Universidade Federal De Campina Grande – Ufcg Pró-Reitoria De Pós-Graduação E Pesquisa – Prpg Centro De Humanidades – Ch Programa De Pós-Graduação Em História – Ppgh

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Universidade Federal De Campina Grande – Ufcg Pró-Reitoria De Pós-Graduação E Pesquisa – Prpg Centro De Humanidades – Ch Programa De Pós-Graduação Em História – Ppgh UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – PRPG CENTRO DE HUMANIDADES – CH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPGH O TEATRO DAS IMAGENS: A MIGRAÇÃO DAS FORMAS E SUAS REPRESENTAÇÕES NAS XILOGRAVURAS DE JUAZEIRO DO NORTE (1968-1998) TEREZA CÂNDIDA ALVES DINIZ Campina Grande 2017 TEREZA CÂNDIDA ALVES DINIZ O TEATRO DAS IMAGENS: A MIGRAÇÃO DAS FORMAS E SUAS REPRESENTAÇÕES NAS XILOGRAVURAS DE JUAZEIRO DO NORTE (1968-1998) Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Campina Grande, como requisito final para obtenção do título de Mestre em História, sob a orientação da Profa. Dra. Marinalva Vilar de Lima. CAMPINA GRANDE - PB 2017 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFCG D585t Diniz, Tereza Cândida Alves. O teatro das imagens : a migração das formas e suas representações nas xilogravuras de Juazeiro do Norte (1968 - 1998) / Tereza Cândida Alves Diniz,. – Campina Grande, 2017. 169 f. : il. color. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Humanidade, 2017. "Orientação: Profa. Dra. Marinalva Vilar de Lima". Referências. 1. Xilogravuras. 2. Cultura Popular. 3. Cultura Popular – Representação – Juazeiro do Norte. I. Lima, Marinalva Vilar de. II. Título. CDU 7.021.32(813.2)(043) Quando todos desistiram, ela acreditou e investiu. Quando eu não acreditava, ela disse segue! Essa dissertação é dedicada a Rosilene Melo, aroma de sândalo e poesia dessa escrita. Com amor e gratidão às fortalezas da madeira Cedro, meus pais, José Ivan e Nilma Diniz, e minha segunda mãe Luíza Ramos (in memorian). À beleza talhada na madeira do coração, meu filho Gilles Diniz. AGRADECIMENTOS Na escrita que se segue apresento aos leitores três histórias. A primeira sobre imagens talhadas na madeira (a xilogravura); a segunda sobre pessoas que a produziram, os xilógrafos, e uma terceira, tão importante quanto as outras duas: sobre indivíduos que contribuíram para que essas histórias fossem contadas. Esta dissertação tem sua existência através da produção artística, colaboração e participação dos xilógrafos do Cariri. Visitando e frequentando os espaços vividos pelos xilógrafos, buscando ler fragmentos de suas imagens e ouvir os sussurros impresso de suas almas, pude perceber o quanto tudo isto está permeado pela sensibilidade com que o artista grava na madeira seu mundo vivido, embora sabedora que esse mundo é plural e complexo. Sem a beleza e o encanto de suas xilogravuras, a arte seria incompleta. Essa frase traduz minha gratidão aos artistas Abraão Batista e Stênio Diniz, sem os quais não seria possível essa escrita. A homenagem se estende a todos os xilógrafos, citados direta e indiretamente, reconhecendo a contribuição e o trabalho de cada um. Para não incorrer nas injustiças, meu carinho especial a Francorli e José Lourenço. Minha homenagem a Gilmar de Carvalho que me ajudou de diversas maneiras, a começar pelos livros e pela escrita da alma. Seu olhar retornado me fez compreender o sentido de dar sem esperar em troca. Agradeço à professora Marinalva Vilar, minha orientadora, pelas aulas teóricas aliadas às experiências vivenciadas em Juazeiro do Norte. Tenho uma gratidão imensa pela família Melo, na pessoa de Maria José de Melo, que me acolheu com generosidade. Maria foi além: me presenteou com várias rosas, dentre elas Rosemary e Rosângela. Esse acolhimento aconteceu na bela Campina Grande. Terra que me acrescentou o conhecimento compartilhado com excelentes professore(a)s e competentes colegas, tudo isso associado ao frio, ao forró e a comidas maravilhosas. Nesse percurso surgiu Neusa Victor. Paraibana de