Vida na Vila

Diretor » Francisco Santos | Edição Trimestral | 800 exemplares

Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » Maio/agosto 2015

Editorial Francisco Santos, Presidente da Junta de Freguesia Do Povo para o Povo

Festas de Sant’Ana à porta, tinta a dar um co- lorido diferente à Vila, emigrantes a chegar carre- gados de saudades e histórias, a azáfama normal desta época. É uma festa comunitária, assim como os Bo- dos, as Festas da Ribeira Seca ou as Festas de São João no Porto Novo. Estas festividades têm algo em comum na sua A Junta de Freguesia da Vila de S. Sebastião possui uma nova página da internet. matriz. São das poucas atividades que realizamos em que há uma união de toda a comunidade. Visite: Os mordomos dão o seu tempo e trabalho, www.viladessebastiao.com enquanto a restante população, assiste, participa e apoia financeiramente.

A junta de Freguesia da Há algo de especial que estas Festas propor- Vila de S. Sebastião associou- cionam a todos nós que valorizamos muito… se- se ao 75º aniversário do mar- rão os jantares com toda a família reunida? Ou tírio de Maria Vieira da Silva, colocando uma placa alusiva as conversas animadas com um grupo de amigos ao acontecimento na casa num domingo de bodo? onde esta nasceu e viveu. Não sei… talvez o que nos faz gostar tanto Este momento foi inte- das nossas festas tradicionais seja a necessidade grado numa romaria que inconsciente que a comunidade tem de se unir e teve início na Praça da Vila e terminou no local do martí- fazer algo em conjunto! rio. Obrigado à Filarmónica União Sebastianense e a to- Termino com um Agradecimento a todos os dos os que trabalharam para mordomos das diversas Festividades da Vila de tornar este momento tão São Sebastião pelo esforço e dedicação em prol belo. » Descerrar de placa na casa onde nasceu a mártir Maria Vieira das tradições de todos nós.

Entrevista Mordomos das Festas de Sant’Ana 2015

Publicidade Publicidade Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

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Pag.  Vida na Entrevista N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião mOrdomos das Festas de Sant’Ana Aguardam-se umas belas Festas. Participem !

1 - Temos verificado ao longo do ano um grande empenho e encontrado. Contudo queremos salientar a ajuda dinamismo desta Comissão de Festas . Que inovações terão desmedida que nos tem sido prestada pelas nossas este ano as nossas festas? famílias que, quando o trabalho aperta e o tempo Realmente tem sido um ano bastante movimen- escasseia, nos estendem a mão e nos aliviam o far- tado com a realização de eventos, desde Outubro, de do das nossas vidas pessoais, muitas vezes desgo- uma forma quase mensal. Foram vários os takeaway’s vernadas pela nossa ausência, para que nos possa- e os jantares realizados com muito gosto e empenho mos dedicar de corpo e alma à nossa festa. É nelas para, de certa forma, aproximar as pessoas sobretu- que encontramos o conforto e o amparo para que do os sebastianenses, e claro angariar os sempre e possamos recarregar baterias para continuar mais muito almejados fundos para nos ajudar a preparar um dia. uma festa digna da Vila de S. Sebastião e dos sebas- tianenses. 3 - Tiveram preocupação em envolver todas as instituições da Pensamos acrescentar alguns aspectos diferen- Vila ? de que forma ? tes e irreverentes à nossa festa, sem nunca esquecer Sim. Desde o início que foi nossa premissa en- as suas raízes e costumes. É da nossa vontade pro- contrar um elo que unisse as entidades da freguesia jetá-la para o futuro, não fosse esta a ideologia que e conseguisse articulá-las de forma a trabalharem implementámos com o tema escolhido para as fes- em pleno com um objectivo comum. Sem dúvida tividades do ano transacto. Contudo sabemos que é que nos facilita a vida o facto de podermos dividir necessário e queremos manter a ponte com o passa- o trabalho, pois dá-nos a possibilidade de nos con- do desta tradição que nos alicia a todos e nos deixa centrar-mos noutros aspectos. Cada evento que uma sempre á espera de mais. instituição produz é o seu carácter que está a intro- Mais amiúde introduzimos a nova tasca das Fes- duzir na festa, a sua personalidade, tornando-a mais tas na Fonte, com o apoio da Junta de Freguesia, rica e fazendo saber a todos que esta Vila está ativa e como todos puderam constatar, que achamos que que tem todos os seus membros a gerar vida. foi sem dúvida uma mais-valia para o ambiente que se vive nas nossas touradas. 4 - Quais são as principais dificuldades com que uma comis- irá agradar a todos os aficionados. Esperamos que são de Festas, como a de Sant’Ana, se depara para organizar traga muita gente e muito movimento às nossas 2 - De que forma sentem o apoio dos habitantes da Vila de S. com o máximo de dignidade umas festas com a dimensão das ruas e, sobretudo, ao nosso maravilhoso Largo da Sebastião relativamente às suas festas de Verão ? nossas ? Fonte. Estamos confiantes que as nossas corridas Tem sido marcante o apoio de todos, principal- Claro que em primeiro lugar a maior dificuldade de touros irão superar qualquer expectativa; são 3 mente dos nossos conterrâneos, não apenas na ade- que temos é arrecadar o dinheiro suficiente para su- touradas (afamadas): no dia 31 de julho (sexta-feira) são às nossas iniciativas, mas também na facilidade plantar as adversidades que encontramos pelo cami- grandiosa com 4 toiros puros da ganada- com acedem aos nossos pedidos (frequentes) de nho. Daí que tenhamos direcionado os esforços para ria de João Quinteiro; no dia 1 de agosto (sábado) ajuda, e sobretudo nas palavras amistosas e de cora- a obtenção de capital extra, recorrendo aos diversos magnífica tourada com 4 toiros puros da ganadaria gem que nos incentivam e que nos dão o alento de eventos que realizámos. de Rego Botelho; e no dia 2 de agosto (domingo) que precisamos para continuar de cabeça erguida o Outro ponto é o facto de sermos um número re- soberba tourada com 4 toiros da ganadaria de CA trabalho árduo, que conhecem bem quem já esteve duzido de elementos na comissão, o que dificulta a de José Albino Fernandes. nesta posição, e que sem duvida recorda que nem nossa prestação, pois o trabalho é muito e ao longo E claro está as excursões ao mato nos dias 1e 2 tudo é, como dizem as gentes, um mar de rosas. do tempo o cansaço vai-se acumulando e tornando de agosto que tanto nos apraz e que é sempre um Não podemos perder esta oportunidade para as coisas mais difíceis. ponto alto da nossa estimada festa e, mais uma vez, agradecer a todos sem exceção o apoio que temos uma forma de reunir os sebastianenses sob esse es- 5 - Na escolha dos vários momentos do programa que critério tandarte que é a afición taurina. ou critérios foram por Vós definidos ? A nossa intenção primeira é a de inovar; trazer 7 - Que sugestões podem apresentar de forma a tornar mais algo de novo a estas festas de sempre. Se o fizermos fácil arranjar comissões para as festas no futuro ? este ano a nossa esperança é que o sentimento se Não há uma regra de ouro que possamos impri- mantenha e que os que aí vêm tenham a mesma mir a quem nos suceder. Não há forma de dizer que atitude. Contudo temos presente que temos muito não é um trabalho árduo e continuo durante toda para preservar da tradição destas festas e, da mesma a nossa prestação e que toda esta jornada será fácil forma, esperamos que os próximos se debatam para sem fugirmos à verdade. Não é este o objetivo. Tínha- as manter bem vivas, para nós, para os nossos avós, mos total noção do que nos esperava e è apenas isto pais e filhos. que devem ter em mente. Não vale a pena nos iludir- Assim sendo desejamos que o velho e o novo mos para que no fim não hajam desilusões. possam coexistir em prol do nosso bem-estar e do Apenas podemos alegar que esta é uma função entretenimento de todos os que frequentarem a que deve ser de todos enquanto cidadãos e sobre- nossa freguesia entre 24 de julho e 2 de agosto e que tudo enquanto sebastianenses. A nosso ver trata-se se divirtam e passem bons momentos com o que de um dever cívico que deve ser abraçado por todos lhes vamos proporcionar. nós. Por outro lado trata-se de manter vivas as nossas tradições e os costumes que sempre conhecemos e 6 - As festas de Sant’Ana na Vila de S. Sebastião apresentam que, não temos a menor dúvida, ninguém quer ver normalmente no seu programa as melhores touradas à corda perecer. Temos que tomar consciência de que jaz em do ano na ilha Terceira. Como será este ano ? nossos ombros a responsabilidade de fazer perdurar Com certeza não será diferente. Temos deveras este marco da nossa freguesia, as nossas festas…as um grandioso cartaz taurino que temos a certeza Festas de Sant’ana.

