seu segundo dia de evento, o Regulador da Rede de Atenção na Congresso recebeu a americana Saúde Suplementar, com a pre- Mary Durham, vice-presidente sença de Nathércia Abrão, diretora da Kaiser Permanente, na pa- de Desenvolvimento de Serviços lestra sobre Gestão de Doenças em Saúde da Unimed Juiz de Fo- Crônicas e Multimorbidade. Ela ra; Paulo do Bem, superintendente enumerou algumas iniciativas de Atenção à Saúde da Unimed realizadas pela maior empresa Vitória; André Cassias, médico de saúde privada dos Estados de família e integrante do Comi- Unidos, entre elas o sistema de tê de Atenção Primária da Confe- prontuário eletrônico do pacien- deração; e Luis Fernando Rolim, te, que possibilitou executar o médico e consultor na empresa serviço com maior qualidade. Idea Health. Já a mesa Qualidade e “Se não tivéssemos implantado Segurança do Paciente na APS da Edevard J. de Araujo esse sistema, não teríamos avan- Saúde Suplementar – Construindo çado”, afirmou. Um Sistema de Saúde Onde Todos

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Miolo_UBR_24.indd 58 15/07/2016 17:41:06 se Beneficiam contou com Ary Oficinas Célio de Oliveira, diretor de Desen- volvimento e Responsabilidade Em 1º de junho, os participantes Social da Fundação Unimed; Tar- puderam conferir três oficinas cisio Crocomo, diretor Técnico do pré-congresso com os temas: Centro Hospitalar Unimed Join- Gerenciamento de Doenças Crô- ville; Fabio Lentulio, superinten- nicas – Manual do CAS na Práti- dente Geral de Serviços Próprios ca; Economia em Saúde; Manejo da Unimed BH; Christian Castilho, da Multimorbidade na Prática da cooperado e gestor de Assistência Atenção Primária à Saúde. e Promoção de Saúde da Unimed BH; e Mary Durham, vice-presi- dente da Kaiser Permanente.

Premiação Ao final do Congresso, Silvia Es- posito, coordenadora de Atenção à Saúde da Unimed do Brasil, e Cloer Vescia Alves, coordenador médico do Comitê de Atenção In- tegral à Saúde (CAS), anunciaram as três cooperativas vencedoras da premiação dos trabalhos cien- tíficos de atenção primária à saú- de: Unimed Guarulhos, Unimed Uberlândia e Unimed Vitória. Na ocasião, Cloer Vescia Alves Mary Durham palestrou sobre também divulgou a cidade que Gestão de Doenças Crônicas e sediará o próximo encontro: Por- Multimorbidade to Alegre.

Silvia Esposito e Cloer Vescia Alves com os premiados

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Plenária do Seminário

O evento promoveu a formação de grupos de trabalho, divididos por áreas, para discutir questões relevantes ao Sistema. Antecedendo o Seminário, a Unimed do Brasil também realizou o II Simpósio de Direito Cooperativo

os dias 23 e 24 de ju- diretor de Marketing e Desen- para mitigar o abuso regula- nho, aconteceu, em São volvimento; Euclides Malta Car- tório, pois precisamos inovar, Paulo, o 25º Seminá- pi, diretor Financeiro; João Saad, tomar decisões mais rápidas e N diretor Administrativo; Antonio ter atitude. Que levemos para as rio Nacional Jurídico, Contábil, Atuarial, Financeiro e Regulató- Cesar Azevedo Neves, diretor de nossas Unimeds o conhecimen- rio, com a presença de cerca de Tecnologia e Sistemas; José Cláu- to aqui adquirido e voltemos 700 inscritos, entre dirigentes e dio Ribeiro Oliveira, superinten- com a energia redobrada, bus- técnicos das diversas áreas do dente Jurídico; e por Mohamad cando o crescimento susten- Sistema. Antecedendo o evento, Akl, presidente da Central Na- tável das nossas cooperativas”, a Unimed do Brasil também rea- cional Unimed; e Helton Freitas, frisou Valdmário Rodrigues Jú- lizou, em 22 de junho, o II Sim- presidente da Seguros Unimed. nior, durante a abertura. pósio de Direito Cooperativo. “Por ser um encontro técnico- Mohamad Akl pontuou a preo- A mesa de abertura foi composta operacional que proporciona a cupação do Sistema com ques- pelos dirigentes da Confedera- disseminação do conhecimento, tões jurídicas e regulatórias, que ção Valdmário Rodrigues Júnior, da capacitação e da inovação nunca tiveram tanto em voga diretor de Integração Coope- das nossas empresas, esse é um como atualmente. “Temos de rativista e Mercado; Eudes de dos principais eventos do Siste- redobrar nossa atenção para a Freitas Aquino, representando o ma. O nosso intuito é possibi- crescente judicialização da me- presidente; Edevard J. de Araujo, litar que sejam traçadas metas dicina e as exigências que se

