Remix Ensemble Mecenas Ciclo Barroco

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Remix Ensemble Mecenas Ciclo Barroco 24 Nov 2015 Remix 19:30 Sala Suggia - À VOLTA DO BARROCO Ensemble ANO ALEMANHA Casa da Música Peter Rundel direcção musical Wolfgang Mitterer electrónica 1ª PARTE 2ª PARTE Wolfgang Mitterer Pierre Boulez/Johannes Schöllhorn Darmstadt X, sobre a Abertura Darmstadt Douze Notations (1945/2011; c.15min.) em Ré maior, TWV 55: D15, de G. P. Telemann 1. Fantasque – Modéré (2015; c.10min.)* 2. Très vif 1. Ouverture – 3. Assez lent 2. Prelude – 4. Rythmique 3. Gigue – 5. Doux et improvisé 4. Menuet I e II – 6. Rapide 5. Harlequinade – 7. Hiératique 6. Loure – 8. Modéré jusqu’à très vif 7. Rondeau – 9. Lointain – Calme 8. Rejouissance 10. Mécanique et très sec 11. Scintillant Karlheinz Stockhausen 12. Lent – Puissant et âpre Stop (versão de Paris) (1965/1969; c.28min.) Wolfgang Rihm Chiffre III (1983; c.10min.) Chiffre V (1984; c.8min.) *Estreia mundial; encomenda Casa da Música PATRONO MAESTRO TITULAR REMIX ENSEMBLE MECENAS CICLO BARROCO APOIO À VOLTA DO BARROCO PATROCINADOR OFICIAL ANO ALEMANHA A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE regresso aos territórios germânicos. As aber‑ Wolfgang Mitterer turas de Telemann enquadram ‑se no modelo LIENZ (OSTTIROL), 6 DE JUNHO DE 1958 da suite orquestral de estilo francês caracte‑ rística do Barroco tardio. Essas obras consis‑ Darmstadt X tiam numa sucessão de danças de corte, em forma AB ou ABA, frequentemente precedi‑ A ligação da contemporaneidade com o pas‑ das de uma abertura francesa. Essa abertura sado musical em Darmstadt é feita a partir da foi inicialmente desenvolvida para o teatro de adaptação de uma das suites orquestrais de ópera e caracteriza ‑se por uma secção lenta Georg Philipp Telemann (1681 ‑1767) realizada e vertical de ritmo pontuado, o que traduz por um destacado compositor dos sécu‑ um contexto de solenidade, seguida por um los XX e XXI. A origem de várias aberturas fugato. Contudo, nem todos os andamentos orquestrais de Telemann encontra ‑se asso‑ se encontravam obrigatoriamente em tex‑ ciada à sua estadia em Frankfurt, cidade na tura de dança. Alguns poderiam remeter para qual se fixou em 1712, e onde desempenhou o outros contextos, como a Harlequinade desta cargo de director musical. Nessa altura, Tele‑ abertura, que remete para a atmosfera lúdica mann era já bastante conhecido e trabalhava da commedia dell’arte italiana. para outras cidades, entre as quais a vizi‑ A obra de Wolfgang Mitterer é um arranjo nha Darmstadt. Assim, reforçou a sua proe‑ da suite de Telemann em que o compositor minência enquanto compositor no espaço condensa e sobrepõe alguns dos seus ele‑ germânico num período de fusão dos diver‑ mentos, misturando ‑os com electrónica em sos estilos musicais barrocos e da emergên‑ tempo real. Paralelamente, a obra apresenta cia do pré ‑Classicismo. Numa época em que algumas reminiscências de uma aborda‑ a edição de música impressa começou a ter gem fragmentária e descontínua associada à alguma relevância e autonomia das relações recuperação do passado musical pelos seria‑ directas de patronato, Telemann dedicou ‑se listas. Assim, vários tempos históricos e câno‑ a dirigir a publicação das suas obras, o que nes interpretativos sobrepõem‑se. Essa ten‑ permitiu que estas fossem tocadas por toda dência de refrescar repertório canónico do a Europa. passado, adaptando ‑o a novos meios, é uma A orquestra da corte de Darmstadt, então tendência do modernismo, patente na obra dirigida por Christoph Graupner, era um dos de compositores como Anton Webern. Wolf‑ mais destacados agrupamentos musicais da gang Mitterer é um proeminente compositor região, contando com a presença de músicos austríaco associado ao domínio da música de diversas proveniências. Nessa altura, era electroacústica, tendo leccionado nos Dar‑ normal enviar jovens aristocratas alemães mstädter Ferienkurse. Assim, o compositor para a corte francesa para estes complemen‑ estabelece contactos em tempo real entre tarem a sua formação nas diversas compe‑ uma Darmstadt barroca e uma Darmstadt tências sociais requeridas à nobreza cosmo‑ contemporânea através da reorganização polita. Assim, alguns desenvolveram o gosto e transformação de uma obra canónica do pelo repertório musical francês, levando ‑os passado através de um filtro pós ‑serial com as encomendar obras nesse estilo após o seu recurso a meios electrónicos. 