Vila Pag.  União Sebastianense Futebol Clube Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 Balanço de uma época Ao nível do Ténis de Mesa, a presente época teve início no mês de Agosto de 2014 e término no mês de Junho de 2015. Os primeiros meses tiveram como propósito o regresso dos atletas à atividade, os treinos consistiram essencialmen- te em corridas pela praia, um pouco de natação e treinos físicos elementares, em seguida o mês de Outubro já deu início à competição mais im- portante para o União Sebastianense Futebol Clube (USFC), a 2º Divisão de Honra. O USFC foi colocado na Zona Sul e contou com adversários como Vitória FC, SL Benfica “B”, Sporting CP “B” entre outros clubes que já tinham dado provas de serem muito competitivos. Novembro e Dezembro foram meses com bastante competição a nível da 2º Divisão Na- cional, mas também de bastante competição local (na ilha Terceira) com diversos torneios promovidos pela Associação de Ténis de Mesa da Ilha Terceira (ATMIT), inclusive campeonatos de ilha em todos os escalões e em que o USFC participou em iniciados masculinos e femini- nos, infantis masculinos e femininos, cadetes masculinos, juniores masculinos e séniores , no caso dos torneios, essencialmente ses jovens jogarem o mais possível na 2º Divi- masculinos, obtendo títulos como campeões na categoria de cadetes masculinos, mas tam- são de Honra, atletas com idades entre os 14 de ilha quer em equipas quer em individuais de bém nas categorias de iniciados masculinos e e os 15 anos, formados na casa foram os pro- cadetes masculinos e juniores masculinos. infantis masculinos, conseguindo trazer para a tagonistas do USFC na presente época pois o O mês de Janeiro trouxe algumas alterações região um lugar nos 16 primeiros no torneio do clube acredita que só assim é possível ser auto no plantel do clube com a saída do recém-che- Seixal em iniciados masculinos, um lugar nos sustentável num futuro próximo. Nestas con- gado treinador madeirense Alexandre Gomes 16 primeiros nesse mesmo torneio em cadetes dições e apesar do clube usufruir de um atle- e tomada de posse pelo treinador formado na masculinos e um 6º lugar no campeonato na- ta profissional de origem nigeriana, Anthony casa Décio Silva, este mesmo mês contou tam- cional de equipas em cadetes masculinos. Olugbenga, que perdeu apenas um jogo in- bém com a ida do USFC à ilha de São Miguel A época termina com uma prestação posi- dividual durante toda a época de 2014/2015 para disputar o campeonato regional (Açores) tiva dos jovens atletas do USFC nos Jogos das não fomos capazes de garantir a manutenção de cadetes e juniores em competição individual Ilhas 2015, competição em que 3 atletas do clu- ficando apenas a 3 pontos de conseguir o ob- e também por equipas e com a consagração do be integraram a seleção dos Açores e se sagra- jetivo principal do clube. No que toca ao esca- USFC Tricampeão Regional em cadetes masculi- ram campeões dos Jogos das Ilhas 2015 não só lão sénior de Futsal, a prestação ficou aquém nos por equipas, vice-campeão regional em ju- na competição por equipas, mas também o par da pretendida, apesar de não terem sido pedi- niores masculinos também por equipas, conse- masculino do clube a conseguir o 1º lugar na dos nenhuns objectivos a nível de resultados guindo também os quatro primeiros lugares da competição de pares masculinos, em pares mis- à equipa. Há que extrair os factores positivos, competição individual em cadetes masculinos. tos também conseguimos registar dois nomes como a reactivação da equipa após algumas Os meses seguintes, Fevereiro, Março, Abril de atletas do clube no pódio, nomeadamente épocas de inactividade. e Maio o clube fez não só várias deslocações a em primeiro e segundo lugar, na competição Para a próxima época, será já feito um traba- Portugal Continental para disputar encontros individual, a final dos Jogos das Ilhas 2015 foi lho mais pensado, corrigindo alguns erros que a contar para a 2º Divisão Nacional, mas tam- entre dois atletas do USFC, inscrevendo os seus se cometeram na época transacta. Quanto ao bém foram feitas diversas deslocações ao Con- nomes nos lugares mais altos do pódio respeti- clube em geral, actualmente estamos em obras tinente para disputar torneios a contar para o vamente. na nossa sede, que visam o melhoramento das ranking Nacional, como por exemplo o torneio Uma vez que o clube de São Sebastião é es- mesmas. Temos ainda alguns eventos projecta- do Seixal, o torneio de Vila do Conde, Campeo- sencialmente formado por jovens jogadores, dos para breve, basta estarem atentos à página nato Nacional de equipas e individual e taça de este ano foi mesmo dada a oportunidade des do clube no Facebook.

Pag.  Vida na Sociedade Filarmónica União Sebastianense N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Foi grande a atividade da Sociedade Filarmónica União Sebastianense nos últimos três meses

» Coroações em louvor do Divino Espírito Santo » Selfie da Filarmónica União Sebastianense no Dia de Bodo

» Peregrinação ao local da Maria Vieira (Comemoração do 75º aniversário do seu martírio) » Dia 9 de Junho – Dia da Freguesia

» Sanjoaninas 2015 » Concerto na Praça Velha – Sanjoaninas 2015

» Procissão de São João – Porto Novo » Filarmónica União Sebastianense na tasca – Sanjoaninas 2015

Vila Pag.  Santa Casa da Misericórdia da Vila de São Sebastião Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

Uma Santa Casa da Misericórdia sempre Ativa Neste último trimestre juntamente com os nossos idosos do centro de dia, estivemos pre- sentes em diversas atividades. Uma delas foi no polo da UAC (universidade dos açores), onde pela parte da manha, des- se dia, os nossos idosos em conjunto com um grupo de outro centro de convívio praticaram vários exercícios físicos que um grupo de enfer- meiros “comandava”. Toda esta atividade estava inserida num projeto sobre o “Envelhecimento Ativo” dos alunos da Escola Superior de Enfer- magem da Ilha terceira – Açores. Outro lugar onde o nosso centro de conví- vio esteve presente foi na comemoração do 75º Aniversário do Martírio da Maria vieira, onde se celebrou uma missa em sua homenagem. Uma outra atividade foi a nossa participação numa das barracas das sanjoaninas, onde ven- demos produtos alimentares confecionados pelos nossos idosos do centro de convívio. Como todos os anos fizemos a nossa viagem a Sesimbra realizando assim mais uma vez o in- tercâmbio existente com a instituição CASCUZ. Não se realizou só este intercâmbio, através de um outro projeto fomos/vamos a diversas ins- tituições de cariz social, para que os idosos te- nham mais contacto entre si e possam sair um pouco do seu quotidiano. Finalmente, como não poderíamos deixar de referir, a construção do nosso novo lar de Idosos continua de “vento em popa” estando nós já a contar os dias para a sua finalização de constru- ção e para começarmos novamente com novas burocracias desta vez para a construção interna (ex: mobiliário) do mesmo.

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Pag.  Vida na Casa do Povo da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Grupo Desportivo da Casa do Povo da Vila de S. Sebastião

» Juniores E, vencedores do Torneio de abertura, Taça Ilha Terceira, Taça AFAH e campeonato

O Grupo desportivo da casa do Povo da Vila de S. Sebastião ter- 2015, foram 9 meses de trabalho e competições com 6 escalões, mina assim mais uma época desportiva na modalidade FUTSAL. orientados pelo nosso projecto desportivo “ DA FORMAÇÃO AOS Terminamos mas já com a vontade de iniciar, no entanto é tempo SENIORES “ para repousar e disfrutar sobre uma época que nos irá fazer recordar Importante também agradecer a todas as instituições, entida- para sempre, mas também olhar-mos o futuro com mais ambição. des e empresas que nos apoiaram e patrocinaram neste projecto, É tempo também para agradecer a todos os nossos dirigentes sob o lema “ ajude-nos a ajudar “. e treinadores que tornaram tudo isto possível, tal como aos nossos O nosso MUITO OBRIGADO ! atletas que se esforçaram e dedicaram com empenho. A comunidade sebastianense está de parabéns, afinal somos Iniciamos em Setembro de 2014 e terminamos a 30 de Junho campeões!