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Miolo_UBR_24.indd 60 15/07/2016 17:41:10 25º Seminário Nacional Jurídico, Contábil, Atuarial, Financeiro e Regulatório possibilita aprimoramento técnico

João Saad, Euclides Malta Carpi, Edevard J. de Araujo, Helton Freitas, Valdmário Rodrigues Júnior, Mohamad Akl, Antonio Cesar Azevedo Neves e José Cláudio Ribeiro Oliveira

multiplicam por uma regulação Helton Freitas concordou com os riscos jurídicos, riscos regula- intensa para não se tornar um Mohamad e compartilhou suas tórios – que a meu ver são pouco prejuízo agudo. Infelizmente, a impressões com os presentes. racionais e sem objetivos claros tendência é termos mais regras “Além dos riscos assistenciais, ho- – e os riscos atuariais. Portanto a e exigências nos próximos anos.” je temos que nos preocupar com oportunidade de um evento como

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Mesa abordou Cooperativismo Contemporâneo

esse é fundamental para que possamos interagir, de modo a aumentar a segurança institucional de todos os componentes do Sistema Unimed.” Segundo José Cláudio Ribeiro Oliveira, a presença do corpo técnico das Federações e das Singulares possibi- lita uma troca positiva que reflete na solução de ques- tões do Sistema. “As conclusões produzidas aqui são frutos de todo o trabalho desenvolvido nas Unimeds. José Cláudio Ribeiro Oliveira, Edson Contessotto, Temos a oportunidade de sentarmos juntos e, de uma gerente de Contabilidade da Confederação, e Janaína forma responsável, oferecer aos nossos dirigentes os Oliveira Lana Martins, da Assessoria Contábil melhores caminhos e as melhores orientações para que tenhamos um Sistema cada vez mais sustentável.” O II Simpósio de Direito Cooperativo sediou a mesa sobre Cooperativismo Contemporâneo, composta por Valdmário Rodrigues Júnior; Gislaine Caresia, presidente da Comissão Especial do Cooperativis- mo da Ordem dos Advogados do Brasil, seção de São Paulo (OAB/SP); Richard Martins, diretor Jurí- dico da Federação Unimed Oeste Paulista; e Aramis Moutinho Junior, superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). Eles abordaram a importância do cooperativismo Saulo Lacerda, gerente Atuarial da Unimed do Brasil, por meio da história e de números do modelo de e Joel Garcia, da KPMG Financial Risk Management negócio e enfatizaram a necessidade de uma refle- xão que promova a mudança desse modelo. O Simpósio discutiu ainda a Modernização da Le- de grupos de trabalho para fomentar o debate sobre gislação Cooperativa Brasileira, com as presenças de temas relevantes ao Sistema. As conclusões ocorre- Fabrício Klein, consultor jurídico da Organização das ram em plenária, no último dia do evento, com a par- Cooperativas Brasileiras, e do advogado Renato Bura- ticipação de todos os inscritos. nello; e o Regime Previdenciário dos Médicos Coo- Para o público presente, a participação em eventos perados – Aposentadorias no Regime Geral de Previ- dessa magnitude é muito produtiva. “Pudemos trazer dência Social (RGPS) e/ou no Regime Próprio de Pre- parte do cotidiano das nossas Unimeds para compar- vidência Social (RPPS), com João Donadon, ex-diretor tilhar com os colegas. Essa ligação entre todos que do Departamento do Regime Geral de Previdência So- compõem o Sistema é imprescindível, pois o relacio- cial do Ministério da Previdência Social, e Zélia Luiza namento interpessoal faz muita diferença no nosso Pierdoná, procuradora da República em São Paulo. trabalho. Felizmente, nos últimos quatro anos, avan- Já o 25º Seminário Nacional Jurídico, Contábil, Atua- çamos bastante sobre isso”, ressaltou a presidente da rial, Financeiro e Regulatório promoveu a formação Unimed Rio Branco, Euracy de Souza Bonner.