Cacimba de Dentro, mulher arretada, valente, guerreira, autêntica e intensa. Que o tempo nos permita construir e viver outras histórias. Da terra de Cícero surgiu Roberto. Sem saber ele me ensinou que alteridade não é apenas conviver com as diferenças, mas respeitar aquilo que nos distingue. Com ele aprendi a amar os penitentes do Santo Padre. Ele, por sua vez, partilhou comigo reflexões, medos, angústias, arengas, alegrias e boas gargalhadas. “Quero só dizer”. Agradeço especialmente aos meus tios do Cariri e respectivos cônjuges, representados nas pessoas de Jeannete Diniz (in memorian), exemplo de bondade, e Socorro Diniz (minha primeira professora), modelo de educadora. Elas sempre me acolheram e continuam acolhendo em todas as circunstâncias e adversidades. A Paulo Enéas (in memorian), “metade arrancada de mim”. A meu tio Carlos Menezes, incansável investidor de quem almeja as letras. Você é um exemplo de integridade e de que é possível seguir com honestidade. Ao lado da minha linda irmã Aretuza foi se construindo uma história repleta de boas imagens. Ela e meu cunhado, Hércio Júnior, são sinônimos de generosidade. Tenho pelo menos cinco devedores anos de estudo sob o acolhimento dos dois. Às minhas primas Raissa, Ana Cleta, Marta, Sadra e Brenna, fortes como o amor e sensíveis como a vida. Por mais que me esforce, não teria como agradecer o apoio e o amor da minha família. Não poderia esquecer Pollyanna Esmeraldo, amiga/irmã. As provas de amizade nos percursos da vida: Marina Medeiros, Lourdes Souza, Shirley Liss, Ana Ruth, Elvis Pinheiro, Lúcia Bezerra, Elza Brandão, Cicinha, Janice, Roberta, Paloma, Flávia, Telminha, Tina Borges, Emmanuella, Bernadete, Dulce, Karla, Paula Christiane, Rúbia, Neto e Dinara. Agradecimentos especiais a Cláudio Romero, Sônia Menezes, Talita, Matheus e Elizabeth, pela confiança. Ao Departamento de História da URCA, professores e secretárias, pela recepção, conversas, cuidados, trocas e incentivos. Esse agradecimento é extensivo aos alunos pela afetividade. À Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior – CAPES, pelo apoio institucional e material. Agradeço aos professores, à secretaria e à coordenação do Programa de Pós Graduação em História- PPGH/UFCG. Este trabalho histórico agradece aos estudos antropológicos pela maneira como me ensinaram nas andanças das pesquisas de campo. Ao Deus dos impossíveis, que em sua eternidade proveu o que se segue. “... que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros... Que a importância de uma coisa há de ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. (Manoel de Barros) RESUMO Esta dissertação problematiza historicamente a iconografia da xilogravura na cidade de Juazeiro do Norte/CE, a partir da análise das imagens produzidas pelos xilógrafos Stênio Diniz e Abraão Batista, no período de 1968 a 1998. A Região do Cariri Cearense, embora conhecida pela religiosidade e romarias em torno da figura do Padre Cícero, também se destaca como importante centro comercial e produtor de uma variedade de objetos da cultura material. Nesse sentido, as imagens em xilogravuras tornam-se relevantes não somente como mecanismo de sobrevivência desses artistas, mas por estarem imbuídas de significados que refletem os sentidos das práticas culturais de um povo. Desta forma, esta dissertação busca reconstruir os primórdios da produção desses artefatos a fim de compreender suas transformações, os processos envolvidos, os empréstimos culturais, as recorrências e as formas de representações que permeiam sua produção. Neste direcionamento, faz-se necessário manter um olhar atento a cada produção realizada por esses xilógrafos, no sentido de perceber indícios de outras manifestações culturais além do visual. Portanto, este trabalho pretende possibilitar outras reflexões acerca desta arte e de seus produtores que ainda não são devidamente privilegiados pela reflexão. Palavras-chave: Xilogravuras. Representação. Cultura Popular. Micro