Contributo dos Sebastianenses

Ó meu Deus onipotente É a graça que nos leva És meu Rei e meu Senhor Atermos mais compreensão Faz com que o meu sofrimento E é quem nos tira a treva Me aumente o meu amor E nos conduz á salvação

Faz com que o meu sofrimento Pois bendito e louvado seja Que algo possa resumir Jesus Cristo nosso irmão Que me venha dar talento Para que ele sempre esteja No dia que está para vir Dentro em nosso coração É alívio da nossa dor Cristo é a nossa luz Cristo é o nosso Salvador O que da minha mente sair Ele é nosso Salvador Nossa paz nossa alegria É graça que adoro tanto Louvado seja Jesus Nossa esperança nosso amor Que seja em nome do pai Que morreu por nosso amor Nosso pão de ada dia Do filho e do Espirito Santo Nos braços negros da Cruz

Vila Pag.  Publicidade Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

Talho de São Sebastião

Carnes e Enchidos caseiros

MINI-MERCADO

De: Sandra Manuela S.T. Pereira Doces Gás Butano Produtos e de Salgados O melhor a servir com alegria e Mercearia Entregas ao Por Domicílio boa disposição Encomenda Tudo à sua Telm. 969 548 379 – Telf.: 295904884 Escolha Rua Direita, N.º 59 – S. Sebastião 9700 Angra do Heroísmo – Terceira- Açores

Pag.  Vida na N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Colocação de Arranjo do Coroa do Espírito Santo Rego da Ponta

A junta de Freguesia promoveu a colocação em local de destaque, aproveitando um nicho existente na nossa praça, de uma coroa do Sr. Espírito Santo em cantaria criada por JOSÉ MANUEL ROMEIRO, um fantástico artesão na arte de trabalhar a pedra, a qual foi por ele oferecida. Tivemos todo o empenho e o maior gosto em assinalar o 1º dia do bodo com a sua colocação na nossa praça. Continuamos a colaborar com a direção Re- gional do Ambiente e a CMAH nesta importante obra para o escoamento das águas pluviais da Obras nos Salgueiros Vila de S. Sebastião.

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo está a pro- ceder a uma intervenção no parque de estacionamento da zona de banhos dos Salgueiros, melhorando este espaço para o estacionamento e acrescentando a zona de meren- das colocando mais mesas e churrasqueiras. Pedimos des- culpa pelo incómodo mas promete-se brevidade na inter- venção. Vai valer a pena! Vila Pag.  Junta de Freguesia Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 9 de Junho - Dia da Vila de São Sebastião

O dia da Vila começou bem cedo com a alvorada às 6H00 da manhã. A nossa filarmónica União Sebastianense acompanhou um pequeno cortejo até ao largo da Fonte, onde se visitou, de forma informal a casa das pias onde se encontra patente uma exposição designada por “Um Es- paço, Várias Funções “ da qual deixamos uma pequena mostra.

Seguiu-se pelas 19H00 a Eucaristia por intenção de todos os defuntos falecidos da Vila de S. Sebastião com especial invocação de Maria Vieira, no 75º aniversário do seu martírio. Foi um momento muito lindo, acom- De seguida, a nossa noite decorreu na Casa do Povo da Vila de S. Sebas- panhado de forma soberba pelo nosso grupo Coral da Vila de S. Sebas- tião, a quem queremos agradecer todo o apoio e a enorme colaboração tião, a quem muito agradecemos. Obrigado ao Pároco Domingos Graça que nos foi dada, acolhendo desde logo a nossa sugestão de comemorar e a todos os nossos funcionários que se incorporaram no momento do o dia da freguesia nesta importante instituição da nossa freguesia. ofertório. Este momento do ofertório, escrito pela nossa colega Iva Neves, Neste dia foi apresentada a letra do hino da Vila, declamado pela Sra. constituiu uma homenagem a Maria Vieira e ao trabalho prestado pelos Graça Drummond, a quem agradecemos a enorme generosidade e ho- nossos funcionários no dia-a-dia da nossa Vila. menageado o seu autor, o Dr. Dionísio de Sousa, vencedor do concurso que tínhamos lançado. Associou-se a este momento o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Prof. Álamo Meneses, entre- gando uma lembrança desta instituição.

Pag. 10 Vida na Junta de Freguesia N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

O troféu de mérito desportivo foi para: Sebastianense Futebol Clube- Equipa de Cadetes Masculinos de Ténis 9 de Junho - Dia da Vila de São Sebastião de mesa

Seguiu-se a apresentação pelo Sr. Secretário Regional da Edução e Cultura, Prof. Dr. Avelino de Meneses, da 3ª Edição do livro Maria Vieira Mártir dos Açores, escrito pelo Dr. António Neves Leal.

Grupo desportivo da Casa do Povo da Vila de S Sebastião: FORMAÇÃO JUNIORES E - ÉPOCA 2014 /15,- FUTSAL É com grande alegria que a junta de freguesia espera ansiosamente por este momento ao longo do ano. É a hora em que de forma singela mas muito sincera presta homenagem aos seus ídolos e heróis e que es- pera que as outras pessoas da nossa Vila se revejam nas nossas escolhas. São escolhidas pessoas que pelo seu mérito, trabalho e dedicação às instituições que representaram destacaram-se pelo amor que lhes dedi- cam ou dedicaram em cada momento Foi com orgulho que esta junta de freguesia deu continuidade a este dia especial, exaltando e homenageando alguns filhos desta vila, cujo seu trabalho a sua dedicação, sua luta para desenvolver a sua cultura, e levaram no seu coração por todo o lado o bom nome do lugar onde nas- ceram. As palavras nunca serão suficientes para expressar a gratidão e o res- peito que temos por estas pessoas que ao longo de anos nos tem presen- teado com ricos testemunhos de bons cidadãos. Para alguns a jornada termina com grande dignidade, neste mundo nada ultrapassa a dignidade e o valor do ser humano. É com exemplos destes é por vocês que seguiremos em frente.

Quisemos homenagear todos os mú- sicos da Filarmónica União Sebastianense que deram mais de 50 anos da sua vida a esta instituição e que ainda nos honram com a sua presença entre nós. Temos 3 pessoas nestas circunstâncias: O Sr. ABEL MARTINS MENDES, 55 anos de Músico O Sr. MANUEL MARTINS FERREIRA, 53 anos de Músico Sr. FRANCISCO MARTINS FERREIRA, 55 anos de músico

Por fim palavras amigas de amigos da Vila de São Sebastião Sr. Padre Domingos Graça, o Sr. Presi- dente do Conselho de Administração da GRATER, Prof. Fernando Sieuve, o Sr. Diretor Regional da DROAP, em representação do Sr. Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, o Dr. Vitor Santos, o Sr. Presi- dente da Câmara Municipal de angra do heroísmo, o Dr. Álamo Meneses e por fim o Presidente da Junta, Francisco Santos.

Vila Pag. 11 Mordomos Império Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

Mordomos do Império 2015- Apresentação de Contas BALANÇO DOS BODOS 2015 BALANÇO DOS BODOS 2015 Receitas Despesas Receitas Despesas Descrição Valor Descrição Valor Descrição Valor Descrição Valor Ceia do Criador 1.990,00€ Ceia do criador 1.984,70€ Ceia do Criador 1.990,00€ Ceia do criador 1.984,70€ Irmandades 5.850,00€ Despesas dos Bodos 13.985,87€ Irmandades 5.850,00€ Despesas dos Bodos 13.985,87€ Ofertas ao Espirito Santo 820,00€ Despesas Diversas 1.917,14€ Ofertas ao Espirito Santo 820,00€ Despesas Diversas 1.917,14€ Doação do Comendador José Romeiro 10.000,00€ Arranjo da infiltração das placas 1.000,00€ Doação do Comendador José Romeiro 10.000,00€ Arranjo da infiltração das placas 1.000,00€ Arrematações 3.911,00€ Pintura do império e da despensa 3.500,00€ Arrematações 3.911,00€ Pintura do império e da despensa 3.500,00€ Subsidio da Câmara 3.900,00€ Arranjo dos bancos e mesas 1.848,77€ Subsidio da Câmara 3.900,00€ Arranjo dos bancos e mesas 1.848,77€ Venda de Bezerros 3.082,39€ Compra de serra da carne, fogão e tacho 1.993,71€ Venda de Bezerros 3.082,39€ Compra de serra da carne, fogão e tacho 1.993,71€ Compra de bezerros para criar 2.500,00€ Compra de bezerros para criar 2.500,00€ SMAH 178,96€ SMAH 178,96€ EDA 271,35€ EDA 271,35€ Total de receitas 29.553,39€ Total de despesas 29.180,50€ Total de receitas 29.553,39€ Total de despesas 29.180,50€ Saldo Bancário a 11/6/2015 : 20.172,79€ Saldo Bancário a 11/6/2015 : 20.172,79€

Saldo Saldo Agradecimentos Receitas 29.553,39€ Receitas 29.553,39€ Despesas 29.180,50€ Despesas 29.180,50€ Saldo final Bodos 2015 + 372,89€ Saldo final Bodos 2015 A+ comissão 372,89€ do Império da Vila de São Sebastião quer agradecer ás seguintes pessoas/entidades pela sua colaboração.