3 da época, sobretudo nos movimentos de Karlheinz Stockhausen pendor vanguardista. MÖDRATH, 22 DE AGOSTO DE 1928 Stockhausen será a figura de proa desse KUERTEN, 5 DE DEZEMBRO DE 2007 movimento em territórios germânicos, tendo frequentado os cursos de Darmstadt a par‑ Stop (versão de Paris) tir de 1951. Posteriormente, estudou em Paris com Olivier Messiaen e fundou e dirigiu os Os Darmstädter Ferienkurse começaram Cursos para a Nova Música, em Colónia, a a ser realizados em 1946 e rapidamente se partir de 1963. Em 1968, esses cursos sazo‑ tornaram uma referência da música con‑ nais deram origem ao Instituto para a Nova temporânea. Inicialmente promovidos por Música, que funcionava de forma mais per‑ Wolfgang Steinecke (1910 ‑1961), esses cur‑ manente e que contava com Stockhausen sos tiveram um grande impacto na formação para dirigir a classe de Composição. Stop e na divulgação de compositores associados é composta nesse preciso contexto e em às novas correntes estéticas do pós ‑Segunda ambiente de palestra. Num seminário reali‑ Guerra Mundial, sobretudo ligados aos cha‑ zado em 1965, o compositor esboçou a obra mados serialismo integral e pós ‑serialismo. e descreveu o processo da sua composição. Assim, tornaram ‑se um ponto de passagem Stop existe em várias versões com instru‑ obrigatório para uma geração de músicos mentação diversa, mas baseada em vários como Karlheinz Stockhausen, Pierre Boulez, grupos de câmara. Neste concerto será Luciano Berio, Bruno Maderna, Luigi Nono, apresentada a versão de Paris, composta Sylvano Bussotti ou Karel Goeyvaerts. Para‑ em 1969, para seis grupos de instrumentos. lelamente, receberam a visita de proemi‑ Esse mecanismo permite uma segmentação nentes modernistas como Edgard Varèse do som pelo espaço, sendo que a espaciali‑ ou Olivier Messiaen. Apesar desta inclina‑ zação do som tem sido uma das preocupa‑ ção para os modelos construtivistas associa‑ ções mais importantes dos compositores do dos ao serialismo, compositores como John pós ‑guerra. Apesar desta não ser a primeira Cage, Morton Feldman ou Iannis Xenakis versão de Stop, foi a primeira a ser estreada, também apresentaram as suas obras nesse em 1969. Essa estreia deu ‑se em Paris a 2 evento. Na altura, a Europa encontrava ‑se de Junho de 1969, sob a direcção de Diego no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e Masson, um destacado maestro e promotor na consolidação do que veio a ser a Guerra das novas estéticas musicais. Fria. Posto isto, a reconstrução das institui‑ Stop ilustra o complexo raciocínio do ções culturais europeias foi um imperativo compositor, que então se encontrava a para diversos países. Nesse contexto, a valo‑ expandir os modelos serialistas cultivados no rização e promoção das novas estéticas esti‑ início da sua carreira. A obra é dividida em 42 veram ligadas à emergência de uma nova secções. A duração de cada uma dessas sec‑ visão da Europa numa perspectiva inovadora. ções encontra ‑se relacionada com a Sequên‑ Paralelamente, as inovações tecnológicas cia de Fibonacci, um matemático italiano desenvolvidas ao longo do conflito vieram a da Idade Média. A recuperação de modelos ter um grande impacte na produção musical matemáticos na composição musical é uma 4 característica das vanguardas estéticas da Mundial. As Douze Notations foram com‑ segunda metade do século XX, intensificando postas em 1945, e foram das primeiras obras um interesse cultivado por modernistas que Boulez publicou. Nessa altura, o compo‑ como Bartók, Debussy ou Webern. Assim, a sitor valorizava uma abordagem atomística escolha dos materiais musicais, feita de ante‑ e racionalista aos materiais musicais, reve‑ mão, condiciona todo o desenrolar da obra, lando uma clara influência weberniana. Nesse por vezes suspenso e interrompido. Neste contexto, cada nota é individualizada e tra‑ caso, destacam ‑se os tremolos estáticos e os tada de forma particular nos seus mais diver‑ solos dos diversos instrumentos, recorrendo sos parâmetros. a técnicas interpretativas características dos As Douze Notations formam um con‑ modernismos. Com as secções periodica‑ junto de curtas peças virtuosísticas basea‑ mente interrompidas, Stockhausen desen‑ das no experimentalismo serial, tendo sido volve uma noção de tempo musical simulta‑ estreadas em Paris a 12 de Fevereiro de 1946, neamente estático e dinâmico, sobrepondo ‑o por Yvette Grimaud. Assim, captam um a uma abordagem estruturalista pós ‑serial. momento ‑chave do percurso formativo do compositor, entre o dodecafonismo serial e o serialismo integral. A partir da década de 60, Pierre Boulez Boulez reformulou diversas peças de juven‑ MONTBRISON, 26 DE MARÇO DE 1925 tude, tendo começado a trabalhar numa ver‑ são para grande orquestra das Douze Nota‑ Douze Notations tions em 1978. A presente versão da obra Orquestração: Johannes Schöllhorn é uma transcrição feita em 2011 pelo com‑ positor Johannes Schöllhorn. Schöllhorn é Se Stockhausen encarna o paradigma do um compositor alemão versado nos mode‑ serialismo integral associado ao espírito de los seriais, tendo sido aluno de destacados Darmstadt na Alemanha Ocidental, Pierre compositores como Klaus Huber, Emma‑ Boulez foi um dos introdutores dessa cor‑ nuel Nunes e Mathias Spahlinger. No seu rente estética em França. Aluno de Olivier arranjo
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