Uma Análise Da Construção Discursiva De Clara E Fera Ferida

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Uma Análise Da Construção Discursiva De Clara E Fera Ferida PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-graduação em Letras Adriana dos Reis Silva AS RELAÇÕES INTERÉTNICAS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DE CLARA E FERA FERIDA Belo Horizonte, 2014 Adriana dos Reis Silva AS RELAÇÕES INTERÉTNICAS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DE CLARA E FERA FERIDA Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Linguística e Língua Portuguesa. Orientadora: Profa. Dra. Terezinha Taborda Moreira. Coorientador: Prof. Dr. Hugo Mari. Belo Horizonte, 2014 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Silva, Adriana dos Reis S586r As relações interétnicas brasileiras: uma análise da construção discursiva de Clara e Fera Ferida / Adriana dos Reis Silva, Belo Horizonte, 2014. 188 f.: il. Orientadora: Terezinha Taborda Moreira Coorientador: Hugo Mari Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Letras. 1. Televisão e literatura. 2. Telenovelas - Crítica e interpretação. 3. Análise do discurso. 4. Sociolingüística. 5. Racismo. I. Moreira, Terezinha Taborda. II. Mari, Hugo. III. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Letras. III. Título. CDU: 869.0(81).09 Adriana dos Reis Silva AS RELAÇÕES INTERÉTNICAS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DE CLARA E FERA FERIDA Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Linguística e Língua Portuguesa. __________________________________________________________________ Terezinha Taborda Moreira (Orientadora) – PUC Minas ___________________________________________________________________ Hugo Mari (Coorientador) – PUC Minas ___________________________________________________________________ Marco Antônio Rodrigues Vieira – UFV ___________________________________________________________________ Paulo Henrique Aguiar Mendes – UFOP ___________________________________________________________________ William Augusto Menezes – UFOP ___________________________________________________________________ Márcia Marques de Morais – PUC Minas Belo Horizonte, 03 de outubro de 2014. Aos meus pais e a todos aqueles que acreditam em seus sonhos e suas realizações. AGRADECIMENTOS Obrigada meu DEUS pela disciplina, perseverança e sabedoria para conduzir tudo isso. Obrigada mãe, pai pelo apoio e crença. Obrigada Mestres, Terezinha e Hugo, as palavras me faltam para dizer o quanto sou agradecida... Agradeço aqueles que trilharam este caminho comigo me aconselhando, dando apoio moral, (pois sabiam das pedras no caminho...) além da amizade e carinho, vocês minhas amigas Maysa e Nazaré, boas companheiras. Agradeço a aquela que estava nos bastidores dessa festa e, certamente, sem ela não seria possível tal evento, a minha prezada amiga Berenice. Obrigada àqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a ordem do intelecto: agradeço ao Paulinho (Paulo Mendes), ao Marco Antônio (pelas prosas insólitas), à Márcia Morais, à Nazaré Fonseca, à Ivete Walty, ao Milton Nascimento, à Jane Quintiliano, à Juliana Assis, à nossa querida Malu, que certamente, nos olha lá de cima... Pela paciência e companheirismo agradeço a vocês meus irmãozinhos: Camilla, André, Daniela; a minha sobrinha, querida, Yasmim. Pela virtude daqueles que me escutaram ao longo desses anos: Cris, Vini (Carlos Vinícius)... A experiência de reler um texto ao longo de quarenta anos me mostrou como são bobas as pessoas que dizem que dissecar um texto e dedicar-se a uma leitura meticulosa equivale a matar sua magia. (ECO, 1994, p. 18). RESUMO Este trabalho propõe uma reflexão acerca dos conflitos raciais presentes no romance Clara dos Anjos, do escritor Lima Barreto, escrito em 1922 e publicado postumamente em 1948, em contraponto com a telenovela Fera ferida, de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, produção da Rede Globo de Televisão e releitura da narrativa de Barreto realizada em 1993. À luz da Análise do Discurso – AD –, aliada às teorias raciais subjacentes aos Estudos Culturais – EC, objetiva-se analisar, de maneira contrastiva, do ponto de vista discursivo, a questão das diferenças e/ou contradições raciais apresentadas pela narrativa literária e pela narrativa telenovelística, tendo como apoio as noções de semiolinguística e formação discursiva. Aqui intentamos investigar o eco dos discursos raciais presentes nas vozes literárias e nas da narrativa televisiva, o engendramento dessas vozes pela ordem do social, assim como as determinações de caráter sócio-histórico que estão presentes nos recortes dos objetos de estudos selecionados. Através desse procedimento metodológico, contextualizamos