 Berina Ferreira – confeção do Arroz para a ceia do criador  Moisés Leal – todas as flores utilizadas quer no império, no andor da Rainha Santa Isabel e na ceia do criador

Nomeados Mordomos do Bodo 2016  Francisco Machado – confecção da ceia do criador Domingos do Espírito Santo:  João Arlindo Coelho e Eldora Coelho – confecção da ceia do criador e das ceias dos Sábados dos Bodos DavidNomeados Toste –Mordomos Arrabalde do Bodo 2016 Emanuel Oliveira – Rossio  Emanuel Leal – confeção da ceia do criador Domingos do Espírito1º João Santo: Ferreira  Paulo Leal – confeção da ceia do criador David Toste –Emanuel Arrabalde Pereira – Rochão da Cruz  Luis Lopes – serviu á mesa na ceia do criador Emanuel OliveiraEugénio – Rossio Sousa – Arrabalde  Casa do Povo – pela cedência da cozinha e salão para a ceia do criador 2º João Ferreira 1º João Ferreira João Inácio Martins – Paço  Aos cantadores e tocadores que animaram a ceia do criador 3º (não saiu) Emanuel PereiraJorge – RochãoRui Leonardo da Cruz – Salga  Francisco Roberto Ferreia – ajuda nas ceias dos Sábados dos Bodos e na preparação das mesas das irmandades Eugénio SousaJosé – Arrabalde Manuel Toste – Rochão da Cruz  José Alexandre Coelho – partiu a carne das irmandades 2º João Ferreira José Noé – Travessa do Falcão  Carlos Salvador Flores – partiu a carne das irmandades João Inácio MartinsLuis Toste – Paço – Paço  Nuno Godinho – partiu a carne das irmandades  Egídio Ferreira – limpeza da praça após o Bodo, no feriado 4º Gisela Borges Marcelino Couto – Caminho do Porto Judeu 3º (não saiu) Jorge Rui Leonardo – Salga  A todas as pessoas que fizeram doações quer de animais, quer de alfenim, quer de dinheiro Paulo José dos Santos – Boavista  José Cardoso – doação do valor de 100 irmandades a famílias mais necessitadas e ajuda nas mesas dos Domingos do Bodo 5º João Arlindo Coelho José Manuel TostePedro – Hugo Rochão Mamede da Cruz – Aldeia Nova  Padre Domingos Graça – pelo seu serviço de pároco e pela sua energia inesgotável Sérgio Melo – Caminho do Porto Judeu  Francisco Costa – pelo seu serviço de sacristão e pelos arranjos de flores do andor da Rainha santa Isabel 7º Emanuel Freitas José Noé – TravessaSérgio Pereirado Falcão – Rua da Igreja  José Pereira Borges – pela gravação e publicação de todas as etapas destes Bodos e Mordemias Steve Toste – Rua da Direita  Mordomos dos Touros 2015 (Luis Cunha, Marcelo Neves, Marco Pires e Rodrigo Falcão) – pela sua ajuda incansável quer durante as mordemias quer nos Sábados na 8º Mordomos do 2º Bodo de 2015 Luis Toste – Paço preparação das mesas das irmandades 4º Gisela Borges  Aos criadores dos animais entregues nas irmandades: Sebastião Falcão, Paulo Rui Toste, Lino Santos, Francisco Neves, José Lúcio Andrade, Luciano Silva, Luis Paim, Pedro Marcelino Couto – Caminho do Porto Judeu Guilherme, Lucio Toste e Carlos Flores. Paulo José dos Santos – Boavista  Á junta de Freguesia – pelo cedência da carrinha para transporte das irmandades e do vinho, da casinha da praça para apoio nos Bodos e do serviço dos seus funcionários 5º João Arlindo NomeadosCoelho para mordomos dos Touros do Bodo 2016: nas limpeza dos espaços durante as festividades Pedro Hugo Mamede – Aldeia Nova  Á Filarmónica União Sebastianense – pela impáravel vontade de animar a malta  André Dias Sérgio Melo – Caminho do Porto Judeu  Valentim Martins 7º Emanuel Freitas A todos o nosso muito obrigado e que a graça do Espírito Santo sempre caia sobre vós!  Rafael Silva Sérgio Pereira – Rua da Igreja  Rui Aguiar Steve Toste – Rua da Direita A comissão do Império da Vila de São Sebastião 2015 8º Mordomos do 2º Bodo de 2015

Escut eiros Nomeados para mordomos dos Touros do Bodo 2016:

 André DiasComemorações dos 60 anos do Agrupamento 114  Valentim MartinsIntegrado no programa das comemora-  Rafael Silvações dos 60 anos do Agrupamento 114 do Se- minário de Angra, no fim-de-semana de 7 e 14  Rui Aguiar de Março de 2015, estivemos presentes numa manhã de atividades e claro com momento de oração/reflexão como é característico do mo- vimento. Neste movimento é através do Jogo Escutis- ta, que brincado que a criança/jovem aprende. Para isso é essencial a formação de adultos no escutismo, um movimento muito importante na formação da criança, jovens e jovens adul- tos, pois cada vez mais o tempo deles é cada vez menor e o “direito a brincar”, quase não existe, o que prejudica o seu desenvolvimento integral. As suas capacidades potenciais estão repletas de objetivos. São os objetivos do de- cial para o crescimento das crianças, jovens e jetos pedagógicos e comunitários, como instru- senvolvimento intelectual, o físico, o mental, o jovens adultos. mento de trabalho e de desenvolvimento. Uma emocional e social, são meios de fazer homens Formar adultos sensibilizados para a For- relação pedagógica. Formar adultos capazes de para o trabalho e para a sociedade mas não, mação e Educação para a Cidadania e para os motivar as crianças, jovens e jovens adultos nas para serem felizes. Valores. Preparados pedagogicamente na auto- estratégias de aprendizagem, na exploração de É preciso uma mudança de valores e com- nomia e na organização de atividades de sede atividades práticas. Aplicar métodos de apren- portamentos perante a indiferença de todos e vida ao ar livre para benefício do desenvol- dizagem com estratégias que possibilitem eta- nós numa sociedade cada vez mais consumis- vimento integral de todos. Formar adultos no pas de revisão, elaboração e organização. Capa- ta, onde o Jogo Escutista não tem lugar mas, contexto pedagógico e criar conceitos de tra- zes de avaliar e levar os outros “a saber” avaliar cada vez faz mais falta. Brincar, jogar é essen- balho na vida ao ar livre. Capazes de criar pro- projetos individuais e coletivos.

Pag. 12 Vida na EBI Ferreira Drumond N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Jovem da Ribeira Seca entre vencedores de Concurso Literário Internacional

Paula Magalhães Cortez, poeta e crítico-literário; e Marta Amaral, vencedora do II Concurso La Atrevida, em 2014. Dinis Toledo, aluno da EBI Francisco Ferreira Este júri avaliou textos vindos de todo o mundo Drummond, é um dos vencedores do “III Con- – desde o Brasil até Macau. curso Internacional de escritores lusófonos Tendo sido distinguido, Dinis Toledo verá o infanto-juvenis – La atrevida”, uma iniciativa seu texto – “O Rapaz e o Velho”, publicado na III dirigida a crianças e adolescentes, dos 8 aos 14 Antologia Atrevida, que será lida e trabalhada anos, com textos literários inéditos escritos em por alunos de Portugal e além-fronteiras. Este língua portuguesa. jovem da Ribeira Seca encontra-se ainda apura- Este jovem, que frequenta o 9.º ano de es- do para os três primeiros lugares do concurso, colaridade, foi um dos alunos que abraçou este estando habilitado aos prémios: um computa- desafio literário, lançado no Clube de Escrita da dor portátil, uma caneta estilográfica e/ou uma escola, onde desenvolveu a produção do texto seleção de livros. que alcançou uma merecida distinção neste O jovem escritor está de parabéns, pois deu, concurso. sem dúvida, o seu contributo a este importante O veredito final foi atribuído por um júri e ilustrador da atualidade portuguesa; Mailu projeto educativo e à literatura infanto-juvenil, constituído por oito grandes nomes da cul- Magalhães, vocalista e letrista brasileira; Mi- ajudando a promover o nome da escola, da lo- tura lusófona - Afonso Cruz, escritor, músico guel Manso, poeta português; António Carlos calidade e da região.

