e ‐ ISSN 2175 ‐ 1803 Domingo tem Abertura: um programa de televisão na cobertura da abertura política no Brasil1 Resumo Paulo Roberto de Azevedo Maia O artigo analisa a constituição do programa Abertura, Doutor em História pela Universidade Federal veiculado pela Rede Tupi, entre fevereiro de 1979 até maio de Fluminense. Professor do departamento de história da Universidade Federal da Paraíba. 1980. Trata‐se de uma experiência de articulação política na João Pessoa, Paraíba ‐ Brasil TV ao discutir a abertura no exato momento em que esse
[email protected] processo ganhava maior espaço no início do governo do general João Baptista Figueiredo. O formato de revista, com uma equipe formada por Villas Bôas Corrêa, Sérgio Cabral, Fausto Wolf, Roberto D’avila, Ziraldo, Glauber Rocha e outros, inovou na linguagem ao propor uma reflexão jornalística audiovisual sobre as possibilidades do fim do regime civil‐ militar. Muitos dos apresentadores estavam ligados ao pensamento de esquerda e discutiram questões importantes como anistia, exílio, censura, pluripartidarismo e eleições diretas para todos os níveis, contribuindo para o processo de luta democrática. A leitura do programa realizada pela imprensa escrita da época, e a constituição de uma autoimagem relacionada ao pioneirismo da iniciativa de lutar pela redemocratização do país na televisão conduzem a uma visão dicotômica, na qual se confrontaram a crítica de conteúdo e forma e a força do discurso do Abertura na tentativa de se firmar na memória política da mídia brasileira Palavras‐chave: Imprensa e Politica. Telejornalismo. Ditadura e Ditadores. Para citar este artigo: MAIA, Paulo Roberto de Azevedo. Domingo tem Abertura: um programa de televisão na cobertura da abertura política no Brasil.