História. Juazeiro do Norte. ABSTRACT This paper to question historically the iconography of woodcut in Juazeiro do Norte city, state of Ceará, analyzing images produced by woodcutters Stenio Diniz e Abraão Batista in the period of 1968 and 1998. The place of Cariri Ceará, even known by its religiousness and pilgrimages around the figure of father Cícero, also features as important commercial center and producer of varied objects of the material cultural. So, the images of woodcuts are importants as support of survival these artist as by their meaning that reflects all over the senses of the people „s cultural practice. This way, this paper has as objective to rebuild the beginnings of production of theses artifacts with the intention to understand their transformations , processes involved, cultural borrowings, recurrences and the representations around their production. In this direction, It is necessary to keep an watchful eye to each production made by these woodcutters, in order to realize the signs of another cultural manifestations beyond visual ones. Therefore, this work intends to enable others reflections around these art and of its producers that are not properly privileged by reflection. Keywords: Woodcut. Representation. Popular Culture. Micro History. Juazeiro do Norte. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CNFCP – Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular IEB – Instituto de Estudos Brasileiros da USP (São Paulo) IPESC – Instituto José Marrocos de Pesquisa e Estudos Sócios Culturais MAUC – Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará MIS – Museu da Imagem e do Som NERE – Núcleo de Estudos Regionais SESC – Serviço Social do Comércio - Juazeiro do Norte/ CE UFC – Universidade Federal do Ceará UFCG – Universidade Federal de Campina Grande URCA – Universidade Regional do Cariri LISTA
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    AGRADECIMENTOS Sou grato à universidade pública, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ao professor Emerson Dionisio Gomes de Oliveira, aos professores integrantes da banca Ana Avelar – na qualificação –, Ivair Reinaldim, Eduardo Dimitrov, Vera Pugliese – na defesa – e os suplentes Ana Maria Albani de Carvalho e Biagio D’Angelo; aos funcionários das instituições pesquisadas – Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Museu do Estado de Pernambuco, Torre Malakoff, Museu do Barro de Caruaru, SESC Memórias –, às queridas colegas de trabalho e amigas Anna Paula da Silva, Renata Azambuja, Bianca Tinoco, Juliana Caetano, Fernanda Werneck, Maria de Fátima Medeiros; ao Marcelo; ao Alan Diniz;, aos artistas, pela experiência da liberdade; àqueles que rejeitam o egoísmo moral negador de sujeitos. RESUMO Essa tese se interessa pelo modo como a curadoria interpela trabalhos de arte contemporânea a partir da questão identitária. Partimos de um conjunto de curadorias de Moacir dos Anjos, realizadas entre 1998 e 2007, especialmente em instituições das cidades de Recife e São Paulo, nas quais discute-se a proposição “artista nordestino” a partir da produção de artistas que nasceram e/ou atuam no Nordeste, interessados em linguagens associadas à arte contemporânea. A interpelação identitária de Anjos confronta essas obras com uma série de discursos e narrativas – inicialmente associados ao regionalismo proposto, entre outros, por Gilberto Freyre – que, ao longo do século XX, constituíram o que podemos denominar como “nordestinidade”, modos de agenciamento importantes para a legitimação de obras dessa região. Discutiremos como trabalhos desses artistas respondem, reverberam e rejeitam essa interpelação identitária. Para isso, identificaremos artistas e obras recorrentes e mapearemos suas trajetórias de modo a confrontar a perspectiva curatorial – de Anjos e de outros curadores – com a perspectiva das obras, constituída por suas fortunas críticas e pelas narrativas dos artistas.
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