Francis Obikwelu na Drummond Ebi recebe escolas em concurso de spelling As professoras de Inglês onde os jovens alunos da Drummond alunos convidados, nomeadamente revelaram um óptimo desempenho, um concerto com a participação da Ao longo do ano, desenvolveu- foram atribuídos o 1.º, 2.º e 3.º luga- professora Grinoalda Ávila e dos alu- se, na EBI Francisco Ferreira Drum- res aos alunos Alexandra Correia (EBI nos do 5.º ano. mond, o Concurso de Spelling, uma de Angra), Rita Pereira (EBS Tomás de As turmas de Despiste e Orienta- atividade que pretende desenvolver Borba) e Tomás Ferreira (EBI Praia da ção Vocacional I e II foram responsá- Bárbara Loução competências, nos nossos alunos, em Vitória), respetivamente. veis pela elaboração dos magníficos relação à língua inglesa, bem como O vencedor do concurso foi o troféus entregues aos vencedores e No dia 15 de abril, o promover o gosto pela aprendiza- aluno que, na final, obteve um maior colaboraram na decoração dos espa- atleta olímpico Francis gem da língua. número de palavras corretamente ços para o evento. Foi uma atividade Obikwelu esteve na nos- Os alunos Tomás Silva, Tânia Pires soletradas, nas vertentes oral e es- desenvolvida com sucesso e contou sa escola para dinamizar e Catarina Carvalho, do 2.º ciclo, fica- crita. com o apoio e colaboração do Con- uma manhã de atletismo, ram selecionados para representar a O Departamento de Línguas or- selho Executivo e da comunidade es- atividade promovida pela escola na fase de ilha. ganizou atividades de receção aos colar, em geral. Associação de Atletismo O Concurso de Spelling - Fase de da Ilha Terceira em cola- Ilha realizou-se, na nossa escola, no boração com a Federação dia 3 de junho. Esta fase destinou-se Portuguesa de Atletismo. aos alunos finalistas apurados nas es- Para além de ajudar no colas E. B. 1,2,3 /JI de Angra do Hero- desenvolvimento da ati- ísmo, E.B.I dos Biscoitos, E.B.I. da Praia vidade, Francis Obikwelu da Vitória, E.B.S. Tomás de Borba, Co- também deu uma peque- légio de Santa Clara e, claro, E.B.I. Fer- na palestra e distribuiu au- reira Drummond. » Aluna de S. Sebastião no Concurso - Catari- tógrafos. Nesta fase final, a nível de Ilha, na Carvalho » Os vencedores

Leitura a idosos Paula Magalhães pelo Clube de Escrita e mostraram que, na escola, formam-se jovens No dia 11 de junho, a Biblio- leitores e responsáveis que partici- teca da EBI Francisco Ferreira pam ativamente na vida da escola Drummond levou, pela segunda e da comunidade. vez, o livro e a leitura à Santa Casa Com estas iniciativas pretende- da Misericórdia de São Sebastião se estreitar os laços entre a escola no âmbito da atividade “Leitura a e a comunidade local, desenvolver, Idosos”. nos nossos jovens, os valores da Neste dia, os frequentadores solidariedade e entreajuda, bem da instituição puderam ouvir o como promover o livro e a leitura. conto “O Gigante Egoísta”, de Os- O balanço foi bastante positivo, car Wiilde, lido pelas alunas Caro- uma vez que aqueles que assisti- lina Pereira e Cátia Drummond, do ram expressaram o desejo de que 6.º ano. Estas alunas, residentes na fosse dada continuidade à ativida- vila, aceitaram o desafio lançado de no próximo ano letivo.

Vila Pag. 13 cáritas Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 O Núcleo da Cáritas e a Maria Vieira

No passado dia 4 de junho, cele- brou-se o 75º. Aniversário do Martírio de Maria Vieira da Silva. Esta efeméride foi, devidamente, assinalada pelo Povo devoto de Maria Vieira que, durante doze dias manteve atividades no lugar do seu Martírio. Sendo que um dos atos mais significativos ocorreu, precisamen- te, em 4 de junho, com uma peregrina- ção organizada a partir do coração da Vila até ao local onde é venerada e que no percurso incluiu o descerramento de uma placa alusiva na casa onde nasceu. Durante uma das atividades que ocorreu na Ermida de Nossa Senhora Peregrina (vulgo Maria Vieira), foi escla- recido que a Diocese de Angra informou que o processo com vista à Beatificação de Maria Vieira se encontra à espera que apareça um alguém que o organize para, posteriormente, ser enviado para Roma. A proclamação de um santo é uma sentença irrevogável, a Igreja age com muita prudência. O processo exige pes- quisa e tempo. A demora é relativa. Al- guns Santos esperaram Séculos, outros apenas alguns anos. Numa das etapas do processo de ca- nonização, a Igreja pede a apresentação de um milagre comprovado. No caso dos mártires não se exige nenhum milagre. O processo é mais simples. Basta provar que morreram pela Fé. O derramamento do seu sangue vale por muitos milagres. (parece que se enquadra aqui o proces- so de Maria Vieira da Silva) Importa referir que canonizar não é fazer alguém “virá” Santo, porque esse alguém já era Santo quando morreu. É colocar alguém na lista (cânone) dos Santos. por quem tem carência deles. Nós rezamos com os santos e não O Cristão não pode ficar indiferente PUBLICIDADE para os santos. às situações de pobreza que grassam à Vamos, pois, rezar com a Maria Vieira, sua beira. A pobreza não pode ser uma para continuarmos a receber as bênçãos fatalidade irreversível. O que desperdi- vindas do céu e numa manifestação de çamos nas nossas casas dava para suprir Fé exteriorizar o nosso desejo para que as carências de quem precisa. seja encontrado o alguém que organize Quando falamos de pobreza não nos o seu processo de Beatificação. Sim! Por- estamos a referir tão-somente à falta de que para nós ela já é Santa, falta apenas bens materiais. Porventura, aqueles que ser reconhecida pela Igreja. saltam mais à vista desarmada, mas não Porque a cera que cai no chão/em os mais difíceis de satisfazer. Atente-se louvor e devoção/também pode ser às situações de indiferença para com as pão/na mesa do teu irmão. pessoas que se encontram marginaliza- Claro, que não nos compete interfe- das, as que vivem em extrema solidão rir no cumprimento das promessas que e as que são espoliadas pelas próprias cada um faz, mas sempre podemos sen- famílias. sibilizar para a possibilidade de se olhar A caridade é uma ação complexa e para a necessidade que muitas famílias como diz alguém dá trabalho. Neste manifestam. contexto, todos precisamos receber al- É com este espírito que nas missas guma coisa e todos temos muito para que se celebram na Ermida de Nossa dar, basta que sejamos solidários uns Senhora Peregrina se colocam os cestos para com os outros. sobre o Altar para recolher os bens ali- Nota: Foi consultado o site Sancto- mentares, que depois são distribuídos rum, acerca da beatificação.

Pag. 14 Vida na Catequese N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Algumas festas da catequese efetuadas ao longo do ano:

» Imagens da festa do 6º ano » Imagens da festa do 9º ano

A festa principal do sexto ano caminho, é a esperança que nos Os catequizandos do nono catequizandos. Assim, perante as de catequese e a Festa da Espe- permite encontrar um ponto de ano de catequsese celebraram catequistas, os pais e a comuni- rança, esta realizou-se no dia 2 apoio, firme, para chegar ao tro- no dia 5 de junho no Lugar do dade os jovens do 9º ano de cate- de maio de 2015, na Matriz da no ou ao coração de Deus (cf. Spe Martírio da Maria Vieira, a Festa quese comprometeram-se a imi- Vila de São Sebastião e contou Salvi, 37). Somente o seu amor, nos do Compromisso. A festa contou tar Jesus: escutando a Palavra de com a colaboração essencial dos dá a possibilidade de perseverar, com a presença das catequistas Deus, vivendo a Palavra de Deus pais dos catequizandos do sexto dia após dia, sem perder o ardor do 9º ano, Avelina Santos e Zulmi- e ajudando a comunidade onde anos representados pela Sandra da esperança. É Deus a meta da ra Mendes, e com alguns pais dos estão inseridos. Santos. nossa esperança! E a esperança é a Na Festa da Esperança o símbo- verdadeira âncora do coração, que lo principal foi a âncora, “símbolo nos fará subir e chegar até Deus. da esperança. Na verdade, no meio Ele é a nossa origem e a nossa Pá- das tempestades e dificuldades do tria definitiva.”

