Universidade De São Paulo Faculdade De Filosofia, Letras E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em Humanidades, Direitos E Outras Legitimidades

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Universidade De São Paulo Faculdade De Filosofia, Letras E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em Humanidades, Direitos E Outras Legitimidades UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HUMANIDADES, DIREITOS E OUTRAS LEGITIMIDADES ROBERTA NAVAS BATTISTELLA O saber espiralado: a história de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e a proposta por uma Produção Partilhada do Conhecimento Versão Corrigida São Paulo 2018 ROBERTA NAVAS BATTISTELLA O saber espiralado: a história de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e a proposta por uma Produção Partilhada do Conhecimento Versão corrigida Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre. Orientador: Sérgio Bairon Blanco Sant’Anna São Paulo 2018 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Battistella, Roberta Navas B336s O saber espiralado: a história de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e a proposta por uma Produção Partilhada do Conhecimento / Roberta Navas Battistella ; orientador Sérgio Bairon. - São Paulo, 2018. 264 f. Dissertação (Mestrado)- Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da Universidade de São Paulo. Área de concentração: Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades. 1. Produção Partilhada do Conhecimento. 2. História Oral. 3. Cultura Oral. 4. Educação. 5. Capoeira. I. Bairon, Sérgio, orient. II. Título. BATTISTELLA, Roberta Navas. O saber espiralado: a história de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e a proposta por uma Produção Partilhada do Conhecimento. Dissertação (Mestrado) apresentada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. ______________________________ Instituição_________________________ Julgamento____________________________ Assinatura__________________________ Prof. Dr. ______________________________ Instituição_________________________ Julgamento____________________________ Assinatura__________________________ Prof. Dr. ______________________________ Instituição_________________________ Julgamento____________________________ Assinatura__________________________ Dedico este trabalho às pessoas que partilham suas vidas, seus saberes e suas lutas para que o Brasil se reconheça como um espaço-tempo no qual, pela oralidade, encontremos caminhos para nos conhecer, ensinar e aprender. AGRADECIMENTOS Não existe uma ordem escrita ou oral que dê conta de expressar o quanto este trabalho me transformou. Mesmo assim, tentarei esboçar um pouco desse sentimento nas linhas a seguir. Benção, Mestre Alcides! Obrigada por, antes de tudo, me ensinar por meio de sua vida. O que conseguimos fazer aqui não tem nome ainda não. À Renata Navas, à Nair Navas, ao Attilio Battistella e ao Jonas Sbarai, minha família nuclear tão intensa quanto pequena, que encarou e apoiou esta suposta jovem pesquisadora amando-a incondionalmente todos os dias. À Lúcia, à Norma e ao Rogério por cuidarem de nós e partilharem suas vidas conosco. À Carine Previatti, minha prima-irmã e incentivadora da carreira acadêmica. À Paula Sudan, pessoa que buscou me manter em equilíbrio, tentando fazer com que eu sempre enxergasse a metade do copo cheio. Ao Sérgio Bairon, parceiro e entusiasta não somente desta pesquisa, mas de um encontro entre a oralidade e a academia, entre átomos e pixels, entre pessoas e seus saberes. Um Salve à Família CEACA (em especial às pessoas que dialogaram comigo no âmbito da pesquisa) e àquelas que fazem a cultura acontecer dentro de casa, da escola e delas mesmas todos os dias. Ao Seu Durval do Coco, por tudo que é e pelo que aprendi com ele desde dezembro de 2012. À Líllian Pacheco e ao Márcio Caires por tudo que eles são e fazem pela cultura oral. Ao Mestre Gladson por ter me recebido com tanto carinho desde a minha primeira roda de capoeira. Ao meu irmão Júlio Conejo, dádiva que me aconteceu logo nos primeiros meses de Universidade de São Paulo: que a parceria seja eterna! À minha irmã Thais de Oliveira Monteiro, companheira de luta durante a faculdade e na dureza/lindeza das vidas nossas. À Camila de Castro Castilho, que cuidou deste trabalho por meio de seu amor e, também, revisão. E ao seu parceiro Rafael Castilho, meu grande amigo e um dos fotógrafos mais talentosos que já conheci. À Bruna Sotana, amiga de adolescência e de praia, que aguentou falas noturnas de inconformidade com o mundo e com o tempo, sempre acreditando mais em mim do que eu mesma. Ao meu amigo paulistano, agora manauara, Marcus Pelegrini. Mesmo longe a tua