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Miolo_UBR_24.indd 62 15/07/2016 17:41:15 Miolo_UBR_24.indd 63 15/07/2016 17:41:16 nossa história

Em 30 de março de 2016, a assembleia geral de cooperados foi histórica não apenas pela celebração dos 45 anos da cooperativa, mas também pela presença recorde: 3,5 mil médicos – 62% do quadro social U nimed Belo Horizonte: solidez em seus 45 anos

Em 2016, a Unimed-BH celebra seus 45 anos como uma das maiores cooperativas médicas do País. Sua trajetória bem- sucedida é resultado de uma gestão estratégica e inovadora dos recursos ao longo da história, da participação cada vez maior dos cooperados, do engajamento dos colaboradores, da confiança dos clientes e da atuação conjunta com os parceiros

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Miolo_UBR_24.indd 64 15/07/2016 17:41:20 undada em 1º de abril de 1971, iniciou-se com o nome de Mediminas e a meta de criar Foportunidades de trabalho médico, de for- ma cooperativista. Em novembro de 1975, passou a operar como Unimed Belo Horizonte, unindo-se ao movimento das cooperativas de trabalho médico Unimed de todo o Brasil com a unificação da ima- gem e da marca. Ao longo dos anos, a Unimed-BH tornou-se sinô- nimo de plano de saúde na região. Está presente em 34 municípios da Região Metropolitana, pos- suindo mais de 1,2 milhão de clientes em carteira e 5,6 mil médicos cooperados. Tendo o cuidado como vocação, realizou, em 2015, 8,1 milhões de consultas médicas, 28,6 milhões de exames com- plementares e 145 mil internações. A cooperativa possui acreditação no nível mais al- to do Programa de Acreditação das Operadoras de Planos de Saúde e está na melhor faixa do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) – ambas as iniciativas são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em conjunto, as ava- liações oficiais posicionam a Unimed-BH como a melhor colocada entre as maiores operadoras de A primeira sede da Unimed-BH funcionou em uma casa na plano de saúde do Brasil. Rua da Bahia, 1.900. A primeira sede própria foi adquirida em 1977, um imóvel à Rua Rio de Janeiro, 1.848. Dentro da inclinação de cuidar, a Unimed-BH tem buscado uma relação cada vez mais próxima com seus cooperados e clientes, desenvolvendo projetos de cultura e responsabilidade socioambiental, apro- ximando-se a das comunidades onde atua. Isso re- força não apenas seu propósito como sua imagem com os diversos públicos de relacionamento. Confira alguns marcos: Década de 1970 – em 1º de abril de 1971, 152 mé- dicos se reuniram na Associação Médica de Minas Gerais para fundar a Mediminas. Décadas de 1980 e 1990 – foram decisivas para o crescimento e a consolidação da Unimed-BH. Em 1984, atingiu o marco de 100 mil clientes em cartei- ra. Em 1994, chegou a 200 mil. Década de 2000 – a regulamentação dos planos de saúde estabeleceu uma nova realidade. Foram implementados produtos mais acessíveis e volta- Em janeiro de 2016, entrou em operação o Centro dos ao segmento corporativo e criou-se a Central de Promoção da Saúde Santa Efigênia. A unidade de Relacionamento 24 horas. Em 2002, os coo- ambulatorial própria tem 151 consultórios, com 34 perados aprovaram o investimento em uma rede especialidades médicas. própria de serviços. 2003 – criação do Instituto Unimed-BH, que conduz a Política de Responsabilidade Social Cooperativista. 2011 – primeira operadora de planos de saúde do 2016 – apresentou resultados positivos, mesmo Brasil a disponibilizar o agendamento online de diante do cenário de retração do setor em 2015, mo- consultas, permitindo ao cliente ver, em tempo real, tivados pela gestão profissional, austera e comparti- a agenda dos cooperados. lhada com o conjunto dos cooperados.