» Imagens da festa do 10º ano

No final do seu percurso de 10 Reino de Cristo no mundo. Somos » Imagens da festa do 8º ano anos de catequese os jovens rece- enviados para o quotidiano, pois é bem o sacramento do crisma e fa- aí que nos santificamos. O oitavo ano de catequese reu- de Deus com os homens em Jesus zem a “Festa do Envio”. A celebração É aí que Deus espera por nós, niu-se e celebrou a Festa da Vida Cristo. Felizes porque chamados da festa do envio dos catequizan- pois ele não gosta de espaços fe- no dia 6 de Junho no Lugar do a testemunhar o reino que já está dos do décimo ano da Paróquia da chados. Chegou a hora de adorar Martírio da Maria Vieira. presente no meio de nós”. Vila de São Sebastião realizou-se no a Deus ,em espírito e verdade,, “Estamos aqui para fazer festa! A O Padre Domingos Graça entre- lugar do Martírio da maria Vieira no (Cf. Jo 4, 21-24). Deus encontra-se Festa da Vida, a Festa da Aliança de gou uma Cruz a cada catequizando dia 6 de junho de 2015. onde alguém espera por nós para Amor e de comunhão entre Deus dizendo: RECEBE ESTA CRUZ, SINAL “Como Cristo enviou os seus lhe anunciarmos a Boa Nova. Será e o homem em Jesus Cristo. Ele é DO AMOR UNIVERSAL DE DEUS Apóstolos a irem por todo o mun- este o esforço de todos nós.” a Vida! Queremos celebrar a Vida, EM CRISTO, FONTE DE VIDA NOVA. do a anunciar a Boa Nova, assim o Mistério Pascal de Jesus Cristo, a O adolescente recebeu a Cruz na nos envia a nós, hoje. Somos en- Festa de todos os começos, o pri- mão e beijou-a. O celebrante disse viados para o mundo, a fim de o meiro dia da Nova Criação! Esta- -VAI E SÊ TESTEMUNHA! O catequi- transformarmos a partir de den- mos aqui porque acreditamos que zando respondeu: - CRISTO VIVE! tro, como fermento que leveda a Jesus Cristo é o único capaz de nos ALELUIA! massa, tendo como referência o entusiasmar, de dar sentido à nos- Também as catequistas do 8º projecto de Deus. Somos envia- sa existência e, de nos levar à cons- ano, Lúcia Falcão e Cristina Orne- dos para continuar o esforço de trução do Reino pelo serviço. Feli- las, receberam das mãos do sacer- tantos cristãos do passado que se zes por viver esta relação profunda dote uma cruz. empenharam pelo crescimento do Agradecimentos Por ocasião do encerramento das atividades dos vários anos de cate- Zulmira Mendes (9º ano); Rita Fagundes e Angelina Couto (10º ano). quese, no ano letivo 2014/20156, torna-se fundamental fazer um agra- Atualmente, muitos são os desafios que os catequizandos colocam decimento a todas as catequistas que se disponibilizaram e ofereceram às catequistas tendo sido também importante a participação das mes- o seu tempo para despertar a Fé e levar a Boa Nova de Jesus às crianças mas em momentos de formação cristã, mais propriamente nas reuniões da Paróquia da Vila de São Sebastião. A coordenação da catequese agra- mensais com o orientador espiritual da nossa catequese o Padre Domin- dece às catequistas: Alda Santos, Maria de Lurdes Lopes, Renata Neves gos Graça. A coordenação da catequese da Paróquia da Vila de São Se- (1º ano); Raquel Melo, Délia Melo, Odilia Falcão (2º ano); Lúcia Martins (3º bastião agradece também aos pais dos catequizandos, nomeadamente ano); Irene Ferreira, Cidália Mendes (4º ano); Dina Silveira, Nélia Ornelas aos representantes na Comissão de Pais, a disponibilidade evidencia- (5º ano); Benvinda Santos, Lucélia Martins (6º ano); Alda Falcão, Cristina da para colaborar com as catequistas dos seus filhos e filhas nos vários Mendes (7º ano); Lúcia Falcão, Cristina Ornelas (8º ano); Avelina Santos, eventos realizados pela catequese.

Vila Pag. 15 Publicidade Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 Histórias de vida: Festas de verão

S. João e Santa Isabel, dois le, em anos de mais uns dinheirinhos,de outras estes festejos abrilhantados pela nossa filarmó- meses de muito trabalho, para filarmónicas. nica. quem vivia numa linda e abas- Os mordomos tinham apreocupação de A festa terminava com as touradas. Se hou- tada freguesia com a Vila. A cei- preencher as noites com: folclore, conjuntos vesse dinheiro vinhamguechos puros. A fonte Maria Filomena fa do trigo ocupava as pessoas, regionais, filarmónicas, a noite forte era a da enchia-se, ficava com uma imagem de extrema Santos Martins, caiar e limpar a casa para as cantoria. beleza. Educadora festas de Santana, fazia parte da Noites quentes, passeava-se à volta da pra- De manhã a excursão para o mato. Camio- labuta do mês de Julho. ça e era um tal namoriscar. Eraa diversão da- netes da carreira cheias de sebastianenses, Depois da casa limpa, já na véspera das fes- quele tempo. Apareciam uns emigrantes para com bilhetes comprados. A cesta numa mão e tas cozia-se a massa sovada, e os tremoços para se namorar, passaporte para quem ambiciona- o garrafão na outra. As mulheres levavam uma a curtir. Os mais audazes na poça dos tremoços, va emigrar. manta para se sentarem, no mato e os peque- dentro de uma saca de lona, amarrada a uma Era hábito, sem querer ofender ninguém, os nos iam sentados no colo. Os homens delira- pedra. Ou então, numa salgadeira em casa. Mu- nossos emigrantes, talvez por saudade e con- vam, iam ver apartar os toiros. Ao regressas as dava-se a água todos os dias. fiança virem à sua terra Natal, com os filhos (os) camionetas vinham enfeitadas de hortenses e Ir às folhas de coquilho, arranjar a farinha. em idade de escolher companheiro(a). Um tra- os garrafõesvazios.Os homens, alguns, já bem Cuidado com o trigo novo, verificar se este es- ço de confiança no seu berço Natal. alegres: tava bem seco, para fazer boa massa. Arranjar Às iluminações vinham muitos rapazes das - Vinha-seda festa! lenha adequada a não esquentar o forno. Fazer freguesias vizinhas. A vila tinha umas pequenas Durante a tarde chegava à Vila carroças, o fermento para a massa vir e cozer-se ou de que eram umas caras lindas. com pessoal para a tourada. Pediamlugar para manhã ou à tardinha, por causa do calor. Além da procissão e a novena a Santana, a as guardar onde havia. E lá ficavam as bestas Faziam-se as alcatras que a festa estava a procissão das ofertas era um ponto alto das fes- presas com uma corda a descansar enquanto chegar. Algumas pessoas matavam um guecho tas.Quase sempre nos primeiros dias da festa. mulheres e homens iam aos toiros. de canoeiros, ou uma ovelha, a dividir por algu- Todas as moças gostavam de participar. Basta- mas famílias. Não havia modo de conservar a va um simples travessa de frutos da época, ou carne em frio. Era só para comer nestes dias. um embrulhinho bem arrematado com um la- Diade Santana, abertura das festas de San- çoe lá dentro trigo, ou um animal numa cesta. A tana, quase sempre com rainha, ou com a pro- fechar esta procissão ia arainha, as suas damas cissão. com ofertas em loiça. Houve anos, que levavam bolos lindos, bem decorados. No tempo em que fogões a gás eram raros e saber decorar bolos era uma ou duas senhoras aqui na Vila. As pequenas iam presadas nos seus vestidos de chita ou gorgorina. O bodo de leite era uma manhã cheia e ale- gre, com ou sem Sto.António. As vacas eram muitas, os nossos lavradores traziam-nas até à A fonte enchia-se de gente. Acolhedora no fonte e ordenhavam-nas à mão. A fonte enchia- seu formato de concha, com a água cristalina a se. E nós gostávamos de ver ordenhar, e beber correr nas bicas, saciava o gosto e dava prazer a um copo de leite quente da vaca, não havia cá todos que desfrutavam a sua linda imagem. A receios de não ser pasteurizado. fonte parecia um painel de cor, movimento, ale- A rainha fechava o cortejo com as suas da- gria e sol; à mistura com o murmúrio das con- mas e o chefe de protocolo. A abrir iam cavalei- versas dos namorados, que nem davam conta ros (as),treinados dias antes, nas ruas da vila. do toiro. Era tarde de festa a não esquecer. O sol aquecia, e no calor da tarde saia o toiro. Nos As Festas que envolviamtoda a população palanques as mulheres protegiam-se do sol, da nossa Vila. Nas décadas de sessenta, seten- com os seus guarda-sóisou de chapéus de pa- ta, as diversões erampoucas. As mais animadas lha. Os homens escolhiam os melhores lugares aconteciam no verão. A nossa freguesia prima- para ver o toiro a arremeter no meio da fonte, va. Leva-se o inverno a preparar, a trabalhar ou junto aos tanques. em prol das mesmas. A população em tempos, Os homens dos cestos faziam o seu negó- apesar de estar dividida em dois partidos, en- cio. As courelas eram o lugar privilegiado das volvia-se. A disputa levava à perfeição. mães de família, com uma manta no chão, sen- A abertura das festas, com carro das damas tadas com a rapaziada, sem grandes perigos, ti- e o da rainha atrás. Abrindo o cortejo ia o chefe nhamdireito a um pouco de diversão. Este era o de protocolo. A rainha era escolhida pelas suas lugar certo, para estarem à vontade. O torreão poses e pela sua beleza, não se olhava a dinhei- do senhor padre Coelho, caiado para a festa, ro, com o gosto de ter a filha como rainha. enchia-se de gente. A presença dele era habitu- A praça engalanada a rigor, com bonita al, pois era de lá que ele apreciava a beleza de iluminação, enchia-se. A abertura das festas uma paisagem inigualável, vendo as investidas tinha fama. As pessoas vinham a pé. A rainha do animal, que ia cumprimentar Santana, fazer chegava à praça, ao palco, ou no adro ou no as pontas e arremeter no centro. quintal do senhor João da ribeirinha, subia pela A tarde dos carros alegóricos era famosa. Voz, murmúrio sol e calor, era a festa…. Foi mão do chefe de protocolo. Lia oseu discurso- Quadros vivos, encenando a vida de santos, ou esta a imagem que ficou. de abertura, o programa e dava as festas como passagens bíblicas, ou da história.Tudo bem ca- Assim terminavam as festas do verão, a não abertas. Havia concerto da filarmónica e desfi- racterizado e vivido a rigor.Acudia gente. Todos ser que houvesse uma chocalhada…