o discurso racial que se faz presente no corpus. Assim, tratamos da relação interacional sob a concepção semiolinguística, investigando as relações intersubjetivas decorrentes do contexto ficcional conflituoso de certos personagens presentes nas narrativas em questão. Essa análise demonstrou, a princípio, que o imaginário social brasileiro inscrito na obra de Barreto não permite a mobilidade social dos sujeitos negros/mulatos e/ou pobres. A desigualdade em relação a esses indivíduos aqui é incisiva. Entretanto, a narrativa barretiana, mesmo expressando a pressão do discurso racial de sua época, promove uma subversão e questiona o racismo ao colocar, na cena literária, personagens negros vivendo no seu próprio mundo. Diferente da telenovela, que apresentou o debate sobre o racismo a partir de desvios promovidos por discursos que circulam na sociedade, como aquele que atribui ao próprio negro características racistas, sem se preocupar em explorar o porquê disso. A partir da noção de Formação Discursiva – FD –, segundo Michel Pêcheux, investigaram-se os padrões sociais instituídos pelos contextos ficcionais de determinados personagens principais das tramas em foco: Clara, Cassi Jones, Salustiana, Engrácia e Joaquim dos Anjos. Sob essa ótica, verificou-se que as narrativas Clara dos Anjos e Fera ferida retratam uma sociedade cujo coletivo ainda mantém uma prerrogativa inferiorizante em relação ao negro. Avaliamos que a trama contemporânea poderia reler essas questões, buscando desmitificar o motivo para tal racialização. Porém, a nosso ver, o tempo que decorre entre uma produção discursiva e outra apenas descaracterizou a contundência racial apresentada pela primeira – o romance de Lima Barreto –, estabelecendo a cordialidade para com o outro de cor que se percebe na telenovela Fera ferida. Palavras-chave: Personagem.Racialidade.Discurso.Interação.Formação Discursiva. ABSTRACT This work aims a reflection about racial conflicts which is present in the novel Clara dos Anjos, by Lima Barreto, written in 1922 and published posthumously in 1948, in counterpoint with the soap opera Fera ferida, written by Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares and Ana Maria Moretzsohn, production made by Rede Globo de Televisão and rereading from narrative by Barreto held in 1993. Through the study of Discourse Analysis -, allied to the subjacent racial theories to the Cultural Studies, has a goal to analyze, from contrastive way, by the discursive perspective, question of differences and/or racial contradictions presented by literary narrative and by television soap opera narrative, having as support notions of semiolinguistique and discursive formation. From here we tried to investigate the echo from racial discourses presented in literary voices and on television narrative, the engendering from these voices by social order, such as determinations of social historical character which are presented on cutting of objects from the selected studies. Through this methodological procedure, we contextualize racial discourse which is present in the corpus. Therefore, we treat the interactional relationship under a semiolinguistique conception, investigating intersubjective relations due to the conflict fictional context from certain characters present in the narratives so far. This analysis showed, at first, Brazilian social imaginary enrolled in the work of Lima Barreto does not allow social mobility from subjects like black / mulatto and / or poor. The inequality in relation to these individuals here is incisive. However, barretiana narrative, even expressing pressure of racial discourse from his time, promotes subversion and questions racism to insert, on the literary scene, black characters living in their own world. Different from television soap opera, which showed the debate about racism from promoted deviations by discourses circulating in society, as the one which attributes the own black man racist characteristics, without worrying to explore why does it happen. From the notion of Discursive Formation, according to Michel Pêcheux, it was investigated social standards established by fictional contexts of determined characters from plots in evidence: Clara, Cassi Jones, Salustiana, Engrácia and Joaquim dos Anjos. Under this view, it has been found in narratives such as Clara dos Anjos and Fera ferida a society whose collective still retains a inferior prerogative in relation to black ones. We evaluated a contemporary plot that we could reread these questions, searching demystify the subject for such racialization. However, in our view, time runs between discursive production and other only misread
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