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Miolo_UBR_24.indd 65 15/07/2016 17:41:21 COM a palavra O que esperam dos planos de saúde?

eria um pesadelo se quase por dar alternativas de rede, por 50 milhões de pessoas ba- exemplo, para que o cliente seja Stessem às portas do Siste- atendido de acordo com o que foi ma Único de Saúde (SUS) em bus- firmado em contrato, no menor ca de atendimento, além daqueles prazo possível. que só podem contar com a me- No campo financeiro, entretan- dicina pública. Certamente as filas to, as despesas não devem ser aumentariam nos hospitais, e os maiores do que as receitas, pois beneficiários demorariam meses isso poderia decretar, em situa- para marcar consultas e exames ção extrema, o encerramento de rotina, sem contar os atendi- das atividades da operadora, co- mentos mais urgentes e caros. mo temos acompanhado pelos Faço esse alerta porque as ope- M ohamad Akl – Presidente da meios de comunicação. Central Nacional Unimed radoras de planos de saúde estão É fácil entender o motivo. Os va- lidando com o desrespeito aos lores dos boletos mensais de pla- contratos. nos individuais ou coletivos são Talvez seja mais fácil perceber is- consumidor –, tornou-se o pri- calculados de acordo com uma so avaliando alguns números. A meiro recurso em face de insa- previsão de despesas. Obvia- operadora que presido recebeu, tisfações contra planos de saúde. mente, levam em consideração no ano passado, 16 milhões de Gostaria de enfatizar que trabalha- consultas, exames e cirurgias às solicitações de autorização. Des- mos com saúde porque valoriza- quais o cliente terá direito. sas, 93% foram aprovadas auto- mos a vida e as pessoas. Médicos, Além disso, investimos sempre maticamente. Somente 1,91% foi enfermeiros e outros profissionais em infraestrutura, equipe e trei- negada, por uma dessas duas ra- dessa área têm plena consciência namento para que o cliente fique zões: ou não fazia parte do Rol da de que todos os seus esforços são satisfeito com os serviços que agência reguladora, ou estava fora dirigidos ao ser humano, fragili- prestamos, mas esse aperfeiçoa- da abrangência contratual. zado pela doença. Uma operadora mento poderia ser ainda mais rá- Mesmo assim, os consumidores será bem-sucedida se seus bene- pido e abrangente se não tivésse- vão à Justiça contra nós, e a maio- ficiários tiverem mais saúde para mos de despender tantos recursos ria de suas demandas é aceita. aproveitar as boas coisas da vida. com judicialização da medicina. Outro número: 60% das limina- Isso não significa, porém, pas- Para que os brasileiros tenham res judiciais concedidas contra sar por cima de contratos e de mais saúde, não há como abrir a operadora envolvendo OPMEs protocolos médicos. O que está mão das empresas privadas e do (Órteses, Próteses e Materiais escrito tem de valer, para que sistema público, atuando com- Especiais) não tinham históricos continuemos prestando os me- plementar e harmonicamente. de negativa, ou seja, o pedido lhores serviços. A medicina suplementar é fun- ainda não nos havia sido enca- Entendemos a angústia de quem damental para que os governos minhado. Dessa forma, o que vivencia a doença, direta ou indi- possam dedicar recursos sempre seria a última instância – após retamente. Tanto que avaliamos escassos ao atendimento daque- o contato com o SAC, a ouvido- cada caso individualmente. Há les que dependem exclusiva- ria e as instituições de defesa do uma equipe médica responsável mente da saúde pública.

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Miolo_UBR_24.indd 66 15/07/2016 17:41:22 Miolo_UBR_24.indd 67 15/07/2016 17:41:22 Miolo_UBR_24.indd 68 15/07/2016 17:41:24