Pag. 16 Vida na Escuteiros de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015 Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião

Os relógios de Sol Félix Rodrigues, Professor da Vila de São Sebastião

O tempo passa, todos nós o sabemos, mas por vezes esquece- mos o quão rápido o tempo passa. Não fora o Sol e a Lua andarem fre- neticamente à nossa volta, se ca- lhar, nem teríamos uma ideia clara da velocidade com que o tempo corre e como é importante saber medi-lo. Talvez poucos saibam que o re- lógio que hoje em dia todos temos no pulso foi um instrumento cria- do para a navegação no Atlântico, tão caro na época que começou a ser produzido, por ser alta tecno- logia, que só os grandes navios, o possuíam. Antes do relógio de pulso, cla- ro que existiram outros relógios mecânicos de pêndulo, mas que não serviam para navegar, pois o pêndulo não se acomodava ao balanço dos navios, mas muito an- tes dessa época, as horas viam-se pelo Sol ou ouviam-se no badalar dos sinos. As igrejas antigas possuíam um relógio de sol que permitia com alguma exatidão saber a quantas andávamos, mas por vezes, em dias de céu muito nublado, nem isso sabíamos. Da leitura das horas no relógio de sol da igreja até à si- neira, mais minuto, menos minuto, informava-se o povo da hora exa- ta do dia. Claro que nenhum de se dirigiam à baía de Angra do He- ga está em completo abandono tecnológica que poucos de nós se- nós viveu nessa época e por isso roísmo e aí se registavam também e, mais dia, menos dia, perde-se remos capazes de reproduzir. mesmo, os relógios de sol foram as horas do dia a que tinham sido um pedaço importante do nos- O relógio de sol era o instru- desparecendo, mas fazem inequi- avistadas de terra. so património. Cabe aos homens mento que marcava a vida e o rit- vocamente parte da nossa cultura Como todos sabemos a Casa que valorizam a memória, porque mo da vida na Vila de São Sebas- e do nosso património. da Quinta do Bom Jesus da Sal- sabem que sem ela não seremos tião até pelo menos ao início do Que se saiba, ainda se encon- capazes de evoluir, evitar que as século XVII. tram na ilha Terceira três relógios coisas se degradem ou se desvalo- As estações do ano, eram me- de sol que podem ser observados rizem. Ao menos que se tente de didas de outra forma, com provér- pelos terceirenses e turistas, sem algum modo que o relógio de sol bios populares, que também se que para tal tenham que se diri- não desapareça, não porque al- vão perdendo, por sermos cada gir ao Museu de Angra. Dois deles guém o queira roubar ou comprar, vez mais homens tecnológicos e estão na Vila de São Sebastião: um mas por puro abandono à escrava- menos homens de campo, como na Igreja Matriz, na parede do lado tura do tempo. por exemplo: “Sol de Junho, ma- direito da sacristia e outro (espe- A desvalorização do património druga muito”, “No Outono, o Sol remos que ainda lá continue), no faz-se por duas vias: pelo abando- tem sono”, “Janeiro fora cresce uma cunhal da casa da Quinta do Se- no do que se tem aos efeitos ne- hora”. nhor Bom Jesus da Salga, voltado fastos do tempo ou por completo Os relógios de Sol da Vila de a sul, e que cumpria a função de esquecimento da funcionalidade São Sebastião, são mais do que indicar as horas a quem trabalhava das coisas ou da sua importância. rudimentares meios de medir o as terras da quinta. Pelo que se acaba de defender, tempo: são património Terceiren- O terceiro relógio de sol, en- o relógio da igreja de São Sebas- se, Açoriano e Português, e preci- contra-se sobre a porta principal tião, é algo de muito valioso, não samos de lhes dar o devido valor da igreja velha de São Mateus. Diz- só por ser o relógio de sol mais num tempo de espera de turistas se ser essa a primeira igreja que as velho da ilha, mas por se constituir que um dia hão-de chegar, em naus da Índia avistavam quando neste momento numa raridade maior abundância.

Vila Pag. 17 Contributo dos Sebastianenses Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

A vila no tempo

António Neves Leal, Professor Largo da Fonte um viveiro histórico

Na sequência dos vários trabalhos de requa- nhas) que desde a Cruz até ao fundo do Arrabalde concentrara na antiga Vila de S. Sebastião. Mais lificação executados recentemente, não será viabilizaram a primeira indústria moageira e per- de dez mil pessoas, vindas de toda a Ilha, assis- descabido frisar algumas das facetas mais impor- mitiram a irrigação dos terrenos anexos, voltados tiram à concentração eucarística e coroação da tantes da existência do Largo da Fonte ao longo para o sol nascente—a chamada terra de água--, Virgem de Fátima. Esta gigantesca peregrinação do tempo. Isso justifica-se não só por ser um local que chegavam a produzir duas e três colheitas fora preparada, durante vários dias, com múltiplas conhecido em toda a ilha, devido às suas privile- anuais. Depois, com o aumento da população e, manifestações litúrgicas. Começou com a mudan- giadas condições geográficas para as touradas à mais tarde, também com a criação de gado, foram ça da imagem da Virgem para a Ermida de Nossa corda que fazem as delícias dos aficionados da construídos os chafarizes e os tanques para o gado Senhora da Graça, no Arrabalde, numa imponente festa brava, constituindo, nos nossos dias uma das e, numa fase posterior, a Casa das Pias, aliviandor procissão de penitência com mais de mil pessoas nossas mais apreciadas e populares tradições vivi- as lavadeiras que, não tendo poços e tanques no que percorreu o difícil, longo e íngreme triângulo das pelos terceirenses . Nele se realizavam, ainda, quintal, eram obrigadas a lavar a roupa no leito Vila-Ribeira Seca-Salgueiros com regresso ao Arra- os vistosos bodos de leite que nos anos cinquen- das ribeiras, como ainda me lembro de ver nas balde. Houve depois outras três procissões de Ro- ta e sessenta do séc.XX deram brado, atingindo proximidades da rua do Rego e em quatro locais gações pela Paz em Portugal. No dia 12 de Junho participações deveras impressionantes. Alguns diferentes do Arrabalde, dois deles onde fica a Rua de 1961, houve uma missa solene cantada pelos chegaram a ter perto de cem vacas, devidamente da Maria Vieira. 15 soldados filhos da freguesia que se encontra- apresentadas e enfeitadas em muitos casos. Hoje, o Largo da Fonte é um magnífico”ex-li- vam a prestar serviço no Ultramar, seguindo-se a O seu conjunto arquitectónico é único nos bris”, recordando a existência rural de uma socie- sempre tocante procissão de Velas. Durante toda Açores, retratando, harmoniosamente, vários pe- dade, vivendo,então, pacatamente ao som dos essa noite, houve também uma velada eucarística. ríodos da história desta Vila, que foi o primeiro três toques diários do sino da Matriz, e do chiar (Obra citada, página 121). pólo/embrião do povoamento da nossa ilha pelos dos carros de bois. Era uma sociedade formada Já depois do lançamento da 3ª edição, alguém portugueses, como é do conhecimento geral. Nele, por uma pequena aristocracia agrária muito dife- me confirmou que ainda se lembrava e conhecia sobressai a Ermida de Sant’ Ana a apontar-nos, al- rente nos seus hábitos da dos nossos dias. O cha- algumas pessoas que tinham guardado fotos desse taneira sobre o seu outeiro, as origens do primeiro fariz central das três bicas é o que documenta me- grande acontecimento, ao qual presidiu o Bispo da povoado situado mais para o interior da ilha, no ros- lhor o valor histórico de todo este rico conjunto Diocese de Angra. D. Manuel Afonso de Carvalho, sio do mesmo nome, e a indicar-nos a presença dos agora recuperado. Atesta, como se pode ler pela que no seu empolgante discurso diria a certa altura: companheiros de Frei João que por aqui fizeram legenda nele existente, o interesse simbólico que “Amantíssimos filhos, estamos em Fátima, as primeiras incursões por entre a floresta densa de o senado e o povo da Vila, então cabeça de conce- como se vai e está em Fátima. Portugal inteiro está uma natureza inóspita e ainda por desbravar, mas lho, lhe atribuíam. em Fátima e nós somos portugueses. A Virgem é abundante em água,a qual mais tarde seria consi- Outros motivos como aquele referido no meu sempre a nossa Padroeira e Mãe. E nós seremos os derada a melhor do arquipélago pelo insuspeito livro “Maria Vieira Mártir dos Açores” tornaram este seus filhos que pela Penitência e Oração pedire- cronista/historiador micaelense, Gaspar Frutuoso, belo local num centro de comunhão e convívio mos a Cristo o dom da Paz, a conversão dos peca- o autor de “As Saudades da Terra.” do povo terceirense e de inúmeros visitantes. A dores, a perseverança dos justos” [...].(pág. 122) Foi este elemento natural e precioso para a transcrição seguinte é disso prova suficiente. Depois as invocações daquele mar de gente nossa alimentação que, desde cedo, deu à Vila um No entanto foi nos começos dos anos sessen- que transbordava para as ruas adjacentes gritan- especial relevo e ao concelho sebastianense, so- ta que a influência mariana foi mais intensa nos do, Paz! Paz! . Nunca se vira semelhante multidão bretudo pela construção de vários moinhos (aze- Açores, mormente na Ilha Terceira, cujo povo se concentrada na antiga e histórica Vila.