força e foco sempre estão aqui comigo. À Isabella Romitelli, que me acompanha desde o cursinho e foi uma das minhas inspirações nesta empreitada acadêmica. À Natali Gutierrez, minha amiga-irmã, que trabalhando comigo me fez uma pessoa mais colorida. À Paula Teresa, que agora em terras estrangeiras, me ensina como lidar com a saudade. À Amanda Reginato, que me apresentou o feminismo e o/a prazer/dor de ser mulher. À Aline Freitas, por todo carinho e preocupação com meu bem-estar e felicidade. À Mônica Mariz, por todo acolhimento fraternal e amor. Às lindas Angela Roman, Juliana Luz e Juliana Soares, pelas risadas, questionamentos, encontros e aprendizados. Às companheiras Raissa Tonial, Telma Silva e Jéssica Santos, camaradas que conheci na Brigada Sulamericana de Solidariedade à Cuba e são minhas para a vida. Ao malvados - Adriano Diamarante, Isabela Bertogna e Natali Tomazella -, amigo e amigas que falam comigo com e pela música; e fizeram do meu 2017 uma bela e dolorosa descoberta diária. À Professora Zilda Iokoi pelo apoio e orientação inicial do projeto e à equipe do Diversitas, Teresa Teles, Michelle Santos, Marcelo Gonçalves e Eduardo Kishimoto por toda acolhida em ligações, reuniões, impressões, gravações, cursos, conversas e desabafos. Ao grupo Diversitanos, em nome da Cássia Milena, parceira de caronas, risadas, leituras obrigatórias e samba. Ao Núcleo de Estudos em História Oral, em nome da Marcela Boni. Ao Carlos Frankiw, meu amigo poeta, historiador, que me faz sempre lembrar de como o amor é importante. À Erika Rocha, minha atriz favorita, historiadora, que a cada encontro me mostra que amizades improváveis são as mais bonitas. À nova e eterna amiga Helen Souza, que conheceu minh´alma num abraço. À Bianca Piccoli e Susana Rodrigues que foram e são meu espelho e minhas fortalezas. Ao DW Ribatski, colega ilustrador que ouviu a história de Mestre Alcides e conseguiu iluminar esse trabalho com sua/nossa arte. Ao Professor Luis Caldana e à Professora Ester Freire do Conservátorio de Tatuí, que em minha breve passagem por lá me mostraram que a música, antes de tudo, é uma forma de encarar o mundo. À equipe da Escola de Governo, organização que me permitiu viver uma pouco da militância por um Brasil melhor. Ao Júlio Barbosa, orientador da monografia e grande professor que a vida me apresentou. À Capes, por ter viabilizado uma parte da pesquisa e da minha vida na selva de pedras. Aos sambistas das rodas de São Paulo, que me acolheram em momentos de agonia e desilusão, com destaque para Parrera, um grande parceiro na luta pela valorização da cultura popular e pela presença do sorriso no rosto sempre. Ao Rodrigo Braz dos Santos que, desde que conheci, me fez/faz aprender que confiar é a melhor maneira de amar alguém. Às pessoas que, em algum momento da vida, me disseram não. Nós conquistaremos o tempo! (LIMA, Alcides de, 2017) RESUMO BATTISTELLA, Roberta Navas. O saber espiralado: a história de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e a proposta por uma Produção Partilhada do Conhecimento. 2018. 264 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Esta pesquisa de mestrado se destina a trazer uma reflexão, a partir da proposta de Produção Partilhada do Conhecimento, acerca do encontro entre a diversidade de saberes orais - presente na cultura oral e popular do Brasil -, e as atuais propostas de transformação das pesquisas nas Ciências Humanas. Por meio da História Oral, etnografia e pesquisa participante contextualizamos academicamente como pode acontecer esta parceria para a produção de conhecimento, em diálogo com a história de vida de Mestre Alcides de Lima Tserewaptu e relatos de vivências seus e de parceiras(os) do Centro de Estudos e Aplicação da Capoeira (CEACA), na cidade de São Paulo. A narrativa de sua jornada pela tradição oral e cultura popular em ambientes institucionais de ensino, tais como a Universidade de São Paulo USP e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, contando com o congado e a capoeira, manifestações de resistência e luta pela valorização cultura afro-brasileira, proporcionou a análise de possibilidades de caminhos para se pensar a interlocução destes saberes orais com as propostas teóricas nas áreas de história, cultura, antropologia e educação. A antropologia visual foi um dos meios de partilha e registro dos processos da pesquisa (entrevistas, rituais, batizados, reuniões). A prática - já desenvolvida pelo CEACA na produção de material audiovisual -, junto ao reconhecimento de que as tradições das culturas orais não podem ser transpostas para o escrito, garantiram uma colaboração mais coletiva e a legitimação
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