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As mulheres nos “Anais” e na vida do historiador Francisco Ferreira Drummond

este quadro de regimentação se- xista camarária? A ligação pode fazer-se, dizen- do que Ferreira Drummond, sobre- tudo no que respeita à fundação Dr. Dionísio Sousa, da Vila, é uma excepção. Ele não (Autor da letra do hino da Vila) se esquece de, ao lado dos nomes dos nobres quatro “Joões” (que, se- gundo a tradição por ele corrobo- rada, teriam dado início ao povoa- Em conversa recente com o mento do , então, chamado “lugar conhecido historiador terceirense da Ribeira de Frei João”) ele faz Doutor Reis Leite, perguntei-lhe se menção expressa das mulheres de ele conhecia algum trabalho de in- três deles. Respectivamente , Cata- vestigação sobre a situação da mu- rina Dias, Mécia Annes de Andrade lher nos cinco séculos de história e Catarina Rodrigues da Costa. E dos Açores. A resposta que ele me não fala da mulher do quarto João( deu foi que não havia qualquer es- João Bernardes) porque morreu tudo feito sobre este tema. Excep- solteiro. tuando, claro, o já clássico estudo Pensará, de novo, o leitor: Tudo da Universidade dos Açores sobre bem, pelo que respeita ao histo- a situação da mulher açoriana par- riador Ferreira Drummond. Mas tir dos anos 90 do século passado. quanto ao homem - Ferreira Drum- No decorrer dessa conversa vieram mond as aparências estão em seu à baila duas constatações sobre o desfavor. Todos sabem que ele foi assunto. Em primeiro lugar, a cons- aquilo que se pode classificar por tatação que a presença feminina um solteirão empedernido ou celi- nos historiadores e cronistas dos batário convicto. Açores peca por uma omissão qua- É um facto. Mas também é ou- se total. Em segundo lugar, que tro facto, embora menos conhe- não há registo histórico da ocupa- cido, que numa curiosa notícia ção por mulheres nos numerosos autobiográfica a que ele chamou cargos (mais de duas dezenas) das , precisamente, “Notícia Peculiar” e Câmaras Municipais dos Açores. que , no manuscrito que a contém Mas que há, sim, disposições em não excede uma página, ele faz re- posturas e decisões camarárias, ferência a duas mulheres: a mãe e que revelam um estatuto de quase “Toda a mulher de moleiro que de 1784. a madrasta. menoridade e tutela rigorosa em maquiar trigo nos moinhos seja Escusado será dizer que a acta Para quem estava fazendo - ad que eram consideradas as mulhe- presa e pague ainda quatro mil da reunião camarária que as adop- perpetuam rei memoriam - como res. São numerosos os exemplos. reis. tou vem assinada por um número ele próprio diz (para memória Vejamos algumas manifestações Mais exemplos: de signatários que dá a volta ao perpétua) um apanhado dos fac- desse controle camarário apertado “Nenhuma pessoa vá pela ri- alfabeto de “A a V” (de António até tos mais importantes da sua vida sobre a actividade profissional ou beira falar com mulher alguma ou Vital), mas não constando qualquer (tinha, na altura, já 60 anos), o mesmo simples comportamento escrava: quem o fizer pagará qui- representante do sexo feminino. facto acho que deve ser realçado. social das mulheres. nhentos reis”. Neste contexto, curioso será dar Tanto mais, que o que ele preten- Às mulheres era apenas facul- “Nenhuma pessoa mande nota de que. na reforma das postu- de demonstrar é que o destino tado o exercício de determinados moça branca aos moinhos tanto ras camarárias da Vila de S. Sebas- da vida de seu pai (Tomé Ferreira misteres rigorosamente regula- que for noite e quem o fizer pagará tião, quase da mesma data das de d’Ormond) e o seu próprio foi de- mentados. Podiam ser vendedei- de coima duzentos reis”. Angra, (8 de Agosto de 1792) há terminado por essas duas mulhe- ras, tecedeiras, lavadeiras, partei- “Nenhuma lavadeira lave sem uma regulamentação pormeno- res. A esposa (D. Rita d’Ormond ras e pouco mais, mas dentro de licença da Câmara e fiança de oito rizadíssima em muitos aspectos – uma das tais muitas “Donas” da regras de grande rigor e pormenor. mil reis.” (higiene da água, limpeza de ruas, Vila), pela sua morte prematura Determinava-se assim em posturas “Nenhuma mulher ensine me- comércio, curtumes ,etc.) mas ne- aos 40 anos de idade. A madrasta camarárias: ninas sem licença e quem o con- nhuma referente a mulheres. Neste (Josefa Inácia) que, depois de um “Nenhuma pessoa mande ven- trário fizer pague de coima quatro- caso, pode dizer-se que a simples casamento de conveniência, e, nas der pão nem outras coisas por centos reis” omissão já é significativa. Nada a palavras de Drummond, “depois de moças fêmeas que passem de oito “Que nenhuma lavadeira ou favor, mas também nada contra. casada não mostrou aos enteados anos ” cureira de panos lave e cure sem Para muito leitor estará, por- aqueles carinhos que em solteira “Nenhuma vendedeira venda licença abonada.” ventura, na altura de perguntar: lhes anunciara”. Esta observação em sua casa fruta verde ou madu- A maioria destas disposições foi Afinal em que é os “Anais” de Fer- tem o peso de um queixume de ra sem ser de pessoa conhecida e retirada do Regimento da Câmara reira Drummond e o próprio Fer- quem ficou órfão de mãe aos dez que tenha pomar”. de Angra aprovado a 9 de Agosto reira Drummond têm ligação com anos de idade.

Vila Pag. 19 Junta de Freguesia Jornal da Junta de Freguesia da Vila de São Sebastião N.º 6 » maio/agosto 2015

Bri Pereira A mascote da Vila de S. Sebastião para a conservação da natureza No dia Mundial do Ambiente, apresentamos a Bri Pereira, a mas- cote da Vila de S. Sebastião, na nos- sa cruzada contra o lixo e preserva-

ção do nosso ambiente. Partindo da ideia que se a heroína da Vila, Brian- da Pereira, venceu os espanhóis acreditamos que a nossa Bri Pereira vencerá a batalha contra o lixo.

As placas serão colocadas em pon- tos-chave da freguesia, normalmen- te mais sensíveis à deposição ilegal de lixo e entulho, serão também co- locadas nas nossas lindas zonas bal- neares e nos nichos dos Ecopontos recentemente construídos.

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